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Introdução a Capoeira
Sumário
Resumo....................................................................................................................................................3
Justificativa:.............................................................................................................................................4
Objetivo específico:.................................................................................................................................5
Metodologia:............................................................................................................................................6 1
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................7
História da Capoeira................................................................................................................................8
Etimologia................................................................................................................................................9
Origem...................................................................................................................................................10
Debate da origem da capoeira............................................................................................................10
Nos quilombos...................................................................................................................................11
A urbanização........................................................................................................................................11
Libertação dos escravos e proibição......................................................................................................12
Lei Áurea, 1888. Arquivo Nacional...................................................................................................12
A luta regional baiana............................................................................................................................13
Roda de capoeira................................................................................................................................15
O batizado......................................................................................................................................15
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade......................................................................................16
Música................................................................................................................................................17
Canções..........................................................................................................................................17
Toques de capoeira................................................................................................................................18
A dança e a capoeira..........................................................................................................................19
Estilos.....................................................................................................................................................20
Angola................................................................................................................................................20
Regional.........................................................................................................................................21
A sequência de ensino:..........................................................................................................................23
SEQUÊNCIA SIMPLIFICADA............................................................................................................28
Sequência Meia-lua de frente com armada........................................................................................28
Sequência Queixada...........................................................................................................................29
Sequência - Martelo...........................................................................................................................31
Sequência Galopante e Arrastão........................................................................................................33
Movimento
Capoeira Combate
Projeto Social Capoeira para todos
Resgatando Vidas
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Resumo
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Justificativa:
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Objetivo específico:
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Metodologia:
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INTRODUÇÃO
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História da Capoeira
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Etimologia
A palavra capoeira significa "o que foi mata", por meio da conexão dos termos
ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Alude às áreas de mata rasa do interior do
Brasil, onde era feita a agricultura indígena.
Acredita-se que tem origem com os fugitivos da escravidão, os quais utilizavam
frequentemente a vegetação rasteira para fugirem do encalço dos capitães-do-
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mato. Esses foram os primeiros capoeiristas.
O lexicógrafo Antônio Geraldo da Cunha aponta como origem provável o termo
homónimo capoeira, em uso em data anterior a 1583, significando tanto o
galinheiro, como os cestos onde os capões e outras aves domésticas eram
transportados para venda em mercados e também porta a porta, tarefa muitas
vezes executada por escravos antes da abolição da escravatura. Escravos bantos
levados de Angola para o Brasil trouxeram com eles um tipo caraterístico de
luta corporal, ainda nos tempos coloniais, com a qual se entretinham nos
intervalos do trabalho nos mercados para onde transportavam as capoeiras,
chamando a atenção dos assistentes, pela graça e beleza das exibições. Devido
ser entre o trabalho, o termo acabou ganhando uso pejorativo, documentado em
1824, significando vadio, malandro ou malfeitor, caraterísticas que se atribuíam
aos indivíduos destros nesse tipo de luta. O termo capoeira, por sua vez, é uma
variação de capão, significando o galo castrado, derivado do latim vulgar
"cappare", que significa "castrar", deduzido secundariamente por cappõ-õnis.
Outra vertente sustenta que o termo é oriundo do tupi, derivando da palavra
ka'apûera.
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Origem
A partir do século XVI, Portugal começou a enviar escravos para o Brasil,
provenientes primariamente da África Ocidental. Os povos mais frequentemente
vendidos no Brasil faziam parte das etnias: iorubá, jeje e hauçá e do grupo banto
(incluindo os congos, os quimbundos e os Kasanjes), provenientes dos
territórios localizados atualmente em Angola e Congo.
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No século XVII, era costume dos povos pastores do sul da atual Angola, na
África, comemorar a iniciação dos jovens à vida adulta com uma cerimônia
chamada n'golo (que significa "zebra" em quimbundo). Durante a cerimônia, os
homens competiam numa luta animada pelo toque de atabaques em que
ganhava quem conseguisse encostar o pé na cabeça do adversário. O vencedor
tinha o direito de escolher, sem ter de pagar o dote, uma noiva entre as jovens
que estavam sendo iniciadas à vida adulta. Com a chegada dos portugueses e a
escravização dos povos africanos, esta luta foi introduzida no Brasil.
