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Carlos Chagas - MG
Maio / 2023
1 ATIVIDADE PRÁTICA Nº. 01 – AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM E
INFORMÁTICA BÁSICA
1.2 INTRODUÇÃO
1.3 METODOLOGIA
Foram utilizados na aula prática de informática dada pelo professor João Victor, os
seguintes recursos:
• Datashow;
• Chave de fenda e phillips
• Gabinete contendo seus respectivos hardwares;
• Microfone e caixa amplificada.
A aula prática visa aprimorar o conhecimento teórico, uma vez que o aluno é
capaz de vivenciar em situações reais aquilo que aprendeu em sala de aula, sendo
dessa forma uma excelente ferramenta de ensino. Deste modo, os resultados da aula
prática superaram as expectativas uma vez que várias dúvidas foram sanadas,
trazendo o aluno a saber aluno diferenciar e identificar os diferentes hardwares que
compõem um computador, mostrando que com empenho e dedicação é possível
aprender algo novo, que muitas vezes parecia impossível.
Figura 3: CPU
1.6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
O que é software e hardware? Entenda a diferença entre os termos | Notícias | TechTudo
acesso em 03/02/2023 às 15:37
2.2 INTRODUÇÃO
Como tudo não são flores, a atividade pecuária consiste em promover criação,
domesticação e reprodução de animais, mas também promove sérias complicações
ao meio ambiente como o desgaste da biodiversidade com queimadas e
desmatamentos e outros fatores que são promovidos com intuito de conseguir cada
vez mais espaços para a produção da atividade. Essas práticas acabam se tornando
nocivas para a natureza em geral e para o equilíbrio do ecossistema, contamina o
ambiente e o solo e provoca a mortalidade de espécies animais e vegetais.
O desmatamento é uma prática muito comum para a realização da
agropecuária. A retirada da cobertura vegetal provoca a redução da biodiversidade,
extinção de espécies animais e vegetais, desertificação, erosão, redução dos
nutrientes do solo, contribui para o aquecimento global, entre outros danos. Os
principais impactos causados pelo desmatamento são:
• Perda da biodiversidade – As espécies perdem seu habitat ou não conseguem
sobreviver nos pequenos fragmentos florestais que restam. As populações de
plantas, animais e microorganismos ficam debilitadas e eventualmente
algumas podem se extinguir. Até mesmo o desmatamento localizado pode
resultar na perda de espécies, devido ao elevado grau de endemismo – ou seja,
a presença de espécies que só existem dentro de uma área geográfica
determinada.
• Degradação do habitat – As novas rodovias, que permitem que pessoas e
madeireiros alcancem o coração da Bacia Amazônica, têm provocado uma
fragmentação geral na floresta úmida tropical. A estrutura e a composição das
espécies sofrem o efeito dessa fragmentação da paisagem e o mesmo
acontece com o microclima. Tais fragmentos paisagísticos são mais
vulneráveis às secas e aos incêndios florestais – alterações que afetam
negativamente uma grande variedade de espécies animais.
• Modificação do clima mundial – É reduzida a capacidade da floresta de
absorver o gás carbônico (CO2) poluidor. Ao mesmo tempo, existe uma
presença maior de CO2 liberado com a queima de árvores.
• Perda do ciclo hidrológico – O desmatamento reduz os serviços hidrológicos
providenciados pelas árvores, que são fundamentais. No Brasil, uma parte do
vapor d’água que emana das florestas é transportada pelo vento até as regiões
do Centro-Sul, onde está localizada a maior parte da atividade agrícola do país.
• Impactos sociais – Com a redução das florestas, as pessoas têm menos
possibilidade de usufruir os benefícios dos recursos naturais que esses
ecossistemas oferecem. Isso se traduz em mais pobreza e, em alguns casos,
essas pessoas podem ter necessidade de se mudar de lugar e procurar outras
áreas para garantir seu sustento.
Figura 04: Flagrante de um desmatamento
2.4 METODOLOGIA
Além disso a propriedade conta com uma área reservada para quarentena,
para o gado recém-adquirido, uma outra que funciona como um “hospital”, para
animais feridos (figura 08) e também uma área para plantio de algumas variedades
de capins para o consumo do gado em período de secas, como o Capiaçu, o Elefante
roxo, Anapiê, e o capim Miagui (figura 09).
2.6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
https://www.comprerural.com/pecuaria-de-corte-entenda-o-que-e-e-quais-as-suas-
particularidades/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/geografia/pecuaria
3 ATIVIDADE PRÁTICA Nº. 03 – INTRODUÇÃO À AGROPECUÁRIA
3.2 INTRODUÇÃO
3.4 METODOLOGIA
Para a elaboração desta aula prática, antes da visita in locu no frigorífico Max
beef, foi realizada em data prévia, uma videoconferência sobre o tema com o Dr.
Fredson Vieira e Silva, objetivando dar ao aluno conhecimentos sobre a temática de
abate de bovinos e a familiarização com uma indústria frigorífica, com todos os seus
perigos, cuidados e atenção necessários. Durante a visita técnica, acompanhada pela
técnica em segurança do trabalho, Bruna, que mostrou toda a indústria, desde os
currais de recepção de animais até as câmaras frias para armazenamento e posterior
embarque das carnes.
Figura 14: Vista parcial de uma linha de produção de uma indústria frigorífica
3.6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
http://sites.beefpoint.com.br/pedrodefelicio/o-surgimento-dos-matadouros-frigorificos-no-
brasil-do-inicio-do-seculo-xx/ acesso em 15/04/2023
4.2 INTRODUÇÃO
Solo pode ser definido como um corpo dinâmico de origem mineral e orgânica
formado por material inconsolidado (ou friável) que reveste a superfície do planeta
Terra. Os solos são o produto direto da ação dos agentes intempéricos sobre as
rochas, sendo constituídos pela ação lenta e continuada das águas, dos ventos, da
variação de temperatura e também dos animais e micro-organismos.
