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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS - UAECIA
ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ - EAJ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS

Nº 000

ESTRUTURA E DINÂMICA DO COMPONENTE


ARBUSTIVO-ARBÓREO EM UMA ÁREA DE CAATINGA
SOB DIFERENTES SISTEMAS SILVICULTURAIS, EM
MACAU, RN

ANA LUIZA DA SILVA LOPES-NUNES

Macaíba/RN
Março de 2022
ANA LUIZA DA SILVA LOPES-NUNES

ESTRUTURA E DINÂMICA DO COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBÓREO EM UMA


ÁREA DE CAATINGA SOB DIFERENTES SISTEMAS SILVICULTURAIS, EM
MACAU, RN

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Ciências Florestais da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como parte das exigências para
obtenção do título de Mestre em Ciências Florestais (Área de
Concentração em Ciências Florestais - Linha de Pesquisa:
Biodiversidade, Conservação e Uso dos Recursos Genéticos
Florestais).

Orientador:
Prof. Dr. Alan Cauê de Holanda

Coorientador:
Prof. Dr. Malcon do Prado Costa

Macaíba/RN
Março de 2022

ii
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí -
EAJ - Macaiba

Lopes-Nunes, Ana Luiza da Silva.


Estrutura e dinâmica do componente arbustivo-arbóreo em uma
área de Caatinga sob diferentes sistemas silviculturais, em
Macau, RN / Ana Luiza da Silva Lopes-Nunes. - 2022.
70f.: il.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande


do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias,
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais. Macaíba, RN,
2022.
Orientador: Prof. Dr. Alan Cauê de Holanda.
Coorientador: Prof. Dr. Malcon do Prado Costa.

1. Fitossociologia - Dissertação. 2. Regeneração natural -


Dissertação. 3. Ciclo de corte - Dissertação. I. Holanda, Alan
Cauê de. II. Costa, Malcon do Prado. III. Título.

RN/UF/BSPRH CDU 581.5

Elaborado por Elaine Paiva de Assunção - CRB-15/492


Aos meus pais, Rogério e Graça, por todo amor e
dedicação; e ao meu amado esposo, Lucas.
DEDICO

iv
AGRADECIMENTOS
__________________________________________________________________________

A Deus, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência; que


tem me guiado e renovado dia após dia, sem cessar.
Ao meu amado esposo, Lucas; meu maior incentivador, sempre me motivando a persistir
e ser melhor; meu melhor amigo, que me ensina todos os dias a beleza do partilhar; com
quem dividir a vida é leve, prazeroso e engraçado; meu companheiro de planos, projetos e
sonhos; que é o abraço apertado nos dias difíceis e o riso solto nos dias bons; o meu grande
amor.
Aos meus pais, Rogério e Graça; meus exemplos de perseverança, força e cuidado;
que se dedicaram e se sacrificaram incontáveis vezes por nossa família; que me ensinaram
tanto sobre generosidade, amor e entrega; aqueles que eu amo além do que posso descrever;
um parêntese especial à minha Mainha que me inspira como mulher, mãe e professora, por
seu amor ao ensino e por amar aprender.
Aos meus irmãos, Jhotta e Eduarda, que eu tanto amo; e aos meus sobrinhos, Davi e
Sophia, por me proporcionarem um amor que eu nunca imaginei sentir.
Aos meus familiares, especialmente aos meus tios professores, que tanto me inspiram.
Aos meus sogros, Pedro e Eleni, meus cunhados, Marlon, Jessica, Manu e Fred, e o
pequeno/grande Enzo, que são pessoas fantásticas.
Aos meus amigos, Yasmim, Camila, Pablo, JV e Arthur, que também são padrinhos e
compadres; pessoas que confio, acredito e amo.
À minha amiga Kely, que tanto me ajudou nesses 7 anos de EAJ; sempre disposta e
prestativa; inteligente e esforçada; de um coração grande e verdadeiro.
Aos meus companheiros de campo, Kely, George, Larissa, Chico, Isabel e Lucas, que
me auxiliaram na coleta de dados voluntariamente.
Às demais pessoas que tanto me inspiram e que fazem parte da minha vida, cujos
nomes seria difícil listar.
Aos meus professores da pós-graduação, por toda dedicação ao ensino.
À UFRN pela disponibilidade de recursos e estrutura.
À Profa. Juliana e ao Prof. Allyson, pelas instruções valiosas para melhoria deste
trabalho.
E, por fim, mas de elevada importância:
Ao meu orientador, Prof. Alan Cauê, por toda paciência e compreensão; por todo
incentivo e disciplina, sempre atento aos detalhes e me motivando a ir além.
E ao meu coorientador, Prof. Malcon, por todo suporte no processamento dos dados,
todo conhecimento passado e por todo incentivo desde a graduação.

A estes, toda minha gratidão!

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de


Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. v
RESUMO

ESTRUTURA E DINÂMICA DO COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBÓREO EM UMA ÁREA


DE CAATINGA SOB DIFERENTES SISTEMAS SILVICULTURAIS, EM MACAU, RN

Considerando a importância de se avaliar a compatibilidade entre o sistema de exploração


usualmente empregado na Caatinga e o processo de regeneração da vegetação, identificar a
dinâmica de crescimento e averiguar a perda de diversidade florística, este estudo objetivou
caracterizar o componente arbustivo-arbóreo adulto, em quatro talhões com idades de 9, 12,
16, 20 e 26 anos pós-exploração, submetidos aos regimes de corte raso (CR) e três tipos de
cortes seletivos (CS1, CS2 e CS3). Em parcelas permanentes de 20 x 20 m, foram
mensurados os indivíduos com CAP ≥ 6 cm e altura total superior a 1,0 m. A análise dos dados
foi realizada por meio da estimativa de parâmetros fitossociológicos (absolutos e relativos),
como: frequência, densidade e dominância, bem como o índice de valor de importância,
índices de diversidade, área basal e a volumetria. Ao todo, 10 espécies foram reconhecidas,
distribuídas em 4 famílias, dentre elas, destacaram-se: Pityrocarpa moniliformis, Cenostigma
pyramidale e Commiphora leptophloeos para o CR, somando 70,6% do valor de importância
(VI); P. moniliformis, C. pyramidale e Croton blanchetianus para CS1, CS2 e CS3, com VI
acumulado de 75,0%, 73,4% e 74,0%, respectivamente. Ao longo dos anos de monitoramento,
o CR apresentou os menores valores de densidade, dominância e volume, obtendo
recuperação em área basal e volume apenas aos 16 e 20 anos de regeneração,
respectivamente. Neste sentido, os sistemas silviculturais CS2 e CS3 se sobressaíram em
relação ao CR e o CS1 quanto à recuperação do estoque original de biomassa lenhosa,
apresentando valores superiores aos de 1995 e indicando que os dados iniciais não
correspondiam ao potencial máximo de biomassa lenhosa. A dinâmica florestal apontou à
insuficiência do ciclo de corte raso de 15 anos, comum em PMFS no Rio Grande do Norte,
quanto à recuperação da composição e estrutura florestal nesta região.

Palavras-chave: ciclo de corte, regeneração natural, fitossociologia.

vi
ABSTRACT

STRUCTURE AND DYNAMICS OF THE SHRUSH-TREE COMPONENT IN AN AREA OF


CAATINGA UNDER DIFFERENT SILVICULTURAL SYSTEMS, IN MACAU, RN

Considering the importance of evaluating the compatibility between the exploitation system
usually used in the Caatinga and the vegetation regeneration process, identifying the growth
dynamics and investigating the loss of floristic diversity, this study aims to characterize the
adult shrub-tree component, in four stands aged 9-, 12-, 16-, 20- and 26-years post-
exploitation, submitted to clear-cut (CR) and three types of selective cuts (CS1, CS2 and CS3).
In permanent plots of 20 x 20 m, individuals with CAP ≥ 6 cm and total height greater than
1.0 m were measured. Data analysis was performed by estimating phytosociological
parameters (absolute and relative), such as: frequency, density and dominance, as well as the
importance value index, diversity index, basal area and volumetry. In all, 10 species were
recognized, distributed in 4 families, among them, the following stand out: Pityrocarpa
moniliformis, Cenostigma pyramidale and Commiphora leptophloeos for the CR, adding up to
70.6% of the importance value (VI); P. moniliformis, C. pyramidale and Croton blanchetianus
for CS1, CS2 and CS3, with accumulated VI of 75.0%, 73.4% and 74.0%, respectively. Over
the years of monitoring, the CR presented the lowest density, dominance and volume values,
obtaining recovery in basal area and volume only at 16 and 20 years of regeneration,
respectively. In this sense, the CS2 and CS3 silvicultural systems stood out in relation to the
CR and CS1 regarding the recovery of the original stock of woody biomass, presenting values
higher than those of 1995 and indicating that the initial data did not correspond to the maximum
potential of woody biomass. The forest dynamics pointed to the insufficiency of the 15-year
clearcut cycle, common in PMFS in Rio Grande do Norte, regarding the recovery of forest
composition and structure in this region.

Keywords: cutting cycle, natural regeneration, phytosociology.

vii
SUMÁRIO

Página
RESUMO ................................................................................................................................................ VI
ABSTRACT ........................................................................................................................................... VII
SUMÁRIO............................................................................................................................................. VIII
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. IX
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................... X
LISTA DE ABREVIATURAS .................................................................................................................. XI
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS .................................................................................................................................... 4
2.1. OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 4
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................... 4
3. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 6
3.1. FLORESTAS TROPICAIS SAZONALMENTE SECAS .......................................................................... 6
3.2. CAATINGA: CARACTERÍSTICAS, USO E CONSERVAÇÃO ................................................................. 7
3.3. MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DA CAATINGA........................................................................ 9
3.4. ESTUDOS FLORÍSTICOS E FITOSSOCIOLÓGICOS SOB A ÓTICA DO MANEJO FLORESTAL .................... 11
3.5. DINÂMICA E ESTRUTURA DE FLORESTAS NATIVAS ........................................................................ 13
4. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................................. 16
4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..................................................................................... 16
4.2. DESCRIÇÃO E HISTÓRICO DA UNIDADE EXPERIMENTAL ............................................................... 16
4.3. COLETA DOS DADOS FLORÍSTICOS E FITOSSOCIOLÓGICOS .......................................................... 18
4.4. ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................................ 19
4.5. CÁLCULOS ............................................................................................................................... 20
4.5.1. Estrutura Horizontal ....................................................................................................... 20
4.5.2. Estrutura Vertical ........................................................................................................... 22
4.5.3. Diversidade .................................................................................................................... 23
1.6.5. Volumetria...................................................................................................................... 23
1.6.6. Dinâmica ........................................................................................................................ 24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 27
5.1. FLORÍSTICA E DIVERSIDADE ...................................................................................................... 27
5.2. DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA ...................................................................................................... 30
5.3. ESTRUTURA HORIZONTAL E VERTICAL ....................................................................................... 31
5.4. DINÂMICA FLORESTAL .............................................................................................................. 37
6. CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 44
7. LITERATURA CITADA.................................................................................................................. 46

viii
LISTA DE FIGURAS

Página
Figura 1. Mapa de localização da área de estudo, em Macau/RN. ...................................... 18

Figura 2. A: Mensuração da Circunferência a Altura do Peito (CAP) com auxílio de fita métrica.
B: Plaqueta de alumínio utilizada para identificação dos indivíduos. .................................... 19

Figura 3. A-D: Distribuição diamétrica da densidade (DA) dos indivíduos e da dominância


(DoA) em m²/ha, por tratamentos (CR, CS1, CS2 e CS3), na Unidade Experimental Venâncio
Zacarias, em Macau/RN. .......................................................... Erro! Indicador não definido.

