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Nº 000
Macaíba/RN
Março de 2022
ANA LUIZA DA SILVA LOPES-NUNES
Orientador:
Prof. Dr. Alan Cauê de Holanda
Coorientador:
Prof. Dr. Malcon do Prado Costa
Macaíba/RN
Março de 2022
ii
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí -
EAJ - Macaiba
iv
AGRADECIMENTOS
__________________________________________________________________________
vi
ABSTRACT
Considering the importance of evaluating the compatibility between the exploitation system
usually used in the Caatinga and the vegetation regeneration process, identifying the growth
dynamics and investigating the loss of floristic diversity, this study aims to characterize the
adult shrub-tree component, in four stands aged 9-, 12-, 16-, 20- and 26-years post-
exploitation, submitted to clear-cut (CR) and three types of selective cuts (CS1, CS2 and CS3).
In permanent plots of 20 x 20 m, individuals with CAP ≥ 6 cm and total height greater than
1.0 m were measured. Data analysis was performed by estimating phytosociological
parameters (absolute and relative), such as: frequency, density and dominance, as well as the
importance value index, diversity index, basal area and volumetry. In all, 10 species were
recognized, distributed in 4 families, among them, the following stand out: Pityrocarpa
moniliformis, Cenostigma pyramidale and Commiphora leptophloeos for the CR, adding up to
70.6% of the importance value (VI); P. moniliformis, C. pyramidale and Croton blanchetianus
for CS1, CS2 and CS3, with accumulated VI of 75.0%, 73.4% and 74.0%, respectively. Over
the years of monitoring, the CR presented the lowest density, dominance and volume values,
obtaining recovery in basal area and volume only at 16 and 20 years of regeneration,
respectively. In this sense, the CS2 and CS3 silvicultural systems stood out in relation to the
CR and CS1 regarding the recovery of the original stock of woody biomass, presenting values
higher than those of 1995 and indicating that the initial data did not correspond to the maximum
potential of woody biomass. The forest dynamics pointed to the insufficiency of the 15-year
clearcut cycle, common in PMFS in Rio Grande do Norte, regarding the recovery of forest
composition and structure in this region.
vii
SUMÁRIO
Página
RESUMO ................................................................................................................................................ VI
ABSTRACT ........................................................................................................................................... VII
SUMÁRIO............................................................................................................................................. VIII
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. IX
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................... X
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................................. XI
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS .................................................................................................................................... 4
2.1. OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 4
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................... 4
3. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 6
3.1. FLORESTAS TROPICAIS SAZONALMENTE SECAS .......................................................................... 6
3.2. CAATINGA: CARACTERÍSTICAS, USO E CONSERVAÇÃO ................................................................. 7
3.3. MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA CAATINGA........................................................................ 9
3.4. ESTUDOS FLORÍSTICOS E FITOSSOCIOLÓGICOS SOB A ÓTICA DO MANEJO FLORESTAL .................... 11
3.5. DINÂMICA E ESTRUTURA DE FLORESTAS NATIVAS ........................................................................ 13
4. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................................. 16
4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..................................................................................... 16
4.2. DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DA UNIDADE EXPERIMENTAL ............................................................... 16
4.3. COLETA DOS DADOS FLORÍSTICOS E FITOSSOCIOLÓGICOS .......................................................... 18
4.4. ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................................ 19
4.5. CÁLCULOS ............................................................................................................................... 20
4.5.1. Estrutura Horizontal ....................................................................................................... 20
4.5.2. Estrutura Vertical ........................................................................................................... 22
4.5.3. Diversidade .................................................................................................................... 23
1.6.5. Volumetria...................................................................................................................... 23
1.6.6. Dinâmica ........................................................................................................................ 24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 27
5.1. FLORÍSTICA E DIVERSIDADE ...................................................................................................... 27
5.2. DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA ...................................................................................................... 30
5.3. ESTRUTURA HORIZONTAL E VERTICAL ....................................................................................... 31
5.4. DINÂMICA FLORESTAL .............................................................................................................. 37
6. CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 44
7. LITERATURA CITADA.................................................................................................................. 46
viii
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Mapa de localização da área de estudo, em Macau/RN. ...................................... 18
Figura 2. A: Mensuração da Circunferência a Altura do Peito (CAP) com auxílio de fita métrica.
B: Plaqueta de alumínio utilizada para identificação dos indivíduos. .................................... 19
Figura 8. Série de precipitação (mm ano-1), entre os anos de coleta, combinada aos valores
de área basal (m²/ha) e incremento médio (m²/ha) da vegetação na UE Venâncio Zacarias,
em Macau/RN. Fonte: EMPARN (2022). ............................................................................... 42
ix
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Tratamentos silviculturais adotados pela RMFC em cada um dos blocos da Unidade
Experimental Venâncio Zacarias, Macau, RN. ...................................................................... 17
Tabela 2. Situação do experimento cerca de um ano após a aplicação dos tratamentos (1996).
Fonte: Adaptado de Araújo e Silva (2010). ............................................................................ 17
Tabela 5. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') nos sistemas
silviculturais, ao longo dos anos de monitoramento, na UE Venâncio Zacarias, Macau/RN. 28
x
LISTA DE ABREVIATURAS
xi
Introdução
_____________________________
xii
1. INTRODUÇÃO
1
identificação e etiquetagem da cepa de todos os indivíduos. Essa proposta evidencia a
importância de quantificar os impactos causados pela exploração, identificar a dinâmica de
regeneração natural do fragmento e, desse modo, averiguar a perda de diversidade florística.
O estudo da composição florística e da dinâmica de regeneração natural é, portanto,
fundamental para uma gestão dos recursos florestais que priorize a preservação, conservação
e o manejo florestal adequado (WERNECK et al., 2000). Para Kangas et al. (2015), a
avaliação da sustentabilidade exige, em contrapartida, avaliações de impacto
multidimensionais que influenciarão na tomada de decisões. Deve-se assumir, portanto, uma
metodologia segundo a ótica do uso da floresta, considerando as dimensões econômica,
ecológica e social (KARVONEN et al., 2017).
No contexto florestal potiguar, além do baixo número de PMFS, cuja oferta de lenha
não supre a demanda energética atual (LOPES-NUNES et al., 2022), têm-se indistintamente
a adoção de um ciclo de corte mínimo de 15 anos para todo o estado, não considerando as
estimativas de crescimento associadas aos aspectos edafoclimáticos do sítio. Com isso,
informações e inferências sobre recuperação do estoque volumétrico, alterações florísticas e
estruturais e de dinâmica florestal em áreas sob manejo sustentável, ainda são incipientes.
Diante disso, considerando o manejo usualmente empregado na Caatinga, sob corte
raso em ciclos de 15 anos, questiona-se a viabilidade da recuperação não só do estoque
volumétrico, mas também dos elementos florísticos e estruturais, nesse período.
2
Objetivos
_____________________________
3
2. OBJETIVOS
4
Revisão de Literatura
_____________________________
5
3. REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com Rodal et al. (2008), o domínio fitogeográfico da Caatinga abrange dois
grupos florísticos de florestas estacionais: um associado às formações xerofíticas; e outro
favorecido por chuvas orográficas que resultam em pequenas “ilhas” de floresta úmida
ocupando serras ou brejos de altitude, situadas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba
e Bahia (Chapada Diamantina). Essas áreas de florestas úmidas se assemelham
florísticamente à vegetação litorânea do domínio da Mata Atlântica, enquanto o grupo florestal
sazonal mais seco, encontrado nos antigos picos erodidos no núcleo semiárido e nas
encostas ocidentais do Planalto da Borborema, está associado à Caatinga Cristalina que, por
sua vez, faz parte das Florestas Tropicais Sazonalmente Secas (FTSS) (RODAL et al., 2008;
QUEIROZ et al., 2017).
São delimitadas como FTSS, as formações vegetais que, ao longo do ano e por um
período igual ou superior a cinco meses, sofrem déficit hídrico, possuindo espécies adaptadas
a esta intempérie recorrente (MORO et al., 2016). Além da sazonalidade comum a essas
regiões, as FTSS são ameaçadas pelo potencial agravamento das condições hídricas,
ocasionado pelas mudanças climáticas (CASTANHO et al., 2020).
