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Temas Abordados
Capítulo 1 - Aspectos gerais da construção
Capítulo 2 - Técnicas de demolição 2
Capítulo 3 - Contenções periféricas 16
Capítulo 4 - Fundações directas 43
Capítulo 5 - Fundações profundas 54
Capítulo 6 - Drenagens e impermeabilizações 71
Capítulo 7 - Estruturas de edifícios de betão 88
Capítulo 8 - Soluções não tradicionais de pavimentos e escadas 10
8
Capítulo 9 - Paredes divisórias 11
8
Capítulo 10 - Coberturas de edifícios 12
8
Capítulo 11 - Revestimentos de paredes
Capítulo 12 - Revestimentos de pisos
Capítulo 2 - Técnicas de Demolição
Equipamentos Mecânicos
a) EQUIPAMENTO MANUAL
• Martelo
• Escopro
• Marreta
• Picareta
• Pé-de-cabra
• Pá
• Serra
• Baldes
Vantagens
- Possantes e eficazes
- Não necessitam de mão-de-obra especializada
- Portáteis (com algum esforço)
- Económicos, pouca manutenção, duráveis
- Relativamente seguros
- Limpeza e precisão
Desvantagens
- Ruidosos
- Introduzem grandes vibrações
- Equipamentos manuais - grande exigência física do manobrador
- Originam poeiras e fumos
- Propagação de fendas
- Descasque de arestas e cantos em elementos de betão
- Rendimento muito baixo em estruturas fortemente armadas
- Trabalho lento (peças pequenas)
c) BOLA DE GRANDE MASSA (ARÍETE)
- Aplicação em qualquer tipo de edifício (estrutura não muito alta Hmax = 30 m nem
com muitos metros de espessura de betão) ou na remoção de escombros
Vantagens
- Técnica Possante
- Económica
- Rápida Execução
Desvantagens
- Introduz vibrações no terreno
- Potencialmente perigosa para o pessoal
- Exige espaço livre em redor do edifício (desmonte não controlado)
- Obriga a trabalhos posteriores de fragmentação dos escombros de maiores
dimensões.
- Pouco eficaz em estruturas fortemente armadas
- Origina muita poeira
- Muito ruidosa
- Risco de danificar redes de infra-estruturas subterrâneas
- Limite de 30 m em altura
- Muito dependente do operador em termos do rendimento
d) PILÃO
Aparelho montado num veículo auto motriz ou giratória, que deixa cair de uma altura
de 1 a 3 m uma massa de várias toneladas ao ritmo de 25 a 120 pancadas por minuto.
⇩
Rotura do betão por impacto e pressão
Vantagens
- Técnica pouco ruidosa (ruído abafado)
- Elevado rendimento
- Económica
Desvantagens
- Limitações do peso da massa e da altura de elevação
- Alguns equipamentos de elevação só trabalham em superfícies quase lisas e
horizontais
Vantagens
- Potência e rapidez
- Boa adaptação ao trabalho
- Mobilidade em caso de perigo eminente
- Necessidade de pouco pessoal, apesar de com alguma especialização
Desvantagens
- Poeira e ruído na queda dos escombros
- Necessidade de bom suporte para as máquinas
f) TRACÇÃO DE CABOS
Cintagem com cabos de aço estrategicamente colocados - traccionados através de
guinchos ou equipamento mecânico fixo ao terreno
⇩
Colapso
- Distância de segurança
- Cabos devem ser sobredimensionados e não duplicados (evitar rotura)
- Contacto dos cabos e estrutura através de calços de madeira (evitar o corte dos
elementos)
Betão armado:
Enfraquecer elementos resistentes verticais ao nível do piso térreo através de
rasgos no betão e corte das armaduras com maçarico
Alvenarias:
Altura máxima de aplicação da técnica - 20 m
Vantagens
- Baixo custo
- Rapidez de execução
Desvantagens
- Risco do cabo chicotear em caso de ruptura
- Necessidade de escorar todos os elementos instabilizados, para evitar desabamentos
pela acção do vento
g) DEMOLIÇÕES POR REBENTAMENTO INTERIOR
Uso de equipamento mecânico com o intuito de rebentar a partir do interior
⇩
Tensões de tracção no betão – fragmentação
Vantagens
- Técnica simples e económica
Desvantagens
- Ruído elevado
- Ausência de controlo preciso da demolição
- Cunha só permite demolir espessuras pequenas de betão
Vantagens
- Demolição controlável
- Silencioso, seguro e económico
- Não provoca poeira ou vibrações
- Boa relação custo / produtividade
- Grande eficácia na demolição
- Boa adaptação a grandes volumes de betão
- Facilidade de manuseamento do equipamento (sem necessidade de mão de obra
especializada)
- Boa adaptação a locais exíguos ou de difícil acesso
Desvantagens
- Grande dificuldade no controlo de fendilhação e fissuração
- Necessidade de efectuar “negativo” para colocar equipamento em tensão
- Superfície de corte irregular
- Mau funcionamento em volumes com baixa compacidade
- Espessura máxima de 60 cm
- Requer equipamento auxiliar para prosseguir a demolição (seccionamento dos
volumes, corte a maçarico das armaduras) o que torna a utilização difícil em betão
muito armado
h) DEMOLIÇÕES POR ESMAGAMENTO PELO EXTERIOR
Vantagens
- Equipamento versátil
- Não provoca ruído, vibração ou poeiras
- Equipamento de simples manutenção
Desvantagens
- Baixo rendimento
- Espessura a demolir deve ser inferior a 30 cm (podendo atingir os 50 cm com um
adaptador especial)
- Necessidade de cortar as armaduras para prosseguir o trabalho
- Superfícies de corte muito irregulares
- Necessidade de remover constantemente os produtos de demolição
- Relação custo de aquisição / produtividade muito elevada
Processos térmicos
LANÇA TÉRMICA
- oxigénio; pólvora
MAÇARICO
- oxigénio; pólvora; plasma
Tripla acção:
- Térmica (temperaturas de 2000 a 2500 ºC)
- Química (combinação de óxidos de ferro com componentes do betão)
- Cinética (pressão do jacto de oxigénio)
Vantagens
- Possibilidade de cortar peças de grande espessura
- Aplicável quer em betão armado quer em pré esforçado
- Não provoca vibrações e é silenciosa
- O pessoal aprende facilmente a técnica
- O material é simples e ligeiro (excepto as reservas das garrafas de oxigénio)
- Permite trabalhar ao ar livre, no interior e até debaixo de água
- Permite trabalhar em locais de difícil acesso
- Altera pouco as propriedades do betão nas proximidades do rasgo
Desvantagens
- Pequena precisão no corte
- Origina escorrimento da escória de combustão
- Superfícies de betão em contacto com escória ficam marcadas
- Necessária boa ventilação para trabalhar no interior (provoca fumos)
- Risco de incêndio devido à projecção de materiais em fusão
- Necessidade de vestuário especial de protecção do manobrador
- Custo bastante elevado
LASER
Técnica que consiste na emissão de um feixe de luz “coerente” e monocromática
⇩
Onda única de grande densidade de energia
Vantagens
- Corte muito preciso
- Ausência de ruído, vibrações, fumos, gases tóxicos e poeiras
- Rapidez na execução
Desvantagens
- Necessidade de combinar esta técnica com outras para o corte de armaduras
- O raio é invisível, logo perigoso, podendo causar queimaduras
- Necessidade de protecções eléctricas de isolamento do aparelho
- Muito onerosa
a) MECANISMO TELESCÓPICO
Demolição (simultânea ou não) de vários troços em altura da estrutura da torre
⇩
Queda numa área semelhante à ocupada inicialmente, numa forma semelhante ao
“fechar de um telescópio”
Vantagem
- Envolve menos trabalhos preparatórios, menos quantidade de explosivos
Desvantagem
- Pode induzir na estrutura maior fragmentação durante o colapso
Processos abrasivos
Abrasão do betão, provocada por material em estado sólido ou líquido
⇩
Corte em blocos ou remoção de camada superficial
CORTE DIAMANTADO
Utensílios constituídos por grãos de diamante industrial retidos numa matriz
geralmente metálica.
Partículas arrancam cada uma um pouco de betão
Vantagens
- Corta facilmente betão armado
- Elevado rendimento de corte (reduzido pela existência de armaduras)
- Manipulação simples da versão compacta
- Secção de corte muito lisa, sem necessidade de trabalhos adicionais e sem afectar o
betão adjacente
- Grande precisão do corte (com adaptação de calha)
- Sem riscos de fissuração
- Seguro para o pessoal
Desvantagens
- Exige experiência na utilização do equipamento
- Espessura de corte limitada pelo raio do disco
- Processo de instalação moroso da versão mais robusta (superfície de suporte
adequada)
- Necessidade de evacuar líquido refrigerante
- Custo elevado do equipamento e consumíveis
- Produz algum ruído e poeiras
Vantagens
- Corta facilmente betão armado
- Elevado rendimento de corte (reduzido pela existência de armaduras)
- Elevada versatilidade de adaptação ao uso e a ambientes de trabalho
- Equipamento silencioso, não provoca vibrações nem poeiras (devido à água de
arrefecimento)
- Superfície de corte lisa, sem necessidade de trabalhos adicionais e sem afectar o
betão adjacente
- Rigor e precisão de corte
- Permite cortes em todas as direcções numa amplitude de 360º
- Sem riscos de fissuração
- Seguro para o pessoal
- Preço competitivo para grandes áreas de corte
Desvantagens
- Exige experiência na utilização do equipamento
- Exige equipamento auxiliar de corte para passagem do cabo
- Processo de instalação moroso
- Custo elevado dos consumíveis
- Necessário evacuar o líquido refrigerante
c) CAROTAGEM
- Motor eléctrico - movimento de rotação a um cilindro metálico oco com uma coroa
diamantada na sua extremidade exterior
- Execução de furos tangentes delimita bloco de betão, posteriormente removido
- Necessidade de refrigeração constante
- Versátil, permite utilização em superfícies horizontais, verticais e curvas
- Eficiência aumenta proporcionalmente à relação área a demolir / perímetro da área a
demolir
Vantagens
- Não tem riscos de fissuração
- Manipulação simples
- Equipamento silencioso não causando vibrações
- Grande precisão de corte
- Secção de corte lisa
- Permite obter secções circunscritas para concentração de tensões
Desvantagens
Furação limitada pelo comprimento e diâmetro da broca
- Baixo rendimento / preço elevado
- Processo moroso
- Necessidade de evacuar o líquido refrigerante
Vantagens
- Ausência quase total de poeiras e vibrações
- Corte relativamente preciso
- Betão adjacente ao corte é pouco afectado
Desvantagens –
- Equipamento caro
- Corte difícil de peças armadas
- Lentidão
- Necessidade de evacuar água e detritos
- O pessoal deve estar protegido contra a projecção de detritos
- Grandes fendas nos elementos a demolir podem causar perdas de rendimento
consideráveis
- Necessidade de produzir in situ uma grande pressão
Ciclo de demolição
FASE 1
Escolha do Empreiteiro
FASE 2
Avaliação da situação estrutural
FASE 3
Licenças a obter
FASE 4
Corte de Serviços
FASE 5
Montagem do estaleiro
FASE 6
Estrutura de contenção da fachada
Preservação do valor arquitectónico e patrimonial
(imposição camarária);
Cintagem;
Tamponamento dos vãos;
Ligação da estrutura à fachada;
Escoramentos.
LAJES
- Escoramento dos elementos de balanço ou com flechas excessivas. Proceder à sua
demolição assim que possível;
- Cuidados com as zonas junto a instalações sanitárias, canalizações e chaminés.
- em lajes vigadas tradicionais armadas em cruz, são efectuados por cortes, por forma
a que os blocos resultantes sejam compatíveis com a capacidade das gruas;
- os cortes começam no centro do painel (que tem de ser escorado), evoluindo para a
periferia em espiral;
- os troços são desligados de forma semelhante à efectuada nas lajes armadas numa
só direcção.
VIGAS
- Aplicam-se as mesmas regras aplicadas nas lajes vigadas tradicionais armadas numa
só direcção.
PILARES E PAREDES
- Após o corte dos elementos verticais não se devem deixar tombar com violência
sobre o pavimento.
FASE 7
Remoção de materiais para reciclagem
objectivos:
- impedir a proliferação dos depósitos de entulho;
- economia de matérias-primas;
- necessidade de proceder à selecção e separação dos materiais;
- possibilitar o reaproveitamento de certos materiais;
- apenas os materiais não recicláveis e não poluentes devem ser enviados para
aterros.
Em Portugal, os resíduos resultantes de demolição são levados, quase na
totalidade, para os denominados vazadouros. Deste modo, é fundamental abordar o
ambiente e o processo da reciclagem.
FASE 8
Trabalhos finais.
concluído o processo de demolição do edifício é necessário:
fazer nova vistoria aos edifícios vizinhos;
confrontar o seu estado com o relatório de inspecção feito antes da demolição;
apurar os estragos provocados pela operação de demolição;
os danos causados são da responsabilidade da empresa de demolições.
Capítulo 3 – Contenção Periférica
Parte da estrutura cuja função é a de conter o terreno
na periferia da construção
CORTINAS DE ESTACAS-PRANCHA
Elementos de contenção metálicos recuperáveis pouco rígidos no seu plano (têm de
ser escorados no topo ou a vários níveis).
PREGAGENS:
Elementos de contenção de muito pequena rigidez perpendicularmente ao seu plano,
constituídos por paredes pregadas geralmente com varões de aço ordinário.
POÇOS OU PEGÕES
Elementos de fundação de elevada secção transversal e reduzida esbelteza,
susceptíveis de serem utilizados para contenção, eventualmente servindo de
contrafortes a paredes de betão armado.
MUROS DE BERLIM
Elementos de contenção de pequena rigidez perpendicularmente ao seu plano,
constituídos por perfis verticais, em geral metálicos, entre os quais é colocada a
entivação em madeira.
MUROS DE MUNIQUE
Elementos de contenção de pequena rigidez perpendicularmente
ao seu plano, constituídos por perfis metálicos cravados no
terreno na vertical, sendo o espaço entre eles preenchido de
forma contínua com betão armado.
CONJUGAÇÃO DE SOLUÇÕES
Exemplo: Muro de suporte em betão armado e cortina de
estacas
PAREDES MOLDADAS
Vantagens
- método que pode ser utilizado praticamente em qualquer circunstância (mesmo com
nível freático elevado, percolação de água e/ou terrenos incoerentes ou moles)
- é possível atingir elevadas profundidades
- boa garantia de estanqueidade à passagem de água do exterior
- permite grande maleabilidade na programação da obra (painéis)
Desvantagens
- em terrenos rijos, a execução é mais difícil e conduz a menores rendimentos
- exigem equipamento e mão de obra especializados
- exige grande espaço de estaleiro
- solução relativamente onerosa - lamas bentoníticas (fabrico, recuperação e
reciclagem) / recurso a ancoragens na fase provisória)
CORTINAS DE ESTACAS-PRANCHA
Vantagens
- facilidade em trabalhar abaixo do nível freático e mesmo dentro de água
- oferecem ao terreno superfícies contínuas
- são praticamente estanques à água e a terrenos muito coerentes
- é possível recuperar as estacas
Desvantagens
- a cravação das estacas pode originar muito ruído e vibrações, assim como a
danificação da própria estaca
- têm problemas de corrosão a longo prazo
- é difícil garantir a verticalidade e as consequências da não verticalidade são difíceis
de corrigir
- não podem ser empregues em terrenos com camada ou blocos dispersos de rochas
MUROS DE SUPORTE EM BETÃO ARMADO
Vantagens
- solução económica
- não exige equipamento e mão de obra especializados
- propiciam acabamento aceitável, por serem cofrados interiormente
Desvantagens
- não permite profundidades elevadas
- mau desempenho para nível freático elevado, não garantindo por si sós,
impermeabilidade a longo prazo.
- exigem terrenos com alguma consistência
- os muros de grande porte são de difícil execução em terrenos limitados em área
- sondagens de penetração
Os ensaios de sondagem deverão indicar a altura do nível freático. Devem ainda ser
analisadas as condições de circulação da água subterrânea, a natureza e localização
das formações aquíferas, níveis piezométricos e influência de marés de forma a poder
ser determinado o seu caudal.
Pretendendo-se executar elementos de betão enterrados, é prudente que a água
existente no solo seja analisada quimicamente para ser detectada a presença de
agentes químicos responsáveis pela deterioração do betão. Os ensaios devem ser
realizados sobre amostras colhidas no campo.