Figura 4. Dendrograma de agrupamento (distância euclidiana) de dominância das espécies


na Unidade Experimental Venâncio Zacarias, em Macau/RN. .............................................. 34

Figura 5. Dendrogramas de agrupamento dos tratamentos na Unidade Experimental


Venâncio Zacarias, em Macau/RN, para os parâmetros de abundância (A), pelo índice de
similaridade de Bray-Curtis, e composição florística (B), pelo índice de similaridade de
Jaccard. ................................................................................................................................. 35

Figura 6. Comparação da área basal (A – m²/ha) e do volume (B – m³/ha) de cada tratamento


nos anos de monitoramento na UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN................................ 38

Figura 7. A-D. Taxas de mortalidade, recrutamento e mudança no número de indivíduos


(% ano-1), combinadas à taxa de mudança na área basal (eixo secundário, em % ano-1), para
cada período de monitoramento compreendido entre as ocasiões de 9 a 26 anos pós-
aplicação dos tratamentos silviculturais na EU Venâncio Zacarias, em Macau/RN. ............. 40

Figura 8. Série de precipitação (mm ano-1), entre os anos de coleta, combinada aos valores
de área basal (m²/ha) e incremento médio (m²/ha) da vegetação na UE Venâncio Zacarias,
em Macau/RN. Fonte: EMPARN (2022). ............................................................................... 42

ix
LISTA DE TABELAS

Página
Tabela 1. Tratamentos silviculturais adotados pela RMFC em cada um dos blocos da Unidade
Experimental Venâncio Zacarias, Macau, RN. ...................................................................... 17

Tabela 2. Situação do experimento cerca de um ano após a aplicação dos tratamentos (1996).
Fonte: Adaptado de Araújo e Silva (2010). ............................................................................ 17

Tabela 3. Intervalos de classe utilizados na análise da distribuição diamétrica (DAP). ........ 19

Tabela 4. Lista geral de espécies lenhosas reconhecidas na Unidade Experimental Venâncio


Zacarias, em Macau/RN no ano de 2021. ............................................................................. 27

Tabela 5. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') nos sistemas
silviculturais, ao longo dos anos de monitoramento, na UE Venâncio Zacarias, Macau/RN. 28

Tabela 6. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') entre o


levantamento inicial da área (anterior ao corte) e os anos de monitoramento para cada
tratamento (linhas) da UE Venâncio Zacarias, Macau/RN. ................................................... 30

Tabela 7. Parâmetros fitossociológicos calculados após 26 anos da aplicação dos tratamentos


silviculturais da Unidade Experimental Venâncio Zacarias, em Macau/RN. ......................... 32

Tabela 8. Análise de variância e comparação de médias para os dados de dominância (DoA),


volume real e empilhado (Vr e Vst). ...................................................................................... 34

Tabela 9. Dados da Posição Sociológica das espécies entre os tratamentos da UE Venâncio


Zacarias, em Macau/RN. ....................................................................................................... 36

Tabela 10. Mudanças ao longo de 26 anos de regeneração nos parâmetros de densidade


(ind./ha), dominância (m²/ha) e volume (m³/ha) dos tratamentos da UE Venâncio Zacarias, em
Macau/RN. ............................................................................................................................. 37

x
LISTA DE ABREVIATURAS

ABB – Área Basal na Base (m2);


ABBH – Volume Cilíndrico com base na ABB (m3);
CAP – Circunferência à Altura do Peito;
DAP – Diâmetro à Altura do Peito;
DNB – Diâmetro na Base;
FTS – Floresta Tropical Seca;
FTSS – Floresta Tropical Sazonalmente Seca;
G – Área Basal (m2);
GH – Volume Cilíndrico (m3);
H – Altura dos fustes;
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis;
MMA – Ministério do Meio Ambiente;
PMFS – Plano de Manejo Florestal Sustentável;
RMFC – Rede de Manejo Florestal da Caatinga;
SFB – Serviço Florestal Brasileiro;
ST – estéreo: unidade de medida que representa o volume de uma pilha de madeira roliça
contida num cubo cujas arestas meçam um metro, nele incluídos os espaços vazios
normais entre as toras, acomodadas umas às outras longitudinalmente;
UE – Unidade Experimental.

xi
Introdução
_____________________________

xii
1. INTRODUÇÃO

Com abrangente ocorrência no Brasil, a Caatinga ocupa cerca de 10,7% do país


(912.529 km²), sendo o principal ecossistema da região Nordeste (SILVA et al., 2017).
Contudo, apesar de sua ampla extensão, dentre os biomas brasileiros, ainda é o menos
conhecido (BRASIL, 2020a). Por suas características de baixa precipitação, com mais de 50%
dos meses com seca, a Caatinga faz parte de um bioma global, denominado por alguns
autores como Floresta Tropical Sazonalmente Seca (FTSS) (PENNINGTON et al., 2009;
DRYFLOR, 2016).
O Domínio da Caatinga no estado do Rio Grande do Norte representa 91% das áreas
cobertas por floresta natural; são cerca de 2 milhões de hectares, onde predomina a tipologia
conhecida como Savana-estépica (BRASIL, 2018a). Embora expressivas, essas áreas de
vegetação nativa têm sido alvo do desmatamento indiscriminado, levando à redução da sua
biodiversidade, ampliação de áreas degradadas e geração de riscos à qualidade de vida das
populações inseridas na sua área de ocorrência (RIO GRANDE DO NORTE, 2010).
Segundo Meunier et al. (2018), a demanda por dendrocombustíveis (lenha e carvão)
é a principal pauta da exploração extrativista na Caatinga, sendo o manejo florestal uma
alternativa de exploração legal e conservacionista, uma vez que o epíteto de “sustentável” é
concebido à prática em função da observância das exigências normativas.
O Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) constitui uma alternativa viável para
o suprimento da demanda por lenha. Segundo Brasil (2012), o PMFS deve contemplar
técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados
ecossistemas que a cobertura arbórea forme, previsto na Lei 12.651, de 25 de maio de 2012.
Esse sistema de manejo segue três princípios: deve ser ecologicamente correto,
economicamente viável e socialmente justo (SFB, 2013).
A exploração madeireira por manejo sustentável no Nordeste ocorre em ciclos de corte
nunca inferiores a 10 anos, conforme restrição da Instrução Normativa N° 03/2001, Art. 10°,
§1º (IBAMA, 2001). Nesse sentido, as normas técnicas admitem uma taxa de crescimento
médio anual correspondente a 1/15 do estoque inicial, assumindo um ciclo de corte mínimo
de 15 anos, empregado na maior parte dos estados da região Nordeste (PAREYN et al., 2015).
Comumente, estima-se o Incremento Médio Anual (IMA) a partir do estoque volumétrico inicial,
considerando-se que a recuperação desse estoque ocorre por meio de regeneração natural,
principalmente por rebrota de cepas (MEUNIER, 2014; PAREYN et al. 2015).
Para Scolforo (1997) as áreas sob sistema de exploração devem possuir um programa
de monitoramento, com a medição das parcelas permanentes antes da intervenção,

1
identificação e etiquetagem da cepa de todos os indivíduos. Essa proposta evidencia a
importância de quantificar os impactos causados pela exploração, identificar a dinâmica de
regeneração natural do fragmento e, desse modo, averiguar a perda de diversidade florística.
O estudo da composição florística e da dinâmica de regeneração natural é, portanto,
fundamental para uma gestão dos recursos florestais que priorize a preservação, conservação
e o manejo florestal adequado (WERNECK et al., 2000). Para Kangas et al. (2015), a
avaliação da sustentabilidade exige, em contrapartida, avaliações de impacto
multidimensionais que influenciarão na tomada de decisões. Deve-se assumir, portanto, uma
metodologia segundo a ótica do uso da floresta, considerando as dimensões econômica,
ecológica e social (KARVONEN et al., 2017).
No contexto florestal potiguar, além do baixo número de PMFS, cuja oferta de lenha
não supre a demanda energética atual (LOPES-NUNES et al., 2022), têm-se indistintamente
a adoção de um ciclo de corte mínimo de 15 anos para todo o estado, não considerando as
estimativas de crescimento associadas aos aspectos edafoclimáticos do sítio. Com isso,
informações e inferências sobre recuperação do estoque volumétrico, alterações florísticas e
estruturais e de dinâmica florestal em áreas sob manejo sustentável, ainda são incipientes.
Diante disso, considerando o manejo usualmente empregado na Caatinga, sob corte
raso em ciclos de 15 anos, questiona-se a viabilidade da recuperação não só do estoque
volumétrico, mas também dos elementos florísticos e estruturais, nesse período.

2
Objetivos
_____________________________

3
2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Caracterizar a estrutura do componente arbustivo-arbóreo após 26 anos da aplicação


de diferentes sistemas silviculturais e avaliar sua dinâmica de crescimento em uma área de
Caatinga, em Macau/RN.

2.2. Objetivos Específicos

› Avaliar a composição florística e estrutura horizontal/vertical em cada sistema


silvicultural por meio de levantamento fitossociológico;
› Comparar o componente arbustivo-arbóreo em quatro sistemas silviculturais com
idades de 9, 12, 16, 20 e 26 anos pós-exploração;
› Avaliar a dinâmica de crescimento, a partir dos levantamentos realizados
periodicamente nos últimos 26 anos pós-exploração, comparando os sistemas
silviculturais por cortes raso e seletivo.

4
Revisão de Literatura
_____________________________

5
3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Florestas Tropicais Sazonalmente Secas

De acordo com Rodal et al. (2008), o domínio fitogeográfico da Caatinga abrange dois
grupos florísticos de florestas estacionais: um associado às formações xerofíticas; e outro
favorecido por chuvas orográficas que resultam em pequenas “ilhas” de floresta úmida
ocupando serras ou brejos de altitude, situadas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba
e Bahia (Chapada Diamantina). Essas áreas de florestas úmidas se assemelham
florísticamente à vegetação litorânea do domínio da Mata Atlântica, enquanto o grupo florestal
sazonal mais seco, encontrado nos antigos picos erodidos no núcleo semiárido e nas
encostas ocidentais do Planalto da Borborema, está associado à Caatinga Cristalina que, por
sua vez, faz parte das Florestas Tropicais Sazonalmente Secas (FTSS) (RODAL et al., 2008;
QUEIROZ et al., 2017).
São delimitadas como FTSS, as formações vegetais que, ao longo do ano e por um
período igual ou superior a cinco meses, sofrem déficit hídrico, possuindo espécies adaptadas
a esta intempérie recorrente (MORO et al., 2016). Além da sazonalidade comum a essas
regiões, as FTSS são ameaçadas pelo potencial agravamento das condições hídricas,
ocasionado pelas mudanças climáticas (CASTANHO et al., 2020).
Nessas regiões, características comuns podem ser pontuadas, como: a elevada
riqueza de espécies da família Fabaceae, com exceção apenas do Caribe onde há predomínio
de Myrtaceae; e frequente ocorrência de espécies da família Cactaceae, com elevada riqueza
(PENNINGTON et al., 2006; LUGO, 2006; LIMA et al., 2018).
No sudoeste da América do Sul, tem-se a “Diagonal Seca” que consiste em um
corredor de fitofisionomias sujeitas a climas sazonalmente secos, incluindo os domínios da
Caatinga, Cerrado e Chaco (DRYFLOR, 2016). O domínio fitogeográfico da Caatinga, por sua
vez, é considerado a maior ecorregião tropical semiárida deste continente (CAETANO et al.,
2008; MORO et al., 2016; SILVA et al.; 2017). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) atribui a este bioma a denominação de Savana-estépica (IBGE, 2012), cuja vegetação
caracteriza-se pelo elevado número de espécies caducifólias, que perdem suas folhas na
estação seca (COSTA, 2012).
Segundo Queiroz et al. (2017), as áreas de Caatinga associadas à FTSS, ou Caatinga
Cristalina – termo que deriva do material de origem dos solos da região: as rochas pré-
cambrianas cristalinas (PRADO, 2003) –, compreendem matas decíduas e espinhosas que
se desenvolvem principalmente em terrenos de rocha exposta da Depressão Sertaneja. Os
solos são geralmente rasos e pedregosos; a vegetação lenhosa é formada por árvores baixas

6
e arbustos caducos, multiperfilhados e geralmente espinhosos, enquanto as ervas são
predominantemente terófitas.

3.2. Caatinga: Características, Uso e Conservação

De acordo com os limites propostos por Silva et al. (2017), a Caatinga abrange uma
área de 912.529 km², o que equivale a 10,7% do território brasileiro. O clima em sua região
de ocorrência é caracterizado como quente e semiárido, do tipo BSh, segundo a classificação
de Köppen (ALVARES et al., 2014; DUBREUIL et al., 2018). Em resultado a isso, a vegetação
está submetida à deficiência hídrica sazonal, que se agrava durante os períodos de seca. Os
solos apresentam distribuição espacial complexa, passando de solos rasos e pedregosos à
solos arenosos e profundos (VELLOSO, SAMPAIO e PAREYN, 2002).
O tempo de estiagem na região de ocorrência do Bioma tende a aumentar das bordas
para o centro; algumas áreas passam por períodos de 6-7 a 9-10 meses sem chuvas e até 10
a 11 meses como no raso da Catarina (NIMER, 1972; PRADO, 2003). Além da precipitação
baixa e irregular, essa região semiárida brasileira, comparada a outras formações, apresenta
características meteorológicas extremas: baixa nebulosidade, radiação solar mais alta,
temperatura média anual superior, menores taxas de umidade relativa e evapotranspiração
potencial mais elevada (REIS, 1976; PRADO, 2003).
Através do trabalho desenvolvido por especialistas, no Seminário de Planejamento
Ecorregional da Caatinga, organizado pela The Nature Conservancy do Brasil e Associação
Plantas do Nordeste, no ano de 2001, a extensão do bioma foi subdivida em ecorregiões
(VELLOSO et al., 2002), sendo elas: 1. Complexo de Campo Maior; 2. Complexo Ibiapaba -
Araripe; 3. Depressão Sertaneja Setentrional; 4. Planalto da Borborema; 5. Depressão
Sertaneja Meridional; 6. Dunas do São Francisco; 7. Complexo da Chapada Diamantina; 8.
Raso da Catarina.
Além da classificação comum empregada, a região do Bioma abrange ecótonos e
enclaves de florestas tropicais úmidas, pântanos, savanas, vegetações de transição e campos
rupestres (SILVA et al., 2017). Na maior parte de sua extensão, a estrutura da vegetação da
Caatinga apresenta porte limitado pelas condições pouco favoráveis e pelo alto grau de
antropização, com indivíduos dificilmente ultrapassando 10 m e com abundância de arvoretas
e arbustos (SANTOS et al., 1992).
Contudo, o bioma tem se destacado por sua abundante diversidade de espécies,
possuindo um elevado número de espécies endêmicas. Em trabalho recente, Fernandes et
al. (2020), relataram a existência de 3.347 espécies vegetais na Caatinga, sendo 962 gêneros
e 153 famílias, das quais 526 espécies e 29 gêneros são endêmicas. O levantamento dos