Nessas regiões, características comuns podem ser pontuadas, como: a elevada
riqueza de espécies da família Fabaceae, com exceção apenas do Caribe onde há predomínio
de Myrtaceae; e frequente ocorrência de espécies da família Cactaceae, com elevada riqueza
(PENNINGTON et al., 2006; LUGO, 2006; LIMA et al., 2018).
No sudoeste da América do Sul, tem-se a “Diagonal Seca” que consiste em um
corredor de fitofisionomias sujeitas a climas sazonalmente secos, incluindo os domínios da
Caatinga, Cerrado e Chaco (DRYFLOR, 2016). O domínio fitogeográfico da Caatinga, por sua
vez, é considerado a maior ecorregião tropical semiárida deste continente (CAETANO et al.,
2008; MORO et al., 2016; SILVA et al.; 2017). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) atribui a este bioma a denominação de Savana-estépica (IBGE, 2012), cuja vegetação
caracteriza-se pelo elevado número de espécies caducifólias, que perdem suas folhas na
estação seca (COSTA, 2012).
Segundo Queiroz et al. (2017), as áreas de Caatinga associadas à FTSS, ou Caatinga
Cristalina – termo que deriva do material de origem dos solos da região: as rochas pré-
cambrianas cristalinas (PRADO, 2003) –, compreendem matas decíduas e espinhosas que
se desenvolvem principalmente em terrenos de rocha exposta da Depressão Sertaneja. Os
solos são geralmente rasos e pedregosos; a vegetação lenhosa é formada por árvores baixas
6
e arbustos caducos, multiperfilhados e geralmente espinhosos, enquanto as ervas são
predominantemente terófitas.
De acordo com os limites propostos por Silva et al. (2017), a Caatinga abrange uma
área de 912.529 km², o que equivale a 10,7% do território brasileiro. O clima em sua região
de ocorrência é caracterizado como quente e semiárido, do tipo BSh, segundo a classificação
de Köppen (ALVARES et al., 2014; DUBREUIL et al., 2018). Em resultado a isso, a vegetação
está submetida à deficiência hídrica sazonal, que se agrava durante os períodos de seca. Os
solos apresentam distribuição espacial complexa, passando de solos rasos e pedregosos à
solos arenosos e profundos (VELLOSO, SAMPAIO e PAREYN, 2002).
O tempo de estiagem na região de ocorrência do Bioma tende a aumentar das bordas
para o centro; algumas áreas passam por períodos de 6-7 a 9-10 meses sem chuvas e até 10
a 11 meses como no raso da Catarina (NIMER, 1972; PRADO, 2003). Além da precipitação
baixa e irregular, essa região semiárida brasileira, comparada a outras formações, apresenta
características meteorológicas extremas: baixa nebulosidade, radiação solar mais alta,
temperatura média anual superior, menores taxas de umidade relativa e evapotranspiração
potencial mais elevada (REIS, 1976; PRADO, 2003).
Através do trabalho desenvolvido por especialistas, no Seminário de Planejamento
Ecorregional da Caatinga, organizado pela The Nature Conservancy do Brasil e Associação
Plantas do Nordeste, no ano de 2001, a extensão do bioma foi subdivida em ecorregiões
(VELLOSO et al., 2002), sendo elas: 1. Complexo de Campo Maior; 2. Complexo Ibiapaba -
Araripe; 3. Depressão Sertaneja Setentrional; 4. Planalto da Borborema; 5. Depressão
Sertaneja Meridional; 6. Dunas do São Francisco; 7. Complexo da Chapada Diamantina; 8.
Raso da Catarina.
Além da classificação comum empregada, a região do Bioma abrange ecótonos e
enclaves de florestas tropicais úmidas, pântanos, savanas, vegetações de transição e campos
rupestres (SILVA et al., 2017). Na maior parte de sua extensão, a estrutura da vegetação da
Caatinga apresenta porte limitado pelas condições pouco favoráveis e pelo alto grau de
antropização, com indivíduos dificilmente ultrapassando 10 m e com abundância de arvoretas
e arbustos (SANTOS et al., 1992).
Contudo, o bioma tem se destacado por sua abundante diversidade de espécies,
possuindo um elevado número de espécies endêmicas. Em trabalho recente, Fernandes et
al. (2020), relataram a existência de 3.347 espécies vegetais na Caatinga, sendo 962 gêneros
e 153 famílias, das quais 526 espécies e 29 gêneros são endêmicas. O levantamento dos
7
dados foi feito nas áreas de vegetação decídua seca do Nordeste brasileiro e os resultados
encontrados revelam uma alta e exuberante diversidade florística no bioma.
Apesar de sua riqueza já comprovada, a Caatinga tem sofrido com a exploração
insustentável dos seus recursos e com baixos índices de conservação. Atualmente, cerca de
7% do bioma está inserido em Unidades de Conservação, sendo apenas metade das
unidades com domínio exclusivo da Caatinga e menos de 1% são classificadas como
Unidades de Proteção Integral (BRASIL, 2020b).
Além da baixa porcentagem de conservação, segundo o MMA (2020b), as unidades
existentes têm sido alvo de diversos problemas. Ora relacionados à proteção da sua
biodiversidade, como: caça, fogo, desmatamento e tráfico de animais silvestres; ora
relacionados à infraestrutura básica, como: ausência de regularização fundiária, falta de plano
de manejo e carência de pessoal qualificado. A criação de novas unidades de conservação,
objetivando o aumento das áreas protegidas, junto ao desenvolvimento de melhores políticas
de gestão, visando o melhor desempenho das unidades existentes, é indispensável para a
proteção adequada da Caatinga.
Quanto aos aspectos históricos do uso da terra e a exploração dos recursos florestais
do bioma, conforme relata Menezes (1937), em “O Outro Nordeste”, a base econômica, por
muitas décadas, esteve centrada em duas grandes atividades: a pecuária extensiva e a
produção de algodão que abastecia a indústria têxtil nacional. Essas atividades constituíram
a base do modelo de ocupação da terra. Atualmente, a exploração florestal da Caatinga está
fortemente pautada na produção de lenha e carvão vegetal. Para a maioria dos pequenos
produtores rurais e dos assentados, a supressão vegetal visando a produção de lenha e
carvão é vista como uma maneira mais rápida de obtenção de renda ou de limpeza da área
para produção agropecuária.
Essa perspectiva extrativista tem atuado efetivamente na degradação da vegetação
nativa (CARVALHO et al., 2000; TABARELLI et al., 2018). A intensa exploração dos recursos
naturais e o uso inadequado das terras têm ampliado a denominada “Área Suscetível à
Desertificação do Brasil” que já ocupa grandes extensões nos estados de Alagoas, Bahia,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além de partes do
Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo, somando 1.344.766,64 km2, dos quais 70.279,46
km2 (5,23%) se encontram em avançado processo de degradação (CGEE, 2016).
Em contrapartida, a elevada demanda por energéticos florestais na região Nordeste
pode representar uma oportunidade para a expansão do modelo de manejo sustentável.
Segundo Riegelhaupt (2008), quando o recurso florestal é manejado de forma sustentável,
este pode representar um ativo econômico significante para projetos de assentamento.
Considerando a atual demanda e oferta do insumo florestal, o manejo florestal sustentável
surge como uma alternativa viável economicamente, uma vez que promove a geração de
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emprego e renda nos projetos de assentamento, além de manter a conservação e
regeneração da vegetação.
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Desse modo, nota-se que a atividade florestal em projetos de assentamento rural
contribui para a manutenção adequada dos recursos florestais, garantindo a sustentabilidade
ambiental, além de gerar benefícios financeiros aos moradores. As áreas destinadas ao
manejo, quando somadas à Reserva Legal e APP, perfazem uma grande porcentagem de
cobertura vegetal preservada. O manejo florestal constitui, assim, uma alternativa de
produção que incentiva a fixação do homem no campo (GARIGLIO, 2015).
Para Riegelhaupt et al. (2010), a demanda global por energia renovável tem reforçado
a capacidade do manejo florestal para fornecer combustíveis lignocelulósicos e carvão vegetal
com benefícios econômicos e ambientais. Segundo os autores, a prática florestal deve ser
considerada como uma vantagem competitiva e uma base sólida para o desenvolvimento da
região Nordeste.
