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encontros
Sensível, compor
sábios como até
vezes
Krishnamu
J.
místico, ti e D. numa
lançou-se T. busca
Suzuki, e que o conduziu
espiritual à
sabedoria oriental, a
4. Os Arquétipos
5 o Inconsciente
5. Conflito e Uni.ncação:
0 Credo il ZI/m
PARTE lll. I M A G I N A Ç Ã O A V I V A
12. De.tinindo e Abordando a Imaginação Atava
173
13. Imaginação Atava c o m o Jornada Mítica
19
14. O Mét odo das Quatro1 Etapas para a Imaginação
Ativa 20
0
15. Primeira20Etapa: O Convite
6
16. Segunda22Etapa: O Diálogo
3
23
17. Terceira Etapa: O s Valores
4
18. Quarta 24
Etapa: Os Rituais
2
19. Níveis
BIBLIOGRAFIA
275
Ó
ARTE l
INTRODUÇÃO
O INCONSCIENTE E S U A L I N G U A G E M
i
É
Ê
CAPITULO l
DESPERHNDO PARA O I N C O N S C I E N T E
ela à
única .entrad
ocupada, o à Assustad pergunto
adirigiu o carrodireita
por u esquerda.
várias u-
a, nos semáforos,
ruas,dirigia
parou
Onde estava minha mente? Quem enquanto eu
sinalizou
de forma que mudou o rumo de seus pensamentos e
ao estacionamento do seu local d e trabalho. Voltando
àentrou
Diante de sua mesa de trabalho, começou a
realidade, percebeu
planejar as que não era capaz d e se lembrar do
trajeto
percorrido. Não se lembrava d e um único cruzamento, d e
uma
se: ''Como pude percorrer todo esse trajeto sem m e
dar conta?
no escritório.
atividades do dia, quando foi interrompida por um colega
que
entrou furiosamente e m seu escritório, atirando um
memorando
que ela fizera circular e vociferando por causa d e
detalhes do m e s m o c o m os quais não concordava. Ela
ülcoupasmada! A raiva
9
ROBERTA.JOHNSON
do colega era francamente desproporcional às dimensões dos
de t
alhes lQue tinha dado le?
ne
O rapaz, por sua v e z , escutando a própria v o z
alterada,
Confuso, murmurou
percebeu que estavauma desculpa
fazendo u ma etempestade
saiu. Chegando a sua
e m copo
sala,
d'água.
perguntou-se: ''Que deu e m m i m ? D e onde veio isso? E m
geral,
não faço estardalhaço por tão pouco. Simplesmente, não
toda.
era exatamente, ele não
ewl"
sabia. Sentiu que fervia d e raiva e que, apesar d e n a d a ter
que ver
c o m o tal memorando,ainda sim essa fúria se abatera
do dia-a-diao,
sobre ele inconscienteage sobre e através de
nós. causa daqueles pequenos detalhes. D e onde vi nha essa
por
raiva
Se essas duas pessoas tivessem parado para pensar,
talvez
percebessem que estavam sentindo a presença do
inconsciente
no. semáforo vermelho, nos faz engrenar e sair no verde e
e m suas vidas, naquela manhã. D e vários modos, nas idas e
nos
o aqui-e-agora.Essa não é a maneira mais segura de
vindas
nos As vezes, o inconscientetrabalhalado a lado c o m a
mente
Outras vezes, o inconsciente elabora fantasias tão
consciente
cheiase assume o controle enquanto ela está
concentrada e m
outra coisa. Todos, já experimentamos a sensação d e ter
percorrido
e amor, como as que envolverama mulher durante seu
ao
até menos umas São
o serviço. poucas quadras
exemplos no "piloto
primários de como o
trajeto
automático'',como a
inconsciente
mulher do nosso exemplo. A mente consciente está ocupada
cde
om
outra coisa por um breve período d e tempo e, nesse
período, a
mente inconsciente assume nossos atos. Ela nos í a z
parar o carro
que v i v e m
,
nos m e s m o s.
/2
INNERWORK
Abordando o inconsciente --
voluntária ou involuntariamente
O inconsciente manifesta-se através d e u m a
linguagem
simbólica Não é somente po um comportamento involun
. compulsivoque sentimoso
r ário
ou inconsciente.Ele dispõe
t
de dois
caminhos
sensíveis naturais para estabelecer
que a psique desenvolveuupara
m a ligação
que ose níveis
conversar
cconsciente
om
a mente consciente: um deles é através do so#/zo;o outro,
atravésnos sonhos e na imaginação: a linguagem dos símbo
usar
veremos,
Como o traz)czzZo
d a imaginação.
os. Am b o s lí
sãozfer/07é"
canais d e, comunicação
em pr meiro
lugar, a arte de
altamente
devotaremos a maior parte do nosso tempo trabalhando
com os imaginação
e inconsciente e .usos
possam simbolismo
conversar entre si e trabalhar e m
conjunto.
, do .
através inconsciente
dos sonhos, mas são poucos
desenvolveu u m a os que têmespecial
linguagem o
para O
conhecimento i
ai)render essa linguagem simbólica do inconsciente.
l
fantasias que surgem meio despercebidas por nós e
flutuam
Portanto,
e que correm como rios ao longo das margens de nossa
sonh
mente B o a parte do esforço d e comunicaçãodo
inconsciente é
com quem
desperdiçada dentro d e nós. O inconsciente aflora à
Para termos o sentido exato de quem somos, ou
conversamos.
superfície
para nos
necessário para considerar c o m seriedade esses sonhos
e, assim, compreender a sua linguagem. A atividade
do
inconsciente t a m b é m se evidencia no fluir d a
imaginação:
c o m o bolhas pelos campos d a mente consciente; as
verdadeiras
enxurradas d e fantasia que se apoderam d e nós c o m
regularidade
.
Imaginamos que estamos ''pensando" ou "planejando", mas,
com
freqüência, estamos sonhando acordados, perdidos
durante
.alguns minutos numa torrente d e fantasia, antes d e
voltarmos à circunstância física, ao trabalho que estamos
faze ndo ou à pessoa
a mente
o Jung mostrou que ambas as mentes, consciente e
matéria-prima não elaborada do inconsciente que nossa
mente
em neuroseseou
consciente em outros
desenvolve, amadurece e ex p a n d e para incluir
todas
distúrbios.
as qualidades potenciais que temos. E deste tesouro que
somos
enriquecidos c o m forças e qualidades que não sabíamos ter.
inconsciente, têm papéis críticos a desempenhar no
equilíbrio
do seZFtotal.Quando o equilíbrio entre elas não é
da humanidade, a matriz primitiva a partir da qual nossa
corneto, resulta
espécie
A evolução d a consciência
Os estudose o trabalhode Jung levaram-noa
concluirque o
inconsciente é a fonte verdadeira d e toda consciência humana.
que chamamos consciência. Através da raça humana, a imen
E a
psique inconsciente da Natureza, vagarosamente, tornou
a
fonte d a capacidade h u m a n a d e ordenar idéias, é a fonte do
uma
raciocínio,
criação trabalhavam através dos tempos para traze
d a percepção e dos sentimentos. O inconsciente é a Mente
uma
Original
e toda a
r
percepção consciente ao universo, e que é o papel do
homem
levar essa evolução avante.
/5
ROBERTA. J O H N S O N
A consciência h u m a n a se desenvolve a partir d a
matéria-do inconsciente. Seu crescimento é al mentado
prima
por correntes contínuas dos elementos do inconsciente
i gradualmente, procurando formar u m a
con nte.
sciea sc
que e n deAm incorporação da matéria do inconsciente
pessoa mais completa e
deve
do
seH
continuar até que, por ülm, a mente consciente reflita a
totalidade
assimJung também acontece
acreditava quecomc a dcada indivíduo.
a mortal tem Cada um de nós
um papel
individual a
humana,
desempenhare cada um de nós
nessa deve serpois
evolução, um recipiente no qual
c o m o nossa
acapacidade
Cada um de nós é um microcosmo onde o
h u m a n a coletiva para a consciência evolui d a psique
proc
movimento do conteúdo do inconsc ente para o nível da
inconsciente,
consciente.
mente Cada um de nós está envolvido no movimento
d e v e , no tempo d e v i d a individual, recapitular a evolução
d a raça
evolução No inconscientede cada"armazenada"
d a consciência ali um está oé levada adiante.
padrã
mente consciente e a personalidade funcional completa
são
esso
padrão, essa
universal teia invisível
se realiza. Portanto,de todos
energia,
nós contém
somos todas
as i
partes que construirão o ser
apanhados pelo
Na maioria
psicológico de nós, só uma pequena porção deste
total.
depósito
contrário que leva a mente individualista d e volta ao
inconsciente,
no níve ndo-nosà
conscient sua raiz, na matriz que a originou.
rel le g a . o
esboço de uma catedral: no in cio, enquanto esse
primevo,
esboço é o
gerais. Depois de certo tempo, quando uma par e da
projeto, o "plano", se assim podemos chama-lo, segundo o
real
qual a
formadas -- desde o nascimento, através dos lentos
anos d e crescimento psicológico, até à maturidade interior
genuína. Esse
de
energia bruta foi assimilada na personalidade
u m a pequena parte do "plano", do projeto
consciente. SÓ e
original, foi concretizada
os contornos
t
INNERWORK
precisamos consultar
inconsciente. Mas o inconsciente e cooperar c o m
ele d e
-maneira
a uma rolha boiando notodo
a realizarmos en rme oceano do que
o potencial inconsciente.
está
Também
estabelecido e m
eleva acima da superfície da água. Noventa e cinco por
que
centoo deprocesso d e crescimento interior sempre traz.
ma or parte submersa do zlceZ)erge,stá fora de
visão. Mas é
O e g o e m mei o ao inconsciente
com cem)e7:gs
O inconsciente é um enon:ne campo d e energia, muito
. quea mente consciente. Jung comparou o e g o - a
maior o
mente consciente
comparou a mente consciente c o m a
ponta d e um ceóergque se
{ceZ)ergestá oculto sob as águas. O inconsciente,
i
um tal qual a
enormemente poderoso -- e tão perigoso
quanto o /ceZ)erg
submerso, se não for respeitado. Mais pessoas já afundaram
após
um choque c o m o inconsciente, que 77fa#ícsdepois d e
colisões
i
.Z:ko,em latim, significa simplesmente''eu". Freud
e Jung
se referem à mente consciente c o m o o e g o porque esta é
a parte d a psique que c h a m a a si m e s m a d e "eu" e é
''autoconsciente" --
c o n h e c e a si própria c o m o um ser, c o m o um campo d e
energias
independente e distinto dos outros. Quando dizemos "eu",
nos /7
ROBERTA. J O H N S O N
um
1 . inconsciente que ele não consegue perceber.
estão trabalhando. Reinos míticos, simbolizados pelas
lendas d a Atlântida, existem lá, nas profundezas, e
desenvolvem vidas paralelas
está
de orgulho e arrogância, com profunda crença em nossa
r zão Há um fluxo constante d e energia e informação
ligação.
desligamosda
entre os parte ma s profunda de nós
mesmos.
dois Na sociedade
níveis, ocidental
quando eles se moderna alcançámos
encontram um ponto
na dimensão do
Qualtentamos
no
sonho, d a prossegui sem o menor reconhecimento da
visão,
valma,
da como se pudéssemos viver vidas completas fixando-nos
O desastre que assola o mundo moderno é a
completa
conseguindo mais dinheiro, tornando-nos mais
separação d a mente consciente das suas raízes no
poderosos,
inconsciente. Todas as formas d e interação c o m o
inconsciente que alimentaram
nossos ancestrais - sonho, visão, ritual e experiência
religiosa --
estão e m grande parte perdidas para nós, menosprezadas
pela
mente moderna c o m o primitivas ou supersticiosas. Assim,
cheios
inabalável, cortamos as nossas origens no inconsciente
i
a
e nos
r
interior. Agimos c o m o se não existisse o inconsciente, o
i
reino da
totalmenteno mundo exterior, material. Tentamos nos
relacionar
c o m todos os assuntos d a v i d a através d e medidas
externas -
lamento
nosso Alguns anos datrás,
d a alma,
iso- :fuiconvidado
a v i d a do para falar
espírito. Resulta num d e
na perda
nossaseminário
vassaltou e intitulei
i d a religiosa, pois é nominha palestraque
inconsciente de encontramos
'Sua Neurose
nossa
como uma con-
chocou individual
cepção profundamente
d e Deus a assembléia.
e d e nossas Tive uma avalanche
entidades divinas. A de
função
nunca. O assunto tocou um ponto sensível, percebe-
religiosa
se. Os -- essa pr cura inata e Ê experiência
a
interior o d signi cado e
nossos
dias. r camzlm/zo d e volta à nossa v i d a através d a neurose,
dos con.flitos interiores e dos sintomas psicológicos que
e x i g e m nossa atenção.
católico romano. No último minuto, algum ímpeto
travesso m e cerimónias e Imaginação Atava. Se tentarmos
os sonhos,
ignorar '
Experiência Religiosa Frustrada''. A palestra
aparentemente perguntas, discussões apaixonadas e vozes
alteradas c o m o
participantes estavam surpresos por ouvir que se não
vamos
ao espírito, o espírito v e m a nós na forma d e
neurose. Esta é a
conexão imediata, prática, entre a psicologia e a
religião e m
Todos d e v e m o s viver a v i d a interior d e u ma forma
ou d e
outra. Consciente ou inconscientemente, voluntária
ou
involuntariamente, o mundo interior nos cobrara exatamente
o
que I h e é devido. Se vamos a esse reino
conscientemente,é pelo
nosso f/"aZ)aZA/rzfe Zo : nossas preces, meditações,
trabalho c o m
o mundo interior, c o m o f a z a maioria d e nós, o
inconsciente encontrará um jeito d e chegar à vida,
manifestando-sede forma
INNERWORK
O processo d a individuação
/}zdj
tornarmoszd;
osilação
seres éhumanos
o termo Jung que
queetos
comp usou para se
nascemos
para ser. pro o que realizamos ao longo de nossa
referir ao l
os elementosbásicos
ces s inerentes em cada um de nós no nível
vpré-
i d a no sentido d e nos
Ade individuação
construir aé n(5smesmos
nosso despertare nos tornarmos
para o ser total,
permitindo que
completostambém
características
nossa e pos
personalidade ibilidades
consciente humanasatéunive
se desenvolva sais
absorver
comb
são nadasem cada um de nós diferentementev, ariando
todos
de
Jung enfatizoua
consciente. singularidadeda
Essa é a "realização do prometo" ao qual nos
estruturapsicológicade
referimos.
Por que chamar a isso ''individuação"?Porque esse
processo
nossa individualidade
revela
única. nossa estrutura especial, individual. Mostra
s
como indivíduos, mais completos em nós mesmos, é
comoi as
também
semelhantes
r aos nossos
indivíduo companhei os humanos --
para indivíduo.
valores,
chumana.
a d a ser. Se olharmos
Desta forma, ocom
n o mcuidado,
e c o m overemos que nossa
qual designou este
processo
não é casuall reflete sua convicção d e que quanto mais
os seres humanos têm em comum. Jung chamou estes
encaramos
padrões o inconsciente e fazemos u m a síntese entre o seu
conteúdo e o que está na mente consciente, mais
percebemos o sentido d e
A o m e s m o tempo, a individuação não significa se
tornar
isolado d a raça humana. Uma v e z que nos sentimos mais
seguros
.natural que procuremos as miríades de caminhos que
r
no fazem
s
interesses e qualidades humanas essenciais que nos une à
tribo
individualidade consiste na forma especial d e
combinarmos os padrões psicológicos universais e o
sistema d e energia que todos
de: a'rquéti,Dos.
2/
ROBERT A.JOHNSON
características
psique individualuniversais
humana. da espécie humana. Entretanto
se
os de outras
formas, nossos pessoas,
corpospercebo
são'que dois corpos
semelhantesaos
demais. Temos
humanos não são
braços, pernas, coração, fígado pele, d e um ou outro
universai na raç humana, estãe combinadas dife entemente
feitio. São
s, a o
,
distinta E só pela vivência desta estrutura
comparo
inerente min
queh a s impressões digitais ou Elosde m e u
cabelo c o m
opiniões queiguais.
exatamente abso vemos do mundo à nos a volta. Podemos
de ser
parar D amero
m e s apêndice
m a forma,da as ciedade, pessoas
soenergias e capacidades
estereotipadas:
psicológicas
einatas
m c a d a um d e nós. C a d a pessoa tem u m a
. .r
Desenvolve-se um grande senso de segurança
processo de individuação. Começamos a entende que n o é
nesse
estrutura psicológica
mesmos é a base mais firme em que podemos nos
descobrimos o que signiÊca ser um indivíduo.
apoiar
Se trabalhamos na individuação,começamos a perceber a
para a vida inteira.rNão precisamos imitar a vida de
ninguém.
diferença entre as idéias e os valores que vêm d e nosso
s
se/Fe as
r ã
sermos nós
Percebem s .
o que conhecer-nos a nós mesmos completamente e
desenvolver todas as forças que estão dentro d e nós é
u m a tarefa
Não precisamos d e outras pretensões, pois o que já
temos é a
riqueza suficiente e é b e m mais do que jamais esperamos.
CAPITUL02
T R A B A L H O INTERIOR:
À PROCURA D O INCONSCIENTE
A finalidade deste livro é fornecer u m a a b o r d a g e m
prática,
Especificamente,
por etapas, para será
v o c descrito
ê realizarum método
seu de quatro
pr(5prio trabalho
estágios,
interior.
tanto para o trabalho d e sonhos c o m o d e Imaginação
Atava. C o m o
são
partecaminho s diretos
d e nosso estudo, e poderosos de acesso oao uso
t a m b é m abordaremos mundo
do
cerimonial e d a fantasia c o m o caminhos para o
interior
inconsciente.
Refiro-me a estas técnicas c o m o "trabalho interior''
É necessári uma abordagem prá
porque
independentemente
a ica,
do inconsciente, e esse trabalho é o esforço pelo qual
chegamos
a perceber as c a m a d a s mais profundas d e consciência
dentro d e nós e nos dirigimos para a integração do seZFtotal.
t
d e toda sofisticaçãoque possamos ter a nível teórico.
sonhos e trabalharmos com sinceridade os símbolos neles
Apesar d e
contidos,
sobrejá nós
termos sido expostos
e sobre a um deb onossa
o significado m número
vida,d esem
teorias
psicológicas, poucos d e nós têm noção d e c o m o se iniciar
levar em
realmente no trabalho
c o m os sonhos e c o m o inconsciente. Normalmente nossa
energia
pára onde começou, no nível, e não se traduz num
encontro
concreto, imediato, c o m o self interior.
No mundo d a psique é o seu f7aZ)aZ/zmo,ais do que
suas idéias
te(tricas, que constrói a consciência. Se forTnos aos nossos
próprios
ROBERTA. J O H N S O N
discutem e
interpretam os seus sonhos, consultam espíritos e
encontrar seus deuses no círculo mágico ou no altar.
"vagueiam
Para nós,
pelos a
lbosques".
nós que quiseremTodo esse esforço consistente é devotado
aprender outra vez como chegar à
à vida
Terra do
contato c o m o inconsciente. Nós, modernos, mal podemos
dispor
d e algumas horas livres d a semana para nos dedicarmos ao
mundo
c h e g a m o s a saber menos sobre Deus e sobre nossas
que o v
almas do Ma s existe outra diferença básica entre nós e
!
os povos
acesso ao mundo interior. Quando vão ao encontro do
espiritual,
eles usam formas preestabelecidas para invocar os
espíritos, para entender seus sonhos e visões, cerimónias
preestabelecidas para
J
INNERWORK
c
onsciente através dos sonhos. Muitos c o n h e c e m
c o m o interpretar os sonhos. Mas a maioria
teorias d e i
Êlca paralisada quando
comdizer:
costumam os "Não
.