A composição e a estrutura de um solo variam consideravelmente de região
para região, dependendo diretamente de aspectos como clima, disponibilidade
hídrica, rocha-mãe e topografia. Dessa forma, o conhecimento dos diferentes tipos de
solos de uma região, é de fundamental importância para o sucesso das atividades
agropecuárias, uma vez que ele é a base para o desenvolvimento das mesmas.
Os solos são muito importantes para a manutenção da vida no planeta, visto
que, além de sustentarem a vegetação e parte da fauna, eles próprios consistem em
um amplo e diverso ecossistema. Os solos também realizam a renovação de
nutrientes periodicamente como parte de sua função nos ciclos biogeoquímicos do
nosso planeta. Além disso os solos são a base para o desenvolvimento das atividades
econômicas, principalmente o setor primário — agricultura, pecuária e extrativismo.
Por essa razão, o manejo adequado dos solos se torna tarefa tão importante para a
manutenção do equilíbrio dos sistemas naturais e, por conseguinte, para a
preservação do meio ambiente.
O solo é aproveitado para diversas atividades econômicas, como a exploração
de recursos minerais e energéticos, pois é dele que retiramos minerais, rochas e
minérios usados no dia a dia e que servem de matéria-prima para a atividade
industrial, da construção civil e para a produção de objetos do nosso uso diário.
O solo também é um importante armazenador de água, pois é por meio dele
que ocorre o processo de infiltração e, consequentemente, o abastecimento dos
lençóis freáticos, dos aquíferos e o surgimento de nascentes.
Por promover uma interação completa com a hidrografia, a atmosfera, as
rochas e os minerais e até os organismos vivos, é um consenso que a qualidade de
vida dos solos influencia diretamente na qualidade de vida de todos os fatores bióticos
(vivos) e abióticos (não vivos) do planeta Terra.
Sendo assim, há um debate diário sobre o processo de manutenção e cuidado
em relação aos impactos ambientais no solo, no qual se discute políticas públicas de
preservação do solo e de seus recursos, por tratar-se de algo essencial à vida e ao
planeta de modo geral.
S = f (m, r, o, c, v, t);
Em que f = função; m = material de origem; r = relevo; o = organismos, v =
vegetação; t = tempo. Este modelo é uma expressão qualitativa, ou semiquantitativa
da formação do solo e continua aceito até hoje, contribuindo para os atuais
fundamentos da pedologia, que são expressos pela interação dos fatores de formação
do solo sob a atuação da dinâmica interna do sistema solo e de processos
pedogenéticos específicos para um determinado pedoambiente, resultando em solos
com propriedades e características próprias que exercem suas funções na paisagem
em que se inserem.
As feições morfológicas e as características do solo refletem a atuação dos
processos pedogenéticos na sua formação.
Os processos pedogenéticos são estudados em duas vias: I) o modelo de
processos múltiplos, baseado em quatro processos básicos de formação do solo:
adições, perdas, transformações e translocações; II) o modelo de processos
específicos, que considera as características dos diferentes tipos de solos, como
resultado da atuação de mecanismos específicos na integração dos fatores de
formação dos solos, como por exemplo: laterização, silicificação, ferralitização,
gleização, podzolização, salinização, etc.
A interpretação dos processos pedogenéticos permite entender o solo no seu
ambiente de ocorrência e a organização de sistemas de classificação de solos.
Não podemos considerar que um solo seja mais importante do que outro, pois
todos desempenham funções produtivas e ecológicas importantes para o local onde
estão inseridos. Entretanto, os Latossolos são os tipos de solo mais abundantes no
Brasil e, juntamente, com Argissolos e Neossolos ocupam cerca de 70% da área do
país. Esse fato deixa evidente um dos motivos de o Brasil desempenhar papel de
destaque na agropecuária, sendo um dos principais produtores de grãos e um grande
importador de fertilizantes.
Os Latossolos são um dos principais tipos de solo em termos de área e
relevância agrícola. Esses tipos de solo apresentam, usualmente, ótimas condições
físicas, ou seja, boa drenagem, aeração, armazenamento e disponibilidade de água.
Por outro lado, em condições naturais, são solos ácidos e pobres quimicamente.
Deste modo, é essencial a execução das práticas de calagem e adubação
corretamente.
O teor de matéria orgânica é importante em qualquer solo agrícola, pois
favorece a CTC (Capacidade de Troca Catiônica), a agregação e o armazenamento
de água. Em Latossolos, o manejo capaz de preservar e aumentar os teores de
matéria orgânica é ainda mais importante. Isso ocorre porque esses solos apresentam
a caulinita como principal argilomineral, sendo ricos em óxidos de Fe e Al. Sendo
assim, a matéria orgânica exerce um papel fundamental em aumentar a quantidades
de cargas no solo.
Os Argissolos são tipos de solo profundos e podem ser perfeitamente e
imperfeitamente drenados conforme sua inserção no relevo. Em geral, também
apresentam problemas com acidez e fertilidade.
Cores avermelhadas indicam condições de boa drenagem enquanto cores
acinzentadas ocorrem em função da má drenagem. Tais características resultam da
dinâmica do Fe que em estado oxidado forma óxidos e confere coloração
avermelhada e em estado reduzido torna-se solúvel e móvel no perfil, ocasionando
tons acizentados. A presença de horizonte Bt em subsuperfície pode conferir um
impedimento físico à passagem de água e crescimento radicular, principalmente
quando esse horizonte encontra-se mais próximo da superfície.
