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novas relações
08 de junho de 2020
Comissão científica
Mirela Miró Ziliotto (PUCPR)
Bruna Lietz (PUCRS)
Gabriel Percegona Santos (UFPR)
Guilherme Carvalho Passos (PUCPR)
Pedro Andrade Guimarães Filho (PUCPR)
Marcelo Bertoncini (PUCPR)
Antonio Carlos Gonçalves Filho (UFPR)
Larissa Milkiewicz (PUCPR)
Mariana Gmach Philippi (PUCPR)
Pâmela Varaschin Prates (PUCPR)
Deise dos Santos Nascimento (UFPR)
Bruna Antunes Ziliotto (PUCPR)
Bruno Castro (PUCPR)
Lucas Hinckel Teider (PUCPR)
Wanessa Ramos (PUCPR)
Thiago Barcik Lucas de Oliveira (PUCPR)
Everton Jonir Fagundes Menengola (PUCPR)
Oksandro Osdival Gonçalves (PUCPR)
Lucas Henrique Muniz da Conceição (Birkbeck – Londres)
E56
Encontro de Direito & Novas Tecnologias: os desafios a partir das
novas relações (1 : 2020 : Paraná, PR).
Anais [recurso eletrônico] / Encontro de Direito & Novas
Tecnologias: os desafios a partir das novas relações, 08 de junho
de 2020. – Paraná: PUCPR, 2018.
ISBN 978-65-86052-22-0
APOIO
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Registro e Catalogação
GRAMMA EDITORA
www.grammaeditora.com
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 14
OS IMPACTOS DAS FAKE NEWS NOS PROCESSOS ELEITORAIS DEMOCRÁTICOS .............. 216
Sabrina Barbosa Paiva
Aline Rodrigues de Sales
APRESENTAÇÃO
O
Encontro de Direito e Novas Tecnologias: os desafios a partir das novas
relações, realizado em 08 de junho de 2020, foi idealizado em um momento
atípico pelo qual passa a humanidade: a pandemia da COVID-19
(Coronavírus).
Além das exposições, foram apresentados mais de 100 (cem) resumos, cujos
autores demonstraram grande competência e entusiasmo ao tratarem de temas
atinentes à temática central do evento: Direito e Tecnologia.
agradecimentos aos avaliadores: Mirela Miró Ziliotto (PUCPR); Bruna Lietz (PUCRS);
Gabriel Percegona Santos (UFPR); Guilherme Carvalho Passos (PUCPR); Pedro
Andrade Guimarães Filho (PUCPR); Marcelo Bertoncini (PUCPR); Antonio Carlos
Gonçalves Filho (UFPR); Larissa Milkiewicz (PUCPR); Mariana Gmach Philippi
(PUCPR); Lucas Henrique Muniz da Conceição (Birkbeck – Londres); Pâmela
Varaschin Prates (PUCPR); Deise dos Santos Nascimento (UFPR); Bruna Antunes
Ziliotto (PUCPR); Bruno Castro (PUCPR); Lucas Hinckel Teider (PUCPR); Wanessa
Ramos (PUCPR); Thiago Barcik Lucas de Oliveira (PUCPR); e Everton Menegola
(PUCPR).
1
Flávia Potcker Duque
2
Cinthia Obladen de Almendra Freitas
RESUMO
REFERÊNCIAS
BÂRA, Adela; SIMONCA, Iuliana; BELCIU, Anda; NEDELCU, Bogdan. Exploring data in
human resources big data. Database systems journal, Bucareste, v. 6, n. 3, p. 3-10,
2015. Disponível em: http://www.dbjournal.ro/archive/21/21_1.pdf. Acesso em: 27
maio 2020.
3
Marcos Guilherme Rodrigues Mafra
4
Ana Maria Silveira Sasso Gomes
RESUMO
REFERÊNCIAS
5
Mylena Araújo da Silva
RESUMO
O presente trabalho tem por escopo sugerir uma reflexão crítica acerca do acesso ao
judiciário e a importância da discussão sobre as dificuldades à cobertura de internet
existentes no Brasil considerando as desigualdades sociais e econômicas entre as
regiões. Metodologicamente, fez-se abordagem qualitativa e exploratória com revisão
bibliográfica e documental em livros, teses artigos e dados estatísticos. O estudo tem
o propósito de questionar os reflexos sociais diante da prática forense com as
ferramentas tecnológicas, com especial destaque para a dificuldade de acesso aos
interessados em postular diretamente ao juízo diante do trabalho remoto dos fóruns.
Através disto, analisou-se o contraponto entre o modo que a incorporação da
tecnologia da informação pelo Poder Judiciário proporciona maior agilidade no
processamento das informações permitindo celeridade às demandas e o desafio em
permitir a acessibilidade desse mecanismo às camadas mais vulneráveis através de
um instrumento de facilitação frente à realidade díspar de regiões sem essa
ferramenta de comunicação. A consolidação do acesso à justiça mediante o
implemento do processo eletrônico otimiza os serviços judiciais, trazendo eficácia ao
processo e ampliando a transparência dos atos tomados pelo juízo. O enquadramento
dessas inovações tecnológicas no meio jurídico demanda uma releitura do processo
em conjunto com a observação dos impactos sociais, sejam eles positivos ou
negativos. Analisou-se, através de pesquisa realizada pelo PNAD, que 10,7% das casas
particulares na região Norte não há de telefone e que em 24,4% destes ambientes não
tem serviço de acesso à internet disponível. Com estes dados a problemática se torna
nítida através do empecilho existente nas regiões brasileiras que demonstram o
contraste diante da garantia formal de acesso ao Judiciário. Esse aspecto decorre de
limites com cunho social e econômico resultando na exclusão de cidadãos à
possibilidade de propor demandas perante os órgãos jurisdicionais, direito este
REFERÊNCIAS
ADORNO JÚNIOR, Helcio Luiz; SOARES, Marcele Carine dos Praseres. Processo judicial
eletrônico, acesso à justiça e inclusão digital: os desafios do uso da tecnologia na
prestação jurisdicional. Revista de direito do trabalho, São Paulo, SP, v. 39, n. 151, p.
187-206, maio/jun. 2013.
ROVER, Aires José. O governo eletrônico e a inclusão digital: duas faces da mesma
moeda chamada democracia. In: ROVER, Aires José (Org.). Inclusão digital e governo
eletrônico. Zaragoza: Lefis Series, v. 3, 2008, p. 9-34.
24
6
Carina Deolinda da Silva Lopes
7
Franceli Bianquin Grigoletto Papalia
RESUMO
A presente pesquisa está associada a linha que trabalho os novos desafios nas
relações interpessoais e traz à discussão os meios alternativos de resolução de
conflitos frente uma análise das relações interpessoais. A escuridão que
representamos permanecer ultimamente, imaginando e criando visões de mundo,
fatos e ilusões, efetiva que estamos tratando de uma visão distorcida da realidade,
aspectos bem atuais em nosso dia a dia das relações sociais e interpessoais. A ideia
deste trabalho é trazer ao leitor a importância das formas alternativas de resolução
de conflitos, mais especificamente a mediação e a importância de suas técnicas na
concretização da saída das pessoas em conflito da escuridão em que se encontram,
quando não enxergam nada em sua frente além do problema que envolve uma dada
situação relacional. Visa o presente estudo analisar, ainda, as formas alternativas de
resolução de conflitos, diferenciado os seus procedimentos e forma de interação e
aplicabilidade nos processos judiciais, frente a previsão do Código de Processo Civil e
o entendimento jurisprudencial dos Tribunais, bem como diferenciar a ideia de
justiça restaurativa ao conceito de mediação, uma vez que trata-se de forma de
abrangência pacificadora mais ligada a área criminal. Far-se-á ainda, o
aprofundamento da mediação, examinando seus aspectos procedimentais e
apresentada uma comparação com as análises feitas por Platão. A partir de uma
pesquisa de cunho qualitativo, realizada por meio de levantamento bibliográfico e
documental, relatou-se um apanhado dos dispositivos legais e sua aplicabilidade nos
casos concretos, para ao final buscar averiguar se a medição é uma forma de
educacionais, práticas educativas e suas interfaces” orientada pela Professora Doutora Liliana Soares
Ferreira; Advogada; Juíza leiga da Comarca de Faxinal do Soturno – TJRS; docente e pesquisadora do
grupo de pesquisa Káiros. E-mail: franpapalia@gmail.com.
25
resolução dos conflitos que atende os seus pressupostos necessários para agregar
positivamente junto as relações interpessoais.
REFERÊNCIAS
SPENGLER, Fabiana Marion. Retalhos de mediação. Santa Cruz do Sul: Essere nel
Mondo, 2014.
