Psicanálise
-Freud olha os sonhos por partes e não pelo
• FORMAÇÃO DO INCONSCIENTE
-Sintoma
-Sonho
-Ato Falho
-Lapso
-Chiste — Dito Espirituoso
• Queixa —> Sintoma —> Conflito
• Sintoma: tudo que me desvincula
• Sonho = desejo
• Queixa = tem a ver com “ser” e “ter”
• Ato Falho = ação simbólica, algo
constrangedor, que você fica com
vergonha. Ação corporal;
• Lapso = na fala; troca de nome, algo
constrangedor; tem a ver com a
escrita também.
• Chiste = três elementos em jogo: a
pessoa que produz, a que ouve e ri e a
outra pessoa que sofre e é a vítima do
chiste. Freud fala que só funciona em
sociedades desenvolvidas; agredir por
meio da piada e do humor.
• O Discurso do Desejo:
A Interpretação dos Sonhos
-livro inaugural, escrito em 1899
-passagem da linguagem
neurológica para a psicológica na
ciência dos sonhos
-Sonho = “É a via real (principal)
que leva ao conhecimento das
atividades inconscientes da
mente”.
-Os sonhos são o ponto de
articulação entre o normal e o
patológico.
-Não são absurdos e sem sentidos,
são realizações de desejos.
-Diferente do querer, deseja é uma
atividade inconsciente.
-Desejo = anseio oculto que visa
sua realização
-Freud transforma o sonho em um
estudo, em ciência
todo; cheio de lacunas
-Essas partes, associar livremente sobre
um sonho é uma sessão de análise e não
em lugares aleatórios.
-Não se analisa o sonho, mas o relato em si.
-Sonhar e experiência da Loucura = ambos
são uma experiência de alucinação.
Alucinação e delírio não são restritos a
pessoas psicóticas.
-Sonhos muito explícitos nos deixam mal
-Algo recalcado que volta por meio do
sonho
-Os sonhos têm realmente um sentido é um
método científico para interpretá-los.
-O trabalho do sonho seria de construir
esse pensamento manifesto e da análise
seria de decompor
-O sonho é uma forma disfarçada de
realização e de desejos em virtude da
censura.
-Dois registros do sonho: conteúdo
manifesto e os pensamentos oníricos
latentes.
-O que se interpreta não é o sonho sonhado,
mas o relato em associação livre.
-Sonho é transformar pensamentos
latentes em conteúdo manifesto; processo
de camuflagem diante de uma censura
-Interpretação: é o caminho inverso , é
retomar para os pensamentos latentes, a
associação livre
-Gatilho para sonhar: algo que te
impressionou; imagens recentes
Mas quando associo, sou levada a outras
pautas vinculadas a passado, presente e
futuro, sobretudo a infância. Associação
leva a regressão.
-A primeira tópica e a segunda de Freud se
complementam e não se anulam.
-Conteúdo Manifesto: tudo que
lembramos; mais imagens do que palavras.
-Pensamentos Latentes: pensamentos
inconscientes; se manifestam no corpo e no
sonho
-Antes de Freud, existiam duas formas
interpretativas dos sonhos na cultura:
• QUATRO MECANISMOS DO
TRABALHO DO SONHO
1. Condensação
2. Deslocamento
3. Figuração
4. Elaboração Secundária
-Imagem simbolizada
-Paciente chegando a suas próprias
conclusões por meio de suas palavras.
-Condensação: metáfora; algo que é
resumido, comprimido;
-Deslocamento: metonímia (parte pelo
todo); cenas que são mais privilegiadas
que outras que são desprezadas - essas
que são desprezadas são as mais
importantes, segundo Freud;
descentramento da importância;
-Figuração: o sonho é uma forma de
escrita, uma escrita imagética, o sonho
é marcado mais por imagens do que
por falas. (Imagem: linguagem mais
primitiva do ser humano)
-Elaboração Secundária: garante o
aspecto de temporalidade ao sonho -
início, meio e fim. Confere uma
coerência ao sonho; a partir disso, o
sonhador tem a experiência do sonho
de realidade, então isso faz com que se
torne um mecanismo do trabalho do
sonho;
• sonho como realização do desejo
• ELABORAÇÃO ONÍRICA
-Sobredeterminação: um elemento
do sonho pode remeter a vários
pensamentos latentes.
