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“Por que deixar uma ferramenta como os sonhos enferrujada? Por que deixar a caixa
fechada, quando é um presente que nos foi dado? Um presente com poderes que
podem alterar nossas vidas.”
Richard Bach
“Compreende que és um segundo pequeno mundo e que dentro de ti estão o sol, a lua
e as estrelas.”
Orígenes
“Sem um trabalho voltado para a integração dos sonhos [...] as pessoas não aprendem
nada sobre elas mesmas. Assim como temos de nos esforçar no mundo real para
transformar uma inspiração criativa em um poema, uma pintura, uma composição
musical ou uma obra literária, temos de nos esforçar muito para criar a consciência
individual de nossos sonhos para que estes sejam mais do que ideias vagas e
passageiras do que há em nosso interior.”
“Há uma crescente ênfase por parte dos analistas de sonhos contemporâneos em
sonhadores sadios e em sua capacidade de aprender a interpretar seus próprios
sonhos. Só podemos esperar que isso cedo ou tarde coloque o estudo dos sonhos no
topo da lista de prioridades de todos aqueles que desejam compreender
a si mesmos e a seus relacionamentos.”
“Uma boa descrição do cenário do sonho geralmente leva o sonhador a uma conexão
que revela a metáfora, mostrando a área de sua vida que o sonho explora.”
* * *
“Creio que o sonho emprega o máximo de nosso potencial mais precioso: a
criatividade. Somos incrivelmente criativos, quando usamos imagens para falar sobre
nossa vida. Traduzir uma experiência de vida em imagens visuais, tão
consistentemente, tão intensamente... e fazemos isto de modo automático!”
“Uma nova perspectiva nas ciências sociais acontece quando um investigador social
consegue, de algum modo, ganhar uma perspectiva de fora do sistema que examina.
Não é algo fácil de fazer quando estamos acordados e envolvidos no sistema e,
provavelmente, apenas um punhado de teóricos sociais tiveram êxito. É algo que
fazemos quando adormecidos. E o fazemos sem o menor esforço.”
“Descobrimos que [...] existem meios de voltarmos ao nosso equilíbrio interior. Alguma
espécie de ajuda parece estar disponível. Mais importante, começamos a aprender
que a ajuda deriva de algo em nosso íntimo, além de nossas manipulações
conscientes, algo que constantemente nos envia pistas sobre os problemas de maior
significado para nosso crescimento presente e quão profundamente devem ser
sondados tais problemas.”
“Seja qual for o perigo que possa existir, não envolve o estudo do sonho,
intrinsecamente, a despeito da profundidade ou seriedade desse estudo, mas antes na
maneira pela qual ele é conduzido. Se formulações teóricas tomarem precedência
sobre a reação sentida pelo sonhador e se elas forem oferecidas de maneira
autoritária, então o sonhador pode ser prejudicado. [...] Conhecendo-nos melhor
ficamos mais fortes, não mais fracos. Não é perigoso trabalhar com sonhos. Não
estudá-los, talvez sim.”
Montague Ullman (http://en.wikipedia.org/wiki/Montague_Ullman) em
“O Mistério dos sonhos”, Ed Record
* * *
“Os sonhos em geral falam por extremos; tentam compensar nossa falta de percepção
daquela característica, tornando-a visível sob a forma de imagens extremamente
dramáticas.”
“No mundo da psique é o seu trabalho, mais do que suas ideias teóricas, que constrói
a consciência.”
“Nenhum símbolo de sonho pode ser separado do indivíduo que o sonhou... [...] temos
de compensar o nosso preconceito coletivo em favor do mundo exterior. A única
maneira de o fazermos é nos esforçando, de forma disciplinada, a procurar o
significado interior do sonho.”
Robert A. Johnson (http://www.jerryruhlrobertjohnson.com) em:
“INNERWORK: A chave do reino interior”, Ed Mercuryo
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“Os senoi [...] ensinam as crianças, desde pequenas, a contar seus sonhos. Eles são
discutidos e interpretados tanto na família como na tribo. A vida social e o
comportamento do grupo baseiam-se nos sonhos.”
“Na China sempre houve intérpretes de sonhos. Mesmo atualmente, nas ruas da
China comunista há especialistas a quem se paga por uma interpretação; as que li
eram bastante modernas. Esses intérpretes são psicólogos muito bons com intuições
acerca dos sonhos que correspondem de perto àquilo que teríamos para dizer.”
“Por ironia, muita gente que hoje rejeita os sonhos como algo sem sentido, sem saber
aceita e segue valores espirituais, crenças e tradições que se originam diretamente
dos sonhos de indivíduos que viveram há milhares de anos.”
“Em geral, eu diria que cerca de 85% dos temas oníricos são subjetivos; recomendo,
portanto, a interpretação subjetiva da maioria dos sonhos. Deve-se sempre partir da
pergunta: ‘O que em mim faz isso?’, em vez de tomar o sonho como um aviso contra
terceiros.”
