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Nebulosa Do Anel
Nebulosa Do Anel
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Constelação Lyra
Características físicas
Raio 1,3 al
Outras denominações
A Nebulosa do Anel (também conhecida por M57 ou NGC 6720), fica a 2.300 anos-
luz da Terra, na constelação de Lira. Está entre os mais notáveis exemplos de nebulosa
planetária. Foi descoberta por Antoine Darquier de Pellepoix em 1779. Esse nome é
porque seus gases parecem um anel ou as pétalas de uma rosa cósmica.
Descoberta e visualização
A nebulosa do Anel
Pode ser visto com binóculos como um objeto quase estelar, difícil de identificar como
uma nebulosa planetária devido ao seu diâmetro aparente pequeno. Nos pequenos
telescópios amadores, o anel se torna evidente a uma magnificação 100. Em
instrumentos ópticos mais potentes, é possível identificar uma cor esverdeada; a maior
parte de suas linhas espectrais estão no comprimento de onda ao redor do verde devido
à dupla ionização do oxigênio presente nos gases que formam a nebulosa.[5]
Características
É um toro de material brilhante expelida pela sua estrela central, e não uma esfera,
como se pensava anteriormente. A forma toroidal já havia sido prevista por John
Herschel. É vista a partir de um de seus polos: se fosse vista a partir de seu equador,
lembraria à nebulosa do Haltere (M27) ou à Pequena Nebulosa do Haltere (M76).[5]
Acreditava-se que a nebulosa do Anel fosse uma nebulosa planetária esférica, embora
investigações como do astrônomo Georg Jacoby, a partir de fotos obtidas no
observatório de Kitt Peak, tenham concluído que a forma da nebulosa deveria ser
próxima à forma cilíndrica, sendo vista da Terra ao longo de seu eixo. Também
surgiram evidências que as extremidades "desse cilindros" eram curvadas, de modo
semelhante aos encontrados em outras nebulosas planetárias, como NGC 6302 e a
Pequena Nebuosa do Haltere.[5]
Observações mais profundas indicaram a presença de um halo que se estende por mais
de 3,5 minutos de grau de sua estrela central, remanescente de seu vento estelar. O halo
foi primeiramente descoberto em 1935 por J. C. Duncan. O material que compõe a
nebulosa está sendo desionizada gradualmente assim que se distancia de sua estrela
central, com uma superfície extremamente quente, entre 100 000 a 120 000 kelvin. A
região mais próxima à estrela central é escura, mas intensamente excitada: emite
radiação eletromagnética apenas na faixa do ultravioleta. Logo em seguida encontra-se
oxigênio e nitrogênio excitados, que emitem radiação na faixa da cor verde. As bordas
da nebulosa são avermelhadas, pois contém hidrogênio excitado, o único elemento que
pode ser excitado a grandes distâncias da estrela central.[5]
A estrela central foi descoberta em 1800 pelo astrônomo alemão Friedrich von Hahn
com o auxílio de um telescópio refletor de 20 pés de abertura. O objeto tem o tamanho
de um planeta, de magnitude aparente 15. É o remanescente de uma estrela semelhante
ao Sol, apenas um pouco mais maciço que ele, que lançou para o espaço exterior suas
camadas mais externas e que hoje formam a nebulosa planetária, encerrando sua vida
como uma gigante vermelha e tornando-se uma anã branca, com uma superfície
extermamente quente, superando 100 000 K.[5]
Como é comum para nebulosas planetárias, sua distância não é precisamente estimada.
As primeiras estimativas para sua distância foram feitas ao tentar relacionar a taxa de
expansão da nebulosa, cerca de 1 segundo de grau por século, com sua taxa de expansão
radial. Entretanto, tais medidas foram feitas assumindo seu formato esférico em vez de
toroidal, resultando em estimativas pouco precisas, que variam desde 1 410 anos-luz,
segundo Kenneth Glyn Jones, a 5 000, de acordo com Mark R. Chartrand e Helmut
Wimmer. As investigações mais recentes, realizadas com a utilização de paralaxe
trigonométrico no Observatório Naval dos Estados Unidos, estimam a distância em 2
300 anos-luz. Tendo-se em conta a taxa de expansão da nebulosa, sua idade foi estimada
em 6 000 a 8 000 anos.[5]