Quanto à demanda por biomassa florestal em esfera regional, estudos identificaram
26 ramos e sub-ramos industriais consumidores de biomassa energética. Em 2015, o
consumo concentrava-se em sete ramos, que respondiam por 80% ou mais da demanda total,
sendo eles: cerâmica vermelha, celulose e papel, siderurgia, beneficiamento de mandioca,
padaria, gesso e óleos vegetais (BRASIL, 2018b). O preço da lenha proveniente do manejo
florestal sofre variações de acordo com a região de produção. Conforme dados de Chaves
(2016), o preço da lenha no Rio Grande do Norte variava de R$ 20,00/st a R$ 35,00/st.
Enquanto um manejo florestal comunitário em Russas, no Ceará, informou realização de
vendas de até R$ 57,00/st (SFB, 2021).
Em levantamento realizado por Lopes-Nunes et al. (2022), foi verificada a existência
de apenas 22 PMFS com autorização para exploração florestal válida para o ano de 2019, no
Rio Grande do Norte. O volume total autorizado foi de 136.153,33 st ano-1, enquanto estados
como Piauí e Paraíba, apresentaram 1.998.986,20 st ano-1 e 146.911,98 st ano-1, em 2016 e
2017, respectivamente (ANDRADE et al., 2019; GÓIS, 2018). Os 22 planos constatados
estavam distribuídos em 20 municípios do RN, correspondendo a uma área manejada de
988,99 hectares.
Entretanto, a área manejada no período do estudo correspondia a apenas 0,0002% da
área total que o bioma Caatinga ocupa no estado. Em Pernambuco, a área autorizada para
exploração alcançou 11.104 ha, no período de 2001 a 2005 (PAREYN, 2010). Lopes-Nunes
et al. (2022) afirmam, ainda, que boa parte da demanda por biomassa florestal no estado está
sendo suprida por lenha de origem clandestina, uma vez que os dados de oferta legal do
insumo não correspondem à demanda do setor de maior consumo, o que gera margem para
o desmatamento ilegal.
De acordo com a Lei Federal n° 12.651/12, Art. 34, (BRASIL, 2012) as indústrias que
utilizam grande quantidade de matéria prima florestal ficam obrigadas a elaborar e
implementar um Plano de Suprimento Sustentável (PSS), sob aprovação do órgão ambiental
10
competente no ato do licenciamento da atividade. Logo, os setores industriais com maior
consumo de biomassa florestal no estado, deveriam comprovar a vinculação de sua produção
com PMFS, a fim de garantir o suprimento próprio de matéria-prima florestal de origem legal.
Contudo, essa não é uma realidade no RN. Lopes-Nunes et al. (2022) comenta, que a
aplicação monitorada desta lei é uma alternativa de recriminação ao uso de lenha clandestina,
o que pode gerar, ainda, a expansão da comercialização da lenha proveniente do manejo
florestal sustentável.
Essas informações refletem a estrutura debilitada em que consiste o setor florestal do
estado. O que reforça, no âmbito acadêmico, a necessidade de estudos sobre o manejo da
flora nativa e de políticas públicas, na esfera governamental, que corroborem ao incentivo da
atividade florestal de modo sustentável e legal.
Em contrapartida, frequentemente, o manejo florestal da Caatinga é confundido com o
desmatamento em sua forma ilegal, tendo sua sustentabilidade questionada. Provavelmente,
porque os tipos de corte aplicados no Bioma são bastante intensivos, ao contrário dos
sistemas de corte empregados em florestas tropicais úmidas. Entretanto, duas considerações
devem ser feitas ao analisar os impactos do manejo sobre a Caatinga: (1) cada tipo de
vegetação tem características peculiares; e (2) uma técnica que é vantajosa em determinado
tipo florestal, pode não apresentar resultados satisfatórios em outra floresta (RIEGELHAUPT
et al., 2010).
Ferraz (2011) relata que a prática do manejo florestal está fundamentada nas
características de resistência e resiliência da vegetação, no modo como essa comunidade
comporta-se durante e após o período de perturbação, como conduz sua recuperação. Logo,
a utilização desta forma de manejo em florestas naturais requer o estudo e detalhamento da
dinâmica da comunidade vegetal em foco, com o intuito de atenuação dos possíveis danos
causados pela exploração.
11
ambiente se dá paralelamente, resultando em diversas expressões ecológicas (IMAÑA-
ENCIÑAS et al., 2009). É necessário, portanto, reconhecer a complexidade desses eventos,
mantendo os esforços na definição e sistematização das informações que uma comunidade
vegetal possui.
Dentre as diferentes metodologias que consideram as comunidades vegetais, Imaña-
Enciñas et al. (2009) destacam a fitossociologia e a fitocenose como orientadoras dos
conceitos e metodologias da medição de variáveis. Quanto à fitossociologia, trata-se da
ciência que envolve as comunidades vegetais e todos os fenômenos que se relacionam com
a vida das plantas, sendo: vegetação, solo e clima (OOSTING, 1956; HARPER, 1977). Já a
fitocenose é definida como o estudo da cobertura vegetal (OOSTING, 1956).
Para Imaña-Enciñas et al. (2009), a fitossociologia envolve três fases: analítica,
sintética e sintaxonômica. Na fase analítica, a densidade, dominância e sociabilidade das
espécies são as características consideradas. A densidade relaciona o número de indivíduos
de uma espécie e a área de ocorrência. A dominância está relacionada ao grau de cobertura
de uma determinada espécie sobre a superfície daquela área. A sociabilidade relata o
isolamento ou formação monocultural dos indivíduos de uma espécie. Na fase sintética, é
calculada a frequência das espécies ao longo do levantamento. Já na fase sintaxonômica, a
hierarquia fitossociológica é estabelecida por meio dos valores de importância e de cobertura.
A aplicação dos estudos fitossociológicos no planejamento de atividades que visam a
gestão dos recursos florestais, como manejo florestal e recuperação de áreas degradadas, é
defendida por diversos pesquisadores. Kageyama et al. (1992) defendem que os estudos
fitossociológicos, com objetivo de caracterizar as respectivas etapas sucessionais de um
conjunto de espécies, podem apontar associações interespecíficas, além de aspectos como
agressividade, propagação vegetativa, ciclo de vida e dispersão.
Os critérios de colheita do plano de manejo florestal devem estar fundamentados na
análise estrutural da floresta, de modo a permitir a estimativa do estágio de desenvolvimento;
contribuir para a definição de tratamentos silviculturais que possam promover a melhoria da
produtividade e rentabilidade da floresta; bem como, garantir a eficiência de práticas
ambientais que garantam a sustentabilidade do projeto (GAMA et al., 2007).
À vista disso, os levantamentos florísticos e fitossociológicos constituem ferramentas-
base imprescindíveis para o manejo adequado das florestas (OLIVEIRA, 2006). Uma vez que
as análises florísticas possibilitam comparações entre e dentro de comunidades vegetais,
permite a caracterização da riqueza e diversidade de uma área, além de dar margem à
formulação de teorias, hipóteses e fundamento para a execução de outros estudos (CHAVES
et al., 2013).
No manejo florestal sustentável, os parâmetros fitossociológicos podem ser
empregados na formulação de critérios de seleção. Ao considerar os dados estruturais, por
12
exemplo, pode-se definir intervalos dendrométricos, de acordo com a finalidade do uso
madeireiro ou, ainda, a seleção das espécies de maior dominância na área; por outro lado,
considerando os dados florísticos, é possível estabelecer critérios de seleção baseados na
manutenção de espécies raras e/ou de menor valor energético.
Nesse sentido, alguns autores apontam o método BDq – que corresponde à razão
entre área basal remanescente, diâmetro máximo e a constante de De Liocourt – como uma
das ferramentas do manejo florestal, estabelecendo critérios de seleção e colheita das
árvores. É baseado no conceito de floresta balanceada e leva em consideração as classes
diamétricas da comunidade; sendo capaz de minimizar os impactos do manejo sobre a
vegetação remanescente, visando uma produção sustentável (SOUZA e SOARES, 2013).
13
isso, a compreensão da dinâmica florestal, adaptações, recrutamentos, mortalidades e
estabelecimento das espécies, é imprescindível para a manutenção e conservação dos
ecossistemas naturais.