TJRS. Apelação Cível, Nº 70070492970. Nona Câmara Cível. Relator: Miguel Ângelo da
Silva, Julgado em: 18-11-2016. Disponível em:
https://www.tjrs.jus.br/site/jurisprudencia/. Acesso em: 12. Maio. 2020.
URY, William. O poder do não positivo: como dizer não e ainda chegar ao sim.
Tradução de Regina Lyra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
8
Luiza Berger von Ende
9
Bruna Bastos
RESUMO
8 Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria. Pesquisadora do Centro de Estudos
e Pesquisas em Direito e Internet/UFSM. E-mail: luiza.bergerv@gmail.com.
9 Mestranda em Direitos da Sociedade em Rede pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da
REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. Vigilância Líquida: diálogos com David Lyon. Rio de Janeiro:
Zahar, 2013.
PASQUALE, Frank. The Black Box Society: the secret algorithms that control money
and information. Cambridge: Harvard University Press, 2015.
29
10
Filipe Benevides Mendonça
11
Leonardo Roza Tonetto
RESUMO
As novas tecnologias são responsáveis por modificar o modo de agir do homem sobre
o mundo e sobre sua própria cognição humana. Tecnologia disruptiva é toda aquela
que rompe com modelos produtivos e tecnológicos de uma maneira tão brusca que
muda a própria sociedade. A exemplo da Uber: antes, todos usavam o sistema dos
táxis. Com o advento da uber e sua capacidade de utilizar big data (dados em massa)
de maneira célere e eficiente, o próprio conceito de mobilidade urbana mudou. As
pessoas passaram a se deslocar em locais e horários que eram anteriormente muito
mais complicados para o uso do táxi tradicional. Lado outro, houve uma grande
inundação no mercado com o advento de tais aplicativos, que se lançaram ao mercado
sem antecipação de qualquer regulação estatal, que se viu, posteriormente, compelida
a se adaptar aos novos modelos de negócio. Inovações disruptivas impõem aos
Estados os desafios de decidir quando, por que e até onde regular. Assim, objetiva a
pesquisa, analisar a proposta de uma produção jurídica que explore um novo direito
que seja desenvolvido por estratégias jurídicas eficientes, ou seja, uma nova
epistemologia jurídica capaz de oferecer uma inovação no trato entre direito e
tecnologia. Nesse sentido, a regulação inicial de novas tecnologias deve se deter aos
domínios da garantia da segurança do usuário e do respeito às liberdades
fundamentais. O Direito fundamental nesse caso, atua como meio de prevenção e
gerenciamento de riscos, devendo ter como matriz epistemológica um Paradigma
Científico que seja capaz de observar o fenômeno das Novas Tecnologias e apresentar
respostas que coadunem com os novos fenômenos tecnológicos. Com todo o contexto,
de Iniciação Científica em Direito Constitucional e Direito à igualdade em foco: um estudo dos estatutos
protetivos dos direitos fundamentais de grupos sociais à luz do Estado Constitucional de Direito (raça, pessoa
com deficiência e gênero; integrante do Grupo de Estudos Interdisciplinares entre Direito e Neurociências,
vinculado ao Programa de Mestrado em Psicologia Forense, da UTP. E-mail: lrtonetto18@gmail.com
30
REFERÊNCIAS
CALDANI, Miguel Angel Ciuro. La Estrategia Jurídica, uma Deuda Del Derecho Actual?
2011, p. 57, publicado em Estratégia Jurídicia, Rosario. Disponível em:
http://www.centrodefilosofia.org/IyD/IyD46_6.pdf. Acesso: 01 de junho de 2020.
12
Filipe Benevides Mendonça
13
Leonardo Roza Tonetto
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
A inteligência artificial está cada vez mais relacionada ao mundo do Direito, como
pode se observar da implementação de sistemas pelos Tribunais (Victor do Supremo
Tribunal Federal, Sócrates do Superior Tribunal de Justiça, Elis do Tribunal de Justiça
do Estado de Pernambuco, Radar do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais,
etc.) e pelo setor privado (ROSS Intelligence, por exemplo), o que demanda estudo
próprio voltado ao impacto da referida tecnologia na gestão processual e na teoria
dos atos processuais. A metodologia utilizada foi qualitativa, voltada para a análise
bibliográfica e documental. O objetivo da pesquisa consiste em demonstrar a
constitucionalidade da transcendência do modelo de divisão forte entre atos
processuais judiciais indelegáveis (sentenças, decisão interlocutória e despachos de
mero expediente) e delegáveis (atos ordinatórios), a qual já se percebia na prática
jurisdicional. Assim, com passar do tempo verifica-se que houve um esmaecimento
dos limites entre atos de mero expediente e despachos (art. 203, §3º, do Código de
Processo Civil), haja vista que, por imperativo de eficiência processual (art. 8º do
Código de Processo Civil), muitos juízes delegam atividade típica aos despachos para
a realização por servidores do Judiciário utilizando-se de portarias do Juízo (na forma
do art. 93, XVI, da Constituição Federal). Com a chegada da era da inteligência
artificial processual o referido fenômeno está se intensificando, num movimento sem
volta, de maneira que os atos, antes reservados aos despachos serão cada vez mais
delegados a sistemas automatizados (com algum nível de autonomia computacional).
Dessa forma, causa preocupação nas comunidades jurídica e acadêmica a emergência
de um desenho institucional, sob os prismas constitucional e processual, que
recepcione os benefícios da inteligência artificial processual (celeridade,
REFERÊNCIAS
ALVES, Isabella Fonseca. ALMEIDA, Priscila Brandão de. Direito 4.0: uma análise
sobre inteligência artificial processo e tendências de mercado. In: ALVES, Isabella
Fonseca (org.). Inteligência Artificial e Processo. Belo Horizonte: D’Plácido, 2020, p.
47-71.
CHRISTIAN, Brian. Algoritmos para viver: A ciência exata das decisões humanas.
Tradução: Paulo Geiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, edição do Kindle.
FENOLL, Jordi Nieva. Inteligencia Artificial y Proceso Judicial. Madri: Marcial Pons,
2018.
LINNA JR., Daniel W. What We Know and Need to Know About Legal Startups. South
Carolina Law Review, V. 67, p. 389-417, 2016.
36
RESUMO
introdução disto não deve ser repentina e não sabemos se será bem quista, tendo em
vista que é mais barata, segura e rápida.
REFERÊNCIAS
DRESCHER, Daniel. Blockchian Básico: uma Introdução Não Técnica em 25 Passos, São
Paulo: Novatec, 2018. ISBN: 978-85-7522-672-8.
TAPSCOTT, Don; TAPSCOTT, Alex. Blockchain Revolution: Como a tecnologia por trás
do bitcoin está mudando o dinheiro, o mundo e os negócios. New York: Senai-SP.
2017. ISBN: 978-85-8393-789-0.
38
RESUMO
controle da privacidade), bem como pelo uso de criptografia assimétrica (com pares
de chaves, públicas e privadas).
REFERÊNCIAS
BAIÃO, Renata Barros Souto maior. Lei Geral de Proteção de Dados, direito ao
pagamento, correção de dados e blockchain: análise da pertinência tecnológica.
Cadernos Jurídicos. São Paulo: Escola Paulista da Magistratura, ano 21, n. 53, janeiro-
março/2020. p. 151-162.
FILIPPI, Primavera de; WRIGHT, Aaron. Blockchain and the Law: The Rule of Code.
Cambridge: Harvard University Press, 2018.
REVOREDO, Tatiana. Blockchain: Tudo o que você precisa saber. 1. ed. São Paulo: The
Global Strategy, 2019.
TAPSCOTT, Don; TAPSCOTT, Alex. Blockchain Revolution: como a tecnologia por trás
do Bitcoin está mudando o dinheiro, os negócios e o mundo. São Paulo: Senai, 2016.
TEPEDINO, Gustavo; FRAZÃO, Ana; OLIVA, Milena Donato (Org.). Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais e suas repercussões no Direito Brasileiro. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2019. p. 53-83.
40
RESUMO
internet, o que em outros tempos seria feito por ata notarial. Nesse passo, é notável a
colaboração que a blockchain pode oferecer para as atividades das serventias
extrajudiciais, com mais eficiência (visto que certamente haverá mais agilidade e
redução dos custos), além da segurança das informações e registros, o que
certamente impedirá muitas fraudes e reduzirá as exigências de documentos e
certidões.
REFERÊNCIAS
CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e dos Registradores Comentada. 9. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2014.
REVOREDO, Tatiana. Blockchain: Tudo o que você precisa saber. 1. ed. São Paulo: The
Global Strategy, 2019.
TAPSCOTT, Don; TAPSCOTT, Alex. Blockchain Revolution: como a tecnologia por trás
do Bitcoin está mudando o dinheiro, os negócios e o mundo. São Paulo: Senai, 2016.
