Você está na página 1de 16

História dos jogos eletrônicos

Artigo

Discussão

Ler

Editar

Ver histórico

Ferramentas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Esta página ou seção foi marcada para revisão devido a incoerências ou dados de
confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor, verifique e
melhore a coerência e o rigor deste artigo.

Considere colocar uma explicação mais detalhada na discussão.

Esta página cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. Ajude a inserir referências.
Conteúdo não verificável pode ser removido.—Encontre fontes: ABW • CAPES • Google (N • L
• A) (Dezembro de 2012)

A neutralidade deste artigo foi questionada. Discussão relevante pode ser encontrada na
página de discussão.

O Atari 2600 foi um console de jogos eletrônicos popular no final dos anos 1970 e início dos
anos 1980.

A história dos jogos digitais teve início quando os acadêmicos começaram a projetar jogos
simples, simuladores e programas de inteligência artificial, como parte de suas pesquisas em
ciência da computação. Somente a partir das décadas de 1970 e 1980 é que os jogos
eletrônicos se tornaram populares, quando jogos de arcade, console de jogos eletrônicos e
jogos de computador foram introduzidos ao público em geral. Desde então, os jogos
eletrônicos tornaram-se uma forma popular de entretenimento e uma parte da cultura
moderna em diversas regiões do mundo.

Primórdios dos jogos digitais (1951-58)


Ver também: História dos jogos de computador

Os jogos foram desenvolvidos para ampliar a mente e desenvolver melhor o cérebro nas
atividades escolares, como uma consequência das pesquisas da computação em áreas como a
inteligência artificial. A comercialização do UNIVAC I (considerado o primeiro computador
comercial da história) em 1951 abriu caminho para a adoção dos computadores por
instituições acadêmicas, órgãos de pesquisa e empresas em todo o mundo desenvolvido.
Devido ao alto custo, grande consumo de energia e a necessidade de se empregar uma equipe
altamente treinada para manter e operar as máquinas, a tecnologia da computação ficou
inicialmente limitada às organizações maiores. Por conta disso, a criação dos primeiros jogos
eletrônicos limitou-se a testes e demonstrações de teorias relacionadas a áreas como a
interação humano-computador, a aprendizagem adaptativa e estratégia militar.

Devido à falta da documentação de muitos desses testes, é difícil de se determinar qual teria
sido o primeiro jogo eletrônico criado. Alguns dos primeiros jogos conhecidos incluem Nimrod
(1951), uma máquina feita sob encomenda pela Ferranti para o Festival da Grã-Bretanha e na
qual se poderia jogar o jogo matemático Nim; OXO (1952), criado por Alexander S. Douglas
para o computador EDSAC e que simulava o jogo da velha; e Hutspiel (1955), um jogo de
guerra construído pelo exército dos Estados Unidos para simular um conflito com a União
Soviética na Europa.

Recriação moderna do controle de Tennis for Two.

Um jogo que se destaca nesse período inicial (e também por futuramente ter sido objeto de
várias disputas judiciais de patente) é Tennis for Two (1958), criado pelo físico norte-
americano William Higinbotham[1] para entreter os convidados no dia da visita anual realizada
pelo Laboratório Nacional de Brookhaven. Este programa simulava uma partida de tênis
exibida na tela de um osciloscópio. Um ponto piscando representava a bola e os jogadores
controlavam seu movimento por cima de uma linha vertical que representava a rede. Não
havia na imagem a representação dos jogadores, apenas da 'bola' e da 'quadra' de tênis, numa
vista lateral.

Spacewar!1960

Na década de 1960, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts era um dos principais centros


de pesquisa na área da computação no mundo e dispunha do TX-0, um computador dotado de
transistores, ao invés de válvulas, e que era menor que os mainframes padrão da época. O
computador logo atraiu um grupo de estudantes de engenharia, que passaram a desenvolver
nele ferramentas de programação, além de jogos simples, como Mouse in the Maze (que
simulava um rato em um labirinto) e Tic-Tac-Toe (o jogo da velha). O TX-0 logo foi substituído
pelo PDP-1, minicomputador que possuía um monitor com resolução de 512 x 512 e
capacidade de plotar qualquer ponto na tela.
Decididos a explorar o novo hardware, Steve Russell e seus colegas criaram um jogo em que se
controlava duas naves espaciais e cujo objetivo dos jogadores era acertar torpedos uns nos
outros. Em 30 de julho de 1961, era testado pela primeira vez Spacewar!, considerado o
primeiro jogo eletrônico de tiro da história.

Finalizado oficialmente em 1962 e ocupando apenas 2 kB de memória, Spacewar! tornou-se


um dos primeiros jogos de computador a ter uma distribuição nacional, já que a fabricante do
PDP-1, a DEC, decidiu incluí-lo como um programa de teste em cada PDP-1 comercializado.
Com isso, Spacewar! chegou a outras universidades dos Estados Unidos e serviu como fonte de
inspiração para outros programadores desenvolverem seus próprios jogos.

