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EXERCICIOS MOTRICIDADE OROFACIAL/DISFAGIA

OBJETIVO/ALTERAÇÕES EXERCÍCIOS/ MANOBRAS


 Exercícios lábios  Protrusão sustentada
 Estiramento sustentado
 lateralizar;
 Resistência (haltere ou espátula c/ ou s/ peso)
 Alternância de movimentos – protrusão e retração
 Estalo de lábios protruídos e estirados isoladamente ou alternado
 Beijos estalados
 Alternância de movimentos – protrusão e retração

 Exercícios Língua Alternância de movimentos – protrusão e retração

Protrusão sustentada

Retração sustentada

Lateralização sustentada para comissura e vestíbulo

Estalo simples → sugado

Contra resistência

Rotação em vestíbulo ou sobre os lábios - em pontos ou contínua

LÁ-RÁ-KÁ

Varrer céu da boca

força antagônica língua X espátula (empurrar espátula com ponta delíngua);

empurrar bochechas com ponta de língua;
Lamber espátula

Abaixar o dorso da língua, mantendo a ponta da língua em contato com os

dentes incisivos inferiores. Sustentar contração por até 10 segundos
 Base de língua e ejeçã0  Elevar o ápice da língua em direção aos dentes posteriores direitos da
arcada superior. Repetir o movimento até alcançar os dentes posteriores
esquerdos, simulando o movimento de contar todos os dentes da arcada
superior
 KÁ-KÁ-KÁ – hiperextensão cervical, boca aberta, separado
 Protrusão + retração + KAKI + deglutição
 Sucção de cateter ou canudo, variando tamanho, consistência,
 “Chupetão” sem e com cateter/canudo acoplado
 Movimentação de Mandíbula  movimentação passiva, induzindo pequenos movimentos rítmicos e rápidos
para minimizar dificuldade de abertura e fechamento e lateralização da mandíbula
de abertura da boca *iniciar de forma passiva seguida de ativa.
 Bucinador  Sopro sem inflar as bochechas - bexiga, garrafas de Altmann;
 Sucção não nutritiva e nutritiva – canudo ocluído, garrafas de Altmann,
canudo circular, “chupetão”, catéter fino, seringa, consistências diferentes.
 Resistência de bochechas  inflar;
 unilateral e bilateral;
 sugar (para aumentar a força e a extensão do movimento);
 soprar;
 força antagônica bochecha X espátula.
 Exercícios de véu palatino  Sopro isolado e forte;
 Emissão de sons oclusivos /k/ /g/ com esforço fonatório
 Produzir a vogal “a” de modo entrecortado.
 Assoprar o sugador de saliva descartável durante 1 segundo e sessar o fluxo
aéreo. Não utilizar o ar de reserva
 Bocejar
 Elevar o palato mole de modo voluntário e sustentar( 3 minutos)
 Fortalecimento Musculatura  CTAR (Chin TuckAgainstResistance): realização da sua forma isométrica, o
supra-hióideia e abertura paciente sentado deve pressionar, com força máxima, o queixo contra uma
transição faringoesofáfica pequena bola de borracha (de aproximadamente 12cm de diâmetro,
posicionada acima da fúrcula esternal), sem elevar os ombros, por 10
segundos. Forma isocinética, deverá pressionar a bola em 10 repetições
seguidas.
 Parede posterior de faringe  “Tongue-holding” ou Masako – (estase em valécula)
 Manobra de Shaker – (estase em recessos piriformes, elevação laríngea)
 Mandíbula protruída.
 Parede lateral da faringe  Estimulação tátil-térmica dos pilares e véu palatino
 Engolir com a boca aberta
 Adução da laringe  Plosivos sonoros com esforço fonatório; /p/
 Resistência glótica - FINGER KAZOO;
 Vogais sustentadas com esforço fonatório ;
 /s/ prolongado;
 Empuxe;
 Deglutição incompleta sonorizada (fechamento laríngeo);
 Manipulação digital .
 Proteção de via aérea • Técnicas de empuxo (Behlau e Pontes, 1995), consiste em movimentos de
(aumentar a adução de braços: prender o ar enquanto faz força; socos no ar + plosivas sonoras;
pregas vocais) punhos cerrados + vogais com ataque brusco; levantar e empurrar uma
cadeira + vocalização.
 Deglutição incompleta sonorizada:
• Solicita-se ao paciente que ao iniciar a deglutição emita uma sequência de
sons sonoros (“bam” “bem” “bim”...)
• Em alguns casos, pode se associar empuxo com mudanças de postura de
cabeça ou manipulação digital da laringe (aproximando as PPVV).
 Técnicas de coaptação por tarefas fonotórias específicas:
• fonação inspiratória;
• ataques vocais aspirados;
• ataques vocais bruscos;
• execução de escalas musicais;
• trabalho em som hiperagudo.