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Material e Métodos
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4. MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo faz parte de uma Unidade Experimental (UE) da Rede de Manejo
Florestal da Caatinga (RMFC), situada sob a coordenada central 05°18'51,71" S e
36°29'07,62" O e está localizada no Projeto de Assentamento Venâncio Zacarias, município
de Macau, Rio Grande do Norte.
O município de Macau está situado na mesorregião Central Potiguar e na microrregião
Macau, tendo em seus limites os municípios de Guamaré, Pedro Avelino, Afonso Bezerra, Alto
do Rodrigues, Pendências, Caraúbas e Porto do Mangue, abrangendo uma área total de 747
km².
O clima no município é considerado do tipo semiárido quente – BSh, conforme
classificação de Köppen (DUBREUIL et al., 2018). A precipitação pluviométrica anual é de
526,2 mm, com período chuvoso de março a abril, temperatura média anual em torno de
27,2 ºC, máxima de 32,0 ºC e mínima de 21,0 ºC, e umidade relativa média anual de 68%
(ALVARES et al., 2014).
O solo da área é classificado como Latossolo Amarelo típico, distrófico, de textura
média com profundidade maior que um metro e ausência de pedregosidade. O relevo na área
é considerado plano (RIEGELHAUPT et al., 2010).
Quanto à cobertura vegetal, predomina a Savana-Estépica Arborizada, cuja formação
apresenta, em geral, um estrato arbustivo-arbóreo superior, esparso, e um estrato inferior
gramíneo-lenhoso (IBGE, 2012). O clima semiárido provoca uma grande evaporação e a
concentração de sais, em parte do terreno, leva à ocorrência de uma vegetação típica, na qual
se destacam o pirrixiu (Batis maritima C. Linnaeus) e o bredo (Blutaparon portulacoides (A.St.-
Hil.) Mears), às vezes consorciados com carnaubais (BERTIER et al., 2008; ARAÚJO e SILVA,
2010; LIMA et al., 2019).
16
tratamentos, em cada bloco, foram delimitadas duas parcelas fixas de 20 x 20 m para
obtenção das variáveis: espécie, circunferência a altura do peito (CAP), circunferência na
base (CNB), altura total, classe de vitalidade, qualidade do fuste e posição da copa (RMFC,
2005).
Tabela 1. Tratamentos silviculturais adotados pela RMFC em cada um dos blocos da Unidade
Experimental Venâncio Zacarias, Macau, RN.
Tratamento Sistema Silvicultural
T1 – CR Corte raso;
T2 – CS1 Corte seletivo de árvores com Diâmetro na Base (DNB) inferior a 15 cm;
T3 – CS2 Corte seletivo de árvores com DNB superior a 10 cm;
T4 – CS3 Corte seletivo de árvores com DNB entre 5 e 10 cm.
Tabela 2. Situação do experimento cerca de um ano após a aplicação dos tratamentos (1996). Fonte:
Adaptado de Araújo e Silva (2010).
N (fustes ha-1) G (m²/ha) V (m³/ha)
Tratamento
AE DE %.Corte AE DE AE DE
CR 1125 sd 100,0 4.50 sd 52.62 sd
CS1 1275 50 96.1 3.79 0.77 38.67 4.02
CS2 988 338 65.8 4.16 0.69 47.79 2.68
CS3 1100 838 23.9 4.42 2.87 49.45 13.08
17
Legenda: N – densidade; G – área basal; V – volume real; sd – sem dados por ausência de fustes mensuráveis; AE – antes
da exploração; DE – depois da exploração.
18
Os dados de CAP foram coletados com auxílio de fita métrica (Figura 2A). Para
identificação dos indivíduos, utilizou-se plaquetas de alumínio com numeração codificada –
sendo, os dois primeiros dígitos referentes ao ano de mensuração (2021) e, os dois dígitos
seguintes, uma contagem progressiva (Figura 2B). Enquanto as parcelas foram delimitadas
com fita zebrada. As espécies foram classificadas de acordo com o sistema de classificação
APG IV (2016).
Figura 2. A: Mensuração da Circunferência a Altura do Peito (CAP) com auxílio de fita métrica. B:
Plaqueta de alumínio utilizada para identificação dos indivíduos.
A B
Classes de DAP (cm) Limite inferior (cm) Limite superior (cm) Centro de classe (cm)
19
VI 19,4 22,9 21,2
VII 22,9 26,4 24,7
VIII 26,4 29,9 28,2
IX 29,9 33,4 31,7
X 33,4 36,9 35,2
4.5. Cálculos
𝑁𝑁𝑖𝑖
Da𝑖𝑖 =
𝐴𝐴
(Ni) = número de indivíduos de uma determinada espécie;
A = área amostrada em hectare.
20
DAi = número de indivíduos da espécie i;
Σ DA = somatório das densidades.
21
4.5.2. Estrutura Vertical
Para análise da estrutura vertical, a vegetação foi dividida em três estratos de altura,
conforme estratificação proposta por Souza et al. (1998):
Estrato 1 (inferior): 𝐻𝐻1 < (𝐻𝐻𝑚𝑚 − 𝑠𝑠)
Estrato 2 (médio): (𝐻𝐻𝑚𝑚 − 𝑠𝑠) ≤ 𝐻𝐻1 < (𝐻𝐻𝑚𝑚 + 𝑠𝑠)
Estrato 3 (superior): 𝐻𝐻1 ≥ (𝐻𝐻𝑚𝑚 + 𝑠𝑠)
Em que:
H1 = altura total de determinado indivíduo;
Hm = média das alturas dos indivíduos amostrados; e
s = desvio padrão das alturas totais.
Desse modo, o estrato 1 ou inferior incluiu indivíduos com altura menor ou igual a 2,5
m; o estrato 2 ou intermediário, árvores com altura entre 2,5 e 4,7 m; e o estrato 3 ou superior,
indivíduos com altura maior ou igual a 4,7 m.
A partir da análise de distribuição dos indivíduos entre os estratos verticais foi calculado
o valor fitossociológico (VF) por estrato e por espécie e, em seguida, a Posição Sociológica
Absoluta e Relativa de cada tratamento, segundo Finol (1971):
I. Valor Fitossociológico (VF) e Posição Sociológica Absoluta e Relativa (PSA e
PSR)
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑖𝑖𝑖𝑖 = 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑗𝑗 ∗ 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑗𝑗
𝑁𝑁𝑁𝑁
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑗𝑗 = ∗ 100
𝑁𝑁
𝑚𝑚
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖 = � 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 ∗ 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑖𝑖=1
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖 = 𝑆𝑆 ∗ 100
∑𝑖𝑖=1 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖
Em que:
VFij = valor fitossociológico da i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
VFj = valor fitossociológico simplificado do j-ésimo estrato;
nij = número de indivíduos de i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
Nj = número de indivíduos no j-ésimo estrato;
N = número total de indivíduos de todas as espécies em todos os estratos;
PSAi = posição sociológica absoluta da i-ésima espécie;
PSRi = posição sociológica relativa (%) da i-ésima espécie;
S = número de espécies;
m = número de estratos amostrados.
22
4.5.3. Diversidade
Em que:
ni = número dos indivíduos em cada espécie; a abundância de cada espécie;
N = número total de indivíduos amostrados;
S = número de espécies ou riqueza;
𝑛𝑛𝑖𝑖
pi = abundância relativa de cada espécie, calculada por:
𝑁𝑁
1.6.5. Volumetria
Foi calculado o volume cilíndrico a altura do peito (G.H), o volume real em metros
cúbicos (V) e estimado o volume empilhado em estéreo (Vst), considerando valores
predefinidos para fator de empilhamento e fator de forma. Para isso, as seguintes fórmulas
foram utilizadas (PAREYN et al., 2015):
I. Volume cilíndrico
𝜋𝜋 ∗ 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷2
𝐺𝐺. 𝐻𝐻 = � � ∗ 𝐻𝐻
40000
G.H = volume cilíndrico (m3 ha-1);
23
DAP = diâmetro à altura do peito (cm);
H = altura total do indivíduo (m).