É proposto que a capoeira surgiu na época do Brasil Colônia, por aculturação
como uma saída para expressar desejos para a liberdade da raça negra e pela
necessidade de se defender de senhores inimigos. Este povo, na grande parte,
era desarmado e usavam seus próprios corpos como seu método de combate,
aproveitando-se as danças, cantigas e movimentos manifestados por culturas
africanas ao mesmo tempo.
"Jogar Capoeira" ou Danse de la Guerre, de Johann Moritz Rugendas, de 1835
Debate da origem da capoeira
A capoeira ainda é um motivo de controvérsia entre os estudiosos de sua
história e sobretudo no que se refere ao período compreendido entre o seu
surgimento e o início do século XIX, quando aparecem os primeiros registros
confiáveis com descrições sobre sua prática.
Por isso, a origem da capoeira está em debate, se começou inicialmente na
África ou nasceu no Brasil. Alguns pensam que a capoeira já existia como uma
forma de dança ritualística na Angola, trazida ao Brasil durante o comércio de
escravos. Enquanto outros consideram que a capoeira tenha surgido em fins do
século XVI no Quilombo dos Palmares (no atual estado de Alagoas), situado na
então Capitania de Pernambuco (atual estado brasileiro de Pernambuco).
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Nos quilombos
Não tardou para que grupos de escravos fugitivos começassem a estabelecer
assentamentos em áreas remotas da colônia, conhecidos como quilombos.
Inicialmente assentamentos simples, alguns quilombos evoluíam atraindo mais
escravos fugitivos, indígenas ou até mesmo europeus que fugiam da lei ou da
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repressão religiosa católica, até tornarem-se verdadeiros estados multiétnicos
independentes. A vida nos quilombos oferecia liberdade e a oportunidade do
resgate das culturas perdidas à causa da opressão colonial. Neste tipo de
comunidade formada por diversas etnias, constantemente ameaçada pelas
invasões portuguesas, a capoeira passou de uma ferramenta para a
sobrevivência individual a uma arte marcial com escopo militar.
O maior dos quilombos, o Quilombo dos Palmares, resistiu por mais de cem
anos aos ataques das tropas coloniais. Mesmo possuindo material bélico muito
aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e, geralmente, combatendo em
menor número, resistiram a pelo menos 24 ataques de grupos com até 3000
integrantes comandados por capitães do mato. Foram necessários dezoito
grandes ataques de tropas militares do governo colonial para derrotar os
quilombolas. Soldados portugueses relataram ser necessário mais de um dragão
(militar) para capturar um quilombola, porque se defendiam com estranha
técnica de ginga e luta. O governador-geral da Capitania de Pernambuco
declarou ser mais difícil derrotar os quilombolas do que os invasores
holandeses.
A urbanização
Com a transferência do então príncipe regente dom João VI e de toda a corte
portuguesa para o Brasil em 1808, devido à invasão de Portugal por tropas
napoleônicas, a colônia deixou de ser uma mera fonte de produtos primários e
começou a se desenvolver como nação. Com a subsequente abertura dos portos
as nações amigas, findando o monopólio português do comércio colonial. As
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Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercício de agilidade e destreza
corporal conhecida pela denominação Capoeiragem: andar em correrias, com
armas ou instrumentos capazes de produzir lesão corporal, provocando tumulto
ou desordem, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum
mal. Pena: de prisão celular por dois a seis meses. Parágrafo único. É
considerada circunstância agravante pertencer a capoeira a alguma banda ou
malta. Aos chefes ou cabeças, se imporá a pena em dobro.
— Código Penal dos Estados Unidos do Brasil
Getúlio Vargas tomou o poder na década de 1930, depondo o presidente
Washington Luis, e posteriormente proibiu a prática da capoeira, permitindo-a
apenas dentro e com licença policial. Isso mostra as grandes mudanças nas
concessões sociais da Capoeira. A capoeira, após um breve período de
liberdade, via-se mais uma vez malvista e perseguida. Expressões culturais
como a roda de capoeira eram praticadas em locais afastados ou escondidos e,
geralmente, os capoeiristas deixavam alguém de sentinela para avisar de uma
eventual chegada da polícia.