MUROS DE MUNIQUE
Solução de carácter permanente que surge na década de 70
Muros de Berlim
CAMPOS DE APLICAÇÃO
Está muito ligado às vantagens e desvantagens relativas da técnica aliadas ao factor
custo que beneficia claramente este tipo de solução.
- solução utilizada em terrenos com alguma coerência, sem presença significativa de
água e sem edifícios susceptíveis a assentamentos na periferia da contenção;
- utiliza-se para contenção provisória, se não houver necessidade de contenção
definitiva (paredes de caves) ou se houver espaço para executar as paredes de caves
no interior da contenção, através de um processo mais económico (com cofragem
tradicional).
Vantagens
- economia;
- proporcionam espaço de manobra e permitem grandes avanços diários em termos de
área construída;
- aquando da realização das paredes definitivas, permitem dispensar as cofragens no
tardoz;
- permitem a realização da escavação em simultâneo com a execução da contenção;
- não exigem pessoal nem tecnologia muito especializada recorrendo a técnicas,
equipamento e “know-how” correntes;
- permitem uma escavação rápida e execução da superestrutura no seu interior;
- não exigem uma grande área de estaleiro ou acessos largos à obra.
Desvantagens
- apresentam um mau desempenho para nível freático elevado;
- não oferecem qualquer obstáculo à passagem da água contida no terreno a tardoz;
- exigem terrenos com alguma consistência;
- causam uma descompressão do solo, originando o assentamento das fundações das
construções vizinhas;
- a eventual cravação dos perfis metálicos pode introduzir vibrações nas construções
vizinhas;
- em termos de aproveitamento da área de implantação do edifício como área útil, a
espessura destas paredes precisa de ser somada à das paredes interiores definitivas;
- requerem cuidados na colocação dos elementos de entivação e estão limitados em
termos de profundidade.
MUROS DE BERLIM E MUROS
EQUIPAMENTO UTILIZADO
- máquina retro-escavadora para a realização da escavação;
- camiões para transporte de terras;
- trado de furação (introdução dos perfis; execução de ancoragens);
- bate-estacas para a cravação dos perfis por percussão;
- grua para a elevação e posicionamento dos perfis;
- macacos hidráulicos para a colocação em carga das ancoragens e na sua
desactivação;
- equipamento de serralharia e soldadura;
- serra eléctrica para acertos dos elementos de entivação;
- equipamento de injecção;
- ferramentas de utilização manual;
- poderá ainda ser utilizado equipamento de controlo dos processos construtivos,
nomeadamente inclinómetro, teodolito e alvos topográficos, células de carga,
extensómetros.
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
- inserem-se nas chamadas cortinas de entivação flexíveis, ou seja, aquelas que, pela
sua elevada deformabilidade, são influenciadas ao nível de cálculo pela interacção
solo-estrutura.
Variante
- Consiste em pregar espaçadores aos elementos de entivação e
ir forçando a penetração das tábuas no terreno pelo tardoz
dos perfis metálicos.
- Permite que não se perca na fase definitiva, o espaço útil
correspondente à contenção provisória
Muros de Munique
CAMPO DE APLICAÇÃO
Está muito ligado às vantagens e desvantagens relativas da técnica aliadas ao factor
custo que beneficia claramente este tipo de solução, quando comparado com algumas
das alternativas - paredes moldadas e cortinas de estacas moldadas.
Vantagens
- economia;
- por serem cofradas no seu interior, propiciam um acabamento aceitável, para alguns
tipos de ocupação dos pisos enterrados;
- permitem a realização da escavação em simultâneo com a execução da contenção;
- não exigem pessoal nem tecnologia muito especializada, recorrendo a técnicas,
equipamento e conhecimentos correntes;
- apresentam um bom rendimento, em termos de aproveitamento da área de
implantação do edifício como área útil;
- não exigem uma grande área de estaleiro ou acessos largos à obra.
Desvantagens
- apresentam um mau desempenho para o nível freático elevado;
- não garantem uma estanqueidade satisfatória a longo prazo;
- exigem terrenos com alguma consistência;
- causam uma descompressão do solo, originando o assentamento das fundações das
construções vizinhas;
- a eventual cravação dos perfis metálicos pode introduzir vibrações nas construções
vizinhas;
- processo muito moroso e fracos rendimentos diários em termos de área da parede.
EQUIPAMENTO UTILIZADO
- máquina retro-escavadora para a realização da escavação;
• camiões para transporte de terras;
• trado de furação (introdução dos perfis; execução de ancoragens);
• bate-estacas para a cravação dos perfis por percussão;
• grua para a elevação e posicionamento dos perfis;
• macacos hidráulicos para a colocação em carga das ancoragens e para a sua
desactivação;
• bomba e outro equipamento de injecção;
• misturadora para a preparação da calda de cimento;
• existência de estaleiro de armaduras;
• poderá ainda ser utilizado equipamento de controle dos processos construtivos,
nomeadamente inclinómetro, teodolito e alvos topográficos, células de carga,
extensómetros.
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
- inserem-se nas chamadas cortinas de contenção periférica flexíveis, ou seja, aquelas
que, pela sua elevada deformabilidade na fase construtiva, são influenciadas ao nível
dos esforços de cálculo pela interacção solo-estrutura.
Acções horizontais
Fase provisória: dimensionamento da componente horizontal do pré-esforço
nas ancoragens;
Fase definitiva: dimensionamento dos impulsos do terreno;
Viga de coroamento
Fundações
São considerados como acções a carga vertical vinda de cima centrada com a
parede, o peso próprio da sapata e o momento na base devido aos impulsos de
terras.
Muros de “Lisboa”
- Apresentam painéis mais largos que os muros de Munique, por serem dimensionadas
tirando o máximo partido do “efeito de arco” absorvido pelas banquetas adjacentes ao
painel em construção.
Muros de “Coimbra”
- Nesta variante aos muros de Munique, prescinde-se totalmente os perfis metálicos, o
que o torna um método menos dispendioso;
- Só utilizável se o terreno possuir características que lhe permita suportar as acções
para as quais se utilizavam os perfis.
Impermeabilidade
nenhuma deficiente
Preço
Muito baixo baixo
ANALOGIAS
- Ambas as soluções são utilizadas como contenções periféricas de edifícios ou como muros de
suporte de taludes
- Ambos os tipos de contenção incluem a introdução de perfis metálicos no terreno não
exigem uma grande área de estaleiro ou acessos largos à obra
- Não necessitam de pessoal ou tecnologia muito especializada, recorrendo a técnicas,
equipamentos e conhecimentos correntes
- Permitem a realização da escavação em simultâneo com a execução da contenção
- Ambas as soluções recorrem a escoramentos ou ancoragens
- Exigem terrenos com alguma consistência
PATOLOGIA
ANOMALIAS (causa-efeito)
Os principais efeitos detectados nestes dois tipos de contenção periférica são a
humidade, o apodrecimento dos elementos de entivação (no caso dos muros de
Berlim) e a rotura da estrutura que leva consequentemente a assentamentos do
terreno.
⇩
Tais efeitos devem-se sobretudo à carência de uma drenagem eficaz das águas
superficiais no tardoz deste tipo de contenções periféricas.
MÉTODOS DE PREVENÇÃO
MUROS DE BERLIM
Antes de se iniciar a escavação, o solo deverá ser drenado ou serem criados poços
drenantes no tardoz; deve-se criar um canalete de pelo menos 5 cm de altura acima
do terreno circundante para o escoamento de águas superficiais; trata-se os
elementos em madeira com químicos para evitar a sua deterioração.
MUROS DE MUNIQUE
Na execução dos painéis, antes da colocação da armadura, deve-se colocar um dreno
de tardoz da parede, constituído por uma manta geotêxtil filtrante e uma camada
drenante em nylon; durante a execução da sapata de fundação, deve ser colocado um
tubo dreno ao nível do fundo da escavação.
Paredes Moldadas
- As paredes moldadas são elementos de contenção, construídos com recurso a lamas
bentoníticas, que permitem conter as paredes da escavação durante a fase de
execução.
- Estes elementos são executados enterrados, procedendo-se posteriormente à
remoção do terreno do interior da contenção.
- Para garantir a estabilidade das paredes durante a escavação, utilizam-se
ancoragens, na maioria das vezes, provisórias.
2) CAMPO DE APLICAÇÃO
Contenção periférica
em terrenos de fraca coesão e com o nível freático elevado
junto de construções existentes, muito susceptíveis a deformações,
principalmente se essas estruturas introduzirem tensões importantes nas
fundações e estas se encontrarem elevadas em relação ao piso térreo da nova
construção
Fundação
- As barretas são fundações profundas, constituídas por troços de paredes moldadas.
- As barretas são normalmente utilizadas em conjunto com as paredes moldadas,
podendo recorrer-se a estacas moldadas em sua substituição.
3.1) VANTAGENS
- permite várias frentes de trabalho
- bom comportamento sísmico
- ruído e vibrações reduzidos
- adapta-se a diversos tipos de terreno, mesmo com nível freático elevado
- não prescinde habitualmente de acabamento interior, mesmo em zonas como
garagens
- minimização da descompressão e deformação das construções vizinhas
- pode atingir profundidades elevadas
- estanqueidade à passagem de água para o interior da estrutura
3.2) DESVANTAGENS
- solução cara, principalmente devido ao uso das lamas bentoníticas e ancoragens
- dimensionamento condicionado pela fase provisória
- espessura mínima das paredes (40 cm) condicionada pelo equipamento e garantia da
verticalidade, pode provocar sobredimensionamento em construções pouco profundas
- ocupação de parte da área útil dos pisos
- exige grande espaço em estaleiro
- exige equipamento e mão de obra especializados
- a utilização da bentonite levanta problemas ambientais
- o processo pode ter de ser abandonado se existirem rochas no terreno
- se o firme rochoso estiver a grande profundidade e se se pretender a garantia de
impermeabilidade, esta solução pode ser antieconómica
4) EQUIPAMENTOS
4.1) Escavação
- O tipo de equipamento mais utilizado na escavação é o balde de maxilas, podendo
também ser utilizado outro tipo de equipamento, a hidrofesa (escavação por
circulação).
- Quando se utilizam baldes de maxilas e se encontra rocha, recorre-se ao trépano.
4.2) Estabilização das paredes do furo
- As paredes da vala são estabilizadas através do uso de lamas bentoníticas, pelo que
é necessário montar em estaleiro o equipamento para o seu fabrico e reciclagem.
4.3) Outros equipamentos
- trémie e camiões betoneira para a betonagem dos painéis
- martelos pneumáticos para proceder ao saneamento final dos painéis
- gruas para colocação das armaduras e tubos junta
- retroescavadoras para escavação do interior da contenção;
- trado contínuo (ou outro) e macacos hidráulicos para execução das ancoragens.
5) PROCESSO CONSTRUTIVO
EXECUÇÃO
Escavação da vala ⇩Cofragem e armadura ⇩Betonagem
A largura da vala entre os muros é igual à espessura da parede (0,4 a 1,0 m), acrescida de 5cm
por forma a facilitar a introdução do equipamento.
5.5) Escavação
1. Sequência de execução:
Contínua ou Alternada
2. Tipo de painéis:
Arranque
Continuidade (simples ou duplos)
Fecho
3. Dimensões dos troços de escavação:
Espessura: 0,4 m a 1,0 m;
Largura dos troços: 2,0 m a 2,8 m;
Comprimento: Altura total dos pisos enterrados + 2,0 m a 2,5 m (“ficha”)
4. Equipamentos de escavação:
por balde de maxilas.
por circulação;
- À medida que se vai retirando terreno, vão sendo introduzidas lamas bentoníticas na
vala.
- Estas lamas possuem características tixotrópicas que lhes permitem estabilizar as
paredes da escavação.
BALDE DE MAXILAS
- A lama é bombeada para dentro da vala ao mesmo tempo que se escava.
- A escavação por baldes de maxilas é efectuada introduzindo o equipamento com o
balde aberto no furo, sendo este depois fechado e retirado, trazendo consigo uma
mistura de solo, água e lamas.
- Os baldes podem ser suspensos através de cabos ou de uma haste rígida “Kelly”. Em
qualquer das situações, há que ter em atenção a manutenção da verticalidade durante
a escavação.
- Na presença de rocha, é utilizado um trépano para provocar a desagregação do
terreno.
CIRCULAÇÃO
- Este tipo de escavação pode ser efectuada por circulação directa, em que a lama é
injectada sob pressão no interior da escavação, sendo recolhida junto ao fundo do furo
juntamente com os produtos da escavação.
- Uma outra possibilidade (equipamento Hidrofesa), consiste no lançamento da lama
por gravidade, sendo esta posteriormente aspirada, juntamente com os produtos da
escavação – circulação inversa.
Hidrofesa:
Para desagregar o terreno (mesmo rocha) são utilizadas rodas de corte.
Bomba de sucção
5.8) Betonagem
- Com auxílio de coluna de betonagem (trémie), de baixo para cima
- Trémie - troços metálicos com 1 a 3 m de comprimento e 15 a 25 cm de diâmetro
- Mergulhada 1 a 2 m no interior do betão – betão submerso
- Usar mais que uma trémie para larguras superiores a 5 m ou cantos
- Controlo do nível de betonagem com sonda
- Betão de elevada fluidez (facilita substituição da lama, preenche vazios nas paredes
da vala e intervalos entre varões e minimiza segregação) e com tempo de presa longo
5.17) Pré-Fabricação
- Em alternativa às paredes tradicionais, pode-se recorrer a painéis pré-fabricados.
Estes são colocados na vala e selados na base com calda de cimento.
1. Escavação da vala com recurso a balde de maxilas e lamas bentoníticas
2. Introdução da calda através de espalhador
3. Colocação do 1º painel
4. Colocação dos restantes painéis
- A utilização deste tipo de painéis permite a aplicação de pré-esforço.
- Usadas em solos:
Muito moles
Com teores de água muito elevados
Com elevada percolação
Vantagens
- Não há perdas de betão;
- Garante-se a verticalidade;
- O betão pode ser vibrado (melhora a compacidade).
Desvantagens
- Custos elevados;
- Difícil manuseamento devido ao peso do painel (cerca de 40 ton);
- Exigência de maquinaria pesada.
CAMPO DE APLICAÇÃO
- Elemento resistente de contenção periférica
- Elemento de fundação de estruturas
É bastante corrente o recurso a estacas moldadas servindo numa mesma obra como
solução de contenção periférica e fundações.
TIPOLOGIAS
- Espaçadas
- Tangentes
- Secantes
FASEAMENTO CONSTRUTIVO
- preparação da plataforma de trabalho
- eventual execução de muros-guia
- execução das estacas com a profundidade necessária, recorrendo a tecnologia
adequada, a partir da cota da plataforma de trabalho
- realização de ensaios nas estacas
- demolição da parte superior das estacas em betão armado
- execução da viga de coroamento
- realização do primeiro nível de ancoragens na viga de coroamento (se aplicável)
- realização de ensaios de recepção nas ancoragens
- Escavação até cerca de 0.5 m abaixo da cota do segundo nível de ancoragens /
tirantes, compatibilizada com o projecto de betão armado e colocação de malhasol
- Execução da viga de distribuição
- Realização de ancoragens / escoramentos e realização de ensaios de recepção nas
ancoragens
- Execução dos restantes níveis de escavação, vigas de distribuição e ancoragens,
segundo o processo acima referido
- Conclusão da escavação até à cota da fundação correspondente à profundidade
máxima definida no projecto de estabilidade
- Execução de drenos sub-horizontais
- Execução do revestimento definitivo, conforme projecto (betão projectado, painéis
pré-fabricados, paredes de alvenaria, …)
CAMPO DE APLICAÇÃO
Contenção periférica aplicável em praticamente todo o tipo de terreno,
independentemente da posição do nível freático
Em solos c/ alguma coerência, s/ ocorrência de quantidade significativa de água e acima do NF,
opta-se por contenções mais económicas, as paredes tipo Berlim
APLICAÇÕES
- Contenção de terras
- Muros de suporte
- Revestimento de taludes
- Obras hidráulicas e marítimas/fluviais (ex: ensecadeiras)
- Alinhamento da orla marítima
TIPOLOGIAS
Vantagens
- solução de contenção de execução rápida
- praticamente estanque nas juntas, criando uma barreira entre a água e o terreno
- união fácil entre perfis
- facilidade em trabalhar abaixo do NF e mesmo dentro de água
- a recuperação das estacas com a sua extracção quando a solução não definitiva
Desvantagens
- equipamento de cravação muito pesado
- ruído e vibrações na cravação por percussão
- solução de contenção cara
- problemas de corrosão a longo prazo
- difícil garantir a verticalidade
- a cabeça da estaca fica danificada quando cravada
- não são aplicáveis em solos com estratos rochosos
3) MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- estacas-prancha (várias secções e geometrias)
- perfis metálicos, quando a solução passa por uma cortina combinada
- ancoragens
- tirantes
- dispositivos de guiamento
- grua
- máquinas de trado
- camiões de transporte das estacas-prancha
- equipamento de topografia
- compressor
- retroescavadora e niveladora
- bomba e equipamento de injecção de água
- equipamento de cravação (sistemas de percussão, vibração ou pressão)
- passadiço de apoio, para alinhamento das estacas e circulação de operários
- mãos para transporte vertical das estacas
- peça de união, que permite a ligação entre perfis
- capacetes de cravação, que evitam a danificação da cabeça da estaca
4) PROCESSO CONSTRUTIVO
4.4) Cravação
Métodos de cravação
- percussão
- vibração
- penetração estática
- jetting
- furação e explosão
- vibroflutuação
Técnicas de extracção:
1. Extractores por impacto (com o uso de um martelo pilão montado ao contrário)
2. Martelos vibratórios
3. Macacos hidráulicos
Medidas antes e durante a extracção:
1. Colocação de uma membrana entre o engate das estacas para reduzir o atrito
2. Avaliação da força de puxe, tendo por base os valores de cravação de cada
estaca, iniciando a extracção pelas que apresentaram menor resistência
3. Reforçar a extremidade superior da 1º estaca a ser extraída.
4. Jetting
Soluções:
- Aplicação de selante betuminoso ou hidro-expansivo
- Em casos especiais: Soldadura directa entre as estacas-prancha ou
soldadura de uma chapa complementar
OBJECTIVO
- Assegurar a ligação entre qualquer estrutura e o terreno
- Transferir as cargas das estruturas para o terreno.