Tanto Latossolos quanto Argissolos são tipos de solo com boa aptidão para os
cultivos de culturas anuais produtoras de grãos como soja e milho. Naturalmente,
esses solos são ácidos e apresentam problemas de fertilidade, entretanto, são fatores
facilmente resolvidos pelas práticas de calagem e adubação.
Os Neossolos e Cambissolos são caracterizados pela ausência de horizonte B
e são um dos tipos de solo mais comuns. Neossolos ocorrem, geralmente, nas cotas
mais altas do relevo e são solos considerados rasos, fato que nos obriga a ter
restrições quanto ao seu uso, deve-se optar por práticas e atividades capazes de
minimizar as perdas de solo nessas áreas.
Solos de áreas de várzea, como Planossolos e Gleissolos, apresentam baixa
porosidade total, elevada relação Micro/Macroporos, baixa retenção de água e
horizonte Bt em subsuperficie. O fato desses solos possuírem baixa porosidade total
e elevada relação micro/macroporos faz com que eles fiquem saturados em períodos
chuvosos e sequem rapidamente em curtos intervalos de falta de chuva. Por isso, o
manejo dessas áreas é mais trabalhoso e estratégias como a semeadura na data
recomendada para cada região são fundamentais.
Os Organossolos são solos típicos de áreas mal drenadas, como banhados, as
quais apresentam acúmulo de carbono orgânico em superfície. Apesar desses solos
possuírem pequena expressão geográfica, desempenha função ecológica
importantíssima, uma vez que algumas plantas e animais são endêmicas desses
ecossistemas.
O Sul do país é responsável por quase toda a produção de arroz do Brasil, o
que acontece, majoritariamente, em sistema de irrigação por inundação. Isso só é
possível pelas características dos tipos de solo, principalmente Planossolos,
Gleissolos,Vertissolos e Chernossolos, e do relevo plano a suavemente ondulado.
Esses solos possuem características que os tornam mal drenados, impedindo ou
restringindo a percolação da água no perfil, viabilizando a inundação do terreno.
Os Chernossolos são ligeiramente melhor drenados do que os demais solos de
terras baixas e apresentam ótima fertilidade natural. Entretanto, suas limitações são
de ordem física. O cultivo de culturas de sequeiro nessas áreas também é possível e
bons resultados já foram evidenciados para soja, tais como produtividades de 3
ton/ha-1. Entretanto, devemos investir em drenagem e em cultivares resistentes ao
excesso de água.
A semeadura de culturas de sequeiro nas áreas mais altas nas terras baixas
(coxilhas) também é uma estratégia eficiente.
4.4 METODOLOGIA
Figura 19: Separação de parcelas das diversas camadas do solo para posteriores testes
Figura 20: Teste de consistência e friabilidade do Solo
REFERÊNCIAS
FREITAS, Eduardo de. "Tipos de Solo do Brasil "; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/tipos-solo-brasil.htm. Acesso em 02 de abril de 2023.
https://www.embrapa.br/solos/sibcs/historia-da-classificacao-de-solos-no-brasil
https://www.embrapa.br/solos/sibcs/formacao-do-solo
https://institutoagro.com.br/tipos-de-solo-do-brasil/
5.2 INTRODUÇÃO
• Climatologia física: tem como foco o estudo dos elementos climáticos (vento,
umidade, precipitação, etc.) a partir de uma abordagem estatística, bem como
as relações causais entre eles.
• Climatologia regional: como o próprio nome indica, concentra seus esforços no
estudo das características climáticas discretas ou típicas de uma determinada
região.
• Meteorologia dinâmica: surgido no final da década de 1960, trata da simulação
e determinação das mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global,
utilizando equações fundamentais da meteorologia.
• Paleoclimatologia: trata-se do estudo do clima em eras geológicas antigas, com
base em suas evidências no registro fóssil e na composição das rochas dos
substratos subterrâneos.
• Bioclimatologia: o estudo das correlações entre clima e vida, ou seja, como
ambas as coisas influenciam uma à outra.
A temperatura do planeta vai sofrer um aumento de até 2ºC até 2050, o que
deverá provocar mudanças drásticas no agronegócio: redução da irrigação, aumento
na aridez do solo, mais secas e geadas fora de época, maior incidência de pragas e
doenças. Esses dados são do Banco Mundial, que alerta para o desequilíbrio agrícola
na produção.
No caso do Brasil, pode haver uma queda no volume vendido em exportações.
Mas nem tudo são más notícias, como explica o meteorologista e sócio-diretor da
Somar Meteorologia, Paulo Etchichury. “Não existe forma de evitar o aquecimento
global, faz parte de um ciclo natural” explica. “O que se pode fazer é apenas seguir
algumas alternativas de adequação”. Segundo Etchichury, há três fatores que
estimulam o processo de transição para adequação: mitigação, adaptação e inovação.
• Mitigação – A mitigação funciona como um “freio” no aquecimento global, um
conjunto de medidas que, se adotadas correta e rapidamente, contribuirão para
minimizar os efeitos das mudanças no clima e evitação diminuir a
produtividade. Um exemplo é a redução das quantidades de gases de efeito
estufa da pecuária. Com boas práticas agropecuárias é possível reduzir os
volumes de CO² e metano emitidos pela pecuária.
• Adaptação – O agronegócio se adapta às novas mudanças de temperatura no
planeta fazendo com que as culturas se adaptem às demandas da natureza.
Já estão em desenvolvimento variedades de soja e milho geneticamente
modificadas para se adaptarem a solos mais áridos e estresse hídrico.