1.6.6. Dinâmica
Em que:
M = taxa de mortalidade (% ano-1);
R = taxa de recrutamento (% ano-1);
P = taxa de perdas (% ano-1);
G = taxa de ganhos (% ano-1);
N0 e Nt = respectivamente, as contagens inicial e final de indivíduos;
Nm e Nr = respectivamente, o número de árvores mortas e recrutas;
24
AB0 e ABt = respectivamente, área basal inicial e final;
ABm e ABr = respectivamente, área basal das árvores mortas e recrutas; e
ABd e ABg = respectivamente, decremento e incremento em área basal dos
indivíduos sobreviventes.
As taxas de mudança líquida para número de indivíduos (ChN) e área basal (ChAB)
foram calculadas a partir das seguintes equações (KORNING e BALSLEV, 1994):
1� 1�
𝑁𝑁𝑡𝑡 𝑡𝑡 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑡𝑡 𝑡𝑡
𝐶𝐶ℎ𝑁𝑁 = �� � − 1 � ∗ 100 𝐶𝐶ℎ𝐴𝐴𝐴𝐴 = �� � − 1 � ∗ 100
𝑁𝑁0 𝐴𝐴𝐴𝐴0
25
Resultados e Discussão
_____________________________
26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 4. Lista geral de espécies lenhosas reconhecidas na Unidade Experimental Venâncio Zacarias,
em Macau/RN no ano de 2021.
APOCYNACEAE
Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc. Pereiro Árv x
BURSERACEAE
Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett Imburana-de-cambão Árv x x x x
EUPHORBIACEAE
Cnidoscolus quercifolius Pohl Faveleira Árv/Arb x
Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro Árv/Arb x x x x
Croton nepetifolius Baill. Marmeleiro-branco x
Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-bravo Árv x x x
Manihot glaziovii Müll.Arg. Maniçoba Árv x x x x
FABACEAE
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Mororó Árv x
Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P.Lewis Catingueira Árv x x x x
Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth. Jurema-vermelha Árv x x x
Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson Catanduva Árv x x x x
Piptadenia retusa P.G.Ribeiro, Seigler & Ebinger Jurema-branca Árv x x x x
NYCTAGINACEAE
Guapira laxa (Netto) Furlan João-mole Árv/Arb x x
RHAMNACEAE
Sarcomphalus joazeiro (Mart.) Hauenshild Juazeiro Árv/Arb x x
27
região semiárida e tornando as condições do solo mais favoráveis à macro e microfauna
(FREITAS et al., 2011; TAVARES -JÚNIOR et al., 2015; SILVA et al., 2020).
Em outros estudos realizados no Bioma, essas famílias também demonstraram
relevância florística (FERRAZ et al., 2013; SANTANA et al., 2016; LIMA e COELHO, 2018;
SOUZA et al., 2020), o que ressalta a importância desses táxons à estrutura da vegetação em
áreas de Caatinga. Fabaceae, com 2.756 espécies e 54,7% de endemismo, é a família com
maior riqueza nos domínios da Caatinga e da Floresta Amazônica, estando entre as 10
principais famílias em todos os seis biomas brasileiros (BFG, 2015).
A elevada ocorrência de Croton blanchetianus (Marmeleiro) também foi observada por
Lopes (2018) ao analisar uma área de floresta tropical seca submetida ao manejo florestal por
corte raso no Ceará que, após 15 anos de regeneração, apresentou elevada abundância da
espécie. C. blanchetianus possui características, como elevado número de sementes, fácil
dispersão e alta capacidade de rebrota, que a tornam uma pioneira típica da Caatinga
(PEREIRA et al., 2001). Além de C. blanchetianus, destacaram-se: Pityrocarpa moniliformis
(Catanduva), Cenostigma pyramidale (Catingueira) e Piptadenia retusa (Jurema-branca), pela
elevada densidade.
Ao realizar análise estatística par a par entre os tratamentos e os respectivos anos de
monitoramento, foi notada a baixa diversidade inicial para o CS3, período anterior ao corte,
distinguindo-se das demais áreas (Tabela 5). Porém, após 9 anos de regeneração, a
vegetação submetida ao CS3 superou a diversidade inicial, com ingresso de 2 espécies.
Tabela 5. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') nos sistemas silviculturais,
ao longo dos anos de monitoramento, na UE Venâncio Zacarias, Macau/RN.
28
H' 1.40 1.06 1.11 1.17
CR -
2015 CS1 2.128 ** -
CS2 1.796 ** -0.331 ns -
CS3 1.314 ns -0.698 ns -0.390 ns -
H' 1.44 1.52 1.27 1.37
CR -
2021 CS1 -0.397 ns -
CS2 0.918 ns 1.342 ns -
CS3 0.399 ns 0.804 ns -0.513 ns -
Legenda: ns – não significativo pelo Teste t de Hutcheson, ao nível de probabilidade de 5%; ** significativo.
29
Tabela 6. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') entre o levantamento
inicial da área (anterior ao corte) e os anos de monitoramento para cada tratamento (linhas) da UE
Venâncio Zacarias, Macau/RN.
1995 – 2004 1995 – 2007 1995 – 2011 1995 – 2015 1995 – 2021
CR 0.368 ns 1.314 ns 1.300 ns 1.893 ** 2.063 **
CS1 -1.165 ns -1.204 ns -1.732 ns -0.778 ns 1.831 **
CS2 0.517 ns -0.247 ns 0.280 ns 0.468 ns 1.395 ns
CS3 2.578 ** 3.165 ** 2.975 ** 3.413 ** 4.337 **
Legenda: ns – não significativo pelo Teste t de Hutcheson, ao nível de probabilidade de 5%; ** significativo.
30
Figura 3. A-D: Distribuição diamétrica da densidade (DA) dos indivíduos e da dominância (DoA) em
m²/ha, por tratamentos (CR, CS1, CS2 e CS3), na Unidade Experimental Venâncio Zacarias, em
Macau/RN.
900 4.0 700 4.0
800 3.5 CS1 - DA 3.5
CR - DA 600
700 3.0 CS1 - DoA 3.0
CR - DoA 500
600
N° indivíduos
N° indivíduos
2.5 2.5
500 400
m²/ha
m²/ha
2.0 2.0
400 300
A.300 1.5 B. 1.5
200
200 1.0 1.0
100 0.5 100 0.5
0 0.0 0 0.0
3.7 7.2 10.7 14.2 17.7 21.2 24.7 28.2 31.7 3.7 7.2 10.7 14.2 17.7
Centros de classe DAP (cm) Centros de classe DAP (cm)
N° indivíduos
m²/ha
2.0 400
200
1.5 300 2.0
150
100 1.0 200
1.0
50 0.5 100
0 0.0 0 0.0
3.7 7.2 10.7 14.2 17.7
C. D. Centros de classe DAP (cm)
Centros de classe DAP (cm)
31
Tabela 7. Parâmetros fitossociológicos calculados após 26 anos da aplicação dos tratamentos
silviculturais da Unidade Experimental Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
CR – Corte raso
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 76 633 40,86 0,2615 2,1791 52,22 36,58 46,54
Cenostigma pyramidale 55 458 29,57 0,0974 0,8120 19,46 21,90 24,51
Commiphora leptophloeos 4 33 2,15 0,0885 0,7376 17,67 12,16 9,91
Croton blanchetianus 31 258 16,67 0,0081 0,0675 1,62 11,65 9,14
Manihot glaziovii 7 58 3,76 0,0264 0,2202 5,28 6,72 4,52
Piptadenia retusa 8 67 4,30 0,0178 0,1484 3,56 6,32 3,93
Aspidosperma pyrifolium 4 33 2,15 0,0003 0,0028 0,07 2,59 1,11
Guapira laxa 1 8 0,54 0,0006 0,0054 0,13 2,07 0,33
Total 186 1.550 100 0,5007 4,1729 100 100 100
CS1 – Corte seletivo (DNB < 15 cm)
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 72 600 34,45 0,2391 1,9928 57,72 36,60 46,08