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O aspecto marcial ainda se faz muito presente e, como nos tempos antigos,
ainda é sutil e disfarçado. A malandragem é sempre presente, capoeiristas
experientes raramente tiram os olhos de seus oponentes em um jogo de
capoeira, já que uma queda pode chegar disfarçada até mesmo em um gesto
amigável. Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de
etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua
imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, é 15
considerada patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Roda de capoeira
A roda de capoeira é um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em
que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o jogo,
divertimento e espetáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar o que
aprenderam durante o treinamento. Os capoeiristas se perfilam na roda de
capoeira cantando e batendo palmas no ritmo do berimbau enquanto dois
capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao
comando do tocador de berimbau ou quando algum outro capoeirista da roda
"compra o jogo", ou seja, entra entre os dois e inicia um novo jogo com um
deles.
Em geral, o objetivo do jogo da capoeira não é o nocaute ou destruir o
oponente. O maior objetivo do capoeirista ao entrar em uma roda é a queda, ou
seja, derrubar o oponente sem ser golpeado, preferencialmente com uma
rasteira. Na maioria das vezes, entre o jogo de um capoeirista mais experiente e
um novato, o capoeirista experiente prefere mostrar sua superioridade
"marcando" o golpe no oponente, ou seja, freando o golpe um instante antes de
completá-lo. Entre dois capoeiristas experientes, o jogo poderá ser muito mais
agressivo e as consequências mais graves.
A ginga é o movimento básico da capoeira, mas além da ginga, também são
muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, floreios (como o aú ou a
bananeira), golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, acrobacias (como o salto
mortal), giros apoiados nas mãos ou na cabeça e movimentos de grande
elasticidade.
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O batizado
O batizado é uma roda de capoeira solene e festiva, onde alunos novos recebem
sua primeira corda e demais alunos podem passar para graduações superiores.
Em algumas ocasiões, podem-se ver formados e professores recebendo
graduações avançadas, momento considerado honroso para o capoeirista. O
batizado parte ao comando do capoeirista mais graduado do grupo, seja ele 16
mestre, contramestre ou professor. Os alunos jogam com um capoeirista
formado e devem tentar se defender. Normalmente, o jogo termina com a queda
do aluno, momento em que é considerado batizado, mas o capoeirista formado
pode julgar a queda desnecessária. No caso de alunos mais avançados, o jogo
poderá ser com mais de um formado, ou até mesmo com todos os formados
presentes, para as graduações avançadas.
O apelido
Tradicionalmente, o batizado seria o momento em que o capoeirista recebe ou
oficializa seu apelido, ou nome de capoeira. A maioria dos capoeiristas passa a
ser conhecida na comunidade mais pelos seus respectivos apelidos do que por
seus próprios nomes. Apelidos podem surgir de inúmeros motivos, como uma
característica física, uma particular habilidade ou dificuldade, uma ironia, a
cidade de origem, entre outros.
O costume do apelido surgiu na época em que a capoeira era ilegal. Capoeiristas
evitavam dizer seus nomes para evitar problemas com a polícia e se
apresentavam a outros capoeiristas ou nas rodas pelos seus apelidos. Dessa
forma, um capoeirista não poderia revelar os nomes dos seus companheiros à
polícia, mesmo que fosse preso e torturado. Hoje em dia, o apelido continua
uma forte tradição na capoeira, apesar de não ser mais necessário.
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Música
Canções
As canções de capoeira são divididas em partes solistas e respostas do coro,
formado por todos os demais capoeiristas presentes na roda. Dependendo do seu
conteúdo, podem ser classificadas como ladainhas, chulas, corridos ou quadras.
