UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPUS JARDIM
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

CHRISTIANO MENDONÇA
JOSIANE TEIXEIRA
LENINE GARCIA
MATHEUS DUARTE

DIVERSIDADE DA CLASSE SOCIAL DE JARDIM - MS.

JARDIM – MS
2023

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 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPUS JARDIM
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

CHRISTIANO MENDONÇA
JOSIANE TEIXEIRA
LENINE GARCIA
MATHEUS DUARTE

DIVERSIDADE DE CLASSE SOCIAL DE JARDIM MS.

Pré-projeto apresentado ao curso de Geografia

como requisito básico para atividades,
apresentação e avaliação nas disciplinas
Teorias e Métodos da Ciência - TMC e
Pesquisa em Geografia I – PGI Curso de
Licenciatura em Geografia da UEMS.

Prof.(ª) Gislaine Caroline Monfort

Prof. (ª) Markelly Fonseca de Araújo

JARDIM - MS
2023

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INTRODUÇÃO 7

OBJETIVOS 8

OBJETIVO GERAL 8
OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 8

PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA 9

REVISÃO TEÓRICA OU ESTADO DA ARTE 9

METODOLOGIA 11

CRONOGRAMA 11

BIBLIOGRAFIA 12

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INTRODUÇÃO

A desigualdade social é um problema presente em diversas regiões do mundo,

inclusive em Jardim, município do estado de Mato Grosso do Sul. Nessa cidade, é possível
observar a disparidade entre as classes sociais, o que reflete em condições de vida distintas
para seus habitantes. Essa desigualdade social é um desafio a ser enfrentado, visando a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Em Jardim, a desigualdade social se manifesta de diferentes formas. Uma das
principais é a discrepância na distribuição de renda. Enquanto algumas famílias desfrutam de
uma vida confortável, com acesso a educação, saúde e lazer de qualidade, outras lutam
diariamente para garantir o sustento básico. Essa diferença de condições de vida resulta em
um abismo social e limita as oportunidades de crescimento e desenvolvimento para os menos
favorecidos.
Além disso, a desigualdade social também se faz presente na infraestrutura urbana.
Enquanto bairros mais nobres contam com ruas asfaltadas, iluminação pública eficiente e
serviços públicos de qualidade, em áreas mais periféricas essa realidade é bem diferente.
Muitas vezes, a falta de infraestrutura básica, como saneamento básico e transporte público
adequado, prejudica a qualidade de vida da população e perpetua a desigualdade social. Outro
aspecto a ser considerado é a educação, a qualidade das escolas públicas em Jardim varia de
acordo com a região em que estão localizadas. Enquanto algumas escolas possuem estrutura
adequada, professores capacitados e recursos educacionais, outras enfrentam problemas como
falta de estrutura física, falta de materiais didáticos e falta de profissionais qualificados. Essa
disparidade na educação impacta diretamente no futuro das crianças e jovens, limitando suas
oportunidades de ascensão social.
Diante desse contexto, este projeto científico visa a tomada medidas sejam tomadas
para combater essa injustiça, investimentos em áreas como educação, saúde, infraestrutura e
programas sociais são essenciais para diminuir as disparidades e promover uma sociedade
mais justa. Além disso, é importante fomentar o debate e a conscientização sobre a
desigualdade social, para que todos possam compreender a importância de uma sociedade
mais igualitária e se engajar na busca por soluções estabelecendo uma relação entre a obra “A
natureza do espaço” de Milton Santos, “A ralé brasileira” de Jessé Souza, “A revolução
burguesa no Brasil” de Florestan Fernandes, dentre outros. Pretende-se explorar as
perspectivas e reflexões oferecidas por essas obras, em diálogo com os estudos científicos
existentes, a fim de contribuir para o estado da arte no campo da geografia e para uma melhor

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compreensão dos impactos e desafios da desigualdade das classes sociais em Jardim – MS, na
sociedade contemporânea.
Em suma, a desigualdade social em Jardim é um problema que afeta a qualidade de
vida de muitos de seus habitantes, para combater essa realidade é necessário o engajamento
de toda a sociedade, bem como a implementação de políticas públicas eficientes. Somente
assim será possível construir um futuro mais justo e igualitário para todos os moradores do
Jardim.
A relevância desse estudo está em compreender as diferentes formas de expressão
artística e intelectual que abordam a desigualdade das classes sociais e suas implicações no
contexto do município de Jardim. Ao integrar este estudo a obra de Milton Santos, Jessé
Souza, Florestan Fernandes e as contribuições de Carolina Machado, pretendemos ampliar o
entendimento da complexidade desse fenômeno e suas implicações socioespaciais, além de
destacar a importância da geografia crítica como ferramenta analítica para compreender os
desafios da desigualdade das classes sociais em Jardim – MS