• Inovação – Paulo Etchichury diz que, para enfrentar as mudanças no clima os
produtores precisam de inovação. Vários exemplos em uso hoje foram criados
e incorporados por agricultores: variedades de grãos e hortaliças que se
adaptam às diferentes condições de solo e clima, sistemas de cultivos com
rotação de culturas, diversificação da produção, implantação de agricultura
sustentável com bom manejo de pragas são bons exemplos.
Além disso, existem barreiras não tarifárias aplicadas no país que funcionam
como ação contra o aquecimento global. Segundo a Embrapa, a obrigatoriedade de
compra de carne com origem controlada e desvinculada do desmatamento na
Amazônia é uma delas.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), o Brasil é o terceiro maior exportador agrícola do mundo, com 5,7%
do mercado global. O país está atrás apenas dos Estados Unidos (11%) e a Europa
(41%). Em relação às mudanças climáticas, o Brasil responde por 3% das emissões
globais de gases de efeito estufa.
5.4 METODOLOGIA
5.6 CONCLUSÕES
ANDRADE, Gilberto Osório de. Alguns aspectos do quadro natural do Nordeste. Recife: SUDENE,
1977. Estudos Regionais, 2.
FLANNERY, Tim. Os senhores do clima: como o homem está alterando as condições climáticas e o
que isso significa para o futuro do planeta. Rio de Janeiro: Record, 2007.
GALVÍNCIO, Josiclêda Domiciano (Org.). Mudanças climáticas e impactos ambientais. Recife: Ed.
Universitária da UFPE, 2010.
LACERDA, Francinete F. et al. Detecção de sinais de mudanças climáticas para algumas localidades
do Sertão do Pajeú – PE. Anais do XVI Congresso Brasileiro de Agrometeorologia,22 a 25 de
Setembro de 2009
MARENGO, José Antônio. Caracterização do clima no Século XX e Cenários Climáticos no Brasil e
na América do Sul para o Século XXI derivados dos Modelos Globais de Clima do IPCC. São Paulo:
CPTEC/INPE, MMA, 2007.
MARENGO, José Antônio. Água e mudanças climáticas. In: Estudos Avançados. 22 (63), p.83-96.
2008.
https://www.canalrural.com.br/noticias/estudo-revela-que-mudancas-climaticas-sao-o-maior-perigo-
para-o-agro/
https://www.cbcagronegocios.com.br/blog-como-as-mudancas-climaticas-podem-afetar-o-
agronegocio/
http://www.infobibos.com/artigos/2006_2/itba/index.htm#:~:text=Neste%20contexto%20insere
%2Dse%20a,visando%20sempre%20a%20garantia%20do
http://www.infobibos.com/artigos/2006_2/itba/index.htm
6 ATIVIDADE PRÁTICA Nº. 06 – Zootecnia Geral
Local: Sopec
Data: 15/04/2023
Horário: 07:00 às 11:00
Tema: Nutrição animal – Fábrica de ração
6.2 INTRODUÇÃO
O Brasil é um país com alto potencial agropecuário, prova disso são nossos
produtos (carnes, ovos, leite, couro, etc.) que são exportados para o mundo todo.
Todo esse sucesso refere-se a nossa extensa área para produção animal e
nosso clima, ambos bastante favoráveis para a criação de animais. No entanto, um
dos fatores fundamentais que também explica esse sucesso é a nossa capacidade
em alimentar nossos animais de forma barata, mas que atenda todas as necessidades
nutricionais. Para isso, a nutrição animal é parte fundamental deste processo.
Hoje em dia a maximização dos nossos lucros depende estritamente do manejo
que adotamos no quesito nutrição animal, já que os custos com a alimentação variam
entre 40% a 75% do custo total de produção. Logo, realizar um planejamento
nutricional adequado é fundamental, evitando gastos desnecessários e favorecendo
a lucratividade da atividade. Para que esse planejamento alimentar seja o mais
eficiente possível, devemos ter conhecimentos sobre as exigências de cada categoria
animal, potencial nutricional dos alimentos, além de conhecimentos básicos para uma
equilibrar a formulação da ração.
• NUTRIENTES ORGÂNICOS
Os nutrientes orgânicos energéticos são os lipidios saturados e insaturados,
os carboidratos não nitrogenados - monossacarídeos, oligossacarídeos e
polissacarídeos; e a fibra bruta.
Os nutrientes orgânicos proteicos são as proteínas - aminoácidos essenciais
e não essenciais e o nitrogênio.
Já os nutrientes orgânicos vitamínicos são as vitaminas lipossolúveis (A, D, E
e K) e as hidrossolúveis (Complexo B e C).
• NUTRIENTES INORGÂNICOS
Os nutrientes inorgânicos são os sais Minerais (Macroelementos e
Microelementos) e água.
Veremos a seguir, de forma breve, um pouco de cada um desses nutrientes.
Nutrientes energéticos - Os nutrientes energéticos são aqueles que fornecem
toda a energia para a mantença, crescimento e produção. Em todos os animais a
energia é necessária para:
• Manutenção de processos vitais como: respiração, digestão, crescimento,
reprodução, homeotermia, excreção e mantença;
• Acúmulo de reservas para períodos de escassez de alimentos, na forma de
gordura;
• Proteção do organismo, formando uma camada isolante;
• Produção (leite, carne, ovos, lã…);
A energia necessária pelos animais é proveniente, em sua maior parte, dos
carboidratos e, em menor proporção, dos lipídios.
Nutrientes Proteicos - Os nutrientes proteicos são compostos essencialmente
por proteínas, que são compostos orgânicos bastante complexos, sendo formados
fundamentalmente por carbono, hidrogênio oxigênio e nitrogênio (C, H, O e N).
Algumas proteínas possuem ainda, enxofre (S), fósforo (P) ou cobre (Cu).
