Você está na página 1de 87

TEORIA PSICANALÍTICA

FREUD
2ª Parte
by Wagner Sousa
APRESENTAÇÕES
Informações pessoais:
• Wagner de Sousa
• Casado com Ângela há 32 anos
• Dois filhos: Esdras e Jônatas

Informações Acadêmicas:
• Graduado em Bacharel em Teologia – UNICESUMAR
• Pós-Graduado em Psicanálise Clinica - FAVI – Curitiba
• Mestrando em Psicanálise Clínica – FACTEBA
• Formação Master em Hipnose Clínica – Sociedade Brasileira de
Pesquisa em Hipnose Clínica.
• Pós-Graduando em Neurociência e Física da Consciência

Informações profissionais:
• Psicanalista Clínico – Atendo em Paulínia.

by Wagner Sousa
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. A interpretação dos sonhos – 1900 d.c.

2. Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade – 1905 d.c.

3. Além do Princípio do prazer – 1920 d.c.

4. Mal-estar na civilização – 1930 d.c.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO
DOS SONHOS - 1900

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/3
Antes de Freud
Basicamente, podemos falar em dois tipos de interpretações
de sonhos antes da psicanálise: a interpretação por decifração e a
interpretação simbólica.
• A interpretação por Decifração é encontrada nos livros de
interpretações de sonhos. Um “dente” significa a morte
iminente de um ente querido; Uma “cobra”, mal agouro de
traição, etc.
• Este tipo de significação acabou trazendo para à
interpretação dos sonhos uma má reputação.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/3
Antes de Freud
• A interpretação simbólica, pode ser encontrada nos
sonhos proféticos (conteúdo mítico), que indicam um
desenrolar dos eventos futuros.
• Um exemplo conhecido é a interpretação de José do
sonho do faraó, descrito no Gênesis.
• Sete vacas gordas comidas por sete vacas magras.
• Sete espigas secas devoravam as sete cheias.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 3/3
“Até onde sabemos, todos os povos da Antiguidade
atribuíam grande importância aos sonhos e
pensavam que estes podiam ser usados para fins
práticos. Deduziam a partir deles sinais para ler o
futuro e neles procuravam os augúrios. Para os
gregos e para outros povos orientais pode ter havido
época em que as campanhas militares sem
interpretadores de sonhos pareciam tão impossíveis,
como nos dias atuais pareceria impossível uma
campanha sem reconhecimento aéreo”. (Freud,
1915-1916, Conferência V, p. 91).
by Wagner Sousa
CURIOSIDADE

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/3

Sonhamos quando as condições biológicas e mentais


entram num estado REM, a fim de se recuperarem da carga de
estímulos diários.
Contudo, uma pergunta suscita a tentativa de explicar os
sonhos: “Por que a vida mental não consegue dormir?” (Freud,
1915-1916, Conferência V, p. 95), ou seja, por que sonhamos?
• Porque existe algo que está em atividade contínua, uma
energia que precisa mostrar caricaturas que evocam algo da
experiência psíquica, do mundo de representações em
contato com a realidade.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/3

Em A interpretação dos sonhos, Freud lança as ideias


inovadoras que não apenas vão revolucionar a
compreensão dos sonhos que se tinha até então, como
também proporcionarão um esclarecimento inédito
sobre o funcionamento do pensamento e da linguagem.
O aspecto inovador que Freud traz a tona é a
demonstração de que o sonho é uma produção própria
de quem sonha e que não provém de uma fonte estranha
a ele, imposta de fora.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 3/3

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/1

• O sentido dos sonhos é dado pelas associações


livres da pessoa que sonha.
• Por esse método, descobriu que os sonhos têm
um sentido, do mesmo modo que descobrira
que os sintomas histéricos, as fobias, as
obsessões e os delírios têm um sentido e
podem ser interpretados.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/2

Conteúdo manifesto e conteúdo latente do sonho:


• Conteúdo manifesto é o que o paciente relata.
• Conteúdo latente contém os simbolismos do
inconsciente.
Freud pontua sobre a natureza do processo psíquico que
transforma o conteúdo latente em conteúdo manifesto e o
torna irreconhecível, e também sobre a operação inversa
realizada pela análise do sonho que decifra o sentido
manifesto para descobrir seu sentido latente.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/2

Ele chama de “trabalho do sonho” o conjunto de


operações psíquicas que transformam o conteúdo
latente em conteúdo manifesto com o objetivo de
torná-lo irreconhecível, e de “trabalho de análise” a
operação inversa, que visa a encontrar seu sentido
oculto a partir do conteúdo manifesto: “A tarefa da
interpretação dos sonhos é desfazer o que o
trabalho do sonho teceu” (p. 60).