Se a interpretação v e m c o m facilidade, talvez não seja
tão certa
profunda.
desenvolver o método das quatro etapas, que apresentei
neste
livro. M e u objetivo é fornecer u m a forma para que as
pessoas
aprender ainda c o m o chegar a eles, ao próprio
inconsciente, por
sua própria conta. Mas, para tanto, precisamos d e u m a
abordagem
prática para começar: u m a série d e etapas .Hsicase
mentais que
desco s
Desde o começo, anos atrás, quando eu e meus
pacientes
desenvolvemos o método d e quatro etapas, observei que
muitos
INNERWORK
,#
INNERWORK
um
demais e sentir que estamos nos a ogando nas
f
águas do
inconsciente. Seu colaborador pode ser tanto
um leigo
caso cque
perca
analista o mo o tenha alguma experiência c o m a Imaginação
Atava.
rumo.
balhoprincipal
O ponto interior. Estamos
é ter um a m isomente
g o a quemobservando
v o c ê possa
universal:
uma leiqualquer coisa que seja tão poderosa
para o bem Nenhuma destas advertências d e v e dissuadi-
queremos conviver intimamente com as poderosas
recorrerdoo tra
forças
lo d e realizar
t a m b é m pode ser destrutiva, se o poder
for mal conduzido. Se mundo interior, d e v e m o s t a m b é m
respeita-las.
29
CAPITULO 3
R E A L I D A D E S ALTERNATIVAS: O M U N D O
D O S S O N H O S , O REINO D A
I M A G padrões
Nossos I N A Ç Ã Ove bais revelam muitas da
nossas
assimo "Esse detalhes r m s
o aconteceram
suposições
: s involuntárias:
aconteceram se conversamos
u com u
acontece no sonho não é "real''. De fato, seria mais
a m i g a d e um sonho, é b e m provável que ele faça u m a
respeito
adequado
física? No mundo dos sonhos ou no pergunta mundo /ea/me/zz?e
comum?"
apenas no sonho?" Essa pergunta traz a implicação d e que
o que
que os acontecimentosexternos.
perguntar: Pois é no mundo
"Isso aconteceu na /"ecz/{dczddoesom/z oudos
na
sonhos
realidade
crenças
A mb oe scosão
mpulsões quegenuínos,
mundos motivam aambos
maior são
parte do
nossoortamento
realidades que
. d e verdade. M a s o mundo dos sonhos, se dermos
existem
descobrimos
atenção que cada do sonho est s
de alguma forma na nossa vida prática á -- eem nossas
a ele, tem efeitos mais práticos e concretos
relacionamentos, decisõe , hábitos maquinais, em
ações,
nossa v
impulsos ei d a do
o inconscienteexerce
que ego.
do Esses aspectos sua dinâmica
da nossa vida poderosa.
são: na E lá
que as
verdade,
grandes forças lutam ou se c o m b i n a m para gerar
atitudes, ideais,
com
Quando nos tornamos sensíveis a esses
p
aspectos,
dinâmica manifestando
s
sentimentos. Acreditamos controlar conscientemente
esses elementos d a vida. M a s essa crença é a grande
ilusão d e controle
até aprenderem
não que essas
devem ser consi eradas imagens
ao pé da são simbólicas e
let Uma vez que as d magens dos sonhos não
a.
portanto
r fazem sentido
i
nos termos
coerentes. comuns, um
Se dedicarmos as pessoas rejeitam-nas
tempo para c o mao
aprender
sua "fantásticas" ou sem significado mas, na verdade, os
sonhos são completamente
nos confundir mas, simplesmentep, orque esse é
linguagem,
seu idiomadescobriremos que c a d a sonho é u m a obra-
prima d a
comunicação simbólica. O inconsciente fala por símbolos,
o seu próprio signiâcado -- signiÊcadojá conhecido, ma
não para
que
natural.
s
estaria
meu maliciosamente encoberto para a consciência. A
ver, os sonhos são parte d a natureza, que não têm
intenção d e
enganar, mas expressam alguma coisa à sua própüa
maneira,
assim c o m o u m a plantacresce ou um animal vai à
e dinâmica entre
procura d e as forças que compõem o inconsciente.
Essasalimento, d a melhor forma que podem. T a m b é m essas
formas
d e v i d a não têm desejo algum d e enganar nossos
olhos, mas
Para aprender
podemos a entender
nos enganar porqueessas imagens,
nossos olhosnosso
talvez
ponto u
tenham dem a
literalmente:
visão curta.aprendemos
B e m antes ad eprocurar
conhecer uma atitude,
Freud, eu
uma
encarava o Inconsciente e os sonhos, que são
derivados imediatos, c o m o processos naturais isentos d e
arbitrariedades e, a c i m a d e tudo, isentos d e truques.
(Jung, M D R , p.161)
$118«:á&iã#4$HÜWiIB
INNERWORK
personalidade,
vestem um acontecimento
com a forma e a cor de uma ou conflito
imagem, interior,
de maneira a se que
se
tornarem z/isíueZpsara nós na Terra dos Sonhos.
Imaginação
Dissemos que e símbolos
os sonhos são o pr meiro dos dois
grandes n é imagina .
i
canaisE d desconcertante
e comunicação para muitas pessoas
do inconsciente; quando,
o segu do pela
a primeira
ção
v e z , o u v e m que a imaginação é um órgão d e comunicação
coerente e que
Entretanto, ela é utiliza
isso u m aselinguagem
verdade: d e símbolos
apr ndermos a examina-
altamente
olhos
la com treinados, descobriremos que a imaginação é uma
refinada e complexa para expressar o conteúdo d inconsciente.
e
o
para a mente consciente. O primeiro condutor é a
verdadeira
capacidade decorrente d e energia e imagens cheias d e signiÊcado,
têm umadocaracter
fluindo ística especial
inconsciente durante aemmaior
comum:
parteseu poder
do tempo.
de Podemos delinear dois condutores que vão do inconsciente
é realidade
N a verdade, ninguém "inventa" n a d a na imaginação. O
imagens da mente, o órgão que tem o poder de vestir os
material
seres que
aparece na imaginação tem sua origem no
s imaginação, corretamente entendida, é o
e inconsciente. A i e
éculos produziu nossa atual confus
canal atravéso do
acerca
qualdoesse
que são
esses acontecimentos;
imaginação porém, comoconverte
é o fra z$áormczdoqrue o preconceito está
o material
tão
invisível em
a imaginação
imagens que a eram
menteentendidas pelos
consciente pode nossos
perceber.
A raiz d a palavra ilmagzlanão é a palavra latina
ancestrais
â ma g o, que
quer dizer "imagem"; a imaginaçãoé a
capacidadeformadora d e
do mundo interior c o m imagens mentais para que
possamos v ê -
los. A imaginação gera os símbolos que o inconsciente
usa para
d expressar.
U m a vasta área d e eventos históricos e psicológicos
os s ã
através
quereligiosas;
podia serera nossanacapacidade
retida memória e d econvertida
''tornarnovisível''
objetoo
conteúdo do mundo interior dando-lheforma,
do
personificando-o.Os gregos
l Os romanos aparentemente não tinham uma palavra latina para esta
ideais ou qualidades universais que se revestiam das
exata idéia
imagens d e seus deuses. Para eles, .p#czmfasZebra o órgão
pelo qual o mundo
divino falava à mente humana.l
a Na psicologia européia, pelo menos até os tempos
cap
medievais,
INNERWOltK
O S ARQUÉTIPOS E O I N C O N S C I E N T E
(Jung, 9, C W . 5-6)
semelhança
E m a n a m do e inconsciente
até uma uniformidade de exper
in.fluências ência,
decisivas
eque,
independentemente d a tradição, garantem a c a d a ser
i
u m a sua condição de imagens primordiais, denominei
com
a/"qwéfZ»os(.9, C W . 118)
humano, a forma especi icamentehumana que suas
SÓ podemos supor que o comportamento [humano] é
atividades
resu]tado
d e padrões d e atuação, os quais descrevi c o m o
{ m cz ge 7 z s
[primordiais]. O tertno ''imagem" pretende expressar não
só juntas
surgir a e que se repetem espontaneamente em
forTna d a atividade que se desenrola, mas a situação
modelos
típica na
qual a Praticamente,
também é um tipo. atividade é liberada.
nenhumEstas
ser imagens
humano são
"primordiais" na m e d i d a e m que são peculiares à toda a
real se espécie, e, se foram um
por sua própria natureza, modelos idealizados de
dia ''originadas", sua origem d e v e coincida. pelo menos,
traços
c o mde o
início das espécies. Elas são a
f
''característicahumana" do ser
adotam. (9, C W . 153)
t i
t
coexistindo dentro de nós, a nível inconsciente.
São estas
"personalidades'' interiores que nos aparecem e m
sonhos c o m o
"pessoas
imagens e m nossos sonhos, existem arquétipos. M a s a
maioria
dessas formas #ão são arquétipos, não correspondem aos
modelos
universais; são simplesmente sistemas pessoais d e
energia d e
com
i
ROBERTA. J O H N S O N
.áem/m/mcnza,s
ç alegorias poéticas e religiosas. Algumas
vezes a
ou que tornou possível a comunhão c o m Deus. Outras
vezes. os
homens imaginaram u m a musa feminina que os
inspirava à
poesia, à literatura, à arte ou à sensibilidade reÊnada. As
mulheres.
INNERWORK
reconheceu-o c o m o u m a i m a g e m universal d a v i d a
humana, e
pode c l
Algumas vezes se torna mais fácil ver
c o m o as
personalidadesque aparecem e m nossos sonhos
correspondem 47
ROBERTA. J O n N S O N
imenso
.
simbólico,
humano domas t a m b é m Coletivo.
Inconsciente um reservatório
Podemos d e os
sentir poder supra-
arquétipos
nos fortalecem ou derrotam, no liberando ou nos
c o m o u ma carga d e energia, sentimos c o m o se estivessem
possuindo
fora
conseqüências. Nós os sentimos como energias imensas,
d e nós, algo c o m que a mente consciente tem d e
interagir, tem influenciam, começamos a entender'porque
os gregos e outros
sobrenaturais.
C o m o os sistemas d e energia gerados pelos arquétipos
são
transpessoais, universais, correspondentes a realidades
primordiais
atemporêis, nós os sentimos através dos sonhos c o m o se
fossem
divindadesou deuses, os experimentamoscomo Grandes
Por vezes nos ajudam, outras vezes nos a m e a ç a m ;
Poderes. s
alternat:ivamente
, dependendodo processo d e evolução que
atravessamos e d e suas
.
J
INNERWORK
Apocalipse (N
. E.)
: Armageddon: o lugar onde se dará o onf o final entre o b e m e o
. c lit
mal o no
descrit
CAPITULO 5
CONFLITO E UNIFICACAO
C R E D O IN U N U M
Como o trabalho interior é o diálogo entre os
consciente e dodoinconsciente, ele sempre traz o
elementos
conflito
espectro --doconflito interior acerca de valores, anseios,
crenças,
moda/su/z;e#diíc, ondutas, lealdades. Os con.ditos, é claro,
não. Maslá
estão nosso trabalho forma,
d e qualquer com osindependentementede
sonhos nos força a vê-os
Imaginação
los. E a Ativa, talvez mais do que as outras formas de ou
enfrentarmos
trabalh
interior, traz os conflitos para a superfície e d e i x a -
o
os à mostra. Que fazer para trazê-los para fora? A maior
se aos preconceitos de seu ego e reprimindoparte dasaspessoas
vozes
do não consegue encarar d e jeito nenhum os conflitos
interiores; elas impõem-se u m a forma d e unidade artificial d e
vida, apegando-
verdade seres Se
inconsciente. .pZwzajsC. ada umd edenós
outras partes nósmesmos
tem umatêm
multidão
valores oudeanecessidades diferentes, a maioria
partilham mesma psique. Sabemos também dque
e nós
a
prefere não saber.
menteJá falamos sobre o pluralismo d e nossa estrutura
interior.
Sabemos que, apesar d e parecermos seres individuais,
somos de
desafio na integrar todas as partes em um
odo.
personalidadesdistintas que coexistem no m e s m o corpo,
que
h u m a n a v i v e n d a o mundo d e forma dual: dividimos o mundo
e o
nosso próprio ser entre a escuridão e a luz, o ''bom'' e
o ''mau", e
permanecemos julgando tudo eternamente, ficando primeiro
com
lado, depois c o m outro, raramente assumindo o
t
um mas
gra de
n
ROBERTA. J O H N S O N
revelando
do o
INNERWORK
ddea um
qualmesmo
toda a multiplicidade d a v i d a e m a n a , e para a qual
tronco. esta convicção estaríamos desamparadosl o
Sem
retorna.
trabalho
importam os conflitos que encontramos, não
importam as
confusões
podem sere reconduzidas
choques que temos
ao Um.dentro d e nós,
Uma forma de são todos
refazer
galhos
esse
dualidad através o trabalho inte
r.
sério c o m os sonhos e os cona'ontos d a Imaginação
A v i v a seriam
impossíveis. A multiplicidade d e nosso interior nos
recitando
esmagada. pares de opostos que expressam o .y/me
oM a s
.ya#go Credo
da nos ensina que todas essas personagens
interiores,
toda essa energia, e m a n a m d e um a fonte única, indivisível e
chinesa
que ant a, esta pal vras revel m a divisão e
inerente
pontâneado mundo em pares de opostos: t evas e luz,
quente
c a mi n h o e é entrar n n
e, d rio
corajosame te esse
de a u r be p
ao
r consciência?" Esta é, na verdade, a questão crucial, e
não encontro
a resposta c o m facilidade. E m v e z d e u m a resposta
nebulosas,
verdadeira, plantas e animais, exZsfeD. e uma pequena
só posso
colina no fazer u m a con:Gssão d e :6é:creio que, após
milhares e
milhões d e anos, alguém teve d e se dar conta d e que esse
mundo
mal-avilhosod, e montanhase mares, sóis e luas,
galáxiase
E então, naquele momento em que vim a sabê-lo, o
mundod a ÁÊ"ica. certa vez. observei os vastos rebanhos d e
leste
animais selvagens pastando silenciosa e calmamente,
c o m o têm feito
desde tempos imemoriais, tocados apenas pelo sopro do
mundo
primevo. Senti então c o m o se eu fosse o primeiro
hDepois
o m e m , dea nos termos
prüneira separado,
criatura depois
a saber que detudo
termos
é. O
o mundo à exis
tr zido
mundo
ência, ornando-nós conscientes dele
inteiro à m i n h a volta estava ainda no estágio
como prünevol ainda não sabia que exa.
terminada. Cada um de nós carrega uma intui ão, um â
convicção
passou a ser; sem aquele momento, ele nunca teria
sido. Toda a Natureza procura esta meta e percebe que
coração da completa
ela se vida, e denoque é possível para nós, percebê-
lo homem... C a d a avanço, m e s m o o menor, através deste
c am i n h o
dse erealização
filosoâas consciente,
designam comoacrescenta
{Zwm l#zcz muito
ão. para o mundo.
(jung,
9, 1, C À e p. i7D
t t
unidade
a distinta de nós mesmos, nossa tarefa ainda
não está
que para
cresc
A parte que nos cabe, se formos honestos, é
i
viver na
dualidade e no paradoxo. O diálogo desses elementos
paradoxais
O TRABALHO C O M OS SONHOS
CAPfTUL06
C O M E Ç A N D O A TRABALHAR C O M OS SONHOS
INNERWORK
parte,
ainda, queria sair e salvar o mundo, lançar-se às ''grandes
causas" c o m o o "renegado", e m cruzadas sem ülm. A parte
"renegada" da
através
entre si dapara
personalidade de individual.
criar a psique um só indivíduo. Em nossos
AÍ encontramos o tipo-
sonhos, criança, o tipo-mãe, a virgem universal, a libertina
universal, todos ruindo
nosso caráter e tem uma verdade diferente para contar.
eles um
Cada se associam ao herói ou à heroína, ao sacerdote, ao
canalha arquetípicos.Cada um colabora c o m u m a riqueza
diferentepara o
e .
acetas um lux
m
freqüência
nergia para simbolizar os sistemas d e energia que estão
muito
afastadosdo ego, muito longe d a mente consciente, no
ftlndo do
inconsciente d e quem sonha. E impossível predizer, para
u ma
mulher ou um h o m e m e m particular, qual parte interior
será
indivíduo, porém alguns padrões comuns são evidentes e é
bom
ROBERTA. J O H N S O N
Os homens têm sido
tradicionalmentecondicionadosem
pensamento
nossa culturae aà se
organizaçãol
identiâcarema cserem heróis
o m o lado d a ev iativos.
da
Orelacionado ao
representar a natureza emocional do homem, sua capacidade
de
inconsciente e m geral escolhe u m a âgura feminina,
portanto, para
como imagem
sentir, mental
apreciar feminina
o belo, signiâcavalores
reconhecer a necessidade de
e se relacionar
torná-
c o m o amor. Estas são capacidades que, e m muitos
A estrutura do ego de muitas mulheres se
homens, v i v e m principalmente no inconsciente. Sua
identific
principalmente
aparição com sentimento, relacionamento, alimentação e
no sonho do h o m e m
signiÊcar
responsabilidade demais, ou u m a alteração perturbadora d a
n ade do ego. Por exemplo, se a atitude d e um h o m e m para
o i
s
s "companheirão", um irmão tribal que o ajuda e m suas
a aventuras,
d
ROBERTA. J O H N S O N
a abordar os sonhos. Eles se tornarão mais claros à
m e d i d a que trabalharmos c o m exemplos d e sonhos e
aprendermos
práticas, nosascapítulos
etapas
seguintes.
CAPITUL07
-::aàP':
O M É T O D OD A S Q U E R O EHPAS
'-
se devidamente
Primeiro,considerada.
e x a m i n e cuidadosamenteo sonho, e
r
resp oc a d a
anote
associação
Que palavras obtiver
que ou idéiasd emec avêm
d a àimagem. U m sonho
mente quando pode
a vejo?"
apresentar pessoas, objetos, situações, cores, sons ou
Sua
palavras e
ou recordação que surgir naturalmentena sua mente
c a d a qual, para nossa .Rnalidade, é u m a i m a g e m distinta que
quando
precisa
Em geral, cada imagem inspira vá ias associações.
A técnica básica é: anote a primeira i m a g e m que
Cadano sonho. Então pergunte-se "Que sensação m e dá
aparece
recordação. Anote cada associação que vier diretamente
essa
da i m a gEntão,
imagem. em? vo te imagem e verifique quais
outras
assoczlczçãéo qualquer palavra, idéia, i m a g e m mental,
sentimento
examinar a i m a g e m do sonho. E, literalmente, q#cz/g e
co/sa que
espontaneamentevocê associar c o m a imagem.
uma me te uma certa um certa palavra,
r
traz à n pessoa, a
frase ou
l à
associações p o d e m Ihe ocorrer. Mantenha-se
7/
analisando a
ROBERTA. J O H N S O N
rigi al, c r
l No o n o autor refere-se à o azul, usando algumas
conotações que a
palavra tem, entre os norte-americanos, para expressar sentimento d e
tristeza,
melancolia. (Por exemplo, ÓJzíe m o d a , .r'uegof f / z e ÓZzíes.. .) Para melhor
compreensão e m nossa língua, trocamos a cor azul por cinza, faz endo
as necessárias adaptações.
72
Wi., ) i % i
;tÉa»Em'ja$;Ü'lbh8ii#aÍ,iiÍ&lPã:MIW&Wlq
INNERWORK
.
associações; não as censure; não tente torna-las mais
i
elegantes
cadeia.
F az en do associações diretas
original do sonho. (E o que também se chama de
Sempre que conseguir u m a associação, volte à i m a g e m
"associação
nestaoriginal
primeira, e outra, a part r da segunda, até se
do sonho. Faça
completar a u m a nova associação c o m esta i m a g e m
do
original. Volte
sempre à i m a g e m do sonho e recomece. Não faça
sonho.
associações e m
Essas associações e m c a d e i a acontecem quando a
conexão
é feita c o m a associaçãojá obtida, e m v e z d e ser c o m a
ichegamos
magem a "hospital" ou Joana", perdemos
livre".) Realiza-se um a primeira associação, depois outra,
qualquer
"tia
i
ba seada
r
Estas frases eloqüentesexpressam uma
arquétipos. Elas
condição surgem da vida cotidiana, terra-a-terra;
que
num sistema de poder, quando estamos perdidos em um
l
ou abstração, às custas da condição humana comum
ideal,
assim,
quando o
sonha que está voando, essa i m a g e m trará à sua mente
uma
profusão d e expressões familiares: "Estou voando alto".