Década de 1970

1971

Em 1966, o engenheiro Ralph Baer foi incumbido de criar a melhor televisão do mundo. Ele
pensava em criar uma TV interativa com jogos, mas a ideia não vingou. Anos mais tarde, em
1971, a Magnavox compra o projeto de Baer, da Sanders Associates, e começa a desenvolver o
Odyssey 100, o primeiro videogame para ser conectado à TV. O protótipo "Brown Box",
inventado e patenteado por Ralph Baer, foi mostrado para grandes empresas americanas de
eletrônicos da época, como a RCA, Zenith, General Electric e a Magnavox (braço da Philips
holandesa), e foi esta última que tratou de lançar no mercado o primeiro console de videojogo
da história, conhecido como Odyssey 100.

Enquanto isso, Nolan Bushnell, transforma o quarto da filha numa oficina e adapta o jogo
Spacewar!, de Steve Russell, criando Computer Space, o primeiro arcade do mundo. Como os
mainframes eram muito caros e ocupavam muito espaço, Bushnell criou a Computer Space,
uma máquina só para jogar Spacewar. A experiência dá certo e ele passa a vender a novidade.
A Nutting Associates se interessa e contrata Bushnell, temporariamente, para montar os
arcades de Computer Space. Mais tarde Bushnell sai da empresa para fundar a Atari.

1972

Magnavox Odyssey, primeiro console doméstico.

Fruto do protótipo "Brown Box", desenvolvido por Ralph Baer, chega às prateleiras americanas
em 1972 o primeiro console de videogame da história, o Odyssey, fabricado pelo subsidiária
Magnavox, da Philips holandesa.

O Odyssey vinha com placas de circuito impresso externas (que na verdade eram "jumpers"
gigantes que mudavam a posição dos 2 quadrados brancos que o console gerava) onde eram
gravados os jogos. Inicialmente foram ofertados 12 títulos, a maioria deles de esporte, que
podiam ser trocados pelo usuário. Alguns puristas dizem que o Odyssey foi o primeiro console
a utilizar o sistema de troca de jogos por cartuchos, mas seu mecanismo era muito rudimentar
para tal afirmação. Os usuários do Odyssey também poderiam utilizar um rifle opcional
(semelhante às pistolas que temos hoje no Playstation ou no Dreamcast), para uso com jogos
de tiro. E para cada jogo uma película teria que ser aplicada à tela, como por exemplo uma que
representasse um campo de futebol ou quadra de tênis. Os primeiros Odyssey são conhecidos
como RUN1 e na sequência vieram os RUN2 (uma modificação apenas interna nunca explicada
pela Magnavox e que até hoje ninguém sabe ao certo o significado). Na sequência os
Magnavox Odyssey foram evoluindo e assim surgiu o Odyssey 100 e continuou nos anos
seguintes com a série Odyssey 200, 300, 400, 500, 3000 e 4000

1973

Pong, jogo para arcade criado por Bushnell na Atari, se torna um fenômeno e várias empresas,
como a Ramtek e a Nutting, começam a lançar similares. A Atari estabelece contato com a
Namco do Japão.

1974

Executivos da Atari vão para a rival Kee Games, em uma época em que era necessário
aumentar a distribuição de máquinas. A Kee Games lança Tank, jogo mais vendido do ano, e
ultrapassa a Atari em vendas. Na verdade, a Kee Games era uma subdivisão da Atari (que
voltou ser uma empresa só com a Atari posteriormente) e, quando voltaram ser uma única
empresa, transformaram-se em uma das maiores indústrias de videojogo de todos os tempos.
Os funcionários da Atari Harold Lee, Alcorn e o engenheiro Bob Brown desenvolvem uma
versão de Pong para videojogo, mas o interesse do público é pequeno devido ao fracasso do
Odyssey, uma caixa preta e branca com controles tipo disco.

1975

A Atari entra em conta(c)to com Tom Quinn, comprador de artigos esportivos da Sears
Roebuck, e apresenta-o ao jogo Pong. Após negociações, a Sears compra 150.000 unidades do
arcade (Arcade ou Fliperama, como é tradicionalmente conhecidos no Brasil), muito mais do
que a Atari podia produzir. As máquinas vinham estampadas com o logo da Sears Tele-Games.
Bushnell consegue uma linha de crédito de 10 milhões de dólares com Don Valentine para
expandir a Atari. No Canada o Home Pong torna-se o campeão de vendas do catálogo da Sears.

1976

O sucesso da Atari leva várias empresas a lançar consoles, mas somente a Coleco (abreviação
de Connecticut Leather Company) consegue aprontar tudo para o Dia dos Pais. O videojogo
Telstar Pong usava tecnologia similar às das máquinas de então.

Enquanto isso, a Fairchild Camera & Instrument dá outro passo importante lançando o
Fairchild Channel F, o primeiro videojogo programável. Congelar o jogo, alterar o tempo e a
velocidade passa a ser possível com Fairchild Channel F. O joystick era bem interessante: o
botão ficava na ponta do manche e podia ser rotacionado. Assim, Pong ganhava inclinação na
"raquete" e podia rebater a bolinha em vários ângulos.