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/2

O sonho é a realização de um desejo inconsciente.


A segunda tese central de Freud está contida em uma
afirmação que já tinha sido feita em A interpretação dos sonhos:
“O sonho é a realização (dissimulada) de um desejo
(reprimido, recalcado)” (1900a, p. 145).
Existem sonhos límpidos em que a realização do desejo
aparece claramente como já consumada, o que ocorre em
particular nas crianças, e mais raramente no adulto. Como o da
menina que sonha com os morangos que lhe recusaram no dia
anterior.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/2

Mas, na maioria das vezes, o conteúdo dos


sonhos parece incoerente e à primeira vista não
tem nenhum sentido, pois a realização do desenho
é dissimulada: nesse caso, o trabalho do sonho
transformou os pensamentos do sonho de tal
modo que a realização do desejo não aparece no
relato do sonho, e cabe ao trabalho de análise
efetuar a operação inversa para recuperar o sentido
dos pensamentos do sonho.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/2

Os mecanismos em jogo na formação do sonho:


Segundo Freud, o sonho utiliza quatro mecanismos
principais para atingir seus objetivos:
1. A condensação - A condensação consiste em reunir
em um único elemento vários elementos – imagens,
pensamentos, etc. – pertencentes a diferentes
cadeias de associação.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/2

Condensação:
Uma só imagem
contém várias
imagens
agregadas.
Nos conteúdos
inconscientes,
pode ocorrer o
mesmo.

*Surrealismo
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/1

Os mecanismos em jogo na formação do sonho:


2. O deslocamento - o mecanismo do deslocamento
pode operar mudando a ênfase de um elemento
relevante, que diz respeito ao desejo inconsciente,
para outro sem importância como uma forma de
disfarçar.
MEDO
DO PAI MEDO
DE
CAVALO

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/6

Os mecanismos em jogo na formação do sonho:


3. O procedimento de representação (simbolismo) -Os
pensamentos vindos do inconsciente aparecem no
sonho de maneira distorcida, cheios de simbolismos.
Dessa maneira, o sonho geralmente surge cheio de
metáforas que simbolizam o real valor do sonho.
• Freud criou uma série de interpretações para
símbolos que se referem, em sua maioria, a
símbolos sexuais.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/6
• Para a figura humana a representação típica é uma casa.
• Os pais aparecem como imperador e imperatriz, rei e rainha
ou outras pessoas de status.
• Os filhos, irmãos e irmãs são simbolizados por bichinhos ou
pequenos animais.
• O nascimento é quase sempre representado por algo
relacionado à água.
• Morrer tem relação com partir, viajar;
• Nudez, por meio de roupas e uniformes.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 3/6
Os símbolos de ordem sexual:
• No gênero masculino, encontramos objetos com:
• Função penetrativa, como armas de qualquer espécie (facas,
punhais, sabres),
• Armas de fogo (rifles, pistolas, revólveres),
• Objetos que expelem líquidos (torneiras, regadores, seringas,
extintores de incêndio),
• Objetos que podem ser alongados (batom), objetos
alongados que são seguros pelas mãos (lápis, caneta),
máquinas (caldeiras, canos, tubos, mangueiras) by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 4/6
• Objetos que se elevem contra a gravidade (balões, objetos
voadores),
• Répteis e peixes,
• Peças de vestuário (sobretudo, gravata),
• Outras partes do corpo (mão e pé).