 Mobilidade laríngea  Escalas musicais ascendentes e descendentes


 Deslocamento vertical e lateral da laringe
 Vibração ascendente e descendente
 Inspiração + /i/ hiperagudo
 /b/ prolongado (p/ vedamento labial, velofaringeo e glótico, abaixamento
laringe)
 Emissão /i/ /u/ alternados (elevação hiolaríngea)
 Para abaixar a laringe:
• sugar canudo com ponta dobrada (contrai laringe);
• puxar a base da língua para trás;
• bocejar;
• emitir /u/ com língua retraída.
 Para elevar a laringe:
• emitir /i/ com a língua exageradamente;
• emitir sons agudos;
• protruir a língua exageradamente;
• manter pressão intra-oral (inflar bochecha e segurar);
• colocar ponta de língua nos dentes incisivos inferiores e elevar dorso de
língua anteriormente;
• /i/ hiperagudo + protrusão de língua

 Mastigação  Mastigação bilateral de garrote;


 Mastigação bilateral de chiclete envolto em gaze;
 Mastigação bilateral de alimentos.
 Manobras voluntárias da a) Deglutição de esforço: objetiva aumentar a força muscular
deglutição das estruturas envolvidas, otimizando o envio e
passando do bolo pela orofaringe. O paciente deve ser
instruído a imprimir força durante a deglutição com bolo.
b) Deglutição múltipla ou seca: objetiva retirar o bolo
alimentar retido em cavidade oral e recessos faringeais.
O paciente deve deglutir várias vezes consecutivas o
mesmo volume de bolo ingerido.
c) Deglutição supraglótica: objetiva proteger a via aérea
maximizando o fechamento das pregas vocais. O
paciente deve inspirar, segurar a inspiração, deglutir e
tossir após a deglutição.
d) Deglutição super-supraglótica: objetiva proteger a via aérea
maximizando o fechamento das pregas vocais e pregas
ariepiglóticas. O paciente deve realizar uma inspiração
forçada, segurar a inspiração, deglutir e tossir após a
deglutição.
e) Manobra de Mendelsohn: objetiva maximizar a elevação
da laringe e a abertura da transição faringo-esofágica
durante a deglutição. O paciente deve ser instruído,
sempre com modelo do terapeuta, a manter
voluntariamente por alguns segundos a elevação da
laringe no seu ponto mais alto, durante a deglutição.
f) Alternância de consistência durante a deglutição: objetiva
auxiliar na ejeção do bolo alimentar e retirar restos
alimentares retidos em cavidade oral e recessos
faringeais. Durante a refeição o paciente deve alternar a
ingestão de consistências pastosas ou sólidas com
líquidas.
g) Manobra de Masako: objetiva aumentar a movimentação
da parede posterior da faringe durante a deglutição.
Depois que o bolo foi introduzido na cavidade oral, o
paciente deve protrair a língua, o mais confortavelmente
possível, prender entre os incisivos centrais e engolir.

Manobras Posturais
 Posicionar cabeça inclinada para frente ou queixo para baixo ou leve
flexão ou abaixada ou chintuch (proteção vias aéreas): prejudica a
elevação da laringe e aumenta o espaço da valécula (abre a valécula),
favorecendo pacientes que aspiram antes da deglutição.
 Posicionar cabeça inclinada para trás(dificuldade de propulsão):ajuda na
elevação da laringe e fecha o espaço da valécula, aumentando a propulsão
do alimento, favorecendo pacientes que aspiram após a deglutição;
 Posicionar cabeça virada para o lado ruim (nos casos de paralisia ou
paresia unilateral): esta posição ajuda a liberar a passagem do alimento pelo
lado não alterado (“lado bom”).
 Cabeça inclinada- tombada pala lado bom: favorece a descida do bolo
alimentar pelo lado não afetado da faringe, ou seja, pelo lado bom, com a
ajuda da gravidade. Indicada para pacientes com alterações unilaterais da
faringe.

