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Não havia dúvida, além disso, de que, para aquele que sonhava, os
sonhos tinham uma finalidade importante, que era, via de regra,
predizer o futuro.
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Aristóteles – Sua teoria nos informava que os sonhos não são
enviados pelos deuses e não são de natureza divina, mas que são
“demoníacos”, visto que a natureza é “demoníaca”, e não divina.
Sonhos - decorrem de manifestações sobrenaturais, mas seguem
as leis do espírito humano, embora este, é verdade, esteja
relacionado ao divino.
Definem-se os sonhos como a atividade mental de quem
dorme, na medida em que esteja adormecido.
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Material dos sonhos
a memória nos sonhos
Todo o material que compõe o conteúdo de um sonho é
derivado, de algum modo, da experiência, ou seja, foi
reproduzido ou lembrado no sonho – ao menos isso podemos
considerar como fato indiscutível.
Seria um erro supor que uma ligação dessa natureza entre o
conteúdo de um sonho e a realidade esteja destinada a vir à luz
facilmente, como resultado imediato da comparação entre
ambos.
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Material dos sonhos
a memória nos sonhos
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Sonho – vigília
É possível que surja, no conteúdo de um sonho, um material que,
no estado de vigília, não reconheçamos como parte de nosso
conhecimento ou nossa experiência.
Lembramo-nos, naturalmente, de ter sonhado com a coisa em
questão, mas não conseguimos lembrar se ou quando a
experimentamos na vida real.
Ficamos assim em dúvida quanto à fonte a que recorreu o sonho e
sentimo-nos tentados a crer que os sonhos possuem uma capacidade
de produção independente.
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Sonho – vigília
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Freud – relato de um sonho
“Durante anos, antes de concluir este livro, fui perseguido pela imagem de
uma torre de igreja de desenho muito simples, que eu não lembrava ter
visto jamais. E então, de súbito, reconheci-a com absoluta certeza numa
pequena estação da linha férrea entre Salzburgo e Reichenhall”.
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“Em anos a frequente repetição, em meus sonhos, da
imagem de determinado lugar de aparência inusitada
tornou-se para mim um verdadeiro incômodo. Numa
relação especial específica comigo, à minha esquerda, eu
via um espaço escuro onde reluziam diversas figuras
grotescas de arenito. Uma vaga lembrança à qual eu não
queria dar crédito dizia-me tratar-se da entrada de uma
cervejaria. Mas não consegui descobrir nem o significado
do quadro onírico nem sua origem”.
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Sonho de FREUD– desejo idealizado
“Em 1907, ocorreu-me estar em
Pádua, que, lamentavelmente, eu
não pudera visitar desde 1895.
Minha primeira visita àquela
encantadora cidade universitária
fora uma decepção, pois eu não
pudera ver os afrescos de Giotto
na Madonna dell’Arena.
Voltara a meio caminho da rua
que leva até lá ao ser informado
de que a capela estava fechada
naquele dia”.
10 Afrescos de Giotto na Madonna dell’Arena
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“Em minha segunda visita, doze anos depois, resolvi compensar
isso, e a primeira coisa que fiz foi encaminhar-me para a capela da
Arena”.
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Fontes dos sonhos
As fontes dos sonhos – podem ser de muitas espécies, e que tanto os
estímulos somáticos quanto as excitações mentais podem vir a atuar
como instigadores dos sonhos.
As opiniões diferem amplamente, contudo, na preferência
demonstrada por uma ou outra fonte dos sonhos e na ordem de
importância atribuída a elas como fatores na produção dos sonhos.
Qualquer que seja a ordem das fontes dos sonhos leva ao
reconhecimento de quatro tipos de fonte, e estes também têm sido
utilizados para a classificação dos próprios sonhos.
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São eles:
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Excitações sensoriais internas (subjetivas)
- imagens oníricas – segundo Freud
Para explicar todas as imagens oníricas, somos incentivados a buscar
outras fontes de sonhos análogas a eles em seu funcionamento.
Não se sabe ao certo quando despontou pela primeira vez a ideia de
se levarem em conta as excitações internas (subjetivas) dos órgãos
dos sentidos, juntamente com os estímulos sensoriais externos.
É fato, porém, que isso é feito, mais ou menos explicitamente, em
todas as discussões mais recentes da etiologia dos sonhos.
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Estímulos somáticos orgânicos internos
Tissié dizia que o órgão específico afetado dá um cunho
característico ao conteúdo do sonho.
Assim, os sonhos dos que sofrem doenças cardíacas costumam
ser curtos e têm um fim assustador no momento do despertar;
seu conteúdo quase sempre inclui uma situação que implica uma
morte horrível.
Os que sofrem de doenças pulmonares sonham com sufocação,
grandes aglomerações e fugas, e estão notavelmente sujeitos ao
conhecido pesadelo.
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No caso de distúrbios digestivos, os sonhos contêm ideias
relacionadas com o prazer na alimentação ou a repulsa.
Finalmente, a influência da excitação sexual no conteúdo dos
sonhos pode ser adequadamente apreciada por todos
mediante sua própria experiência, e fornece à teoria de que
os sonhos são provocados por estímulos orgânicos, seu mais
poderoso apoio.