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 5/6
• No gênero Feminino, encontramos exemplos como:
• Portas e portões, vales, crateras, brejos, pântanos que
representam características naturais e artificiais de uma
paisagem;
• Números e nomes;
• Animais (caranguejos, lagostas, etc.);
• Joias e estojo de joias;
• Outras partes do corpo (boca, ânus, ouvido);
• Símbolos diversos (a ferradura, registra Freud, “copia a
configuração do orifício genital feminino”; by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 6/6
• Objetos que contenham um espaço vazio (covas, cavidades,
vasos, garrafas, caixas, baús, cofres, barcos, etc.).
• Contudo, Freud chama atenção para alguns símbolos
familiares, mas que “têm mais ligação com o útero do que
com a genitália (externa) feminina: armários, fogões e,
especialmente, quartos”.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/1

Os mecanismos em jogo na formação do sonho:


4. A dramatização - ou “encarnação”, o sonho adquire
um aspecto teatral;
• Todas as ideias e representações adquirem uma
expressão visual comparado aos da arte cénica,
sobretudo do cinema mudo ou aos “desenhos
animados’, onde tudo é possível.
• Como exemplo, no sonho, você está de fora,
assistindo uma “cena” em que você está atuando.
by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/1

Com respeito aos sonhos, precisamos nos atentar


para os “restos diurnos”.
• “Quando então se recorre à análise, pode-se
demonstrar que todo sonho, sem exceção possível,
está ligado a uma impressão que se teve dias antes
– sem dúvida, seria mais correto dizer: do último dia
antes do sonho (o dia do sonho)”.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/2

O papel da censura.
Para Freud, o principal motivo da deformação do
sonho provém da censura.
Ele afirma que se trata de uma instância particular,
situada na fronteira entre consciente e inconsciente,
que deixa passar unicamente o que lhe é agradável e
retém o resto: o que é evitado pela censura encontra-se
assim em estado de repressão e constitui o reprimido.

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 2/2

CONSCIENTE

by Wagner Sousa
A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS 1/1
A evolução das concepções freudianas do sonho após
1900.
Freud permanecerá fiel à concepção da teoria dos
sonhos tal como a formulou em 1900, modificando-a
muito pouco posteriormente.
Entre os principais acréscimos que Freud fará à A
interpretação dos sonhos, depois de ter introduzido a segunda
tópica em 1923, ele substituiu a noção de “censor” do sonho,
concebendo o papel do sonho, a partir de então, como o de
reconciliar as exigências do id e do superego (Freud,1933a, [1932]).
by Wagner Sousa
ATIVIDADE EM CLASSE:

O SONHO IRMA – 23-24 de julho de 1895, Livro IV, pg. 141

by Wagner Sousa
TRÊS ENSAIOS SOBRE
A TEORIA DA SEXUALIDADE - 1905

by Wagner Sousa
TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE 1/2
Publicada em 1905, a obra Três ensaios sobre a teoria da
sexualidade é considerada por muitos como a mais importante
de Freud depois de A interpretação dos sonhos (1900a) e a mais
marcante sobre a sexualidade.
Ele demonstra que a sexualidade não começa na puberdade,
mas desde a infância precoce, e que ela segue um
desenvolvimento em fases sucessivas até culminar na sexualidade
adulta. Além disso, lança pontes entre as formas anormais de
sexualidade e a sexualidade dita normal.
A partir dela, Freud passa a ser visto como uma mente
obscena e perigosa. by Wagner Sousa
TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE 2/2
Após a descoberta do complexo de Édipo durante sua
autoanálise em 1897, ele chegou à conclusão que os impulsos
sexuais estavam presentes desde muito cedo em todas as crianças
e que se manifestavam independentemente de qualquer
estimulação exercida por um terceiro.
A obra é dividida em 3 partes:
1. As perversões (aberrações sexuais)
2. A sexualidade infantil
3. Metáforas da puberdade
by Wagner Sousa
TRÊS ENSAIOS SOBRE
A TEORIA DA SEXUALIDADE

1º ENSAIO

AS ABERRAÇÕES SEXUAIS

by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 1/1
Freud faz referencia à existência , tanto nos animais, quanto
nos seres humanos, de uma ”pulsão” que procura a satisfação
sexual (parecida com pulsão de nutrição, fome).
A esta pulsão sexual ele chama de libido.
Ele introduz dois termos importantes:
1. Objeto sexual – A pessoa que atrai sexualmente
2. Alvo (meta) sexual – o trabalho ou movimento que
essa pulsão realiza em busca deste alvo (genitália).