OBJETIVOS

Essa diferença de classe social é visível a diferença de classe social em Jardim, Mato
Grosso do Sul, é um aspecto marcante da realidade local. A cidade abriga uma população
majoritariamente pobre, o que reflete nas condições socioeconômicas dos moradores.
Jardim, apesar de sua beleza natural e riqueza cultural, enfrenta desafios significativos quando
se trata de desigualdade social. A maioria dos habitantes vive em condições de pobreza, com
acesso limitado a serviços básicos e oportunidades de crescimento.
Essa disparidade de classes é visível em diversos aspectos da vida em Jardim. Desde
a distribuição de renda desigual até a falta de infraestrutura adequada em determinadas áreas,
a cidade reflete a realidade de muitas regiões do Brasil, onde a pobreza é uma realidade
persistente. No entanto, é importante destacar que, mesmo diante dessas dificuldades, a
comunidade de Jardim demonstra resiliência e união. Projetos sociais e organizações locais
trabalham para oferecer suporte e oportunidades para aqueles que vivem em situação de
vulnerabilidade.
A diferença de classe social em Jardim é um tema sensível, mas que precisa ser
discutido e enfrentado. É necessário buscar soluções que promovam a inclusão social e a
igualdade de oportunidades, para que todos os moradores possam desfrutar de uma vida digna

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e próspera. É fundamental que a sociedade como um todo se una em prol da diminuição das
desigualdades, através de políticas públicas eficientes e da conscientização da população.
Somente assim será possível construir uma cidade mais justa e equilibrada, onde a diferença
de classe social seja menos acentuada e todos possam viver com dignidade.
Teremos como objetivo principal investigar e analisar a desigualdade socioespacial
Jardim - MS, identificando padrões, desigualdades e dinâmicas sociais, e os seguintes
objetivos específicos, mapear a distribuição de renda na população de Jardim, analisar o
acesso à educação nas diferentes classes sociais a partir da plataforma InepData, investigar a
relação entre ocupação profissional e classe social em Jardim, avaliar o impacto das
condições socioeconômicas na qualidade de vida da população.

PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

O problema central da pesquisa reside na necessidade de compreender como as

disparidades socioeconômicas impactam a vida dos habitantes de Jardim, identificando
desafios específicos e oportunidades de melhoria. Este estudo é crucial para promover uma
abordagem mais justa e equitativa no desenvolvimento local.
A relevância social deste estudo é evidenciada pela possibilidade de promover
políticas públicas mais eficazes, direcionadas às necessidades específicas de cada estrato
social em Jardim. Além disso, contribuirá para o enriquecimento do conhecimento
sociológico, oferecendo insights valiosos sobre a dinâmica das classes sociais em contextos
regionais.
A pesquisa pode contribuir para a formulação de políticas locais mais inclusivas, ao
fornecer dados concretos sobre as desigualdades existentes. Além disso, pode ampliar as
formulações teóricas sobre a interseção entre classe social e desenvolvimento regional. O
tema em questão encontra-se em estágio inicial de investigação, sendo escasso o
conhecimento específico sobre a dinâmica das classes sociais em Jardim. Esta pesquisa
pretende preencher essa lacuna, fornecendo uma base sólida para futuros estudos.

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REVISÃO TEÓRICA OU ESTADO DA ARTE

A análise da diversidade da classe social em Jardim - MS encontra respaldo em

diversos estudos que abordam a estratificação social em contextos semelhantes. Autores como
Fernandes (2008, p 38) destacam a importância de compreender as particularidades
socioeconômicas em nível local para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes,
argumenta:
O que se forma antes: as classes, com suas situações de interesses, suas ideologias
e utopias – ou seja, “a burguesia”, as “classes médias, o “proletariado; ou o espírito
burguês” “mentalidade pequeno burguesa”, “a consciência operária” [...]Em outras
palavras: o “capitalismo” ou o “espírito capitalista?”.