Nessa época, surgem as primeiras críticas aos jogos eletrônicos violentos. Death Race, da Exidy
Games, foi o precursor de Carmaggedon. Sair atropelando tudo o que viesse pela frente era o
objetivo do jogo. Death Race serviu ainda de inspiração para a criação de outro jogo recente,
Interstate 76.

Com o mercado em crescimento, Bushnell vende a Atari para a Warner, pois não vê outra
maneira de mantê-la competitiva.

1977

Primeiro modelo do Atari 2600.

A Atari lança o Chuck E. Cheese, uma junção de casa de fliper com lanchonete, robôs, jogos e
cardápios familiares. Bushnell chama a franquia de Pizza Time Theater.

A Midway Games (que lançou posteriormente jogos como: Gauntlet, Mortal Kombat, NBA Jam,
Rampage, Rush, Spy Hunter) lança o jogo Gunfight, o primeiro a usar microprocessadores ao
invés de um emaranhado de circuitos. Desenvolvido pela Taito do Japão, Gunfight é o primeiro
arcade a ser importado pelos EUA.

Sob a liderança de Bushnell, a Atari desenvolve o VCS (Video Computer System, mais tarde
chamado de Atari 2600) e lança-o no Natal por US$ 249,95 e em 1983 no Brasil.. Esse é o
primeiro console programável com jogos em cartucho da Atari. Entre os títulos, há conversões
de jogos para arcade e jogos criados exclusivamente para o console doméstico. As vendas são
um tremendo sucesso e, mesmo assim, acontecem atritos entre Bushnell e Steve Ross,
presidente da Warner Communications.

No Brasil, a Philco-Ford, um departamento da Ford responsável por fabricar rádios


automotivos, lança o Tele-Jogo, uma réplica do jogo Telestar Pong.

1978

A política da Atari de não dar crédito às pessoas envolvidas na criação de jogos, mas apenas
para a própria empresa, faz com que surjam os primeiros segredos em jogos (no Brasil,
conhecidos como "ovos de páscoa", devido ao termo comum no inglês "easter egg"). Warren
Robinett, criador de Adventure, faz uma sala secreta onde seu nome brilha em cores de arco-
íris. Para entrar na sala, o jogador deveria levar um ponto cinza para a tela inicial. Mais tarde,
esses segredos e truques se tornaram elementos obrigatórios nos jogos.
Bushnell deixa a Atari e cria outra empresa. Um contrato de cinco anos, estipula que a Atari
não competirá com a nova empresa de seu ex-homem forte. A Pizza Time Theaters também é
comprada por Bushnell.

Ray Kassar chega à presidência da Atari. Em março, a Nintendo (A Nintendo foi criada por
Fusajiro Yamauchi em 1889 e fabricava cartões artesanais de um tipo de baralho
tradicionalmente japonês chamado Hanafuda) lança um arcade chamado Computer Othello,
uma versão do jogo de mesa Othello. Não há joysticks, apenas 10 botões coloridos para cada
jogador. Cada partida custa 100 ienes (R$ 1,61), preço que virou padrão para os jogos de
arcade no Japão.

Dois lançamentos aumentam, ainda mais, a popularidade dos games: Football da Atari e o
lendário Space Invaders, importado pela Midway Games e desenvolvido pela Taito (Taito foi
fundada 1953 é uma desenvolvedora de jogos eletrônicos japonês pertencente à Square Enix
desde 2005). Esses dois títulos para arcade batem todos os recordes de vendas.

No Japão, a Namco (Namco foi fundada em Tokyo em 1955, por Masaya Nakamura com o
nome: "Nakamura Manufacturing Ltd") solta o Gee Bee, uma versão digital das mesas de
fliper. Terminada a temporada de futebol americano, o jogo é esquecido. Mas Space Invaders
continua sendo sucesso nos arcades e provoca até falta de moedas no mercado.

1979

Lunar Lander, o primeiro jogo comercial com gráficos vetoriais, na forma de wireframes, isto é,
os objetos eram formados por linhas como se fossem o esqueleto de um modelo 3D, é
lançado. Nasce então o antecessor dos gráficos poligonais, usados na maioria dos jogos da
atualidade.

Outro jogo lendário é o grande lançamento do ano: Asteroids. Apesar de ter vendido 80 mil
cópias e de ter virado febre nos Estados Unidos, o jogo não fez muito sucesso em outros
países.

A Sega (A SEGA foi originalmente fundada em 1979 no Japão). SG-1000 foi o primeiro
videojogo da Sega e foi um console da segunda geração de videogames lançado por ela em
1981 (versão de testes que contou com o Sega Sg 1000, o Sega Sg 1000 II e o Sega Mark III) e
em 1983 (para o mercado) solta o Monaco GP, base do Pro Monaco GP, de 1980, e do realista
Super Monaco GP, de 1989.
O sucesso do Atari 2600 prova que os videojogos não são uma onda passageira. Conversões e
jogos originais continuam a sair exclusivamente para o console, enquanto a empresa negocia
os direitos de 'blockbusters' como Space Invaders.

Década de 1980

1980

Primeiro modelo da linha Game & Watch.