by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 1/2
Faz uma distinção dentro das “perversões”:
• Os desvios sexuais em relação ao objeto sexual (pessoa)
• Os desvios em relação à meta sexual (ato)

1 - Desvios sexuais em relação ao objeto


• Diversas formas de homossexualidade, pedofilia e zoofilia.
• Considera que essas perversões decorrem de um
componente adquirido da sexualidade humana e não
inata, como se pensava na sua época. by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 2/2
Os homossexuais são designados como “de sexo
contrário” ou “invertidos”.
• Classifica-os como:
1. Absolutos: Desejam somente os de sexo iguais;
2. Anfígenos (hermafroditas): Não têm preferencia;
3. Ocasionais: Que tem dificuldades de acessar o sexo
oposto ou o fazem por imitação.

by Wagner Sousa
CURIOSIDADE
Mas se a homossexualidade resulta de uma evolução que
se produz ao longo do desenvolvimento psicossexual do
indivíduo, quais fatores levam certas pessoas a fazer uma
escolha de objeto homossexual e outras do objeto
heterossexual?
Freud responde esta questão recorrendo à
bissexualidade inerente, postula por Fliess (Médico alemão),
fundamentada no desenvolvimento embrionário do ser
humano. Se é comprovada a bissexualidade biológica, as
tendências masculinas e femininas coexistem desde a
infância do individuo, de forma que a escolha do objeto
dependerá de fatores externos. by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 1/1
Pedofilia
“... afiguram-se ao observador como uma coletânea de
indivíduos talvez bastante válidos em outros aspectos, os
casos em que se escolhem pessoas sexualmente
imaturas (crianças) como objetos sexuais são desde logo
encarados como aberrações esporádicas. Só
excepcionalmente as crianças são objetos sexuais
exclusivos; em geral, passam a desempenhar esse papel
quando um indivíduo covarde ou impotente presta-se a
usá-las como substituto, ou quando uma pulsão urgente
(impreterível) não pode apropriar-se, no momento, de
nenhum objeto mais adequado”.
by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 1/1
Zoofilia: O mesmo acontece com a escolha de animais para
a prática sexual, principalmente entre as pessoas da zona rural.

Freud classifica que devemos julgar o comportamento que


foge do que é considerado normal como sendo perversão
somente quando estiverem presentes características de fixação e
exclusividade.

by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 1/3
2 - Os desvios em relação à meta sexual (genitália)
Freud aborda as transgressões anatômicas reconhecendo
quem nos seres humano, é comum o interesse sexual direcionado
a partes do corpo ou detalhes que ficam distantes da genitália.
• Exemplos disso são a boca e o ânus.
Existem também as substituições imprópria do objeto
sexual, que caracterizam o fetichismo.
• Uma parte do corpo, os pés, os cabelos ou uma peça de
roupa, substituindo uma pessoa como objeto sexual
by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 2/3
2 - Os desvios em relação à meta sexual
Freud também escreve sobre a escopofilia (prazer de olhar).
• A perversão está instaurada quando o prazer do ato que
antecede o coito, que deveria ser preliminar, suplanta o
prazer do próprio coito, sendo procurado
preferencialmente o ato perverso e não o coito.
Refere-se também ao sadismo e masoquismo:
• Sadismo: Uma mescla de agressão e inclinação para subjugar.
• Masoquismo: a satisfação que ocorre com a obtenção da dor.
by Wagner Sousa
1º ENSAIO - AS ABERRAÇÕES SEXUAIS 3/3
Resumindo:
Na perversão, a pulsão sexual se desintegra em vários
componentes chamados de “pulsões parciais”, enquanto na
sexualidade normal, as pulsões parciais se reúnem e se colocam a
serviço da maturidade genital.
Ele conclui com duas afirmações bombásticas:
1. “A neurose é, por assim dizer, o negativo da perversão”. Ou
seja, o que o perverso faz, o neurótico imagina em suas
fantasias e sonhos.
2. A predisposição às perversões não é um traço excepcional,
mas pertence à constituição do dito “normal”. by Wagner Sousa
TRÊS ENSAIOS SOBRE
A TEORIA DA SEXUALIDADE