"Minha
c a b e ç a está nas nuvens". "Preciso pâr os pés na terra"
est chei c um
,
ego á o d e si por ter-se identificado o m
75
arquétipo,
ROBERTA. J O H N S O N
l 7Ó
sonho. Nesse
INNERWORK
caso, é melhor deixar um pouco d e lado este símbolo
e partir
para oo: seguinte.
símbo mantenha Não se prenda
a mente abertae até
m umqueúnico
você comece a
l
signiÊlcadopara o
italiana,
cat(51icaÀ. m e d i d a que se tornou adulta, rebelou-se
contra sua
mas segurando o me rosár o. Escuto o mu múrio da
origem latina, e contra a religião d e sua infância. Envolveu-
adainha
se c o m recebo a comunhão, apesar de ninguém ou nenhuma
também
a Êlosofia e a meditação Zen Budista. Este sonho indicou
às suas raízes, culturais e religiosas, ainda
há flores desabrochando ao lado da minha câmara. Sinto
ã n e u
uma
o retorno i
que in.Huenciado por
a
própria personalidade.
Sonho
l
olhos e coisa física entrar na m i n h a cela. A missa
termina. Percebo que
profunda serenidade.':
77
ROBERTA. J O H N S O N
PrimeiraEtapa:MinhasAssociações
transubst
anciação
sformação;
algo que
no plano
interior,
interiorme
nte, ao
invés d e
Praticar
serenidade;
a
familiaridad
e que senti
c o m essa
prática
desde o
início, c o m o
voltar para
casa;
;
trina; estranha à
INNERWORK
quando percebi que t a m b é m não podia
''pertencer" ao Zen coletivo; monastério
Zen ao
qual tive d e dizer não.
Separação; separação parcial;
ade interação com o
G mundo coletivo, porém, interação
.fluirá naturalmente do inconsciente, sempre que
diferenciada; identidade separada; consciência isolada.
nos
Este exemplo dá u m a mostra d a riqueza do
de nãomaterial
termosque
ainda examinado todas as
imagens.
concentramos na i m a g e m do sonho e procurarmos
qualquer
associação que vier à mente. Temos todo esse material,
guiaram para interpretaç
apesarEste sonhoão.adver ia a pessoa sobre o d reito e
a
necessidade
Se analisarmos cuidadosamente as associações
dessa
mulher,
No sonhopoderemos verificar as relações
ela participava,mas básicas que se
permaneciaseparadado
formam
grupo as
entre e imagens e as várias associações que, juntas,
parecem
O detalhe de receber a comunhão sem qualquer
fazer contato
sentido. Veremos c o m o estas associações,
finalmente, a
mas tinha de o provar interiormente, e do seu jeito, não
se
Na sua associação ela lembrou que também itinha pensado
d e ser um indivíduo. O sonho enfatizavasua vida
em
comunidade, dpertencer
distanciada e ta algo e seguir um caminho def
nido natureza religiosa; ela tinha d e participar do mistério,
sua
catolicism
embora
o. se identificasse c o m n enhuma religião particular,
não
coletiva.
d a versão grupal d a experiência religiosa. Não porque
ela fosse
elitista,mas por causa d e sua natureza e maneira d e
ser.
físico é condizente c o m o entendimento que ela teve do
sonho, pois precisava provar a proximidade d a divindade, a
transformação,
a uma
i
coletivamente. M a s não o conseguiu no budismo, assim
c o m o no
A b o a nova para ela, no m ei o disso tudo, foi a d e
que podia
retomar sua herança católica e cristã, porém, c o m u ma
nova 79
ROBERTA.JOHNSON
compreensão que a permitiria participar ver o espírito
e
no centro das formas culturais e coletivas .Podia
essencial
estar na
comunidade sem ser devorada. Podia participar, embora
caminho.
permanecendo um indivíduo, e m busca do seu próprio e
único
As flores que desabrochavam e m sua cela, no anal d a
missa,
arquétipo
para - o self- que
ela simbolizavam u matranscende
nova v i d a os
e uopostos,
ma nova
consciência,
mostrando a
resultantes d a síntese que fez, no sonho, entre a religião d a
infância
e a experiência espiritual d e adulta. Mais exatamente,as
.coresPelo caminho da serenidade, que era o seu caminho,
a
expressavam a própria síntese. Tal símbolo aponta para
aquele
de suas aízes cristãs, como de sua experiência Zen --
que
realidade
de nenh acentral
delas que está por trás deles e, desta forma,
unindo-os.
As flores não são apenas símbolos do feminino, mas
também
do self unificado: no Cristianismo, a rosa representa
para
Cristo;expressar
nas seu significado vo taremos ao sonho
monastério.
do O ritual para este sonho, e os eventos
religiões orientais, o lótus d e mil pétalas representa o Uno.
que se
mulher
do sonho levou a flor do seZFa desabrochar e m
Descobriu o â m a g o universal do espírito, que está
sua vida. r
Há ou ra maneira de encontrar associações para as
imagens no núcleo, tanto
sonhos,
transcende indo
a a ma b afontes
s taissecomo
e não os mitos,
identifica os.formas
c m as contosexferzlozes
de
fada e asum . o
Algumas coisas importantes aconteceram a esta
mulher,
c o m o conseqüência deste sonho. Quando chegarmos à
quarta
.trabalhocom os sonhos que a ção
, l
etapa do , é realiza
d e rituais
seguiram, são muito reveladores.
$
INNERWORK
s
Já demos um exemp o simple , no sonho do Mon
Espontaneamente, associei as flores que apareceram
stério.
l
no quarto
d a mulher
sua vez, nos cleva
o m oa papel
outras que elas têm no
informações quecristianismo,
já conhecemosno
sobre budismo e e m outras religiões, c o m o símbolo do
que canaliza os nossos Ê'agmen seZFarquetípicoI.sso,
os para uma unidade. por
Isso tudo,
o se/F--
r dosque ele é a função transcendental que combi n a
os opostos,
sonhos. t
evidentemente,
antigas colabora
e nos sonhos das muito
pessoas para o sentido
de hoje. Ele do
Êlcouimpressionado
significado
ligadas e
a alguns símbolos muito antigos, t lvez de
culturasdesc briu a que
pode
dessas experiências, ele começou a achar que nossos
mesm Jung
sonhoss o os arquétipos o observar os
símbolos primordiais aparecem, igualmente, nos
podemos constatar de forma mais clara como os
o
símbolos de
mitos e quando
religiões
energia, os encontramos, como Jung fez, em fon es
míticas e outras, antiguidade.
ao perceber que nos sonhos das pessoas apareciam
religiosas
imagens da
mpletame e o r
a
associadas aos
c hecime t co nte diversas que não p diam se do
símbolos
d a mente consciente das pessoas que c o m elas
on n o
sonhavam. A partir
muito mais do que o inconsciente restrito, pessoal, de
e m a único
um n a m d e fontes primordiais, universais, que estão no
â m a g o do Inconsciente Coletivo d e toda a humanidade. C o m
ú-eqüência,
nossos sonhos estão ligados a estas correntes
t
,
universais de
E possível se reportar a um mito, onde o arquétipo
aparece,
e encontrar as associações coletivas que a raça humana,
como
um todo, f a z a partir desse arquétipo. Podemos ler no
mito todas
as nossas qualidades que estão contidas no arquétipo e que
.
ã
est o
Jung demonstrou que os mitos e contos d e f a d a
são .manifestações simbólicas do inconsciente, tal qual os
sonhos. E m
certo sentido, são sonhos coletivos d a raça humana:
refletem o
inconsciente coletivo d e u m a tribo, d e um povo ou d e u m a
cultura,
indivíduo. Eles remontam à era pré-consciente, quando a
raça
h u m a n a estava mais pr(5ximade suas raízes arquetípicas.
Podemos
t a m b é m considerar as tradições d a filosofia esotérica,
como a
ROBERTA. J O H N S O N
alquimia medieval e a astrologia antiga, c o m o fontes
d e ma ão no que diz respeito aos
infor ç
arquétipos.
O arquétipo que aparece e m seu sonho tem um
aspecto
a eles associadas. Cada arquétipo procura expressar a
universal,
si mesmo u m a corrente d e energia que percorre c a d a ser
humano.
Assim c o m o os arquétipos são universais, t a m b é m o são as
imagens
lo, pode-se encontra-lotanto no sonho de um hindu como
um de d e sua própria característica simbológica.
dentro
no
ocidental.
A i m a g e m do H o m e m Velho e Sábio, por exemplo, é
do paraíso,
ubíqua como aconteceu em um dos so hos de Jung.
ePode
m todas as culturas e raças. Sua i m a g e m varia d e mito
de Michelangelo,
para mito, no teto da Capela Sistina; no sonho de
um
d e cultura para cultura. Mas, u m a v e z que se aprende a
santo e a ce ,
reconhecê-
a)
Homem Sábio -- um sentimento e sabedoria que ,transcende
as
Ele pode tomar a forma d e São Pedro, carregando as
chaves
a
n
sobre sua cabeça havia um círculo de prata; os
aparecer c o m o u m a personificação do Deus Pai, c o m o n
olhos eram
ã
vis o
budista, c o m o um risÀ{ (mestre) ou um
óod/z/sczffz(;scezmi-deus);
Em
no sonho de um hindu c o m o um gzdrzíou um
s t
sz4myasi#(homem
Existe um aspecto c o m u m que a c o mp a n h a os
símbolos do
d
gerações; d e atemporalidade, no sentido d e estar fora do
curso
do tempo. Eis c o m o ele aparece e m um mito moderno, d e
autoria d e J. R. R. Tolkien:
arquétipos
c o m o deuses que criaram o mundo modelando o perfil do
destino,
da natureza..
dese Essas
a manifestaçõesdos grandes arquétipos
povoam os
A característica d a Grande Mãe. na natureza
pa a a existência concreta. Nós emczz?"Manooss
humana.
arquétipos em a deusa do amor sensual;Hera, deusa
apareceAírodite,
quais eles se materializamsobre a face da Ter a, o
do lar;
campo de deusa d a agricultura. Voltando ao mundo
Deméter,
hindu,
encontramos a Grande
Uma vez que M ã e c ouma
reconhecemos m o Kali,
Êguraa como
terrível
um deusa que
tantoarquétipo,
onde o mesmo
abe nçoa c o m o arquétipoapareceA figura aou
destrói, d a n d o e tomando evento
vida, do
no eterno
sonho
ciclo
o que ela tem a di er a respei o dos and s a
sonhos
quétiposdosque
mortais
Ihe comuns. C a d a um d e n(5sé um
desempenham
canal através na vida humana? Se, por exemplo, for a
do qual essas forças arquetípicasprecisam encontrar
Grande
r
passagem
os recipientes nos
r
batalha onde eles travam suas guerras eternas, cósmicas, o
palco onde eles representam o drama universal e m que se
transforma,
particularmente, c a d a v i d a humana.
a próxima providência é procurar os mitos e as
.
demais fontes
pode fazer lampejar na m e m ó r i a um a
passagem d a Bíblia ou um a
grande história dos dias do Rei Arthur. Você vai à fonte e
z t gr e r
verá-Rca
l
INNERWORK
s
c ó d i g o auto-explanatório. (Jung, 7 a#d ./l/Z SwmZ)oZsp,
Mesmo quando o símbolo tem umMa#signif cado coletivo
. 53)
ou
ser completamenteexplicadoa partir do seu
C a d a isso
Por símbolo
é doimportante
tão sonho temque
u mase conotação
faça essa
íntimo.
especial,
primeira
individual, que etapa
pertence apenas a você , d a m e s m a forma
como o
como
sonho, e m última instância, pertence somente a quem o
substituto. i
sonhou.
na procura da conexão mí ica que simplesmente acabam
por
universal, ele ainda tem um colorido pessoal para você, e
só pode
os símbolos, e parar
por aí.
d e forma completa. Encontre as associações que brotam
do seu
nos meusinconsciente.
próprio sonhos, signNão
Êca aceite
que algo está
interpretações
acontecendoentre meu
padronizadas
Não é aviso
Este suficieé nte dizer:
ainda mais"Ah! Este é o quando
importante símboloseda
cGrande
hega à
f ção
por aí. Temos de arquetípica.
ir adiante. As pessoas
Devemos o âcar"Que
perguntar: tão
esse t
ampli ica p dem
Rigorosamente falando, não é necessário a ninguém
esquecer que t a m b é m p o d e m fazer associações
envolvidas pessoais para os
símbolos. Esse é o ponto no qual é forte a tentação d e se
procurar
um dicionário simbológico, d e se encontrar o que os
mitos d i z e m
e co trar mi ha on o c
obre
s S eu não en n n c exã .pessocz /om o
arquétipo,
então n a d a disso tem sentido. O arquétipo está presente
e m mim,
a g e através d e m i m , vive sua v i d a através d a minha. Quando
i
aparece
S E G U N D A ETAPA: A D I N A M I C A
.
verdade
v o c ê Êsicamente os escreve, as conexões c o m o
sonho se tornam
est gi s noque
concentrar
reconciliações mundo exterior;
levam, :Rnalmente,a precip
um sentido do
assim,
seH C a d a tadamente,
E um preconceito coletivo que sofremos:
consciência
mos quealguma parte exfeMo
só o mundo inconsciente d e nós mesmos, ou
em alguma
espontaneamente,
importância. f
mostra
cada reação
entramos e m que temos,
choque com cada
ele, decisão
e m v e z dque tomamos,
e dele cada
aprendermos.
relacionamento que firmamos, é resultado final de
l
noss
Esse s
De muitas acham pe
preci
n o início, pessoas di.Hci] nsar e m um
interior completo exist:indo dentro d e nós e paralelo ao
mu d
mundo exterior;
para alguns, é difícil ver que a v i d a dos sonhos diz
respeito,
principalmente, ao mundo interior. Nossa cultura nos
ensina a nos
i concluímos que nossos sonhos estão
contando algo sobre o exterior.
supo t
O verdadeiro signiâcado do mundo interior se
torna mais claro quando começamos a perceber que quase
tudo que fazemos,
têm queinterior
o nível ver com que
sua os
vidasonhos
interior.Por vezes,se as
geralmente voltam.
pessoas sonham
São raros os sonhos -- acontecem u m a v e z ou outra -
guerra. Por vezes, alguém sonha que algo está
que estão dirigidos a alguma coisaáora d a pessoa que
acontecendo a um sonha e que n a d a
O rapaz que
No terpreta o c rreta.
,
sentir-se importante, perdera a cabe ç a, entrando e m uma
i
espécie
caquela
om outra pessoa ou situação do mundo exterior está
sendo
afetado por alguma fantasia que o envolveu, alguma atitude
interna
dizerqhe.
e do
trabalho c o m os sonhos -- o que vai determinar se será
encontrada
a sabedoria no sonho, ou não. Temos d e reconhecer que
os sonhos
são intrincadas tapeçarias d e simbolismo, e que c a d a
i m a g e m .representa algo que está acontecendodentro d e
nós.
é muito forte, e m especial se houver conflito c o m a
l
pessoa que
apareceu no sonho. Queremos usar o sonho c o m o
desculpa para
caráter
interior- -- aspectos d e nossa personalidade dos quais
não nos
do sonho,
i
conduta.
osições
atitudes que são ditadas pelo mundo ao nosso redor --
família,
tribo ou sociedade. Geralmente, não sabemos que as
temos. Se
as percebemos conscientemente,como nossas crenças,
supomos
que estão certas e raramente ocorrerá questiona-las.
ROBERTA. J O H N S O N
INNERWORK
motivação", eufemismos para a manipulação pessoas através
de jogadas inescrupulosas. Mas aqui, no seu sonho,
que, não só tinha uma ânsia de poder encoberta
descobriu de como
todo
tambémum sistema de crenças que ele, ex ostiam
u veladamente,
dentro
acredit va em "ter ucesso" cor er atrási de formas
dele. A desua própria
fáceis revelia,
poder, explorando os vícios parte dele,
e o charme
a
secretamente s , r
calculado d a ''Madison l ''
Avenue" para conseguir ''chegar áa figura do
Para desgosto jovem, detalho
grande a vdo o sonho u
tambémNãode hinfinita
i a mistério
va ia parasobre
quem que o sonho
sonha. estava
Vale ouro, dizendo.
atitudes
ouro que no fundo ele tolerava. Tal sonho é embaraçoso,
puro,
processados. O sonho l permite que se faça uma
mas
escolha
renunciando a elas ou melhor ainda, fazendo uma
síntese
saber o que zea/me#fevocê está tramando por detrás dos
ideais
consciente, ética - ou aceitando as atitudes no sonho,
parece exagera significa,, em geral, que o inconsciente
ou
está
inteligente.
N a prática, n e m a atitude conscientedo e g o n e m a
atitude in-consciente
inconsciente, do seu sera interior
para compensar posição são a resposta
do ego. A atitude
anal. A atitude adequada
do o caráter ü c a entre as duas. D e fato, se a atitude do
para
da atitude do ego. A medida que a atitude do ego se orna
,
mais
inconsciente
ão ao
centro. u m a posição igualmente desequilibrada, ex age rad a,
compensando
do ego.
produzEssandoé umumaa forma d e vcompensatória
atitude o c ê discernir quando
de puroseu ee g o
tomou u m a posição extrema, descentralizada, que não é
voraz
verdadeira para o seu caráter real: v o c ê vai perceber u m a
posição e x a g e r a d a do
inconsciente é exatamen na proporção
t
descentralizada
moderada, a atitude do inconsciente t te
a m b é m mesma
se descontrai e m
um
ç
idealismo glorioso.
dire No caso Não devotou
desse último sonho, nenhum
o rapaz pensamento parae malgo
estava perdido
prático, ou d e c o m o construir sua vida. O inconsciente
i
reagiu
através d e um
Essa era sonho curto, aparentemente
uma situação na qual meu ego mantinha
insignificante,
certo que
valores se sobressaía em alguma outra par e de mim. A
con ciente, não acredito em roubar nem mesmo um
nível
psicólogo.
jornal,
'Você um escroque
'Você é um! Uma partequer Uma rouba
Sonho su !" que roubar
Q ue
ue pod
pod
l iaia fa z eer
r
??parte
nt
Se nt iaia-m
-m eedad e ssol
ol
raaddooe ul
e c ul
á" paddooporc
pa usaa
porc a us
d o sonh o.T e nt
"Estou e i d e sc obum
roubando rir ond
jornal e , n ad em inh
u ma vvendedora
id a , e u e sta v a
automática
D e repente, percebo o que faço e m e sinto culpado."
conjunto d e valores, quando descobri que outro
t
conjunto d e
s -
que naquele tempo teria custado só cinco centavos d e
dólar.
Entretanto, o sonho estava atirando no m e u rosto esta
r
acusação:
INNERWORK
101
ROBERTA. J O H N S O N
H n
INNERWORK
t el seja
qu a
a mws, e começar a aplica utomaticamente
e odas
a as doutrinas concernentes a ra/zzlmzéEsl. a d e v e
seu
se dessa pessoa interior, descobrir qual é seu
aproximar-diretamente dela que informações e qua idades
aprender
oferecer
a ee sua
caráter
tem qual seu papel no mundo
função,
interior.
l
os homens, nós
vezes
i é di ícil dizer, a respeito de um sonho, se a
conotação
e m nós, quea ser
traz para fora tanto o melhor c o m o o pior
d a natureza
considerar esse
Por outro
Jung
símbolo. lado,
es obriu queososcães são gleais
animais por excelência. A
r lmente
imagem
representam
do cão submisso, no sonho, pode fazer referência a u ma
nobre
qualidade, uma capacidade para a lealdade mais profunda.
pode f
assinalar um conflito entre as necessidades de uma
Algumas
parte
conscient
considerada é a positiva ou a negativa. Algumas vezes o
.
cão pode
ser u m a advertência, outras vezes, u m a afirmação
poderosa.
representa,E mno simbolismo hindu, a mais alta
geral, algum pequenino
manifestação do detalhe do sonho nos dirá d e
que forma
sonhos, umad cobra .ArcÜabranca aparece ea
em geral como
uma sistema de energia primitivo, físico e instintivo,
um
c
dentro d e
nós. Podem corresponder a u m a necessidade .física d e
alimentos,
descanso ou exercício ou a u ma necessidade d e
experiência
erótica e sensual. U m a luta c o m um animal ameaçador, no
sonho,
con que
o trabalho interior. Ele é uma dessas pessoas que não
O sonho m e foi trazido por um estudante d e
pode viver
faculdade, c o m
vida
vinteextraordinariamentecheia
e dois anos naquela ocasião. e Ele veio fazer
útil
análise
o dequando
Sonho da Garota dos Olhos
Brilhantes.
neurose. T i n h a c h e g a d o ao ponto d e não mais poder
estudar ou
pass
Este foi o primeiro sonho, durante a análise.