“[...] seguir a própria estrela quer dizer isolamento, não saber para onde ir, ter que
descobrir um caminho completamente novo para si mesmo em vez de simplesmente
seguir o mesmo caminho pisado que todos usam.”
“A dificuldade de interpretar nossos próprios sonhos é que não podemos ver nossas
próprias costas. [...]
outra pessoa [...] poderá vê-las; nós não.”
“Após acompanhar os sonhos por um bom período de tempo, porém, notamos certas
qualidades e funções. Eles possuem uma inteligência superior, uma sabedoria e uma
perspicácia que nos orientam. Eles nos mostram em que aspecto estamos enganados
e nos alertam a respeito de perigos; predizem eventos futuros; aludem ao sentido mais
profundo da nossa vida e nos propiciam insights reveladores. Se analisar sonhos de
artistas ou cientistas criativos, por exemplo, você verá que muitas vezes novas ideias
lhe são reveladas através dos sonhos. elas não são concebidas no computador. Pelo
contrário, brotam do inconsciente sob a forma de idéias súbitas, como se costuma
dizer. Vários documentos demonstram que muitos cientistas primeiro sonharam certas
soluções matemáticas e depois as resolveram conscientemente.”
“Dentro de cada um há uma sombra escondida. Por trás da máscara que usamos para
os outros, por baixo do rosto que mostramos a nós mesmos, vive um aspecto oculto
da nossa personalidade. De noite, enquanto dormimos indefesos, sua imagem nos
confronta face a face.”
Marie-Louise Von Franz (http://pt.wikipedia.org/wiki/Marie-Louise_von_Franz) em:
“O caminho dos sonhos”, Cultrix
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“[...] quanto mais aptos formos a tornar consciente o que é inconsciente e o que é mito,
maior parcela de vida integraremos.”
Jung (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Jung) em:
“O pensamento vivo de Jung”, Ed Martin Claret
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“Se todos agem da mesma maneira, ninguém pensa que está doente. Esta é a razão
de os sonhos auxiliarem na terapia, porque uma relação consciente com nossos
sonhos liberta-nos da identificação inconsciente com os outros e cria em nós atitudes
individuais.”
“(Os sonhos) são dirigidos a um indivíduo que está numa situação particular da vida,
que é absolutamente única e que jamais foi vivenciada por alguém antes.
Assemelham-se a roupas feitas sob medida, unicamente para essa pessoa. [...] O
homem coletivo é muito forte em nós e o caminho que oferece menor resistência é
viver como as demais pessoas vivem.”
“[...] Quando os sonhos são vistos numa série, a interpretação torna-se mais fácil
porque um é esclarecido pelos outros.”
John A. Sanford (http://en.wikipedia.org/wiki/John_A._Sanford) em:
“Os sonhos e a cura da alma”, Ed Paulinas
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“Muitos pontos de vista dentro da própria pessoa dão origem à possibilidade de uma
gama maior (mais detalhada e diferenciada) de consciência acerca de si mesmo. [...] a
prática em perceber o aspecto multidimensional da nossa vida onírica enriquecerá
grandemente e expandirá a consciência da nossa experiência e comportamento
cotidianos.”
“Mudanças no drama do seu mundo interior não ocorrem apenas com um
acontecimento, luta ou encontro crucial, como às vezes acontece no mundo da
realidade material. Mate um homem uma vez e seu corpo físico permanecerá morto
para sempre; mate uma imagem fantasiosa e a batalha mal começou.”
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“Uma vez que os sonhos são experienciados no relativo isolamento do sono, são
comumente a mais original de nossas experiências psicológicas. [...] O novo parece
irreal precisamente porque ainda é tão novo que não tem um lugar bem estabelecido
em nossas formas familiares de compreensão. [...] As novas combinações de [...]
imagens, sensações e emoções criadas no sonho são ‘esquisitas’ só porque ainda não
estão integradas num quadro de referência habitual e familiar. [...] Situações estranhas
dentro do sonho implicam portanto na existência de dois ou mais estados de
consciência.”
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“[...] encontramos essas imagens nos antigos e sagrados escritos pictográficos - por
exemplo, nos dos antigos chineses e nativos americanos, e nos hieróglifos do antigo
Egito. Essas imagens hieroglífico-sagradas têm suas própria ‘lógica’ e geralmente
transmitem mais sutilezas em seus significados do que pode ser imediatamente
verbalizado. [...] Apreciar poesia, contos de fada, literatura, música e imagens das
artes visuais é um bom treino para a arte de analisar o sonho. [...] essa abordagem
artística da interpretação do sonho se vincula à percepção de fatores similares àqueles
que interferem na análise da literatura, pintura ou música. [...] Como todas as
manifestações do ‘outro lado’, o sonho tende a ser de múltiplos níveis e oracular,
portanto, ambivalente (e até polivalente) e resistente a uma abordagem racional
simplista, preto no branco.”