2º ENSAIO

A SEXUALIDADE INFANTIL

by Wagner Sousa
2º ENSAIO - A SEXUALIDADE INFANTIL 1/1
No segundo ensaio, Freud abala ainda mais a crença popular
de que a pulsão sexual está ausente durante a infância e aparece
apenas na puberdade
Ele atribui esta ignorância ao que chama de “amnésia
infantil”, ou seja, os adultos têm pouca ou nenhuma lembrança
dos seus primeiros anos de infância.

by Wagner Sousa
2º ENSAIO - A SEXUALIDADE INFANTIL 1/2
As manifestações da sexualidade infantil
Freud toma como modelo das manifestações da sexualidade
infantil a sucção que aparece no bebê e pode persistir por toda a
vida.
A criança que suga busca um prazer que se baseia na
“primeira e mais vital atividade da criança, o aleitamento no
seio materno” - p. 105)
Durante a amamentação, os lábios da criança têm o papel de
zona erógena que está na fonte da sensação do prazer. Assim, “a
atividade sexual se apoia inicialmente em uma das funções que
serve à conservação da vida”. (pg. 105) by Wagner Sousa
2º ENSAIO - A SEXUALIDADE INFANTIL 2/2
As fases de desenvolvimento da organização da sexualidade

Fase oral Fase anal Fase fálica Latência Genitalidade plena / Puberdade

A
Período pré-genital Zonas genitais não Período genital Inicio e amadurecimento
assumiram a função sexual das funções genitais

A – Desenvolvimento infantil no sentido psicossexual.


B – Atuação dos instintos (atua para assegurar a existência do indivíduo).
C – Desenvolvimento da pulsão (começa no instinto, mas surge a possibilidade de alcançar novas satisfações).
by Wagner Sousa
TRÊS ENSAIOS SOBRE
A TEORIA DA SEXUALIDADE

3º ENSAIO

AS METAMORFOSES DA PUBERDADE

by Wagner Sousa
3º ENSAIO - AS METAMORFOSES DA PUBERDADE 1/2
Desde a primeira edição de Três ensaios, Freud descreve
uma relação de objeto parcial e objeto total.
• Objeto parcial: O bebê só enxerga o seio da mãe.
• Objeto total: A passagem do momento em que o bebê
enxerga a mãe como um todo – o outro.
Na puberdade ocorre uma integração progressiva das
pulsões parciais que culmina na escolha do objeto total (fase
genital).
“O conjunto de aspirações sexuais se dirige a uma única
pessoa, na qual busca atingir suas metas”. (pg. 166) by Wagner Sousa
3º ENSAIO - AS METAMORFOSES DA PUBERDADE 2/2
A saída da sexualidade infantil para a sexualidade da
puberdade é marcada por transformações importantes,
destacando-se o encontro definitivo do objeto sexual e a
progressiva redução do autoerotismo característico da
sexualidade infantil.
Na puberdade, a pulsão sexual se coloca a serviço da função
reprodutiva (a genitália assume as duas dimensões definitivas e o
aparelho interno se prepara para a reprodução).

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO
DO PRAZER - 1920

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/1
O ano de 1920 marca uma guinada decisiva na maneira
como Freud vê o funcionamento do psiquismo.
• Podemos classificar a evolução do conhecimento
psicanalítico da seguinte forma:
• 1895 – 1910: A descoberta da Psicanálise
• 1911 – 1920: A maturação da Psicanálise
• 1921 – 1939: As novas perspectivas psicanalíticas
O titulo “Além do principio do prazer” é assim denominado
por suplantar a tese até então suportada por Freud do “principio
do prazer-desprazer”. by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/1
O CONTEXTO:
Freud escreveu esse texto durante a pandemia da Gripe
Espanhola que vitimou sua filha Sofia.
Estima-se que a gripe matou entre dezessete milhões e
cinquenta milhões. A estimativa de mortos da Primeira Guerra
Mundial é de nove a dezessete milhões.
Sem dúvida, foram sobretudo os sonhos traumáticos dos
neuróticos de guerra e os efeitos traumáticos da primeira Grande
Guerra a matriz fundamental de suas reflexões.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO
DO PRAZER