42
RESUMO
impõem aos destinatários das ações estatais degrau intransponível na busca pela
concretização das promessas constitucionais.
REFERÊNCIAS
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
REFERÊNCIAS
OLSEN, Ana Carolina Lopes. PAMPLONA, Danielle Anne. Violações a Direitos Humanos
por Empresas Transnacionais na América Latina – Perspectivas de Responsabilização.
Revista Direitos Humanos e Democracia, Editora Inujuí, Ano 7, n° 13, Jan./Jun. 2019.
Disponível em:
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/direitoshumanosedemocracia. Acesso
em: 31 maio 2020.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. 6ed. São Paulo: Saraiva
Educação, 2019.
RUGGIE, John. UN Guiding Principles on Business and Human Rights. Nova York, p. 1-
10, Junho/2011. Disponível em https://www.shiftproject.org/un-guiding-principles/.
Acesso em: 31 maio 2020.
UNITED NATIONS. Convention on the Rights of the Child. Nova York, p.1-15,
Setembro/1990.Disponívelem:https://www.ohchr.org/en/professionalinterest/page
s/crc.aspx. Acesso em: 31 maio 2020.
46
REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. igil ncia líquida: diálogos com David L on. Trad. Carlos Alberto
Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
CAN ILH , José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 7. ed. Coimbra: Livraria
Almedina, 2003.
Marcelo Refosco23
Bárbara Chiodini Axt Hoppe24
RESUMO
23 Autor. Bacharel em Sistemas de Informação pela UFN, acadêmico do 9º semestre do curso de Direito
da Faculdade de Direito de Santa Maria – FADISMA e pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas em
Direito e Internet (CEPEDI) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail:
mrefosco@terra.com.br.
24 Coautora. Advogada e integrante do Centro de Estudos e Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI)
sancionada a Lei 13.718/2018 que tipifica algumas condutas libidinosas como crimes,
que até então não tinham tipificação ou se enquadravam como contravenção penal.
Muitas crianças e adolescentes, na ânsia por novas experiências e pela baixa
autoestima, acabam manipuladas pela conversa dos predadores online e enviam
fotografias íntimas cofiando sua intimidade a um estranho. Para atingir os fins
estipulados, utiliza-se o método de abordagem dedutivo, como método de
procedimento, monográfico e técnica de pesquisa bibliográfica. O presente resumo
está inserido no grupo novos desafios nas relações interpessoais. Conclui-se que
apesar da existência de aplicativos destinados a bloqueios de material pornográfico e
monitoramento da navegação na internet, os mesmos não impedem a troca de fotos e
mensagens dentro das redes sociais. Sendo assim, mesmo que a Lei 13.718, de 2018,
tenha tipificado o crime de divulgar cena de sexo, nudez ou pornografia, acaba sendo
um efeito paliativo e que a melhor forma de evitar a exploração pornográfica não
consentida, até então, continua sendo a prevenção vitimaria e conscientização do
usuário sobre os efeitos do seu comportamento e dos perigos escondidos na internet.
Porém, não será a hora das empresas proprietárias dos aplicativos de redes sociais
olharem mais a fundo essa questão e contribuírem com a sociedade permitindo filtros
que impeçam tal troca de material?
REFERÊNCIAS
CHARON, Joel M.; VIGILANT Lee Garth. Sociologia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
50
SYDOW, Spencer Toth; DE CASTRO, Ana Lara Camargo. Exposição pornográfica não
consentida na internet: da pornografia de vingança ao lucro. Belo Horizonte: Editora
D’Placido: 20 7.
51
25
Larissa Rocha de Paula Pessoa
26
Mariana Caroline Pereira Félix
RESUMO
25 Mestranda em Direito pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Pós-graduanda em Processo Civil
pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. E-mail: larissarch@globo.com.
26 Mestranda em Direito pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Especialista em Direito e Processo
LÉVY, Pierre. O que é virtual? 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
54
RESUMO
O advento das novas tecnologias de comunicação e o crescente uso das redes sociais
no cotidiano da sociedade provocou inúmeras transformações no exercício do direito
de livre expressão do pensamento, ampliando o alcance das ideias e modificando as
formas de organização dos movimentos sociais, tornando-os mais acessíveis. Entre
eles destaca-se o feminismo, que ao utilizar-se das redes sociais como plataforma
ampliou o seu alcance e modificou as estratégias de manifestações, sejam elas das
formas mais tradicionais (marchas, concentrações) ou restritas às redes virtuais,
surgindo movimentos que ultrapassam fronteiras nacionais. Entre esses movimentos
estão as manifestações sobre a legalização do aborto ocorridas na Argentina em 2018,
que mobilizaram através das redes sociais – principalmente facebook e twitter –
milhares de pessoas a irem as ruas e pressionarem o governo para que submetessem
à votação uma proposta de lei favorável a legalização do aborto, que embora
aprovada pela Câmara dos Deputados foi recusada pelo Senado Argentino. Devido a
intensa cobertura midiática e online, essa mobilização Argentina teve grande
repercussão mundial, obtendo adesão principalmente nos países da América Latina,
que estão iniciando as discussões sobre a legalização do aborto, entre eles o Brasil.
Imagens de manifestantes utilizando lenços verdes espalharam-se pelas redes sociais
brasileiras gerando diversos debates contra e a favor da legalização do aborto, e
mesmo com negativa do Senado Argentino as discussões seguiram acirradas,
pressionando os órgãos públicos a debater sobre o assunto. O ciberfeminismo
redimensionou os movimentos sociais, tornando-os mais acessíveis e aumentando o
número de simpatizantes, considerando a influência e alcance da mobilização nas
redes sociais o presente trabalho busca averiguar a relevância do movimento
27Graduanda do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria, bolsista do programa PIBIC-
CNPq, integrante do Centro de Estudos e Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI) e parte da equipe
de revisão editorial da Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM. Emil: gibettega@hotmail.com
55
REFERÊNCIAS
FAUSTO, Sergio; SORJ, Bernardo. Ativismo político em tempos de internet. São Paulo:
Edições Plataforma Democrática, 2016.
RESUMO
28 Mestrando em direito pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER, sob orientação do Prof.
Dr. Rui Carlo Dissenha. Graduado em Direito pelo Centro Universitário Curitiba - UNICURITIBA (2012).
Especialista em Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná - EMAP (2013). Especialista
em Direito e Processo Penal pelo Centro Universitário UniOpet (2016). Especialista em Direito Militar
pela Universidade Candido Mendes -UCAM (2018). Advogado. Assessor de apoio para assuntos
jurídicos da 5ª Região Militar. Membro da Comissão de Gestão Pública e Controle da Administração da
Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Paraná (biênio 2019/2021). E-mail:
alexander.haering.teixeira@gmail.com
58
seja confundido quanto à procedência do produto (art. 4, VI, do CDC). A tutela da marca
se dá com o fito de impedir concorrência desleal, promovida mediante desvio de
clientela ou qualquer outra forma de concorrência parasitária, em que uma parte se
apropria indebitamente dos investimentos realizados por outrem. A metodologia
empregada é a crítico-reflexiva, que se opera através de revisão bibliográfica e da
análise urisprudencial do caso “Coca-cola” e a perda do direito sobre uso exclusivo do
termo “zero”, ulgado pelo Superior ribunal de Justiça. Até o presente momento, as
investigações científicas tem demonstrado que os anunciantes que pagam e selecionam
palavras-chave nos buscadores para que haja confusão de marcas com seus
concorrentes violam a Lei 9.279/96 e o Código de Defesa do Consumidor, sendo passives
responsabilização na esfera cível.
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
DARYL D. GREEN, Jack McCann, Thao Vu1, Nancy Lopez, Samuel Ouattara. Gig
Economy and the Future of Work: A Fiverr.com Case Study. Management and
Economics Research Journal 281Vol. 4, Iss./Yr. 2018, 281–288. Disponível em:
61
https://doi.org/10.18639/MERJ.2018.04.734348https://www.researchgate.net/pub
lication/330207602_Gig_Economy_and_the_Future_of_Work_A_Fiverrcom_Case_Stud
y. Acesso em 15 Out. 2019.