A ladainha ou lamento é utilizada unicamente no início da roda de capoeira. É
parte do longo grito "iê", seguido de uma narrativa solista cantada em tom
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A chula é um canto em que a parte solista é muito mais longa do que a resposta
do coro. Enquanto o solista canta dez, doze, ou até mais versos, o coro responde
com apenas dois ou quatro versos. A chula pode ser cantada em qualquer
momento da roda. Ocorrido, forma musical mais comum da roda de capoeira, é
um canto onde a parte solista e a resposta do coro são equivalentes, em alguns
casos o número de versos do coro superando os versos solistas. Pode ser
cantado em qualquer momento da roda e seus versos podem ser modificados e
improvisados durante o jogo para refletir o que está acontecendo durante a roda,
ou para passar algum aviso a um dos demais capoeiristas.
A quadra é composta de um mesmo verso repetido quatro vezes, seja três versos
solistas e uma resposta do coro, seja a parte solista e a resposta intercalada.
Pode ser cantada em qualquer momento da roda. As canções de capoeira têm
assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas
famosos, outras podem falar do cotidiano da comunidade. Algumas canções
comentam o que está acontecendo durante a roda de capoeira, outras divagam
sobre a vida ou um amor perdido. Outras ainda são alegres e falam de coisas
tolas, cantadas apenas por diversão. Basicamente não existem regras e alunos
são encorajados a criar suas próprias canções.
Os capoeiristas mudam as canções frequentemente de acordo com o que ocorre
na roda ou fora dela. Um bom exemplo é quando um capoeirista novato
demonstra notável habilidade durante o jogo e o solista canta o verso "e o
menino é bom", seguido pelo coro com o verso "bate palma pra ele". A letra da
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Toques de capoeira
O toque de capoeira é o ritmo tocado pelos berimbaus, seguidos pelos demais
instrumentos. Podem ser executados desde bem lentamente (como no toque de
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Angola), induzindo a um jogo mais lento e estratégico, até bastante acelerados
(como em São Bento Grande), induzindo a um jogo rápido, ágil e acrobático.
Podem também ter outros significados que vão além do jogo ou comandar uma
roda restrita, como o toque de Iúna.
Berimbaus. Da esquerda para direita: viola, médio e gunga ou berra-boi
Em uma roda de capoeira, a forma mais usual é iniciar com o toque de Angola e
subir o ritmo gradualmente, encerrando com o toque São Bento Grande em alta
velocidade. Contudo não existem regras, uma roda pode manter sempre o
mesmo toque ou mesmo inverter, começando de modo acelerado e terminando
de modo lento.
Alguns dos toques mais comumente utilizados:
Toque de Angola
São Bento Pequeno
São Bento Grande de Angola
São Bento Grande da Regional
Iúna
Cavalaria
Samango
Benguela
Amazonas
Idalina
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A dança e a capoeira
Devido a sua origem e história, existiu sempre a necessidade de se esconder ou
disfarçar o aprendizado e a prática da capoeira. Na época da escravidão, era um
risco enorme aos senhores de engenho possuir escravos hábeis em uma arte-
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marcial. Para evitar represálias por parte de seus senhores, os escravos
praticavam enquanto seus companheiros cantavam e batiam palmas. Os golpes e
esquivas eram praticados durante uma falsa dança que seria o embrião da atual
ginga.
Da falsa dança da época dos engenhos de açúcar até os tempos mais atuais, a
ginga evoluiu até se tornar uma estratégia de combate, cujo objetivo principal é
não oferecer ao oponente um alvo fixo. Mesmo hoje em dia, a maioria dos
leigos à primeira vista acredita tratar-se da capoeira de uma coreografia, ou de
uma dança acrobática. Outras manifestações culturais como o batuque, o
maculelê, a puxada de rede e o samba de roda são danças fortemente ligadas à
capoeira, por também terem nascido da mesma cultura.
Estilos
Falar sobre estilos na capoeira é um argumento difícil, visto que nunca existiu
uma unidade na capoeira original, ou um método de ensino antes da década de
1920. De qualquer forma, a divisão entre dois estilos e um subestilo é
amplamente aceita.
