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(11)GÊNESE DE UM SONHO

A sutil impressão ligada à véspera


Leva-me a um mundo vago e desconcertante
Onde os reprimidos desejos ficaram na remota memória
Esperando por meio do sonho entrar agora para a história.

O túnel do tempo conta os milhares de ano


Para a minha mente chegar ao atual feitio
Pouco ainda sei não duvido
O que se encontra nesse espaço desconhecido.

Guardado dentro de mim está tudo


Toda noite ao que parece por alguns instantes
Vou ao encontro do que está lá impresso
Condensando-se as imagens em quadros quase sempre desconexos.

Por uma fenda estreita


Na sensação do sono profundo
Aflora as nebulosas imagens sem sentido
Exsurgindo de forma enigmática o complexo ser escondido.

Imagens da tenra infância até as não lembradas


Entrelaçam-se com as vívidas repressões ali guardadas
Demonstrando os desejos irrealizados
Traduzindo-se em tensões que vem meu repouso transformar.

Quando tilintar o sino da consciência


Venho do sonho despertar
Do pesadelo, por vezes, quero me livrar
Se foi lindo o devaneio, preferiria não acordar.
AUTORIA POÉTICA: CLAUDIO FELIPPIO(CF)11/2021.

(Todos os direitos de autor reservados nos termos da Lei nº 9.610/1998)

Fontes de imagem: mídias visuais.

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