- Elementos fundamentais na estabilidade das estruturas.
As fundações podem ser definidas como elementos estruturais de transição entre a
estrutura de uma construção e o terreno sobre o qual ela se apoia, a fim de transmitir
com segurança as solicitações oriundas da construção.
EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS
- Segurança e fiabilidade
- Durabilidade
- Utilidade funcional
- Economia
⇩
- Profundidade adequada
- Segurança em relação à rotura
- Assentamentos aceitáveis
2) TIPOS E FUNÇÕES
Aplicação
- terreno com características constantes
- níveis de carregamento, pequenos a médios
- superstrutura sem exigências especiais, relativas a assentamentos diferenciais
- cargas concentradas e afastadas
Aplicação
- fundação de uma parede / núcleo
- fundação de um muro de suporte
- terrenos não uniformes
- níveis elevados de carregamento
- pouca capacidade resistente do terreno
d) GRELHAS DE FUNDAÇÃO
- Correspondem a vigas de fundação a ligar a
base dos pilares, prescindindo-se de sapatas
sob os mesmos.
- Podem constituir uma boa opção (p.e.
relativamente a sapatas agrupadas por vigas
ou aos ensoleiramentos gerais), quando as
cargas transmitidas pelos pilares são
pequenas, o nível freático é baixo e se
verifica uma (ou mais) das seguintes
situações:
variabilidade das características do terreno de fundação
sensibilidade da superestrutura a assentamentos diferenciais
sismicidade da região
existência de sapatas excêntricas ou de muros de suporte cujas sapatas não
estejam auto-equilibradas
e) ENSOLEIRAMENTO GERAL
- Correspondem a lajes de planta extensa (em geral, ocupam a área de implantação
do edifício) e espessura relativamente pequena.
Aplicação
- carregamentos muito elevados na totalidade ou em parte significativa da fundação
- terreno com características mecânicas elevadas apenas a grande profundidade
- terreno superficial fraco, mas susceptível de receber cargas
3) INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA
4) CRITERIOS DE SEGURANÇA
O mecanismo de interacção que ocorre entre o terreno e a estrutura de fundações
para transmitir as solicitações é considerado seguro quando se garante que:
o solo não sofrerá rotura
as deformações no terreno serão compatíveis com as deformações que a
construção admite
os elementos estruturais das fundações não sofrerão colapso
A cravação é feita recorrendo-se a um pilão com 63.5 kgf que cai livremente de uma
altura de ~76 cm, sobre um batente que por sua vez está ligado a um trem de varas,
cuja ponta é um amostrador normalizado
Fase 1
O amostrador é cravado 15 cm, registando-se o respectivo número de pancadas. A
esta fase correspondem em regra solos remexidos pelo que o valor obtido nesta fase é
meramente indicativo.
Fase 2
O amostrador é cravado mais 30 cm, sendo o resultado do ensaio SPT o número de
pancadas N obtido. Se após 60 pancadas, a penetração não atingir os 30 cm,
termina-se o ensaio medindo a penetração obtida.
Domínio de aplicação
Utilizado principalmente para a determinação das propriedades de solos arenosos.
Aplicável igualmente para argilas e siltes.
Processo Construtivo de Sapatas
1) PREPARAÇÃO DO TERRENO
- Registo de todos os elementos a preservar e eventual protecção de modo a evitar a
sua deterioração
- Limpeza do terreno e terra vegetal (decapagem), remover ou transplantar vegetação
existente.
- Recolha de informação sobre cadastro de infra-estruturas existentes, caso a obra se
localize em meio urbanizado
- Eventual desvio de instalações tais como condutas de esgotos, água ou gás, cabos
eléctricos, etc.
- Eventual demolição de construções antigas e suas fundações. Caso exista nível
freático elevado, deverão ser executados sistemas que possibilitem a execução da
futura escavação (ensecadeiras de estacas-prancha, rebaixamento do nível freático ou
congelamento da água do solo (pouco frequente))
- Caso o solo não apresente características satisfatórias para fundação ou circulação do
equipamento pesado, realizar técnicas de melhoramento de solos (adição de materiais,
compactação).
2) ESCAVAÇÃO GERAL
- Execução de escavação geral em conformidade com:
Cotas de projecto (cota de piso térreo descontada de espessura de revestimentos,
isolamentos, massame e enrocamentos)
Necessidades de acesso dos equipamentos para operações de movimentos de
terras
Equipamento: Retroescavadoras
- Pequenos acertos ou escavação localizada manual, com acessórios específicos (pá
para solos moles e martelo pneumático para solos duros) ou equipamento de pequeno
porte de maior precisão
- Deve recorrer-se a taludes para a execução da escavação para profundidades
superiores a 1.25 m.
- O ângulo dos taludes com a horizontal deverá variar com a natureza dos solos, entre
45º e 90º (rocha rija e sã).
- Para profundidades superiores a 2 m, é aconselhável a execução de patamares
intermédios com largura superior a 1 m e berma protegida para evitar
desmoronamentos.
- Na impossibilidade de realizar taludes (existência de arruamentos, edifícios vizinhos
ou pelo volume de terras a remover muito elevado) as paredes da escavação deverão
ser parcial ou totalmente entivadas e escoradas provisoriamente, deixando um espaço
livre de trabalho com 50 cm.
- É prudente contemplar sistemas de recolha e poços para recepção de águas que
afluem ao fundo da escavação para bombagem.
3) IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO
- Colocar referencial a 1.0 - 2.0 m do
perímetro exterior. Este referencial
designa-se “cangalho periférico” e é
constituído por:
Vigas ou tábuas de madeira,
dispostas horizontalmente e niveladas, fixadas a estacas curtas também de
madeira previamente cravadas no terreno, distanciadas entre si de cerca de 1.5
m
Varões metálicos e tábuas ou barrotes fixos ao terreno
Simplesmente, argamassa no terreno ou elementos já executados
- Marcação das faces dos elementos estruturais das sapatas
- Definição de alinhamentos com fios de nylon tensionados e amarrados a pregos,
cravados no cangalho
- A esquadria dos alinhamentos é garantida com teodolito, esquadro ou triângulo
- A localização no terreno é efectuada por intermédio de um fio-de-prumo, colocado na
intersecção dos fios
- Alternativa ao “cangalho” – cavaletes (tábua fixa a duas estacas de madeira cravadas no
terreno (mais erros)
4) ESCAVAÇÃO LOCAL
- Confirmar características do terreno à cota de projecto (exame visual e ensaios
normalizados)
- Escavação até cota de projecto mais 5 cm para betão limpeza
- Em função do tipo de solo:
Escavação vertical com dimensões exactas (dispensa cofragem: rec,min = 70 mm;
rec,med = 100 mm)
Escavação em talude deixando folga de 0.5m (exige cofragem)
5) BETÃO DE LIMPEZA
- Remoção de terreno desagregado, regularização e compactação manual ou mecânica
do fundo evita betão de limpeza em excesso
- Colocação de betão C12/15 (B15) em espessura de 5 a 10 cm
- Funções:
Regularizar superfície do solo
Evitar contacto directo do betão da sapata com o solo
Criar base horizontal e limpa para colocação das armaduras e montagem das
cofragens
Primeira barreira à humidade do solo
6) MONTAGEM DE COFRAGEM
- Cofragem perdida (alvenaria ou situações particulares em que não seja possível ou viável
recuperar o material)
- Cofragem recuperável (nota: raramente se utiliza cofragem racionalizada nova em sapatas
correntes devido à inexistência de exigências estéticas)
Exigências:
- Elementos limpos e de geometria correcta, desempenados, e sem fendas ou rasgos
- Juntas suficientemente fechadas para evitar perda de material fino (a molhagem de
tábuas de madeira provoca o inchamento e a redução da dimensão das juntas)
- Resistentes/rígidas para manter a forma do elemento até ao endurecimento do betão
- Molhagem da superfície para evitar absorção de água de amassadura
- Caso se deseje a recuperação do material para reutilização deve ser aplicado óleo
descofrante (3x se desmontada e 10x caso não seja desmontada)
Montagem:
- De acordo com os projectos e detalhes de fabrico, tendo em atenção o
aproveitamento das peças de madeira
- União das peças de madeira com pregos, que deverão poder arrancar-se facilmente
quando da desmontagem
- Solidarização de painéis de cofragem opostos com esticadores (varões de f6 ou
8mm), fixados pelo exterior com castanhas (substitui e/ou complementa
escoramentos) - ponto privilegiado para a corrosão e deterioração.
- Montagem dos taipais, geralmente, efectuada no local de aplicação
- Escoras rigidamente ligadas entre si por travessas, de forma a trabalharem em
conjunto e não como elementos isolados
- Os trabalhos de cofragem devem contemplar todos os acessórios de apoio às
operações de betonagem e de garantia da integridade das armaduras
7) COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
- Pré-montagem em estaleiro ou pré-fabricação é preferível à montagem no local
definitivo
Diminui tempo de vala aberta e optimiza rendimentos
Diminui detritos e inoperância do óleo descofrante
A dobragem no local de aplicação não é permitida
Local de aplicação: apenas execução de ligações entre armaduras ou
montagem de estribos até ao diâmetro de 12 mm
- Execução de acordo com projecto (mapa de armaduras) respeitando:
Espaçamentos e sobreposição de varões
Comprimentos de amarração
Espaçamento
Recobrimento
Diâmetros interiores de dobragem mínimos
Pormenores:
- Espaçadores de argamassa
- Varões diagonais a rigidificar a malha de armaduras (sem amarração!)
8) BETONAGEM
8.1) Produção de betão:
- Betão pronto
- Betão fabricado em obra
9. CURA
- Cura do betão:
evita uma secagem excessivamente rápida e eventual fendilhação por retracção da
camada superficial de betão
- Técnicas:
rega do betão (o mais corrente)
ou utilização de compostos de
cura
protecção do betão com
membranas impermeáveis
Factores a considerar:
- Desenvolvimento de resistência do betão
(< tcura)
- Temperatura durante a cura (< tcura)
- Exposição solar (> tcura)
- Humidade relativa do ar (< tcura)
- Velocidade do vento (> tcura)
10) DESCOFRAGEM
Tempos de descofragem dependem de:
Dimensões do elementos
Tipo de cimento utilizado
Condições ambientais
11) ATERRO
O aterro deve ser executado:
Até à cota prevista em projecto (tendo em conta a espessura do piso térreo)
Deverá ser precedida das operações de execução dos primeiros troços de pilar
Solo compactado por forma a obter uma superfície nivelada e compactada
Pegões
PEGÕES ou POÇOS → elementos de
fundação semi-directa
(estrato resistente a entre 6 e 10 m de
profundidade)
2) CAMPO DE APLICAÇÃO
2.1) Fundação
- terrenos com boa capacidade resistente a partir de entre os 6 e os 10 m de
profundidade
- preferencialmente em terrenos sem grandes dificuldades de escavação e quando não
existe nível freático
- estruturas pesadas
- quando se pretende evitar assentamentos significativos
3) VANTAGENS
- Tecnologia simples
- Rapidez de execução
- Poucos ruídos / vibrações
- Facilidade em alargar a base sem pôr em causa a economia
- Dispensa maciço de fundação
- Substitui um grupo de estacas
- Grande capacidade de carga
- Percentagem diminuta de armadura
- Prescinde de revestimento ou cofragem
DESVANTAGENS
- Estrato resistente necessariamente perto da superfície (6 a 10 m)
- Desmoronamentos de vulto para o interior da escavação
- Grande movimento de terras
- Possíveis assentamentos de construções vizinhas
- Assistência técnica durante a execução
- Necessita de condições climatéricas favoráveis
- Risco não desprezável de vidas humanas no processo manual
4) MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- Betão: ciclópico ou fluido
- Armadura: superficial (para prevenir uma eventual tendência para a fendilhação do betão
durante o seu processo de endurecimento)
- Lamas bentoníticas
5) TÉCNICAS DE EXECUÇÃO
5.1) Fundação
Métodos actuais
- Escavação - perfuração à rotação, com recurso a sondas rotativas de grandes
dimensões
Este método de escavação exige grande espaço de manobra, além de ser muito
dispendioso, aplicando-se apenas em grandes obras
Estacas
Processo de execução
- Cravadas
- Moldadas
Execução sem tubo moldador
- Trado contínuo
- Trado curto
- Lamas bentoníticas
Execução com tubo moldador
- Recuperável
- Perdido
Material
Madeira, metálicas, betão armado, mistas
Geometria
Secção: circular, quadrada, hexagonal, Secção octogonal, tubular, H, I, composta, etc.
Posição
- estacas verticais;
- estacas inclinadas.
Disposição
- estacas isoladas;
- estacas em grupo.
Factores na escolha:
- Características da estrutura e valores das cargas a suportar
- Qualidade e durabilidade necessárias (importância da obra)
- Tipo de solos atravessados (coerência, blocos rochosos)
- Existência de água no terreno (nível freático, percolação, “dentro de água”)
- Profundidade de um estrato resistente
- Zona de implantação (meio urbano, meio rural,…)
- Possibilidade de transporte e manuseamento das estacas
- Tipo e estado de degradação das estruturas adjacentes
- Tipo de equipamento disponível
- Número de estacas a executar
- Custo
Estacas Cravadas
Processo pouco utilizado em Portugal:
- ruído, custo, vibração
VANTAGENS
- rapidez de execução
- limpeza da obra
- podem ser cravadas até à nega prevista
- o terreno na ponta fica compactado e em contacto com esta
- estáveis em terrenos sem auto-sustentação (argilas moles, lodos)
- possibilidade de serem recravadas quando sujeitas a levantamento do solo
- possibilidade de inspeccionar a estaca antes da cravação
- controlo da qualidade na execução da estaca
- resistência a ataques químicos
- o nível freático não afecta processo construtivo
- possibilidade de cravar grandes comprimentos
- possibilidade de execução através da água em estruturas marítimas
- podem ser instaladas a uma cota superior à do terreno
- podem aumentar a compacidade relativa da camada granular da fundação
- técnica de cravação e equipamento pouco dependentes das condições “in situ”
DESVANTAGENS
- mais onerosas;
- dificuldade na variação e ajuste do comprimento;
- poderem ser danificadas por excessiva energia de cravação;
- inadequadas em solos contendo elementos ou blocos duros;
- espaço em estaleiro antes da cravação;
- não poderem ser cravadas com grande diâmetro ou em condições de limitação do
pé-direito;
- provocam ruído e vibrações e deformação do terreno;
- perturbação do terreno que pode levar a reconsolidação e desenvolvimento de atrito
negativo nas estacas;
- subida (expulsão) de estacas anteriormente cravadas, quando a penetração da
ponteira destas estacas, na camada de apoio, não foi suficiente para mobilizar a
necessária resistência às forças de levantamento;
- levantamento e perturbação do terreno envolvente pode causar dificuldades e
ter repercussões nas estruturas vizinhas;
4) Estacas de Madeira
Edifícios antigos
- processo mais antigo e simples de fundações indirectas;
- Baixa Pombalina assente sobre estacas cravadas de madeira;
- utilização actual reduzida
má qualidade do material;
incremento das cargas nas estruturas;
- comprimentos dos troços - troncos de árvores (dificilmente > 12 m);
- posicionamento do tronco influencia a capacidade de carga da estaca:
resistência lateral => estaca cravada com a parte mais grossa para cima;
resistência de ponta => estaca cravada com a parte mais grossa para baixo.