. a
Retratou
lindamente o estado e m que ele estava, mostrando quais
sistemas interiores estavam envolvidos e indicando a
direção que d e v i a tomar. O sonho predisse a cura
dramática d a neurose, que teve
lugar quase que imediatamente depois que ele começou a
realizar
sem um a v i d a interior, e um a v e z que reconheceu este
mudou rapidamente: completou seus estudos
fato, tudo .
agora leva u m a
E m honra d a manifestação d a sua
e sonh
c z M i m c zc,h a m a r e i este
INNERWORK
fio o mais
com uma de suas outras amigas. Mencionou alguns
rápido que pude. E m seguida elas estavam ao m e u lado.
nomes.
M i n h a Eu
perguntou-mequal a minha decisão a respeito do
irmã m e perguntou se eu gostaria que ela arranjasse um
encontro.
encontro
associações, e
que algumasj delas já "deram o estalo". Agora, na segunda
etapa,
temos d e aplicar estas associações a dinâmicas
específicas d a
v i d a interior do estudante. Eis as conexões que ele
poderia ter l l
r
parece comdecidir
pertence, minha airmã?
que Uma coisa que
valores
''bate" t
r
q
quero servir,
Penso que a única forma pela qual posso
sair d a
rua é encontrandoa pequena área d e chão
l
que
que viver,
c o m o se a
v i d a tivesse
sentido.
Assim,
m i n h a alma.
Este é o
aspecto do
feminino que,
ao contrário
d a "irmã", m e
guia para o
mundo /
zfe/"flor,
para o
mundo
espiritual,
INNERWORK
tentando
encontrar
m i n h a alma,
estou
tentando
própria alma.
Talvez no
momento e m
que decidi
anotar meus
sonhos e
passar a
examina-los,
c om e ça r a
viver no
mundo
interior --
este foi o
1
1
1
ROBERTA. J O H N S O N
momento e m que eu disse à m i n h a alma
que
com minha
queria psique
conversar c o interior
m ela, quee queria
começaru mcom
a
ligação
ela
u m a camaradagem.
i
está interessada, primeiramente, na v i d a interior. A
partir daí, 112
INNERWORK
Usa do so ho da ar s n :1
impor
3
u mna amostra
o n d e interpretaçãopara
G ota do Olhosilustrar
Brilha tes,
os
preparei
tipos d e idéias que #
114
.d
INNERWORK
i
inteiro se e n c a i x a e o significado que ele tem para a
sua vida.
Continue a trabalha-lo até que faça sentido e se adapte ao
padrão
global dos eventos do sonho.
Estive
Coloquei bloqueado por uma
esse exemplo pessoa, cUma
grave neurose.
na primeira o m ovezse a
j o v e mela
que
eque
as sonhou
necessidades do inconsciente, posso perceber o que
falasse, c o m a ânalidade d e ilustração.
estava
Interpretação:
Meu ser interior,o porém,
sonho es d a ágarota
pedindodosalguma
olhoscoisa
diferente
bem alg qu s intitu uidcz fezzloz Iss signific meditar
brilhantes
trabalhar c m ose sonhos,
la saber quem sou, perceber
Qualo é oe quadro
, ,
global d a m i n h ao v i daa que este
que tenho
sonho está
apresentado? O sonho m e dá u ma forma d e entender
minhas
relações emocionais, m i n h a depressão, inércia e
incapacidade
d e progredir na escola, nestes últimos meses.
é, na verdade, u m a lacuna intransponível entre a atitude
consciente
N o sonho.
undo colet vooe resultado d e m inan hdependência
de permanecer a tentativade ter
do meu
no m i
sucesso
complexo
dependente. materno é mostrado através d a m i n h a imagem:
caído O sonho mostra os três t pos de energia femin na
na sarjeta,
dentro completamente desamparado, passivo e
i i
d e m i m , ativas e m m i n h a vida, agora. Primeiro, c o m a
Grande
de tudo, é que eu não estava vivendo a vida ou
M ã e , fui colhido
buscando as pelo seu lado negativo. Tornei-me
buscando
completamenteo que pensava que as outras pessoas
passivo e dependente,
esperavam de e isso resultou na terrível inércia
e m quedeitar na rua em dente à casa de minha avó materna
Então,
m e que
diz
me encontrava, na m i npelo
fui apanhado h a incapacidade d e atuar
complexo materno no na
sentido
faculdade.
azera eoutra
Porém, o querazão, ainda mais fundamental e que está
pensar.
por trás qualidades que mais interessam ao m e u ser
levar de vo a a me rela iona livremente com as ulhe
interior.
s e Estava m i m , e não o que meus instintos
permaneço indefeso no complexo materno e em uma forma
mais profundos m e ditavam.
de
regressivo,
elas parecem infantil, dependendo
me empurrar para d uma
e que outros m que
coletividade e
dissessem
me o
que f
U m outro lado do feminino que a g e e m
psique interior, minha cz#zímaE. la é a força dentro de
mrepresentado
i m está
mim, que pela m i n h a irmã. Este ''feminino-terra"
do meu próprio
lt inconsciente.
c Ela
r é como uma deusa mde
quer
olhos me
secreto
re do meu sexyi zfer/o6minha alma, e me mostrar
ccomo
o m o mundo. Isso é b o m , porém não posso fazê-lo
enquanto
v i d a ditada pelo coleüvo. Preciso aprender c o m o m e
relacionar c o m
m e u seZ/ interior, antes d e sentir que posso m e
relacionar
adequadamente c o m as pessoas fora d e m i m mesmo. Do
contrário,
116
Escolhendo alternativas
.
perceba que simplesmente ela não tem nen huma energia.
Ela
.murcha, morre, e não é possível conectá-la com n a d a
r t l
que tenha
118
INNERWORK
--simboliza
em a renovação d a vida, porém, no lado negativo,
representa z;e/ze7z-o- o veneno d a serpente, o pus d a
ferida, a secreta qualidade venenosa d a raça humana. Diz-se
que .ãca ''verde" d e iíiveja, por
1]9
ROBERTA: J O H N S O N
O tom verde..doention, ão amigável,dos olhos d a
sedutora foi
a pista, o detalhe especial que nos disse c o m o interpretar
esse sonho
ambíguo. U m b o m emprego, u m a oportunidade d e trabalho --
da
n a dczm/mcdzo homem. a consciência
a errado, aparentemente. do sensual
E u m a bela figura quee se
do insinua,
no sonho,opode ser algo excelente: o lado d a "sombra" d e u m a
erótico,
mulher;deixa de cabelo em pé, aí está sua
a aparição
pista.
desabrochar d a sensibilidade.Mas, se o tom d e verde dos
dela o
olhos Harold Goddard, o grande estudioso d e
Shakespeare, nos sobre o tipo de genro que deseja. Ele
da moça discorre
mostrou
quer queque este princípio é verdadeiro nas peças deste
autor e,
talvez, e m outras grandes obras d a literatura. O exemplo
citado
vai
d e que m e recordo, era u m a ce n a d e .Romewe7h/{efczn, a
acabar.
qual o pai
Julieta se case c o m alguém rico, pertencente a u m a
família
pequena
poderosa,pista de queque
opulenta, precisamos, de queu as
viria a formar m a coisas
aliançanão
com
vão bem,
a sua.
profunda no seu senso de valores. As coisas vão
Tudo isso soava bastante normal e inofensivo para a ltália do
mal, e as
século
XV. Não nos dá nenhum sentimento terrível sobre c o m o
a peça
parecia amb
Mas, então, existe um detalhe aparentemente
gua. insigniÊcante:
o lamento d a ama. Ela diz que a atitude do pai é o
m e s m o que
entregar Julieta
Se você acharà que
prostituição: ele a ainda
a interpretação venderia pela
não está
maiorficando
oferta,
para quem trouxesse a maior soma. A afirmação d a a m a
nos dá a
a um nível profundo, no destino daquela família. Existe
u m a quebra
Confrontando os opostos
ambas as .
í
Algumas vezes o sonho diz que não existe n en huma
escolha
"certa". Pode-se adotar ambos os caminhos, e o sonho diz
quais
as conseqüências para aquele que foi escolhido. O sonho
I h e diz
'
que v o c ê d e v e tomar, mas, se você persistir na outra
atitude, eis
e x a t O inconsciente é justo c n sc . Permite que nosso
a
e g o faça o o o
responsabilidadede nossas
Aqui estão algumas próprias
regras decisões.
às quais podemos
recorrer, tanto
que não se encaixam bem. Veremos quatro
Quatro regras para validar a interpretação
delas.
para Opte
confirmar
pela u m a interpretação,como
interpretação paraalguma
que Ihe ensina eliminar
aquelas
coisa nova,
arraigadas. Lembre-se de que a principal função do
sonho é
1. Escolha u m a inteQretação que I h e mosüe algo que v o c ê não sabia
no dizer o j e portant
s á o,
edaquela
m v e z ãue
daquela que parece
simplesmente conülrmarpreconceitos
repete o que pensamos já e
saber.Há uma exceção para esta regra: a gumas vezes os
opiniões
sonhos
mas você nem a algo
comunicar'lhe compreende
que v o cnem a põe
ê não em que
sabe, prática
v o c ê Nesse
não
percebe
caso, ou
melhor
que v i v e perguntar porque oO sonho
no seu inconsciente. sonho precisa
não gastaficar
nosso
tempo agem.
repetindo para essa
que sabemos compreendemos; dev e- se
escolher .a interpretação que desafia as idéias existentes,
e m vez
l
transmitem a m e s m a m e n s a g e m básica muitas e muitas
vezes, o sonho .pcz/"ecrée?petir algo já conhecido. M a s se
.
assim for, é
n
Se os sonhos servissem só para confirmar
me s
opiniões e suposições preexistentes, não contribuiriam e m
n a d a para o nosso
122
INNERWORK
o
utras pessoas pelas coisas que estão acontecendoem
vidas. Por exemplo, se v o c ê tem u m a rixa c o m
nossas l
algum colega d e
123
ROBERTA. J O H N S O N
s
e
sonhos, porque
124
INNERWORK
experiê continuando a om o o o
r
ncia, interagir c s símb l s,
voltando
125
CAPITULOll
Q U A R T A ETAPA: O S RITUAIS
126
r'
INNERWORK
Muitos exemplos m e v ê m à mente. As pessoas,
vezes,algumas
sonham que precisam ficar mais atentas ao seu
lado
fazer um ritual,
sensível e a seusreservando uma noite para realizar
valores sentimentais.Para tal sonho
algo de
podemos
mas para o qua nunca temos tempo. Ou podemos faze
alguma
nos importamos.
profundo valor, Asalgo
pequenas coisas funcionam
que sintamos c o m o importante
e melhor:
sublimepor
coisa pequena, sutil, para mostrar afeição por
Qualquer ritual lfísico servi á, se reafirmar a
rsonho
mensagem do alguém c o m quem
.
exemplo,
de aparecer
ir para a praiapara uma visita
ou para rápida
o campo, sairoupara
enviar
um um
detendo o olhos
longo passeio, core dar ter e do céu e no relegando
cartão. s nas s ra s
vida
Se consciente
o sonho diz que gastamos muito tempo no trabalho,
U m dos melhores
que .precisamos rituais
d e maior de que me lembro foifazer
relaxamento.Hsico,podemos
feito por um ritual
sonhou que estava em um shopping center num sábado à
noite,
c o m o mundo físico. M e s m o pequenos atos, c o m o
esses, têm o poder d e tornar o sonho concreto, e
insatisfe
co m e ç a r sua integração na
to.
do trabalho com os sonhos. Sua interpretação foi a de que
o sonho
um j o v e m estudante que estava fazend o análise comigo.
Ele
saudáveis, metendo-se em aventuras e relacionamentos
que o
andando d e lugar e m lugar e tudo I h e parecia ruim.
Encontrou
um monte d e quinquilharias para comprar, um ''lixo d e
comida"
que osido
fez passar mal, e travou contatos superÊlciais, que o
sua quarta
i
etapa.
de ixa ra m
127
ROBERTA. J O H N S O N
sepulto burac re
pessoas e. atividades que não o podiam alimentar em
qualqueru
Este é um exemplo instrutivo do que a nossa
ritualisticamente,sua d e terminar c o m os envolvidos
sociedade faz
superÊciais
nutrir psicológica e espiritualmenteA. maior parte
Esse sonho e esse ritual tiveram um efeito
das formas e sobre
saúde profundo
física ou seu bem estar interior Esta situação
o rapaz.
bem
geral Deram início a u m adogrande
está sonho, evolução
jovens na sua
força d e
vontade,
fazer, consciência
algum lugar e para
maturidade.
ir, um Osent
ritual
do oouf e zuma
parar de
ligação
procurar
que não
com onde não podiamEser
os shoppings
alimentos a memfcz//dczde
encontrados,s/zo.P.pi#.g
d e dar sua
centers ce#fe?"
v i d a para nível profundo.
As pessoas geralmente se su preendem ao
c o m os jovens, e m geral. Perdemos as formas
aprender que
tradici onais d efazer coisas grandes ou caras. De fato, é
necessário
coletividade -- a família, o clã, a escola, a igreja -- que
os poderiam
atividades sociais disponíveis para eles não contribuem
.
para sua
simbolizada pela i m a g e m de circulando
e m shopping centers, procurando, sem rumo, alguma
coisa para
enc trad s . N o h
i
p o d e m ser on o ali. ã á nada
errad
130
INNERWORK
131
ROBERTA.JOHNSON
1
=.u=:='B':== 1= g 3
::=u
Precisam .
i;,j
133
ROBERTA. J O H N S O N
que
alguma
facilmentecoisa para sensível
do aspecto expressar os
o símbolo -- alguma
envolve. Porém,
coisa que
se./ize7"mos
consciencia.
envolva nosso corpo e nossas emoções -- o símbolo se
torna u m a
realidade v i v a para nós. Ele Êlcaindelevelmente gravado e m
nossa
a voltagem o bastante para podermos transforma la em
imediatos,
ates O ritual é a ferramenta que torna possível
concretos.
expressar a
essência d a situação do sonho, a essência do princípio (lue
o sonho
ensina, a deessência
conjunto d a energia
atos formais que asarquetípica do sonho;
levava a um contato o
oimediato comOs ritua erviam a muitas
deuses permitiam-
-
Ihes. demonstrarrespeito
ritual
s reduz is e finalidades:
reverência aos G andes
Poderes.
134
INNERWORK
t
que os nossos
esquecemos assim
d a sua chamados ances
existência. A esserais
respeito, estamos
Agora
primitivos. que aprendemos a dar atenção aos nossos
pior do
sonhos e
ao nosso mundo interior, é a hora ideal para
umredescóbrirmos
conjunto de rituais estabelecidospara
a maravilhosa capacidade h unós,
m a n a nada
para o
que esteja ritual. Não precisa existir
nós deve buscar em sua própria imaginação e
literalmente
prescrito
ula e m u m a fórmula ou tradição. E m v e z disso,
c a d a r.
um d e
bruto do nosso própr o interior. Ele aflora do
"sonhar" o ritual que vai servir para reverenciar um
mesmo
sonho local
Todo o rabalho interior se torna ameaçador quando
c
começamos
Cada ritual
imaginação, visão dou
e v e ritual
ser feito sob m e d ido
-- procede d a mesmo
a partir do
parti
manancial
material
s associações
i
interior que produziu o onho, as e a
t
interpretação.
a perceber
os sonhos, que c a d a expressão
examinemos do inconsciente -- seja
mais alguns
sonho,
exemplosO p imeiro nos faz voltar a um sonho que já
conhecemos: o
profundo dentro d e nós. E todas as coisas, então,
cetapa,
a m i n h para
am ver o que aconteceucom ele e com a moça
que o
juntas
revere ciar
sonho do Monastério. C o m o vocês d e v e m recordar-se, eu
disse quervoltaríamos a esse sonho quando chegássemos
à quarta
sonhou.
Sua experiência ilustra um fato bastante conhecido d e
quem
trabalha regularmente c o m os sonhos: se fizermos nosso
trabalho
interiormente e realizamos pequenos rituais para expressar
nossa
situação interior, geralmente é gerada u m a grande
carga d e circunstâncias à nossa volta, d e u m a maneira
inesperada. Isso é 13S
ROBERTA. J O H N S O N
letivda :
parte evidência que temos da ex stência do
Inconsciente i
ao
Co meio oque descobrimos
nos cerca; que
portanto,
ele nosquando concentramos
liga tanto às
uma
paralela geralmente surge nas pessoas ou nas
pessoas
no quanto
sa volta.
situações à Dessa manei a, podemos realizar curas
através
grande
de meiosquantidade d e energia no mundo interior, u ma
energia
exteriores.
s r
do nosso trabalho interior que nunca conseguiríamos
''Estou na clausura de um monastério, em um quarto
através
ou cela
SentoAqui
com está novamente
as pernas o Sonho
cruzadas, do Monastério.
no estilo zaze#, mas
segurando NoMonastério
c nseguia
muito
pouco, que poderia ter pensado e m alguma coisa mais
grandiosa
grata pelo sonho e esse foi um ato d gr tidão para com
para
para homenagea rum sonho ção maravilhoso.Mas foi só
Deus com
e seu feminino
o que
interior.
conseguiu pensar, então assisti o fez. Ela se sentia
uma amiga que não via com Êeqüência Juntas,
e a deram uma
volta
imensamente
Primeiro, enquanto passeavam, ela descobriu que
havia
ei xa um
Ficou Dsurpresa,
n d o o mac.
poisdirigiu serenamente d e avolta
inte iormenteestive em umà sua
casa e
monastério
encontrou u m a a m i g a que foi visita-la enquanto estava na
praia --
tinha a chave do portão! A amiga sugeriu. que paras em,
visitassem a capela e cumprimentassem as
pela vizinhança. Então, várias coisas aconteceram
freira .
como se estivesse voltado para o sonho. A capela, que
e m rápida
nunca vira
sucessão,
Ela que até
sentou-se alipareciam coincidências,
para meditar, apesar ,fazem,e
em postura d e não
poder ser.
todos os novamente.
inundaram
monastério na vizinhança, apenas a poucas quadras d e sua
r r
casa.
do Monastério se tornou uma realidade física,
toda a noite
exterio e toda a manhã. Sua a m i g a era u m a das
. tanto
poucas
pessoas leigas que tinha permissão para entrar
nosclaustro, e até
s
Quando a j o v e m entrou na capela do monastério,
sentiu
ealizar um
ato - qualquer ato - e m honra do sonho, será assimilado
no seu
L e m b r o - m e d e um h o m e m maravilhoso, um m o n g e ,
que
vivia ra d mund ra um l tud
r
fo o o físico. E intelectua e o
ele
138
para era
INNERWORK
Mas se
t c
fazer coisas que sejam muito dramáticas ou e x i j a m
grandes
sentimentos. Evite t a m b é m confrontos
destrutivos e
circunstâncias que o colocariam e m dificuldades. Não use
seus
Algumas vezes o sonho nos lembrará d e um
t
conflito c o m
outra pessoa. O u pode galvanizar algum anseio pessoal
d e ''nos
livrarmos d e tudo", d e abandonarmos as restrições d a
so c i e d a d e ,
INNERWORK
começar
m n a reorganizar nosso
nsar longa e o nosso
n relacionamento
causar
a mundo u s s
estr
muit ao se sair aí despreparado
se a tes
go porpe . cuidadosame te. Pode-se
oCerta v e z tive um paciente universitário. Ele estava
irritado um severo sermão, que acabava numa briga
no companheiro
c o m seu companheiro d e quarto, um a m i g o íntimo,
de
porque ele
era irresponsável. U m a noite, m e u paciente sonhou
que passava
sonho. Perguntou-se: "Quem é, demoo de m/m, que
socos.
está
Começou Quando acordou,que
a perceber seuestava
primeiro impulso
na verdade mufoitocantar
mais
preocupad
tudo aocom su »ró.pr irresponsabilidad qu o impedia
oseu companheiroa d e oa quarto,e, dizer-lhe que era e um asno e
entender-tend ncia de ser preguiçoso e
própria
Q ando chegou
se francamente
desorganizado. c o mà ele.
quarta
Mas,etapa
e m v do
e z tdisso,
abalho,
eleperg
ntou cao si
trabalhou m o
mas ele e
represe
istiu. ntado pela i m a g e m do m e u companheiro d e
endereçada à parte de si mesmo que . precisava crescer,
tomar
quarto?''tudod e estudar. Escolhera a i m a g e m do a m i g o
Explicou aprendera sobre esponsabilidade
i ,
que assumir
ê
u
Colocou a carta no envelope, endereçou-opara si
para representar
mesmo, sua mesmo que ritual físico poderia
r u concreto. A tentação d e
nome. Era como
fazer para tornar se a ovozsonho
do inconsciente,vinda
r s de muito
brigar c o m o a m i g o era n muito forte,
longe,
ai da
suas Eimplicaçõe ülcavammarcadas
m v e z disso, sentou-se emais profundamente
escreveu na
u m a longa
sua carta
certas decisões e tornar-se um adulto. Escreveu várias
páginas.
r
fazer escolhas e sacrifícios, respeitar o horário -- tudo o
que seu ''companheiro d e quarto'' 21zferzl07"precisava saber.
foi até o correio e realizou u m a c e r i m ó n i a formal, ao
posta-la.No
dia seguinte, recebeu a carta. Tremeu ao abrir o envelope c o m
seu
d e sua
-
agora. Precisa penetrar e m nossa v i d a cotidiana, pois sua
verdade
A medida queetapa:
Primeira fazend oo as
analisarmos associações
sonho, vou ilustrar com
dois
formatos diferentes c o m o v o c ê pode dispor as associações
sobre
o mente
papel. emO primeiro
respos ao formato
símboloé bastante conciso e abreviado.