Em 2016, o mundo viu Donald Trump ser eleito ao que mais tarde Cambridge Analitica
revelou ser uma intensa utilização de bots. Em 2017, os bots foram utilizados para
influenciar a votação no Brexit Leave no Reino Unido, enquanto que em 2018, essas
mesmas técnicas foram utilizadas na eleição que elegeu Bolsonaro. Diante desse
contexto o presente artigo relata como os sociais bots são utilizados com manipulação
política e como podem impactar no funcionamento da democracia, influenciando o
pensamento e o voto do cidadão. O objetivo deste estudo, portanto, é analisar a
influência dos social bots no jogo democrático, e como isso pode ter impactado nas
eleições para a Presidência da República no Brasil em 2018. A pesquisa foi realizada a
partir de revisão bibliográfica interdisciplinar, análise de dados atuais que demonstram
a queda do índice de democracia global e estudo de casos. A partir dessas análises, foi
possível compreender democracia como conjunto de regras e procedimentos de
constituição do Estado, processo de tomada de decisão política e legitimação do poder
político. Por sua vez, déficit democrático é a insuficiência democrática, consubstanciada
na crise da democracia. Um dos quatro fatores dessa crise é a perda de referências.
Nesse sentido os sociais bots contribuem para a perda dessas referências, vez que
falseiam a verdade, disseminando fake news. Outro aspecto constatado pela pesquisa é
que a utilização dos bots contribui para a radicalização dos discursos políticos conforme
dados de Universidade de Cambridge. Portanto, conclui-se que os social bots, são usados
na manipulação política que influencia substancialmente na livre formação de opinião
do cidadão, contribuindo para o déficit democrático, causando a falta de credibilidade
nas instituições políticas, bem como maior descrença na mídia, sendo imperativo rever
os instrumentos de proteção da liberdade de opinião política pela legislação eleitoral.
30 Professora Graduada em Letras pela Universidade Federal do Acre - UFAC. Graduanda em Direito na
Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Membra do Grupo de Estudos em Análise Econômica do
Direito
PUCPR. Membra do Grupo de Estudos em Mediação e Negociação da PUCPR. E-mail:
miralimamachado@gmail.com.
31 Graduanda em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. E-mail:
geovanatmachado@gmail.com.
63
REFERÊNCIAS
CASTRO, Leonardo Aires de. A crise da democracia anunciada: Brasil entre o déficit
democrático, a democracia do público e a crise democrática. Revista Teoria & Pesquisa,
v. 27, n. 2, 2018, p. 1-25.
KELSEN, Hans. A democracia. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 09.
64
RESUMO
As relações sociais e jurídicas estão sendo moldadas a partir das limitações impostas
pela pandemia do Novo Coronavirus (COVID-19). Diante desse panorama atual,
diversos meios são utilizados para garantir a continuidade da vida. Setores foram
impactados pela crise, sendo obrigados a transformar seus modos operandi para
garantir a permanência no mercado. Tanto as grandes indústrias, pequenas empresas,
ramos alimentícios, transporte de pessoas como também o setor educacional, estão
passando por esta transformação e a tecnologia tem colaborado para que as pessoas e
instituições não fiquem estagnados. No que diz respeito à educação, os estudantes das
Instituições privadas, também foram impactados pelo atual cenário. No entanto, de
acordo com o Diretor Executivo da SEMESP, foi possível evitar o atraso na prestação
do ensino programático e a perda de qualidade do mesmo, ao utilizarem os aparatos
tecnológicos a disposição no mercado. Até o final de abril 78% das instituições
particulares migraram as atividades presenciais para as salas virtuais de acordo com
pesquisa realizada pela ABMES. O escopo do presente trabalho é observar como a
utilização da tecnologia tem colaborado para o acesso à educação superior particular,
buscando efetividade ao art. 205 da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Com isso, é possível vislumbrar que o Brasil é um país emergente, que, suporta
fortíssimas, evidentes e inquestionáveis desigualdades sociais, segundo o IBGE. Além
disso, como aponta outra pesquisa elaborada pelo mesmo Instituto, cerca de 25,3%
da população brasileira não possui acesso à internet. Em relação aos estudantes, tanto
no ensino básico como no superior, essa porcentagem aumenta substancialmente,
pairando em 73,1%, em relação à falta de acessibilidade à internet. Infere-se que, é
possível vislumbrar dois pontos importantíssimos, primeiramente, muitas IES
32 Graduando em Direito pelo Centro Universitário Toledo – Araçatuba/SP. Líder certificado pela
Universidade de Harvard Curso presencial . Pesquisador pelo grupo de pesquisa “Jurisprudência de
Direito Fundamentais” do mesmo centro universitário. E-mail: saulinho.capelari@hotmail.com
65
REFERÊNCIAS
https://www.semesp.org.br/noticias/instituicoes-de-ensino-adotam-aulas-remotas-
sincronas-durante-a-quarentena/. Acesso em: 20 maio. 2020.
O presente resumo tem como objetivo trazer à luz do Direito o debate acerca da
utilização da inteligência artificial e como ela reforça o labelling approach nos casos
de racismo em âmbito nacional. A metodologia utilizada consiste na pesquisa
bibliográfica, elaborada a partir de material já publicado, como livro, artigo e
periódico. De antemão, deixa-se claro a intenção de construir um debate construtivo
acerca do tema, não com fins de negar a utilização da tecnologia, mas sim, com as
problemáticas aqui levantadas, buscar apontar as correções necessárias para sua
efetivação, seja na segurança pública como meio de identificação mais econômico ou
no recrutamento e seleção de pessoas para determinadas vagas de emprego. Porém,
sem se abster dos erros já cometidos pela Inteligência Artificial (IA). Ao abordarmos
o tema é necessária a adoção de uma definição técnica como bem estabelecido por
Coppin e Faceli, este segundo se referindo também ao processo de aprendizado de
máquina (machine learning). Fato é que, para a Criminologia, o labelling approach foi
uma verdadeira revolução. Em seu surgimento embrionário, Lemert já nos
apresentava que a inserção de rótulos em indivíduos tem algum peso para que o
mesmo pratique determinada conduta reiteradamente. Se atendo aos casos ocorridos
no Reino Unido, Brasil e em relação à empresa Google, notamos uma coincidência que
reside no fato da IA ter agido de forma racista. Quem programa os robôs e os
algoritmos são seres humanos, que inconsciente ou não, acabam reproduzindo seus
preconceitos, transmitindo muitas das vezes o racismo estrutural, que em seu
conceito primário, trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas
quase que diárias citando o negro como elemento fora do contexto social. Estas
citações estão embutidas em nossos costumes estruturais e promovem, direta ou
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
PEIXOTO, João Guilherme de Melo; SOUZA, Alice Cristiny Ferreira de. A caça à
verdade: critérios, metodologias e selos do Fact-Checking brasileiro. Revista Cultura
Midiática, ano XI, n. 21-jul-dez/2018, p. 83-103. Disponível em:
https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/cm/article/view/43545/21584. Acesso
em: 30 de maio de 2020.
SILVA, Mayara Karla Dantas da; ALBUQUERQUE, Maria Elizabeth Baltar Carneiro de.
Representação da informação noticiosa pelas agências de fact-checking: do acesso à
informação ao excesso de desinformação. Revista Brasileira de Biblioteconomia e
Documentação, v. 15, n. 2, maio/ago. 2019. Disponível em:
https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1225. Acesso em: 30 de maio de 2020.
76
RESUMO
REFERÊNCIAS
FEDERAL REGISTER NOTICES. United States Patent and trademark office. Intellectual
Property Protection for Artificial Intelligence Innovation, Wednesday, 30 Oct. 2019.
Vol.84, nº210. p. 58141–58142.
YAN, Li. Court Rules AI-written article has copyright. China Daily Global, Pinyin, 08
Jan. 2020. Acervo Digital. Society, p. A6.
78
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Rui. O dever do advogado. Rio de Janeiro: Edições Casa de Rui Barbosa,
2002.
BUCHANAN, B. G.; HEAD ICK, . E. “Some Speculation about Artificial Intelligence and
Legal easoning”. Stanford Law Review, v. 23, 1970.
Anna Luísa Braz Rodrigues
RESUMO
O InMemorial é um cemitério virtual que conecta o mundo real com o virtual por
meio de cadastros criados gratuitamente por familiares. Os túmulos virtuais contêm
informações sobre a trajetória da pessoa falecida, sendo possível que amigos e
parentes deixem mensagens, deixem flores ou acendam velas virtuais. Contudo, essa é
apenas uma demonstração de como a morte ganha novos contornos diante de um
mundo tecnológico em que as relações sociais são vivenciadas por meio virtual. Para
além, o caso da americana Louise Palmer destacou a problemática quanto aos dados
pessoais que sobrevivem após a morte do usuário. A mãe de Becky Palmer, que
morreu aos 19 anos em decorrência de tumor cerebral, manteve acesso ao perfil no
Facebook da filha com possibilidade de visualizar suas mensagens privadas.