7
dados foi feito nas áreas de vegetação decídua seca do Nordeste brasileiro e os resultados
encontrados revelam uma alta e exuberante diversidade florística no bioma.
Apesar de sua riqueza já comprovada, a Caatinga tem sofrido com a exploração
insustentável dos seus recursos e com baixos índices de conservação. Atualmente, cerca de
7% do bioma está inserido em Unidades de Conservação, sendo apenas metade das
unidades com domínio exclusivo da Caatinga e menos de 1% são classificadas como
Unidades de Proteção Integral (BRASIL, 2020b).
Além da baixa porcentagem de conservação, segundo o MMA (2020b), as unidades
existentes têm sido alvo de diversos problemas. Ora relacionados à proteção da sua
biodiversidade, como: caça, fogo, desmatamento e tráfico de animais silvestres; ora
relacionados à infraestrutura básica, como: ausência de regularização fundiária, falta de plano
de manejo e carência de pessoal qualificado. A criação de novas unidades de conservação,
objetivando o aumento das áreas protegidas, junto ao desenvolvimento de melhores políticas
de gestão, visando o melhor desempenho das unidades existentes, é indispensável para a
proteção adequada da Caatinga.
Quanto aos aspectos históricos do uso da terra e a exploração dos recursos florestais
do bioma, conforme relata Menezes (1937), em “O Outro Nordeste”, a base econômica, por
muitas décadas, esteve centrada em duas grandes atividades: a pecuária extensiva e a
produção de algodão que abastecia a indústria têxtil nacional. Essas atividades constituíram
a base do modelo de ocupação da terra. Atualmente, a exploração florestal da Caatinga está
fortemente pautada na produção de lenha e carvão vegetal. Para a maioria dos pequenos
produtores rurais e dos assentados, a supressão vegetal visando a produção de lenha e
carvão é vista como uma maneira mais rápida de obtenção de renda ou de limpeza da área
para produção agropecuária.
Essa perspectiva extrativista tem atuado efetivamente na degradação da vegetação
nativa (CARVALHO et al., 2000; TABARELLI et al., 2018). A intensa exploração dos recursos
naturais e o uso inadequado das terras têm ampliado a denominada “Área Suscetível à
Desertificação do Brasil” que já ocupa grandes extensões nos estados de Alagoas, Bahia,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, além de partes do
Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo, somando 1.344.766,64 km2, dos quais 70.279,46
km2 (5,23%) se encontram em avançado processo de degradação (CGEE, 2016).
Em contrapartida, a elevada demanda por energéticos florestais na região Nordeste
pode representar uma oportunidade para a expansão do modelo de manejo sustentável.
Segundo Riegelhaupt (2008), quando o recurso florestal é manejado de forma sustentável,
este pode representar um ativo econômico significante para projetos de assentamento.
Considerando a atual demanda e oferta do insumo florestal, o manejo florestal sustentável
surge como uma alternativa viável economicamente, uma vez que promove a geração de

8
emprego e renda nos projetos de assentamento, além de manter a conservação e
regeneração da vegetação.

3.3. Manejo Florestal Sustentável da Caatinga

A exploração florestal na Caatinga é feita, geralmente, sob três formas: 1. Supressão


vegetal, com autorização emitida pelos órgãos competentes, para fins de uso alternativo do
solo, como agricultura e pastagem; 2. Manejo florestal sustentável, também autorizado pelos
órgãos responsáveis, com finalidade na produção madeireira; 3. Desmatamento ilegal, que
pode ser tanto para uso alternativo do solo como para produção madeireira (PAREYN, 2010).
O manejo florestal está previsto no Novo Código Florestal, Lei 12.651, de 25 de maio
de 2012, Art. 31, como instrumento necessário para a exploração das florestas nativas,
devendo contemplar técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo
compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme (BRASIL, 2012).
Essa forma de manejo consiste na administração da floresta para obtenção de
benefícios econômicos, sociais e ambientais, podendo ser considerada a utilização de
múltiplas espécies madeireiras, múltiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, além de
outros bens e serviços florestais (BRASIL, 2020a). Essas características corroboram na
elaboração do documento técnico básico, denominado Plano de Manejo Florestal Sustentável
(PMFS), previsto no art. 3°, inciso VI, da Lei no 11.284, de 2 de março de 2006 (BRASIL,
2006).
Os planos de manejo florestal foram formalizados na década de 90, quando uma
legislação específica foi formulada, a partir da aprovação da Instrução Normativa nº 01, de 25
de fevereiro de 1994, do IBAMA (LOPES e CANTO, 2013). Entretanto, segundo APNE (2015),
o número de PMFS na Caatinga teve um crescimento expressivo somente a partir dos anos
2000.
Uma estratégia apoiada pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), para ampliação do
manejo florestal sustentável na Caatinga, tem sido a implantação de projetos de manejo em
assentamentos da reforma agrária. A iniciativa tem sido apoiada diretamente pelo SFB com
recursos próprios e por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) em
parceria com o Fundo Nacional de Mudanças Climáticas (GARIGLIO, 2015). Apenas no
estado do Ceará, 65 assentamentos haviam sido beneficiados com a implantação de PMFS,
abrangendo uma área aproximada de 34.000 hectares (LOPES, 2018).
Garlet et al. (2018) avaliaram os resultados do manejo florestal em assentamentos
rurais apoiados pelo SFB, na Paraíba, e concluíram que, além dos benefícios econômicos, o
ordenamento do uso do solo – promovido pela implantação do manejo florestal – resultou na
manutenção da cobertura florestal em 63% da área dos assentamentos.

9
Desse modo, nota-se que a atividade florestal em projetos de assentamento rural
contribui para a manutenção adequada dos recursos florestais, garantindo a sustentabilidade
ambiental, além de gerar benefícios financeiros aos moradores. As áreas destinadas ao
manejo, quando somadas à Reserva Legal e APP, perfazem uma grande porcentagem de
cobertura vegetal preservada. O manejo florestal constitui, assim, uma alternativa de
produção que incentiva a fixação do homem no campo (GARIGLIO, 2015).
Para Riegelhaupt et al. (2010), a demanda global por energia renovável tem reforçado
a capacidade do manejo florestal para fornecer combustíveis lignocelulósicos e carvão vegetal
com benefícios econômicos e ambientais. Segundo os autores, a prática florestal deve ser
considerada como uma vantagem competitiva e uma base sólida para o desenvolvimento da
região Nordeste.
Quanto à demanda por biomassa florestal em esfera regional, estudos identificaram
26 ramos e sub-ramos industriais consumidores de biomassa energética. Em 2015, o
consumo concentrava-se em sete ramos, que respondiam por 80% ou mais da demanda total,
sendo eles: cerâmica vermelha, celulose e papel, siderurgia, beneficiamento de mandioca,
padaria, gesso e óleos vegetais (BRASIL, 2018b). O preço da lenha proveniente do manejo
florestal sofre variações de acordo com a região de produção. Conforme dados de Chaves
(2016), o preço da lenha no Rio Grande do Norte variava de R$ 20,00/st a R$ 35,00/st.
Enquanto um manejo florestal comunitário em Russas, no Ceará, informou realização de
vendas de até R$ 57,00/st (SFB, 2021).
Em levantamento realizado por Lopes-Nunes et al. (2022), foi verificada a existência
de apenas 22 PMFS com autorização para exploração florestal válida para o ano de 2019, no
Rio Grande do Norte. O volume total autorizado foi de 136.153,33 st ano-1, enquanto estados
como Piauí e Paraíba, apresentaram 1.998.986,20 st ano-1 e 146.911,98 st ano-1, em 2016 e
2017, respectivamente (ANDRADE et al., 2019; GÓIS, 2018). Os 22 planos constatados
estavam distribuídos em 20 municípios do RN, correspondendo a uma área manejada de
988,99 hectares.
Entretanto, a área manejada no período do estudo correspondia a apenas 0,0002% da
área total que o bioma Caatinga ocupa no estado. Em Pernambuco, a área autorizada para
exploração alcançou 11.104 ha, no período de 2001 a 2005 (PAREYN, 2010). Lopes-Nunes
et al. (2022) afirmam, ainda, que boa parte da demanda por biomassa florestal no estado está
sendo suprida por lenha de origem clandestina, uma vez que os dados de oferta legal do
insumo não correspondem à demanda do setor de maior consumo, o que gera margem para
o desmatamento ilegal.
De acordo com a Lei Federal n° 12.651/12, Art. 34, (BRASIL, 2012) as indústrias que
utilizam grande quantidade de matéria prima florestal ficam obrigadas a elaborar e
implementar um Plano de Suprimento Sustentável (PSS), sob aprovação do órgão ambiental

10
competente no ato do licenciamento da atividade. Logo, os setores industriais com maior
consumo de biomassa florestal no estado, deveriam comprovar a vinculação de sua produção
com PMFS, a fim de garantir o suprimento próprio de matéria-prima florestal de origem legal.
Contudo, essa não é uma realidade no RN. Lopes-Nunes et al. (2022) comenta, que a
aplicação monitorada desta lei é uma alternativa de recriminação ao uso de lenha clandestina,
o que pode gerar, ainda, a expansão da comercialização da lenha proveniente do manejo
florestal sustentável.
Essas informações refletem a estrutura debilitada em que consiste o setor florestal do
estado. O que reforça, no âmbito acadêmico, a necessidade de estudos sobre o manejo da
flora nativa e de políticas públicas, na esfera governamental, que corroborem ao incentivo da
atividade florestal de modo sustentável e legal.
Em contrapartida, frequentemente, o manejo florestal da Caatinga é confundido com o
desmatamento em sua forma ilegal, tendo sua sustentabilidade questionada. Provavelmente,
porque os tipos de corte aplicados no Bioma são bastante intensivos, ao contrário dos
sistemas de corte empregados em florestas tropicais úmidas. Entretanto, duas considerações
devem ser feitas ao analisar os impactos do manejo sobre a Caatinga: (1) cada tipo de
vegetação tem características peculiares; e (2) uma técnica que é vantajosa em determinado
tipo florestal, pode não apresentar resultados satisfatórios em outra floresta (RIEGELHAUPT
et al., 2010).
Ferraz (2011) relata que a prática do manejo florestal está fundamentada nas
características de resistência e resiliência da vegetação, no modo como essa comunidade
comporta-se durante e após o período de perturbação, como conduz sua recuperação. Logo,
a utilização desta forma de manejo em florestas naturais requer o estudo e detalhamento da
dinâmica da comunidade vegetal em foco, com o intuito de atenuação dos possíveis danos
causados pela exploração.

3.4. Estudos florísticos e fitossociológicos sob a ótica do manejo florestal

Em geral, no manejo de florestas nativas, a busca por métodos eficientes de estimativa


do volume comercial requer a análise de quantificação e qualificação do estoque madeireiro,
como: vitalidade das árvores, qualidade do fuste, posição do dossel, dentre outros
parâmetros. Esses dados norteiam decisões silviculturais que resultam no aumento da
produção e rentabilidade da floresta (THAINES et al., 2010).
Uma comunidade vegetal resulta da ação de um conjunto de fatores ambientais que
incorrem sobre as espécies de determinado local. Sendo assim, similaridades podem ocorrer
entre as estruturas vegetais que se repetem dentro de uma comunidade, ainda que não sejam
idênticas. Além disso, o desenvolvimento dos fatores que incidem sobre a vegetação e o meio

11
ambiente se dá paralelamente, resultando em diversas expressões ecológicas (IMAÑA-
ENCIÑAS et al., 2009). É necessário, portanto, reconhecer a complexidade desses eventos,
mantendo os esforços na definição e sistematização das informações que uma comunidade
vegetal possui.
Dentre as diferentes metodologias que consideram as comunidades vegetais, Imaña-
Enciñas et al. (2009) destacam a fitossociologia e a fitocenose como orientadoras dos
conceitos e metodologias da medição de variáveis. Quanto à fitossociologia, trata-se da
ciência que envolve as comunidades vegetais e todos os fenômenos que se relacionam com
a vida das plantas, sendo: vegetação, solo e clima (OOSTING, 1956; HARPER, 1977). Já a
fitocenose é definida como o estudo da cobertura vegetal (OOSTING, 1956).
Para Imaña-Enciñas et al. (2009), a fitossociologia envolve três fases: analítica,
sintética e sintaxonômica. Na fase analítica, a densidade, dominância e sociabilidade das
espécies são as características consideradas. A densidade relaciona o número de indivíduos
de uma espécie e a área de ocorrência. A dominância está relacionada ao grau de cobertura
de uma determinada espécie sobre a superfície daquela área. A sociabilidade relata o
isolamento ou formação monocultural dos indivíduos de uma espécie. Na fase sintética, é
calculada a frequência das espécies ao longo do levantamento. Já na fase sintaxonômica, a
hierarquia fitossociológica é estabelecida por meio dos valores de importância e de cobertura.
A aplicação dos estudos fitossociológicos no planejamento de atividades que visam a
gestão dos recursos florestais, como manejo florestal e recuperação de áreas degradadas, é
defendida por diversos pesquisadores. Kageyama et al. (1992) defendem que os estudos
fitossociológicos, com objetivo de caracterizar as respectivas etapas sucessionais de um
conjunto de espécies, podem apontar associações interespecíficas, além de aspectos como
agressividade, propagação vegetativa, ciclo de vida e dispersão.
Os critérios de colheita do plano de manejo florestal devem estar fundamentados na
análise estrutural da floresta, de modo a permitir a estimativa do estágio de desenvolvimento;
contribuir para a definição de tratamentos silviculturais que possam promover a melhoria da
produtividade e rentabilidade da floresta; bem como, garantir a eficiência de práticas
ambientais que garantam a sustentabilidade do projeto (GAMA et al., 2007).
À vista disso, os levantamentos florísticos e fitossociológicos constituem ferramentas-
base imprescindíveis para o manejo adequado das florestas (OLIVEIRA, 2006). Uma vez que
as análises florísticas possibilitam comparações entre e dentro de comunidades vegetais,
permite a caracterização da riqueza e diversidade de uma área, além de dar margem à
formulação de teorias, hipóteses e fundamento para a execução de outros estudos (CHAVES
et al., 2013).
No manejo florestal sustentável, os parâmetros fitossociológicos podem ser
empregados na formulação de critérios de seleção. Ao considerar os dados estruturais, por

12
exemplo, pode-se definir intervalos dendrométricos, de acordo com a finalidade do uso
madeireiro ou, ainda, a seleção das espécies de maior dominância na área; por outro lado,
considerando os dados florísticos, é possível estabelecer critérios de seleção baseados na
manutenção de espécies raras e/ou de menor valor energético.
Nesse sentido, alguns autores apontam o método BDq – que corresponde à razão
entre área basal remanescente, diâmetro máximo e a constante de De Liocourt – como uma
das ferramentas do manejo florestal, estabelecendo critérios de seleção e colheita das
árvores. É baseado no conceito de floresta balanceada e leva em consideração as classes
diamétricas da comunidade; sendo capaz de minimizar os impactos do manejo sobre a
vegetação remanescente, visando uma produção sustentável (SOUZA e SOARES, 2013).