Cenostigma pyramidale 33 275 15,79 0,1089 0,9077 26,29 19,91 21,04
Croton blanchetianus 76 633 36,36 0,0056 0,0468 1,36 18,46 18,86
Piptadenia retusa 18 150 8,61 0,0495 0,4121 11,94 10,77 10,27
Jatropha mollissima 2 17 0,96 0,0066 0,0551 1,60 2,81 1,28
Manihot glaziovii 3 25 1,44 0,0023 0,0189 0,55 2,62 0,99
Sarcomphalus joazeiro 2 17 0,96 - 0,0000 - 2,28 0,48
Guapira laxa 1 8 0,48 0,0015 0,0121 0,35 2,24 0,41
Mimosa ophthalmocentra 1 8 0,48 0,0004 0,0037 0,11 2,16 0,29
Commiphora leptophloeos 1 8 0,48 0,0004 0,0035 0,10 2,15 0,29
Total 209 1.742 100 0,4143 3,4527 100 100 100
CS2 – Corte seletivo (DNB > 10 cm)
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 63 525 33,33 0,2782 2,3181 51,34 33,78 42,34
Croton blanchetianus 80 667 42,33 0,0086 0,0717 1,59 20,19 21,96
Cenostigma pyramidale 33 275 17,46 0,1302 1,0847 24,03 19,38 20,74
Commiphora leptophloeos 4 33 2,12 0,1129 0,9411 20,84 13,21 11,48
Manihot glaziovii 3 25 1,59 0,0036 0,0302 0,67 4,46 1,13
Mimosa ophthalmocentra 2 17 1,06 0,0060 0,0503 1,11 2,58 1,09
Piptadenia retusa 2 17 1,06 0 0 0 2,20 0,53
Sarcomphalus joazeiro 1 8 0,53 0,0018 0,0154 0,34 2,14 0,43
Jatropha mollissima 1 8 0,53 0,0004 0,0034 0,08 2,05 0,30
Total 189 1.575 100 0,5418 4,5149 100 100 100
CS3 – Corte seletivo (DNB entre 5 e 10 cm)
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 71 592 31,70 0,3709 3,0910 61,22 35,97 46,46
Cenostigma pyramidale 48 400 21,43 0,1365 1,1371 22,52 19,65 21,98
Croton blanchetianus 81 675 36,16 0,0240 0,2000 3,96 18,37 20,06
Commiphora leptophloeos 9 75 4,02 0,0321 0,2675 5,30 8,11 4,66
Jatropha mollissima 2 17 0,89 0,0027 0,0227 0,45 3,78 0,67
Piptadenia retusa 4 33 1,79 0,0189 0,1571 3,11 3,30 2,45
Mimosa ophthalmocentra 1 8 0,45 0,0143 0,1192 2,36 2,60 1,40
Cnidoscolus quercifolius 3 25 1,34 0,0009 0,0075 0,15 2,16 0,74
Bauhinia cheilantha 2 17 0,89 0,0017 0,0140 0,28 2,06 0,59
Croton nepetifolius 2 17 0,89 0,0013 0,0109 0,22 2,04 0,55
Manihot glaziovii 1 8 0,45 0,0026 0,0217 0,43 1,96 0,44
Total 224 1.867 100 0,6058 5,0487 100 100 100
Legenda: N – número de indivíduos; DA – densidade absoluta; DR – densidade relativa; G – área basal; DoA –
dominância absoluta; DoR – dominância relativa; VI – valor de importância; VC – valor de cobertura.
32
Verificou-se uma densidade mínima de 1.550 ind ha-1 para o tratamento CR e, máxima,
de 1.867 ind ha-1 para CS3. Esses valores são considerados baixos quando comparados a
outras áreas de FTSS (SANTANA et al., 2016; LIMA e COELHO, 2018; COSTA, 2020; SOUZA
et al., 2020). Pereira Júnior et al. (2016), por exemplo, calcularam uma densidade de 3.738
ind ha-1 para um fragmento com 35 anos de regeneração, em Iguatu/CE, com clima semiárido
quente e precipitação média de 867 ± 304 mm ano-1; enquanto Lopes (2018) estimou 4.389 ±
578 ind. ha-1 em um fragmento com oito anos de regeneração, no município de General
Sampaio/CE, área de clima semiárido quente, com precipitação média anual de 780 mm.
Considerando os anos decorridos de regeneração natural, as baixas densidades
podem ser justificadas por fatores antrópicos, como a presença de bovinos e ovinos na área,
conforme relataram os moradores das adjacências, e a existência de trilhas estreitas, feitas
por caçadores locais. Em uma área de Caatinga antropizada, utilizada para pastejo de bovinos
e ovinos durante 5 anos, em Buíque/PE, cuja temperatura média anual é de 23°C e
precipitação de 300-500 mm, Cavalcante et al. (2020) concluíram que a atividade antrópica
causou redução na atividade enzimática da β-glicosidase, urease e arilsulfatase, diminuindo
a disponibilidade de água no solo durante o período chuvoso.
Considerando como parâmetro o valor de importância (VI), destacaram-se as
espécies: Pityrocarpa moniliformis, Cenostigma pyramidale e Croton blanchetianus, cuja
significância é comum em estudos na Caatinga (FERRAZ et al., 2013; LIMA e COELHO, 2018;
COSTA, 2020; SOUZA et al., 2020), demonstrando a importância desses táxons na
composição florística e estrutural do Bioma. Ao considerar a disposição das espécies na
comunidade vegetal (Figura 4), por exemplo, nota-se a formação de dois grupos, onde o
primeiro grupo abrange as referidas espécies, cujos valores de importância somam 73,07%
da fitossociologia geral.
Foi possível observar a elevada abundância da espécie P. moniliformis (Catanduva)
em todos os tratamentos, de acordo com o gradiente de cores da Figura 4. Trata-se de
ocorrência contínua ao longo dos anos, pois, de acordo com Araújo e Silva (2010), as espécies
Catanduva e Marmeleiro apresentavam as maiores dominâncias e abundâncias nesta área,
em 2004.
33
Figura 4. Dendrograma de agrupamento (distância euclidiana) de dominância das espécies na Unidade
Experimental Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
A diferença estrutural entre os tratamentos foi confirmada pela análise estatística dos
dados de área basal e volume (Tabela 8). As menores médias foram verificadas para o CR,
enquanto os cortes seletivos, principalmente CS2 e CS3, expressaram valores significativos
e superiores.
Tabela 8. Análise de variância e comparação de médias para os dados de dominância (DoA), volume
real e empilhado (Vr e Vst).
Tratamento DoA (m² ha-1) Vr (m³ ha-1) Vst (st ha-1)
CR 0.0337 b 0.1202 c 0.4100 c
CS1 0.0356 a 0.1272 b 0.4337 b
CS2 0.0519 a 0.2455 a 0.8371 a
CS3 0.0478 a 0.1943 b 0.6627 b
P-valor 0.00484 0.00052 0.00052
Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Mann-Whitney a 5% de
probabilidade.
34
Com isso, denota-se o efeito negativo do corte raso sobre o estoque de biomassa lenhosa na
área.
De modo semelhante, a análise de agrupamento demonstrou distinção entre os
parâmetros de composição florística e de abundância entre os tratamentos. A Figura 5A
evidencia a dissimilaridade entre CR e os demais tratamentos em relação à abundância;
enquanto, na Figura 5B, se observa maior similaridade em termos de composição florística
entre CR e CS1 e maior distanciamento de CS2 e CS3. Possivelmente devido a semelhança
destes tratamentos na remoção de 100% e 96%, respectivamente, da cobertura vegetal da
área, provocando alterações na dinâmica sucessional das espécies arbóreas, como
predomínio de espécies pioneiras.
A. B.
35
foi observado para o tratamento CS3, indicando a existência de maior número de indivíduos
e espécies com altura ≥ 4,7 m quando comparado aos demais tratamentos.
Tabela 9. Dados da Posição Sociológica das espécies entre os tratamentos da UE Venâncio Zacarias,
em Macau/RN.