Entretanto, ao se tornar um perfil memorial, o acesso foi suspenso e a empresa negou
a possibilidade de voltar a viabilizá-lo. Em sua defesa, a mãe alegou que encarava o
conteúdo como uma herança legitimada pelo seu vínculo familiar. Em virtude da
ausência de disposição de última vontade e da política de privacidade do site, não foi
possível que Louise voltasse a acessar o perfil de Becky. O tema-problema do
presente trabalho se apresenta nitidamente: o que fazer com todo conteúdo disposto
na rede e na nuvem após a morte do usuário? Mais que isso, há legítimo direito de
continuação de uso dos perfis por parte de herdeiros? Há um direito à privacidade
post mortem a ser respeitado quantos dados virtuais da pessoa falecida? A pesquisa
realizada teve natureza dogmática e caráter bibliográfico, incluindo revisão de
literatura e documentos normativos. Apesar de algumas propostas legislativas, a
legislação brasileira não conta com especificações quanto ao tema. Em sede judiciária,
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Lavras. Integrante do grupo de pesquisa
Laboratório de Bioética e Direito, cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Estagiária
do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lavras).
Integrante do projeto Virada de Copérnico, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Direito Civil-
Constitucional, vinculado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
E-mail: anna.rodrigues@estudante.ufla.br
83
dois precedentes relevantes podem ser destacados: o primeiro foi julgado e deferido
pelo TJMS em relação ao pedido de uma mãe para que o perfil da filha falecida fosse
excluído, vez que se sentiu ferida pelas constantes homenagens publicadas; o segundo
foi julgado e indeferido pelo TJMG em relação ao pedido de outra mãe para que
obtivesse acesso aos dados de telefone da filha falecida protegidos por senhas e
mecanismos da fabricante. Cabe esclarecer que bens digitais são tudo aquilo que a
pessoa cria e disponibiliza em ambiente digital, de modo que é possível apontar esse
conjunto como patrimônio e bem de valor. Importante arrazoar que alguns desses
bens incluem um valor econômico destacado a ser explorado, afinal as redes sociais
podem ser um meio de trabalho e apresentar um viés financeiro relevante. Assim,
surge uma primeira via de solução quanto ao embate entre direito à privacidade e
direito sucessório: é preciso classificar os bens digitais quanto ao caráter econômico e
público. Ademais, os direitos da personalidade não podem ser transmitidos em via
sucessória, logo caberia quanto aos dados que tocam em tal tema um interesse
juridicamente relevante a ser tutelado após a morte do usuário. Por fim, indica-se a
manifestação prévia de vontade, sendo possível até mesmo utilizar mecanismos já
disponibilizados pelas plataformas.
REFERÊNCIAS
FILHO, Marco Aurélio de Farias Costa. Herança digital: valor patrimonial e sucessão
de bens armazenados virtualmente. Revista Jurídica da Seção Judiciaria de
Pernambuco, [S.l.], [s.v.], n. 9, p. 187-215, 2016. Disponível em:
https://revista.jfpe.jus.br/index.php/RJSJPE/article/view/152/143. Acesso em: 31
maio. 2020.
MENDES, Laura Schertel Ferreira; FRITZ, Karina Nunes. Case Report: corte alemã
reconhece a transmissibilidade da herança digital. RDU, Porto Alegre, v. 15, n. 85, p.
188-211, 2019. Disponível em:
https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/view/3383.
Acesso em: 31 maio. 2020.
O presente trabalho busca fazer uma análise de como a inteligência artificial (IA)
pode auxiliar no combate à violência contra a mulher, especialmente no contexto do
coronavívurs (COVID-19). As medidas de confinamento, como a quarentena ou o
distanciamento social, representam, em muitos casos, um agravamento da situação de
violência doméstica contra a mulher. Nesse sentido, percebe-se que o lar não é um
lugar seguro, isso porque um estudo realizado pelo Raio-X do Feminicídio em São
Paulo revelou que 66% dos feminicídios consumados ou tentados foram praticados
na casa da vítima (240 casos de um total de 364 casos registrados entre março de
2016 a março de 2017). Assim, vislumbra-se um cenário de grande risco para as
mulheres em razão do isolamento da vítima, maior propensão ao consumo de álcool e
drogas, comportamento controlador do agressor em tempo integral e o desemprego.
Ademais, pontua-se que, de acordo com o Núcleo de Gênero do MPSP, o número de
registro de boletins de ocorrência poderá diminuir consideravelmente durante o
isolamento em razão do receio da vítima e dos demais fatores já apontados. Desse
modo, uma alternativa viável capaz de registrar eventos de violência doméstica, sem
que, necessariamente, a vítima tenha de acionar a autoridade competente, é o uso de
aplicativos que se utilizam da inteligência artificial. Citam-se como exemplo o
aplicativo proposto por Fernanda Amorim que visa fiscalizar o cumprimento de
medida protetiva de urgência para evitar novas agressões, e o aplicativo HEAR -
Helping Everyone to Actively React, o qual capta sons do ambiente para identificar
REFERÊNCIAS
SÃO PAULO. Ministério Público de São Paulo. Nota Técnica. Raio-X da violência
doméstica durante isolamento. Um retrato de São Paulo. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/pls/portal/!PORTAL.wwpob_page.show?_docname
=2659985.PDF. Acesso em: 23 maio 2020.
SÃO PAULO. Ministério Público de São Paulo. Núcleo de Gênero. Raio-X do feminicídio
em São Paulo. É possível evitar a morte. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Nucleo_de_Genero/Feminicidio/RaioX
FeminicidioC.PDF. Acesso em: 23 maio 2020.
87
RESUMO
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Lavras. Integrante do grupo de pesquisa
Laboratório de Bioética e Direito, cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Estagiária
do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lavras).
Integrante do projeto Virada de Copérnico, desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Direito Civil-
Constitucional, vinculado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
E-mail: anna.rodrigues@estudante.ufla.br
88
Palavras-chave: Ética; Direitos Humanos; Resolução CNS 466/2012; Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais; COVID-19.
REFERÊNCIAS
GUILHEM, Dirce; DINIZ, Débora. O que é ética em pesquisa. São Paulo: Brasiliense,
2014.
TEPEDINO, Gustavo; TERRA, Aline de Miranda Valverde Terra; CRUZ, Gisela Sampaio da.
Fundamentos do Direito Civil: Responsabilidade Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
90
42 Graduando em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Membro do Grupo
de Estudos em Análise Econômica do Direito da PUCPR - (GRAED).
43 Graduando em direito pela Centro Universitário de Curitiba (UNICURITIBA). Membro dos Grupos de
REFERÊNCIAS
DINIZ, Gustavo Saad. Curso de direito comercial. 1º Edição. São Paulo: Atlas. 2019.
EIZIRIK; Nelson. A Lei das S/A Comentada. 2ª Edição. São Paulo: Quartier Latin. 2016.
92
Palavras-Chave: Quarta Revolução Industrial; big data; privacidade; proteção de dados; direitos
fundamentais.
REFERÊNCIAS
PIAIA, Thami Covatti Piaia; COSTA, Bárbara Silva Costa; WILERS, Miriane Maria
Willers. Quarta revolução industrial e a proteção do indivíduo na sociedade digital:
desafios para o Direito. Revista Paradigma, Ribeirão Preto-SP, a. XXIV, v. 28, n. 1, p.
122-140, Jan/abr. 2019
REFERÊNCIAS
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Volume 2: sociedades. 20ª ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais. 2016.
LAMY FILHO, Alfredo; BULHÕES PEDREIRA, José Luiz. A lei das S.A. Pressupostos.
Elaboração. Aplicação. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1992.
LAMY FILHO, Alfredo; BULHÕES PEDREIRA, José Luiz. Direito das Companhias. 2ª Ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2017.
99
aplicação do Big Data e IA pode restar fragilizada ou até mesmo ser considerada ilícita
por conta das balizas legais impostas pela LGPD. Diante da complexidade desta
interação, questiona-se: é possível a interação harmônica da LGPD com os
fundamentos do Big Data e IA? Os conceitos fundamentais que envolvem tanto o Big
Data quanto a IA apontam para uma não conformação integral aos dispositivos da
LGPD. Dentre os conceitos, pode-se destacar a complexidade do processamento de
dados em redes neurais, que cria uma opacidade e, consequentemente, dificuldade na
compreensão do racional das decisões automatizadas. Isto porque a lógica dos
algoritmos de Inteligência Artificial é aprendida com os dados de treinamento e
raramente é refletida em seu código-fonte. Além disso, a redefinição da finalidade do
uso dos dados é comumente empregada para a otimização do Big Data, o que, nos
termos da LGPD, não expressaria uma finalidade específica, na ótica do titular dos
dados pessoais. Assim, a partir do método hipotético-dedutivo, pretendeu-se
demonstrar que tanto a complexidade da regulamentação do tratamento de dados
pessoais quanto da análise de Big Data com IA em redes neurais, demandam a
compreensão das profundas diferenças existente entre dados frente às formas
convencionais e complexas de tratamento, a fim de harmonizar lei e tecnologia em
prol do bem-estar individual e coletivo.