I PARTE

PRINCIPIO DO PRAZER
X
PRINCIPIO DA REALIDADE
by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/3
O curso dos eventos mentais está regulado pelo princípio do
prazer, ou seja, o aparelho psíquico tem a tendência de evitar o
desprazer ou produzir o prazer.
• A vida mental é dominada pelo princípio do prazer, já
que o aparelho mental se esforça para manter a quantidade
de excitação o mais baixo possível.
• Do ponto de vista econômico, prazer e desprazer se
relacionam à quantidade de excitação, presente na mente.
Assim, o desprazer representa um acúmulo de excitação
enquanto o prazer se refere a uma baixa excitação.
by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 3/3

Do ponto de vista da
autopreservação, o princípio do
prazer é ineficaz e até mesmo
perigoso. É por isso, que o ego
influencia no princípio de
realidade, o qual efetua um
adiamento e/ou um
afastamento da satisfação,
admitindo o desprazer como
etapa necessária para se chegar
ao prazer.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO
DO PRAZER

II PARTE

NEUROSES TRAUMÁTICAS E O
JOGO NA CRIANÇA:
DUAS FONTES DE REPETIÇÃO
by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/3
As neuroses traumáticas seriam aquelas marcadas pela
presença de sintomas neurológicos, sem que tenha ocorrido lesões
neurológicas, ou ainda, seriam efeitos de desastres e outros
acidentes que envolvem risco de vida.
• A principal causa de uma neurose traumática é o fator
surpresa, ou seja, o susto. É pois, o fato de uma pessoa
encontrar-se em uma situação de perigo, e não estar preparada
para lidar com tal situação.
• Freud percebe que não é raro, pessoas que sofrem de
neuroses traumáticas, terem sonhos repetidos sobre a situação
referente ao acidente. O que a princípio contradiz a função
primordial do sonho de realização dos desejos. by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 2/3
Freud relata uma cena que viu de uma criança com 1 ano e
meio de idade. Este conseguia falar apenas algumas palavras,
dormia bem à noite, obedecia as ordens e nunca chorava quando
sua mãe o deixava por algumas horas. Era também muito apegado à
mãe, que tinha todos os cuidados necessários com o filho.
Esse bom menininho, contudo, tinha o hábito ocasional e
perturbador de apanhar quaisquer objetos que pudesse agarrar e
atirá-los longe para um canto, sob a cama, de maneira que procurar
seus brinquedos e apanhá-los, quase sempre dava bom trabalho.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 3/3
“Quando a criança passa da passividade da experiência para
a atividade do jogo, transfere a experiência desagradável para um
de seus companheiros de brincadeira e, dessa maneira, vinga-se
num substituto”. (FREUD, 1920, p.28)
• Freud conclui que a repetição é uma forma de
elaboração: “Recordar, repetir e elaborar”.
Ocorre que, na maioria das pessoas, o processo de elaboração
fracassa, de modo que a simples repetição se torna uma compulsão
à repetição.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO
DO PRAZER

III PARTE

O PAPEL DO ESCUDO PROTETOR


CONTRA ESTÍMULOS: CONTROLAR
A IRRUPÇÃO TRAUMÁTICA
by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/2
Freud explica que todos temos um “escudo protetor contra os
estímulos”, que tem a função de proteger o psiquismo de um
estímulo exagerado (tanto externos quanto internos).
Os estímulos que tem um efeito traumático são aqueles que
irrompem o escudo protetor.
A Neurose traumática é a consequência da irrupção violenta
do escudo protetor, e o traumatismo não se deve à violência
mecânica do choque, mas “ao pavor e à sensação de uma ameaça
vital” (pg. 74)