Lançamento de Space Invaders para o Atari 2600. As vendas do console explodem.

A Mattel coloca seu console no mercado (produziu consoles só até o início da década de
1980 ). Trata-se do Intellivision, que tem os melhores gráficos e um preço bem salgado:
US$299. Como a Atari, a Mattel era quem melhor produzia jogos para o seu próprio console,
mas além de não criar sucessos como os da rival, também não tinha habilidade para negociar
com outras empresas de arcade. Astromash foi um dos primeiros jogos. O console também
tinha uma conversão fiel do arcade BugerTime.

A Activision é fundada por programadores dissidentes da Atari. Nasce a primeira softhouse


terceirizada da história. Não bastasse isso, a nova empresa passa a competir com a antiga
anfitriã. Agora, todos os trabalhos recebem créditos individuais e os designers dão palpites
para as embalagens e campanhas de marketing de suas criações.

Bob Whitehead cria Boxing e Skiing, jogos de tema esportivo que não eram de interesse da
Atari.

Ed Rotberg, da divisão de arcades da Atari, cria o Battlezone, primeiro jogo 3D em primeira


pessoa. Trata-se de um desafio de tanque em cenário bélico. Logo depois, o governo
americano encomenda uma versão melhorada e a utiliza com propósitos militares.

A Namco lança Pac-Man, o arcade mais famoso de todos os tempos, com mais de 300 mil
unidades vendidas em todo o mundo. Seu criador Toru Ywatami se inspira em uma pizza com
sete fatias para criar o personagem, que na verdade é o primeiro protagonista dos videojogos,
visto que antes dele havia basicamente jogos de esporte e guerra. Nos EUA, onde 100 mil
máquinas foram vendidas, o jogo ganhou novo nome: Puck Man. Mas devido a possíveis más
interpretações do nome, o jogo voltou ao seu nome original. .

Com a nova onda dos arcades, a Chuck E. Cheese se torna um sucesso.


A Sega obtêm os direitos para lançar Missile Command (Atari) no Japão.

Minoru Arakawa, genro de Hiroshi Yamauchi, o chefão da Nintendo do Japão, abre uma filial
em Nova Iorque, Estados Unidos, que depois se transfere para Seattle. A Nintendo da América
tinha um futuro incerto, já que depois de Computer Othello não conseguia criar outro sucesso.

Ao lançar Sasuke vs Commander, a SNK(SNK Playmore (antiga SNK) é uma empresa japonesa
de videojogos criada em 1978. SNK é um acrônimo para Shin Nihon Kikaku, ou "Projeto Novo
Japão"), outra softhouse, ganha destaque. Sasuke é um jogo de tiro com gráficos bem
detalhados, onde o jogador comanda um samurai que tenta proteger seu shogun de ninjas
assassinos.

1981

Depois de transformar várias "bombas" da Nintendo em sucessos comerciais, o artista Shigeru


Miyamoto cria o jogo Donkey Kong. O herói, apelidado de Jumpman, o encanador baixinho,
deveria salvar sua namorada Pauline das garras de um gorila raivoso. Jumpman, nos Estados
Unidos, ganha o nome de Mario, pois os funcionários da Nintendo acham o personagem
parecido com Mario Segali - dono do galpão usado pela Nintendo em Seattle.

A Konami lança Scramble, jogo de tiro que serve de base para vários outros jogos, como a série
Gradius (Nemesis).

Mais descontentes saem da Atari e fundam a Imagic, uma das softhouses mais competentes
do console Atari 2600.

Jogos criados por dissidentes da Activision lançam sucessos. Caso de Freeway, de David Crane;
Kaboom (jogo eletrônico), de Larry Kaplan; Tennis e Ice Hockey de Alan Miller.

A Atari negocia os direitos de Pac-Man e lançava o arcade Tempest, jogo com gráficos vetoriais
coloridos de tecnologia ainda instável e propenso à erros. Mesmo assim, Tempest ganha uma
legião de seguidores, que tratam os bugs como truques do jogo.

A Sega lança, nos EUA, o Frogger da Konami. Assim como em Freeway, o jogador deve
atravessar uma estrada e chegar em segurança no lado oposto (Frogger tem um rio como
cenário também).
Neste ano ocorre a primeira fatalidade da história dos videojogos: um homem morre de
ataque cardíaco jogando Berserk.

Os rendimentos do mercado americano de arcade são de US$ 5.000.000.000 (Cinco bilhões de


dólares).

1982

A Coleco entra em cena outra vez com o lançamento de ColecoVision, console baseado em
cartucho com melhores gráficos e sons, além de ótimas conversões de Jungle Hunt, da Atari, e
Donkey Kong e Donkey Kong Junior, da Nintendo - uma empresa em crescimento.

A Atari teve apenas conversões regulares desses jogos. Preocupada com os negócios da Atari
com a Namco, a Coleco tenta parceria com Sega, Konami e Universal (de Mr. Do!).

Outro console é lançado no mercado: Vectrex, da General Consumer Electronics. O Vectrex é a


primeira e única máquina da história que trabalha exclusivamente com gráficos vetoriais.
Vinha com um jogo na memória, o Minestorm, impressionante clone de Asteroids, e um
controle analógico com quatro botões.