Angola
A capoeira Angola refere-se a toda a capoeira que mantém as tradições da época
anterior à da criação do estilo Regional. Em outras palavras, é a capoeira mais
tradicional. Existindo em diversas áreas do país desde tempos mais remotos,
notadamente no Rio de Janeiro, em Salvador e em Recife, é impossível precisar
onde e quando a capoeira Angola começou a tomar sua forma atual.
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O nome "Angola" já começa a aparecer com os negros que vinham para o Brasil
oriundos da África, embarcados no Porto de Luanda, que, independentemente
de sua origem, eram designados na chegada ao Brasil de "negros de Angola".
Em alguns locais, a população se referia ao jogo de capoeira como "brincar de
Angola" e, de acordo com Mestre Noronha, o "Centro de Capoeira Angola
Conceição da Praia", criado pela nata da capoeiragem baiana, já utilizava
ilegalmente o nome "capoeira Angola" no início da década de 1920. 21
Regional
A capoeira regional começou a nascer na década de 1920, durante o encontro do
mestre Bimba com seu futuro aluno, José Cisnando Lima. Ambos acreditavam
que a capoeira estaria perdendo seu valor marcial e chegaram à conclusão de
que uma reestruturação era necessária. Bimba criou, então, sequências de ensino
e metodologias para o ensino de capoeira. Aconselhado por Cisnando, Bimba
chamou sua capoeira de Luta Regional Baiana, visto que a capoeira ainda era
ilegal na época.
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Capoeira contemporânea
A partir da década de 1970 um estilo misto começou a adquirir notoriedade,
com alguns grupos unindo os fatores que consideravam mais importantes da
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A sequência de ensino:
Uma ferramenta lúdica de ensino e aprendizagem da Capoeira
Regional
o método é composto dos golpes mais comuns, aqueles que sempre estão
presentes em qualquer jogo de capoeira, chegando mesmo a afirmar que, com a
simples retirada desses golpes, não existe jogo de capoeira (1994, p. 83). A
sequência completa é composta de dezessete golpes de ataque, defesa e esquiva,
em que cada aluno executa cento e cinquenta e quatro movimentos e a dupla
trezentos e oito. Logo, podemos afirmar que o grau de dificuldade é bastante
elevado, exigindo dos praticantes um bom nível de concentração, preparo físico 24
e uma excelente habilidade para golpear de ambos os lados. Esta é, na verdade,
uma série de exercícios complexos, destinada aos capoeiristas adiantados, e que
Mestre Bimba usava como fundamento básico nos cursos de especialização.
A sequência simplificada é uma metodologia apropriada para os iniciantes e
muito utilizada no cotidiano, pois o grau de complexidade é menor, não
exigindo habilidade motora aprimorada, ao tempo em que suscita uma forte
motivação e prazer pelos desafios superados e etapas vencidas.
Mestre Bimba utilizava o ensino da sequência com muita propriedade. Na
segunda ou terceira aula, o aluno calouro era convidado a aprender a sequência
através do sistema de compadrio, ou seja, o aluno mais antigo na academia,
preferencialmente um aluno formado, era chamado para ensinar a sequência ao
calouro. Com este ato, Bimba permitia a experiência da responsabilidade, a
intimidade e a proteção do aluno mais antigo sobre aquele iniciante, para que se
sentisse mais confiante no seu aprendizado. Era um jogo de compadres, um jogo
de responsabilidades, vivenciado cotidianamente visando o mesmo objetivo.
O calouro sentia-se desafiado a aprender a sequência rapidamente, pois tinha em
mente um objetivo maior, o de jogar na roda pela primeira vez, ao som do
berimbau, ser batizado.
A condição era dura, só poderia jogar na roda e ser batizado aquele aluno que
soubesse a sequência completa.
O mestre, antes de tomar a atitude de convidar o aluno para o jogo, perguntava
ao calouro se já tinha decorado a sequência e se certificava, perguntando ao seu
companheiro de aprendizado, se o seu colega já estava pronto para o desafio do
batizado, para “entrar no aço”, como dizia Bimba.