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 2/2

FATORES INTERNOS FATORES EXTERNOS

PULSÃO DE MORTE

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/1
Pulsão: Processo dinâmico que consiste numa pressão ou
força (carga energética) que faz o indivíduo tender para um
objetivo.
• É como se fosse um impulso energético agindo
internamente, de modo que conduz e molda as nossas
ações.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/3
Pulsão de morte:
• A pulsão de morte indica a redução por completo das
atividades de um ser vivo. A meta é fazer o caminho
inverso ao crescimento, nos levando à nossa forma mais
primitiva de existência.
• Freud abraçou o termo utilizado pela psicanalista Bárbara
Low, o “Princípio de Nirvana“. No budismo, o Nirvana
conceitualiza “a extinção do desejo humano”, de maneira
que alcancemos a quietude e felicidade perfeita.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 2/3
A pulsão de morte pode ser encontrada em diversos
aspectos de nossas vidas, mesmo naqueles mais simples. Isso
porque a destruição em suas formas faz parte de tudo que é
ligado à vida e precisa de um fim. Exemplos:
Alimentação - A alimentação, obviamente, pode ser vista
com um impulso direcionado à vida, já que faz a nossa
manutenção existencial. Contudo, para que isso ocorra,
precisamos destruir o alimento e somente então se alimentar
dele. Existe aí um elemento agressivo, se contrapondo ao primeiro
impulso e tornando-se contraparte dele.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 3/3
Suicídio - Acabar com a própria vida é um sinal claro de
retorno para a não existência do ser humano. De forma consciente
ou não, alguns indivíduos conseguem contrapor seu impulso de
vida e encerrar os seus ciclos. Cada um escolhe o modo de
terminar com sua própria vida.
A saudade - Relembrar o passado pode ser um exercício
doloroso para quem não abriu mão de algo ou alguém. Sem
perceber de início, o indivíduo está se machucando, procurando
inconscientemente uma forma de sofrer.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/3
Pulsão de vida:
• A pulsão de vida basicamente, trata de preservar a vida e
existência. Assim, se cria movimentos e mecanismos que
ajudem a mover alguém em escolhas que priorizem sua
segurança.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 2/3
A todo o momento, estamos procurando uma forma de
sobreviver, crescer e fazer mais em nossas ações e pensamentos.
Por exemplo:
Sobrevivência - A princípio, todos nós mantemos uma rotina
de nos alimentarmos sempre que o corpo exigir ou mesmo sem
necessidade aparente.
• O ato de comer indica o fornecimento de subsistência
para que possamos continuar vivos.
• É algo instintivo, de modo que o corpo e a mente entrem
em declínio caso não seja atendido.
by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 3/3
Multiplicação:
• O ato de produzir e multiplicar é um direcionamento
direto para levar a vida.
• O ato de trabalhar para ser remunerado, se exercitar para
ter saúde, ensinar para espalhar conhecimento, entre
outros.
Sexo:
• Não só como prazer, mas está implícito o poder de dar
início a um processo de criação, perpetuando a vida.
by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/1

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 1/2
Evidentemente, o Principio do prazer mantém o seu valor,
mas para que ele triunfe, é preciso que a pulsão de vida consiga
dominar a pulsão de morte.

by Wagner Sousa
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER 2/2

Concluindo:
Para Freud, a vida é feita de uma sucessão
permanente de tensões perturbadoras: “(...) as pulsões de
vida têm muito mais a ver com nossa percepção interna,
na medida em que apresentam como perturbadoras e
trazem tensões contínuas, cuja liquidação é sentida
como prazer; em compensação, as pulsões de morte
parecem cumprir seu trabalho imperceptivelmente” (pg.
114)
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA
CIVILIZAÇÃO - 1930

by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 1/4

Sobre o contexto:
No livro “O futuro de uma ilusão” (1927), Freud havia
feito críticas ao cristianismo ocidental e declarado o seu
ateísmo.
Ideias de que os valores morais serviam para proteger
a civilização, de que as ideias religiosas foram criadas e
que são ilusões, pois não poderiam ser provadas, o papel
nefasto do ensino religioso e a religião com uma neurose
obsessiva universal.
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 2/4

Em uma carta de 1927 a Sigmund Freud, Romain


Rolland cunhou a frase "sentimento oceânico" para se
referir a "uma sensação de 'eternidade', um sentimento
de "ser um com o mundo externo como um todo",
inspirado no exemplo de Ramakrishna.
Segundo Rolland, esse sentimento é a fonte de
toda a energia religiosa que permeia em vários
sistemas religiosos, e pode-se justificadamente
chamar-se de religioso apenas com base nesse
sentimento oceânico, mesmo que renuncie a toda
crença e toda ilusão.