C o m o v o c ê verá
ta e m seguida,
. coloco o símbolo na m a r g e m
esquerda e
então anoto, d e forma abreviada, qualquer associação que
m e surja
para o leitor, explicando como cheguei a algumas de
à
minhasO segundo formato é mais u m a forma d e conversa, d e
o método das ''rodas e raios", diagrama que já vimos
falar
c o m nós nnesmos, por escrito, sobre nossas
associações.
Tpara
a m b é cada imagem segundo
m usaremo e só algumas
formatodessas associações
c o m o um comentário
realmente
informal
pode sentir se impaciente com todos esses meand os,
após
página página, Pode-se
associações. com associações que não
usar qualquer serão
destes formatos ou,
aproveitadas
ainda, no
ver o que uma pessoa na realidade tem de percorrer, de
anteriormente.
forma
l:batem", ajusta-las às partes interiores do se// e
A m e d i d a que v o c ê for acompanhando esse
finalmente
trabalho, perceberá que geralmenteassociações,
tenho u ma porção
retomando este sonho e levantando an es
d e associações
que
a minha concepção sobre quem eu sou e mudou o
''batem" ou se e n c a i x a m na interpretação final.
curso da
-
De fato, v o c ê
r
s alter u
t m i n h a vida.
onho o
144
+w+l-!!:iWumh&.ÉZW%#%ÇÃI.i©ui
%;BM8
INNERWORK
um o
jeit d e
se azer as
f
isa
,
co s de
orma
f
ritualizada,
1
4
S
ROBERTA.JOHNSON
nobre e
i
i
orientais tradicionais t a m b é m
representam para m i m u m a capacidade para
o convívio cordial
e caloroso, diferente do "ganhar intimidade"
de
forma superficial, casual e artiÊcial, dos
tapinhas
substituto para o sentimento e o
relacionamento
genuínos. E a cultura japonesa,
especialmente
respeito verdadeiro pelo mundo
interior, pela
experiência religiosa e pela beleza. Todas
essas 146
ÜÍii#çáibÜ@:lieiz"&'Uw:g;i&i#&
INNERWORK
147
ROBERTA.JOHNSON
148
.«ü&:
d
INNERWORK
OrZ)osso
/ze/zi»' .pocêefd)
d a ccz/çcz Um odosquadris, o lado dvisceral,
c/zczê7us (centos emoâ ca
e consciência)
ional,
f d s c
Ser ''/zZP"-- usar ópio Origem
perto personalidade; centro que controla a
de
"/zi.P.píe
a "=
'' onda", ao que est.
energia visceral.
na á
originalmente, na c e n a d a droga. Ainda, /zZ»
''ligar-se'' acontecendo.
palavra
pessoas que se ligavam nessas coisas eram
Aprendi
"#{»" que a ;zi» está associada à
Para mim,doa ópio,
subcultura atitude
onde estar
''/z/»''signiÊcaestar
princ e, uma no
palmen'representa
";z/.P.pje êxtase dode se caminhar
pretensão
ópio. Quando as drogas psicodélicas e a
para
marijuana
de se e
se
se tornaram
r populares entre a geração .Beaf,
as
Daí veiodos
regiã a gíria ";ziP@/e"Q.
quadris, uais de
centr as minhas
consciência.
o um o
noassociações?
simbolismo yoga significa a emoção
bruta
' ,
i t
este
u m a centro, a consciência
ü d a de "amor'' e d e deve ser levada
pa a
dinheiro dos quadris para o nível do
''espiritualidade'a',pesar
peito pode atualmente irresponsável dependente.
E u m a forma d e permanência no lado negativo
do
complexo materno.
N a y o g a kundalini h á um
uma nova ''mania" (N.T
. ) c/za.êzalocalizadona A c h o que controla
as energias uÍscerczilos, que
primitiva e as energias animais,
instintivas,
primitivas. Depois que se consegue
desenvolver os c;zcz&rassuperiores do
r
corpo. Então, tirar o
significarafastar o foco d a m i n h a v i d a do
nível
visceral dos quadris.
149
ROBERTA. JonNsoN
no nível doera,
superior coração. Se o bolso
d e alguma forma,da ocalça
ponto
podia
crucialser
seqüência d e eventos. M a s não conseguia,
de
jeito nenhum,
No modelo encontrar
de Jung, a funçãou do
m a sentimento
associação
que
nã
dNão sei
ene
e en quanto
e rg ia ist
d istinttempo
intosna gastei
osna psique .Q- ua
dias,
nd o talvez
a spe ssoa
semanas.e-
tentando todos os tipos malucos d e associação.
Então
m e ocorreu se#
que o bolso fem, na verdade estão atribuindo um
estava sobre s
o coração, ou valor. S
chamado de 150
bolso dos
"quadris", o
bolso d a
camisa podia
da mesma
forma ser
chamado de
bolso do
"coração".
Isso abriu um
fluxo d e
associações.
Os
valores do
coração são
valores do se
f/me#Zo.O
nível
do coração é
o nível do
sentir.
o
está ligada
às emoções
como
algumas
pessoas
supõem..
Sentimentos
e emoções
são
sistemas
INNER RK
WO
l
v o c ê sente amor por alguém, está
atribuindo o
mais alto valor a esta pessoa, afirmando o
"alimentam",no
mérito, sentido do sentimento,ou
o valor
se o dela. Quando v o c ê semfeque alguma
coisa
Os
marginais Fora-da-lei. Pessoas do lado de fora da "lei"
alguma coisa fora d a "ordem" estabelecida
= s el
pela
u
151
ROBERTA.JOHNSON
egocêntrico Fora que sociedade
Sombra.
decreta. Sabotadores, po r
que eles
. do a
roubam
poder, meus
dinheiro, portanto roubam m i n h a energia,
recursos.
quaternário dos quarenta dólares.
e u Owaf/"omargil
mQzíaf o ais = afinidade c o m o
caráter
no nível do coração? Bandoem bando
inteireza. unidade. totalidade. A totalidade
vem
através do lado ''marginal'' d a m i n h a psique?
Eles
roubam m i n h a energia, a menos que eu a
coloque
sobre m i m "
em
C o mum terreno
o se baldio do m i n h a mente já
pode perceber,
está
inconsciente,fora da
tentando pular para a segunda etapa do
trabalho
c o m o sonho: espontaneamente estou
pensando
sobre a qual parte do m e u interior eles
pertencem. Eu os associo à m i n h a soma)za, pois
parecem viver
dentro do "campo d a consciência" do ego, isto
m.in
é, a mesmo.
c i d a d e civilizada; porém, eles v i v e m na
embora sejam marginais e assaltantes,
sombra,
eles
m i n h a consciência ou controle. São
inconscientes,
aparentementereprimidos, partes do m e u
lado de você mesmo fo reprimid e
par
te i a
masculino que estão tentando ser assimiladas
pelo
e g o consciente, ou tentando fazer u m a síntese
com
Uma
ele
v e z que são "fora:da.lei", para m i m isso
signiÊca
que estão fora do controle do mundo
estabelecido
pelo m e u ego, fora das atitudes estabelecidas
por m i m ou fora d a m i n h a i m a g e m , do m e u
i
conceito d e Eles são gzíczfxoIs.so m e diz
paradoxalmenteque,
representam a fofa//cüzdpeara mim. O que
signiÊca
que d e v o trazê-los para m i n h a v i d a
consciente, d e forma a completar o se/Fe ser
um indivíduo total.
Associo o rozzZ)coom um princípio básico:
se u m a
mantida
152
q
INNERWORK
fora d a v i d a consciente, ela se torna um
ladrão e
c o m e ç a uma
gerando a "furtar"
neu ose.seu
E atempo e sua
ua mane ra deenergia,
tentar
i iltrar-se n o
r s i
nf
ansiedade e até dea uma
sua "má
vida.sorte"
Ela oquesab ta e
parece
ülzeram
o impedenesse
d e atuar c o m o v o c ê quer. O "roubo'' pode
sonho.
fato
tomarde que os arquétipos do
inconsciente
a forma d e sintomas físicos, doença,
meu ego se recusa a fazer uma síntese com
neurose,
o
"cair sobre você", tal qual os quatro
marginais não fosse corrigida de uma
situação
forma o domínio do m e u ego, no sonho, c o m
Associo
o
O contato f sico nos sonh s ignifica
geralmente têm mais poder do que o ego.
Comunicação
Se entre as polaridades:
consciente
síntese, nadopsique,
conteúdo começa em
inconsciente, o um conflito
inconsciente
tem
e o poder d e levar a m i n h a v i d a
consciente a u m a paralisação. Sou levado
descobrir
a parar noonde o e se a
sonho,
coloco.
positiva, mais tarde eu experimentada
pares
esta opostos: o respeitável ego com
os
''paralisação" na m i n h a v i d a prática.
Ptocu,ram,do
conflito, urto. Te mina em síntese ou
o dim,hei'ro
í
Aztti,gos, t07"m,an. comunicação entre as
do-nos amigos o s
partes da psique.
i -
nconsciente, ego-"marginais", ego-sombra. A
termina e m amizade. Procura dos
recursos. Encontrar dinheiro não é tão
importante c o m o
um "familiarizar-se" c o m os diferentes
sistemas
d e energia que coexistem
briga dentro d e nós.
Assim, essa procurardo dinheiro,
curiosamente,
dominantes e os sistemas de poder da
é u m a forma d e comunicação do m e u e g o
mente
de
c o mconüonto, é me hor que nenhum contato.
os "marginais", a sombra, parte d e m i m
Se
mesmo. A maior parte d a comunicação na
psique c o m e ç a
por conflito.As partes do inconscientede
nossa
personalidade têm d e por "direitos
Segundaiguais",
etapa: aplicando as imagens
do e à por algum reconhecimento, contra as
dinâmica de minha vida interior
atitudes
consciente.
mesmo M a s as real
e a dinâmica brigas, que
os furtos,
aguadent o
algum tipo
de l
Uma ssociação
a partir que ''bateu"
do conflito, foi aprender
o e g o pode a do Jardim
a
se abrir
do
para os pontos-de-vistae os valores do
lado d a
sombra, então o con.flitoevolui,
vagarosamente,
para a a m i z a d e e a síntese.
de mim
r
m i m e é representada pela A v e n i d a
Williams.
a
éden: ou seja, o estado original d a
infância, no 154
INNERWORK
O quitam,de'ivo "c
japonês v iv e n do separadamente dentro de
iz
m im , semelhante à antiga cultura Zen
budista do Japão.
156
INNERWORK
relacionamentos,
demonstrar respeitoase fazer
formas graciosas
as coisas - de
todas são
símbolos exteriores d a harmonia do reino
volta aopelo
interior mundo
qualdivino. Elas meElas
trabalhamos. atingem
também
como m e levam d e
ensinou
"sinais exteriores d e u m a graça
a ter interesse principalmente
interior"
O mundo e m que nasci, na A v e n i d a Williams,
pelas
me
em pé e o jardim cuidado, relacionar-
coisas exteriores: ter u ma v i d a decente,
mebem
pagar as contas, fazer o que é preciso,
valor e relevância na vida, porém deixam
manter a casa
pouco
c o m os vizinhos e permanecer respeitável
aos
mitos, no Zen, no hinduísmo. E a parte de
olhos dos concidadãos. Estes aspectos têm o
mim
seu outras culturas e
nas
religiões.
espaço para o mundo interior.
introverti o, do s ntir den o de m m.
E a parte "japonesa" e m m i m que está
Ele
interessada no cristianismo medieval,
arquetípico, nos grandes
que, bem considerada, não se sentimenta
torna l
que encontra qualidades superiores, nobre e
belas
M a s minha principal associação é com o
d e tr
aspecto
i corresponderá mais adiante, no
sonho, ao nível do "coração". E u m a capacidade
para o relacionamento
(ruas
pequeno pedaço de região
mente consciente inculta
d a cidade), masdoé
um
natureza faz o que quer e minha somb a
esconder-
pode
inconsciente,fora
se.
do controle do
ego, onde a
Sei rque há "lugares'' bizarros em
personalidade,
minha lapsos ou
Posso encontrar
lacunas .onde, alguma coisa
específica na m i n h a v i d a que pareça
selva. Elesa me
corresponder deixam
este lugar?embaraçadoe por
isso
são as áreassem
subitamente, onde existe
aviso, souemincivilizado.
mim maior E
como
natural. Na dtentativa
se eu fosse, e repente,de revertido
trazer todos
à
esses
.noresta,àrespeit veis em ge al esmago
torna-lo
melhores, ou mais naturais, partes
s
tento
me s controla-los,mas, e m geral, não
de mim
consigo. Tenho aprendid(b, entretanto, que
rn
por vezes estas
INNERWORK
por alguém, num rompante de
entusiasmo. Em
geral, sinto-meembaraçado c o m isso e temo
embaraçado outras pessoas, ou receio
ter
que as
coisas
dá fiquem
início "fora
a boas d e controle''.
e calorosas Entretanto,
amizades. Ela
essa
tem
propriedade, c o m freqüência, vai além d e m i m e
cultur
m e levado a ,relacionamentos
Freqüentement
profundos e
estou num dilema a despeito
as.
satisfatórios c o m pessoas d e diversas terras
e
lo sob co trole. Mas ntão con luo que é
me hor e
do amor"terreno
desse e do sentimento, ervas daninhas
baldio" dentro d e mim.e
flores
Continuo
pensando que deveria limpa-l , desenvolvê-lo, tê-
n e o c l
dinheiro di respe o ao meus
deixar a natureza agir. Algumas vezes, nas
s recurso
áreas
silvestres
ser são melhores
investido. então, onde do estou
que jardins
in
formais. as
estindo
e o sentido de m nha vida? Em ermos
.,'l Gaffe/2'cz z i
coloquiais,
e o di,m,Retro Basead
meu o em minhas
tesouro associações,
onde está meu a c h o que o
coração"? m i n h a t
interiores, principal energia e forças
vital:
vital,
o sonho o impulso,
localiza a a questão
direção, doe onde eu
compromisso n n e n
concentra v
onde invisto mi hameu ser inteiro,
e ergia minha
mi ha vida. Dinheiro é
minhas
o para
vida. capacidades maiores. A quais
valores, principais forças e recursos, o
ISso
alg i
r
quaternário do dinheiro m e dii que
objetivo esse não é um tema menor. Essa é m i n h a
t
principal energia
onde
"empato o principal d a m i n h a vida. O n d e coloco esse
meu dinheiro do sonho é, simbolicamente,o lugar
dinheiro"?
Será que
"coloco a quais aspectos d a vida, estou confiando
tudo
O caráter
159
ROBERTA. J O H N S O N
o s
O Esto ligand es imagem a vário istema
d e atitudes ou crenças coletivas
bolsoda u a s s
sobrepõem dentro de mim uma forma
s que se
básica,
é uma atitude
co scie de quererver
te, aceita, ser /ziP no
ser incluído
sentido de naquilo que; certos
grupos
in n nde de as coisas.
onda" ou fazer parte "da cena". Também
aPrimeiro,
''paz" e "amor" quando, na verdade,
outros
sentimentalT. udo isso se soma a um
pessoas estão fazendo, d e querer estar
tipo de
realmente
"na uma mane ra de usar um linguaj
com o ülm de se amoldar às pessoas ou à
r
Assim,
m o da. penso que a transferência do meu
associo c o m o estilo "/z{.P.peldee",
,
falar
dessassobre
expressões coletivas de emoção e
motivos se escondem por trás deste
sentimento real de afinidade com as
palavreado
pessoas e
i
zlmfaç:ão coletiva do sentir profundo,
Bolso d a mpaa sa émim. Uma é o coraçã e os valores
C a 7 n tSa . do a
solve o
lado
mim.
dinheiro do nível dos quadris para o
esquel'd
o nível do
função do sentir: e a diferença ent e
coração m e diz que preciso transferir o
emoções e
dinheiro
sentimentalismo e investir a m i m m e s m o
no
primeira etapa, duas idéias deram "de estalo"
valores r o
que, coração. A segunda é o c#a#ra a czãczfa, d a
genuiname ioga
nte,signi kundalini. D e qualquer modo, estou ligando
ficam tudo isso à função do sentir e à v i d a
alguma intuitiva dentro d e
coisa N a primeira etapa, expliquei alguma coisa
para mim. r
sobre a
Na
reaparecimento da owfra
Durante a primeira etapa,compl cação no
disse que
Os margi,na'i,s
associava os meu
precisam
nósM emesmo
u e g o ap recemparte
v ê esta comoc o"margina ê
m o "marginal'';
porém, u m a v e z que esse marginal aparece
assim dizer, para sob eviverem
c o mem um
o qwafro, o
mundo
crucial d e m i m e que preciso dele para m e
de sentimento,sua
tornar completo. sombra Ihe roubará
Outro motivo pelo qual estas ''partes-sombra"
energia
dparte
e das svezes aisso é feito através is
compulsõe
de : nós nos apaixonamos contra
nossa r
seus próprios e loucos caminhos,
porque são forçadas a uma "vida d e crime",
deixando a
por
domi n ad o pelo ego. Por exemplo, se um
tipo d e h oEle
humores m e m ,no que
deixam
sente,.ãsicamente
recusar viver esse
. s s doentes. seu ladlo
s
vontade. O coração d e repente e nvereda-se
por
mente fria e serena horrorizada e
batalhando,
e m vão, para manter a ordem e a dignidade.
Nossos sentimentos marginais t a m b é m
roubam energia, colocando-nosem depressão e
e m outros
163
ROBERTA. J O H N S O N
marginais.