A decadência da Atari começa com as versões de Pac Man e do jogo ET. Toneladas desses
títulos e de outros de baixa qualidade viram aterros no Novo México. Jogos originais como
Pitfall, de David Crane, vendem bem. Os usuários de Atari 2600 começaram a se decepcionar
com a empresa. Para melhorar o clima, é lançado Atari 5200, que usava os mesmos chips
gráficos e sonoros do computador que a Atari fabricava. Os jogos nada mais são que versões
melhoradas de antigos jogos. As vendas são fracas. Os jogos de Atari 2600 não são compatíveis
com o console 5200. Um adaptador é lançado para corrigir o problema.

A Namco cria Ms. Pac Man, que se torna o maior sucesso do arcade nos EUA com 115 mil
unidades vendidas. Ele é na verdade um hack feito por dois adolescentes que modificavam e
vendiam upgrades para fliperamas. Suas adaptações fizeram tanto sucesso que a Namco
acabou comprando Ms. Pac Man e contratando os dois.

A Namco não lança Ms. Pac Man no Japão e resolve trabalhar em Super Pac Man, um jogo bem
diferente do original. Uma grande quantidade de 'versões melhoradas' começam a aparecer. A
mais famosa é Pac Man Plus, onde as frutas e outros elementos bônus são trocados por
símbolos da cultura norte-americana como latas de Coca-Cola e hamburgueres.
A indústria do arcade começa a dar sinais de queda. Em 7 de dezembro, a Atari anuncia que as
vendas do console não atingiram as expectativas. As ações da Warner despencam 32% em um
único dia.

1983

Famicom lançado pela Nintendo no Japão.

Nolan Bushnell entra na Sente Games, antiga Videa, e volta à indústria de videojogo. Na
verdade isso é um trocadilho: enquanto Atari é "xeque" no jogo de tabuleiro chinês Go, Sente
é "xeque-mate". Em parceria com a Midway Games, a empresa lança arcades como Hat Trick,
jogo de hockey simples, mas com um algo mais. A parceria, entretanto, não consegue criar um
nicho no mercado.

Em 27 de junho foi anunciado numa conferência à imprensa o MSX, que tinha como objetivo
ser um padrão no mercado de computadores - inspirado no sucesso do VHS, que virou
sinônimo de videocassete - e também ser uma máquina de entretenimento de baixo custo. Por
esse motivo, tornou-se popular e muitos jogos foram produzidos para a plataforma.

Na época era comum cada fabricante ter seu próprio padrão e eles não eram compatíveis
entre si. No caso do MSX, qualquer produto de diferentes fabricantes eram compatíveis, tanto
em nível de software como de hardware, tal e qual os atuais PCs. Enfim, o MSX era uma
plataforma, no sentido restrito da palavra.

O padrão foi concebido por Kazuhiko Nishi, ex-executivo da Microsoft do Japão e fundador da
ASCII Corporation, que tinha como negócio principal a publicação de periódicos sobre
computadores. A ASCII também viria a editar o Famicom Tsuushin, a atual Famitsu, hoje
publicada pela Enterbrain e é a publicação mais famosa sobre videogames na atualidade. A
Microsoft de Bill Gates também teve participação no projeto, que teve o interpretador de
linguagem BASIC embutido na ROM do MSX. É tido como consenso que a sigla venha de
"MicroSoft eXtented", mas o próprio Nishi declarou em congresso na Holanda que se tratava
de "Machines with Software Exchange Ability" (máquinas com softwares intercambiáveis).

O MSX tinha algumas características específicas, como uma arquitetura bem planejada e
facilmente expansível, sendo um dos poucos computadores realmente "plug & play" da
história, isto é, com periférico quem funciona sem a necessidade de instalação de drivers, já
que vinha embutido no próprio hardware. Até hoje entusiastas desenvolvem periféricos para o
computador, como um controlador para DVD-ROM. Para alcançar a popularidade desejada, foi
projetado para funcionar em televisores comuns, em vez de monitores próprios, que
costumam ser caros.
A primeira versão do MSX tinha como processador central o Z80 da Zilog e o processador de
vídeo TMS9918 da Texas Instruments, os mesmos do Colecovision - existem emuladores que
fazem rodar jogos de uma plataforma em outra. Diversos fabricantes se interessaram em
produzir o computador, a maioria do Japão, como a Sony, Panasonic e Casio. Mas muitas
companhias estrangeiras também o produziram, como as coreanas GoldStar (atual LG),
Samsung e Daewoo, além da holandesa Philips e a americana Spectravideo. O computador
também foi bem popular no Brasil e duas fabricantes nacionais lançaram o padrão em solo
brasileiro: a Gradiente com seu Expert e a Sharp, dona do HotBit.

Dragon's Lair, de Don Bluth, é lançado. É o primeiro título a usar tecnologia de vídeo laser.