Podemos estudar as proteínas a partir das moléculas de aminoácidos (AA) que,
quando ligadas entre si, arranjadas em sequência única, formarão o que conhecemos
por proteína. A função principal das proteínas é compor as estruturas do organismo
dos animais, onde estão incluídos: tecido muscular, órgãos internos, pele, glóbulos de
sangue, anticorpos, enzimas, hormônios, artérias, DNA, cartilagens, etc.
Deve-se ressaltar que nenhuma proteína é totalmente completa. Assim, não há
nenhuma proteína que terá a capacidade de suprir as necessidades dos animais
quando usada sozinha.
Nutrientes Vitamínicos - Os nutrientes vitamínicos são elementos nutritivos
essenciais para a vida (VITA). Geralmente possuem na sua estrutura compostos
nitrogenados (AMINAS), os quais não são sintetizados pelo organismo e que, se
faltarem na nutrição animal, tendem a provocar manifestações de carência ao
organismo, causando diversos distúrbios, alguns até fatais.
A classificação das vitaminas é feita de acordo com a sua solubilidade. São
divididas em lipossolúveis, ou seja, solúveis em gordura e hidrossolúveis, sendo
solúveis em água.
• Vitaminas Hidrossolúveis
B1 – Tiamina;
B2 – Riboflavina;
B6 – Piridoxina;
B12 – Cobalamina / Cianocobalamina / Hidroxicobalamina
Biotina – (B8);
Niacina / Niacinamida / Fator PP;
Ácido Fólico – (B9) / Folacina;
Carnitina – (B11) / L – Carnitina;
C – Ácido Ascórbico;
Bioflavonóides – VitaminaP / Rutina.
• Vitaminas lipossolúveis
A – Caroteno;
D – Calciferol;
E – Tocoferol;
K.
Vale ressaltar que cada uma dessas vitaminas desempenhará papéis
específicos no organismo animal, como regulação do crescimento (vitamina A) ou
auxiliar na assimilação de minerais (vitamina D).
Macro e Microminerais - Os principais representantes dos nutrientes
inorgânicos são os sais minerais, sendo classificados em macrominerais e
microminerais.
Os macrominerais são aqueles minerais que o organismo necessita em
quantidades maiores. Os microminerais são aqueles que o organismo necessita em
pequenas quantidades.
São macrominerais: Cálcio (Ca), Fósforo(P), Potássio(K), Magnésio(Mg),
Sódio(Na), Cloro(Cl) e Enxofre(S).
São microminerais: Ferro(Fe), Cobre(Cu), Cobalto(Co), Iodo(I), Manganês(Mn),
Zinco(Zn), Selênio(Se), Molibdênio(Mo) e Flúor(F).
Para a nutrição animal, os minerais podem ser essenciais, ou seja, apresentam
função no organismo já conhecida, ou não essenciais, pois ainda não ser conhecidas
nenhuma função biológica de importância a eles atribuída, porém esta categoria pode
ser apenas fruto do nível atual das pesquisas.
Água - Dentre todos os nutrientes, mesmo sendo o nutriente mais barato, a
água pode ser considerada aquela com maior importância para os animais.
A água é um nutriente essencial para todos os seres vivos. Nos animais ela
corresponde a cerca de 50% a 80% do peso vivo. Por ser o constituinte de maior
abundância no organismo, a quantidade e qualidade da água fornecida aos animais é
de fundamental importância para o seu desempenho produtivo. A quantidade diária
exigida de água é influenciada por uma diversidade de fatores, tais como: temperatura
ambiente, peso, idade, fase da vida do animal (prenhez, engorda, crescimento) e o
consumo de matéria seca.
Fornecimentos inadequados de água diminuem o consumo alimentar e
consequentemente, prejudicam a performance do animal. A água deve ser limpa,
inodora, incolor, insípida e abundante. Também deve estar disponível ao animal a todo
momento.
6.4 METODOLOGIA
6.6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
https://multitecnica.com.br/nutricao-animal-guia-completo/
https://www.cfmv.gov.br/medico-veterinario-e-zootecnista-abordam-importancia-da-nutricao-dos-
animais/comunicacao/noticias/2021/03/31/
7.2 INTRODUÇÃO
O leite está presente na mesa da grande maioria dos brasileiros, não apenas
na sua forma original, como também em derivados. Parte importante da dieta humana
e com vasta oferta no mercado, não fica difícil entender por que a bovinocultura de
leite se apresenta como uma boa opção de negócio. De acordo com a Embrapa, o
leite está na alimentação de cerca de 80% da população e contribui com 5% da
energia, 9% da gordura e 10% da proteína ingerida em todo o mundo. Só no último
trimestre de 2021 foram adquiridos quase 6,2 milhões de litros de leite cru no Brasil.
Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná estão entre os estados que mais
compraram o produto nesse período.
Além disso, a atividade também gera milhares de empregos e oportunidades
de renda, movimentando toda a economia nacional e dando oportunidade até mesmo
para os pequenos produtores. Apesar disso, o mercado de lácteos no Brasil é bastante
instável, oscilando entre o excesso e a falta de oferta em diferentes períodos. Isso
sensibiliza o poder de atuação das fazendas de bovinocultura de leite, tornando tanto
o produtor quanto as indústrias mais suscetíveis a prejuízos.
O estado que mais produz leite é Minas Gerais, participando com 28% do
volume produzido no Brasil que em 2007 atingiu 26,13 bilhões de litros. O Paraná se
consolidou como o segundo maior produtor de leite entre os estados do Brasil,
perdendo apenas para Minas Gerais. O Paraná produz cerca de 5 bilhões de litros de
leite por ano. Na produção de gado como matéria-prima do leite é predominante a
raça holandesa nas cores preta e branca.