3.5. Dinâmica e estrutura de florestas nativas

Existem diferentes parâmetros estruturais que auxiliam na avaliação de um


remanescente florestal, dentre os principais estão: estrutura horizontal, estrutura vertical,
estrutura paramétrica e de regeneração natural. A combinação de parâmetros como esses e
de composição florística possibilita uma melhor compreensão do estado de equilíbrio de uma
floresta, que decorre, principalmente, da interação de diferentes processos e mudanças em
uma comunidade vegetal, como a dinâmica de crescimento, mortalidade e regeneração
(LAMPRECHT, 1990).
A avaliação destes parâmetros pode ser empregada no monitoramento da vegetação,
tendo em vista as mudanças florísticas e estruturais constantes. Para isso, é necessário a
implantação de parcelas permanentes, cujo processamento dos dados periódicos pode
quantificar a mortalidade, recrutamento, crescimento e as medidas de incremento e
decremento em área basal (FIGUEIREDO et al., 2013). Esse monitoramento, por sua vez,
possibilita a identificação dos fatores que interferem nos processos naturais de mudança da
comunidade vegetal (MAGALHÃES et al., 2017).
Essas informações, embora essenciais no desenvolvimento de ações silviculturais e
conservacionistas, ainda são incipientes na região semiárida brasileira, principalmente no que
se refere à dinâmica dos ecossistemas de florestas secas. Lucena et al. (2016), apontam que
os estudos de composição e regeneração natural são a base do manejo adequado da
Caatinga.
A tomada de decisões nas atividades de recuperação, conservação e manejo florestal
é fortemente pautada no conhecimento acerca da composição florística e do comportamento
sucessional das comunidades vegetais (MARANGON et al., 2016). Ao longo dos anos, as
mudanças que ocorrem na vegetação são resultado de inúmeros processos ecofisiológicos,
fatores edafoclimáticos e pressões antrópicas que influenciam as condições ambientais. Com

13
isso, a compreensão da dinâmica florestal, adaptações, recrutamentos, mortalidades e
estabelecimento das espécies, é imprescindível para a manutenção e conservação dos
ecossistemas naturais.

14
Material e Métodos
_____________________________

15
4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Caracterização da área de estudo

O presente estudo faz parte de uma Unidade Experimental (UE) da Rede de Manejo
Florestal da Caatinga (RMFC), situada sob a coordenada central 05°18'51,71" S e
36°29'07,62" O e está localizada no Projeto de Assentamento Venâncio Zacarias, município
de Macau, Rio Grande do Norte.
O município de Macau está situado na mesorregião Central Potiguar e na microrregião
Macau, tendo em seus limites os municípios de Guamaré, Pedro Avelino, Afonso Bezerra, Alto
do Rodrigues, Pendências, Caraúbas e Porto do Mangue, abrangendo uma área total de 747
km².
O clima no município é considerado do tipo semiárido quente – BSh, conforme
classificação de Köppen (DUBREUIL et al., 2018). A precipitação pluviométrica anual é de
526,2 mm, com período chuvoso de março a abril, temperatura média anual em torno de
27,2 ºC, máxima de 32,0 ºC e mínima de 21,0 ºC, e umidade relativa média anual de 68%
(ALVARES et al., 2014).
O solo da área é classificado como Latossolo Amarelo típico, distrófico, de textura
média com profundidade maior que um metro e ausência de pedregosidade. O relevo na área
é considerado plano (RIEGELHAUPT et al., 2010).
Quanto à cobertura vegetal, predomina a Savana-Estépica Arborizada, cuja formação
apresenta, em geral, um estrato arbustivo-arbóreo superior, esparso, e um estrato inferior
gramíneo-lenhoso (IBGE, 2012). O clima semiárido provoca uma grande evaporação e a
concentração de sais, em parte do terreno, leva à ocorrência de uma vegetação típica, na qual
se destacam o pirrixiu (Batis maritima C. Linnaeus) e o bredo (Blutaparon portulacoides (A.St.-
Hil.) Mears), às vezes consorciados com carnaubais (BERTIER et al., 2008; ARAÚJO e SILVA,
2010; LIMA et al., 2019).

4.2. Descrição e histórico da Unidade Experimental

Segundo informações dos moradores locais, a área em estudo consistia em uma


grande propriedade rural, chamada Fazenda Bela Vista, conhecida produtora de algodão na
região, que teve seu fim em meados da década de 1980. Posteriormente, a Fazenda Bela
Vista foi desapropriada para fins de reforma agrária, quando foi convertida em Projeto de
Assentamento.
Em 1995, a RMFC instalou no local a Unidade Experimental Venâncio Zacarias, que
ocupa uma área total de 2,0 ha. Esta área foi dividida em quatro blocos de 0,5 ha, com 100 x
50 m, correspondendo aos tratamentos realizados (Tabela 1). Antes da aplicação dos

16
tratamentos, em cada bloco, foram delimitadas duas parcelas fixas de 20 x 20 m para
obtenção das variáveis: espécie, circunferência a altura do peito (CAP), circunferência na
base (CNB), altura total, classe de vitalidade, qualidade do fuste e posição da copa (RMFC,
2005).

Tabela 1. Tratamentos silviculturais adotados pela RMFC em cada um dos blocos da Unidade
Experimental Venâncio Zacarias, Macau, RN.
Tratamento Sistema Silvicultural
T1 – CR Corte raso;
T2 – CS1 Corte seletivo de árvores com Diâmetro na Base (DNB) inferior a 15 cm;
T3 – CS2 Corte seletivo de árvores com DNB superior a 10 cm;
T4 – CS3 Corte seletivo de árvores com DNB entre 5 e 10 cm.

Em 2004, as parcelas foram transformadas em parcelas permanentes, com o objetivo


de avaliar os efeitos dos sistemas silviculturais. Desde então, foram realizadas, até então,
cinco medições das parcelas permanentes (monitoramento), nos anos de 2004, 2007, 2011,
2015, além da coleta de dados executada neste estudo, no ano de 2021, equivalentes a 9,
12, 16, 20 e 26 anos após exploração.
Conforme dados da RMFC (ARAÚJO e SILVA, 2010), a área experimental possuía
uma vegetação inicial (pré-tratamentos) com densidade média de 1.121,8 fustes ha-1 e área
basal em torno de 4,21 m2 ha-1. O volume médio estimado era de 160,7 st ha-1. A diversidade
calculada na época, através do índice de Shannon (H’), foi de 1,355 nats ind.-1.
Em termos de riqueza florística, existiam oito espécies arbóreas (ARAÚJO e SILVA,
2010): Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson (Catanduva), Croton
sonderianus Muell. Arg. (Marmeleiro); Cenostigma pyramidale (Tul.) E. Gagnon & G.P. Lewis
(Catingueira); Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Imburana); Bauhinia cheilantha
(Bong.) Steud. (Mororó); Piptadenia retusa P.G.Ribeiro, Seigler & Ebinger (Jurema-branca);
Croton nepetifolius Baill. (Marmeleiro-branco); Jatropha mollissima (Pohl) Baill. (Pinhão);
Pseudobombax marginatum (A.St.-Hil., Juss. & Cambess.) A.Robyns (Embiratanha).
Após exploração, em 1995, os dados estruturais da vegetação remanescente foram:

Tabela 2. Situação do experimento cerca de um ano após a aplicação dos tratamentos (1996). Fonte:
Adaptado de Araújo e Silva (2010).
N (fustes ha-1) G (m²/ha) V (m³/ha)
Tratamento
AE DE %.Corte AE DE AE DE
CR 1125 sd 100,0 4.50 sd 52.62 sd
CS1 1275 50 96.1 3.79 0.77 38.67 4.02
CS2 988 338 65.8 4.16 0.69 47.79 2.68
CS3 1100 838 23.9 4.42 2.87 49.45 13.08

17
Legenda: N – densidade; G – área basal; V – volume real; sd – sem dados por ausência de fustes mensuráveis; AE – antes
da exploração; DE – depois da exploração.

4.3. Coleta dos dados florísticos e fitossociológicos

As oito parcelas permanentes da UE apresentam tamanho padrão de 20 x 20 m e


foram utilizadas para a determinação dos parâmetros fitossociológicos. Para avaliação dos
efeitos de cada tratamento sobre a área basal dos indivíduos e do estoque volumétrico, além
das duas parcelas existentes por tratamento, uma nova parcela de 20 x 20 m foi instalada, ou
seja, quatro parcelas adicionais, totalizando 12 parcelas para os quatro blocos (Figura 1).

Figura 1. Mapa de localização da área de estudo, em Macau/RN.

18
Os dados de CAP foram coletados com auxílio de fita métrica (Figura 2A). Para
identificação dos indivíduos, utilizou-se plaquetas de alumínio com numeração codificada –
sendo, os dois primeiros dígitos referentes ao ano de mensuração (2021) e, os dois dígitos
seguintes, uma contagem progressiva (Figura 2B). Enquanto as parcelas foram delimitadas
com fita zebrada. As espécies foram classificadas de acordo com o sistema de classificação
APG IV (2016).

Figura 2. A: Mensuração da Circunferência a Altura do Peito (CAP) com auxílio de fita métrica. B:
Plaqueta de alumínio utilizada para identificação dos indivíduos.

A B

4.4. Análise dos dados

As variáveis mensuradas no levantamento foram: número de indivíduos e fustes por


hectare (N), diâmetro à altura do peito (DAP), diâmetro na base (DNB) e altura total (H). Com
base nestas variáveis, foram analisadas as frequências dos indivíduos nas distribuições
diamétricas. Para tanto, com base no método de Sturges (1926), utilizou-se um intervalo de
classe fixo de 3,5 cm de DAP (Tabela 3).

Tabela 3. Intervalos de classe utilizados na análise da distribuição diamétrica (DAP).

Classes de DAP (cm) Limite inferior (cm) Limite superior (cm) Centro de classe (cm)

I 1,91 5,41 3,7


II 5,4 8,9 7,2
III 8,9 12,4 10,7
IV 12,4 15,9 14,2
V 15,9 19,4 17,7

19
VI 19,4 22,9 21,2
VII 22,9 26,4 24,7
VIII 26,4 29,9 28,2
IX 29,9 33,4 31,7
X 33,4 36,9 35,2

A partir de matrizes de composição florística e abundância, foi feita análise de


agrupamento entre os tratamentos, utilizando o programa Paleontological Statistics (PAST)
versão 4.07 (HAMMER et al., 2001). Os dados foram submetidos aos índices de similaridade
de Jaccard e Bray-Curtis. O agrupamento se deu pelo método UPGMA (Unweighted Pair
Group Method with Arithmetic mean) do tipo hierárquico aglomerativo (SOKAL e MICHENER,
1958).
Para análise da dinâmica da vegetação, foram utilizados os dados mensurados nos
anos de 2004 (9 anos de regeneração), 2007 (12 anos de regeneração), 2011 (16 anos de
regeneração), 2015 (20 anos de regeneração) e 2021 (26 anos de regeneração). Calculando-
se as taxas de crescimento, ingresso, mortalidade e mudança (SOUZA e SOARES, 2013).
As variáveis mensuradas no levantamento de 2021 (número de fustes e indivíduos,
DAP e altura total) foram processadas no Microsoft Excel 2019. Enquanto as comparações
de médias para área basal e volume, seguidas pelo Teste de Tukey ao nível de probabilidade
de 5% (p < 0,05), foram realizadas a partir do software BioEstat 5.3 (AYRES et al., 2007).

4.5. Cálculos

4.5.1. Estrutura Horizontal


Para o levantamento da estrutura horizontal no estrato arbustivo-arbóreo adulto, foram
estimados os parâmetros fitossociológicos clássicos (MUELLER-DOMBOIS e ELLEMBERG,
1974):
I. Densidade Absoluta (ind. ha-1) e Relativa (%)
Densidade Absoluta (DA):

𝑁𝑁𝑖𝑖
Da𝑖𝑖 =
𝐴𝐴
(Ni) = número de indivíduos de uma determinada espécie;
A = área amostrada em hectare.