164
INNERWORK
Uma interpretação
C o m o v o c ê d e v e ter observado, Êlqueium tanto
empolgado
durante a segunda etapa do trabalho c o m os sonhos e
visão
a c a b e i global do sonho, examinando-oatravés de estágios
fazendo já u m a b o a parte d a / fera efação --
de
agora, nesta etapa. Algumas vezes isso acontece.
estabelecendouma
Estamos no
desenvolvimento,alinhavando-o-- o que na verd ad e deveria
vir
global começar a brotar antes, contanto que ela
seja
me i o feita.
d a primeira ou segunda etapa e alguma coisa sê
ilumina
dentro d e nós e começamos a ligar todo o conteúdo do
sonho.Primeiramente, o sonho me mostra que sou
Tudo alguém
bem. Não tem realmente importância se a
o dever, de viver de acordo com quem realmente sou.
interpretação
Como
C o m o conseqüência, m i n h a interpretação talvez agora
e meus
possarelacionamentos-- com o mundo à minha volta
ser b e m curta e objetiva.Posso ir diretamenteà
e. em
pergunta: "Qual
écomo
o significado
vivo minha principal, global,
vida? Posso tomarque este sonho
coragem tem a
e começar
para
me m i m e
para m i n h a vida?"
as pessoas.
diferente Posso
do que devotar
pensava tempo
ser, a atividades
e que e
tenho o dilzezlfaos,
assuntos
sim c o m o que
resultado do sonho, descobri que sou um tipo
introvertido, capaz d e se/zfízO: foco principal d a m i n h a
estar :fazendoalguma coisa v i d a tem d e ser meus valores
útil"
especial, c o m as pessoas -- baseados no self/z
Agora, o que isso signiÊtcapara m i m na prática, na
maneira
evolução que
evolução c o m e ç a c o m a infância no "Jardim do Eden" onde
supus que houvesse um único ponto d e vista na vida: o d a
m i n h aO família o
classe m é d i a , tradicional, e seu bairro e m Portland. Esse
se torna
como criança, está simbolizado pela presença da família
o sistema d e atitude dominante, o sistema d e atitude que
japonesa,
dirige
lugares
m i n h a ü d asecretos
d a í para da minha alma.
a ú'ente, Esta mânsia
que define i n h a de ornar-me
personalidade
humano
social
um ser capaz de sel /z, em meio a uma cultura
e o conceito que faço d e m i m mesmo.
insens aspecto
vel
mantida no desconde
terreno baldio, ''problema" a evolução -- conflito que
ijo. precisa
acontecer e m c a d a v i d a para forma uma o crescimento
engendrar de --
simbolizada
para m i m , pela transferência do dinheiro para o
nível do
exemplo d e u m a cultura introvertida, do self/me zfo, que
se#fe.
c o m a m iEn h quando
contrasta a própria,meu marginal interior descobre
e estabelece
que,
motivo algum pa a
brigar. f
involuntárias ressonâncias nos
t
í ,
transforma-se no "marginal" do meu inconsciente, ba n ida
r
para o
Epílogo
N a seqüência do m e u trabalho c o m o Sonho dos
Quatro
Marginais, fiquei me i o perplexo sobre o que fazer c o m o
ritual,
na quarta etapa. L e v e i muito tempo para compreender
totalmente
as itnplicações do sonho. Não h a v i a percebido, até então,
que ia 166
l$' t.;;ti..I'al i!
#P.Ê$ilwçg@i
INNERWORK
t
even ualmentemudar o foco completo da m nha vida e fazer
troca de sentimentos c o m as pessoas minha prioridade
da
i
máxima.
Porém,ajudou;
Isso sabia que teria d e fazer alguma
manteve-mefisicamente coisa;
ligado assim,
ao sonho.
i o assunto de lado por uns
encontrei
Então
um terreno
tempos baldio, saí do carro e dei duas voltas ao
redor dele.
deixe
Por coincidência, viajei a Portland, Oregon, alguns
do encontro decisivo com meu lado ligado ao
.
self/z
meses
a antiga
depois. L e m b r ecasa, comecei
i - m e do sonhoa eandar
decidipelo
que caminho
poderia que
fazer um
percorrido
ritualhavia no sonho. Passei pela quitanda do japonês. O
prédio
poderoso para m e relegar ao sonho, se voltasse ao m e u
antigo bairro e, d e fato, passeasse pelos locais que
depois de todos
apareceram no sonho.essesAssim,
anos, aconteceu
coberto dequemato e à ce n a --
voltei
arbustos. tanto d a m i n h a infância c o m o
mais no mundo exte ior; estava em meu
sonho.
mi Encontrei a A v e n i d a Williams modificada. Iniciando pela
terreno baldio, um jovem saiu do mato e se aproximou de
nh
mim.
no sonho. :Er um rapaz de rua, igual aos marginais do
ainda
sonho.estava lá, mas agora era um a cervejaria. Continuei
anda n doprocurando alguma coisa. E claro que ele não
estava
etinha
piquei
comome i o espantado d e encontrar o terreno baldio ainda
ali,
Então, que tal cocaína? E u ma mulher, você quer uma
Irracionalmente, sem querer, c a sentir medo. ão
mulher? E
r"Bem, o
Passou pela minha cabeça omecei
estava que poderia dizer-lhe Nque
queria D e repente, à m e d i d a que eu passava
vagarosamente pelo
a
B e m , cheg ou a hora, pensei: estava para ser assaltado; tal
qual
Ele m e examinoue percebeu que eu qzie/'zalclzguma
coisa, que
saber que eu estava procurando um entendimentomais
profundo
d e um sonho, que eu estava passeandonesse sonho.
Então, ele começou a m e perguntar: 'Você quer
marijuana?
que tal heroína?'' Quando esgotou sua lista d e
possibilidades,
finalmente perguntou: então, que p"ecz/me fe v o c ê quer?"
falar c o m os marginais do m e u sonho, que queria passar
pela
quitanda do japonês e pelo terreno baldio até conectar as
partes
d e m i m que lá de ixe i tantos anos atrás. Poderia ter-
lhe dito que /Ó7
ROBERTA. J O n N S O N
sobre
m i m continuaram. C o m e c e i a sair do padronizadomodo d e
vida
o sentimento constante d e pressão e prazo esgotado,
dinheiro a
Mas
a na os o o dizer o
l ,
d mi h
quando sonhei c o m os quatro marginais. Há tempo para
relaxar,
para visitar os amigos, para plantar o jardim, para ouvir
música, 168
INNERWORK
I M A GI N A Ç Ã O M I V A
C A P I T U L O 12
..-=+'
DEFININDO E A B O R D A N D O
A IMAGINACAO ATAVA
Nas páginas, seguintes, vamos explorar a
técnica d a
Imaginação Atava e aprender as quatro etapas para
trabalhar c o m ela. Antes d e iniciarmos, h á u m a precaução
de que pode contar
fundamental com, atgüém
que todos d e v e ma quem
tomar.reco?"rercaso ocê se
am,teds e começar
c o m a Im,agitação Atiça, estejacevto
veja
v
do m,im ,a d o Pela imaginação e não tem,ha c o m o {,m,tevvomPê-ta.
Entretanto, algumasisso
Para a maioria pessoas
não éestão sujeita
problema. D e afato,
ficar para
absorvidas pelo luxo das imagens ao atingirem um
a maior
totalmente
parte pess as a â é fazer surgi a Imaginação
segmento
c onseguem libertar-se. Suas mentes se perdem s no reino
da das o di culdade r
Atava.
particularmente poderoso d a Imaginação Ativa, do qual
.
não
fantasia e não conseguem encontrar o retorno para o aqui-e-
cumprimento das tarefas do dia, percebe que a imaginação
agora
ülcamundo comum. Portanto, previno que só c o m e c e m
do
com a
Imaginação Atava depois d e contar c o m um analista ou c o m
alguém
familiarizado c o m o assunto, e que possa trazê-las d e volta
à terra,
se necessário .
- V e z ou outra, pode acontecer que alguém c o m e ç a a
fazer Imaginação Atava pela m a n h ã , depois sai para o
trabalho e, no
voltando, tomando conta d a mente consciente, tentando
continuar
a história ou o diálogo do ponto e m que foi
interrompido. Quando
isso acontece, pode ser difícil manter a mente
concentrada nas ocupações. Nesse caso, é melhor recorrer a
u m a terapeuta ou a
173
ROBERTA. J O H N S O N
Diferença
que ouviramentre
falara sobre
imaginação atava muitos
o as unto, e a fantasia
sentempassiva
que
não oA Imaginação Atava é o uso especial do poder d a
Nesta eção, exploraremos os
imaginação
Imaginação Atava,
conceito
desenvolvido examinaremos
por Jung no com eço doalguns
século. exemplos e
Embora muitas
pessoas
seguir
a tenham para usado,
fazer suae seu enorme valor esteja b e m
Essencialmente,
própria a Imaginação
amplamente Atava éfora
conhecida um dos
diálogo que
círculos
comprovado, não é s
jungianos. Dentre aqueles compreendem o su:6ciente para
que estamos completamente acordado e conscientes
s
durante a
que a distingue. Em vez de lidar com um sonho, você vai
o oca-lo em p r ática
à sua
s básicos d a
tal
c l como fariam nos. sonho, caso você estivesse
dormindo.
aprenderemos um método d e etapas sucessivas, que v o c ê
pode
Imaginação Atava.
travamos c o m as diferentes partes d e nós mesmos que
v i v e m no inconsciente. D e certa forma é semelhante ao
sonhar, exceto
174
B:#w:'
INNERWORK
vivem
n no áinconsciente.
que, Mas nem todo
oria das pessoas u m a dconversação
álogo é verbal ou
falado
em sua forma moderna íoi uma experiênciavisionária de
na sider
co sua Imaginação
vel Atava, trocando opiniões c o m as
Jung,
figuras
interiores, tentando obter um a posição intermediária entre
pontos
d e vista opostos, até pedindo conselhos àquelas mais
conscientemente dela e transforma-la numa troca
atavaentre os i
sábias que Provavelmente, a primeira experiência
. Alva
registrada d a Imaginação
na qual n en huma palavra foi
sob meus
proferida, ainda pés
que ehouvesse
eu mergulhas e em abismos
u m a profunda interação ente
pude res Não
escuros.
sua mente stir
consciente a um
e as sentimento
imagens que I h e de pânico.
apal'eceram do inconsciente. Foi u m a das experiências que
Mas então
os pé numa massa pegajosa e macia. Senti grande
mostraram
a Jungalívio,
que ele podia penetrar na sua fantasia-- ou visão --
pouco depois, meus olhos se acostumaram à
participar
obscuridade
sistemas d e energia do consciente e do inconsciente.
, abruptamente, a u m a profundidade
não muito grande, apoiei
/ 7Ó
INNERWORK
[
"Eu" interajo
p
o e g o não estaria ndo.
e mos participando do
drama c o m nossosparticipa
sentimentos e emoções. ''Eu"
r
acontecimentos, eu estou interessado, triste ou zangado.
s O "Eu''
precisa entrar no ato imaginativo tão intensamente quanto
o o faria
na
experiência simbólica, é, m e s m o assim, uma
ge u
experiência i você
Por sua participação ativa,
converte o que poderia ter
n sido u m a fantasia inconsciente, passiva, e m um ato d e
imaginação
s
realizada corretamente, diferentes partes d e vo cê, que
, estavam
fragmentadas ou e m conflito, são reunidas; ela o
n
ca
desperta
s estabelece paz e cooperação entre o e g o belicoso e
o o inconsciente.
co 178
ri
o
INNERWORK
A finalidade principal dessa técnica é
proporcionar a
comunicaçãoentre o e g o e as partes do inconscientedas
quais
geralmente nos desligamos. Quando praticamos a
entre as atitudes do ego e os valores do inconsciente, a
Imaginação
Atava, as coisas m z z d a mn a psique. O relacionamentoentre
falha
o ego
e o inconsciente é alterado. Se existir um desequilíbrio
neurótico
pode ser remediada, os opostos complementares p o d e m
ser Exemplo e imaginação atava:
reunidos. Ela nos recoloca no cami n ho d a unidade, d a
percepção d e u m a totalidade mais ampla, simplesmente
porque aprendemos a entrar e m comunicação c o m o self
darei agora um exemplo de um sessão de Imaginação
interior.
Ativa,
d
em geral fazem,
conversando com quando
na prática, se sentam para
o artista interior
uma
Para deixar nossa discussão mais concreta desde o
início,
uma uma
a
registrada por mulher. Este será o primeiro d e
na sua forma bruta, espontânea.Não estamos criando
série
d e exemplos que examinaremos nos próximos capítulos.
uma obra
Esses
exemplos d e v e m dar a v o c ê um a idéia melhor do que as
da forma que surgir espontaneamentedo seu
pessoas
inconsciente. Os
experiência c o m a Imaginação Atava: c o m o a abordam,
como a
anotam, e as diferentes ânalidades c o m que .a Imaginação Aviva
pode ser praticada c o m o trabalho interior.
U m ponto d e v e âcar claro, a partir desses exemplos:
não se
d e v e tentar ''enfeitar'' a imaginação e fazê-la soar
melhor, mais
sistematizada ou ''reânada''. O objetivo é v o c ê realizar a
experiência
e registrar tudo o (lue aflora do seu
inconsciente,honestamente,
literária para outros lerem. E um assunto privado entre
v o c ê e seu
próprio inconsciente, entre v o c ê e Deus, portanto, d e i x e
que seja
simples, rústico, incoerente, embaraçoso, belo, sem
correções,
resultados serão mais honestos -- e mais reais.
Eis um exemplocaracterísticode
ImaginaçãoAtavavindo
d e um a mulher que, certa noite, viu-se acordada na c a m a
incapaz
/ 79
ROBERTA. J O H N S O N
d e dormir porque estava o b c e c a d a c o m a nova pintura
d a sua
casa Haja à cores
. trabalhado exaustão, escolhendo, comprando
tintas, f aze nd o o serviço. E agora não nseguia
e as mais diversas manei as de combina-lascom os ormir. As
r
tecidos e a
cores, co d
queria.)
Alíiüa ImaginaçãoAü'a
M e d o d e quê?
Existem muito poucas oportunidades para
H/' Estou
eu me c o m m e d o d e ser aprisionadooutra
vez
aberta para mim. Logo tudo acabará e eu
serei
Aprisionado?
H/' Começo a perceber o que você quer dizer.
expressar. Parece que preciso trabalhar
Na
muito
que você existia.
depressa A cultura
e intensamente, em que a vivo
enquanto porta
não
está
favorecê-lo
aprisionado outra vez.
m i n h a v i d a tem h a v i d o poucas
oportunidades
para v o c ê aparecer, tão poucas que eu n e m
sabia
permite um espaço para você. E eu não m e
.
separei da minha cultura, neste aspecto,
para
H/ Sim.
muito suavemente .
'
)(Houve u m a longa pausa. Então a criatura
falou
(Sinto-me apreensiva. Estou perto de
Você...
me sabe o que isto implica?
i
criar,usade meu
Ela viver no dolado
medo físicominha
üacasso, d a vida
ânsiaé de
me
completa resultad
r
e m si m e s m a - sem expectativa d e o
trabalho.
ou Preciso voltar-me para os
dos assim c h a ma d o s benefícios práticos.
valores
E verdade. E, considerando os meus
condicionamentos e minhas atitudes dominantes, sei
que v o c ê tem d e m e
184
INNERWORK
arranjos
o ode flores. Ou você pode fazer
/u' Algo c m cerâmica, aquarela. Plantar.
alguma
Fazer
coisa menos formal. SÓ quero que
possamos
trabalhar e lidar c o m forma, cor e aspectos
sensações para me fortalecer contra
do
os
mundo físico.
Otimo. Vbu precisar d e sua ajuda,
também.
Preciso d e sua noção do valor do mundo
das
tirou de sua preconceitos que m e dominavam.
experiência:
H/' V o c ê só precisa ficar b e m tranquila e m e
chamar,
expresso Todos aquel cli hês sobre e "mexer"
u. ques responderei. Voltarei a encontrar você.
"criatividade"
Entretanto, também compreendi que não importa como
a
Há u m a nota d e rodapé interessante a respeito desta
alimentado.Tinha
sessão de lidar com aquela parte minha nos
dseus
e Imaginação Atava: a reação sensível e as lições que esta
razoável
mulher
.
v odefi
c ê sentir um certo humor controlando-o,pode fazer o
m e s m o --
é a i m a g e m que I h e dá um ponto d e partida -, pode
travar um
diálogo, pode interagir e levar a alguma espécie d e
entendimento.
No exemplo apresentado, encontramos todos os
elementos
básicos necessários para u m a b o a Imaginação Atava.
Gostaria que
espécie d e fantasia passiva. Enquanto a mulher
permanecia deitada na c a m a , as cores e as imagens d e
inÊlnitaspossibilidades
INNERWORK
aprendeu c o m ela.
Existem muitos conceitos relativos à Imaginação Atava a
serem explorados nos próximos capítulos. M a s já neste
exemplo
temos princípios básicos necessários para praticar u m a
genuína
está no ca mi n h o que vai leva-lo ao entendimento e b o m uso
desta
todo o do aseu
secreto
processo, ser ''falsa" tinha d e sair d e dentro dele
história
mesmo,
interior.
embusteiro que Ihe
d e suas próprias conferia opsicológicas,
"entranhas" brilho matreiro
tal c odos
m o olhos
era.
Enquanto
e que, pensava estar inventando algo,: estava
extravasando o conteúdo
estou
r
coisa na imaginaçãoque não seja u m a
representaçãoautênticade
alguma coisa do inconsciente. A função integral d a
imaginação é
trazer o material do inconsciente,vesti-locom imagens e
transmiti-
lo à mente consciente. Tudo que v e m d a imaginação d e v e ter
vivido
forma-imagem, através d a imaginação.
que u m a pessoa seja leviana deliberadamente,
tente inventar algo, forjar alguma coisa b o b a e estúpida,
imaginar 189
ROBERTA. J O H N S O N
u m a mera dicção, o material que v e m através d a imaginação
ainda
representa
feito alguma
de vento, parte
ele vem de escondida desse
algum lugar indivíduo.
interior da
está não
Ele
pess produzindo
é
a que as
A verdad ira questão não é a autenticidade das
imagens.
o
imagens,
emprega-la mal. Porém, muitas pessoas nunca chegam
à
mas
porqsim "0 paradas
ülcam g e eduvidando
laço c ode
m su
eZczs.PÉ" fácil
autenticidade
ue ,s a .
como vou saber que não estou apenas falando com
interpreta-lasmal
meu ou
com essa parte da psique que pode ser chamada de
verdadeira questão do que fazer c o m a revelação do
superego.
inconsciente,
Talvez você, vcomo
"Mas Certa uma u
e z , após consciência individual
m a conferência, um h em
o m evolução,
em me
Ihe
coisas e pensar por nós mesmo. O ponto é que você está
perguntou:
falando
superego?"
OutroAlgumas
pacientevezes, v o c ê está
me disse: "Mas falando c o mapenas
eu sinto o
superego
que ou
estou
falando com suas várias partes. E isso
Ela cita as leis e I h e diz para se ajustar às idéias d e
mesmo.''
certo e errado
isso é bom.
que seus paisO que quer que
I h e deram, invente,
às idéias virá do
convencionaisda sua
inconsciente;será
tudo queesteja
cultura. é necessário é que dizendo-lhe
respondendo, você escreva que
o que tem dae
temos
dizer,
questionar essas
c o m u m a do
interior parte
seud einconscienteCom
zJocêmesmo- e aesse é exatamenteo
mesma fidelidadede
nosso
um
objetivo.
..-e+'
viagens
Cadamíticas
um de nós tem o grandes arquetípic
todos s temas os
ascendemos d e um nível d e maturidade para outro, há
sempre
algum grande tema arquetípico que precisa ser
estrutura
resolvido e minterior. Não podemos evitar estes
níveis profundos, dos quais pouco conhecemos.
/eifmofiz;s
A Imaginação um do melhore e mais
escondidos no interior. Todoss nós
s temos as sementes
d e uma
jornada heróica; precisamos vivenciá-la algum dia, e m algum
viver a missão heróica, ao n vel exterior. Muitos de nós,
nível.
C a d a um d e nós tem a jornada e as tarefas d e Psiquê, o
pelo
encontro
c o m Elos e Aâ'odite, montadosem algum lugar dentro
d e nossa
arquetípicos; precisamos expressa-los e vivenciá-los.
Atava é legítimos
níveis para viver essas experiências. Poucas pessoas estão
aptas a
partir para as selvas d a A m a z â n i a ou tomar parte e m u m a
revolução
ou tornar-se o ondentes guerra, para d e alguma
í de
c rresp
forma,
contrário, têm relacionamentos, compromissos,
família e todas as
limitações normais, práticas, que nos i m p e d e m d e
extroverter esse
grande sistema d e energia dentro d e nós. Assim, o que
fazer?
O h o m e m deste exemplo é um proâssional, c o m um
escritório e
u m a programação diária b e m movimentada.Tem u m a .hmüia e
outras
pessoas que d e p e n d e m dele. Não poderia, n e m deveria, romper
com
tudo isso para lançar-seem terras feudais, procurando u m a
i
meus
se d e u m a coisa: o queresponsabilidade
importa no seu
relacionamentos
mundo s
194
INNERWORK
nosso céu;últimos
decaiu nos ela temdois
quatro pontas
anos antes d e esua
morte
nunca
um sábio
desse fato. O exército e a nobreza têm sido
para
fiéis e
resistem bravamente, mas parece haver
algum mal que se alastra sutilmente e a
rainha o percebe.
caminhada.Vesti
encontrar o homem m i ncom
h a chapé
camisaded eplumas.
flanela
xadrez
para retomar meus negócios no mundo
exterior.)