A Coleco lança o computador Adam e quase vai à falência. Trata-se de uma máquina cara,
composta por um gravador de fitas, uma impressora grande, um teclado e CPU numa caixa do
tamanho de um sarcófago. Rodava jogos de cartucho e fitas. A divisão Cabbage Patch Doll
mantém a companhia viva e um software, para ColecoVision, baseado nessas bonecas foi
introduzido. Um acessório para rodar jogos de Atari 2600 no console da Coleco é desenvolvido.
Para jogar são usados joysticks extras de Atari.

A empresa Commodore International lança o Commodore 64, um computador relativamente


barato e poderoso. Atingia uma resolução de 320 x 200 pixels e 16 cores simultâneas,
performance melhor que qualquer videojogo da época.

Enquanto a indústria americana de videogames passa por um momento de estagnação (Crash


dos videogames de 1983) - os jogos lançados não tinham originalidade -, a Nintendo lança,em
julho, no Japão, o Family Computer (Famicom). O fato de o novo console parecer um
brinquedo não é casual, pois a Nintendo tinha essa intenção quando o desenvolveu.
Conversões de Donkey Kong, Donkey Kong Junior e Popeye - os dois últimos jogos podiam ser
jogados por duas pessoas - são lançadas. Títulos de beisebol e versões de Mario Bros. também
aparecem no Famicom. A Nintendo tenta convencer as softhouses a desenvolverem jogos para
o console.

1984

O ano de 1984 começa bastante difícil para o mercado de jogos eletrônicos, encarando a crise
do meio na América do Norte, muito em parte por causa da proliferação de jogos de baixíssima
qualidade e do barateamento dos computadores pessoais. O computador também serve para
atividades educacionais e muitas outras coisas. Além disso, as revistas especializadas oferecem
4 ou 5 programas novos, inclusive jogos, a cada edição.

Já no final de 83, empresas não ligadas ao mundo dos videojogos começam a entrar em
contato com softhouses para criarem jogos promocionais. Até barraca de cachorro-quente
quer um jogo que valorize a marca para usar como material de divulgação. Mas os jogos
produzidos eram horríveis e o público, cansado desse joguinho de marketing, perde o interesse
por jogos.

Enquanto isso, no outro lado do mundo, o NES começa a nascer. O Famicom, nome oriental do
console que transformaria a Nintendo numa gigante, ganhava apoio das primeiras softhouses
independentes que começaram a criar jogos para a plataforma. A primeira a entrar no barco
foi a "Hudson Soft", que mais tarde viria a lançar clássicos como "Star Soldier", "Bomberman" e
"Adventure Island". Os seus primeiros jogos vieram ao final de julho, com "Nuts & Milk" e
"Lode Runner". Ambos tinham funções para criar suas próprias fases e a gravação de dados era
feita através de fitas cassete, usando o periférico Family Basic, que transformava o Famicom
num computador. Mas quem conseguiu mais sucesso foi a Namcot (atual Namco), trazendo
seus clássicos de arcade para o videogame de 8 bits da Nintendo: "Galaxian", "Pac-Man",
"Mappy" e "Xevious".

A Nintendo também não ficou para trás e lançou o também clássico "Excite Bike", outro que
permitia editar fases e gravá-los em fita cassete.

O sucesso do Famicom no Japão faria com os videojogos voltassem com força ao ocidente em
1986, quando a Nintendo lança o "NES" "(Nintendo Entertainment System)" nos EUA. E pensar
que a Nintendo procurou a Atari para fazer marketing do seu produto.

1985

Mark III lançado pela Sega no Japão.

A Nintendo começa a fazer testes em Nova Iorque para vender o "NES" no mercado
americano. Os varejistas estavam tão céticos em relação aos videojogos que a Nintendo teve
de concordar em recomprar tudo que não fosse vendido pelas lojas. E mais: deveria reformular
o design para se adaptar ao gosto dos americanos, para quem videojogo era acessório de TV,
não um brinquedo. Para vender o console em lojas avessas aos videojogos, a empresa também
inventou um robô, o R.O.B. Nessas lojas, ao invés de ser vendido como videojogo, o NES vira
um pacote para jogos de robô. Apenas dois jogos saíram para R.O.B..

Uma pistola para jogos como Wild Gunman, Duck Hunt e Hogan's Alley, sucessos do arcade e
do Famicom, no Japão, é lançada. Munido de ótimos jogos da própria Nintendo, e de
conversões de sucessos do arcade como Kung Fu Master, da Irem, e o lendário Super Mario
Bros, o NES não demora a virar sucesso nos EUA, apesar do lançamento patrulhado.

Seguindo a Apple Inc., que fez sucesso com o Macintosh, a Atari, de Tramiel, também prepara
um computador baseado no chip 68000 (Motorola, 16 bits), o 520ST, internamente chamado
de "Jackintosh".
Também em 1985, foi lançada a segunda versão do MSX, o MSX2, com melhores gráficos e
RAM mínima de 64KB.

Os jogos eram lançados em cartuchos, mas cópias de programas podiam ser encontradas em
fitas cassetes e, depois, em disquetes. Com o aparecimento de jogos maiores que 64KB, os
chamados MegaROMs, foram desenvolvidos periféricos específicos para acomodar todos os
dados e permitir que as cópias rodassem sem sobressaltos.