Densidade Relativa (DR) é a relação entre o número de indivíduos de uma


espécie e o número de indivíduos de todas as espécies, em que:
𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖
𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖 = 𝑛𝑛 × 100
(∑𝑖𝑖−1 𝐷𝐷𝐴𝐴𝑖𝑖 )

20
DAi = número de indivíduos da espécie i;
Σ DA = somatório das densidades.

II. Frequência Absoluta (%) e Relativa (%)


Frequência Absoluta (FA) é a relação entre o número de parcelas em que
determinadas espécie ocorre e o número total de parcelas amostradas, em que:
𝑃𝑃𝑖𝑖
𝐹𝐹𝐹𝐹𝑖𝑖 = � � × 100
𝑃𝑃𝑡𝑡
Pi = número de parcelas com ocorrência da espécie i;
Pt = número total de parcelas.

Frequência Relativa (FR) é a relação entre a frequência absoluta de determinada


espécie e a soma das frequências absolutas de todas as espécies, em que:
𝐹𝐹𝐹𝐹𝑖𝑖
𝐹𝐹𝐹𝐹𝑖𝑖 = 𝑛𝑛
× 100
�∑𝑖𝑖−1 𝐹𝐹𝐹𝐹�
FAi = frequência absoluta da espécie i;
Σ FA = somatório das frequências.

III. Dominância Absoluta (m² ha-1) e Relativa (%)


Dominância Absoluta (DoAi) expressa a área basal de uma espécie i, em que:
∑𝑛𝑛𝑖𝑖−1 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑖𝑖
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖 = � �
𝐴𝐴
Abi = área basal da espécie i;
A = área amostrada em hectare.

Dominância Relativa (DoRi) é a relação da área basal total de uma espécie i e


da área basal total de todas as espécies (G):
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖 = � 𝑛𝑛 �∗ 100
∑𝑖𝑖−1 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖

IV. Valor de Importância


Valor de Importância (VI) revela a posição sociológica de uma espécie na
comunidade analisada:
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑖𝑖 = (𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖 + 𝐹𝐹𝐹𝐹𝑖𝑖 + 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝑖𝑖 )/3

21
4.5.2. Estrutura Vertical

Para análise da estrutura vertical, a vegetação foi dividida em três estratos de altura,
conforme estratificação proposta por Souza et al. (1998):
Estrato 1 (inferior): 𝐻𝐻1 < (𝐻𝐻𝑚𝑚 − 𝑠𝑠)
Estrato 2 (médio): (𝐻𝐻𝑚𝑚 − 𝑠𝑠) ≤ 𝐻𝐻1 < (𝐻𝐻𝑚𝑚 + 𝑠𝑠)
Estrato 3 (superior): 𝐻𝐻1 ≥ (𝐻𝐻𝑚𝑚 + 𝑠𝑠)
Em que:
H1 = altura total de determinado indivíduo;
Hm = média das alturas dos indivíduos amostrados; e
s = desvio padrão das alturas totais.

Desse modo, o estrato 1 ou inferior incluiu indivíduos com altura menor ou igual a 2,5
m; o estrato 2 ou intermediário, árvores com altura entre 2,5 e 4,7 m; e o estrato 3 ou superior,
indivíduos com altura maior ou igual a 4,7 m.
A partir da análise de distribuição dos indivíduos entre os estratos verticais foi calculado
o valor fitossociológico (VF) por estrato e por espécie e, em seguida, a Posição Sociológica
Absoluta e Relativa de cada tratamento, segundo Finol (1971):
I. Valor Fitossociológico (VF) e Posição Sociológica Absoluta e Relativa (PSA e
PSR)
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑖𝑖𝑖𝑖 = 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑗𝑗 ∗ 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑗𝑗
𝑁𝑁𝑁𝑁
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑗𝑗 = ∗ 100
𝑁𝑁
𝑚𝑚
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖 = � 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 ∗ 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛
𝑖𝑖=1
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖 = 𝑆𝑆 ∗ 100
∑𝑖𝑖=1 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑖𝑖
Em que:
VFij = valor fitossociológico da i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
VFj = valor fitossociológico simplificado do j-ésimo estrato;
nij = número de indivíduos de i-ésima espécie no j-ésimo estrato;
Nj = número de indivíduos no j-ésimo estrato;
N = número total de indivíduos de todas as espécies em todos os estratos;
PSAi = posição sociológica absoluta da i-ésima espécie;
PSRi = posição sociológica relativa (%) da i-ésima espécie;
S = número de espécies;
m = número de estratos amostrados.

22
4.5.3. Diversidade

Em seguida, calculou-se o índice de diversidade Shanon (H’) e a equabilidade de


Pielou (J), conforme as seguintes fórmulas:
I. Shannon-Weaver (H’)
𝑆𝑆

𝐻𝐻 = − � 𝑝𝑝𝑖𝑖 𝑙𝑙𝑙𝑙 𝑝𝑝𝑖𝑖
𝑖𝑖=1

Em que:
ni = número dos indivíduos em cada espécie; a abundância de cada espécie;
N = número total de indivíduos amostrados;
S = número de espécies ou riqueza;
𝑛𝑛𝑖𝑖
pi = abundância relativa de cada espécie, calculada por:
𝑁𝑁

II. Equabilidade de Pielou (J)


𝐻𝐻
𝐽𝐽 =
𝐻𝐻𝑚𝑚á𝑥𝑥
Em que:
Hmáx = ln(S);
S = número de espécies ou riqueza;
H’ = Índice de Diversidade de Shannon-Weaver

A fim de comparar os índices de diversidade de Shannon entre os tratamentos ao longo


dos anos de monitoramento, foi aplicado o teste-t de Hutcheson ao nível de confiança de 95%
(p < 0,05). Este método tem como objetivo verificar a diferença entre os valores de diversidade
obtidos para duas amostras. Desse modo, comparações dois a dois foram realizadas entre os
tratamentos para 2021 e entre os sete levantamentos periódicos.

1.6.5. Volumetria

Foi calculado o volume cilíndrico a altura do peito (G.H), o volume real em metros
cúbicos (V) e estimado o volume empilhado em estéreo (Vst), considerando valores
predefinidos para fator de empilhamento e fator de forma. Para isso, as seguintes fórmulas
foram utilizadas (PAREYN et al., 2015):
I. Volume cilíndrico
𝜋𝜋 ∗ 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷2
𝐺𝐺. 𝐻𝐻 = � � ∗ 𝐻𝐻
40000
G.H = volume cilíndrico (m3 ha-1);

23
DAP = diâmetro à altura do peito (cm);
H = altura total do indivíduo (m).

II. Volume real


𝑉𝑉 = 𝐺𝐺. 𝐻𝐻 ∗ 𝑓𝑓𝑓𝑓
V = volume real (m³);
G.H = volume cilíndrico na altura do peito;
ff = fator de forma de 0,9 (ZAKIA et al., 1992).

III. Volume empilhado


𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 = 𝑉𝑉 ∗ 𝑓𝑓𝑓𝑓
Vst = volume empilhado em estéreo (st ha-1);
V = volume real (m³);
fe = fator de empilhamento de 3,32 (PAREYN et al., 2015).

1.6.6. Dinâmica

As variáveis de dinâmica foram calculadas para a comunidade arbustivo-arbórea com


base em Sheil et al. (1995; 2000), por meio das taxas anuais médias de mortalidade e
recrutamento, em número de indivíduos, e taxas anuais médias de perda e ganho, em área
basal, conforme as equações:
1�
𝑁𝑁0 − 𝑁𝑁𝑚𝑚 𝑡𝑡
𝑀𝑀 = �1 − � � � ∗ 100
𝑁𝑁0
1�
𝑁𝑁𝑟𝑟 𝑡𝑡
𝑅𝑅 = �1 − �1 − � � ∗ 100
𝑁𝑁𝑡𝑡
1�
𝐴𝐴𝐴𝐴0 − 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑚𝑚 − 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑑𝑑 𝑡𝑡
𝑃𝑃 = �1 − � � � ∗ 100
𝐴𝐴𝐴𝐴0
1�
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑟𝑟 + 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑔𝑔 𝑡𝑡
𝐺𝐺 = �1 − �1 − � � ∗ 100
𝐴𝐴𝐴𝐴𝑡𝑡

Em que:
M = taxa de mortalidade (% ano-1);
R = taxa de recrutamento (% ano-1);
P = taxa de perdas (% ano-1);
G = taxa de ganhos (% ano-1);
N0 e Nt = respectivamente, as contagens inicial e final de indivíduos;
Nm e Nr = respectivamente, o número de árvores mortas e recrutas;

24
AB0 e ABt = respectivamente, área basal inicial e final;
ABm e ABr = respectivamente, área basal das árvores mortas e recrutas; e
ABd e ABg = respectivamente, decremento e incremento em área basal dos
indivíduos sobreviventes.

Para expressar a dinâmica global, foram calculadas as taxas de rotatividade (turnover)


em número de indivíduos (TN) e de área basal (TAB), obtidas a partir das seguintes expressões
(WERNECK e FRANCESCHINELLI, 2004):
(𝑀𝑀 + 𝑅𝑅 ) (𝑃𝑃 + 𝐺𝐺 )
𝑇𝑇𝑁𝑁 = � � 𝑇𝑇𝐴𝐴𝐴𝐴 = � �
2 2

As taxas de mudança líquida para número de indivíduos (ChN) e área basal (ChAB)
foram calculadas a partir das seguintes equações (KORNING e BALSLEV, 1994):
1� 1�
𝑁𝑁𝑡𝑡 𝑡𝑡 𝐴𝐴𝐴𝐴𝑡𝑡 𝑡𝑡
𝐶𝐶ℎ𝑁𝑁 = �� � − 1 � ∗ 100 𝐶𝐶ℎ𝐴𝐴𝐴𝐴 = �� � − 1 � ∗ 100
𝑁𝑁0 𝐴𝐴𝐴𝐴0

25
Resultados e Discussão
_____________________________

26
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Florística e Diversidade

No levantamento conduzido no ano de 2021, 26 anos após aplicação dos tratamentos


silviculturais, foram registrados 808 indivíduos nas 12 unidades amostrais, distribuídos em
seis famílias botânicas: Euphorbiaceae (5), Fabaceae (5), Apocynaceae (1), Burseraceae (1),
Nyctaginaceae (1) e Rhamnaceae (1); sendo 14 espécies lenhosas (Tabela 4).

Tabela 4. Lista geral de espécies lenhosas reconhecidas na Unidade Experimental Venâncio Zacarias,
em Macau/RN no ano de 2021.

Espécie Nome Popular Hábito CR CS1 CS2 CS3

APOCYNACEAE
Aspidosperma pyrifolium Mart. & Zucc. Pereiro Árv x

BURSERACEAE
Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett Imburana-de-cambão Árv x x x x

EUPHORBIACEAE
Cnidoscolus quercifolius Pohl Faveleira Árv/Arb x
Croton blanchetianus Baill. Marmeleiro Árv/Arb x x x x
Croton nepetifolius Baill. Marmeleiro-branco x
Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pinhão-bravo Árv x x x
Manihot glaziovii Müll.Arg. Maniçoba Árv x x x x

FABACEAE
Bauhinia cheilantha (Bong.) Steud. Mororó Árv x
Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P.Lewis Catingueira Árv x x x x
Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth. Jurema-vermelha Árv x x x
Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson Catanduva Árv x x x x
Piptadenia retusa P.G.Ribeiro, Seigler & Ebinger Jurema-branca Árv x x x x

NYCTAGINACEAE
Guapira laxa (Netto) Furlan João-mole Árv/Arb x x

RHAMNACEAE
Sarcomphalus joazeiro (Mart.) Hauenshild Juazeiro Árv/Arb x x

Legenda: Árv: árvore; Arb: arbusto.

As famílias Fabaceae e Euphorbiaceae destacaram-se pelo número de espécies


reconhecidas. Devidos às suas características morfológicas e fisiológicas, espécies
principalmente da família Fabaceae são abundantes em áreas de FTSS, capazes de suportar
baixa disponibilidade de água e temperaturas elevadas. Um exemplo disso é a associação
entre espécies de Fabaceae e bactérias do gênero Rhizobium, apresentando maior
capacidade de fixação de nitrogênio no solo, promovendo aumento da fertilidade dos solos na

27
região semiárida e tornando as condições do solo mais favoráveis à macro e microfauna
(FREITAS et al., 2011; TAVARES -JÚNIOR et al., 2015; SILVA et al., 2020).
Em outros estudos realizados no Bioma, essas famílias também demonstraram
relevância florística (FERRAZ et al., 2013; SANTANA et al., 2016; LIMA e COELHO, 2018;
SOUZA et al., 2020), o que ressalta a importância desses táxons à estrutura da vegetação em
áreas de Caatinga. Fabaceae, com 2.756 espécies e 54,7% de endemismo, é a família com
maior riqueza nos domínios da Caatinga e da Floresta Amazônica, estando entre as 10
principais famílias em todos os seis biomas brasileiros (BFG, 2015).
A elevada ocorrência de Croton blanchetianus (Marmeleiro) também foi observada por
Lopes (2018) ao analisar uma área de floresta tropical seca submetida ao manejo florestal por
corte raso no Ceará que, após 15 anos de regeneração, apresentou elevada abundância da
espécie. C. blanchetianus possui características, como elevado número de sementes, fácil
dispersão e alta capacidade de rebrota, que a tornam uma pioneira típica da Caatinga
(PEREIRA et al., 2001). Além de C. blanchetianus, destacaram-se: Pityrocarpa moniliformis
(Catanduva), Cenostigma pyramidale (Catingueira) e Piptadenia retusa (Jurema-branca), pela
elevada densidade.
Ao realizar análise estatística par a par entre os tratamentos e os respectivos anos de
monitoramento, foi notada a baixa diversidade inicial para o CS3, período anterior ao corte,
distinguindo-se das demais áreas (Tabela 5). Porém, após 9 anos de regeneração, a
vegetação submetida ao CS3 superou a diversidade inicial, com ingresso de 2 espécies.