- boa durabilidade e resistência ao choque;
- durabilidade influenciada pelo nível freático e humidade (fungos, insectos xilófagos -
térmitas e carunchos -, moluscos, crustáceos);
- tratamentos: produtos oleosos (creosoto), sais à base de zinco, mercúrio e cobre
(tóxicos e dissolvem-se com o tempo)
20 150
25 200
30 300
35 400
40 500
5) Estacas metálicas
- peças esbeltas
- muito resistentes
- aço laminado (I, H, tubos, etc.) ou soldado
- troços normalmente com comprimentos de 12 m
- emendas de troços por soldadura, com utilização de talas soldadas e talas
aparafusadas
- utilizados essencialmente como elementos de estruturas de contenção
VANTAGENS
- pouca perturbação do terreno (excepto secções tubulares com ponta obturada)
- fácil cravação em quase todos os tipos de terrenos
- prazos de entrega reduzidos (perfis de secção comercial)
- facilidade de transporte e manuseamento
- facilidade em executar emendas e cortes
- possibilidade de comprimentos diferenciados
- possibilidade de acoplagem de várias estacas
- elevada resistência à compressão, flexão e corte
- elevado controlo de qualidade
- profundidades de cravação elevadas
DESVANTAGENS
- encurvadura;
- ruído na cravação por percussão;
- vibração;
- reduzida resistência de ponta;
Nota: possibilidade em aumentar a área da ponta da estaca, aumentando a resistência.
- custo;
- corrosão;
Nota: Corrosão controlável por:
decapagem e protecção com pinturas (à base de óxido de chumbo);
sobre-espessura – em geral adopta-se 1.5mm (corrosão de 0.014mm/ano);
protecção catódica;
VANTAGENS
- permitem comprimentos totais na ordem dos 50 m;
- armazenamento feito em fábrica, sendo expedidas de acordo com as necessidades da
obra;
- possibilidade de controlo da qualidade na fase de fabrico, incluindo a colocação de
armaduras e respectivos recobrimentos;
- elevada resistência a ataques químicos – durabilidade em geral;
- capacidades de carga desde 200 kN a 1500 kN;
- boa resistência tanto à compressão como à flexão (devido à armadura longitudinal);
- boa resistência ao corte (devido à armadura transversal, geralmente helicoidal);
- solução apropriada quando importantes camadas de solos de fraca consistência se
sobrepõem aos estratos escolhidos para fundação.
DESVANTAGENS
- Troços limitados a 12 m de comprimento (transporte);
- tempo de cura do betão elevado (excepção: cura acelerada por vapor);
- terrenos com seixo grosso / blocos rochosos;
- terrenos com camadas alternadas de maior e menor resistência (punçoamento);
- condicionadas pelas secções correntes;
- secções não correntes
tempo de entrega mais elevado;
comprimentos condicionados;
- cuidados especiais para o transporte e manuseamento (armadura condicionada pelo
transporte e não apenas pelas solicitações de cravação e de serviço da estrutura).
Percussão
- Bate-estacas com pilão de queda livre
- Martelo automático
Pistão levantado pelo cabo do bate estacas e deixado cair, provocando o
mecanismo da bomba de combustível:
(i) Ao descer o pistão comprime o ar no interior do cilindro juntamente
com o óleo diesel
(ii) O impacto provoca a ignição do combustível e a explosão é
transmitida à estaca pela bigorna.
(iii) (iii) O pistão é então impulsionado para cima no momento do
impacto.
Vibração
Aplicação: Estacas metálicas (estacas-prancha, cravação de tubo moldador em estacas
moldadas)
NOTA: Solução inicialmente idealizada para reforço de fundações onde não havia pé-direito
disponível para instalar o bate-estacas
Estacas-Prancha
Com este equipamento o processo de cravação de uma estaca baseia-se na
reacção contra 3 estacas já cravadas. O processo de remoção inverso.
MADEIRA
- Processo de cravação
Percussão - pilão de queda livre
Vibração
- Pormenores construtivos
Protecção na fase de cravação
Reforço da cabeça
Reforço da ponta
- Emendas
(1) Assemblagem
(2) Talas de junção
(3) Anel metálico
METÁLICAS
Secções
- Peças de aço laminado ou soldado:
perfis em I ou H
tubos ocos
perfis compósitos
estacas-prancha
carris reaproveitados das linhas férreas
- Processos de cravação
Percussão
Vibração
Prensagem (estacas- prancha)
Sequência de cravação
1. Eleva-se o primeiro troço da estaca e é colocado dentro de um tubo de protecção;
2. Coloca-se o conjunto, atrás referido, em posição de cravação da estaca;
3. Crava-se a estaca;
4. No fim da cravação do primeiro troço, o segundo troço, já preparado para a
soldadura, é elevado e alinhado com o troço já cravado;
5. Executa-se a soldadura de topo;
6. Crava-se outra estaca enquanto a soldadura se processa;
7. Repete-se o processo até se atingir a profundidade desejada;
8. Verifica-se o local de cravação 24 horas depois, para verificar se houve ou não
relaxação
9. Finalmente, apara-se o topo da estaca até ao nível pretendido.
BETÃO (PRÉ-FABRICADAS)
Secções
- quadrada
- cilíndricas (maciças ou vazadas)
- hexagonal
- octogonal
1. Transporte
2. Armazenamento em obra
3. Piquetagem (negativo - local de cravação da estaca)
4. Verificação da verticalidade (aprumo)
5. Encaixe da estaca no capacete
6. Elevação da estaca
7. Cravação - bate-estacas com pilão de queda livre
8. Ligação dos troços
9. Desencabeçamento da estaca
10. Escavação para execução do maciço de
encabeçamento
11. Demolição de um troço de cerca de 50 cm
da cabeça da estaca
NOTA 1: Em areias, a cravação pode ser auxiliada pela injecção de água (simples ou com
bentonite) a alta pressão junto à ponta da estaca, aplicada através de um tubo no seu interior
ou dois tubos exteriores, de modo a desagregar o terreno e reduzir temporariamente o atrito ao
longo do fuste.
NOTA 2: Em argilas, pode ser necessário pré-escavar o furo das estacas (com trados) para
reduzir as vibrações e evitar o levantamento do terreno
Estacas Moldadas
- transmissão de cargas a grande profundidade
- têm elevada esbelteza
- apresentam secção circular, sendo executadas in-situ em betão armado
- As fundações indirectas mais utilizadas em Portugal
Processo Construtivo
- Trado contínuo
- Trado curto
- Lamas bentoníticas
- Tubo moldador recuperado
- Tubo moldador perdido
VANTAGENS
- O dimensionamento da armadura não depende das condições de manuseamento e
cravação
- Podem ser recolhidas amostras dos solos atravessados
- Grande variedade de diâmetros disponíveis
- Atingem grandes profundidades
- Não causam vibrações importantes
- Não causam ruído
- O alargamento da base pode ir até dois a três diâmetros
- Não existe risco de levantamento do terreno
DESVANTAGENS
- Dificuldades na garantia das dimensões da secção transversal
- O betão não pode ser inspeccionado após a colocação
- Dificuldades na garantia do recobrimento das armaduras
- Dificuldade em garantir a verticalidade
- Pode existir descompressão nos solos arenosos
- Não se pode efectuar alargamento da base em terrenos sem coesão
- Pode dar-se arrastamento de finos do betão
- Existe possibilidade de estrangulamento da secção
- Há dificuldades de betonagem debaixo de água
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
- betão (fluido, normalmente B20/B25)
- armaduras
- ferro (tubo moldador)
- lamas bentoníticas
- perfuração: giratória (Kelly) com lança, trado contínuo, trado curto, trépano,
limpadeira, tubo moldador, tubo guia, acessório para alargamento da cabeça.
- betonagem: camião-betoneira, bomba de betão, “trémie”
- moldagem e colocação da armadura: máquina para moldar armaduras, prato rígido,
vibrador.
- garantia de verticalidade: tubo-guia
- contenção das paredes do furo: tubo guia, central de reciclagem para lamas
bentoníticas, tubos moldadores
- saneamento da cabeça das estacas: martelo pneumático
COMPORTAMENTO
Dimensinamento a acções horizontais:
Soluções de resistência – estacas inclinadas
CONTROLO DE QUALIDADE
Principais questões a controlar:
- consumo real de betão relativamente ao teórico (deve ser superior);
- trabalhabilidade do betão;
- qualidade das lamas bentoníticas;
- desvios de verticalidade;
- estrangulamento da secção por aderência do betão ao tubo moldador (integridade);
- destruição local da secção da estaca devida a água corrente (integridade);
- capacidade de carga: conjunto solo - estaca.
Os métodos devem ser adequados:
- ao tipo de estaca;
- ao tipo de solo;
- à detecção do defeito mais provável de ocorrer.
NOTA: Em geral, o betão do troço superior da estaca está fortemente contaminado com água
(salgada)
Micro-Estacas
“Elemento de elevada esbelteza que faz parte da estrutura e que
transmite ao solo fundamentalmente por atrito lateral mas também por
ponta, as solicitações que lhe são impostas”
CONSTITUIÇÃO
- armadura principal
- Armadura secundária
- Calda de cimento
CLASSIFICAÇÃO
Tipo I – injectadas a baixa pressão – menor aplicabilidade
- injecção da calda feita por gravidade ou baixa pressão;
- furação entubada provisoriamente;
- onde se introduz uma armadura clássica (estacas agulha) ou um varão único (estacas
raiz com injecção de ar comprimido);
- a extracção do tubo faz-se simultaneamente com a injecção da argamassa.
Tipo II – injectadas a alta pressão – maior aplicabilidade
- injecção da calda feita sob pressão, cerca de 20 a 40 bar
- técnicas de injecção
IRS (injecção repetitiva e selectiva)
IGU (injecção global unitária);
- maior eficiência, devido à melhor qualidade de injecção.
CAMPO DE APLICAÇÃO
- reforço de fundações;
- recalce de fundações;
- fundações de novas estruturas;
- fundações em locais de difícil acesso ou permanência;
- fundações em terrenos particularmente difíceis;
- fundações de equipamentos industriais;
- melhoria de solos e maciços rochosos;
- consolidação de terrenos;
- contenções.
Reforço de fundações
- capacidade resistente do terreno insuficiente
erro de projecto/construção
aumento das solicitações
- assentamentos diferenciais em edifícios contíguos;
- modificação das condições de fundação (ex: aqueduto das águas livres em Lisboa);
- em obras de arte, com limitações de vibração, condicionamentos rodo e ferroviários ;
- elementos muito esbeltos;
Recalce de fundações
- reforço e recalce de sapatas isoladas;
- fundação precária;
- reforço a acções horizontais (ex.: sismo).
Fundações em
locais de difícil
acesso ou
permanência
- e s p a ç o s
co
nfi
na
do
s-
áreas de trabalho reduzidas quer em superfície quer em pé
direito;
- torres de telecomunicações
- torres de linhas de alta tensão
- chaminés
- encostas íngremes
- estruturas de apoio de teleféricos.
Consolidação de terrenos
- Escarpas e falésias;
- Taludes;
- Túneis (injecções);
- Muros de suporte.
VANTAGENS
- diâmetro reduzido (10 a 20 cm)
- grande comprimento
- qualquer direcção espacial (entre 0 e 90 º)
- aplicação válida em qualquer tipo de terreno
- capacidade de carga relativamente elevada mesmo em solos de características fracas
ou impermeáveis
- funcionamento à tracção ou compressão
- excelente controlo de assentamentos
- versáteis --> campos de aplicação distintos
- equipamento de furação de baixa potência, rotativo, ligeiro, pouco volumoso e barato
- execução em espaços exíguos
- reduzidas vibrações e ruído
- perturbação mínima no terreno
- dispensa a realização de escavação
- rapidez e facilidade de execução --> economia de tempo e mão-de-obra
- possibilidade de adequada verificação / controlo de execução
DESVANTAGENS
- necessidade de recorrer a firmas especializadas com equipamento e mão-de-obra
adequados
- limitação da capacidade de carga (até 1000 a 1300 kN) em virtude dos pequenos
diâmetros
- apenas mobilizam atrito lateral em terrenos com NSPT > 40 pancadas
- reduzida capacidade para transmitir cargas por ponta
- limitação à encurvadura (elevada esbelteza), em solos com zonas ocas ou vazios
MATERIAIS E EQUIPAMENTO
- Calda de cimento
Cimento portland
Água
- Trado
- Varas e bit
PROCESSO CONSTRUTIVO
1) Marcação ou implantação
- Nivelamento do terreno circundante;
- Marcação no terreno do centro de cada micro-estaca a executar com base nos
elementos de projecto, com auxílio de meios topográficos.
Formas de marcação:
- cravação duma ponta de varão de aço ou madeira;
- aplicação duma tinta resistente.
2) Perfuração;
- Trado
com tubo de revestimento
sem tubo de revestimento
- Varas e bit
com tubo de revestimento
sem tubo de revestimento
3. Colocação da armadura;
1. Coloca-se a armadura principal (varas de 6 metros) com o auxílio da torre da
máquina e duas chaves de grifos
2. Colocação do troço inferior (tubo TM) e, de seguida, os troços complementares que
enroscam no anterior.
4. Injecção;
(i) Execução da calda
1. Retirar alguns sacos de cimento do estaleiro da obra e posicioná-los perto da
betoneira
2. Colocação de água na betoneira de acordo com a relação água/cimento pretendida
3. Colocação de um rasga-sacos na cabeça da misturadora e introdução do cimento na
amassadura
4. Mexer manual ou mecanicamente até obter uma mistura homogénea.
solos coerentes
1. Furação até à cota prevista em projecto;
2. Retira-se o trado e introduz-se o tubo manchete (armadura principal);
3. Preenchimento do espaço entre o TM e o terreno, com calda cimentícia. A calda é
introduzida com o auxílio de uma bomba injectora e de um obturador simples;
4. Para realizar o bolbo de selagem, injecta-se calda cimentícia através das manchetes,
com o auxílio de um obturador duplo (de baixo para cima) e de uma bomba injectora.
solos incoerentes
1. Perfuração com varas e bit ou trado à roto-percussão e tubo de revestimento
2. Extracção das varas e bit ou trado e limpeza do furo
3. Introdução da armadura principal (tubo manchete - liso em zona corrente e com
manchetes na zona de selagem)
4. Selagem com calda cimentícia do espaço entre tubos (tubo moldador e TM)
5. Extracção do tubo moldador, logo após a selagem ou injecção secundária
6. Operação de injecção faseada do bolbo de selagem (IRS ou IGU)
7. Preenchimento do tubo TM com calda
8. Introdução de eventual armadura complementar ou secundária no interior do tubo.
Barretas
- As barretas são elementos de fundação profunda, executadas pelo processo das
paredes moldadas
- Têm elevada secção transversal e esbelteza média a elevada
- Resistência elevada a acções verticais e horizontais
- Podem atingir grandes profundidades (da ordem dos 100 m)
VANTAGENS
- boa solução para solos pouco coesivos e de nível freático elevado
- grande capacidade de carga para cargas verticais e horizontais (por comparação com
as estacas)
- ruído e vibrações reduzidos
- sujeita a pequenos assentamentos
DESVANTAGENS
- custo elevado
- necessidade de equipamento, tecnologia e firmas especializados
- grandes dificuldades de penetração no substrato rochoso
- relativamente a um grupo de estacas, tem a desvantagem, de não conferir
redundância estrutural
- grande perda de resistência quando existem galerias no subsolo (ou condutas
abandonadas)
- descomprime o terreno, ainda que pouco (ao contrário das estacas cravadas)
PROCESSO CONSTRUTIVO
1. Exencução de muros-guia
2. Escavação
3. Limpeza do fundo do furo
- A limpeza do fundo da escavação é muito importante, uma vez que pode influenciar
a capacidade de carga de ponta da barreta.
- Furo estabilizado com lamas
4. Colocação dos tubos junta
- Dispensáveis quando a barreta é constituída por um único troço
- Os tubos junta funcionam como cofragem e possibilitam, através da sua forma, a
obtenção de uma parede relativamente impermeável.