CR – Corte raso
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
P. moniliformis 76 3 65 8 59.68 4857.53 43.01 4960.22 44.38
C. pyramidale 55 11 44 218.82 3288.17 3506.99 31.38
C. blanchetianus 31 19 12 377.96 896.77 1274.73 11.40
M. glaziovii 7 7 523.12 523.12 4.68
P. retusa 8 1 6 1 19.89 448.39 5.38 473.66 4.24
C. leptophloeos 4 3 1 224.19 5.38 229.57 2.05
G. laxa 4 3 1 59.68 74.73 134.41 1.20
A. pyrifolium 1 1 74.73 74.73 0.67
Total 186 37 139 10 736.022 10387.6 53.76 11177.4 100
CS1 – Corte seletivo (DNB < 15 cm)
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
P. moniliformis 72 8 60 4 317.70 3272.73 22.97 3613.40 37.71
C. blanchetianus 76 70 6 2779.90 327.27 3107.18 32.42
C. pyramidale 33 2 29 2 79.43 1581.82 11.48 1672.73 17.45
P. retusa 18 1 11 6 39.71 600.00 34.45 674.16 7.03
M. glaziovii 3 3 163.64 163.64 1.71
J. mollissima 2 2 109.09 109.09 1.14
S. joazeiro 2 2 79.43 79.43 0.83
C. leptophloeos 1 1 54.55 54.55 0.57
G. laxa 1 1 54.55 54.55 0.57
M. ophthalmocentra 1 1 54.55 54.55 0.57
Total 209 83 114 12 3296.17 6218.18 68.90 9583.25 100
CS2 – Corte seletivo (DNB > 10 cm)
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
C. blanchetianus 80 69 11 3285.71 413.23 3698.94 50.20
P. moniliformis 63 5 39 19 238.10 1465.08 281.48 1984.66 26.94
C. pyramidale 33 12 15 6 571.43 563.49 88.89 1223.81 16.61
M. glaziovii 3 1 2 47.62 75.13 122.75 1.67
C. leptophloeos 4 2 2 75.13 29.63 104.76 1.42
P. retusa 2 2 95.24 95.24 1.29
M. ophthalmocentra 2 1 1 37.57 14.81 52.38 0.71
S. joazeiro 1 1 47.62 47.62 0.65
J. mollissima 1 1 37.57 37.57 0.51
Total 189 90 71 28 4285.71 2667.20 414.81 7367.72 100
CS3 – Corte seletivo (DNB entre 5 e 10 cm)
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
C. blanchetianus 81 63 18 2475.00 851.79 3326.79 37.48
P. moniliformis 71 8 40 23 314.29 1892.86 308.04 2515.18 28.34
C. pyramidale 48 11 36 1 432.14 1703.57 13.39 2149.11 24.22
C. leptophloeos 9 2 5 2 78.57 236.61 26.79 341.96 3.85
C. quercifolius 3 2 1 78.57 47.32 125.89 1.42
B. cheilantha 2 2 94.64 94.64 1.07
J. mollissima 2 2 94.64 94.64 1.07
P. retusa 4 1 3 47.32 40.18 87.50 0.99
C. nepetifolius 2 2 78.57 78.57 0.89
M. glaziovii 1 1 47.32 47.32 0.53
M. ophthalmocentra 1 1 13.39 13.39 0.15
Total 224 88 106 30 3457.14 5016.07 401.79 8875.00 100
Legenda: N – número de indivíduos; INF – estrato inferior; MÉD – estrato médio; SUP – estrato superior; VF – valor
fitossociológico; PSA – posição sociológica absoluta; PSR – posição sociológica relativa
36
5.4. Dinâmica Florestal
Tabela 10. Mudanças ao longo de 26 anos de regeneração nos parâmetros de densidade (ind./ha),
dominância (m²/ha) e volume (m³/ha) dos tratamentos da UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
N (Ind./ha)
CR 1000 - 1225 1225 1200 1625 1525
CS1 1100 50 1550 1963 2000 2800 1813
CS2 950 338 1475 1525 1638 1950 1475
CS3 1088 838 1525 1625 1450 1813 1638
DoA (m²/ha)
CR 4,41 - 2,87 2,47 4,87 7,06 7,35
CS1 3,78 0,77 4,94 5,67 8,70 7,78 6,92
CS2 4,14 0,68 7,14 5,59 8,06 8,86 10,77
CS3 4,42 2,87 8,83 9,38 8,84 9,42 9,83
V (m³/ha)
CR 19,44 - 7,20 6,32 15,60 22,96 26,34
CS1 18,02 4,02 21,37 24,37 37,53 27,94 27,38
CS2 19,86 2,67 35,29 21,45 31,28 34,82 55,09
CS3 20,20 13,08 46,09 45,25 41,56 41,00 46,04
37
Figura 6. Comparação da área basal (A – m²/ha) e do volume (B – m³/ha) de cada tratamento nos anos
de monitoramento na UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
12.00
10.00
6.00
4.00
2.00
0.00
CR CS1 CS2 CS3
1995 1996 2004 2007 2011 2015 2021
A.
60.0
50.0
Volume (m³/ha)
40.0
30.0
20.0
10.0
0.0
CR CS1 CS2 CS3
1995 1996 2004 2007 2011 2015 2021
B.
A princípio, observa-se que a área submetida ao manejo por corte raso apresentou
recuperação do estoque volumétrico inicial somente após 20 anos de regeneração. Com
efeito, ainda no período de 2011 (16 anos após o corte) a vegetação lenhosa havia recuperado
o valor inicial de área basal, porém, o volume atingido foi de 80%. Quando comparado ao
crescimento expressivo nos tratamentos CS2 e CS3, denota-se os efeitos do corte raso sobre
o estrato lenhoso e a inviabilidade deste sistema em ciclos de 15 anos nesta área, assim como
em sítios semelhantes a este.
O incipiente desenvolvimento da área submetida ao corte raso, principalmente entre
2004-2011 (Figura 6), pode ser atribuído, dentre outros fatores, à exposição do solo às
intempéries climáticas, causada pela remoção total da cobertura vegetal. Segundo Guerra et
al. (1982), a redução na proteção do solo (provocando alta incidência solar, temperaturas
elevadas e redução da umidade) torna o ambiente edáfico menos favorável à sobrevivência
e reprodução dos organismos.
38
Em uma área de FTS sob manejo por corte raso, no Ceará, de clima semiárido quente
e precipitação anual média de 744 mm, Lopes et al. (2020) constataram que a vegetação
alcançou o estoque médio da biomassa original aos 8 anos de regeneração. Contudo, embora
o estoque inicial tenha sido recuperado 7 anos antes do ciclo de corte, a cobertura vegetal
ainda era bastante jovem, com maior parte da biomassa ocupando a primeira classe de
diâmetro (2-5,99 cm). Neste estágio, conforme apontam os autores, a exploração resultaria
em uma biomassa de baixa qualidade, com elevada presença de fustes finos, ocasionando
perdas na eficiência energética (YAN et al., 2018).
Examinando a Figura 6, notou-se que a recuperação dos valores originais se deu,
inicialmente, para os tratamentos CS2 e CS3, aos 9 anos de regeneração. Araújo e Silva
(2010), ao comparar os levantamentos de 1995 e 2004 nesta área, relataram que a
recuperação do volume cilíndrico no tratamento CS3 provavelmente não se deu em virtude
do aumento do número de fustes e, sim, devido ao crescimento dos indivíduos mantidos na
área, ou seja, aqueles com DNB intermediário (acima de 5 cm e abaixo de 10 cm).
Um outro aspecto evidente na Figura 6, sobretudo nos tratamentos CS2 e CS3, foi a
projeção dos resultados de 2021 que superam, em média, 1,5 e 1,3 vezes, respectivamente,
os dados de 1996. Essa ocorrência corrobora com as observações de Lopes et al. (2020),
evidenciando que os estoques originais de biomassa lenhosa não correspondem ao potencial
máximo de biomassa arbustivo-arbórea explorável na área. Sobre isso, Riegelhaupt et al.
(2010), já haviam questionado o uso exclusivo desse critério, tendo em vista, por exemplo, a
ausência de parâmetros que atestem que o estoque inicial encontrado em uma certa área
corresponde ao estoque máximo que o sítio pode atingir.
Neste sentido, ao considerar o histórico produtivo local, segundo relatos dos
moradores locais, a área atualmente ocupada pela Unidade Experimental fazia parte dos
hectares de cultivo de algodão da Fazenda Bela Vista, encerrado na década de 1980. Assim,
assumindo este período como marco final das lavouras da propriedade – um reflexo também
da crise provocada pela “praga do bicudo” no Nordeste, que culminou na redução acentuada
dessa cultura no final da década de 1980 (BRASIL, 2007); com isso, a vegetação nativa
mensurada no ano de 1995 consistia, na verdade, em uma cobertura vegetal secundária não
ultrapassando 15-20 anos de regeneração.