Foi nesse período que o MSX viu seus melhores jogos e, de longe, a Konami foi a softhouse que
mais obteve sucesso na plataforma. Clássicos como "Vampire Killer" - precursor de
"Castlevania" -, "Parodius" e "Metal Gear" nasceram no MSX. Outros jogos da Konami que
fizeram sucesso incluem "Penguin Adventure" - o primeiro jogo de Hideo Kojima, que viria a
criar "Snatcher" e os dois "Metal Gear" para a plataforma -, as séries "Gradius", "Knightmare"
e "King's Valley", além de "Goemon" ("Legend of the Mystical Ninja") e "Space Manbow".

A companhia dava muita importância às trilhas musicais e chegou a desenvolver um chip, que
vinha embutido em seus cartuchos, que acrescenta cinco canais de som aos três nativos do
computador. Essa tecnologia, chamada de SCC, também foi usada no NES, em jogos como
"Castlevania III: Dracula's Curse", "Journey to Silius" e "Batman: Return of the Joker". Assim, os
jogos da Konami também eram conhecidos pelas memoráveis composições, como as de
"Gradius 2", "Salamander", "Parodius" e "Snatcher", tidas como algumas das melhores da
história.

Apesar de grandes jogos e o computador mais popular do Japão nos anos 1980, o MSX perdeu
a concorrência para o NES - também lançado em 83 -, mais barato e com processador de vídeo
melhor. O MSX2 veio com um gráfico mais elaborado, mas continuou longe de competir no
quesito custo. Além disso, não conseguiu ter sucesso nos EUA, onde o Commodore 64 era
popular. Seu sucesso ficou localizado, fora do Japão, na Coreia do Sul, na Europa
(principalmente nos Países Baixos e Espanha), além de países árabes e o Brasil. Também foi
muito popular na Rússia, pois era um dos poucos computadores que podia importar e foi
usado até na estação espacial Mir.

1986

Satisfeita com o teste aplicado em Nova Iorque, a Nintendo contrata a World of Wonder,
criadora de Teddy Ruxpin e Laser Tag, para ajudar no marketing do NES em território
americano. O sistema estreou com dois pacotes: um com o R.O.B., a pistola e os jogos
Gyromite (para R.O.B.), Duck Hunt e Super Mario Bros, ao preço de US$ 249; o outro, mais
básico, vinha com Super Mario Bros. e custava US$ 199.

A Sega também entra no mercado americano com seu console, o Master System, esperando
desempenho superior ao do mercado japonês. Distribuído pela Tonka, fabricante de
caminhões de brinquedo, o console chega com a força do nome Sega nos arcades e alguns
jogos originais, como Hang On e Phantasy Star, mas não faz o devido sucesso. A pistola e os
caros óculos 3D, ambos para poucos jogos, não ajudam a melhorar a imagem do Master
System. Posteriormente, o console é lançado no Brasil pela Tectoy e, sem a concorrência oficial
da Nintendo, acaba se tornando febre.

A Atari lança o Atari 7800 que, ao contrário do 5200, era compatível com jogos do 2600. Tarde
demais. A imagem da empresa já estava manchada e as revistas criticaram os antigos títulos
que foram lançados. A Nintendo domina o mercado vendendo 10 vezes mais que seus
competidores. No Japão, é lançado um drive de discos com os jogos de golfe, futebol e o
mitológico The Legend of Zelda. O sucesso da Nintendo faz com que várias softhouses a
procurem para produzir jogos para o NES. Até empresas que davam suporte à Atari entram na
onda.

1987

A Nintendo continua crescendo e encurrala os adversários.

A Atari ainda faz jogos para o 2600, mas estes são ignorados pela imprensa. A empresa
também faz conversões de Galaga e Dig Dug (Namco); Asteroids e Centipede (Atari);
Robotron:2084 e Joust (Williams) e One-in-One Basketball (Electronic Arts) para o 7800.

Zelda chega aos EUA em forma de cartucho; a Nintendo decide não levar o caro periférico Disk
Drive para o país do Tio Sam. Jogos como Kid Icarus e Metroid aumentam a fama do NES.

Mais um lançamento da Atari: o console Atari XE. Pela segunda vez, a empresa requenta
tecnologia e tenta vendê-la como se fosse de ponta. Ao contrário do Atari 5200, o novo
console usava cartuchos dos moribundos computadores da linha XE. O pacote incluía dois
jogos, Barnyard Blaster e Flight Simulator II, uma pistola e um teclado destacável - este último
item deixou o console mais caro que o NES. Com teclas grandes e em tons pastel, junto com
uma versão em cinza claro do tradicional joystick do 2600, e fisicamente maior que o console
da Nintendo, o Atari XE não emplacou. A compatibilidade com os periféricos, como disk drives,
impressoras e modems dos velhos XE, despertou o interesse dos donos desses computadores,
mas, mesmo assim, o Atari XE afundou.