5. Introdução da armadura
6. Betonagem do painel
- Via submersa, com extracção simultânea das lamas
7. Extracção dos tubos junta
8. Saneamento do topo da barreta
- Através de martelos pneumáticos (operação precedida da demolição dos muros guia
e escavação do terreno)
9. Ligação das barretas à restante estrutura
PAINÉIS PRÉ-FABRICADOS
Processo semelhante à colocação de paredes moldadas pré-fabricadas
SISTEMA TOP-DOWN
- Quando são executadas Barretas isoladas, nas zonas das caves, estas não podem ser
betonadas até ao nível da plataforma de trabalho.
SOLUÇÃO:
- preenchimento da altura acima da barreta por uma mistura de bentonite com
cimento, facilmente desagregável a posteriori, mas suficientemente resistente para não
permitir que as paredes da vala se desmoronem enquanto o betão da barreta faz
presa
- execução da estrutura através do sistema top-down.
CLASSIFICAÇÃO
- Valas (valetas)
Realizadas no pé do talude, procedem à condução da água, por gravidade, até pontos
de recolha (poços), de onde esta é afastada para local de descarga adequado
(colectores de esgoto, cursos de água, etc.), por gravidade ou por bombagem.
Principais cuidados:
Evitar que o material fino do terreno seja arrastado e bombeado, de modo a minimizar
o risco de instabilizar as paredes e fundo do poço, e até os taludes, e de desgastar o
sistema de bombagem.
- Muros e taludes
Principais cuidados:
Não deixar a água acumular na sua face, afastando-a para um local de descarga
adequado.
Captação directa
- Em que consiste?
Em bombar a água que aflui à escavação para o exterior desta.
- Como se coloca em prática?
Recolhendo a água que aflui à escavação por
(i) trincheiras (solos permeáveis)
(ii) sistema de caleiras (solos impermeáveis) e conduzindo-a, por gravidade,
até pelo menos um poço de recolha (chamada), de onde é bombada para o
exterior.
Trincheiras (solos permeáveis)
- Pendente elevada e preenchimento com camada de material filtrante, para minimizar
hipóteses de entupimento.
Bomba de sucção
Aspectos principais:
- Dificuldades em atingir profundidades superiores a 5 - 8 m, a não ser que se conceba
um sistema por andares;
Bomba submersível
Aspectos principais:
- Consegue atingir profundidades de 15 - 30 m;
- Associada a vácuo permite drenar eficazmente solos pouco permeáveis (poço de
grande diâmetro sob vácuo).
Poço de grande diâmetro sob vácuo
- Perfuração de furo com 30 - 60 cm de diâmetro
- Colocação de tubo com 15 - 20 cm no seu interior
- Preenchimento do espaço intermédio com areia e areão de granulometria apropriada
- Vedação, com bentonite ou argila, do espaço entre o tubo e o furo (apenas na parte
superior do furo).
Ejectores
Compostos por um ou dois tubos, consoante caudal de ejecção circule no espaço
anelar por fora do tubo de subida (1 tubo) ou em tubo próprio (2 tubos)
Vantagens
Permite atingir profundidades de cerca de 25m
Desvantegens
A eficiência de um único ejector é reduzida
(IV) ELECTRO-OSMOSE
- Quando se utiliza?
Em solos muito pouco permeáveis.
- Como se coloca em prática?
A instalação no solo uma diferença de potencial entre dois pólos (cátodo e ânodo)
provoca o deslocamento das partículas de água para os cátodos, de onde são
bombadas para um local adequado.
Limitações
Débitos bastante baixos
Métodos de exclusão
Inconvenientes associados ao processo de bombagem de água:
Assentamento do solo
Atrito negativo nas estacas
Exposição de estacas em madeira a oxigénio
Possibilidade de serem afectadas reservas dos aquíferos nas proximidades da
obra (redução temporária do fornecimento e qualidade da água nos poços da
região)
Erosão do solo devido às descargas da água extraída
- Em que consistem?
Execução de barreiras estanques (verticais ou horizontais) que impedem o acesso da
água à escavação (pelo que não chega a verificar-se a sua extracção).
(III) ESTACAS-PRANCHA
Em que consistem?
Em painéis metálicos (ou de madeira ou de betão armado) ancorados / escorados, ou
não, justapostos verticalmente, de modo a formar uma cortina praticamente estanque.
OPÇÕES DE MATERIALIZAÇÃO
- Técnica do betão imerso
(i) Escavação, sem extracção de água, até ao nível das fundações
(ii) Betonagem (através de um funil);
(iii) Adquirida a resistência, bombagem da água acima da camada de betão.
- Cortina pouco profunda, através de jactos de argamassa (ou betão,
eventualmente armado)
ancoragem com micro-estacas ou colunas mais profundas feitas com jactos de
argamassa.
- Cortina mais profunda, por injecção de argamassa no solo
- jet grouting
ANÁLISE COMPARATIVA
Captação Directa
Solos
Método Usos Vantagens Desvantagens
Possíveis
Escavações a
céu aberto simples e erosão interna
Bombagem Areias e seixos
e superficiais barato (piping)
exige menor
levantamento/rotura
capacidade de
do solo (heaving)
bombagem
só se aplica a casos
em que NF não se
encontra muito acima
da profundidade da
escavação
-Custo de
instalação
-Solos em que a -Custos de
elevado
-Seixos a areias f i l t r a g e m funcionamento
-Ruído de
Poço de finas correcta é aceitáveis
bombagem por
bombagem -Solos muito importante -Fácil controlo
sucção
permeáveis -Bombagens do arrastamento
-Limite com
prolongadas dos finos no solo
bomba de
sucção: 4-5m
-Sem limite de
Poço de rebaixamento
-Custo de
bombagem com Seixos a areias Escavações -Possibilita a
instalação
bomba finas profundas aplicação de
elevado
submersível vácuo
-Sem ruído
-Difícil instalação
-Escavações a
-Instalação fácil em solos
céu aberto
Agulhas Seixos a areias e rápida rochosos
-Bombagens
filtrantes siltosas -Custo de -Ruído
para curto
instalação baixo -Limite de
espaço de tempo
sucção: 5-6m
-Sem limite de -Implica o
Sistemas de Escavações rebaixamento conhecimento
Todos
ejecção profundas -Custo de das camadas de
instalação baixo solo a drenar
-Custos de
-Siltes, argilas e
-Escavações a -Único método instalação e
certas turfas
céu aberto possível em o p e r a ç ã o
Electro-osmose -Solos muito
-Consolidação de solos mais elevados
p o u c o
solos argilosos impermeáveis - P e q u e n o
permeáveis
rendimento
-Menor caudal
-Seixos a areias -Escavações com
para o mesmo - P e q u e n a
Captação finas desenvolvimento
rebaixamento profundidade de
horizontal - S o l o s em planta
- R á p i d a escavação
estratificados -NF elevado
colocação
Todos ou rocha, de
- necessário tempo
Congelação do solo P r e f e r ê n c i a Sem restrição
para refrigeração
saturados - confere resistência
mecânica ao solo - custos de
instalação e da
- efectivo para central de
dentro da face da refrigeração
escavação elevados
- requer controlo
estrito
Solos granulares
Paredes de lamas
(seixos, areias ou Sem restrição - instalação rápida
bentoníticas - precisa de suporte
gravilhas)
Adequado
- solução tipo parede
moldada, mas mais
barata
- custo aumenta com
- pode ser
profundidade e
introduzida em
resistência do solo
c a m a d a
impermeável
Todos (sem
obstruções à - ruído e vibrações
Estacas-prancha Sem restrição
introdução das durante a instalação
- método bem
estacas)
estudado
- caro (caso não haja
aproveitamento das
estacas)
- instalação rápida
- possibilidade da
protecção não ser
estanque
- podem ser
colocadas muito - equipamento
perto de Relativamente
C a v e s , fundações já pesado
estacionamentos existentes - custo muito
Paredes moldadas Todos
subterrâneos, - baixo ruído e elevado (se não
docas secas vibração f o r e m
- podem ser incorporadas na
incorporadas estrutura)
na estrutura
Cortinas de Todos C a v e s , - podem ser - dificuldade em
estacas estacionamentos colocadas muito g a r a n t i r
subterrâneos, perto de estanqueidade em
docas secas fundações já todo o
existentes desenvolvimento
- baixo ruído e
vibração
- pode ser
introduzida em
c a m a d a
- Rochas fracas impermeável
Jet grouting Sem restrição - caro
- Todos - solução tipo
parede moldada,
mas mais barata
- instalação rápida
- fácil controlo de
dimensões e uso - requer uma
Preenchimento de de material b a r r e i r a
- R o c h a s
fissuras e vazios, - equipamento relativamente
Injection grouting fissuradas
para formar simples, com espessa para
-Areias e gravilhas
barreiras à água possibilidade de assegurar a
uso em espaços continuidade
confinados
- podem funcionar
como
- Piso térreo de
fundações
caves,
C o r t i n a s (ensoleiramento
Todos - estacionamentos - caras
horizontais geral)
subterrâneos,
- podem ser
docas secas
incorporadas na
estrutura
Impermeabilização:
pretende tornar o edifício estanque, impedindo o acesso da água ao interior da
construção.
Drenagem:
Pretende encaminhar a água para longe da construção.
Humidade do terreno
- águas superficiais
águas de precipitação
afectam essencialmente as paredes situadas a cotas mais elevadas e acima do
nível freático
- águas freáticas
afectam fundações, laje de fundo e paredes situadas abaixo do nível freático
Humidade de condensação
- Condensações superficiais
existência de pontes térmicas
ventilação fraca
condições de ocupação do espaço
temperatura ambiente interior
- Condensações internas
originam o apodrecimento dos materiais, assim como o seu destaque
o aumento do teor de água diminui a resistência térmica
emulsões
betuminosas X X
Manufacturados
in-situ
cimentos
especiais X X
membranas
betuminosas X X X X X
membranas
de PVC O X X X X
membranas
de EPDM O X X
Produtos
membranas
pré-fabricados
de
O X X X X
polipropileno
membranas
de
X X
polietileno
membranas
bentoníticas X X X X
X – Situação Corrente
O – Pouco Habitual
Emulsões betuminosas
Processo de aplicação:
- regularização e limpeza do suporte
- aplicação a frio, à trincha ou rolo, de duas demãos cruzadas do produto.
Cimentos especiais
Constituição:
- pó (sacos de 25 kg) --> cimentos, aditivos e areia
- líquido (embalagens de 10 l) --> resina acrílica
- água
Processo de Aplicação:
- A preparação da superfície é da maior importância. Remover com escopro e martelo
todos os excessos de alvenaria caídos sobre o piso
- Despejar o produto seco no recipiente de mistura e gradualmente adicionar o líquido
de mistura até atingir a consistência de massa espessa
- Molhar bem a superfície antes de aplicar o Revestimento para Fundações
- Aplicar com brocha o Revestimento para Fundações
- Depois da camada base estar sólida, aplicar uma segunda camada (com brocha ou
talocha conforme o objectivo)
- A fundação está agora protegida com um acabamento impermeável
Membranas de PVC
Constituição
• PVC (cloreto de polivinilo) plastificado
• eventual armadura (poliéster ou fibra de vidro)
• plastificantes (conferem flexibilidade)
• estabilizantes externos
• pigmentos
• aditivos
Processos de aplicação
1. Regularização do suporte (caso não seja possível, aplica-sebgeotêxtil)
2. Soldaduras entre telas efectuadas com jacto de ar quente e um pequeno rolo, ou
através de solventes (a sobreposição não deverá ser inferior a 10 cm)
3. Verificação da integridade da soldadura mediante a passagem de uma chave de
fendas ao longo da soldadura
Membranas de polipropileno
- material semelhante ao PVC com vantagens ecológicas por não conter plastificantes
- a aplicação é semelhante, embora este seja ligeiramente menos flexível.
Membranas de polietileno
- fabricadas a partir de resinas de polietileno não vulcanizado
- são mais utilizadas na selagem e impermeabilização de aterros sanitários
Membranas bentoníticas
- membranas de argila que, em contacto com a água, hidratam e expandem,
preenchendo os vazios
- são aplicadas associadas a um geotêxtil ou membrana de polietileno
- o seu custo é elevado mas apresentam óptima adaptabilidade à forma das superfícies
e podem ser perfuradas sem comprometer a impermeabilização.
Produtos impregnantes
- silicatos - formam uma camada de consistência gelatinosa que impede a entrada de
água
- silanos - formam uma camada repelente na superfície do betão (hidrofóbicos)
- cristalizadores - formam cristais nos capilares do betão, obturando-os
MATERIAIS UTILIZADOS – DRENAGEM
Objectivos dos materiais drenantes:
melhorar as condições dos solos envolventes
evitar a estagnação de água contra a estrutura enterrada
facilitar a evacuação rápida da água do solo
reduzir as pressões hidrostáticas
proteger a impermeabilização do edifício
conferir uma caixa de ar ao edifício
Agregados
- Brita ou godo de dimensões adequadas
- Devem ser duráveis, limpos, consistentes e compactos.
Aplicação:
- agregados de menores dimensões na parte superior do dreno e os de maiores
dimensões na parte inferior, junto da parte drenante
- parte superior do dreno recoberta com terra natural
Alvenaria
Blocos de tijolo ou betão utilizados:
como paredes exteriores às paredes de contenção, funcionando também como
uma protecção à impermeabilização
como valas sem enchimento, adjacentes às paredes da construção (processo
caído em desuso)
Geotêxteis
- Mantas flexíveis fabricadas em polipropileno ou polietileno de alta densidade
- Tecidos (fibras formam um ângulo recto entre si) ou não tecidos (fibras
desordenadas).
Tubos de drenagem
- Porosos ou não porosos. No caso de serem não porosos, deverão estar completadas
as devidas perfurações e as juntas desligadas entre os troços
Paredes Enterradas
PAREDES MOLDADAS
Processo utilizado em construções com elevada inserção no nível freático
Impermeabilização e drenagem aplicada pelo interior da estrutura (o processo
construtivo impede o contrário)
Os sistemas de impermeabilização recomendados (se directamente sobre a
parede) são cimentos especiais, devido às elevadas pressões hidrostáticas e à
humidade do suporte.
PAREDES TIPO MUNIQUE
Impermeabilização aplicada pelo interior da estrutura (o processo construtivo
impede o contrário)
O sistema de drenagem pode ser olocado pelo exterior, sendo constituído por
uma rede drenante envolvida por dois geotêxteis (execução difícil).
PAREDES TIPO BERLIM
Paredes com um carácter usualmente provisório
Podem ficar integradas na estrutura como cofragem perdida.
CORTINAS DE ESTACAS MOLDADAS
Sistema muito deficiente no que se refere à estanqueidade
As soluções de impermeabilização e drenagem possíveis são complicadas e
pouco eficientes.
PAREDES CORRENTES / NÍVEL FREÁTICO ABAIXO DA LAJE DE FUNDO
Situação em que não existem problemas devido ao nível freático existe apenas
necessidade de evitar os problemas das águas de escorrência
A impermeabilização ideal nesta situação é pelo exterior, devendo-se recorrer à
impermeabilização interior apenas se as técnicas construtivas assim o exigirem.
São os sistemas menos pesados de drenagem e impermeabilização de paredes
correntes
PAREDES CORRENTES / NÍVEL FREÁTICO ACIMA DA LAJE DE FUNDO
A impermeabilização e drenagem das paredes deverá ser feita pelo exterior
recorrendo ao rebaixamento do nível freático (se for necessário)
A aplicação dos materiais é feita em paredes secas
A concepção dos sistemas será semelhante independentemente do grau de
inserção no nível freático, sendo as diferenças apenas na espessura das
camadas de cimentos especiais ou na gramagem ou número de camadas das
membranas.
Laje de Fundo
PISO TÉRREO
Estes sistemas devem contemplar duas acções distintas:
a drenagem e impermeabilização da face inferior da laje - pretende impedir a
entrada de água por capilaridade na construção, bem como o contacto dos
elementos construtivos com a humidade
a drenagem e impermeabilização da face superior da laje – pretende
encaminhar para fora da construção as águas que possam afluir ao interior
desta, bem como impedir o contacto dos elementos construtivos com a
humidade.
Barreira drenante
- Sistema tradicional de drenagem
- Actualmente a cair em desuso face às novas tecnologias (tecnologia limitada e
dispendiosa)
CLASSIFICAÇÃO
- pórtico (pilar / viga)
- mista (pórticos e paredes)
- laminar (paredes) estrutura tunel
Estrutura pórtico
Comportamento estrutural
- Cargas verticais
As cargas verticais são transmitidas pelas lajes às vigas* e destas aos pilares
que, por sua vez, descarregam nas fundações
existe uma ligação rígida entre pilares e vigas, pelo que os efeitos de flexão
nestas, devidos às cargas verticais, também são absorvidos pelos pilares.