by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 3/4
Freud responde ao seu amigo que jamais experimentou tal
sentimento, que parece corresponder a “um sentimento de união
indissolúvel com o grande Todo e de pertencimento universal”.
(pg. 7)
Ele investe em encontrar a origem psicológica de tal
sentimento.
A sua resposta, ao recusar a ideia da necessidade religiosa do
individuo, é de que tal sentimento tem origem na dependência e
na nostalgia infantil do Pai protetor: A necessidade do homem de
negar os perigos pelos quais se sente ameaçado, vindos do mundo
exterior, a fim de encontrar um consolo.
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 4/4
No livro “O futuro de uma ilusão”, demonstra que todo o
sistema religioso tinha como finalidade decifrar o enigma do
universo e assegurar-se de que a providencia benevolente (de
Deus) zela pela sua vida e promete uma vida após a morte.
Para Freud, essa concepção do objetivo da existência é de
origem infantil e ele se mostra desolado com a ideia de que a
maioria das pessoas não conseguissem superar essa fase religiosa,
que vê como uma fixação da infância.
A religião, para ele, constitui um enorme obstáculo à busca
da felicidade.
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA
CIVILIZAÇÃO

CRÍTICAS DE FREUD
À CIVILIZÃÇÃO

by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 1/1
A civilização fracassa em proporcionar a felicidade que se
espera dela.
Civilização significa progresso constante? Parece que não.
Os avanços da cultura e da tecnologia não cumpriram suas
promessas de felicidade e bem-estar.
Por “Civilização”, entende-se a totalidade das obras e
organizações cuja instituição nos afasta do estado animal de
nossos ancestrais e que servem a finalidades: a proteção do
homem contra a natureza e a regulamentação das relações entre
eles.
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 1/1
A família e a sexualidade: ao mesmo tempo a favor e contra a
civilização.
A vida sexual do homem é gravemente prejudicada pela
civilização, o que diminui o valor do amor e da sexualidade como
fonte de felicidade.

by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 1/2
O papel da agressividade: O homem é um lobo para o homem.
Se é tão difícil para o homem encontrar sua felicidade, é
porque a civilização impõe ao individuo o pesado sacrifício de
renunciar não apenas à satisfação de suas pulsões sexuais, mas
também às suas pulsões agressivas.
Freud cita o que os Romanos diziam: “Homo homini lúpus”
(O homem é um lobo para o homem)
A civilização impõe certa ética para as questões sexuais, mas
não consegue a leis para eliminar a animosidade do homem em
relação ao seu próximo.
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 2/2
O papel da agressividade: O homem é um lobo para o homem.
Freud tece uma crítica ao Comunismo, dizendo que não
passa de uma ilusão, ao pretender que o homem seja unicamente
bom.
A impossibilidade da civilização de tornar o homem feliz está
intimamente ligada à natureza humana, A agressividade constitui
uma disposição instintiva primitiva e é a representação da pulsão
de morte: “Agora, o significado da evolução da civilização deixa
de ser obscura a meu ver: ela deve nos mostrar a luta entre Eros
e a morte, entre o instinto de vida e o instinto de destruição, tal
como se desenvolve na espécie humana”. (pg. 78).
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 1/1
Concluindo
O livro ergue-se como uma análise oficial da cultura e da civilização
humana, adaptada pelas atrocidades cometidas nas décadas seguintes,
especialmente o holocausto nazista, genocídios stalinistas e bombas
nucleares lançadas sobre populações civis no Japão.
Alguns têm apontado para a natureza profética das observações
de Freud sobre as correntes destrutivas que ocorrem durante toda
civilização humana; na verdade, a ascensão de Adolf Hitler ao poder pela
maioria democrática em 1933 encontrou em Freud uma testemunha
histórica pessoal para o fenômeno que ele tinha tentado anteriormente
explicar em termos psicanalíticos através de seus escritos.
by Wagner Sousa
O MAL ESTAR DA CIVILIZAÇÃO 1/1
Trabalho – Resenha*
Encontro sobre o Mal-Estar na Civilização: Amor
Sociedade Brasileira de Psicanálise com a intermediação de
Luciana Saddi e as participações dos psicanalistas Silvana Rea e
Christian Dunker.

https://www.youtube.com/watch?v=ICMt_SnrO6s

*resenha é um texto de análise, crítica, comparações e opinião.


by Wagner Sousa
pws.sousa@gmail.com
19 9 9988-2525

OBRIGADO
by Wagner Sousa

Você também pode gostar