& 2
Trabalho
Conteúdo Manifesto Interpretação
do sonho
Pensamento Latente
-Superinterpretação: refere-se a uma
segunda interpetração que se
sobrepropõe a primeira, produzindo um
outro significado.
OBS: em psicanálise, a interpretação é
feita pelo próprio analisante a partir de
suas associações livres.
-Umbigo do Sonho: é um ponto do sonho
que manifesto que não é interpretável. Os
pensamentos latentes não são
interpretáveis em sua totalidade; nem
tudo tem sentido.
3 formas básicas de imagens simbólicas
-Ícone: geralmente é uma imagem que na
sua forma de representação, tenta ser o
mais fiel possível como aquilo realmente é;
semelhança
Ex: imagens sacras no catolicismo ortodoxo.
-Índice: representação de articulação com
um objeto; relação direta com o objeto.
Ex: rua molhada quando chove, fumaça
sendo indício de fogo.
-Símbolo: a relação com o objeto é
arbitrária, pode se modificar, e não natural.
Ex: palavras, a cruz, logomarcas.
{
-Signo Significado: conceito
Significante: imagem acústica
O significado permanece o mesmo e o
significante muda com as culturas.
Essa relação é arbitrária, ou seja, que
muda com o lugar e a cultura.
↓
-Lacan faz essa troca - significante
passa a ser um conceito fixo e o
significado fica entreaberto.
Vários significantes para entender a
subjetividade de uma pessoa.
Diante de um diagnóstico, uma pessoa
pode ficar presa no signo, na doença
que foi diagnosticada. - cristalização
dos signos.

LACAN
-Jacques Lacan: considerado um
refundador do campo psicanalítico a
partir de Freud. Clínica, teoria e
formação;
-Lacan era psiquiatra, estudo de caso que
marcou seu início na psicanálise - “Da
psicose paranoica e suas relações com a
personalidade.”
-Foi contemporâneo do estruturalismo
francês, movimento intelectual que
considerava paradigma da estrutura em
diferentes campos do saber.
-Estrutura = Linguagem
-Percebe que a linguagem tem um limite,
não dá pra dar sentido a tudo. A partir
disso, Lacan subverte a noção de
estrutura.
-Michel Foucault
• Principais conceitos:
-Real: não tem sentido, ordem do
traumático, impossibilidade de
simbolizar. Está fora do campo da
linguagem. Ex: viver
-Simbólico: tudo que está no campo da
linguagem; aspecto da polissemia; o que
está no campo do duplo sentido;
capacidade de representar.
-Imaginário: imagem como constituinte
da nossa subjetividade; capacidade de
formar imagens; atreladas a alguns
ideais, principalmente dos pais.
• Seminários “Retorno à Freud:
tratou-se de uma leitura rigorosa da obra
freudiana produzindo a partir dela
consideráveis avanços teóricos e clínicos.
• Pulsão diferente de Instinto
• Recalque diferente de Repressão
• 26 seminários transcritos e
publicados
• Fundou a Escola Freudiana de Paris,
em 1964
• Grande defensor das ideias
freudianas sobre a importância da
análise pessoal para a formação do
analista.
• Articulou várias áreas do
conhecimento à psicanálise:
-Linguística
-Antropologia
-Filosofia
-Matemática
• Inconsciente e Linguagem
“O insconsciente é estruturado
como uma linguagem”
-A partir dos estudos de Saussure e de sua
prática clínica fundamentada em Freud,
Lacan considerou a primazia do
significante nas formações do
insconsciente: sonhos, sintoma, lapso, ato
falho e chistes. Ambos têm em comum a
marca simbólica.