- Cargas horizontais
As cargas horizontais são suportadas exclusivamente pelas vigas e pilares
em relação às cargas horizontais, a estrutura vai sofrer esforços transversos e
de torção.
* Válido para lajes vigadas; no caso de lajes fungiformes, as cargas verticais são
transmitidas directamente aos elementos verticais (pilares e paredes) e as lajes
participam na resistência às acções horizontais.
VANTAGENS
- Vãos do tamanho dos pórticos;
- Adaptação da estrutura à arquitectura;
- Estrutura leve.
DESVANTAGENS
- Torção da estrutura - maiores esforços nos pilares;
- Possibilidade de aparecimento de vigas ou pilares no meio de paredes de alvenaria;
- Deformação exagerada em edifícios de grande altura;
- Os elementos de canto vão ser muito solicitados.
APLICAÇÃO
- Edifícios de pequeno e médio porte ou de maior porte em zonas não sísmicas.
Estrutura mista
Comportamento estrutural
- Cargas verticais
As cargas verticais são transmitidas pelas lajes às vigas* e destas aos pilares e
paredes
existe uma ligação rígida entre pilares, paredes e vigas, pelo que os efeitos de
flexão nas vigas, devidos às cargas verticais,também são absorvidos pelos
pilares e paredes.
- Cargas horizontais
As cargas horizontais são suportadas exclusivamente pelas vigas, pilares e
paredes
a introdução de paredes resistentes permite reduzir os efeitos de torção e os
deslocamentos da estrutura
* Válido para lajes vigadas; no caso de lajes fungiformes, as cargas verticais são
transmitidas directamente aos elementos verticais (pilares e paredes) e as lajes
participam na resistência às acções horizontais.
VANTAGENS
- Melhor resposta às forças horizontais através dos elementos parede;
- Podem-se realizar edifícios de grandes alturas;
- As paredes reduzem os efeitos de torção e os deslocamentos da estrutura.
DESVANTAGENS
- Maior dimensão dos elementos estruturais;
- Possibilidade de aparecimento de vigas ou pilares no meio de paredes de alvenaria;
- Aumento do custo da estrutura em relação ao pórtico.
APLICAÇÃO
- Edifícios de médio e grande porte em zonas sísmicas.
Estrutura laminar
Comportamento estrutural
- Cargas verticais
As cargas verticais são transmitidas pelas lajes às paredes
existe uma ligação rígida entre paredes e laje, pelo que os efeitos de flexão na
laje, devidos às cargas verticais, também são absorvidos pelas paredes.
- Cargas horizontais
As cargas horizontais são suportadas exclusivamente pelas paredes
A estrutura é bastante rígida
no entanto, a disposição dos elementos estruturais vai influenciar o melhor ou
pior controlo dos efeitos de torção e dos deslocamentos horizontais.
VANTAGENS
- Melhor resposta às forças horizontais através dos elementos parede;
- Reduz os efeitos de torção e os deslocamentos da estrutura.
DESVANTAGENS
- Maior dimensão dos elementos estruturais;
- Aumento do custo da estrutura em relação aos pórticos;
- A inserção das instalações na cofragem implica um projecto bastante cuidado de
todas as especialidades.
APLICAÇÃO
- Vários edifícios.
Sistema túnel
- optimização da estrutura laminar (modularidade da estrutura)
VANTAGENS
- Repetição dos elementos estruturais
- Optimização do uso da cofragem
- Altos rendimentos de obra
DESVANTAGENS
- Problemas de isolamento acústico
- Não permite grandes vãos
- As cofragens são pesadas requerendo gruas de grande capacidade
- Pesa mais que as estruturas pórtico e mista
- A execução de paredes adicionais reduz o rendimento
- Alterações durante a construção vão encarecer o custo da obra
- A cofragem é cara
- O pé direito tem que ser constante
- Condiciona a arquitectura
- A inserção das instalações na cofragem implica um projecto bastante cuidado de
todas as especialidades.
APLICAÇÃO
- Vários edifícios de habitação e outros onde se verifique um sistema modular,
adequado ao uso deste tipo de estrutura.
MATERIAIS CONSTITUINTES
Elementos principais:
cimento
água
agregados (grossos e finos)
Materiais:
betão
armaduras
EQUIPAMENTO
- para tratamento das armaduras
- para tratamento do betão
FASES CONSTRUTIVAS
Estrutura pórtico
- vigas de fundação + pilares em simultâneo
- vigas e laje
- ciclo - pilares, vigas e laje
Estrutura mista
- sapatas + vigas de fundação (em simultâneo)
- pilares e paredes
- vigas e laje
- ciclo - pilares, paredes, vigas e laje
Estrutura laminar
- sapatas e vigas de fundação
- laje
- paredes
- laje
- ciclo - paredes e laje
Estrutura laminar (sistema túnel)
- sapatas contínuas
- laje de fundação
- paredes + laje
- ciclo - parede + laje
EXECUÇÃO DE LAJES
Tipos de lajes
- vigadas
tradicionais
- apoiam-se directamente nas vigas
- espessura reduzida
- estética menos bem conseguida
Não tradicionais*
- vigotas ou pré-lajes
- blocos de aligeiramento (cerâmicos ou betão)
- betonagem face superior da laje “in situ”
- fungiformes
Maciças
- espessura da laje constante superior à alternativa vigada
- inexistência de vigas ⇩estética bem conseguida
- esforços elevados
aligeiradas
- zonas menos esforçadas aligeiradas ou vazadas (betão leve, inertes de
argila expandida, blocos de esferovite ou moldes de plástico)
- armadura inferior em nervuras
- zonas mais esforçadas maciças
*
Vantagens das lajes vigadas não tradicionais
- Custo reduzido
- Cofragem reduzida (tarugos e consolas)
Desvantagens das lajes vigadas não tradicionais
- Descontinuidade entre lajes
- Mau comportamentos sísmico
Sistemas de cofragem
Cofragens recuperáveis
Tradicionais
Semi-racionalizadas ou tradicionais melhoradas
Racionalizadas
- Ligeiras ou desmembráveis
- Semi-desmembráveis
- Pesadas ou monolíticas
Cofragens perdidas
Não estruturais ou não colaborantes
- Tubos metálicos
- Abobadilhas
- Blocos de metal expandido
- Cofragens Plásticas
Estruturais ou Colaborantes
- Pré-lajes, soluções mistas, etc.
Tradicionais
- Elementos de suporte em madeira
- Tempo de execução elevado
- Aspecto final médio / baixo
- Muita mão de obra
- Baixo custo
Semi-Racionalizadas
- Combinação de elementos de madeira e metálicos
- Elementos de suporte em metal e extensíveis
- Dimensões dos painéis estudadas
Racionalizadas – Ligeiras ou desmembráveis
- Sistema que tem maior uso, nos nossos dias
- Sistemas modulares p/ lajes planas e nervuradas
- Moldes recuperáveis
- Prumos telescópicos
Racionalizadas – Semi-desmembráveis – Sistema Mesa
- Permitem uma separação dos vários elementos
- Capacidade de “rolar” p/ lajes adjacentes
- Mais rentáveis
- Passagem p/ a laje superior c/ grua
Racionalizadas – Pesadas ou monolíticas - Sistema Túnel
- Elementos de suporte não se separam dos horizontais
- Obrigam a um planeamento rigoroso
- Incapacidade de divisão
- Pouco utilizadas em edifícios correntes
LAJES ALIGEIRADAS
Processo em tudo idêntico ao das lajes maciças, inserindo unicamente o sistema de
aligeiramento, entre o término da cofragem e a colocação das armaduras.
Sistemas de cofragem
Tradicionais
Semi-racionalizadas ou tradicionais
melhoradas
racionalizadas
NOTA: Pode ser deixado um painel lateral da viga por cofrar para facilitar a colocação das
armaduras e respectivas ligações a restantes elementos
juntas de betonagem
são necessárias devido a:
- sequência construtiva
- dimensão do elemento a betonar (controlo de fissuração)
ESCORAMENTOS
O CONJUNTO DE CONSTRUÇÕES PROVISÓRIAS, EM GERAL CONSTITUÍDAS POR PEÇAS
ACOPLADAS E DEPOIS DESMONTÁVEIS, DESTINADAS A SUPORTAR O PESO DE UMA
ESTRUTURA DURANTE SUA EXECUÇÃO, ATÉ QUE ESTA SE TORNE AUTOPORTANTE.
ESCORAMENTO EM MADEIRA
- Prumos de eucaliptos jovens (secção circular), não devem ter falhas que reduzam a
secção ou rachas
- Prumos em pinho bravo (secção rectangular: 0.10 m x 0.07 m)
ESCORAMENTO METÁLICO
- Componentes muito leves e de alta resistência;
- Reduzido número de componentes, montagem rápida e simples;
- Elevada segurança e estabilidade;
- Elevada rentabilidade
- Redução de mão-de-obra e de tempos de montagem;
- Facilmente adaptável a diferentes alturas e larguras.
- Reutilização
- Modularidade
CAMPO DE APLICAÇÃO
Exigências funcionais
O ESCORAMENTO DEVE SER DIMENSIONADO DE FORMA A:
(i) SUPORTAR O PESO DAS COFRAGENS, ARMADURAS E DO BETÃO A SER
APLICADO, BEM COMO DAS CARGAS QUE OCORRAM DURANTE A BETONAGEM
(movimentação de pessoal, transporte do betão, etc.)
(ii) IMPEDIR DEFORMAÇÕES QUE POSSAM ALTERAR AS DIMENSÕES DA PEÇA
A BETONAR
A MONTAGEM DO ESCORAMENTO DEVE OBEDECER AO PROJECTO RESPECTIVO, DE MODO A
GARANTIR-SE O CORRECTO FUNCIONAMENTO.
Técnicas de execução
OS ESCORAMENTOS ESTÃO INTIMAMENTE RELACIONADOS COM AS COFRAGENS E DEPENDEM
DO TIPO DESTAS PARA SE DEFINIR O MODO DE EXECUÇÃO
MONTAR O ESCORAMENTO
- TODAS AS ESCORAS E OUTROS ELEMENTOS DO ESCORAMENTO DEVEM SER APLICADOS
COM OS ESPAÇAMENTOS CORRECTOS
- TODOS OS PRUMOS E ESCORAS DEVERÃO SER ALINHADOS COM O EIXO DAS CARGA,
CONTRAVENTADOS E RIGIDAMENTE LIGADOS ENTRE SI DE MODO A TRABALHAREM EM
CONJUNTO E NÃO ISOLADAMENTE
-TODOS OS ELEMENTOS VERTICAIS DE ESCORAMENTO DEVEM APOIAR-SE EM ELEMENTOS
DE MAIOR DIMENSÃO (SAPATAS) A FIM DE DISTRIBUIR OS ESFORÇOS E GARANTIR A
FIXAÇÃO DAS BASES
RETIRAR O ESCORAMENTO
A RETIRADA DO ESCORAMENTO DEVE SER EFECTUADA SEM CHOQUES, OBEDECENDO A UM
PROGRAMA ELABORADO DE ACORDO COM O TIPO DE ESTRUTURA
SISTEMAS DE COFRAGEM
As cofragens são moldes para dar forma, garantir o confinamento do betão fluido até ao seu
endurecimento (cura do betão) e auto-sustentação, aos elementos de betão armado
CLASSIFICAÇÃO
Tradicionais
Semi-racionalizadas ou tradicionais melhoradas
Ligeiras ou desmembráveis
Cofragens Racionalizadas Semi-desmembráveis
recuperáveis Pesadas ou monolíticas
Vigas de lançamento
Especiais Carro de avanço
Pneumáticas
Pré-lajes
Estruturais ou
Pavimentos aligeirados
Colaborantes
Cofragens Chapas de aço galvanizado
perdidas Abobadilhas
Não-estruturais ou
Blocos de material expandido
não-colaborantes
Cofragem plásticas
Cofragens descartáveis
UTILIZAÇÃO:
SAPATAS
PILARES
LAJES
VIGAS
MUROS E PAREDES
ESCADAS
TIPOS
Dentro deste grupo de cofragens, destacam-se os seguintes subgrupos:
Sistema em painéis para paredes, pilares e vigas;
Sistema em painéis para lajes;
TIPOS
Em função dos materiais utilizados no quadro de suporte e no seu revestimento, estes sistemas
podem ser classificados em:
1. Sistema de contraplacado com quadro em aço galvanizado
2. Sistema de contraplacado com quadro em alumínio
3. Sistema de contraplacado com quadro em vigas de madeira
4. Sistema de quadro e revestimento metálico
2.6.2) SEMI-DESMEMBRÁVEIS
São sistemas em que os seus elementos de suporte e os painéis de cofragem se confundem, ou
seja, os próprios painéis de cofragem são elementos de suporte, necessitando apenas de
algumas escoras em função da altura do elemento a betonar.
TIPOS
Dentro deste grupo de cofragens, destacam-se os seguintes subgrupos:
1. SISTEMAS MESA E PAREDE
2. COFRAGEM TREPANTE
3. COFRAGEM AUTO-TREPANTE
B - COFRAGEM TREPANTE
DEFINIÇÃO
- Sistema normalmente constituído por dois painéis (um em cada face da parede a ser
betonada) que se deslocam em paralelo.
CARACTERÍSTICAS
- sistema versátil, pois pode ser utilizado em vários tipos de estrutura;
- estrutura rígida metálica que funciona em paralelo com elementos de fixação;
- ancoragem do sistema a cones de suspensão embutidos na parede;
- cofragem em altura, edifícios e barragens, pilares de pontes;
- betonagem por troços;
- painel até 7 m de altura adaptável a qualquer inclinação;
- elevação com grua;
- segurança mesmo em condições climatéricas adversas.
C - COFRAGEM AUTO-TREPANTE
DEFINIÇÃO
- Sistema semelhante ao trepante com a diferença do próprio conjunto dispor de um sistema
hidráulico capaz de o movimentar autonomamente.
CARACTERÍSTICAS
- sistema versátil, pois pode ser utilizado em vários tipos de estrutura;
- sistema vocacionado para construções em altura (atinge alturas até 400 m);
- deslocamento autónomo por sistema hidráulico;
- estrutura rígida metálica contendo 3 plataformas de trabalho: topo, meio e base;
- com a 6 a 7 plataformas, conseguem-se velocidades mais elevadas de cofragem;
- segurança mesmo em condições climatéricas adversas;
- velocidades de cofragem superiores às conseguidas com cofragens trepantes.
A - SISTEMA TÚNEL
DEFINIÇÃO
- Este sistema agrega os painéis de cofragem de paredes e de laje com a estrutura de suporte
formando túneis não necessariamente completos.
CARACTERÍSTICAS
- estrutura de suporte metálica;
- painéis de contraplacado de boa durabilidade ou metálicos;
- dispositivos (parafusos de elevação e acerto) na base das cofragens para pequenas variações
de altura;
- permite a moldagem em simultâneo de paredes e lajes, dando origem a uma estrutura
laminar;
- grande capacidade de produção associada à rapidez de construção.
D - COFRAGEM DESLIZANTE
DEFINIÇÃO
- A cofragem deslizante é constituída por um tipo de cofragem que se desloca de forma
contínua e sem interrupções, à medida que se vai betonando o elemento a construir.
CARACTERÍSTICAS
- é adequada para construções verticais em betão com uma altura significativa, como é o caso
das paredes resistentes dos edifícios correntes;
- só deve ser utilizada em obras que mantenham as secções constantes em toda a altura ou
tenham pequenas variações;
- é formada por uma estrutura rígida constituída por vários elementos, que são os painéis
exteriores e interiores, as plataformas de trabalho superiores e inferiores, e os equipamentos de
suspensão e elevação da cofragem (macacos pneumáticos, hidráulicos ou eléctricos).
TIPOS
Dentro deste grupo de cofragens, destacam-se os seguintes subgrupos:
1. PRÉ-LAJES
2 .PAVIMENTOS ALIGEIRADOS
3. CHAPAS DE AÇO GALVANIZADO
2.8.1. PRÉ-LAJES
DEFINIÇÃO
São elementos pré-fabricados, de betão armado (hoje caído em desuso) ou pré-esforçado, com
armadura resistente constituída por malha ortogonal de varões de aço ordinário ou fios de
pré-esforço de aço de alta resistência (estes últimos aderentes não soldados), respectivamente.