Conclusões de pesquisas prévias indicam que a classe social não apenas reflete, mas
também molda as oportunidades de vida de uma população, influenciando o acesso à
educação, saúde e outros serviços essenciais Bordieu (2008), ”O habitus gera as “[...] práticas
classificáveis produzidas pelos agentes e dos julgamentos classificáveis emitidos por eles
sobre as práticas dos outros ou suas próprias práticas”.
A obra de Santos (2012, p 53) contribui para a compreensão da geografia social,
ressaltando a interconexão entre espaço e estratificação social, explica:
se a ação, em lugar do espaço, se tornasse o conceito teórico central da geografia
social, o arranjo espacial dos objetos seria relevante não como uma causa, mas
como uma condição e uma consequência necessária da ação humana"

Isso é crucial para nosso estudo, uma vez que buscamos entender como a dinâmica
socioespacial de Jardim influencia a formação das diferentes classes sociais. A integração
funcional se refere aos processos produtivos que influenciam a acumulação e a reprodução do
capital no tempo e no espaço. Por outro lado, a integração territorial está relacionada aos
processos de consumo que hierarquizam o espaço com base na demanda e oferta. Esses
conceitos indicam uma abordagem próxima ao pensamento marxista, que considera como a
economia e a geografia se entrelaçam para moldar o desenvolvimento econômico. Santos
afirma:
O processo de integração funcional [...] comanda o processo de acumulação e de
reprodução do capital no tempo e no espaço" (p.14). A integração territorial é
resultado dos processos de consumo, que também hierarquizam o espaço segundo
as potencialidades de demanda e de oferta. P.190

Souza (2019, p 95) afirma em sua literatura:

A violência é reflexo da reprodução da desigualdade e da exclusão social. Aqui já
fica delimitado o campo de debate com os autores. A questão principal passa a ser,

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 portanto: o que produz e como se reproduz a desigualdade social que condiciona a
violência e o crime?

Apontado que a desigualdade social no Brasil é um fenômeno complexo e

multifacetado, onde fatores históricos e econômicos desempenham um papel significativo.
Essa perspectiva será essencial para contextualizar as dinâmicas locais de Jardim dentro de
um quadro mais amplo de desigualdades nacionais.

PROCEDIMENTO METODOLOGICO

A pesquisa foi realizada em três fases: a primeira foi analisar a obra “A natureza do
espaço” Milton Santos, “A ralé brasileira” de Jessé Souza, “A revolução burguesa no Brasil”
de Florestan Fernandes, identificando os conceitos, teorias e abordagens apresentados pelos
autores no contexto de trabalhos que abordem a diversidade da classe social em contextos
semelhantes ao de Jardim desigualdade social, destacando sua relevância no âmbito das
discussões sobre o tema. A segunda etapa ocorreu a partir de pesquisa de campo na cidade de
Jardim, onde o recorte espacial será centrado em Jardim - MS, considerando as
particularidades socioeconômicas dessa localidade. Quanto ao recorte temporal, a análise
abrangerá estudos recentes, priorizando pesquisas realizadas nas últimas duas décadas para
refletir a dinâmica contemporânea. Seguidas da terceira etapa que foi uma revisão
bibliográfica, incluindo referências brasileiras, que aborde a temática da desigualdade social,
destacando a importância dessas contribuições para o enriquecimento do debate e a
compreensão do fenômeno das desigualdades sociais , com ênfase nos trabalhos de Jessé
Fernandes e Milton Santos.
A pesquisa foi conduzida por meio de uma abordagem qualitativa, envolvendo a
análise comparativa entre as obras literárias. Será realizada uma pesquisa bibliográfica,
utilizando fontes primárias e secundárias, incluindo obras de Milton Santos, de Jessé Souza,
Florestan Fernandes e outros autores brasileiros relevantes para a compreensão do fenômeno
das desigualdades sociais. A análise será embasada na interpretação crítica dos textos e na
contextualização histórica e social das obras .
Espera-se que este estudo proporcione uma visão mais abrangente e aprofundada da
a dinâmica socioespacial de Jardim e a sua formação das diferentes classes sociais,
contribuindo para uma compreensão mais ampla dos seus impactos na sociedade Jardinense.
Além disso, espera-se estimular o debate e a reflexão crítica sobre o tema, fornecendo

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subsídios teóricos e artísticos que possam subsidiar políticas públicas e práticas sociais mais
contextualizadas e conscientes em relação à formação das diferentes classes sociais.

CRONOGRAMA

MES/ETAPAS Setembro Outubro Novembro

Escolha do tema X
Levantamento
X X X
bibliográfico
Elaboração do
X X X
anteprojeto
Apresentação do
X
projeto
Coleta de dados X X X
Análise dos dados X X X
Organização do
X X X
roteiro/partes
Redação do trabalho X X
Revisão e redação final X X
Entrega da monografia X
Defesa da monografia X

BIBLIOGRAFIA

FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Zahar, 2008

MACHADO, Carolina. Estratificação social e desigualdades educacionais: um olhar sobre o

Brasil. Educação e Sociedade, 2015

SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. Hucitec, 2012

SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. Estudos Avançados, 2019.

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