Logo, se o estoque inicial amostrado correspondia a uma vegetação ainda em
regeneração, cuja estabilidade/maturidade provavelmente não foi atingida, por que utilizá-lo
como um nível a ser alcançado? No aspecto econômico, a produtividade anual estaria sendo
pautada em um critério deficiente. Em razão disso, Lopes et al. (2020) sugerem que a
definição dos ciclos de corte deveria ser sustentada, ainda, pela avaliação da biodiversidade
e a ocorrência de biomassa nas classes superiores de diâmetro.
39
Por outro lado, quanto às alterações estruturais observadas na unidade experimental,
houve distinção acentuada entre os tratamentos, ao longo do monitoramento. No período de
2004-2007, embora CR e CS2 não tenham sofrido mudança no número de indivíduos, houve
mudança negativa na área basal desses tratamentos, associada a perdas maiores do que
ganhos (Figura 7). Entre 2007-2011, houve maior mortalidade para CR e CS3, contudo, as
perdas foram compensadas pelo recrutamento e pelo desenvolvimento das sobreviventes,
respectivamente. De 2011 a 2015, somente o CR não sofreu mudança negativa em densidade
e dominância, tendo em vista que, embora o recrutamento tenha sido alto em todos os
tratamentos, as taxas de mortalidade e de perdas foram superiores. Em contrapartida, no
período de 2015-2021, houve maior incremento no CS3, em comparação aos demais
tratamentos que apresentaram mudança negativa tanto em número de indivíduos, quanto em
área basal.
Figura 7. A-D. Taxas de mortalidade, recrutamento e mudança no número de indivíduos (% ano-1),
combinadas à taxa de mudança na área basal (eixo secundário, em % ano-1), para cada período de
monitoramento compreendido entre as ocasiões de 9 a 26 anos pós-aplicação dos tratamentos
silviculturais na EU Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
15.0 2004-2007 (9 a 12 anos de regeneração) 15.0 25.0 2007-2011 (12 a 16 anos de regeneração) 25.0
0.0 0.0
10.0 10.0
CR CS1 CS2 CS3
-5.0 -5.0
5.0 5.0
-10.0 -10.0
0.0 0.0
-15.0 -15.0 CR CS1 CS2 CS3
Taxa de mortalidade (%) -5.0 Taxa de mortalidade (%) -5.0
-20.0 -20.0
Taxa de recrutamento (%) Taxa de recrutamento (%)
Taxa de mudança NI (%) Taxa de mudança NI (%)
Taxa de mudança G (%) B. Taxa de mudança G (%)
A.
30.0 2011-2015 (16 a 20 anos de regeneração) 30.0 20.0 2015-2021 (20 a 26 anos de regeneração) 20.0
25.0 25.0
15.0 15.0
20.0 20.0
10.0 10.0
15.0 15.0
5.0 5.0
10.0 10.0
5.0 5.0 0.0 0.0
CR CS1 CS2 CS3
0.0 0.0 -5.0 -5.0
CR CS1 CS2 CS3
-5.0 -5.0
-10.0 -10.0
-10.0 -10.0
Taxa de mortalidade (%) -15.0 Taxa de mortalidade (%) -15.0
Taxa de recrutamento (%) Taxa de recrutamento (%)
Taxa de mudança NI (%) Taxa de mudança NI (%)
40
As elevadas taxas de perda em área basal para CR e CS2, no período de 2004-2007,
podem estar associadas à mortalidade dos fustes em indivíduos multiperfilhados. Semelhante
ao observado por Silva et al. (2020), em uma área de Caatinga submetida ao corte raso no
ano de 1993, em Bom Jesus/PI, com temperatura média de 26,7°C e pluviosidade média
anual de 1002 mm, a exploração resultou em inúmeras rebrotas no mesmo toco, formando
perfilhos; isto gerou uma elevada competição, provocando, com o tempo, a morte de vários
fustes e a redução da área basal.
Além disso, estudos sugerem que distúrbios sobre a vegetação lenhosa da Caatinga
podem afetar a produção de serapilheira e, consequentemente, alterar a dinâmica de ciclagem
de nutrientes (ARAÚJO et al., 2020). Isso porque o componente lenhoso é responsável pelo
acúmulo diferenciado de serrapilheira, promovendo heterogeneidade do solo (REYNOLDS et
al., 1999; ARAÚJO et al., 2020).
Os impactos causados pela remoção total da vegetação sobre a dinâmica do solo
podem superar os aspectos de produtividade e aporte nutricional. Matos et al. (2019), ao
analisar a influência de diferentes tipos de manejo florestal sobre a macrofauna edáfica em
uma área Caatinga arbórea, com temperatura média anual de 23°C e precipitação anual entre
596 e 679 mm, em Contendas do Sincorá, na Bahia, observaram a ausência do grupo
Blattodea na área sob corte raso, mesmo na época chuvosa. Isso porque esses insetos
costumam se abrigar em locais úmidos, como cascas e serrapilheira, e a remoção da
cobertura vegetal provocou maior incidência solar no solo e ausência de fornecimento
contínuo de serrapilheira. Matos et al. (2019) estimaram, ainda, maiores riquezas nas áreas
sob corte seletivo por diâmetro e por espécie. Os autores atribuem tais resultados à
manutenção da cobertura do solo e melhores condições de temperatura e umidade,
favorecendo a dinâmica dos organismos edáficos.
Entre 2004 e 2007, a permanência de matrizes (indivíduos com DNB acima de 15 cm)
na área do CS1 pode ter possibilitado uma elevada taxa de recrutamento pela dispersão de
sementes que, aliada à mortalidade de apenas 1 árvore, conferiu destaque ao tratamento. Já
no período de 2007-2011, as elevadas taxas de mortalidade do CR e CS3 resultaram em
perdas significativas da área basal; porém, o CR apresentou elevado incremento dos
sobreviventes e recrutas, compensando, assim, suas perdas. A partir do intervalo de 2011-
2015, se observa mudanças acentuadas nos tratamentos, com aumento nas taxas de
mortalidade e recrutamento, possivelmente relacionadas à idade dos indivíduos
remanescentes (cortes seletivos).
De modo geral, o incipiente desenvolvimento geral da vegetação, mesmo após
decorridos 26 anos desde a exploração, pode ser atribuído aos efeitos antrópicos e
edafoclimáticos do sítio. De acordo com Diniz e Pereira (2015), Macau é a cidade litorânea
41
mais seca do Brasil, com precipitação média anual de 537,6 mm. Localiza-se, por sua vez, no
Litoral Setentrional potiguar, considerado o trecho mais seco da costa brasileira. Além disso,
os solos predominantes na região são: Neossolo Quartzarênico, Gleissolos e Latossolo
Vermelho-Amarelo Eutrófico (IDEMA, 2008); em sua maioria, solos de baixa fertilidade, alta
salinidade e pH ácido, ou seja, características determinantes na qualidade do sítio.
Ao associar os índices de precipitação, nos anos de coleta, aos valores de área basal
e incremento médio da vegetação, nota-se relação entre as variáveis (Figura 8). Nos anos de
2007 e 2021 houve menores valores de incremento médio, o que corrobora com o défice
hídrico considerável na região de Macau/RN nos anos que antecederam este período, além
de corroborar com as altas taxas de mortalidade observadas nas Figuras 7C e 7D, em
decorrência das baixas registradas no intervalo de 2012 a 2019.
Figura 8. Série de precipitação (mm ano-1), entre os anos de coleta, combinada aos valores de área
basal (m²/ha) e incremento médio (m²/ha) da vegetação na UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
Fonte: EMPARN (2022).
1200 5.0
4.5
1000 4.0
800 3.5
(mm.ano-1)
3.0
(m²/ha)
600 2.5
2.0
400 1.5
200 1.0
0.5
0 0.0
42
Conclusões
_____________________________
43
6. CONCLUSÕES
44
Literatura Citada
_____________________________
45
7. LITERATURA CITADA
ALVARES C.A.; STAPE J.L.; SENTELHAS P.C.; GONÇALVES J.L. M.; SPAROVEK G.
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS
Emitido em 11/04/2022
Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 2
, ano: 2022, tipo: HOMOLOGAÇÃO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, data de emissão: 11/04/2022 e o
código de verificação: 8de8702014