CARACTERÍSTICAS
- servem de cofragem à camada de betão complementar;
- têm função estrutural;
- servem de tecto acabado (se as exigências estéticas não forem grandes);
- têm espessuras entre 5 e 10 cm;
- apresentam larguras variáveis, sendo corrente o valor de 250 cm.
TIPOS
Dentro deste grupo de cofragens, destacam-se os seguintes subgrupos:
PAVIMENTOS ALIGEIRADOS
TUBOS DE FIBROCIMENTO
CHAPAS DE FIBROCIMENTO
BLOCOS VAZADOS EM BETÃO VIBRADO
BLOCOS MACIÇOS EM BETÃO AUTOCLAVADO
BLOCOS VAZADOS EM BETÃO COM ARGILA EXPANDIDA
BLOCOS VAZADOS E NERVURADOS INTERIORMENTE EM POLIESTIRENO EXPANDIDO
BLOCOS VAZADOS EM POLIPROPILENO OU POLIETILENO
CAIXOTES EM CARTÃO
COFRAGENS PLÁSTICAS
PAVIMENTOS ALIGEIRADOS
DEFINIÇÃO
São constituídos por vigotas de betão pré-esforçado, com
comprimentos suficientes para vencer determinados vãos,
entre as quais se apoiam abobadilhas:
CERÂMICAS
POLIESTIRENO EXPANDIDO
BLOCOS DE BETÃO LEVE
FUNÇÃO
Servem de cofragem à camada de betão superior, em que as vigotas desempenham uma
função estrutural e as abobadilhas / blocos apenas uma função não estrutural.
VANTAGENS
- Rapidez de execução
- Controlo de qualidade eficaz
- Menos dependente da mão-de-obra local
- Produção alheia aos factores climatéricos
- Geometria mais precisa
- Solução mais económica
DESVANTAGENS
- Necessidade de meios de elevação mais pesados
- Condicionantes dos meios de transporte
- Localização geográfica da obra em relação à fábrica de pré-fabricação
- Vias de comunicação adequadas
2.1. Sapatas
A sapata pré-fabricada, consiste num pedestal saliente na face superior da fundação,
em forma de caixa, destinada a acomodar a extremidade do pilar.
Permite uma optimização do betão e da abertura dos caboucos.
2.2. Pilares
Os pilares pré-fabricados são
normalmente de secção rectangular,
podendo também ser circulares. A
dimensão mínima é de 300 mm para
acomodar a ligação viga - pilar e garantir
uma resistência ao fogo de 2 h. Podem
atingir os 12 m a 15 m de altura.
2.3. Vigas
As vigas pré-fabricadas de inércia
constante permitem vencer vãos de:
- 4 a 8 m em betão armado
- 4 a 25 m em betão pré-esforçado
2.4. Asnas
As asnas pré-fabricadas são peças de inércia
variável que permitem vencer vãos de:
- 4 a 12 m em betão armado
- 4 a 50 m em betão pré-esforçado.
2.5. Lajes
Os principais tipos de lajes pré-fabricadas são:
- Vigotas préesforçadas
- Lajes alveolares
- Lajes TT
- Pré-lajes
2.6. Escadas
As escadas pré-fabricadas são peças que permitem
vencer vãos até aos 7 m.
Existem dois tipos de vãos de escada:
- o intermédio e o inicial / final.
2.7. Painéis
Os painéis pré-fabricados são peças paralelepipédicas que podem ter até 12 m de
altura por 3 m de largura ou vice-versa.
BETÃO ARMADO
BETÃO PRÉ-ESFORÇADO
PRANCHAS
Estes pavimentos são constituídos por pranchas pré-esforçadas e préfabricadas, de
secção vazada, com espessuras constantes que variam entre 12 e 50 cm, cobrem
grandes vãos e podem suportar cargas elevadas.
CERÂMICAS PRÉ-ESFORÇADAS
BETÃO ARMADO
BETÃO PRÉ-ESFORÇADO
PRÉ-LAJES
- Estes pavimentos são constituídos por lajes maciças executadas a partir de pré-lajes
de betão armado ou préesforçado, que servem de cofragem a uma camada de betão
complementar com função resistente.
- As lajes de pré-lajes são compostas por:
pré-laje;
fios de pré-esforço (Rm 1770 de baixa relaxação) ou armadura ordinária
(A500EL em rede electrossoldada e A400ER na armadura principal)
armadura de distribuição;
betão complementar;
armadura superior de continuidade;
armadura de suspensão e solidarização - treliça.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Vigotas
Moradias
Pranchas alveolares
Edifícios de habitação
Construções industriais e comerciais
Estruturas de betão armado “in-situ” pré-fabricadas, metálicas e mistas
Estacionamentos
Estádios de futebol
Pré-lajes
Edifícios de habitação e serviços
COMPORTAMENTO
SEGURANÇA ESTRUTURAL
REDUÇÃO DO PESO PRÓPRIO PERMITE ALIGEIRAR A ESTRUTURA DE SUPORTE
VIGOTAS
DEFICIENTE COMPORTAMENTO FACE AOS SISMOS
MENOR CONTRAVENTAMENTO HORIZONTAL
O seu funcionamento estrutural é comparável ao de uma laje com armadura resistente
unidireccional, sendo indispensável, para que assim seja, que se assegure e mantenha a
aderência entre o betão complementar e as vigotas.
PRANCHAS ALVEOLARES
LIMITAÇÕES AO POSICIONAMENTO DE CARGAS CONCENTRADAS SUSPENSAS
CONTRAVENTAMENTO EFICAZ
O seu funcionamento estrutural é comparável ao de uma laje monolítica com armadura
resistente unidireccional, após uma pequena betonagem complementar.
RESISTÊNCIA AO FOGO
VIGOTAS
PIOR COMPORTAMENTO QUE AS SOLUÇÕES TRADICIONAIS (DEVIDO AOS FIOS
PRÉ-ESFORÇADOS QUE NÃO RECUPERAM AS SUAS CARACTERÍSTICAS APÓS SUJEITOS
A TEMPERATURAS ELEVADAS)
AS VIGOTAS E ABOBADILHAS SÃO DA CLASSE M0 (NÃO COMBUSTÍVEIS)
PRANCHAS ALVEOLARES
PIOR COMPORTAMENTO QUE AS SOLUÇÕES TRADICIONAIS
PLACA 15 cm Rf = 76 minutos PLACA 20 cm Rf = 126 minutos
ELEMENTOS PREFABRICADOS
VIGOTAS
ABOBADILHAS FAVORECEM O ISOLAMENTO TÉRMICO
BLOCOS CERÂMICOS E BLOCOS DE INERTES LEVES (LECA)
PRANCHAS ALVEOLARES
VAI DEPENDER DO TIPO DE REVESTIMENTO
PRÉ-LAJES MACIÇAS
ISOLAMENTO TÉRMICO
ISOLAMENTO ACÚSTICO COMPORTAMENTO IDÊNTICO AO DAS LAJES
SEGURANÇA ESTRUTURAL MACIÇAS BETONADAS IN SITU
RESISTÊNCIAAO FOGO
3.5. EXECUÇÃO
VIGOTAS
3.5.1. VIGOTAS - PROCESSO DE FABRICO
PISTAS
COMPRIMENTO - 100 m
SAÍDAS - TOPOS E LATERAIS
CENTRAL DE BETONAGEM
LIMPEZA DAS PISTAS
LIMPAR IMPUREZAS
AUTOMÁTICA: MÁQUINA COM ESCOVAS ROTATIVAS
MANUAL: USO DE MANGUEIRA E VASSOURA
APLICAÇÃO DO ÓLEO DESCOFRANTE
EVITAR ADERÊNCIA DO BETÃO NA PISTA
AUTOMÁTICA: DISPOSITIVO ESPALHADOR (MÁQUINA)
MANUAL: REGADOR
COLOCAÇÃO DOS FIOS DE AÇO
FIOS ESTÃO ARMAZENADOS EM BOBINES
ESTENDIDOS MANUALMENTE
FIXAÇÃO NAS EXTREMIDADES
MACIÇOS DE AMARRAÇÃO
APLICAÇÃO DO PRÉ-ESFORÇO
ATRAVÉS DE MACACO HIDRÁULICO
PAINEL DE PROTECÇÃO
MANÓMETRO - PRESSÃO INDICADA (CABO DE AÇO)
MOLDAGEM
MÁQUINA COM MOLDES DAS VIGOTAS RECEBE O BETÃO NA PARTE SUPERIOR
GUIAS-FIOS (NA PARTE DA FRENTE DA MÁQUINA)
AGREGADOS (ARMAZENAGEM E DOSAGEM)
SILOS SEPARADOS CONSOANTE CALIBRAGEM
TAPETES ROLANTES
CENTRAL DE BETONAGEM
CURA
RESISTÊNCIA EXIGIDA AO BETÃO
NATURAL - HUMIDADE ATMOSFÉRICA
ACELERADA - VAPOR AQUECIDO
UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS PRÓPRIOS (BETÃO)
TRANSMISSÃO DO PRÉ-ESFORÇO
DOS FIOS DE AÇO PARA O BETÃO (2 PROCESSOS)
- AFROUXAMENTO GRADUAL - DESAPERTAR
- CORTE DAS VIGOTAS
CORTE DAS VIGOTAS
MÁQUINA DE CORTE COM SERRA DE DISCO
COMPRIMENTOS PREVIAMENTE DEFINIDOS
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE
IDENTIFICADAS (DATA DE FABRICO E DIMENSÃO)
PONTE ROLANTE COM PINÇAS DE FIXAÇÃO
TRANSPORTE ATRAVÉS DE EMPILHADORAS
ARMAZENAMENTO E EXPEDIÇÃO
SEPARADAS POR GRUPOS
COLOCADAS UMAS POR CIMA DAS OUTRAS
COM RIPAS DE MADEIRA A SERVIR DE APOIO
MANTIDAS NA POSIÇÃO DE MOLDAGEM
CARREGAMENTO PARA OBRA - EMPILHADORA
ANOMALIAS DE FABRICO
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (BETÃO)
FALTA DE PRODUÇÃO NACIONAL DE CIMENTOS E AGREGADOS COM
CARACTERÍSTICAS CONVENIENTES PARA ESTES BETÕES (CLASSE C 35/45)
PRÉ-ESFORÇO NAS VIGOTAS
APLICAÇÃO DEFICIENTE
PERDAS EXCESSIVAS DE PRÉ-ESFORÇO
POSICIONAMENTO DAS ARMADURAS
POSICIONAMENTO DOS FIOS DE PRÉ-ESFORÇO
AUSÊNCIA DE RECOBRIMENTO ADEQUADO
OUTROS
PISAR A VIGOTA (QUANDO ESTA NÃO TEM CONSISTÊNCIA)
DEIXAR CAIR A VIGOTA / EMPILHADORA
FALHA NA MOLDAGEM (BETÃO)
JACTO DE ÁGUA QUE DEFORMA A PEÇA
FALTAR O BETÃO
REUTILIZAÇÃO DAS VIGOTAS
POSTES DE VEDAÇÃO
ENCHIMENTOS INFERIORES ÀS FUNDAÇÕES
ANOMALIAS DE FABRICO
Crateras devido a carbonatos
Laminação
Fissuras de início de secagem, de aquecimento e cozedura (zona de fogo)
Mancha de redução
Eflorescência de secagem, de cozedura e de armazenamento
Outras patologias / situações de não conformidade:
- variações dimensionais das peças (≤ 5mm);
- expansão por humidade elevada (≤ 0,65 mm);
- resistência à flexão insuficiente (≤ 1 kN).
CONSTITUIÇÃO DOS PISOS
VIGOTAS
BETÃO CLASSE C40/50 (NP ENV 206)
FIOS DE AÇO CLASSES Rm 1670 e Rm 1770
ABOBADILHAS OU BLOCOS DE COFRAGEM
RESSALTOS LATERAIS - APOIO NOS BANZOS (VIGOTAS)
CERÂMICOS, BLOCOS DE AGREGADOS LEVES (LECA) E BETÃO NORMAL
BETÃO COMPLEMENTAR
CLASSE C20/25 (NP ENV 206)
3.5.5. VIGOTAS - APLICAÇÃO EM OBRA
- RECEPÇÃO DO MATERIAL
- NIVELAMENTO DOS APOIOS
- MONTAGEM DO ESCORAMENTO PROVISÓRIO
- MONTAGEM DAS COFRAGENS
- COLOCAÇÃO DAS VIGOTAS
- COLOCAÇÃO DOS BLOCOS DE COFRAGEM
- ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
- INSTALAÇÃO DE PASSADIÇOS
- REGA ABUNDANTE
- LANÇAMENTO E REGULARIZAÇÃO (BETÃO COMPLEMENTAR)
- MANUTENÇÃO DA HUMIDADE DO BETÃO
PRANCHAS ALVEOLARES
3.5.8. PRANCHAS ALVEOLARES - PROCESSO DE FABRICO
- PISTAS
- LIMPEZA DAS PISTAS
- APLICAÇÃO DO ÓLEO DESCOFRANTE
- COLOCAÇÃO DOS FIOS DE AÇO
- APLICAÇÃO DO PRÉ-ESFORÇO
- CENTRAL DE BETÃO
- MOLDAGEM
- CURA
- TRANSMISSÃO DO PRÉ-ESFORÇO
- CORTE DAS PRANCHAS
- LEVANTAMENTO E ARMAZENAMENTO
- TRANSPORTE E EXPEDIÇÃO
PORMENORES CONSTRUTIVOS
GRANDE VERSATILIDADE
ASSENTE EM MUROS RESISTENTES
VIGAS / ESTRUTURAS METÁLICAS
ENTREGA NOS APOIOS NÃO INFERIOR A 4 cm
ABERTURAS - USO DE PEÇAS METÁLICAS ESPECIAIS
REDE ELECTROSOLDADA
BETÃO COMPLEMENTAR
DEFINIÇÃO DE PAREDE
Elementos opacos de tamponamento, com eventuais aberturas, com funções de
isolamento térmico e acústico, podendo ter ainda funções estruturais.
* PAREDES EM ADOBE
- Técnica de construção de paredes exteriores e interiores, com tijolos feitos de terra e
secos ao sol (adobes);
- Os adobes são fabricados com terra crua bastante argilosa por vezes com adição de
pedra miúda, cascalho, etc.; são utilizados moldes de madeira;
- As dimensões dos adobes não estão fixadas variando conforme as necessidades ou
conveniência de utilização.
* PAREDES EM TAIPA
- Técnica de construção de paredes monolíticas exteriores e interiores em terra
- Por apresentar baixa resistência à acção da água e em termos mecânicos, obriga à
realização de um embasamento;
- Caso as paredes careçam de apoio lateral, deverão ser reforçadas com elementos de
pedra ou alvenaria;
- Têm um bom isolamento térmico;
- Actualmente a taipa apresenta um problema da mão-de-obra especializada que é
muito escassa.
*PAREDES DE ALVENARIA DE PEDRA NATURAL
As paredes de alvenaria de pedra foram utilizadas durante anos, devido ao seu
material constituinte ser muito abundante. Desempenham actualmente um papel
secundário em virtude das suas desvantagens mais significativas.
* CANTARIAS (ALVENARIA DE PEDRA APARELHADA)
- Técnica de construção de paredes interiores e exteriores.
- Pedras regulares assentes em argamassa, para formar os paramentos deve-se
escolher as pedras rijas de melhor aspecto e que se aparelham numa das faces.
- Este tipo de alvenaria é muito empregue nas construções rurais, e muros de
vedação, embasamento e socos de edificações.
- Geralmente são construídas em Granito ou Xisto.
- Revestimento: Com ou sem reboco.
* PAREDES DE ENXILHARIA (ALVENARIA DE PEDRA APARELHADA)
- A enxilharia é formada por pedras aparelhadas, designadas por enxilhares ou
silhares, com forma de prismas rectangulares de dimensões variadas, e aparelho
pouco cuidado.
- A cantaria distingue-se da enxilharia por apresentar em relação a ela maior
regularidade de dimensões e, por conseguinte, na altura das fiadas.
* PAREDES DE ALVENARIA COM APARELHO RÚSTICO (ALVENARIA DE
PEDRA APARELHADA)
* PAREDES EM ALVENARIA ORDINÁRIA
- Técnica de construção de paredes interiores e exteriores;
- Pedra irregular assente com argamassa de cal hidráulica e areia, sendo o seu modo
de execução análogo ao da alvenaria aparelhada, embora mais fácil e rápido de
executar pelo facto de ser menos cuidado;
- É executada desta forma, por ser revestida com reboco;
- Geralmente são construídas em calcário, granito ou xisto;
- Revestimento: com reboco.