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SEQUÊNCIA SIMPLIFICADA
Sequência Meia-lua de frente com armada
Aluno A meia-lua de frente com perna direita; meia-lua de frente com perna esquerda;
armada com perna direita.
Aluno B cocorinha, esquerda e direita; negativa com perna esquerda.
Aluno A sai de aú.
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Sequência Queixada
Aluno A queixada com a perna direita; queixada com a perna esquerda.
Aluno B cocorinha, direita e esquerda; contra-ataca com armada, perna direita.
Aluno A cocorinha, direita; contra-ataca com bênção, perna direita.
Aluno B negativa, perna direita.
Aluno A sai de aú.
Aluno B aplica a cabeçada.
Aluno A defende com rolê.
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Sequência - Martelo
Aluno A martelo, perna direita; martelo, perna esquerda.
Aluno B defende com esquiva e palma; contra-ataca com armada, perna direita.
Aluno A defende com cocorinha e contra-ataca com bênção.
Aluno B defende com negativa.
Aluno A sai de aú.
Aluno B aplica a cabeçada.
Aluno A defende com rolê.
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Sequência - Armada
Aluno A armada, perna direita.
Aluno B defende com cocorinha direita e contra-ataca com armada, perna direita.
Aluno A defende com cocorinha direita e contra-ataca com bênção, perna direita.
Aluno B defende com negativa, perna direita.
Aluno A sai de aú.
Aluno B aplica a cabeçada.
Aluno A defende com rolê.
Aluno B ataca com armada, perna esquerda.
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Aluno A defende com cocorinha, esquerda e contra-ataca com armada, perna esquerda.
Aluno B defende com cocorinha, esquerda e contra-ataca com bênção, perna esquerda.
Aluno A defende com negativa, perna esquerda.
Aluno B sai de aú.
Aluno A aplica a cabeçada.
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Aluno B defende com rolê.
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SEQUÊNCIA COMPLETA
A sequência completa era mais utilizada no CCFR durante o curso de
especialização devido à sua exigência técnica e física, justamente por solicitar
dos alunos/capoeiristas uma habilidade aprimorada para golpear de ambos
lados.
Mestre Itapoan fez um estudo quantitativo da sequência original utilizada por
MestreBimba, chegando à conclusão de que um aluno executa sozinho 154
movimentos e a dupla, 308.
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Decanio explica que a “sequência de balões ensina a saltar ante a ameaça duma
projeção, a cair com segurança e elegância, evidenciando a interdependência
dos jogadores, sem a qual não se joga, nem se aprende capoeira” (1996, p. 234).
Itapoan lembra que a cintura desprezada era treinada logo no início da aula,
quando os alunos não estavam suados, escorregadios; era uma medida de
segurança (1994, p. 91). Decanio conta que no início a pele ainda está seca e
que o uso da camisa de malha de algodão em piso firme, não escorregadio, fazia
parte dos cuidados para um bom jogo de cintura desprezada.
Como na sequência de ensino, a sequência da cintura desprezada era realizada
em duplas; por esse motivo, outros cuidados de segurança eram alertados por
Bimba. Os calouros deveriam executar inicialmente a cintura com um aluno
formado, de preferência confiável.
O jogo da cintura desprezada é excelente, não apenas para desenvolver a
capacidade acrobática, melhorar o repertório motor, aprimorar as valências
físicas, mas, sobretudo, para despertar o sentimento de responsabilidade,
estimular a coragem e instigar o poder de decisão.
A cintura desprezada é composta pelos seguintes movimentos: ginga, meia lua
de frente, cocorinha, armada, negativa, aú com parada de dois apoios
(bananeira), apanhada, balão de lado, tesoura de costas, aú, balão cinturado e
gravata alta. Vale chamar a atenção para que os dois alunos repitam todos os
movimentos perfazendo um total de 14 exercícios,“um jogo completo” para
cada dupla.
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BANANEIRA
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BALAO DE LADO
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Graduação
Graduações de capoeira
1) Confederação Brasileira de Capoeira Graduação básica adulta (a partir de 15
anos)
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Outro sistema
Sistema mais comumente usados por muitos grupos regularizados, porém não-
filiados por opção à Confederação Brasileira de Capoeira por variadas razões.