REFERÊNCIAS
BOFF, Salete Oro; FORTES, Vinícius Borges; FREITAS, Cinthia Obladen de Almendra.
Proteção de dados e privacidade: do direito às novas tecnologias na sociedade da
informação. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
BRASIL. Lei 13.709, de 14 de agosto de 2018, Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD,
2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13709.htm. Acesso em: 28.mar.2020.
101
HOLMES, Dawn E. Big Data. A very short introduction. Oxford: Oxford University
Press, 2017.
102
Católica do Paraná (PUC-PR). Pós-graduado em Direito Processual Civil pela PUC-PR. Pós-graduado em
Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade de Direito de Curitiba (Unicuritiba). Professor do curso
de Direito da FAE – Centro Universitário e Pós-Graduação da Unicuritiba. Membro da Comissão de
Inovação e Gestão da OAB-PR, coordenando o Grupo Permanente de Discussão sobre Privacidade e
Proteção de Dados Pessoais. Árbitro na Câmara de Arbitragem Arbi-ON. E-mail:
danton.zanetti@zomadv.com.
103
REFERÊNCIAS
BOFF, Salete Oro; FORTES, Vinícius Borges; FREITAS, Cinthia Obladen de Almendra.
Proteção de dados e privacidade: do direito às novas tecnologias na sociedade da
informação. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
EFING, Antônio Carlos. Fundamentos do Direito das Relações de Consumo. 4. Ed. rev.,
ampl. e atual. Curitiba: Juruá, 2019.
TEPEDINO, Gustavo; FRAZÃO, Ana; OLIVA, Milena Donato. Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais e suas repercussões no direito brasileiro. 1. Ed. São Paulo: Thomson
Reuters Brasil, 2019.
104
52 Mestranda em Direito pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto- FDRP-USP. Servidora Pública
Federal lotada na Advocacia Geral da União- Procuradoria Federal Seccional em São João da Boa Vista-
SP. E-mail: amandasilverio@usp.br.
53 Professor da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo – FDRP/USP. E-
mail: jaircardoso@usp.br.
54 Na tabela do IBGE analisada como proporção de empregados e trabalhadores sem vínculo.
105
garantia de subsídios físicos e psíquicos para estes lidarem com tais inovações. O
combate às práticas discriminatórias de contratação, manifestas no subemprego, bem
como no avanço da pejotização, que é a causa do idoso passar a ser visto como um
trabalhador “autônomo”, o que lhe propicia menor renda FELIX, 20 , p. 24 ,
precisam ser debatidas frente aos avanços tecnológicos. O próprio art. 21 do Estatuto
do Idoso estabelece a necessidade de inclusão social diante das novas tecnologias.
Plataformas digitais voltadas para esta população têm possibilitando surgimento de
novas redes de negócios. A MaturiJobs, o Lab 0+ e o 7Bi, são “redes que conectam e
proporcionam soluções de negócios para os idosos” SIL A, 20 8 , e somam
resultados positivos, corroborando assim para uma mudança de mentalidade sobre
como o labor do idoso passa ser interpretado socialmente. A capacitação desses
idosos, seja no âmbito das empresas ou fora delas, auxilia na manutenção destes no
mercado, tal como o caso de “empreendedorismo sênior”, que ganhou destaque em
Portugal (MARTINS e VENTUROSO, 2015, p. 63). A integração desses idosos no novo
contexto jus-laboral gera intercâmbio dos saberes intergeracionais, combate à
marginalização, bem como possibilita a reestruturação de estratégias protetivas
pautadas nos valores do trabalho e na dignidade do trabalhador.
REFERÊNCIAS
55 Advogado especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá. Discente
do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSM (Mestrado). Integrante do Centro de Estudos e
Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI) da UFSM. E-mail: aguiar.jus@gmail.com.
56 Discente do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSM (Mestrado). Integrante do Centro de
Estudos e Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI) da UFSM. Bolsista CAPES. E-mail:
pedroviktor@hotmail.com.
108
REFERÊNCIAS
FREIRE, Emerson; BATISTA, Sueli Soares dos Santos. Sociedade e tecnologia na era
digital. São Paulo: rica, 2014.
insights/future-of-work/jobs-lost-jobs-gained-what-the-future-of-work-will-mean-
for-jobs-skills-and wages/pt-br. Acesso em: 14 de nov. de 2018.
RESUMO
mensagem que circula na internet e a busca por fontes confiáveis, que confirmem ou
neguem o que está sendo alegado, com a indicação de hiperlinks, o que facilita o
acesso à informação referenciada. Para auxiliar na compreensão do leitor, é comum
que as agências associem uma etiqueta ao conteúdo verificado, sintetizando o
resultado da análise: “verdadeiro” ou “falso”, por exemplo. Entretanto, os
verificadores de fatos não devem ser entendidos como juízes da verdade, pois suas
análises não suprimem conteúdo nem impedem que os indivíduos tenham acesso à
publicação original. Pelo contrário, a verificação fornece um relatório detalhado,
indicando fatos e referências. Assim, oferece mais informações para o usuário, que
pode formar suas convicções com uma visão mais ampla sobre o assunto, podendo
separar fatos de opiniões. Nos sites de redes sociais, os provedores podem indexar o
resultado da verificação às publicações analisadas, alertando ao receptor daquele
conteúdo que a informação foi checada por terceiros, que buscaram os fatos
relacionados às alegações daquela mensagem. Ainda assim, não há violação da
liberdade de expressão do usuário que publicou o conteúdo, pois este permanece
disponível, mesmo que seja entendido e marcado como falso. Portanto, a verificação
de fatos e a vinculação de seus resultados às publicações originais podem ser
ferramentas eficazes, baseando-se no combate à desinformação com mais informação,
sem violar as liberdades fundamentais.
REFERÊNCIAS
especialista em Justiça Constitucional e Tutela Jurisdicional de Direitos (Università degli Studi di Pisa).
Professor permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direitos e Garantias
Fundamentais da FDV e um dos líderes do Grupo de Pesquisa “Estado, Democracia Constitucional e
Direitos Fundamentais”. E-mail: adrianopedra@fdv.br.
114
adequadas, deve identificar qual delas é menos onerosa, ou seja, qual delas intervém
de modo menos intenso; e, por fim, deve verificar se os benefícios resultantes da
intervenção proposta são proporcionais às limitações e aos ônus impostos à
informação questionada. Embora a análise deva ser feita caso a caso, a pesquisa
indica que a desindexação é medida cabível quando se trata de informações
verdadeiras, mas que estejam descontextualizadas ou ultrapassadas pelo decurso do
tempo. Já a remoção de conteúdo e a determinação de esclarecimento ou retificação
podem ser medidas adequadas quando se trata de informações falsas, imprecisas ou
enganosas – considerando que há um grande espectro de falsidade, que vai desde a
descontextualização até a completa fabricação de conteúdos. Nesses casos, é preciso
avaliar se a remoção e o esclarecimento são capazes de evitar a desinformação; em
seguida, deve-se avaliar qual medida provoca menor interferência sobre os direitos
de quem produziu aquele conteúdo; e, por fim, comparar as vantagens e
desvantagens da medida proposta, a fim de identificar se ela é tão benéfica a ponto de
justificar a limitação sobre a informação originalmente publicada.
REFERÊNCIAS
ABREU, Arthur Emanuel Leal; BURGO, Vitor. O direito de apagar dados da internet: a
possibilidade de remoção de resultados da Pesquisa Google no Brasil. Revista de
Direito e as Novas Tecnologias [digital], v. 3, p. 12, abr.-jun. 2019. Disponível em:
https://www.academia.edu/40235497/. Acesso em: 01 jun. 2020.
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. 5. ed. Trad. de Virgílio Afonso da
Silva. São Paulo: Malheiros, 2008.
CUEVA, Ricardo Villas Bôas. Alternativas para a remoção de fake news das redes
sociais. In: ABBOUD, Georges; NERY JR, Nelson; CAMPOS, Ricardo (Coords.). Fake
news e regulação. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018.