Freud cita Tissié [1898,
60 e segs.].
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Fontes psíquicas de estimulação
Verifica-se que os mais antigos e mais recentes estudiosos dos
sonhos eram unânimes na crença de que os homens sonham com
aquilo que fazem durante o dia e com o que lhes interessa
enquanto estão acordados.
Durante a análise da vida onírica, sentimos que é impossível fazer
generalizações sem nos resguardarmos por meio de ressalvas
como “frequentemente”, “via de regra” ou “na maioria dos casos”,
e sem estarmos dispostos a admitir a validade das exceções.
A maioria dos que escrevem sobre o assunto tende a reduzir ao
mínimo o papel desempenhado pelos fatores psíquicos na
instigação dos sonhos, visto ser tão difícil chegar a esses fatores.
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Dormindo, produzimos estranhas histórias, que parecem
fazer sentido, sem que saibamos qual. Chegamos a pensar que
nos anunciam o futuro, simplesmente porque parecem
anunciar algo, querer comunicar algum sentido. Freud,
tratando dos sonhos, partia do princípio de que eles diziam
algo e com bastante sentido.
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Ele descobriu algumas regras da lógica das emoções que
produz os sonhos.
Com frequência, uma figura que aparece nos sonhos,
uma pessoa, uma situação, representa várias figuras
fundidas, significa isso e aquilo ao mesmo tempo.
Chama-se este processo condensação, e Freud explica
o porquê de qualquer interpretação ser sempre muito
mais extensa do que o sonho interpretado.
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Outro processo, chamado deslocamento, é o de dar ao
sonho uma importância emocional maior a certos elementos
que, quando da interpretação, se revelarão secundários,
negando-se àqueles que se mostrarão realmente importantes.
Um detalhezinho do sonho aparece, na interpretação, como o
elo fundamental.
Digamos que o sonho, como um estudante desatento, coloca
erradamente o acento tônico (emocional, é claro), criando
um drama diverso do que deveria narrar.
Consiste em que tudo é representado por meio de símbolos
Reside na forma final do sonho que, ao contrário da
interpretação, não é uma história contada com palavras,
porém uma cena visual. (...)
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Exemplo de mecanismo de defesa da
Projeção: Louis Wain - ilustrador inglês
Do conjunto de
associações que
partem do
sonho, o
intérprete retira
um sentido que
lhe parece
razoável. Para
Freud, todo
sonho é uma
tentativa de
realização do
desejo. (...)1
1.Fábio Herrmann. O que é Psicanálise. São Paulo, 1984.
21 (Coleção Primeiros Passos). 18/10/2022
Interpretação dos sonhos - 1900
Conteúdo manifesto – sonho tal como é relatado e no qual o
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Trabalho de sonho – conjunto de operações psíquicas que
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(QUINODOZ,2007)
Sonhos
Sobre a Interpretação dos Sonhos (1900)
É nesse texto que ele traz uma das suas frases mais conhecidas:
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“A interpretação dos sonhos é via régia que conduz
ao conhecimento do inconsciente da vida psíquica”
(QUINODOZ,2007)
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Considerações freudianas
Segundo Freud
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O sonho é a realização de um desejo inconsciente
(recalcado/reprimido).
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.(QUINODOZ,2007)
Mecanismos na formação dos sonhos
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.(QUINODOZ,2007)
Mecanismos na formação dos sonhos
Representação ou representabilidade – é a
transformação de pensamentos em imagens sobretudo
visuais.
Elaboração secundária – apresentação do conteúdo
onírico de forma a ser um cenário coerente e inteligível.
Dramatização – transformar um pensamento em uma
situação.
Substituição pelo seu contrário – inversão pelo oposto.
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.(QUINODOZ,2007)
Sonho
Restos diurnos + realização de um desejo = sonho
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O recalcamento primário é uma fixação do
representante psíquico no solo do inconsciente
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O recalcado é apenas uma parte do inconsciente
(sendo a outra parte constituída pela ação do
próprio recalcamento)
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Dizemos, então, que a pulsão se encontra em estado
“inconsciente”, e podemos fornecer sólidas provas de que,
mesmo sendo inconsciente, ela pode produzir efeitos, alguns
dos quais chegam até a atingir a consciência.
Todo recalcado é necessariamente inconsciente, mas
fazemos questão de afirmar, desde logo, que o recalcado não
abrange todo o inconsciente.
O inconsciente tem uma extensão maior; o
recalcado é uma parte do inconsciente.
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No sonho, uma parte da censura sofre um relaxamento e
o que está reprimido se apresenta através dos
mecanismos de deformação dos sonhos citado
anteriormente, sofrendo modificações e formando o
compromisso.
A função do sonho é a realização de um desejo para a
permanência do sono.
“o sonho é o guardião do sono, e não um
perturbador”.
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Sonhos e símbolos
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Análise pessoal de um sonho de - FREUD
Referência do material:
Vol. IV -(3) Capítulo II -O MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO
DOS SONHOS: ANÁLISE
SONHO DE 23-24 DE JULHO DE 1895
(especificamente) p.2
PREÂMBULO
No verão de 1895, eu vinha prestando tratamento psicanalítico a
uma jovem senhora[...].
Atividade acadêmica:
* Leitura e discussão do texto
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