 Exercícios funcionais  Imagem mental do alimento e deglutição (Trabalha Fase Antecipatória)


 Estimulação olfativa
 Colher vazia
 Exercícios respiratórios  Inspiratórios e expiratórios
 Fricativos contínuos
 Estímulo orofaringe  Espelho laríngeo
 Reflexo de mordida  Massagens em ATM, masséter, temporal
 Usar garrote só tirar quando o reflexo for inibido
 Reflexo de travamento  Massagens ATM, masséter, temporal, orbicular dos lábios, bucinadores,
mentual
 Contra resistência no músculo hipertônico
 Pressão na gengiva (1ºmolar)
 Usar o massageador
 Reflexo de procura  Toque sustentado nos “pontos cardeais”
 Impedir movimento associado da cabeça
 Intervalo entre os estímulos
 FASE FLÁCIDA
• Vibração manual
• Tapping toques rápidos, com pressão, no (sentido da fibra muscular), para a
adequação do tônus muscular
• Compressas geladas ou alternadas
• Estimulador térmico
• Massagens indutoras – sentido (do movimento) da contração muscular
• Massagens devem ser manuais, lentas e com pressão profundas
• Exercicios isométricos (contrair o musculo em ambos os lados da face e
manter o contração
 Paralisia Facial  FASE SEQUELA – após 3 meses (objetivo: reprogramar controle motor
da musculatura que recebeu inervação desviada (sincinesia); alongar e
relaxar a musculatura em contratura; melhorar movimentos limitados
(amplitude))
 Movimentos isotônicos
 Correção das assimetrias
 Sincinesias – movimentos controlados
 Contraturas- relaxamento
 Para melhorar a função: relaxamento e alongamento associado a
dissociação do movimento de sincinesia
 Para diminuir a contratura: “m” com abaixamento de mandíbula, durante
10s (se não aguenta ir repetindo)/ preenchimento das bochechas com
uvas/gazes durante 3minutos/ massagem intra e extra-oral (raios de sol).
Alongar de ambos os lados as bochechas, estirando-as por dentro e por
fora, usando os dedos em pinça por 10 s em cada sentido (de trás para
frente lateralmente, de cima para baixo, entre a região da pálpebra inferior
e rima nasolabial; de baio para cima, entre a região do mento e o lábio
inferior) / uso de rolinhas (massageadores faciais)/ exercícios cervicais:
expirando, /m/, vibração de lábios/ uso de calor úmido por cinco min.
 Para dissociar e controlar sincinesia: protruir lábios e piscar olhos 3x ou
retraia lábios e piscar (bico sorriso piscando), 6 ou 8 sequencias./ mastigar
lentamente com olhos regalados/ esconder os lábios entre os dentes (boca
de sapo) e soltar os olhos/ elevar testa enquanto pisca lentamente/ fechar
olhos lentamente enquanto eleva e solta a testa.
 GAG Anteriorizado  Chupar gelo sobre a língua
 Pressionar a língua no sentido do ápice, dorso e base – 3” relaxar e aplicá-lo
novamente
 Não retirar o dedo no momento do reflexo nauseoso
 Escape Oral Posterior:  Manobras : cabeça fletida , deglutição de esforço, mudança consistência e
motricidade, mobilidade e/ou volume
sensibilidade?há resposta faríngea ?
 Estase em Valécula  Maximizar fase oral;
 Masako, Deglutições múltiplas e deglutição com esforço.
 Estase Parede de Faringe  Aderência do alimento ?Masako
 Sons facilitadores ( /r/ associado a vogais)
 Estase em Recessos • Trabalhar elevação laríngea
Piriformes • Manobras: Masako, Shaker, Deglutição de esforço, mendelsohn
• Rotação de Cabeça: Movimentação do resíduo nos recessos piriformes
 Redução Elevação e  Mendelshon, Esforço, Múltipla, Shaker, Sons agudos, palatais
Anterioização Laríngea
 Paralisia Cricofaríngeo  Botox, Miotomia
 Alteração Fechamento  Manobras: Posturais, Supraglótica, Mendelshon
Laríngeo
 Associação de estratégias SG  Redução da aspiração em 50% dos pacientes
+ Cabeça para baixo.
Zuydam et al (2000)
 Deglutição com esforço +  Redução da penetração laríngea
Cabeça para baixo.
Bülow et al (2001)
 Mendelsohn + SSG.  Movimentação das paredes laterais da laringe
Miller et al. (1997)
 Dispositivos respiratórios 
REABILITAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA DA DISFAGIA EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
 O processo terapêutico propriamente dito deve ser iniciado quando o cirurgião afirmar que não há mais riscos à cicatrização,
o que geralmente ocorre entre 10 a 15 dias após a cirurgia. As condições orais e da deglutição devem ser rigorosamente
avaliadas, examinando-se as condições anatômicas, funcionais e as respostas sensoriais do paciente.
 Terapia de Deglutição nos  Inicia-se em geral com exercícios oromotores para favorecer o controle
casos de pós-cirurgias da muscular necessário à deglutição
cavidade zoral

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