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CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPINAS

Estado de São Paulo


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Versão revisada do PLO nº 133/21, Processo nº 233.972, conforme disposto no § 8º do art. 125 do
Regimento Interno. Este texto vale, para todos os efeitos de tramitação, como a redação oficial do projeto,
em subs tuição ao texto originalmente protocolado.

PROJETO DE LEI ORDINÁRIA Nº 133/21

Dispõe sobre as reuniões intersetoriais da


Rede de Atendimento e Proteção à Criança e
ao Adolescente do Município de Campinas e
dá outras providências.

Art. 1º As reuniões intersetoriais da Rede de Atendimento e Proteção à Criança e ao


Adolescente do Município de Campinas, realizadas no âmbito de cada uma das regiões do
município, deverão contar obrigatoriamente com a presença de um representante de cada
órgão que a compõe, visando à ar culação de ações e à elaboração de planos de atuação
conjunta.

§ 1º Compõem a Rede de Atendimento e Proteção à Criança e ao Adolescente do Município


de Campinas o Conselho Tutelar, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente – CMDCA, os distritos de assistência social – DAS, os centros de referência de
assistência social – Cras e os centros de referência especializados de assistência social –
Creas, todos vinculados à Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência
e Direitos Humanos, além da Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de
Esportes e Lazer e da Secretaria Municipal da Saúde.

§ 2º Poderão ser convocados para as reuniões intersetoriais órgãos e ins tuições públicos e
privados, pessoas jurídicas de direito privado e pessoas sicas interessadas ou envolvidas
com o tema a ser tratado.

Art. 2º As reuniões intersetoriais a que se refere o art. 1º terão como principais obje vos:

I - promover a integração e a ar culação permanente das ações descentralizadas das


polí cas e ações de saúde, assistência social e educação, entre outras, em consonância com
as diretrizes e os obje vos das polí cas sociais básicas;

II - promover a intersetorialidade, a interdisciplinaridade, a integralidade, a par cipação da


sociedade civil e o controle social;
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III - promover a discussão conjunta de casos de famílias cuja complexidade dificultar sua
resolução pela atuação isolada de um dos equipamentos, em especial os casos de violência

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contra crianças e adolescentes, com a elaboração de projetos de intervenção conjunta, a


definição de ações e metas de cada equipamento social e o monitoramento conjunto de
seus resultados;

IV - iden ficar e definir estratégias conjuntas para o acompanhamento das famílias


beneficiárias dos programas e serviços sociais do Município, com prioridade para as famílias
que descumprirem as condições do Programa Bolsa Família ou que se encontrarem em
situação de vulnerabilidade ou risco social;

V - orientar a inserção das famílias nos programas e serviços públicos, conforme os critérios
de elegibilidade deles;

VI - promover a ar culação entre as diversas polí cas sociais e urbanas desenvolvidas no


território do município, com vistas a subsidiar as ações de mobilização e fomentar a
realização de reuniões e fes vidades comunitárias, com o fortalecimento da solidariedade, a
tolerância a diferenças e a inclusão social de cidadãos de maior vulnerabilidade;

VII - iden ficar estratégias intersetoriais de busca às famílias beneficiárias com maior
dificuldade de acesso às polí cas públicas;

VIII - propor ações informa vas e forma vas para as equipes de trabalho, em especial sobre
planejamento e monitoramento de projetos e sobre trabalho em equipe e intersetorial.

Art. 3º A coordenação das reuniões intersetoriais deverá ser exercida pelos representantes
do DAS ou dos Cras de cada região do município.

§ 1º Caberá à coordenação das reuniões a definição dos assuntos, casos e temas a serem
discu dos, bem como a elaboração e entrega da pauta.

§ 2º Todos os par cipantes das reuniões deverão receber, com antecedência mínima de
quinze dias, a pauta de tudo o que será discu do no encontro seguinte, inclusive com a
descrição detalhada dos casos e temas de polí cas públicas a serem deba dos, para que
sejam levados à discussão todos os elementos necessários para o bom andamento dos
trabalhos.

§ 3º Na pauta a que se refere o § 2º deverá constar obrigatoriamente item de discussão


referente às devolu vas de tudo o que foi decidido e deba do na reunião imediatamente
anterior.
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Art. 4º As reuniões intersetoriais deverão ser realizadas quinzenalmente, em datas fixas,


sendo obrigatória a elaboração de lista de presença e ata detalhada de tudo o que for
discu do e decidido.

§ 1º As reuniões realizadas na primeira quinzena de cada mês tratarão de temas


relacionados a casos em que ocorreram ou estejam ocorrendo violações de direitos da
criança e do adolescente, sempre preservando o sigilo quanto aos envolvidos.

§ 2º As reuniões realizadas na segunda quinzena tratarão de temas relacionados a polí cas


públicas voltadas a crianças e adolescentes.

Art. 5º Nas reuniões intersetoriais com temas relacionados a casos em que ocorreram ou
estejam ocorrendo violações de direitos da criança e do adolescente, sempre se preservando
o sigilo quanto aos envolvidos, deverão ser convocados, além dos representantes de órgãos
de presença obrigatória, familiares e outras pessoas da convivência diária da criança ou do
adolescente envolvido e representantes de todos os órgãos, ins tuições e pessoas jurídicas
públicos ou privados que porventura acompanham ou acompanharam o desenvolvimento
da criança ou adolescente envolvido, quando for o caso.

§ 1º Todos os convocados deverão levar à reunião os dados necessários à discussão do caso,


como histórico de ocorrências, histórico de atendimentos, histórico escolar, relatórios e
outros documentos que sejam per nentes.

§ 2º Na reunião, após amplo debate e escuta dos presentes, deverão ser decididas as
medidas a serem tomadas visando à proteção da criança ou do adolescente envolvido, se o
caso assim necessitar.

Art. 6º Nas reuniões intersetoriais com temas relacionados a polí cas públicas, deverão ser
deba das as realizações e omissões do Poder Público com relação às polí cas públicas
direcionadas à criança e ao adolescente em diversas áreas, como assistência, educação,
saúde, esporte, lazer e direitos humanos, entre outras, apontando-se aos órgãos
competentes polí cas para a garan a do que o Estatuto da Criança e do Adolescente
preconiza.

§ 1º Deverão ser convocados para a reunião, além dos par cipantes obrigatórios,
representantes dos órgãos públicos ou privados relacionados ao tema de polí ca pública a
ser discu do.
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§ 2º Após amplo debate e escuta dos presentes, deverão ser decididas as medidas que
serão tomadas para a efe vação das polí cas públicas relacionadas ao tema discu do, se o
caso assim necessitar.

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Art. 7º Todos os debates, discussões e escutas, assim como as ações e medidas a serem
tomadas, sempre deverão levar em conta, como bem maior, o interesse da criança ou do
adolescente.

Art. 8º Esta Lei poderá ser regulamentada no que couber, baixando-se as normas que se
fizerem necessárias.

Art. 9º As despesas com a execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias
próprias, suplementadas se necessário.

Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Vereadora Debora Palermo

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