“[...] parece que a capacidade natural da psique de formar mitos ou de contar histórias
é um poderoso fator organizador e de cura.”
“Os sonhos costumam ficar repetindo suas mensagens até que sejam compreendidas
e integradas à vida. [...] Geralmente, essa elaboração não ocorre em progressão
linear, mas como um movimento circular ou espiral em torno de um cerne temático
central, lançando luz sobre o tema central a partir daquilo que poderíamos considerar
diferentes ângulos psicológicos.”
“Os pesadelos servem para promover a morte da atitude costumeira do ego; nessa
medida, podem abranger sonhos com morte ou desmembramento. [...] Outros
pesadelos repetem situações traumáticas como que para forçar o sonhador a enfrentá-
las e assim ajudá-lo no processo de chegar a uma relação consciente com as energias
estressantes e assustadoras [...]. prestar atenção neles deve ser prioritário.”
Edward C. Whitmont (http://www.minimum.com/p7/engine/auth.asp?n=424 e Sylvia B.
Perera em:
“Sonhos - um portal para a fonte”, Summus Editorial
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“As pessoas que vão dormir por se dizerem cansadas podem estar, de fato,
vivenciando um estado de extrema unilateralidade em que a função egóica ficou no
controle por tempo excessivo e assim desequilibrou-se da fonte dos sonhos, o
verdadeiro centro integrador do psiquismo.”
Strephon Kaplan-Williams (http://strephonsays.com)
“Cartas dos sonhos”, Ed. Bertrand Brasil
“Você não precisa decifrar seus sonhos; eles não são mensagens codificadas que
precisam ser decifradas de qualquer maneira. Seus sonhos retratam seus
sentimentos. Uma forma de usar seus sonhos é sentir as figuras. Algumas imagens
serão sentidas como boas e outras como más. Algumas serão confusas e difíceis de
experimentar. Mas todas as imagens de sonho são importantes porque elas
expressam tudo sobre você e sua vida; elas mostram como sua vida percebe a si
mesma.”
(Traduzido e adaptado por Charles Alberto Resende –
Fonte: http://www.lanesarasohn.com/temple%20of%20dreams/arch_quo.html)
Richard Corriere
“Toda a verdade que precisamos saber sobre Deus já foi dita, não sendo mais
necessário o contato direto com Ele. Ao considerar a Idade Média, veremos como
esse modo de pensar se instalou na Igreja, quanto ele é diferente do cristianismo
clássico e até onde sua influência ainda se manifesta sobre nosso próprio pensamento
e atitudes.”
“A maior parte das vezes a Igreja tomava o cuidado de informar que tais experiências
(visões e sonhos) podiam originar-se de qualquer coisa, menos de Deus, e que
ninguém tinha necessidade disso em sua vida. Indivíduos como Joana d’Arc
empreenderam enormes esforços pelas visões que tiveram, e todo mundo sabe o
preço que ela pagou por isso. Um santo como Francisco de Assis teve uma visão
exatamente no momento em que recebia os estigmas, e chegou bem próximo da
condenação antes de ser beatificado.”
Morton T. Kelsey em:
“Deus, sonhos e revelação”, Editora Paulus
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“É tempo de tentarmos reorientar, olhando tanto para dentro de nós mesmos como
para fora, [...] De aceitarmos os sonhos como uma maneira de recebermos a palavra
de Deus em nossas almas.”
“Jung observou que os aborígines da Austrália gastam dois terços do tempo que
passam acordados, em alguma forma de trabalho interior. Realizam cerimoniais
religiosos, discutem e interpretam seus sonhos, consultam espíritos e ‘vagueiam pelos
bosques’. Todo esse esforço consistente é devotado à vida interior, ao reino dos
sonhos, totens e espíritos - isto é, a fazer contato com o inconsciente. Nós, modernos,
mal podemos dispor de algumas horas livres da semana para nos dedicarmos ao
mundo interior. É por isso que, apesar de toda a nossa tecnologia, chegamos a saber
menos sobre Deus e sobre nossas almas do que os povos aparentemente primitivos.”
“Deus fala com o rude, o inculto, o sábio e até com os doutores, pois o Espírito sopra
onde quer, e não podemos determinar-lhe a quem dirigir-se. Dizer isso era
escandaloso naquele tempo, e ainda é. Estranhamente, até para os que crêem.”
Aracéli Martins na apresentação do livro de Morton T. Kelsey:
“Deus, sonhos e revelação”, Editora Paulus
“Como te atreves a acusá-lo? É porque não te responde palavra por palavra? Deus
fala de um modo e depois de um outro, e não prestamos atenção. Em sonhos ou
visões noturnas, quando a letargia desce sobre os homens adormecidos em seu leito:
então lhes abre os ouvidos, e os aterroriza com aparições, para afastar o homem de
suas obras e pôr-lhe fim ao orgulho, para impedir sua alma de cair na sepultura e sua
vida de cruzar o Canal.”
Jó 33, 13-18, na:
Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas
Autor: Charles A. Resende