Este sistema utiliza as cores primárias e secundárias, sendo as misturas de cores
nas cordas descritas como "Transformações", ou seja, simbolizando a saída de
uma graduação e ingresso à outra seguinte.
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MESTRES
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Esses são apenas alguns exemplos dos muitos mestres de capoeira que ajudaram
a propagar e desenvolver a arte marcial ao longo dos anos. Cada mestre tem sua
própria contribuição única para a história da capoeira e para a sua evolução
como prática cultural e esportiva.
Mestre Bimba
Salvador
Morte 5 de fevereiro de 1974 (74 anos)
Goiânia
Cidadania Brasil
Ocupação artista marcial, capoeirista, treinador
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Prêmios
Ordem do Mérito Cultural (2005)
Página oficial
http://www.mestrebimbafundacao.blogspot.com/
Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba, foi um
mestre brasileiro de capoeira e, criador da Luta Regional Baiana, mais tarde
chamada de capoeira regional.
Biografia
Mestre Bimba nasceu em Salvador em 1899. Trabalhou como minerador de
carvão antes de criar a capoeira regional.
Ao perceber que a capoeira estava perdendo seu valor cultural e enfraquecendo
enquanto luta, Mestre Bimba misturou elementos da Capoeira Tradicional com
o batuque (luta do Nordeste Brasileiro extinta com o passar do tempo) criando
assim um novo estilo de luta com praticidade na vida, com movimentos mais
rápidos e acompanhada de música. Assim conquistou todas as classes da
sociedade. Foi um excelente lutador e acima de tudo um grande educador, foi o
responsável por tirar a capoeira da marginalidade.
A capoeira
Praticantes dessa arte se denominam "capoeiristas", pois, para eles, a capoeira é
um estilo de vida – ser, pensar, agir como a arte da capoeira.
Bimba impunha regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:
Não beber e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a
consciência da capoeira;
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Mestre Pastinha
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Vicente Ferreira Pastinha OMC, Mais conhecido por Mestre Pastinha, foi um
mestre brasileiro de capoeira.
Biografia
Mestre Pastinha nasceu em 1889, dizia não ter aprendido a Capoeira em escola,
mas "com a sorte". Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno
Pastinha no jogo, ainda garoto. Em depoimento prestado no ano de 1967, no
'Museu da Imagem e do Som', Mestre Pastinha relatou a história da sua vida:
"Quando eu tinha uns dez anos — eu fui franzininho — um outro menino mais
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forte do que eu tornou-se meu rival. Era só eu sair para a rua — ir na venda
fazer compra, por exemplo — e a gente se pegava em briga. Só sei que acabava
apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de vergonha e de
tristeza." A vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado
que marcaria todos os anos da sua longa existência.
"Um dia, da janela de sua casa, um velho africano assistiu a uma briga da gente.
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Vem cá, meu filho, ele me disse, vendo que eu chorava de raiva depois de
apanhar. Você não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O
tempo que você perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe
ensinar coisa de muita valia. Foi isso que o velho me disse e eu fui". Começou
então a formação do mestre que dedicaria sua vida à transferência do legado da
Cultura Africana a muitas gerações. Segundo ele, a partir deste momento, o
aprendizado se dava a cada dia, até que aprendeu tudo. Além das técnicas,
muito mais lhe foi ensinado por Benedito, seu professor africano. "Ele
costumava dizer: não provoque, menino, vai botando devagarinho ele sabedor
do que você sabe (…). Na última vez que o menino me atacou fiz ele sabedor
com um só golpe do que eu era capaz. E acabou-se meu rival, o menino ficou
até meu amigo de admiração e respeito."