RESUMO
Em torno de uma concepção histórica acerca dos grandes fenômenos que marcam o
curso da humanidade, pode-se dizer que o advento da internet é algo novel. Todavia,
há que se ter em mente que a internet, podendo ser investigada sob a perspectiva das
novas tecnologias de informação e comunicação e, mais ainda, sob a ótica das redes
sociais, transformou consideravelmente a sociedade e, assim, as relações humanas. O
potente instrumento da internet, investigado, no presente ensaio, no recorte das
redes sociais, é capaz de disseminar os mais diversos conteúdos informativos para
todos os continentes do mundo, em uma contagem de tempo ínfima. Essa extrema
velocidade com que conteúdos são propagados na rede é a responsável pelo amplo
acesso informacional que os usuários das redes sociais possuem. Notícias surgem
incessantemente. Aliado a isso, há que se pensar que a internet e, pois, as redes
sociais possibilitam que os cidadãos expressem e discutam suas opiniões políticas uns
com os outros, o que tende a despertar um maior interesse em práticas que as
próprias redes também facilitam, como organizações e manifestações políticas de
toda sorte. Isso, obviamente, sem deixar de reconhecer alguns problemas existentes
nesse cenário, que são capazes de limitar o acesso à informação dos cidadãos e, assim,
limitar também o exercício democrático nas redes sociais através dos conteúdos
informativos nela dispostos, como é o caso do fenômeno das bolhas informacionais.
Destarte, investigam-se as redes sociais e a possibilidade de que estas detenham um
caráter densamente democrático no que diz respeito à efetivação do acesso à
informação dos cidadãos que nelas estão inseridos. Isso porque, de fato, tal espécie de
promoção de engajamento político dos cidadãos realizada pelas redes sociais, que
têm como condição de possibilidade a internet, é dotada de um caráter inegavelmente
democrático. Assim, o estudo busca investigar em que medida as redes sociais
REFERÊNCIAS
RESUMO
A cada dia as relações contratuais são cada vez mais influenciadas pelas tecnologias.
Os agentes buscam meios de aprimorar a forma como se relacionam e no âmbito dos
negócios jurídicos não poderia ser diferente. Surge no Brasil um contexto em que as
relações privadas de caráter contratual passam a se utilizar de modo mais recorrente
das tecnologias. Os requisitos inerentes ao negócio jurídico se amoldam à estas. Os
contratantes hoje possuem assinaturas digitais. O contrato físico, até mesmo por
questões de economia e celeridade dá lugar à espaços eletrônicos em tablets e
computadores, onde os contratantes firmam suas assinaturas e estabelecem pactos
sobre os mais diversos objetos. Nesse contexto, o presente estudo visa discutir as
repercussões jurídicas dos contratos eletrônicos na forma das contratações e nos
aspectos processuais de demandas jurídicas que envolvam a questão. A metodologia
utilizada é de caráter eminentemente bibliográfico e documental, tendo como fontes a
utilização de artigos, teses, dissertações, legislação e jurisprudência pertinentes à
matéria. Os requisitos do negócio jurídico se adequam às novas tecnologias na
medida em que elementos e formas antes indispensáveis são feitos em meios virtuais.
Nessa perspectiva, discute-se de que modo a validade de um contrato assinado em um
tablet pode ser verificada. Questiona-se como os instrumentos tecnológicos garantem
que a assinatura eventualmente aposta ao contrato seja daquele que a subscreve. As
tecnologias embora avancem, apresentam certas falhas que comprometem a própria
segurança jurídica do negócio. Nessa perspectiva, contratos celebrados por pessoas
de pouca instrução, podem ser objeto de discussões judiciais, como hoje são em
contratos firmados em meio físico. Ainda, surgem questões relacionadas ao
ajuizamento de demandas judiciais, especialmente as execuções. São colocados em
debate como devem ser analisados os requisitos de processamento das referidas
REFERÊNCIAS
ENÉIAS, Miria Soares; REGO, Amanda Barbosa. Validade jurídica dos contratos
eletrônicos. Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, v.
36, 2008.
SANTOS, Manoel J. Pereira dos; ROSSI, Marilza Delapieve. Aspectos legais do comércio
eletrônico: contratos de adesão. In: LEAL, Sheila do Rocio Cercal Santos. Contratos
121
eletrônicos: validade jurídica dos contratos via internet. São Paulo: Atlas, 2007, p. 83-
84.
122
Os movimentos sociais podem ser percebidos como alavancas para mudanças sociais,
suscitadas por uma necessidade de revolucionar o status quo e defender demandas
que não são percebidas por uma grande parcela da sociedade, incluindo
representantes políticos. Esses movimentos buscam um conjunto mais suportável de
condições econômicas, sociais e políticas, e ganharam novas formas a partir da
popularização da ferramenta da internet, que concedeu proporções diferentes às
manifestações de grupos que não precisam mais de liderança e que podem apresentar
pautas múltiplas, visando a transição de paradigmas através da mobilização social e
de uma nova forma de abordagem. O ano de 2020, no Brasil, está sendo marcado por
novos movimentos contra o fascismo, visando reafirmar princípios democráticos e
direitos fundamentais que foram suprimidos, com a justificativa do combate à
pandemia da Covid-19. Fascismo, para fins deste trabalho, é um conjunto de discursos
nacionalistas que visam o autoritarismo e o desprezo por direitos humanos. Assim,
questiona-se: os excessos cometidos pelo poder público, sob o contexto da pandemia
de COVID-19, foram um estímulo ao ativismo digital pró-democracia? Para responder
ao problema de pesquisa, utilizam-se o método de abordagem dedutivo e de
procedimento monográfico, através de pesquisa bibliográfica e documental. Destarte,
o objetivo é compreender o protagonismo das manifestações online no período de
distanciamento social, considerando a facilidade de circulação de ideias e de diálogos
sobre direitos humanos e a importância de manutenção da democracia. Dessa forma,
62 Especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Verbo Jurídico. Advogada. Bacharel em
Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria/FADISMA. Pesquisadora do Centro de Estudos e
Pesquisas em Direito e Internet/UFSM. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8649104965342461.
Endereço eletrônico: duartehendrisy@gmail.com.
63 Mestranda em Direitos da Sociedade em Rede pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da
REFERÊNCIAS
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria
performativa de assembleia; tradução Fernanda Siqueira Miguens. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
124
Doutorando e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR. Pesquisador
membro do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas e Desenvolvimento Humano da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná - NUPED-PUCPR. Advogado. E-mail: advcastanha@gmail.com
126
REFERÊNCIAS
CUNHA, Leonardo da. Negócios jurídicos processuais no processo civil brasileiro. In:
CABRAL, Antonio do Passo; NOGUEIRA, Pedro Henrique (coord.). Negócios
processuais. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2019, p. 43-78.
RESUMO
proclamar os direitos de todos.”; todos com acesso a internet podem participar das
audiências virtuais de suas residências, baixando o link que pode ser enviado por
whatssap ou e-mail, ou através de uma simples ligação telefônica; b) princípio da
oralidade as partes podem ser ouvidas e as audiências gravadas; c) a verdade virtual
torna-se real, Chaves Junior 20 0 diz“no novo processo não vigora mais o dogma,
segundo o qual o que não está no processo está fora do mundo; o princípio é outro: o
que está no google está no processo”.; d redução de custos não há custos para
participar das audiências virtuais; e) economia de tempo duração razoável do
processo, artigo 5º,LXXVIII da CF/88; f) eficiência, paz social e segurança jurídica; g)
Segundo dados do CNJ, o E. TRT9, ocupa 4º lugar de usuário da plataforma CISCO
WEBEX. As audiências virtuais devem continuar pós-pandemia: nos “eas cases”;
2) conciliação CEJUSCS e Varas do Trabalho; 3) saneamento do processo; 4) fim das
Cartas Precatórias e Rogatórias, o juízo deprecante pode ouvir as testemunhas em
qualquer local. A audiência virtual de conciliação além de garantir o acesso à Justiça
traz paz aos jurisdicionados trabalhistas.
REFERÊNCIAS
RENAULT, Luiz Otávio Linhares. Prefácio. In: CHAVES JÚNIOR, José Eduardo de
Resende. Comentários à lei do processo eletrônico. São Paulo: LTr, 2010.
131
RESUMO
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei. 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Brasília, 14 de agosto de 2018; 197º da Independência e 130º da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13709.htm. Acesso em: 23 mai. 2020.
ALMEIDA, Nathalie Dutra de; CUNHA, Leandro Reinaldo da. Avanços tecnológicos, o
direito à privacidade e o cyberbullying. In CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO
E CONTEMPORANEIDADE, 3; 2015, - Santa Maria. Anais eletrônico Santa Maria:
UFSM, 2015. P. 27 – 29. Disponível em:
http://coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2015/6-17.pdf. Acesso em: 23 mai.
2020.
BOSSOI, Roseli Aparecida Cassarini, A proteção dos dados pessoais face às novas
tecnologias, conpedi, 1 – 26, 2014, Disponível em:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=d1aae872c07c10af. Acesso em: 22
mai. 2020.
136
RESUMO
69Graduanda do Curso de Direito da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB; Bolsista pelo programa
de iniciação científica da Pró-reitoria da UEPB. Correio eletrônico: beatrizqc27@gmail.com.