-Dizer como o insconsciente é estruturado
como uma linguagem, não é a mesma
coisa que afirmar que o insconsciente é
uma linguagem. O destaque ao “como”
sugere que há uma lógica constitutiva do
insconsciente na articulação, na trama
dos significantes.
-O que é significante?
-“Outro” - tesouro dos significantes; lugar
de linguagem, encarnado pela mãe;
precisa estar fora de nós mesmos;
auteridade (relação com o outro).
-O desejo é sempre construído articulado
com o outro - pessoas, cultura, sociedade.
-Alienação: submissão ao desejo do Outro.
-Separação: subversão no campo do Outro.
-“O desejo do homem é o desejo do Outro.”
-O desejo envolve linguagem
• O desejo vem da relação entre
necessidade e de demanda.
 -
FREUD E A
SEXUALIDADE
-Experiência de auto-erotismo: obter
prazer com partes do meu corpo.
Ex: chupar o dedo
-Dissociação do que seria o prazer da zona
erógena da função da necessidade
biológica.
-Início da constituição da sexualidade
infantil (prazer com as partes do corpo)
-Excitação: mundo externo, estímulos
corporais e mundo mental.
-“O corpo psicanalítico é um corpo
fantasmático” - mundo mental + fantasma
= fantasia
-A fantasia tenta conciliar amor e sexo
-Fetiche: objeto fixo
-Fantasia: variável
• A organização da Libido
-Fases:
1. Libido: energia sexual derivada da
pulsão, com o objetivo de deixar uma
marca psíquica da pulsão no psiquismo
e aplicar essa libido em algum objeto ou
atividade. Formação do corpo.
2. Fase Oral: excitação da zona erógena
bucal. Experiência sádica através da
mordedura. Compõe o auto-erotismo
3. Fase Anal: controle dos esfíncteres.
Retenção de fezes. Compõe o auto-
erotismo. Pura influência do Outro
Materno.
—————————-> Momento de constituição
do Eu; NARCISISMO - relação erótica com
a sua própria imagem.
No auto-erotismo o eu não está construído.
O narcisismo faz parte do eu construído, é
uma construção do eu muito idealizada.
4. Fase Fálica: primado da zona genital.
Complexo de Édipo - relação pulsional
entre a criança e a mãe. E essa mãe
também tem essa dificuldade. Momento
em que a criança tem curiosidades
sobre corpo, sobre seu nascimento e até
mesmo sua morte.
-“Falo”: objeto que indica pertencimento,
objeto simbólico.
5. Latência: passagem da infância para
adolescência; pulsão fica “guardada”.
As pulsões sexuais em estado
latente.Pós é a puberdade.
• As transformações da puberdade
-Atentar para a diferença entre os termos
puberdade, juventude e adolescência.
-Transformações corporais e
estabelecimento da capacidade
reprodutiva.
-Período de investimento libidinal em um
objeto externo ao corpo e ao eu.
Ex: atração sexual e paixão.
-O investimento libidinal é intermediado
pela instância do Eu.
• Os destinos da pulsão
Pulsão é um conceito situado na
fronteira entre o psíquico e o somático.
-As pulsões são basicamente compostas
por duas partes: afeto e representante
ideativo.
-o que é recalcado? É a representação.
0
-o que acontece com o afeto? Um destino
0
que pode ter é ficar acumulado, contido
no corpo (repressão); a angústia é um
grande afeto de nossas vidas (Lacan);
-Decomposição da pulsão:
1.Fonte
2.Pressão
3.Objeto
4.Objetivo
-Destinos pulsionais:
1.Reversão ao seu oposto
2.Retorno em direção ao próprio eu
3.Recalcamento
4.Sublimação
Filme: de olhos bem fechados
Livro: sujeito na contemporâneo