Tabela 5. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') nos sistemas silviculturais,
ao longo dos anos de monitoramento, na UE Venâncio Zacarias, Macau/RN.

CR CS1 CS2 CS3


H' 1.03 1.18 1.04 0.61
CR -
1995 CS1 -0.803 ns -
CS2 -0.066 ns 0.877 ns -
CS3 2.247 ** 3.414 ** 2.803 ** -
H' 1.02 0.98 1.02 1.01
CR -
2004 CS1 0.208 ns -
CS2 -0.056 ns -0.276 ns -
CS3 0.049 ns -0.168 ns 0.112 ns -
H' 1.29 0.98 1.00 1.12
CR -
2007 CS1 1.780 ** -
CS2 1.714 ** -0.131 ns -
CS3 0.970 ns -0.847 ns -0.749 ns -
H' 1.29 0.90 1.08 1.13
CR -
2011 CS1 2.243 ** -
CS2 1.231 ns -1.237 ns -
CS3 0.845 ns -1.336 ns -0.291 ns -

28
H' 1.40 1.06 1.11 1.17
CR -
2015 CS1 2.128 ** -
CS2 1.796 ** -0.331 ns -
CS3 1.314 ns -0.698 ns -0.390 ns -
H' 1.44 1.52 1.27 1.37
CR -
2021 CS1 -0.397 ns -
CS2 0.918 ns 1.342 ns -
CS3 0.399 ns 0.804 ns -0.513 ns -
Legenda: ns – não significativo pelo Teste t de Hutcheson, ao nível de probabilidade de 5%; ** significativo.

Após 26 anos de regeneração, as áreas submetidas aos sistemas silviculturais


apresentaram os seguintes índices de equabilidade (J): CR – 0,719; CS1 – 0,645; CS2 –
0,617; e CS3 – 0,633. O valor superior encontrado para o CR decorre, possivelmente, da
menor ocorrência de espécies raras neste bloco, aliada a uma menor riqueza florística, o que
possibilita uma distribuição mais uniforme de abundâncias por espécie. Segundo Connel
(1978), áreas sob intenso distúrbio natural ou antrópico tendem a apresentar baixa riqueza,
devido ao incipiente número de espécies que possuem capacidade de colonização de áreas
perturbadas.
Outros estudos em Caatinga apontam valores superiores aos encontrados, variando
de 1,95 a 3,47 nats ind.-1 (BEZERRA e PEREIRA, 2017; SANTOS et al., 2017; LIMA e
COELHO, 2018; COSTA, 2020), enfatizando a baixa variedade de táxons nesta área de
estudo. Considerando a equabilidade, Lima e Coelho (2018) estimaram um valor de 0,53, em
contrapartida, o número de espécies do estudo foi bastante superior (36), apesar do baixo H’
observado (1,59 nats ind.-1).
Todavia, para melhor compreensão dos resultados observados, alguns fatores devem
ser analisados, como: gradiente nutricional do solo, características edáficas e índices de
precipitação. Em todo caso, a presença de animais (bovinos, ovinos e caprinos) na área pode
ser apontada como um dos agravantes na regeneração natural da comunidade, afetando a
riqueza e diversidade de espécies.
É possível observar um dos efeitos do sistema silvicultural sobre a comunidade vegetal
ao comparar a diversidade inicial da área e o comportamento desta ao longo dos anos. Para
o CR, por exemplo, após aplicação dos tratamentos, a diversidade inicial foi superada - em
termos estatísticos - no ano de 2015, aos 20 anos de regeneração (Tabela 6). Em
contrapartida, embora com a menor diversidade inicial, o corte seletivo provocou no CS3
aumento da diversidade já aos 9 anos de regeneração.

29
Tabela 6. Teste t de Hutcheson para o Índice de Diversidade de Shannon (H') entre o levantamento
inicial da área (anterior ao corte) e os anos de monitoramento para cada tratamento (linhas) da UE
Venâncio Zacarias, Macau/RN.

1995 – 2004 1995 – 2007 1995 – 2011 1995 – 2015 1995 – 2021
CR 0.368 ns 1.314 ns 1.300 ns 1.893 ** 2.063 **
CS1 -1.165 ns -1.204 ns -1.732 ns -0.778 ns 1.831 **
CS2 0.517 ns -0.247 ns 0.280 ns 0.468 ns 1.395 ns
CS3 2.578 ** 3.165 ** 2.975 ** 3.413 ** 4.337 **
Legenda: ns – não significativo pelo Teste t de Hutcheson, ao nível de probabilidade de 5%; ** significativo.

As baixas na diversidade do CS1 (valores negativos da Tabela 6) podem ser


justificadas pelas elevadas dominâncias de C. blanchetianus (Marmeleiro) após o corte. Este
tratamento se assemelha ao CR pois resultou no corte de mais de 96% dos fustes presentes
na área. Tal atividade promoveu o desenvolvimento significativo do Marmeleiro, espécie com
tendência à alta dominância nos estágios iniciais de regeneração, sendo bastante comum em
áreas sob intensa perturbação (PEREIRA et al., 2001).
Dentre os tratamentos, apenas o CS2 não apresentou perda florística permanente em
relação à cobertura vegetal inicial. Ao longo dos levantamentos periódicos, após a exploração,
não foram encontrados representantes das espécies: B. cheilantha (Mororó) no CR; C.
nepetifolius (Marmeleiro-branco) no CS1; e P. marginatum (Embiratanha) no CS3. Em
contrapartida, quanto ao ganho na riqueza florística de cada sistema, os tratamentos CS1 e
CS3 se destacaram pelo aumento de 6 espécies, enquanto CS2 apresentou ganho de 5
espécies e, o CR, 2 espécies.

5.2. Distribuição Diamétrica

Considerando a distribuição diamétrica da vegetação, todos os tratamentos


apresentaram elevada densidade e dominância nas classes iniciais de DAP, até 7,2 cm.
Contudo, na Figura 3 se observa uma expressiva distinção entre os blocos, com diferentes
amplitudes e arranjos.

30
Figura 3. A-D: Distribuição diamétrica da densidade (DA) dos indivíduos e da dominância (DoA) em
m²/ha, por tratamentos (CR, CS1, CS2 e CS3), na Unidade Experimental Venâncio Zacarias, em
Macau/RN.
900 4.0 700 4.0
800 3.5 CS1 - DA 3.5
CR - DA 600
700 3.0 CS1 - DoA 3.0
CR - DoA 500
600
N° indivíduos

N° indivíduos
2.5 2.5
500 400

m²/ha

m²/ha
2.0 2.0
400 300
A.300 1.5 B. 1.5
200
200 1.0 1.0
100 0.5 100 0.5
0 0.0 0 0.0
3.7 7.2 10.7 14.2 17.7 21.2 24.7 28.2 31.7 3.7 7.2 10.7 14.2 17.7
Centros de classe DAP (cm) Centros de classe DAP (cm)

450 4.0 800 5.0


CS3 - DA
400 CS2 - DA 3.5 700
350 3.0 600 CS3 - DoA 4.0
CS2 - DoA
300
N° indivíduos

N° indivíduos

2.5 500 3.0


250
m²/ha

m²/ha
2.0 400
200
1.5 300 2.0
150
100 1.0 200
1.0
50 0.5 100
0 0.0 0 0.0
3.7 7.2 10.7 14.2 17.7
C. D. Centros de classe DAP (cm)
Centros de classe DAP (cm)

A representação gráfica sugere distribuições diamétricas similares ao “J-invertido”,


comum em áreas de floresta nativa (LIMA e LEÃO, 2013). Para Meyer et al. (1961), a
distribuição diamétrica em florestas naturais deveria ser sempre balanceada, onde o estoque
em desenvolvimento tende a conservar a diversidade, havendo decréscimo progressivo
constante do número de indivíduos por classe.

5.3. Estrutura Horizontal e Vertical

Os parâmetros fitossociológicos calculados demonstraram elevada importância das


espécies P. moniliformis, C. pyramidale e C. leptophloeos para o CR, somando 70,6% do VI;
P. moniliformis, C. pyramidale e C. blanchetianus para CS1, CS2 e CS3, com VI acumulado
de 75,0%, 73,4% e 74,0%, respectivamente (Tabela 7).

31
Tabela 7. Parâmetros fitossociológicos calculados após 26 anos da aplicação dos tratamentos
silviculturais da Unidade Experimental Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
CR – Corte raso
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 76 633 40,86 0,2615 2,1791 52,22 36,58 46,54
Cenostigma pyramidale 55 458 29,57 0,0974 0,8120 19,46 21,90 24,51
Commiphora leptophloeos 4 33 2,15 0,0885 0,7376 17,67 12,16 9,91
Croton blanchetianus 31 258 16,67 0,0081 0,0675 1,62 11,65 9,14
Manihot glaziovii 7 58 3,76 0,0264 0,2202 5,28 6,72 4,52
Piptadenia retusa 8 67 4,30 0,0178 0,1484 3,56 6,32 3,93
Aspidosperma pyrifolium 4 33 2,15 0,0003 0,0028 0,07 2,59 1,11
Guapira laxa 1 8 0,54 0,0006 0,0054 0,13 2,07 0,33
Total 186 1.550 100 0,5007 4,1729 100 100 100
CS1 – Corte seletivo (DNB < 15 cm)
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 72 600 34,45 0,2391 1,9928 57,72 36,60 46,08
Cenostigma pyramidale 33 275 15,79 0,1089 0,9077 26,29 19,91 21,04
Croton blanchetianus 76 633 36,36 0,0056 0,0468 1,36 18,46 18,86
Piptadenia retusa 18 150 8,61 0,0495 0,4121 11,94 10,77 10,27
Jatropha mollissima 2 17 0,96 0,0066 0,0551 1,60 2,81 1,28
Manihot glaziovii 3 25 1,44 0,0023 0,0189 0,55 2,62 0,99
Sarcomphalus joazeiro 2 17 0,96 - 0,0000 - 2,28 0,48
Guapira laxa 1 8 0,48 0,0015 0,0121 0,35 2,24 0,41
Mimosa ophthalmocentra 1 8 0,48 0,0004 0,0037 0,11 2,16 0,29
Commiphora leptophloeos 1 8 0,48 0,0004 0,0035 0,10 2,15 0,29
Total 209 1.742 100 0,4143 3,4527 100 100 100
CS2 – Corte seletivo (DNB > 10 cm)
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 63 525 33,33 0,2782 2,3181 51,34 33,78 42,34
Croton blanchetianus 80 667 42,33 0,0086 0,0717 1,59 20,19 21,96
Cenostigma pyramidale 33 275 17,46 0,1302 1,0847 24,03 19,38 20,74
Commiphora leptophloeos 4 33 2,12 0,1129 0,9411 20,84 13,21 11,48
Manihot glaziovii 3 25 1,59 0,0036 0,0302 0,67 4,46 1,13
Mimosa ophthalmocentra 2 17 1,06 0,0060 0,0503 1,11 2,58 1,09
Piptadenia retusa 2 17 1,06 0 0 0 2,20 0,53
Sarcomphalus joazeiro 1 8 0,53 0,0018 0,0154 0,34 2,14 0,43
Jatropha mollissima 1 8 0,53 0,0004 0,0034 0,08 2,05 0,30
Total 189 1.575 100 0,5418 4,5149 100 100 100
CS3 – Corte seletivo (DNB entre 5 e 10 cm)
DoA DoR
Espécies N DA (n/ha) DR (%) G (m²) VI (%) VC (%)
(m²/ha) (%)
Pityrocarpa moniliformis 71 592 31,70 0,3709 3,0910 61,22 35,97 46,46
Cenostigma pyramidale 48 400 21,43 0,1365 1,1371 22,52 19,65 21,98
Croton blanchetianus 81 675 36,16 0,0240 0,2000 3,96 18,37 20,06
Commiphora leptophloeos 9 75 4,02 0,0321 0,2675 5,30 8,11 4,66
Jatropha mollissima 2 17 0,89 0,0027 0,0227 0,45 3,78 0,67
Piptadenia retusa 4 33 1,79 0,0189 0,1571 3,11 3,30 2,45
Mimosa ophthalmocentra 1 8 0,45 0,0143 0,1192 2,36 2,60 1,40
Cnidoscolus quercifolius 3 25 1,34 0,0009 0,0075 0,15 2,16 0,74
Bauhinia cheilantha 2 17 0,89 0,0017 0,0140 0,28 2,06 0,59
Croton nepetifolius 2 17 0,89 0,0013 0,0109 0,22 2,04 0,55
Manihot glaziovii 1 8 0,45 0,0026 0,0217 0,43 1,96 0,44
Total 224 1.867 100 0,6058 5,0487 100 100 100
Legenda: N – número de indivíduos; DA – densidade absoluta; DR – densidade relativa; G – área basal; DoA –
dominância absoluta; DoR – dominância relativa; VI – valor de importância; VC – valor de cobertura.