Ensino e difusão
Foi na atividade do ensino da capoeira que Pastinha se distinguiu. Ao longo dos
anos, a competência maior foi demonstrada no seu talento como pensador sobre
o jogo da Capoeira e na capacidade de comunicar-se. Os conceitos do mestre
Pastinha formaram seguidores em todo Brasil. A originalidade do método de
ensino, a prática do jogo enquanto expressão artística formaram uma escola que
privilegia o trabalho físico e mental para que o talento se expanda em
criatividade. Foi o maior propagador da Capoeira Angola, modalidade
"tradicional" do esporte no Brasil.
Em 1941, fundou a segunda escola de capoeira legalizada pelo governo baiano,
o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho, na
Bahia. Hoje, o local que era a sede de sua academia é um restaurante do Senac.
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capoeira baiana. Sua fama chegou ao nível nacional a partir dos anos 1930 e,
com a expansão da capoeira para outros continentes, internacionalizou-se.
História
Besouro Mangangá era filho de Maria José e João Matos Pereira, nascido em
1895, e foi assassinado no arraial de Maracangalha, local que foi imortalizado 66
pelas letras de Dorival Caymmi, na Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro
onde faleceu em 1924. Era natural do recôncavo baiano e viveu naquela região,
em um período nas florescências dos canaviais em Santo Amaro, tinham
importante papel no cenário produtivo, através dos saveiros pelo rio subaé
levavam as mercadorias que iam e chegavam até o cais de Salvador.
Manoel Henrique que, desde cedo, aprendeu os segredos da capoeira com o
Mestre Alípio no Trapiche de Baixo, foi batizado como Besouro Mangangá por
causa da crença de muitos que diziam que quando ele entrava em alguma
embrulhada e o número de inimigos era grande demais, sendo impossível
vencê-los, então ele se transformava em besouro e saía voando. Várias lendas
surgiram em torno de Besouro para justificar de seus feitos, a principal atribui-
lhe o “corpo fechado” e que balas e punhais não podiam feri-lo. Devido aos
seus supostos poderes Besouro Mangangá tornou-se um personagem mitológico
para os praticantes da capoeira, tendo sua identidade relacionada aos valentões,
capadócios, bambas e malandros.
Especula-se que não gostava da polícia e que teria praticado de vários
confrontos com as força policiais, às vezes levando vantagem nos embates,
porém, segundo Antonio Liberac Cardoso Simões Pires: “Suas práticas não
podem ser associadas ao banditismo, pois Besouro sempre se caracterizou como
um trabalhador por toda sua vida, nunca sendo preso por roubo, furto ou
atividade criminal comum. Suas prisões foram relacionadas às ações contra a
polícia, principalmente no período em que esteve no exército”. Algumas
documentações históricas registram os confrontos entre Besouro Mangangá e a
polícia, como o ocorrido em 1918, no qual Besouro teria se dirigido a uma
delegacia policial no bairro de São Caetano, em Salvador, para recuperar um
berimbau que pertencia ao seu grupo. Com a recusa do agente em devolver o
objeto apreendido, Besouro partiu para o ataque com ajuda de alguns
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na capoeira conta que um fazendeiro, conhecido por Dr. Zeca, após seu filho
Memeu ter apanhado de Besouro, armou uma cilada. O fazendeiro tinha um
amigo que era administrador da Usina de Maracangalha, de nome Baltazar.
Besouro não sabia ler, então mandaram uma carta para Baltazar, pelo próprio
Besouro, pedindo ao administrador que desse fim dele por lá mesmo. Baltazar
recebeu a carta, leu e disse a Besouro que aguardasse a resposta até o dia
seguinte. Besouro passou a noite por lá; no outro dia foi buscar a resposta. 68
Quando chegou na porta foi cercado por uns 40 homens, que o iam matar. As
balas nada lhe fizeram; um homem o feriu a traição com uma faca de tucum (ou
ticum), um tipo de madeira, tida como a única arma capaz de matar um homem
de corpo fechado.
O atestado de óbito relata da seguinte forma:
Manoel Henrique, mulato escuro, solteiro, 24 anos, natural de Urupy,
residente na Usina Maracangalha, profissão vaqueiro, entrou no dia 8
de julho de 1924 às 10 e meia horas do dia, falecendo às sete horas da noite,
de um ferimento perfuro-inciso do abdômen.
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