A pecuária de leite no Brasil ainda exibe índices de produtividade muito
precários, até mesmo nas bacias mais importantes. Apesar de possuir o maior
rebanho bovino comercial do mundo, o País produz somente cerca de 12% do
leite/animal/ano, com uma produtividade em torno de 3,0 litros/vaca/dia.
Apesar dos esforços para melhorar a qualidade genética do rebanho e a
capacidade de produção, os pecuaristas não se sentem estimulados a explorar a
pecuária leiteira em termos empresariais, fazendo dela uma importante fonte geradora
de emprego e renda. Assim sendo, predomina o empirismo, aliado ao
desconhecimento e falta de capacitação técnica da mão-de-obra envolvida em todos
os níveis do processo produtivo. A maioria da classe produtora carece de informações
relativas a esquemas de cruzamentos, manejo alimentar e manejo sanitário que
permitam a obtenção e exploração de um rebanho mais especializado na produção
de leite. A falta de especialização e acompanhamento tecnológico à atividade da
pecuária leiteira tem sérios reflexos no custo final de produção da matéria-prima.
A produção de Leite também é responsável por um fator social interessante. Já
que pequenos produtores não abandonaram o campo por causa do leite, que é capaz
de dar um bom retorno financeiro.
Porém, para o sucesso na produção leiteira, é necessário um bom
gerenciamento e investimento. Isso porque o Gado de Leite é mais sensível que o de
corte. Isso acontece por fatores genéticos, logo seu tratamento deve ser mais
específico e cauteloso, e o acompanhamento dos processos reprodutivos devem ser
bem precisos, para não parar a produção.
Um dos requisitos mais importantes para que o leite seja considerado como de
boa qualidade, é o produto ser livre de qualquer tipo de agente que traga algum tipo
de risco para a saúde do consumidor. Pela quantidade de nutrientes encontrados no
leite, ele se torna um meio de cultura bom para o crescimento de microrganismos, por
isso o controle sanitário e boa higiene devem ser sempre visados na produção.
A qualidade do leite é medida pela sua composição físico-química e
microbiológica, que são avaliadas de acordo com os padrões estabelecidos pelos
órgãos regulatórios e pelas indústrias de laticínios. Os principais parâmetros avaliados
são:
• Teor de gordura: valor mínimo de 3% para leite integral e máximo de 0,5% para
leite desnatado;
• Teor de proteína: valor mínimo de 2,9%;
• Teor de lactose: valor mínimo de 4,5%;
• Contagem de Células Somáticas (CCS): valor máximo de 400.000 células/mL;
• Contagem Bacteriana Total (CBT): valor máximo de 100.000 UFC/mL;
• Presença de antibióticos e resíduos químicos: devem estar ausentes.
Esses parâmetros influenciam na qualidade sensorial e nutricional do leite,
além de impactar na sua vida útil e segurança alimentar.
A qualidade do leite também pode ser afetada pelo manejo, alimentação e
saúde dos animais produtores, além das condições de higiene e conservação na
fazenda e na indústria.
Para o produtor, existem 2 eixos que balizam a cadeia produtiva: a qualidade
nutricional e a inocuidade do leite. O produto precisa ser o mais rico possível em
proteína, gordura e lactose, mas livre de bactérias e outros fatores que indiquem
insalubridade e afetem o sabor do leite — como contagem de células somáticas.
Frente a essas conjunturas, o produtor precisa estar dentro das normas de
seguridade alimentar, além de agradar o gosto do consumidor. Para tanto, alguns
fatores devem ser observados, tais como a nutrição, conforto térmico, higiene e
sanidade.
Nutrição - A nutrição das vacas leiteiras é extremamente importante para sua
produção. A qualidade da dieta oferecida tem grande relevância para a constituição
do leite, uma vez que maximiza o potencial genético dos animais.
Além disso, para produzir um leite com os padrões nutricionais recomendados
(que será consumido, por exemplo, por crianças, idosos e mulheres na menopausa
como fonte de cálcio), a vaca precisa de uma dieta equilibrada em minerais, vitaminas,
proteínas e energia. É importante, portanto, contar com uma assistência técnica na
formulação de dietas e no acompanhamento dos resultados do rebanho. Assim, caso
haja qualquer intercorrência, ela pode ser corrigida o mais rapidamente possível para
não comprometer a qualidade do leite.
Promover o conforto animal - É essencial que as práticas de bem-estar
animal sejam cumpridas, visto que o estado em que as vacas se encontram influencia
diretamente a produção do leite. Se elas não estiverem dentro de sua zona de
conforto, toda a produção poderá ser prejudicada. Nesse sentido, é fundamental
investir, por exemplo, em equipamentos que evitem o estresse térmico, já que os
bovinos são sensíveis a variações de temperatura. Como consequência, uma cascata
de alterações hormonais afeta o leite.
Manter o status sanitário da fazenda - Essa prática faz parte da promoção
de bem-estar, uma vez que vacas saudáveis produzem melhor. As questões sanitárias
são extremamente importantes na pecuária leiteira, principalmente na cama das vacas
(onde descansam) e na sala de ordenha. Esses locais devem ser rigorosamente
higienizados, pois há o contato direto com o úbere do animal. Lembre-se: qualquer
insalubridade aumenta o risco de contaminações.
Investir na capacitação da equipe - Por último, mas não menos importante,
está a capacitação da equipe de trabalho. Investir no treinamento dos funcionários é
crucial para que todas essas práticas sejam executadas adequadamente.
A produtividade e a rentabilidade de um negócio estão atreladas a uma boa
gestão. Quando se trata de um empreendimento como criação de animais, a gestão
deve se preocupar também com as boas práticas de manejo.