32
Verificou-se uma densidade mínima de 1.550 ind ha-1 para o tratamento CR e, máxima,
de 1.867 ind ha-1 para CS3. Esses valores são considerados baixos quando comparados a
outras áreas de FTSS (SANTANA et al., 2016; LIMA e COELHO, 2018; COSTA, 2020; SOUZA
et al., 2020). Pereira Júnior et al. (2016), por exemplo, calcularam uma densidade de 3.738
ind ha-1 para um fragmento com 35 anos de regeneração, em Iguatu/CE, com clima semiárido
quente e precipitação média de 867 ± 304 mm ano-1; enquanto Lopes (2018) estimou 4.389 ±
578 ind. ha-1 em um fragmento com oito anos de regeneração, no município de General
Sampaio/CE, área de clima semiárido quente, com precipitação média anual de 780 mm.
Considerando os anos decorridos de regeneração natural, as baixas densidades
podem ser justificadas por fatores antrópicos, como a presença de bovinos e ovinos na área,
conforme relataram os moradores das adjacências, e a existência de trilhas estreitas, feitas
por caçadores locais. Em uma área de Caatinga antropizada, utilizada para pastejo de bovinos
e ovinos durante 5 anos, em Buíque/PE, cuja temperatura média anual é de 23°C e
precipitação de 300-500 mm, Cavalcante et al. (2020) concluíram que a atividade antrópica
causou redução na atividade enzimática da β-glicosidase, urease e arilsulfatase, diminuindo
a disponibilidade de água no solo durante o período chuvoso.
Considerando como parâmetro o valor de importância (VI), destacaram-se as
espécies: Pityrocarpa moniliformis, Cenostigma pyramidale e Croton blanchetianus, cuja
significância é comum em estudos na Caatinga (FERRAZ et al., 2013; LIMA e COELHO, 2018;
COSTA, 2020; SOUZA et al., 2020), demonstrando a importância desses táxons na
composição florística e estrutural do Bioma. Ao considerar a disposição das espécies na
comunidade vegetal (Figura 4), por exemplo, nota-se a formação de dois grupos, onde o
primeiro grupo abrange as referidas espécies, cujos valores de importância somam 73,07%
da fitossociologia geral.
Foi possível observar a elevada abundância da espécie P. moniliformis (Catanduva)
em todos os tratamentos, de acordo com o gradiente de cores da Figura 4. Trata-se de
ocorrência contínua ao longo dos anos, pois, de acordo com Araújo e Silva (2010), as espécies
Catanduva e Marmeleiro apresentavam as maiores dominâncias e abundâncias nesta área,
em 2004.

33
Figura 4. Dendrograma de agrupamento (distância euclidiana) de dominância das espécies na Unidade
Experimental Venâncio Zacarias, em Macau/RN.

A diferença estrutural entre os tratamentos foi confirmada pela análise estatística dos
dados de área basal e volume (Tabela 8). As menores médias foram verificadas para o CR,
enquanto os cortes seletivos, principalmente CS2 e CS3, expressaram valores significativos
e superiores.

Tabela 8. Análise de variância e comparação de médias para os dados de dominância (DoA), volume
real e empilhado (Vr e Vst).
Tratamento DoA (m² ha-1) Vr (m³ ha-1) Vst (st ha-1)
CR 0.0337 b 0.1202 c 0.4100 c
CS1 0.0356 a 0.1272 b 0.4337 b
CS2 0.0519 a 0.2455 a 0.8371 a
CS3 0.0478 a 0.1943 b 0.6627 b
P-valor 0.00484 0.00052 0.00052

Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Mann-Whitney a 5% de
probabilidade.

As menores proporções de dominância e rendimento lenhoso observados no CR e


CS1 podem estar associadas à semelhança desses tratamentos silviculturais, uma vez que
ambos resultaram em uma remoção de 100% e 96% da cobertura vegetal, respectivamente.

34
Com isso, denota-se o efeito negativo do corte raso sobre o estoque de biomassa lenhosa na
área.
De modo semelhante, a análise de agrupamento demonstrou distinção entre os
parâmetros de composição florística e de abundância entre os tratamentos. A Figura 5A
evidencia a dissimilaridade entre CR e os demais tratamentos em relação à abundância;
enquanto, na Figura 5B, se observa maior similaridade em termos de composição florística
entre CR e CS1 e maior distanciamento de CS2 e CS3. Possivelmente devido a semelhança
destes tratamentos na remoção de 100% e 96%, respectivamente, da cobertura vegetal da
área, provocando alterações na dinâmica sucessional das espécies arbóreas, como
predomínio de espécies pioneiras.

Figura 5. Dendrogramas de agrupamento dos tratamentos na Unidade Experimental Venâncio


Zacarias, em Macau/RN, para os parâmetros de abundância (A), pelo índice de similaridade de Bray-
Curtis, e composição florística (B), pelo índice de similaridade de Jaccard.

A. B.

Os tratamentos CS2 e CS3 obtiveram as melhores médias de área basal e volume


(Tabela 8), demonstrando maior similaridade em composição (Figura 5) e estrutura. A
manutenção da cobertura do solo nesses tratamentos pode ter favorecido o seu processo
regenerativo, por meio do desenvolvimento dos indivíduos remanescentes. Um exemplo disso
são as maiores dominâncias da espécie C. leptophloeos nestes blocos, cuja ocorrência é mais
abundante em ambientes equilibrados (ANDRADE et al. 2005).
Notadamente, os efeitos antropogênicos e edafoclimáticos também refletiram sobre a
estrutura vertical da cobertura florestal. Em geral, valores fitossociológicos (VF) maiores foram
obtidos para o estrato inferior, formado pelas árvores abaixo de 2,5 m (Tabela 9). A escassez
de indivíduos no estrato superior, observada para CR e CS1, corrobora com os dados de área
basal e volume, reforçando a predominância dos estratos arbustivo e subarbustivo e
sugerindo uma menor dinâmica de regeneração e menor capacidade de desenvolvimento
vertical, mesmo após 26 anos da exploração. Em contrapartida, o maior VF no estrato superior

35
foi observado para o tratamento CS3, indicando a existência de maior número de indivíduos
e espécies com altura ≥ 4,7 m quando comparado aos demais tratamentos.

Tabela 9. Dados da Posição Sociológica das espécies entre os tratamentos da UE Venâncio Zacarias,
em Macau/RN.
CR – Corte raso
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
P. moniliformis 76 3 65 8 59.68 4857.53 43.01 4960.22 44.38
C. pyramidale 55 11 44 218.82 3288.17 3506.99 31.38
C. blanchetianus 31 19 12 377.96 896.77 1274.73 11.40
M. glaziovii 7 7 523.12 523.12 4.68
P. retusa 8 1 6 1 19.89 448.39 5.38 473.66 4.24
C. leptophloeos 4 3 1 224.19 5.38 229.57 2.05
G. laxa 4 3 1 59.68 74.73 134.41 1.20
A. pyrifolium 1 1 74.73 74.73 0.67
Total 186 37 139 10 736.022 10387.6 53.76 11177.4 100
CS1 – Corte seletivo (DNB < 15 cm)
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
P. moniliformis 72 8 60 4 317.70 3272.73 22.97 3613.40 37.71
C. blanchetianus 76 70 6 2779.90 327.27 3107.18 32.42
C. pyramidale 33 2 29 2 79.43 1581.82 11.48 1672.73 17.45
P. retusa 18 1 11 6 39.71 600.00 34.45 674.16 7.03
M. glaziovii 3 3 163.64 163.64 1.71
J. mollissima 2 2 109.09 109.09 1.14
S. joazeiro 2 2 79.43 79.43 0.83
C. leptophloeos 1 1 54.55 54.55 0.57
G. laxa 1 1 54.55 54.55 0.57
M. ophthalmocentra 1 1 54.55 54.55 0.57
Total 209 83 114 12 3296.17 6218.18 68.90 9583.25 100
CS2 – Corte seletivo (DNB > 10 cm)
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
C. blanchetianus 80 69 11 3285.71 413.23 3698.94 50.20
P. moniliformis 63 5 39 19 238.10 1465.08 281.48 1984.66 26.94
C. pyramidale 33 12 15 6 571.43 563.49 88.89 1223.81 16.61
M. glaziovii 3 1 2 47.62 75.13 122.75 1.67
C. leptophloeos 4 2 2 75.13 29.63 104.76 1.42
P. retusa 2 2 95.24 95.24 1.29
M. ophthalmocentra 2 1 1 37.57 14.81 52.38 0.71
S. joazeiro 1 1 47.62 47.62 0.65
J. mollissima 1 1 37.57 37.57 0.51
Total 189 90 71 28 4285.71 2667.20 414.81 7367.72 100
CS3 – Corte seletivo (DNB entre 5 e 10 cm)
Espécies N 1-INF 2-MÉD 3-SUP VF1 VF2 VF3 PSA PSR
C. blanchetianus 81 63 18 2475.00 851.79 3326.79 37.48
P. moniliformis 71 8 40 23 314.29 1892.86 308.04 2515.18 28.34
C. pyramidale 48 11 36 1 432.14 1703.57 13.39 2149.11 24.22
C. leptophloeos 9 2 5 2 78.57 236.61 26.79 341.96 3.85
C. quercifolius 3 2 1 78.57 47.32 125.89 1.42
B. cheilantha 2 2 94.64 94.64 1.07
J. mollissima 2 2 94.64 94.64 1.07
P. retusa 4 1 3 47.32 40.18 87.50 0.99
C. nepetifolius 2 2 78.57 78.57 0.89
M. glaziovii 1 1 47.32 47.32 0.53
M. ophthalmocentra 1 1 13.39 13.39 0.15
Total 224 88 106 30 3457.14 5016.07 401.79 8875.00 100
Legenda: N – número de indivíduos; INF – estrato inferior; MÉD – estrato médio; SUP – estrato superior; VF – valor
fitossociológico; PSA – posição sociológica absoluta; PSR – posição sociológica relativa

36
5.4. Dinâmica Florestal

Ao comparar as mudanças temporais sobre os parâmetros de densidade, dominância


e volume da vegetação entre os tratamentos, nota-se menores valores gerais para a área
submetida ao corte raso, em detrimento aos sistemas de corte seletivo (Tabela 10). Embora o
CR tenha recuperado e superado a densidade inicial de indivíduos aos 9 anos de
regeneração, a dominância atingida correspondia a 65%, enquanto o volume era 37% do
original.

Tabela 10. Mudanças ao longo de 26 anos de regeneração nos parâmetros de densidade (ind./ha),
dominância (m²/ha) e volume (m³/ha) dos tratamentos da UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN.

1995 1996 2004 2007 2011 2015 2021


Inicial Pós-corte 9 anos de 12 anos de 16 anos de 20 anos de 26 anos de
regeneração regeneração regeneração regeneração regeneração

N (Ind./ha)
CR 1000 - 1225 1225 1200 1625 1525
CS1 1100 50 1550 1963 2000 2800 1813
CS2 950 338 1475 1525 1638 1950 1475
CS3 1088 838 1525 1625 1450 1813 1638

DoA (m²/ha)
CR 4,41 - 2,87 2,47 4,87 7,06 7,35
CS1 3,78 0,77 4,94 5,67 8,70 7,78 6,92
CS2 4,14 0,68 7,14 5,59 8,06 8,86 10,77
CS3 4,42 2,87 8,83 9,38 8,84 9,42 9,83

V (m³/ha)
CR 19,44 - 7,20 6,32 15,60 22,96 26,34
CS1 18,02 4,02 21,37 24,37 37,53 27,94 27,38
CS2 19,86 2,67 35,29 21,45 31,28 34,82 55,09
CS3 20,20 13,08 46,09 45,25 41,56 41,00 46,04

O monitoramento da vegetação compreende medições realizadas a partir do ano de


1995 (momento anterior ao corte), intercorrendo 26 anos de regeneração natural. Assim, ao
comparar os estoques de biomassa lenhosa em cada tratamento, ao longo dos anos de
monitoramento (Figura 6), é possível inferir sobre a dinâmica de recuperação da vegetação e
as alterações estruturais entre os períodos.

37
Figura 6. Comparação da área basal (A – m²/ha) e do volume (B – m³/ha) de cada tratamento nos anos
de monitoramento na UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
12.00

10.00

Área Basal (m²/ha)


8.00

6.00

4.00

2.00

0.00
CR CS1 CS2 CS3
1995 1996 2004 2007 2011 2015 2021
A.
60.0

50.0
Volume (m³/ha)

40.0

30.0

20.0

10.0

0.0
CR CS1 CS2 CS3
1995 1996 2004 2007 2011 2015 2021
B.

A princípio, observa-se que a área submetida ao manejo por corte raso apresentou
recuperação do estoque volumétrico inicial somente após 20 anos de regeneração. Com
efeito, ainda no período de 2011 (16 anos após o corte) a vegetação lenhosa havia recuperado
o valor inicial de área basal, porém, o volume atingido foi de 80%. Quando comparado ao
crescimento expressivo nos tratamentos CS2 e CS3, denota-se os efeitos do corte raso sobre
o estrato lenhoso e a inviabilidade deste sistema em ciclos de 15 anos nesta área, assim como
em sítios semelhantes a este.
O incipiente desenvolvimento da área submetida ao corte raso, principalmente entre
2004-2011 (Figura 6), pode ser atribuído, dentre outros fatores, à exposição do solo às
intempéries climáticas, causada pela remoção total da cobertura vegetal. Segundo Guerra et
al. (1982), a redução na proteção do solo (provocando alta incidência solar, temperaturas
elevadas e redução da umidade) torna o ambiente edáfico menos favorável à sobrevivência
e reprodução dos organismos.