* PAREDES EM ALVENARIA DE PEDRA ORDINÁRIA
* PAREDES EM ALVENARIA DE PEDRA SECA
- Técnica de construção de paredes que dispensa o uso de argamassa;
- Vulgarmente é associada à alvenaria de pedra irregular;
- Requer boa execução no travamento das pedras entre si através do encaixe cuidado
das pedras e da utilização de escassilhos;
- Pode ser utilizada em muros de suporte, em paredes exteriores e interiores, em
fundações, e é muito utilizada em muros de vedação;
- Não se deverá utilizar em zonas sísmicas;
- Revestimento: aplicação de reboco no interior das casas.
* PAREDES DE TABIQUE
- Técnica de construção de paredes interiores;
- Estrutura feita com tábuas de madeira colocadas na
vertical (costaneiras) e na horizontal (travessanhos), sobre
as quais se prega eventualmente um segundo pano de
tábuas na diagonal, travadas por último com um ripado
horizontal, o fasquio;
- Revestimento: reboco (argamassa de areia e cal),
estuque e pintura.
* PAREDES DE FRONTAL TECIDO (gaiola pombalina, gaioleiros)
- Técnica de construção de paredes interiores e exteriores;
- É composta por uma estrutura de elementos de madeira que funciona como um
esqueleto bastante elástico, cujos vãos são preenchidos por alvenaria de tijolo burro
ou pedra, argamassada;
- Revestimento: reboco, estuque e pintura.
* PAREDES EM TABIQUE DE MADEIRA
- Técnica de construção de paredes interiores e exteriores, em tabique de madeira,
existente em algumas povoações do litoral - exemplo: praias de Mira;
- Podem ser executadas com tabique horizontal ou a prumo;
- Inicialmente as construções eram cobertas com estorno, actualmente em telha de
canudo;
- Revestimento: pintura a óleo, nem sempre aplicada.
* PAREDES DE ALVENARIA DE TIJOLO DE BARRO VERMELHO
- Utilizadas mais frequentemente na construção corrente;
- Desempenham funções resistentes ou de simples panos de enchimento;
- Os tijolos de barro vermelho para alvenaria devem obedecer às especificações
definidas nas Normas Portuguesas NP-80 e NP-834, pelo que devem apresentar as
seguintes dimensões:
Tijolo de 22 x 11 x 7cm
Tijolo de 30 x 20 x 7cm
Tijolo de 30 x 20 x 11cm
Tijolo de 30 x 20 x 15cm
Tijolo de 30 x 20 x 22cm
Tijolo de 20 x 20 x 7cm
Tijolo de 20 x 20 x 11cm
- Os tijolos de barro vermelho são o elemento para alvenaria de maior produção no
nosso país, existindo muitas empresas cerâmicas espalhadas por todo o território
nacional.
* PAREDES DE ALVENARIA DE BLOCOS DE BETÃO
- Muito utilizadas em construção industrial e também em construção corrente nas ilhas,
onde não se fabricam tijolos.
- Podem ser:
maciços ou perfurados.
betão normal ou betão leve
* PAREDES DE ALVENARIA DE BLOCOS DE ARGILA EXPANDIDA
VANTAGENS
Maior isolamento térmico;
Maior leveza;
Elevada resistência ao fogo;
Dimensões uniformes e desempenadas.
* PAREDES DE ALVENARIA DE BLOCOS DE BETÃO CELULAR AUTOCLAVADO
- Blocos constituídos por uma mistura de cimento tipo portland normal, cal gorda,
areia argilosa, água e pó de alumínio, funcionando este último como aerificador.
- Têm dimensões de 60 x 10 cm, 60 x 20 cm e 60 x 30 cm, com espessuras de 10, 15,
20 e 24 cm.
* PAREDES DIVISÓRIAS LEVES
- Esta aplicação tem grande importância na actualidade
- De fácil aplicação e rapidez de execução, aliadas ao aumento do isolamento térmico,
acústico e protecção ao fogo
- As paredes devem ter no mínimo três a quatro montantes por painel o que implica
uma distância entre eles de aproximadamente 60 cm.
* PAINÉIS DIVISÓRIAS DE GESSO CARTONADO (TIPO PLADUR)
* PAINÉIS PRÉ-FABRICADOS PESADOS E LEVES
- Rápida instalação mas exigem repetitividade para serem competitivos;
- Difícil transporte e colocação em obra;
- Susceptibilidade a patologia diversa nas ligações.
3 )EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS
EXIGÊNCIAS DE SEGURANÇA
Segurança e estabilidade estrutural;
Segurança contra risco de incêndios (materiais incombustíveis);
Segurança contra intrusões;
Capacidade de permitirem suspensão de equipamentos pesados.
EXIGÊNCIAS DE SAÚDE E DE CONFORTO
Conforto higrotérmico;
Conforto acústico;
Estanqueidade ao ar e à água;
Conforto visual;
Conforto táctil;
Higiene.
EXIGÊNCIAS DE ECONOMIA
Custos iniciais;
Custos de exploração e manutenção;
Adaptabilidade e versatilidade;
Durabilidade e funcionalidade.
As exigências funcionais nos domínios do comportamento térmico, acústico de
segurança contra incêndios, assim como a acção da água, são diferentes nas várias
paredes de um edifício.
ESTANQUEIDADE
Mais importante em paredes exteriores do que nas interiores;
Reduzida em paredes de blocos de betão normal e de betão leve sem
revestimento;
Aumenta com a aplicação de reboco;
Aumenta com a adição de adjuvantes hidrófugos no betão de fabrico dos
blocos.
DURABILIDADE
Superior nos blocos de betão face aos restantes materiais para paredes
divisórias;
Reduzida em locais húmidos ou com ascensão de água por capilaridade;
Maior nos blocos de betão celular autoclavado.
RESISTÊNCIA AO FOGO
Betões normal, leve e celular são incombustíveis (não alimentam a propagação
de incêndio).
ECONOMIA
Custo de execução de paredes com blocos de betão superior ao das paredes de
alvenaria de tijolo.
REACÇÃO AO FOGO DOS MATERIAIS
M0 - não combustível
M1 - não inflamável
M2 - dificilmente inflamável
M3 - moderadamente inflamável
M4 - facilmente inflamável
NOTA: Ensaios de combustibilidade, inflamabilidade, velocidade de propagação da chama,
potencial calorífico, opacidade e toxicidade dos gases e fumos.
RESISTÊNCIA AO FOGO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO
Elementos com função de suporte
EF - Exigência de estabilidade ao fogo
Elementos com função de compartimentação
- PC - Exigência de estanqueidade
(ausência de chamas ou gases inflamáveis)
- CF - Exigência de estanqueidade e isolamento térmico
(limitação da temperatura)
Exemplos: EF 30, PC 60, CF 120
4) ISOLAMENTOS
ISOLAMENTO ACÚSTICO
- Melhor em paredes de blocos de betão do que em paredes de tijolo;
- Pior em paredes de blocos de betão leve e celular autoclavado;
- Os blocos de betão normal split garantem níveis de isolamento acústico aceitáveis
para paredes exteriores.
ISOLAMENTO TÉRMICO
- Betão leve
- Betão normal
- Betão celular autoclavado
- Cerâmica de barro vermelho
TIPOS DE ISOLAMENTO
- lãs de rocha e de vidro
- poliuretano projectado
- poliestireno extrudido
- poliestireno expandido
- aglomerado negro de cortiça
- poliuretano injectado
- filme alveolar
- aglomerados hidráulicos de fibras de abeto
2) Paredes de tijolo
VERIFICAÇÕES PRELIMINARES
- Estrutura (geometria, desempeno e alinhamentos)
- Eventual reparação pontual da estrutura (aguardar 3 dias após reparação)
- Limpeza e nivelamento dos pavimentos
- Ferros de espera na estrutura para ligação das alvenarias (eventualmente)
- Assegurar fornecimento de material no piso
ETAPAS DE EXECUÇÃO
1. Marcação e 1ª fiada;
2. Marcação em altura e nivelamento
3. Elevação da parede
4. Fecho superior
ELEVAÇÃO EM ALTURA:
Repetição sucessiva do processo atendendo aos seguintes aspectos:
Molhagem da superfície de tijolo da camada inferior com pincel de pedreiro
Aplicação de leito de argamassa sobre superfície humedecida da fiada inferior
Assentamento sobre leito de argamassa da fiada inferior (junta horizontal)
“chapando” e distribuindo com colher argamassa no topo (junta vertical)
Assentamento de tijolo sobre leito de argamassa, carregando, esfregando e
percutindo (maço ou cabo da colher), de modo a garantir o posicionamento
desejado
Raspagem e reaproveitamento da argamassa em excesso que possa refluir
pelas juntas (reaproveitamento de argamassa para operações de assentamento
seguintes)
ASPECTOS GERAIS:
- Molhagem prévia de tijolos a assentar (evita absorção de água de amassadura),
utilizar pincel de pedreiro sobre face e topo em contacto com a argamassa
- Horizontalidade da fiada e aprumo do pano de parede já executado
- Assentamento dos tijolos da fiada, deixando entre eles um espaço de largura igual à
da junta vertical
- Se alinhamento, nivelamento e verticalidade não se verificarem, podem-se fazer
pequenas correcções percutindo o tijolo com a colher de pedreiro.
- As juntas verticais devem evoluir desencontradas
FUNÇÕES:
- Geralmente utilizadas como paredes exteriores
- Respeitar exigências funcionais de conforto higrotérmico e acústico
DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS:
- Espessura caixa-de-ar (min. 3 cm, em geral 4 a 5 cm)
- Caixa-de-ar ventilada através de duas séries de orifícios no pano exterior (base e
superior) - Área total de furação inferior a 10 cm2/ml
- Caleira - base da caixa-de-ar conformada para a recolha e o encaminhamento das
águas infiltradas para os orifícios de drenagem (base)
- Travamento de panos interior e exterior entre si com grampos não corrosivos, em
quincôncio (no máximo 90 cm hor. e 50 cm vert.)
TÉCNICA DE EXECUÇÃO:
1. Assentamento da primeira fiada do pano interior
2. Execução de caleira em argamassa afagada, geralmente em quarto de círculo,
revestida com produto betuminoso aplicado por pintura
3. Assentamento de tubos para drenagem das águas que possam passar através do
pano exterior ou resultantes de condensações internas, nas zonas mais baixas das
caleiras (saliência superior a 15mm)
4. Assentamento da primeira fiada do pano exterior (colocando elementos de
ventilação da caixa de ar).
5. Após assentamento das duas primeiras fiadas, da caleira e tubos de drenagem,
protege-se a caleira com uma régua, rolo de papel, serapilheira ou outro material
deformável que evitará que a argamassa de assentamento se deposite na caleira.
6. Execução do pano exterior em altura (apoio mínimo de 2/3 da sua base – correcção
de pontes térmicas) e reboco afagado sobre o mesmo
7. Execução de pano interior, intervalando com espaços não preenchidos na 2ª fiada
Notas:
- Impedir passagem de humidade do pano exterior para interior, evitando contacto de
argamassa ou outro material entre os dois panos
- A ordem de execução dos panos interior e exterior depende da posição e tipologia de
isolamento térmico (caixa de ar, interior ou exterior)
- O avanço de cada um dos panos depende também da eventual necessidade de ligação de
panos exterior e interior, com material não corrosivo, espaçados de 1 m na horizontal e de 60
cm na vertical, para garantir estabilidade do conjunto
8. Depois dos dois panos executados, retira-se a protecção da caleira (rolos de papel
ou serapilheira) e limpa-se completamente a caixa-de-ar
9. Por último, assentam-se os tijolos nos espaços deixados na 2ª fiada do pano
interior aquando da sua execução
LIGAÇÃO À ESTRUTURA:
- Juntas elásticas (compressíveis e de 10 a 20 mm)
- Ligadores metálicos
ROÇOS:
- para alojamento de cabos e tubagens
- Realizada de acordo com as disposições previstas em projecto
- Minimizar deterioração (resistência, higrotérmica, acústica)
- Não realizar roços em paredes de espessura reduzida
- Se possível, afectando apenas 1 alvéolo do tijolo
ISOLAMENTO NA CAIXA-DE-AR:
- Materiais rígidos (poliestireno expandido ou extrudido, com espessuras de 3 a 5 cm,
encostadas ou fixas à parede interior, constituindo uma barreira contínua)
- Materiais flexíveis (mantas lã de rocha ou de lã de vidro, com larguras de 0.60 a 1.20
m, fixadas à parede interior)
- Materiais projectados (compostos sintéticos com grande capacidade de aderência,
poros fechados e insensíveis à água – poliuretano expandido)
- Materiais a granel (solução pouco corrente e que apresenta vários condicionamentos)
- Materiais injectados (espumas de poliuretano, PVC ou poliéster, muito utilizadas em
situações de reabilitação)
ISOLAMENTO EXTERIOR:
- Aplicado sobre pano exterior, muito utilizado em situações de reabilitação
- Do ponto de vista higrotérmico é a melhor solução
Coberturas em Terraço
2. CONSTITUIÇÃO DE UMA COBERTURA PLANA
- uma cobertura diz-se em terraço quando os materiais que a constituem estão
dispostos horizontalmente ou próximo dessa posição;
- essas camadas podem apelidar-se:
estrutura resistente
camada de forma
suporte de impermeabilização
revestimento de impermeabilização
protecção da impermeabilização
isolamento térmico
- podem ainda constituir a cobertura em terraço:
camada de regularização
barreira pára-vapor
camada de dessolidarização
camada de difusão de vapor de água
3. EXIGÊNCIAS FUNCIONAIS
Segurança
segurança estrutural
segurança contra incêndios
segurança contra riscos do uso normal (punçoamento; choques acidentais)
resistência das camadas não estruturais a acções (atmosféricas; ambientes
interiores)
Habitabilidade
estanqueidade (água; neve; poeiras; ar)
conforto térmico (Inverno; Verão)
conforto acústico (sons aéreos e percussão)
conforto visual (iluminação natural; reflectividade da camada de protecção)
disposição de acessórios e equipamento
aspecto (exterior; interior)
Durabilidade
conservação das qualidades (resistências mecânicas e dos materiais; acções do
uso normal)
limpeza, manutenção e reparação
Economia
limitação do custo global
economia de energia
4. ESTRUTURA RESISTENTE
- o sistema construtivo das coberturas em terraço apoia-se num elemento estrutural,
que se designa de laje de cobertura;
- a função desta laje é suportar as cargas de várias naturezas que concorrem na
cobertura em terraço:
peso próprio
- laje
- sistema construtivo sobrejacente
sobrecargas
- utilização durante a fase de execução (depósito / armazenamento de
materiais e equipamentos)
- utilização / manutenção
- neve
- água
- vento (efeito de sucção)
Domínio de utilização
- as estruturas rígidas contínuas constituem as soluções típicas de coberturas de
edifícios correntes (edifícios de habitação, escritórios e estacionamento);
- as estruturas descontínuas rígidas e flexíveis constituem as soluções preferenciais em
coberturas de grandes vãos (unidades industriais, pavilhões e superfícies comerciais).
- É ainda importante referir que os níveis exigenciais são maiores, na maior parte dos
casos, para as coberturas de edifícios correntes - conforto térmico e estanqueidade.
5. CAMADA DE FORMA
6. REVESTIMENTOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
Classificação de sistemas de impermeabilização de
coberturas quanto à sua constituição
Sistemas tradicionais
Aplicados “in situ”
- camadas múltiplas de asfalto
- camadas múltiplas de emulsões betuminosas
Com produtos pré-fabricados
- camadas múltiplas de membranas, telas ou feltros betuminosos
Sistemas não tradicionais
Aplicados “in situ”
- camadas múltiplas de resinas acrílicas
- camadas múltiplas de emulsões de betumes modificados
- camadas múltiplas de resinas poliméricas
- espumas de poliuretano
Com produtos pré-fabricados
- Membranas Elastómeras
- membranas de betumes modificados (APP ou SBS)
- membranas termoplásticas (PVC)
- membranas elastoméricas
7. CAMADA DE ISOLAMENTO TÉRMICO
Cobertura de acesso
limitado sem isolamento
térmico
Cobertura de acesso
limitado com isolamento
térmico - solução
tradicional
Cobertura de acesso
limitado com isolamento
térmico - solução invertida
Cobertura acessível a
pessoas sem isolamento
térmico
Cobertura acessível a
pessoas
com isolamento térmico -
solução tradicional
Cobertura acessível a
pessoas
com isolamento térmico -
solução invertida
9. ANOMALIAS E TRATAMENTO DE
PONTOS SINGULARES