(Mais
tarde, voltei. Vesti o hábito azul d e
conhecer e para
a servir
entrar-- noa ainha
mundo-- einterior,
do mal
quem o n g e u
novamente, e
)
.E# Estou d e volta
Uma p quena vila foi pilhada, os homens,
Hom,em, Re comec em osoram
masculino outra v e z a nossa
mortas, as jornada.
Em
mulheres,
resumo, esta é a história daquela a
r
vagravar
im a a situação, os assassinos
quem
estavam
corre entre as c dades é que a rainha é
está
uma por perto desde a morte do m e u rei.
terras. Mas eu conheçoa rainha. Ela é
Que etipo d e mal?
boa,
uma filhinha de oito anos de idade. E uma
Homem U m mal terrívell U m mal que precisa ser
detido.
e
o o fio de as cria ças
f
msexr t s a espada, n do
o
violentadas, os bebês, abandonados. No
total,
trinta pessoas assassinadas cruelmente. E,
para
feita deSeupedra
causa. e coberta
pé esquerdo cominchado.
está uma O
hsubstância
omem
embrulh da. Do um banho fri na menina.
la. Os olhos d e todos parecem suplicar
Digo
i
ajuda.
resinosa negra. Eu a
a u
guardo, cuidadosamente
à famíliao para ferver água, para podermos
lavar a ferida. limpamos a ferida. Então, eu lhes
ensino c o m o usar as bandagens,
fervendcFas,secando-as ao sol e aplicando-as
o recipie te ssa
i
mesmo o desenrolar do drama. No sentido mais profundo,
dentr do n d e no s
esta na
pers oi dividual.
,
Não podemos,
o alidade n de pronto, Ele
dizer onde, na estrutura deste
parecem.distantes
homem, e impessoais; parecem não ter n a d a a
,
ver c o m
cósmico,d edesempenhar
batalha seu
poder, travada papel e terlonge
continuamente, a sua
do ftempo
ala e, ede
longe
fato,
dconsciente
e nossas evistas,
voluntariamente, entrar na vida
.em terras fronteiriças, nosdos
limites entre a
arquétipos que
psique
pessoal e o inconsciente coletivo.
A prime ra vista isso pode parecer meio
desligado
nas da ''vida
fronteiras
esotérico real". Mas
do universo, nãopode ter certeza
podemos de que
levar esta
dinâmica
oda ato de adoente, sua ida ao auxílio da rainha indefesa
menina
u m a resolução. Mas, ao darmos a este conflito cósmico
fará masculi ,
-- d e luz e trevas, feminino e no rainha e vilão - - um a
forma simb(51ica,
ao trazê-lo à superfície, possibilitamos ao e g o tornar-se
a partir de um centro diferente, caso mantenha esta
consciente
Imaginação
deste imenso jogo d e forças. Ele pode participar do
drama
influenciar o resultado deste longo processo. Torna-se
possível,
nos cercam, e m v e z d e nos sentarmos indefesos e
mudos,
manejados por poderes que não podemos ver n e m
i ,
entender.
ou
participação deste h o m e m no grande épico arquetípico, a
. cura
diferença e m sua vida. Alguma coisa específica e real foi
curada, - b e m lá no fundo, c o m o resposta a um ato
simbólico desta natureza.
Isso alterará profundamente, a longo prazo, o curso
d e sua
vida, os contornos do seu caráter. Ele estará, e m um
futuro, agindo
Atava,produzindo um equilíbrio diferente entre os poderes
que o
c o m p õ e m e I h e conferem energia. Sua atitude vai mudar;
suas
opções serão outras: ele será diferente.
C A P I T U L O 14
O M É T O D OD A S Q U E R O EmPAS
m R A A I M A G I N A Ç Ã aOl V A
Dou início agora à apresentação d e um método d e
quatro
etapas, que v o c ê poderá usar para iniciar-se na prática d a
Imaginação
Ativa.
práticaNeste capítuloAtava.
da Imaginação falarei
Porsobre o método
exemplo, d e forma
é necessário saber
geral
onde e
t a m b é m sobre o que v o c ê precisa fazer c o m o preparação
para a
trabalhar;e vi
v o c ê vai Dialoga é preciso estabelecer alguma privacidade,
e é 3- r o elem
preciso decidir c o m o v o c ê vai registrar a Imaginação Atava.
Eis aqui as quatro etapas:
1 -- Convidar o inconsciente
2 -- venciar
Acrescentar ento ético dos
que permitisse à maioria das pessoas encontrar um
valores 4 -- Concretizar pelo ritual físico
meio de
A Dra. M a d e Louise IZon Franz mostrou que a
Imaginação
Da mesma forma que para o trabalho com os sonho,
Ativa naturalmente cai e m quatro estágios básicos.t Pessoas
é de
diferentes
vão praticar estes estágios d e formas ligeiramente
diferentes.
vácuo 3) IncluirC o m o elementoético; 4) Integrar a imaginaçãona
(Panarian
estas Conference,
quatro Los básicas,
etapas Angeles, 1979--
tenteiconferência
formular nãoum método
vida diária
publicada.)
ordenado
percorrer os estágios d a Imaginação Ativa, sem
ficarem
paralisadas ou intimidadas.
C o m o escrever
Os dois exemplos d e Imaginação Atava
apresentados
mostram u m a maneira típica d e anotar a imaginação. No
r
primeiro
(Cumprimentos do h o m e m c o m o chapéu d e
plumas, o
h o m e m d a Renascença, que é guia e mentor. Ele está c o m
o seu
bastão e .me saúda na ponte. Eu trouxe m i n h a
lanterna e u ma
ESTA B O M PARA N O S S A V I A G E M ESTA NORTE. ENTRE;leNTO
I A
.
202
INNERWORK
realmente
tragédia, a beleza, a crueza, a luta que se passava e m
r
sua v i d a representou cada papel, retratou animais
rosnando, grunhindo,
203
ROBERTA. J O H N S O N
,
Quando sua sessão terminou eu estava encolhido,
esconder-me
tentando e m m i n h a cadeira. Ela disse alegremente:
"Ok,
Robert, pode sair agora."
dançado, o que
Depois d e havia
c a d a sentido
sessão, eelavisto na sua
colocava e m imaginaçãoe
palavras o
o queque h a v i a
linguagem estranha para mim. Falar também foi útil
para ela,
signiÊlcavapara ela. Isto m e foi útil, um a v e z que a da nça
era u m a
registrá-la,
pois a d e i x a vainda
a maisé bom que escreva alguma coisa.
consciente.
Escrever
Se v o c êescrever
usar umé destes
das pessoa me horoutrose modos,
a tais c o m o a
acessí
dança, a
s, a seja o que forma mais el.
pintura -- ou for - para representar a
imaginação ou
sempre ajuda
Agora que a você
concentrar
já decidiu ecomotornar consciente.
vai registrar sua Para
imaginação, l
v
uns momentos. Realmente,você não pode dialogar com o
a maioria
seZyinteriorse a campainhada porta ou o telefonetocam
seu
a cada
do mês anterior O a mesa,
ambiente
par físico
sobre a
é necessário
você não pode arranjar um quarto
ser perturbado, que seja
a menos que silencioso
haja uma e
privado o
explosão
suÊlciente,para qué v o c ê possa desligar-sedo mundo d e
fora ar
porsua viagem pelo mundo
interior.
íntimo você seja de outra pessoa, é geralmente
cinco minutos, se há crianças correndo pelo quarto,
impo ssível querendo brincar ou pedindo comida, e todas
cachorrinhos
as contas não pagas
distraí-lo.
V o c ê d e v e deixar claro que precisa d e um quarto
isolado e
um período d e tempo para si mesmo. D i g a a todos d a
casa que
nuclear ou algo parecido. V o c ê se dá o direito a esta
espécie d e liberdade, d e privacidade e segurança. V o c ê
precisa disso para
realiz
Você precisa, t a m b é m , estar sozim;zoN. ão importa
quão
extravasar tudo que está escondido nas profundezas
secretas do inconsciente se existe mais alguém no quarto,
perambulando e
olhando por c i m a do seu ombro, para ver o que v o c ê
está 204
INNERWORK
PRIMEIRA ETAPA: O C O N V I T E
Dante, .DiuÍ#cz C o m é d / c z
AComo
primeira Imaginação
ested aconvite?
fazemosetaíya co uildar nossa
Atava édesligando
Começamos as
mentecriaturas
do mundo externo e concentrando-a na imaginação.
do inconsciente para que v e n h a m à superfície e f a ç a m
contato
conosco. Convidamos as pessoas interiores a iniciarem o
diálogo.
e
virtude e
temas tarquetípicos, sua própria experiência dos
/ejfmofZz;s
universais, seu próprio m o d o individual d e vivenciar a
evolução
que c a d a um d e nós d e v e
fazer
.
207
ROBERTA. J O H N S O N
C o m o dar início
Muitos não se adaptam ao método de total
receptividade,
d e esvaziamentoda mente. A c h a m muito difícil conseguir
soltar
ade imaginação, simplesmente concentrando a mente e
Acredito que nesses casos é mais conveniente
esperando.
tempo.
Eles "ligar
p o d e m conseguir
a só um branco completo por bons
períodos
Imaginação.
2]1
ROBERTA.JOHNSON
2. Visitandolocais simbólicos
Um simples
m ei o bastante d e fazer o convite é {r a zlm
encontra á. Em geral,
Zz4gczn6a limaginação, quandoa você
e começar faz isso,
explorar para sua
ver quem
imaginação o você
coloca em contato com as pessoas interiores que
precisa
leva exatamente para o lugar interior a on de v o c ê precisa
ir e o especial na imagin ç o. Lembra-se do homem que sai
lugar
em
encontrar.
que e e tem o costume de sempre volta para a mesma .pomfe.
Muitos, sem perceber, c a e m no hábito d e voltar
mundo a ã
para um busca d e aventuras com o cavalheiro d a
interior.
l
Renascença? Observe Nela, o homem da Renascença
começo ar ndar. nevitavelment alguma ois acontece u
sempre aparece para leva-lo ao
que fiquei andando, andando e não aconteceu nada; algumas
vezes Para m i m , a praia é um lugar mágico que
aparece c o m freqüência e m meus sonhos. Quando não sei
alguém
cImagi
o m o ação su espera
começar minha
Ati'úa, freqüentemente vejo-me e m u m a praia,
à a .
n a I e, c a
e
o
alguém aparece e a imaginação deslancha. Houve alguns
ver quem encontra-
dias e m
viria lo.
v o c ê pode .Rcar exausto d e tanto andar. Mas,
Então se
geralmente, âquei
v o c êum pouco bravo: ''Olhe! Alguma coisa
vai fem de lugar interior e procura, v o c ê a c a b a por
pés.a Você
algumterá de ir para o hospital, aí você vai se
encontrar
apaixonar pela
Anos atrás, um paciente m e u teve um aborrecimento
terrível
para começar a ImaginaçãoAtava. N a d a acontecia e m
sua v i d a
exterior, e essa m e s m a monotonia se refletia e m sua
imaginação.
Ele estava e m um ''branco" total. Então eu I h e disse
para que fosse
a u m a pi'aia,como eu, e começasse a andar, olhando e m
volta para
N a semana seguinteele voltou e disse: "Sim.
A n d e i pela -praia. M a s ninguém quis falar comigo. N a d a
aconteceu."
E. Desculpe-me
213
ROBERTAJOHNSON
Isso I h e fornece outro m ei o d e "ligar a bomba". Se
v o c ê tem algum sentimentocercando-o, seguindo seus passos,
um humor que não consegue dominar, isso I h e dá u m a
sugestão segura d e onde d e v e
ir para iniciar o diálogo c o m o inconsciente. Vá até aquele
que está Dirija-se à imaginação e diga: "Quem, dentro de mim,
o b c e c aestá
d o dentro d e v ocê, deprimido, ou c o m algum outro
humor.
deprimido hoje? O n d e v o c ê está? Que aparência tem? Por
favor,
tome u m a forma para que eu possa vê-lo, saia e v e n h a falar
comigo.
Quero saber quem v o c ê é e o que quer."
sonho não está reso vido, ou se você está tendo o mesmo
sonho 4. Dialogandocomas6guras dos sonhos
legítimo da imaginação uma vez que o sonho e a
vêm daU mmesma
imaginação mais noantigos
dos font inconsciente
usos que Jung
encontroue para. a
Imaginação com o d e ez»azzdi o s
suas personagens,el podemos escolher uma específica,com a
so#;zos.SeAtava foi o um mei z "
qual
ou u m a
regularme
nte, e m busca d e sabedoria e
agem
aconselhamento.
de
''Estou
v e z que procurando
o sonho "a deixou as
na chaves
mão'',dopor
meu assim
carro.dizer,
Suponho que
ela decidiu
levou o às
dirigir-se carro emprestadoe
pessoas do sonho óão o devolveu.Vejo
através d a Imaginação Ativa
ambos e os
para
com a aparência de um 'renegado', entra no meu carro
e sai,
contamos c o m a va n t a g e m d e ter um a transcrição do
diálogo real,
palav
Você vai reconhecer esse sonho. Foi o
primeiro que
analisamos neste livro. Já vimos c o m o a j o v e m
trabalhou seu
sonho para descobrir o seu sentido. Agora vamos ver
c o m o ela
usou o sonho partindo para a ImaginaçãoAviva.
Sonho
com
desamparada." 218
INNERWORK
n
A otações d a j o v e m
219
ROBERTA. J O H N S O N
entender
tentando
estado tãofazer coisas demais, tenho
exagerado.
distantes
Sinto c o m o estou triste - v a z i a é o termo -
dois. eNão
vazia, m meadmira
i o a todo esse esforço.
que estivesse tão
Vesgotada
o c ê a g e c o m o se não precisasse d e nós,
pelo
como fique
trabalho
se não precisasse d e i madczE. por isso que
volta p ra me e .
temos
(Falando ao Renegado:) Você é a energia que
carar
EU: Percebo o quanto ten ho estado afastada de
vo cês
ultimamente. Sinto muito. Eu m e deix ei
dominar
simplesm nte aie embo a comig . Foi vo ê
completamente
inconsciente.
(Agora percebo quem é o ''renegado". Ele
a n .)
se
U: . t
E esperar um pouco seria
o
credibilidade se voltar
d u
atrás...
catastrófico. Nã é
Para os alunos vai se melhor conhecer
Se v o cde
ponto
outr ê cancelar as aulas, os alunos
ficarão
vista.
mesma. Não gosto
desapontados. Eles amesmos
an iedade
as que me dá
solicitaram
recusar
para
ao pedidos, embora,
ajuda-la
esses a escolher suas áreas. V o c ê
menos ainda do sent mento de estar
perderá a
obviamente,
estejam pedindo mais do que posso atender.
i
Go o
"sobrecarregada",
st de fazer as coisas
inconscientemente. d e m e senta c o m o um
fantoche
e desligada d e tudo.)
Olhe, gosto do m e u trabalho, todavia,
quando
S E G U N D A ETAPA: O D I Á L O G O
o o
223
V cê tem
ROBERTA. J O H N S O N
Conversando c o m u ma i m a g e m
Para realizar um verdadeiro ato dq.# x x J L X Ç b ¬5 x X )'Çev o, é XILv /\
JxJC rXo
224
!:'''RT'
INNERWORK
225
ROBERTA. J O H N S O N
Aprendendo a ouvir
Imaginação A v i v a é, mais que tudo, um processo d e se
ouvir.
ã
será feito através d e palavras. Há sessões d e Imaginação
Atava 227
ROBERTA. J O H N S O N
agora)
partes se vamos estabelecer
interiores, que nos um intercâmbio
aparecem c o m o emimagens,
vez da
apenas
guerra
c o m o inimigos, c o m o portadores d e u m a resistência indolente,
c o m o Após tantos anos ignorando essas partes de nós
neurose,mesmos,
vícios inúteis, imaturidade. E assim que o e g o os vê.
descobrimos que elas têm coisas bastante desagradáveis
Porém,
para
surpresa quetemos
habitual que algumatravado
pessoadura
interior venhaa me
nte toda dizer que
vida,
tirano
precisamos c o m e ç a r a ouvir.
Precisamos estar:dispostos a dizer: "Quem é
vendo-as c o m o características inferiores d e nossa
você? Que
personalidade, nos dizer, quando finalmente as
para
escutamos. Não é nenhuma
ouvir.
ia de nós. Se existe em você algo que você percebe
uma
tenhofraqueza,
como umanos
sido estes defeito, um cterrível
todos, obstáculo
o m o tenho feito m e u a
uma vida
inconsciente engolir as atitudes do m e u ego.
ser
tem "infe
a m e ior , como
Vou se ele, ou ela, fosse a voz da por
/
or
Isso requer u m a formidávelreformulaçãode
Você
mai será respeitadoe aceito. E o que disser será
registrado."
atitude,para aNo
produtiva, apesar disso v o c ê não pode abordar essa pote sua
como
o "vilão". No instante d a Imaginação Atava, d e v e tentar
r "
ouvir esse
i d e v e m o s honrar essas características c o m o
a,
partes do ser total.
É terrível e assustador tomar aquele seu sentimento
de
inferioridade, d e culpa ou d e remorso, colocar essa parte
sua no
banco das testemunhas e dizer: 'Você tem todos os
privilégios. V o c ê
é aquele que dá testemunho do que eu não conheço
n e m compreendo. IZocê pode dizer o que quiser. por quanto
tempo quiser.
228
INNERWORK
Aprendendo a replicar
Quando tivermos aprendido a ouvir, deveremos
também
nossos
aprendervalores e pontos
a responder, de
acrescentandonossa própria
vista. Logo que se começa a aprender a aceitar a voz do
informação,
de exagerar e decidir que ''esse ego não sabe nada''.
Existe
inconsciente
dizem como see aviessem
leva-la de
a sério, muitas vezes existe uIsso
uma autoridadesuprema. ma
tendência
seria
como o ego precisa equilibrar seus pontos de vista
t a m b é m um a tendência a considerar tudo que as .figuras
indo ao
interiores
Lembre-se da observação de Jung: el
tão bobo e unilateral quanto a anterior atitude
egocêntrica. Assim
encontro
oceano do completamente
da vida, inconsciente, t
à amercê
m b é m das
o inconsciente
ondas e precisa
ser
tempestades
equilibrado pelas atitudes d a mente on nte
e disse que
c scie .
o
poder da consciência! Apesar de pequeno o ego tem esse
especial, concentrado,
relacionamento
poder do e g o cIhe
o m confere uma
o imenso posição que
inconsciente é. c oé m o
tãou m a rolhinha d e cortiça :flutuandono oceano. Sentimo-
riqueza do inconsciente. A rolhinha de cortiça nos pode
assim, c o m
replicar ao Sentimo-noscomo u m a rolha d e cortiça
freqüência.
lançada no
pode argumentar, e é isso qué faz do diálogo um
intercâmbio
que nos levam para lá e para cá, c o m o se tivéssemos
muito pouco
controle ou poder sobre qualquer coisa.
Jung continuou sua analogia c o m algo surpreendente: a
rolha
,
d e cortiça, no entanto,pode fazer f a c e ao oceano, porque
tem o
ríêcessária, tão forte e tão valiosa quanto a aparentemente
infinita
i,éter pares.
229
ROBERTA. J O H N S O N
Não manipular
U m a das leis mais importantes desta segunda
etapa d a saber como nos sentimos com relação a
Podemos
Imaginação
alguma Atava é que v o c ê nunca trabalhe c o m um
roteiro
por quem preestabelecido.
procuramos quando nos sabe
V o c ê não dirigimos
o queà vai
maginação.
ocorrer,
não sabemos o que a pessoa vai dizer até até
Mas queque
elaaconteça.
o diga.
coisa ou o que temos a dizer à pessoa
Não
façam. Você tem o direito de chamar sua azz/ma,ou as
âguras da ,
interior. Podermos saber
No mínimo,
i a Imaginação Atava é um processo de
surpresas,
venha o que
sabemos vier.
o que O que
esses quer que
habitantes aflore vão fazer, até
interiores
espontaneamentedo
que o
matéria-prima da Imaginação Atava.