38
Em uma área de FTS sob manejo por corte raso, no Ceará, de clima semiárido quente
e precipitação anual média de 744 mm, Lopes et al. (2020) constataram que a vegetação
alcançou o estoque médio da biomassa original aos 8 anos de regeneração. Contudo, embora
o estoque inicial tenha sido recuperado 7 anos antes do ciclo de corte, a cobertura vegetal
ainda era bastante jovem, com maior parte da biomassa ocupando a primeira classe de
diâmetro (2-5,99 cm). Neste estágio, conforme apontam os autores, a exploração resultaria
em uma biomassa de baixa qualidade, com elevada presença de fustes finos, ocasionando
perdas na eficiência energética (YAN et al., 2018).
Examinando a Figura 6, notou-se que a recuperação dos valores originais se deu,
inicialmente, para os tratamentos CS2 e CS3, aos 9 anos de regeneração. Araújo e Silva
(2010), ao comparar os levantamentos de 1995 e 2004 nesta área, relataram que a
recuperação do volume cilíndrico no tratamento CS3 provavelmente não se deu em virtude
do aumento do número de fustes e, sim, devido ao crescimento dos indivíduos mantidos na
área, ou seja, aqueles com DNB intermediário (acima de 5 cm e abaixo de 10 cm).
Um outro aspecto evidente na Figura 6, sobretudo nos tratamentos CS2 e CS3, foi a
projeção dos resultados de 2021 que superam, em média, 1,5 e 1,3 vezes, respectivamente,
os dados de 1996. Essa ocorrência corrobora com as observações de Lopes et al. (2020),
evidenciando que os estoques originais de biomassa lenhosa não correspondem ao potencial
máximo de biomassa arbustivo-arbórea explorável na área. Sobre isso, Riegelhaupt et al.
(2010), já haviam questionado o uso exclusivo desse critério, tendo em vista, por exemplo, a
ausência de parâmetros que atestem que o estoque inicial encontrado em uma certa área
corresponde ao estoque máximo que o sítio pode atingir.
Neste sentido, ao considerar o histórico produtivo local, segundo relatos dos
moradores locais, a área atualmente ocupada pela Unidade Experimental fazia parte dos
hectares de cultivo de algodão da Fazenda Bela Vista, encerrado na década de 1980. Assim,
assumindo este período como marco final das lavouras da propriedade – um reflexo também
da crise provocada pela “praga do bicudo” no Nordeste, que culminou na redução acentuada
dessa cultura no final da década de 1980 (BRASIL, 2007); com isso, a vegetação nativa
mensurada no ano de 1995 consistia, na verdade, em uma cobertura vegetal secundária não
ultrapassando 15-20 anos de regeneração.
Logo, se o estoque inicial amostrado correspondia a uma vegetação ainda em
regeneração, cuja estabilidade/maturidade provavelmente não foi atingida, por que utilizá-lo
como um nível a ser alcançado? No aspecto econômico, a produtividade anual estaria sendo
pautada em um critério deficiente. Em razão disso, Lopes et al. (2020) sugerem que a
definição dos ciclos de corte deveria ser sustentada, ainda, pela avaliação da biodiversidade
e a ocorrência de biomassa nas classes superiores de diâmetro.

39
Por outro lado, quanto às alterações estruturais observadas na unidade experimental,
houve distinção acentuada entre os tratamentos, ao longo do monitoramento. No período de
2004-2007, embora CR e CS2 não tenham sofrido mudança no número de indivíduos, houve
mudança negativa na área basal desses tratamentos, associada a perdas maiores do que
ganhos (Figura 7). Entre 2007-2011, houve maior mortalidade para CR e CS3, contudo, as
perdas foram compensadas pelo recrutamento e pelo desenvolvimento das sobreviventes,
respectivamente. De 2011 a 2015, somente o CR não sofreu mudança negativa em densidade
e dominância, tendo em vista que, embora o recrutamento tenha sido alto em todos os
tratamentos, as taxas de mortalidade e de perdas foram superiores. Em contrapartida, no
período de 2015-2021, houve maior incremento no CS3, em comparação aos demais
tratamentos que apresentaram mudança negativa tanto em número de indivíduos, quanto em
área basal.
Figura 7. A-D. Taxas de mortalidade, recrutamento e mudança no número de indivíduos (% ano-1),
combinadas à taxa de mudança na área basal (eixo secundário, em % ano-1), para cada período de
monitoramento compreendido entre as ocasiões de 9 a 26 anos pós-aplicação dos tratamentos
silviculturais na EU Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
15.0 2004-2007 (9 a 12 anos de regeneração) 15.0 25.0 2007-2011 (12 a 16 anos de regeneração) 25.0

10.0 10.0 20.0 20.0

5.0 5.0 15.0 15.0

0.0 0.0
10.0 10.0
CR CS1 CS2 CS3
-5.0 -5.0
5.0 5.0
-10.0 -10.0
0.0 0.0
-15.0 -15.0 CR CS1 CS2 CS3
Taxa de mortalidade (%) -5.0 Taxa de mortalidade (%) -5.0
-20.0 -20.0
Taxa de recrutamento (%) Taxa de recrutamento (%)
Taxa de mudança NI (%) Taxa de mudança NI (%)
Taxa de mudança G (%) B. Taxa de mudança G (%)
A.

30.0 2011-2015 (16 a 20 anos de regeneração) 30.0 20.0 2015-2021 (20 a 26 anos de regeneração) 20.0
25.0 25.0
15.0 15.0
20.0 20.0
10.0 10.0
15.0 15.0
5.0 5.0
10.0 10.0
5.0 5.0 0.0 0.0
CR CS1 CS2 CS3
0.0 0.0 -5.0 -5.0
CR CS1 CS2 CS3
-5.0 -5.0
-10.0 -10.0
-10.0 -10.0
Taxa de mortalidade (%) -15.0 Taxa de mortalidade (%) -15.0
Taxa de recrutamento (%) Taxa de recrutamento (%)
Taxa de mudança NI (%) Taxa de mudança NI (%)

C. Taxa de mudança G (%) D. Taxa de mudança G (%)

40
As elevadas taxas de perda em área basal para CR e CS2, no período de 2004-2007,
podem estar associadas à mortalidade dos fustes em indivíduos multiperfilhados. Semelhante
ao observado por Silva et al. (2020), em uma área de Caatinga submetida ao corte raso no
ano de 1993, em Bom Jesus/PI, com temperatura média de 26,7°C e pluviosidade média
anual de 1002 mm, a exploração resultou em inúmeras rebrotas no mesmo toco, formando
perfilhos; isto gerou uma elevada competição, provocando, com o tempo, a morte de vários
fustes e a redução da área basal.
Além disso, estudos sugerem que distúrbios sobre a vegetação lenhosa da Caatinga
podem afetar a produção de serapilheira e, consequentemente, alterar a dinâmica de ciclagem
de nutrientes (ARAÚJO et al., 2020). Isso porque o componente lenhoso é responsável pelo
acúmulo diferenciado de serrapilheira, promovendo heterogeneidade do solo (REYNOLDS et
al., 1999; ARAÚJO et al., 2020).
Os impactos causados pela remoção total da vegetação sobre a dinâmica do solo
podem superar os aspectos de produtividade e aporte nutricional. Matos et al. (2019), ao
analisar a influência de diferentes tipos de manejo florestal sobre a macrofauna edáfica em
uma área Caatinga arbórea, com temperatura média anual de 23°C e precipitação anual entre
596 e 679 mm, em Contendas do Sincorá, na Bahia, observaram a ausência do grupo
Blattodea na área sob corte raso, mesmo na época chuvosa. Isso porque esses insetos
costumam se abrigar em locais úmidos, como cascas e serrapilheira, e a remoção da
cobertura vegetal provocou maior incidência solar no solo e ausência de fornecimento
contínuo de serrapilheira. Matos et al. (2019) estimaram, ainda, maiores riquezas nas áreas
sob corte seletivo por diâmetro e por espécie. Os autores atribuem tais resultados à
manutenção da cobertura do solo e melhores condições de temperatura e umidade,
favorecendo a dinâmica dos organismos edáficos.
Entre 2004 e 2007, a permanência de matrizes (indivíduos com DNB acima de 15 cm)
na área do CS1 pode ter possibilitado uma elevada taxa de recrutamento pela dispersão de
sementes que, aliada à mortalidade de apenas 1 árvore, conferiu destaque ao tratamento. Já
no período de 2007-2011, as elevadas taxas de mortalidade do CR e CS3 resultaram em
perdas significativas da área basal; porém, o CR apresentou elevado incremento dos
sobreviventes e recrutas, compensando, assim, suas perdas. A partir do intervalo de 2011-
2015, se observa mudanças acentuadas nos tratamentos, com aumento nas taxas de
mortalidade e recrutamento, possivelmente relacionadas à idade dos indivíduos
remanescentes (cortes seletivos).
De modo geral, o incipiente desenvolvimento geral da vegetação, mesmo após
decorridos 26 anos desde a exploração, pode ser atribuído aos efeitos antrópicos e
edafoclimáticos do sítio. De acordo com Diniz e Pereira (2015), Macau é a cidade litorânea

41
mais seca do Brasil, com precipitação média anual de 537,6 mm. Localiza-se, por sua vez, no
Litoral Setentrional potiguar, considerado o trecho mais seco da costa brasileira. Além disso,
os solos predominantes na região são: Neossolo Quartzarênico, Gleissolos e Latossolo
Vermelho-Amarelo Eutrófico (IDEMA, 2008); em sua maioria, solos de baixa fertilidade, alta
salinidade e pH ácido, ou seja, características determinantes na qualidade do sítio.
Ao associar os índices de precipitação, nos anos de coleta, aos valores de área basal
e incremento médio da vegetação, nota-se relação entre as variáveis (Figura 8). Nos anos de
2007 e 2021 houve menores valores de incremento médio, o que corrobora com o défice
hídrico considerável na região de Macau/RN nos anos que antecederam este período, além
de corroborar com as altas taxas de mortalidade observadas nas Figuras 7C e 7D, em
decorrência das baixas registradas no intervalo de 2012 a 2019.

Figura 8. Série de precipitação (mm ano-1), entre os anos de coleta, combinada aos valores de área
basal (m²/ha) e incremento médio (m²/ha) da vegetação na UE Venâncio Zacarias, em Macau/RN.
Fonte: EMPARN (2022).
1200 5.0
4.5
1000 4.0
800 3.5
(mm.ano-1)

3.0

(m²/ha)
600 2.5
2.0
400 1.5
200 1.0
0.5
0 0.0

Incremento médio (m²/ha) Área Basal (m²/ha) Precipitação acumulada (mm)

Para Lambers et al. (2008), a dinâmica de recrutamento e estabelecimento de


espécies em uma dada área é influenciada por três filtros: o histórico, relacionado às
síndromes de dispersão que acarretam a chegada ou não do propágulo; o fisiológico e o
biótico, associados à capacidade da espécie em germinar, crescer, se reproduzir, competir e
ocupar a área. Estes filtros estão constantemente mudando e interagindo.
Em razão disso, conforme mencionado por Lucena et al. (2016), é fundamental o
conhecimento dos impactos gerados pelos diferentes sistemas silviculturais sobre a produção
e a qualidade da serrapilheira, as condições dos bancos de sementes do solo, as
características edáficas e a forma como o manejo pode afetar a capacidade de regeneração
da comunidade; especialmente no que se refere aos recursos florestais da Caatinga, tendo
em vista o avançado processo de degradação das suas fisionomias.

42
Conclusões
_____________________________

43
6. CONCLUSÕES

A área de Caatinga avaliada se mostrou ainda em regeneração, indicando, pelos


parâmetros examinados, que diferentes tipos de manejo afetam distintamente a vegetação
explorada, podendo limitar ou estimular o seu processo regenerativo.
A hipótese de prevalência do sistema de corte seletivo sobre o corte raso foi aceita,
sobretudo nos tratamentos CS2 e CS3, tendo em vista o impacto do corte raso nos aspectos
estruturais da vegetação.
A dinâmica florestal aponta à insuficiência do ciclo de corte de 15 anos quando aplicado
corte raso, comum em PMFS no Rio Grande do Norte, quanto à recuperação da cobertura
florestal nesta região.

44
Literatura Citada
_____________________________

45
7. LITERATURA CITADA

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59
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 11/04/2022

HOMOLOGAÇÃO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Nº 2/2022 - PPGCF/EAJ/UFRN (11.22.57)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 11/04/2022 13:06 )


(Assinado digitalmente em 11/04/2022 16:43 )
JULIANA LORENSI DO CANTO
ALAN CAUÊ DE HOLANDA
PROFESSOR DO MAGISTERIO SUPERIOR
ASSINANTE EXTERNO
EAJ (11.22)
CPF: 049.666.234-13
Matrícula: 1698809

(Assinado digitalmente em 11/04/2022 20:51 ) (Assinado digitalmente em 12/04/2022 10:39 )


REGIS VILLANOVA LONGHI EMANUEL ARAÚJO SILVA
ASSINANTE EXTERNO ASSINANTE EXTERNO
CPF: 014.068.270-88 CPF: 049.795.064-29

Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ufrn.br/documentos/ informando seu número: 2
, ano: 2022, tipo: HOMOLOGAÇÃO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, data de emissão: 11/04/2022 e o
código de verificação: 8de8702014

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