Enquanto isso, a NEC lança o PC Engine, videogame de 8 bits que teve o apoio da softhouse
Hudson, famosa pela série Bomberman. A Hudson forjou um acordo com softhouses de menor
expressão para distribuir seus jogos. E mudou sua linha de trabalho para que os novos jogos
ficassem diferentes dos títulos já produzidos para o NES, sucessos como Bomberman, Star
Soldier e Faxanadu.
A World of Wonders lança o Action Max, um exótico videojogo que utiliza pistola de luz e jogos
gravados em fitas VHS que deviam ser colocadas em um aparelho de videocassete.

1988

Mega Drive lançado pela Sega no Japão.

A NEC faz acordos com Irem e Namco, e dá um importante passo para consolidar o sucesso do
PC Engine.

Nesse ano foram lançados os jogos R-Type (Irem), Fighting Street, o primeiro Street Fighter,
(Capcom) e jogos originais como Power League Baseball (Hudson). A Namco cria jogos de
esporte, um de beisebol e outro de tênis; Galaga '88, uma versão mais moderna do sucesso de
1981 e Dragon Spirit, conversão de um grande sucesso dos arcades.

As brigas judiciais no mundo dos jogos intensificam-se. A Atari leva a Nintendo aos tribunais,
alegando prática ilegal de monopólio, controle de preços e bloqueio eletrônico, via chip, para
proibir o desenvolvimento de softwares de empresas não autorizadas.

Após o fracasso de sua linha de computadores ST (o "Jackintosh"), e de todos os produtos


domésticos, a Atari, dirigida pelos desorientados Tramiels, lança versões de Donkey Kong
(1981), Donkey Kong Junior (1982) e Mario Bros. (1983) para o 7800.

Um dos maiores sucessos da história é lançado: Tetris, do russo Alexey Pajitnov. Embora tenha
criado um jogo conhecido mundialmente, Pajitnov não viu a cor do dinheiro, sugado pela
política comunista. O jogo virou febre e inspirou outros quebra-cabeças.

A Nintendo lança a sequência de Zelda, Zelda II: The Adventure of Link e Super Mario Bros 2.
Esse, na verdade, não é o mesmo Mario 2 lançado no Japão: considerado muito difícil para o
público americano, a Nintendo of America adaptou o jogo Doki Doki Panic com os personagens
de Mario 1 e assim nasceu o que os japoneses conhecem como Super Mario USA. A Sega lança
o Sega Mega Drive, para competir com a Nintendo.

1989

Game Boy lançado pela Nintendo no Japão.

A Atari descobre um meio de passar pelo chip de bloqueio do NES e lança jogos não
autorizados pela Nintendo, sob a marca de Tengen.
Seguem-se inúmeros processos e recursos. A Atari ganha os direitos de lançar para o NES as
versões de Shinobi, Alien Syndrome e Afterburner, todos da Sega, e conversões de arcades da
própria Atari. As brigas continuam, desta vez envolvendo os direitos de Tetris. A Atari criou
uma versão com melhores gráficos para até dois jogadores, mas a Nintendo vence nos
tribunais. Resta a Atari retirar seus cartuchos do mercado.

Um armazém da Tengen, abarrotado de jogos Tetris, é destruído. Varejistas fazem a festa e


vendem as cópias que têm por US$ 100.

A Nintendo lança o Game Boy nos Estados Unidos. Preço: US$149,95. O videojogo portátil com
imagens em preto-e-branco, e que vinha com o cartucho Tetris, começou uma história de
recordes. Versões de Super Mario, o Super Mario Land, um clone de Breakout, Alleyway e um
jogo de beisebol foram lançados rapidamente.

A NEC lança o PC Engine nos Estados Unidos com o nome de TurboGrafx-16, por US$ 189,95.
Apesar das negociações com grandes softhouses no Japão, a NEC não tinha poder de fogo para
combater o NES. O TurboGrafx 16 foi o primeiro console a ter CD-ROM, mas o número de
títulos,nos EUA, era pequeno.

Enquanto a Nintendo, e outras empresas, tem problemas com a imprensa especializada - a


Nintendo reluta em passar informações para veículos que não sejam seus, como a Nintendo
Power. Já a NEC faz acordos com a Video Games & Computer Entertainment e a Sendai
Publishing que anunciam a criação de uma revista especializada para TurboGrafx, com
informações vindo direto dos relações públicas da empresa.

Ainda dependendo da Tonka e de uma filial pequena, mas em crescimento, a Sega lança o
Genesis - Mega Drive para brasileiros e japoneses - nos EUA. No Japão, o console já tinha
relativo sucesso. Ao preço de US$ 249,95, o Genesis vinha acompanhado de Altered Beast. O
marketing da Sega, que valorizava o potencial da máquina para conversões de arcades, ajudou
o Genesis a ser um sucesso.

A Atari também lança um portátil, o Lynx, desenvolvido pela Epyx que já andava mal. Ainda
assim, a Epyx lançou grandes jogos para o Lynx, e a Atari fez conversões do 7800 e de seus
arcades. Apesar de colorido, o portátil da Atari não pegou. Além de mais caro que o Game Boy
- custava US$ 179,95 -, o portátil enfrentou os boatos de falência que envolviam sua criadora.

Você também pode gostar