Precisamos
soma)7"ma, as nãoentender isso claram
tem o direito nte, porque
d e planejaro que eles
agora ou domina-los quando aparecem. -
vão dizer,
diferença
um principal
processo que se éentrega
que eles trabalham com
ao inesperado. Não um
fazemos
rado
roteiro
planos tud é predeterminado
; o
n e m roteiros. .
Simplesmente começamos e então
deixam os que
"imaginação
dirigida", "imaginação cüativ4" ou algo semelhante. O que
todos têm e m c o m u m é que tudo é .P edefe7m/med o. V o c ê d e c i d e
d e antemão o
que vai acontecer na imaginação.O e g o d e c i d e o que está
tentando
obter do inconsciente e prepara um roteiro. A idéia é
"programar'' o
inconsciente d e m o d o que ele faça o que o e g o quer.
INNERWORK
o de seu objetivos
consciente. A finalidade d a Imaginação A v i v a não é "programar"
ou s .
o, ou numa obsessão, tentando conseguir alguma
na prática
ouvir coisa seja impossível.
que
o inconsciente,por suaSeu
v e z inconsciente
, ele ouvirá você.
provavelmente vai
percebe que o inconsciente está opondo resistência, ríão
reaja
diálogo entre
i
duas inteligências capazes que se respeitam u m a à
outra. Não
d e v e foram
que feitos
acontecer d e da umimaginação dirigida. Temos
tentar ''programar" um
o outro.
exemplo E por isso que na Imaginação Atava não existe
de uma série Vdeo c meditações
roteiro. ê sobre a vid de Cristo
usando
não coloca palavras na b o c a d e quem encontra, não d e c i d e d e
antemão
qual é o ponto d e chegada. V o c ê não estabelece u m a
a Imaginação Ativa e a imaginação dirigida em seu mais
partir
elevado
finalidade e a tenta manipular o inconsciente para
daí
para
ati a Via Dolorosa. E o dia da Crucificação, e você
está lá
ngi-la.
e do sangue. Você ouve a zombaria da multidão, vê a coroa
de
Historicamente,
que magoam s us pés,existem
o solalguns usos
batendo você, os e
em legítim
bons
enquanto
no Dessa forma, sl)i,rito,a'i.sde
E9ce7cícioEs para os que Sam,tolgnácio
adotaram as de
s meditações de a
Loyota. Trata-se
se tornaram uma experiênc a real, imediata. Esta espécie
de
u ma visualização dirigida, preestabelecida para c a d a dia.
Jung proferiu u m a série d e palestras, anos atrás, na
Suíça, nas quais
usou os .Ezercíczlo.sEs.pjzifwczpisara mostrar as
diferenças entre
aspecto.
Neste tipo d e imaginação dirigida v o c ê vai, por
exemplo,
que
232
INNERWORK
rar-
cami n h o - um cami n ho dentre muitos, ainda que único e
distinto d e todos os outros, um cami n h o g e r a d o d e
sua própria natureza,
descoberto.
Para muitos d e nós esse cami n h o é solitário pois, no
anal das
contas, precisamos trilha-lo a sós. N i n g ué m mais nos pode
dizer que direção anal ele d e v e tomar, e ninguém mais pode
percorrê-lo
seu
C A P I T U L O 17
TERCEIRA ETAPA: O S V A L O R E S
o
Já vim s como convida as fi uras do inconsciente e
estabelecer o diálogo c o m elas. M a s isso não é
como
r posição
Devemos, a ém disso, tomar uma g ética E nosso
suficiente. c o m o seres humanos conscientes, introduzir
dever,
.
ocesso l
o elemento ético
. Uma vez pr imagi ativ
avez osuperfície
pr para serem ouvidas, alguns limites devem
n
ser que o ocesso n o foi iniciado, u m a
sentido.
,
entretanto suas forças se comportam d e u ma maneira
imoral.
.humanos de justiça, integridade, pro ção
s t e
aos desamparados,
r
estruturas vitais. Somos nós que temos d e introduzir estes
valores
própria
ou p ssa D c p de n
.
s u a''Agora, v o c ê d e v e refazer tudo. Volte e d i g a a ele que
v o c ê está tomando d e volta sua bolsa e suas chaves. Diga-lhe
que v o c ê vai ouvi-lo, respeiü.lo e considerar o que ele disser
-- mas v o c ê não pode dar sua v i d a inteira para ele. Diga:lhe
que v o c ê precisa pensar por si m e s m a
a r
específicos relacionados à preservação do aspecto ético
da t
Imag
Primeiro, v o c ê introduz o elemento ético ao manter
i
suas
atitudes e sua conduta consistentes c o m o seu caráter e os
seus
valores mais profundos.
arquétipo ou u m a parte d e nós mesmos assumir o
controle e m 237
ROBERTA. J O H N S O N
detrimento dos outros. Não podemos sacrificar valores
essenciais
segui um impul ou objetivo limitado
para r so um .
especificamente humanos que
Terceiro, precisamos servem àe vida
alimentar humana,
preservar osque
valores
nosso
s
m a n t ê m a v i d a cotidiana e m andamento e que m a n t ê m
vivos Os grandes poderes do Inconsciente Coletivo são
tãorelacionamentos.
enxurrada de energia primitiva que se apossa da
mente
avassaladores
comum ou nas que podemos
pessoas ser, d e repente, arrastados
à nossa
por u m a
volta.
consciente - u ma energia que corre para seu
objetivoinstintivo,
todos os escrúpulos que o impedem de obter o que
sem se preocupar c o m o efeito que possa causar na v i d a
quer,
humana
fantasia de afirm ção de si mesmo, de que você está
o controle da situação
Inevitavelmente,
assumindo u m a onde trabalha,
figura poderosadevai você na
quesurgir
seguesuasua
Imaginação Atava e vai configurar este impulso d e poder
de uma forma ou de
bruto.
Ela pode aconselha-lon, os termos mais imperiosos, a
outra.
abandonar
abandonar os compromissos e responsabilidades que o
''prendem''. Essas idéias geralmente levam v o c ê a um a
a
dramática
humana.
m
e x i gê n c i a prática, prejudicar seu relacionamentocom a
família,
que sejamos causar pl'oblemas no seu trabalho ou atira-lo e m
dominados.
disputas d e poder
apres
Você pode dizer: ''Olhe, existem alguns valores
humanos,
e ão muito importantes para mim. ã vou
v
aqui, áqu s N o r
nenhuma meta idealizada e m detrimento d e tudo e
abandon -
o
d e todos.''
Já aprendemos que este d e v e ser um diálogo entre
pares. Isto significa que d e v e m o s não só honrar os
arquétipos que falam conosco na Imaginação A v i v a , mas
t a m b é m nos considerarmos
iguais a eles, moralmente falando, e, portanto, capazes d e
tomar
u ma posição ética - responder, assumir u ma posição,
tornar o
diálogo verdadeiro. Não d e v e m o s procurar dominar,
mempermitir
ROBERTA. J O H N S O N
n
compaix o, delicadeza, identificação com a vítima, afinidade
integridade,
amorosa ou justiça ou ética. Servem a um reino que está
senso de
próximo
justiça.
sobrevivência, agressão, domínio de terr tório. e forem
encarnados na pelos
qualificados v i d a humana.
valoresTodavia,
humanos,c o mpelo
o acontece,
sentidocause
de
ou
amor e s
iss
dominarem, sem esses outros sent mentos humanos,
o tudo osa meras
reduzir-nos arquétipos brutos primitivos não se
podem
Existeomalgo de verdade e de sabedoria em toda âgura
bestas.
preocupam.
que
O s arquétipos primordiais p o d e m ser comparados a
leões
na selva: quando os vemos no seu esplendor selvagem
parecem
encarnações vivas d a nobreza. M a s são t a m b é m forças
impessoais
e imorais da natureza não qualificadas pelos valores
ã
humanos d e
Q U A R T A ETAPA: O S RITUAIS
externamente, fisicamente.
manifestar-sesob a forma d e violência dirigida a si próprio
ou às
outras pessoas. No entanto, muitos d e nós fazemos
sempre um
pouco d e exteriorização e m nossa vida, d e forma branda,
sem 242
:::? ;iT:
: l#@
INNERWORK
os inimigos--à e espada.
experiência Esse
encarna-la, fazexercício
end o um deritual
esgrima pode
físico ou ser
integrando-
uma
a à sua v i d a prática. V o c ê poderá ter problemas e causar
pessoas
prejuízos com as quais estou zangado. Porém, se o
se falhar da
assunto nesta distinção. V o c ê não d e v e adotar esta
quarta etapa
a fantasiase torna mais
fantas
forte.
Quando esse aspecto surge d e u m a forma extrema, é
trazer à mente a imagem do marido, do amigo ou do colega
fácil
de
Se você
ver fizer
c o m oisso,
isso vai ficar sujeito
é verdadeiro. a uma pressão
Suponhamos que esteja
realizando u m a Imaginação Atava e m e veja e m tempos
extrema,
estiver próx mo da pessoa outra vez. passados, combatendo
Involuntariamente, você
coisa válida a nível interior, mas é obvio que não posso
encarnar
essa imaginação conseguindo u m a espada e usando-a contra
as
quan o
243
d
ROBERTA. J O H N S O N
conhece''
prever
Pela no
realizamos mesma
nívelrazão, é um erro
inconsciente você se permitir
é transmitido
inconscientemente
fantasiarà em
às pessoas nossa volta e isso, involuntariamente, as
u r en ,
afeta.
NÍVEIS
Barganha,
realmente sem c ogrande
m o costumo chamar,
nobreza: é o níveleum
é clarament mais prático,
mais
pessoal. E de
processo o uso d a imaginação quando v o c ê precisa negociar
algum en endimentopara clue a vida possa
com
prosseguir.
suas personalidades interiores, fazer aqueles acordos e
transações
que às vezes são necessários para o próprio funcionamento d a
vida
prática. Se ''barganha" parece um n o m e não muito nobre para
este
uso d a Imaginação Atava, é porque ele representa u m a
atividade
Atava. como se mu da
s usar
E achassem muito sórdido ou n no
esta
nobre arte para aceitar um compromisso entre aquela
sua parte
que quer ver o serviço pronto e a parte que quer ir a
á
festas todas
248
INNERWORK
e
esquecia os compromissos. Esse é o tipo de coisa
horário, u m a v e z que m e d e i x a v a os dias livres mas, por
que:acontece
o ego
alguma
estava acostumadaa ter as noites livres para mZm. para
Avisitar
imagemosque apareceu
amigos, para foi a de um adolescente
as atividades mimado.
sociais, música,
mEi n
Ele h a v i d a pessoal.
a hora do divertimento. E a hora do ser humano. Não é
Essa m i n h a parte infantil estava furiosa. E o
hora har
de e ülm de
ressentimento papos
inconsciente e irracional achou um jeito d e
entrar na m i n h a v i d a
expliquei: 'Veja, nós temos de vi er; n.ós temos de
prática. Eu estava irritadiço para c o m meus
ganhar
pacientes..Quase
quê emos nesta altura são esses que vêm à noite ou
quando alguém no inconsciente está absolutamente contra o
no
queülm de
determinou.
L e v e i esse problema para a Imaginação Atava. Procurei
essa
vertir. E o que vou
parte fazer
d e m i''m que estava z a n g a d a c o m m e u horário d e trabalho.
disse: ''Nãos Não vou trabalhar à noite. Essa é a hora d a
curtição.
trabal
Então travei u m a longa conversa c o m ele.
nheir u s os a
Expliquei e ' v
di o você.
o ambo estarem n rua e
Ufamintos
m a v e z que estamos c o me ç a n d o a pro.nssão, os únicos
-- incluindo
t
pacientes
SÓ quero
249
ROBERTA. J O H N S O N
Eu disse: ''Mas eu realmente m e preocupo c o m o aluguel."
E ele disse: "Isso é dureza mesmo. E u m a dor d e
c a b e ç a pra voce.
Continuei: "Não posso trabalhar e ganhar a vida
fica sabotando tudo e m e d e i x a d e m a u humor e
ressentidose vocêtodo
o tempo. Isso afeta os pacientes.Eu m e esqueço
das coisas.
estava havendo um caos geral devido a essa parte minha
Coloco as anotações nos lugares errados." Tudo isso era
estar
verdade,
imaginação, é clar --, coloquei- contr a parede e disse:
revoltada c o mo o trabalho.
o a 'Você
Finalmente, agarrei o fulano pelo pescoço -- na
Foi assim que surgiu a seguinte barganha: ele
minha
concordou
horas,
vai ter ê d .fizesse
e ouvir, uma belavamos
senão refeição
ficare eom levasse ao cinema
maus lençóis.
umas
Então, que tipo d e acordo podemos fazer?''
ele ia "aliv ar a minha barra" o res o do tempo e deixar
que eu eu fosse a u ma b o a lanchonete todas as noites,
que se
forma. Contanto que eu Ihe desse uma boa refeição e um
às d e z
cinema
ções
deuses
e arcanjos. Eles m a n t ê m intacta a estrutura d a v i d a
E on a uma conscientização que
humana. r
algumas vezes c duzem
é o
tant
INNERWORK
Compreensão do inconsciente
A maior parte dos métodos para se praticar a Imaginação
Atava depe n de d e se chegar a termos c o m o inconsciente,
trazendo as
imagens para a super:Hcie,reduzindo os efeitos negativos d e seu
poder Já nos referimos a muitos destes métodos. Os
autónomo, tornandcFas conscientes e f azendo as pazes c o m
princip
elas.
Imaginação
ais Atava; dialogar com as figuras do sonho
imaginação;
pela converter a fantasia em imaginação;
são: esvaziar a mente e dialogar c o m o conteúdo do
personificar
inconsciente que aparecer espontaneamente;prolongar os
nação Aviva
sonhos através d a
humores,
de "viver sentimentos
vida não e crenças; e vivenciar viagens
míticas, na
Nesta p ar te, ocalizar utras
magi .
I: vou se
O princípio em que
alidades f baseia esta
duas abordagem
o a que
chamo
ãn excelentes
que se enquadram neste segundo nível d e Imaginação Atava.
C h a m o a primeira d e "cercar as muralhas d e Jericó" e a
segunda, a cidade uma vez. Assim deveis fazer durantes seis
a vivida.''
dias. E
de chifre de carneiro: e no sétimo dia, devereis
contornar a As muralhas d e Jericó
E quando eles soprarem mais forte os chiües de
carneiro,
povo gritará em uma só voz e a muralha da cidade
''muralhas d e Jericó" está simbolicamente expresso nessa
cairá
história por
antiga:
terra. r
É como uma cidadela cercada por uma muralha dentro
ma
do
hão consegu penetrar, algo que ão conseguimos sequer
continuamente lutando contra obstáculos, dentro d e nós
mesmos,
ao seu alcance. Ou pode ser que você tenha um hábito
que mais parece.m fortalezas defendidas por
ou um n
muralhas a a f ó amos, pois estão completamente fora d a
influência ou do
rma,
contando que v o c ê localize sua energia na "impenetrável"
sobre
cidadelao complexo autónomo. E continuamosfazendo isso,
interior e faça seu ritual. Personifique o conflito,
até
trazendo as
imagens à mente e conversando c o m elas. C o n v i d e as
pessoas a saírem d a c i d a d e e descubra quem são e porque
estão se opondo
pela Imaginação Atava e vejamos aonde nos
circu A Imaginação é particularmente útil a esta
conduz.
de
Atava técnica
U m aho.
so v e z que v o c ê está colocando tanta energia nessa
Jericó
interior, pode supor que o sonho provavelmente
tratará desse
muralhas d e Jericó consistirá no trabalho c o m o sonho.
Talvez o
.sonho Ihe traga u m a idéia luminosa respeito o que
i
realmente a d
C a d a dia, d e u m a ou d e outra forma,
continue d a n d o a volta
à muralha desse complexo autónomo. Um dia as paredes
terão
d e vir a b a i x o e v o c ê vai começar a ver o que está lá
dentro e o
254
INNERWORK
Vivendo a vde
O ego tende a classificar i d a"ruim"
anão ávida
qualquer coisa
que não
dentroU mde dos usos
nós que nosmais elevados
incomodam. Masd aseImaginaçãoAtavaé
conseguirmos
o
escapar que
visa.encontrar um nível no qual possamos vivenciar as
partes não
Todos nós somos u ma mistura d e arquétipos,
de anos suficiente,
energias e em nossa vida humana, para
potencialidades.
experimentar Algumas das possibilidades dentro d e nós
possíveis, que estão potencialmentecontidos dentro
nunca
de nós.
são viver)dadas porque p a r e c e m "ruins'' ou
inferiores para nós.
compreende e, naturalmente, evitamos olhar para as
coisas
dos preconceitos d e nosso ego, ülcaremossurpresos e m
descobrir
que algurpas destas características não vivenciadas, ou
reprimidas,
terminam sendo as forças mais admiráveis que temos.
Provavelmente, a razão principal d e nós todos termos
tantas
''vidas não vivenciadas" é que simplesmente não temos o
número
l
c o m ela, Isso continuou, noite após noite, por quase
um ano. E m
aposentado, que vivia na Califórnia. Durante a noite, ele
vivia e m sua c i d a d e z i n h a italiana, falava italiano, d a v a
palmadas nos ílilhos,
lutava c o m as contas, cuidava do jardim, fazia amor c o m a
esposa,
discutia c o m ela, brigava c o m os vizinhos, ia à missa c o m a
família, 258
INNERWORK
mar,
seus dias embaixo,
ensolarados sem , n atodos
na prai d a paraosfazer a não
ias.
O. diálogo o "garotão da praia" interior foi
ser m e n o bronzeados, levam uma vida completamente
c m meu
mais ou
Ga'Fotão d a .>?'ai,a. Veja, v o c ê v i v e u m a v i d a d e terno-e-
gravata: respeitado, conseguiu g a n h a r
dinheiro. V o c ê
b ;eqip#v:liwlw «-'#.f pp
INNERWORK
Robert: Algumas vezes, sim. M a s nisso há
também
algo real e valioso que eu não d e v o
destruir. E
gosto dum
ajudar e gan h a r emum4
amigo v i d a honesta.
dificuldade, ou
Gosto d e
apenas
os di s sobre de onde virá minha
ter algum dinheiro no banco, d e ser
próxima
capaz d e
ter de viver à custa dos outros ou
saber que não tenho d e m e preocupar
mendigar
a
todos
refeição. Quero ser auto-
suÊlcienteN.
em um nível primitivo dentro da minha alma: de ão
um quero
lado, o m i n h a c ouma
m i d avida
ou dentro
um tetode sobre
segurança, construindo uma m i n h a
comunidade cabeça.
de vida
e
forma, passar os últimos e indignos dias d e sua v i d a
cheia d e
dizer quem eramFinalmenteum dia, foi até a madre
superiora e
pediu
Ela estava tão destruída pelo tempo e pela
doença que
ch e da uma isa:
v i
ãor das celas capela. Estava surpresa c o m co
po
alguma estranha razão, n en huma Ê'eira nova h a v i a ocupado sua
cela.
Ela estava exatamente c o m o a deixara, anos antes. Por quê?
-- ela se perguntava.Mas tinha m e d o d e perguntar a alguém
mais.
ROBERTA. J O H N S O N
f
c n e verdadeira u idade do
,
d ae l
s beleza e do signo.ficadoda vida.
u
r s
impacto poderoso. Depois de m dia ou um pouco mais,
talvez
2Ó7
ROBERTA. J O H N S O N
acontece
quando menos se espera. E possível v o c ê estar descendo
por
u m a rua c o m u m e d e repenteachar que a rua, os
edifíciose as
pessoas à volta foram transformados e m u m a visão
espontânea.
N a sua visão, v o c ê pode estar v e n d o a "rua d a vida", toda
a raça
d e vida. As calçadas e os edi.ócios não m u d a m fisicamente,
mas a
r
sentimento de "aparição", ou d e alucinação, c o m o se
estivesse
m e u leão interior, depois que ele m e apareceu e m
sonho. No
anal, os atos imaginativos se tornaram visionários pelo
seu poder.
dentro d e mim. M a s a proximidade,o sentidoda
.presençada
criatura e o poder d a i m a g e m eram tão fortes que mais
parecia
que o leão era um ser físico.
diante de
- 271
ROBERTA. J O H N S O N
273
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