Fazer o planejamento das metas e tomar os devidos cuidados durante toda a
cadeia produtiva garante a seguridade e eleva a qualidade do leite, fazendo com que
o pecuarista consiga entregar um produto ao gosto do freguês.
Um dos fatores mais importantes na qualidade do leite é a sua composição.
Para ter bons padrões de qualidade, foi criado em 2011 a Instrução Normativa 62,
onde é definido que o leite cru deve apresentar no mínimo:
• 3% de gordura;
• 2,9% de proteína e;
• 8,4% de sólidos totais.
Lactose - A lactose está ligada com o controle do volume de leite e por estar
ligada ao sistema endócrino do animal o seu teor vai ter pouca variação.
Essa lactose é mais influenciada pela produção de glicose no fígado, após a
absorção de ácido propiônico pelo rúmen (sendo esse mais produzido em dietas com
maiores proporções de alimento concentrado) e da transformação de certos
aminoácidos.
7.4 METODOLOGIA
REFERÊNCIAS
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteMeioNorte/index.html
https://nutricaoesaudeanimal.com.br/qualidade-do-leite/
https://rehagro.com.br/blog/como-melhorar-a-qualidade-do-leite-nas-fazendas/
https://blog.mfrural.com.br/bovinocultura-de-leite/
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite. (Coronel Pacheco - MG). Desafios para a
pesquisa de sistemas pecuários: Workshop sobre modelos físicos de sistema de produção. Coronel
Pacheco, 1994. 78p.
LOPES, E.A; MAGALHÃES, J. A.; RODRIGUES, B.H.N.; ARAÚJO NETO, R.B. de. Índices
zootécnicos de um sistema de produção de leite com gado mestiço nas condições dos tabuleiros
costeiros do Meio-Norte. In: CONGRESSO NORDESTINO DE PRODUÇÃO ANIMAL, 2., 2000,
Teresina. Teresina: SNPA, 2000. v. 2, p. 134-136.
MAGALHÃES, J.A.; LOPES, E.A.; RODRIGUES, B.H.N.; LOPES NETO, L.. Comportamento
produtivo e reprodutivo de bovinos leiteiros em pastagens cultivadas na região dos Tabuleiros
Costeiros do Meio-Norte. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 28., 2001,
Salvador. Salvador: SBMV/SMVBA, 2001. p. 206.
SILVA NETTO, F.G. da; MAGALHÃES, J.A.; TAVARES, A.C.; PEREIRA, R.G. de A.; COSTA, N. de
L.; TOWNSEND, C.R.; RESENDE, J.C. de. Análise da produção de leite a pasto nas condições dos
Trópicos Úmidos. Porto Velho: EMBRAPA-CPAF Rondônia, 2001. 17p. (EMBRAPA-CPAF Rondônia.
Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 3).
SISTEMAS de produção para gado de leite: bacia leiteira de Teresina. Teresina: Embrater/Embrapa-
UEPAE Teresina, 1980. 47p. (Boletim, 259).
8.2 INTRODUÇÃO
Cada cavalo tem sua morfologia e função, seja passeio, cavalgadas ou esporte.
Normalmente, pesquisamos muito para definir cruzamentos ou decidir sobre a compra
de um exemplar. Quem foram os pais, o que eles já produziram, como determinada
linhagem se comporta na função que estamos desejando desenvolver. Estudo de
genética, pedigree e campanha é comum.
Segundo o site Meio Rural (dados de 2016), existem no Brasil dez raças de
cavalos de sela e três raças de pôneis formadas em território nacional, e 14 raças de
cavalo de sela e tração e três de pôneis de origem estrangeira e criadas em diversos
estados. Cada uma delas para atender as necessidades esportivas, de trabalho e de
gostos pessoais dos seres humanos.
As raças genuinamente brasileiras listadas são o Brasileiro de Hipismo,
Campeiro, Campolina, Lavradeiro, Mangalarga, Mangalarga Marchador, Marajoara,
Nordestino, Pampa, Pantaneiro, e os pôneis Pônei Brasileiro, Piquira e Puruca. As
estrangeiras são Andaluz, Anglo-Árabe, Appaloosa, Árabe, Bretão, Clydesdalle,
Crioulo, Friesian, Lusitano, Morgan, Paint Horse, Percheron, Puro Sanguê Inglês,
Quarto de Milha, e os pôneis Fjord, Haflinger e Shetland. Cada uma delas com sua
origem e características.
O Brasileiro de Hipismo, por exemplo, surgiu na década de 70. É uma mistura
de várias raças europeias. Fundada em 1975, a Associação da raça conta nos dias
de hoje com mais de 18000 animais registados no stud-book. Os animais de cerca de
1,68m e 600kg são usados para as provas de Hipismo, como Salto, CCE,
Adestramento, Volteio e ainda Equitação de Trabalho.
O Campeiro tem sua origem em Santa Catarina, no século 16, a partir de
animais de origem espanhola. A seleção natural formou o padrão racial e prima pela
rusticidade e resistência. Os exemplares estão todos em Santa Catarina, são dois mil
registrados, aproximadamente, utilizado para lida com gado e cavalgadas.
A raça Campolina foi criada pelo Coronel Cassiano Campolina, no Rio de
Janeiro. Cavalos altos e bom marchadores foram as escolhas para as cruzas visando
formar essa nova raça, lá nos anos 1857. O primeiro exemplar veio de uma cruza com
cavalo Andaluz e ditou o padrão até hoje. É um cavalo famoso por sua marcha
cômoda, sendo utilizado nas provas de Marcha e cavalgadas.
É no estado de Roraima que observamos a origem do Lavradeiro, cruza de
cavalos selvagens da região no século 18. Se distinguem por porte atlético baixo, alta
fertilidade e grandes velocidades. Após domados, se mostram muito dóceis e ativos
para o trabalho no campo.
O cavalo Mangalarga teve origem nos cavalos da Península Ibérica, trazidos
ao Brasil pelos colonizadores. Eram Lusitanos que foram utilizados com
melhoramento genético para formar uma nova raça que fosse ideal para o trabalho
nas fazendas, lida com gado, e para o esporte. Nasceu então o Mangalarga com bons
andamentos, resistência, docilidade, com marcha trotada. Hoje são mais de 193 mil
exemplares.
O Mangalarga Marchador tem a mesma origem, animais trazidos pela
comitiva de D. João VI. Sua marcha picada ou batida se caracteriza pelo apoio
tripedal. Os animais dessa raça, que já são mais de 300 mil no Brasil, são muito
utilizados para provas de Conformação, Marcha, Enduro, cavalgadas e até Salto.
O Marajoara, como o nome sugere, foi desenvolvido na Ilha de Marajó, Pará.
A raça se desenvolveu a partir da seleção natural desde o século 17, adaptando-se
muito bem às características da ilha, como excesso de umidade o ano todo e clima
quente e úmido. Estima-se mais de 150 mil exemplares, utilizados em sua maioria
para a lida com búfalos, gado e provas de resistência.
A origem do cavalo Nordestino também data do século 16 e 17, com os
primeiros animais que chegaram para desbravar o continente. Acredita-se que foram
formados a partir das raças portuguesas Sorraia e Garrano. É um cavalo pequeno e
resistente, bem adaptado às condições do semi-árido nordestino.
O Pampa é uma raça que reúne animais de diversas raças que tenham como
característica principal sua pelagem. São aceitos para registro cavalos das raças
Anglo-Árabe, Campeiro, Campolina, Crioulo, Mangalarga, Mangalarga Marchador e
PSI, desde que obedecendo o critério de pintados. O animal deve ter pelo menos uma
área de pelos brancos medindo em torno de 100cm².
O cavalo Pantaneiro tem origem de cavalos oriundos de expedições de
exploração no interior do Brasil no século 16 e são encontramos na região do Mato
Grosso e Pantanal, sob condições inóspitas de excesso de umidade, mas com
abundancia em pastagens. É muito utilizado na lida diária com gado e em provas de
resistência, maneabilidade e velocidade, além de cavalgadas pelo Pantanal.
Figura 51: Proprietários com uma égua Quarto de Milha do seu plantel
8.3.4.1 O QUARTO DE MILHA
Quarto de milha é uma raça de cavalo originária dos Estados Unidos. Começou
a formar-se com a chegada dos europeus ao continente norte-americano, por volta de
1611, pelo cruzamento dos cavalos trazidos pelos ingleses e espanhóis, e cavalos de
indígenas (mustangues), também de ascendência ibérica. Posteriormente, dezessete
garanhões e éguas, originalmente puro-sangue ingleses, foram levados para os
Estados Unidos. Entre os Puro-Sangues Ingleses importados figura Janus, um filho
de Godolphin Barb.
Com o tempo surgiu um equino compacto e bastante musculoso, capaz de
correr distâncias curtas em grande velocidade. O primeiro Stud Book com registro
genealógico da raça iniciou em 1941, no Texas. O registro para cavalo Quarto de
milha ainda aceita a inclusão de Puro-Sangues Ingleses, ou seja, são aceitos
cruzamentos QM x QM ou PSI x QM.
Na época em que a Guerra da Independência começou, os colonizadores
tinham se tornado muito afeiçoados às corridas, que em geral eram disputadas entre
três cavalos que corriam até um quarto de milha (402,33600 metros). Mas outras
atividades também foram desempenhadas com sucesso por estes animais.
Linhagens diferentes foram sendo definidas para cada atividade. Hoje são bem
distintas e tem uma seleção rigorosa. Mas a principal característica do quarto de milha
é a versatilidade. Corridas, provas de vaqueiros em geral e trabalho no campo. Teve
bastante aceitação no trabalho e lida do campo devido a sua docilidade, robustez e
velocidade.
Os cavalos selecionados possuíam um antemão poderoso, que lhes
assegurava arranques fulgurantes. Logo ficou evidente que essa morfologia os
tornava particularmente hábeis para o trabalho com o gado: apartar os bezerros,
separar vacas, etc. Ao mesmo tempo em que eram desenvolvidas provas esportivas
inspiradas nesse trabalho (apartação, tambor, etc), a raça foi se desenvolvendo, e
hoje, é uma das mais presentes em todo o mundo.
No nordeste do Brasil, o Quarto de milha tornou-se o melhor em vaquejada. No
sul do Brasil, nos trabalhos de campo, encontra-se em concorrência com o cavalo
crioulo. No Brasil o QM de corrida encontra seu lugar nas canchas retas do interior,
com grande expressão na pista do Jockey Club de Sorocaba. Atualmente grandes
nomes do QM de corrida tem gerações no Brasil, como: Granite Lake, Dean Miracle,
Panther Mountain, Check Him Out, Gold Medal Jess, No secrets here, entre outros.
O mais famoso Quarto de Milha de corrida tanto nas pistas como nas atividades
reprodutivas foi Dash for Cash que vem aos poucos sendo superado pela “lenda viva”
como é chamado, Corona Cartel. Outro Famosos Quarto de Milha de corrida, foi First
Down Dash, filho de Dash For Cash, que produziu ganhadores de mais de US$ 65
Milhões.
8.4 METODOLOGIA
REFERÊNCIAS
https://www.fiepr.org.br/observatorios/biotecnologia-
animal/FreeComponent21755content366500.shtml