137
REFERÊNCIAS
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. – 14ª ed. rev., atual. e ampl. – [3. Reimpr.]
– Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. – 16. ed. rev. e ampl. – São
Paulo: LTr, 2017.
138
OLIVEIRA, Murilo C. Sampaio; ASSIS, Anne Karolline Barbosa de; COSTA, Joelane
Borges. O direito do trabalho (des)conectado das plataformas digitais. Teoria Jurídica
Contemporânea. Rio de Janeiro, v. 4 n. 2 p. 246-266, jan./jun. 2019
SLEE, Tom. Uberização: A nova onda do trabalho precarizado. Tradução: João Peres.
São Paulo: Elefante, 2017.
139
em disputas subnacionais: análise do Twitter nas eleições para o governo do Paraná em 2010.
Sociedade e cultura, v. 15, n.1, p. 25-38, jan./jun. 2012.
140
REFERÊNCIAS
CERVI, Emerson Urizzi; MASSUCHIN, Michele Goulart. Redes sociais como ferramenta
de campanha em disputas subnacionais: análise do Twitter nas eleições para o
governo do Paraná em 2010. Sociedade e cultura, v. 15, n.1, p. 25-38, jan./jun. 2012.
Especialista em Direito Constitucional pela ABDConst. Bacharel em Direito pela UCDB. E-mail:
nicolasaddor@gmail.com.
142
terá como norte a análise das plataformas digitais federais brasileiras de participação
cidadã, buscando, com isso, investigar as disfunções existentes nos programas em
vigor. A metodologia adotada é adotou-se uma abordagem quantitativa, de natureza
básica, cujo objetivo da pesquisa é de cunho descritivo. Como se trata de uma
pesquisa em andamento, as considerações ainda são parciais: no âmbito das
plataformas digitais em vigor, há pouca eficácia quando os projetos de lei votados são
levados ao escrutínio do Congresso Nacional, por serem meramente ignorados ou
fortemente alterados, o que, por derradeiro, deixa explícito a insegurança jurídica dos
programas de participação democráticos direto. Ademais, o engajamento do público
no âmbito das plataformas existentes é baixo se comparado com a totalidade da
população, o que resulta a uma ínfima quantidade de ideias legislativas que possuam
apoio suficiente dos outros usuários para serem levadas para apreciação pelo
Congresso Nacional. Finalmente, o longo procedimento burocrático para levar ao
Congresso Nacional projetos populares e a falta de transparência dos processos
legislativos dificulta o engajamento de movimentos sociais como autores decisórios.
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança. 2 ed. São Paulo: Zahar, 2017.
143
REFERÊNCIAS
RESUMO
77 Pós-graduando no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Relações Sociais e Novos Direitos pela
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.
Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahua - UESB. E-mail:
ivaniltonjr@hotmail.com.
148
REFERÊNCIAS
LAWAND, Jorge José. Teoria geral dos contratos eletrônicos. 1ª Ed. São Paulo: Editora
Juarez de Oliveira, 2003.
MENKE, Fabiano. Assinatura eletrônica do direito brasileiro. 1ª Ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2005.
150
REFERÊNCIAS
Universidade de Caxias do Sul (UCS). Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pelotas
(UCPEL). Professora e Pesquisadora na Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Tiradentes
(UNIT) e Universidade Federal de Sergipe (UFS). E-mail: tanisethomasi@gmail.com
154
REFERÊNCIAS
EUROPEAN COURT OF HUMAN RIGHTS. Case of Calvelli and Ciglio v. Italy. Application
n. 32967/96. Judgment. 17 january 2002. (§49). Disponível em:
http://hudoc.echr.coe.int/eng?i=001-60329. Acesso em: 12 maio 2020.
SCHWAMM, Lee H. Can telehealth help flatten the curve of COVID-19? Harvard Health
Publishing, Harvard Medical School. 24 March 2020. Disponível em:
https://www.health.harvard.edu/blog/can-telehealth-help-flatten-the-curve-of-
covid-19-2020032419288. Acesso em: 23 maio 2020.
156
REFERÊNCIAS
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Inquérito n. 4781. Autor: sob sigilo. Relator:
Ministro Alexandre de Moraes. Decisão em 26 de maio de 2020. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/mandado27maio.pdf.
Acesso em: 31 mai. 2020.
MOZOROV, Evgeny. Big Tech: A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo:
Ubu, 2018.
PIRES, Breiller. Movimento expõe empresas do Brasil que financiam, via anúncios,
sites de extrema direita e notícias falsas. El país, São Paulo, 20 mai. 2020. Disponível
em: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-20/movimento-expoe-empresas-do-
brasil-que-financiam-via-publicidade-sites-de-extrema-direita-e-que-propagam-
noticias-falsas.html#?sma=newsletter_brasil_diaria20200521. Acesso em: 31 mai.
2020.
159
O século XXI já se caracteriza por uma forte crise democrática, consequência daquilo
que se vem denominando pós-verdade, ou seja, a priorização de fatos subjetivos,
como emoções e crenças pessoais, em detrimento de fatos objetivos quando se trata
de moldar a opinião pública. A possibilidade de que os algoritmos possam
maximizar o enfraquecimento da democracia coloca sob investigação o papel das
redes sociais. A deliberação democrática cede ante o peso das manipulações
político-partidárias, influenciando não apenas campanhas eleitorais, mas,
igualmente, o destino social das nações, justificando o interesse da pesquisa
proposta. Estabelecendo como motivação central da pesquisa a democracia,
pretende-se responder como (e se) os algoritmos podem conduzir a sociedade
matematizada a uma democracia ilegítima. Apresentada a hipótese de influência da
deliberação democrática pelos algoritmos, ponto marcante deste siglo, a pesquisa
qualitativa foi desenvolvida de modo prospectivo, à procura de uma resposta
coerente para a dúvida apresentada, evidenciando que os caminhos trilhados desde
a quarta revolução industrial e, a influência dos algoritmos digitais de mecanismos
de pesquisa e de mídias sociais no processo de deliberação política democrática.
Para tanto, o trabalho parte da ideia de democracia deliberativa, criada por
Habermas. Fundada a democracia deliberativa na premissa de que cidadãos e
representantes políticos se devem justificativas mútuas, apresenta-se a tese de que
o debate político não deve ser baseado em inverdades e manipulações, sob pena de
ilegitimidade democrática da sociedade. Os objetivos específicos da pesquisa estão
voltados ao atendimento de questões mais particulares. Primeiro, busca-se
REFERÊNCIAS
86Os modelos de algoritmos "opacos e invisíveis são a regra, e os claros são a exceção". (O'NEIL,
2016, p. 24).
161
BECKER, Daniel; SOILO, Andressa. Thick data e como as percepções humanas podem
salvar o Big Data. Disponível em: https://newlaw.com.br/thick-data-e-como-as-
percepcoes-humanas-podem-salvar-o-big-data/. Acesso em: 07 abr. 2020.
WANG, Tricia. (2016). The human insights missing from big data. Palestra proferida
no evento EDxCambridge. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/tricia_wang_the_human_insights_missing_from_big_dat
a#t-938104. Acesso em: 07 abr. 2020.
162
RESUMO
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de Direito
Constitucional. 20 ed. São Paulo: VERBATIM, 2016. p.655.
CALDAS, Camilo Onoda Luiz; CALDAS, Pedro Neris Luiz. Estado, democracia e
tecnologia: conflitos políticos e vulnerabilidade no contexto do big-data, das fake
news e das shitstorms. Perspectivas em ciências da informação, Belo Horizonte, v. 24,
n. 2, p. 196-220, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
99362019000200196&tlng=pt. Acesso em: 26 mai. 2020
NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Direito e Jornalismo. São Paulo: VERBATIM, 2011.
165
REFERÊNCIAS
BECK, Ulrich. La sociedad del riesgo: hacia una nueva modernidad. Trad. Jorge Navarro, Daniel
Jiménez, Maria Rosa Borrás. Barcelona: Paidós, 1998.
STOLL, Christian; KLAABEN, Lena; GALLERSDORFER, Ulrich. The Carbon Footprint of Bitcoin.
Joule. Vol. 3, nº 7, 1647-1661, jun. 2017. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2542435119302557#!. Acesso em
13 jun. 2020.
167
VRIES, Alex de. Bitcoin's Growing Energy Problem. Joule. Vol. 2, 801-809, maio 2018.
Disponível em: https://www.cell.com/joule/fulltext/S2542-4351(18)30177-6. Acesso em 13
jun. 2020.
168
RESUMO
O uso da Inteligência Artificial (IA) nas mais diversas atividades tem se intensificado
nas últimas décadas. No Direito, sistemas de IA são utilizados para a realização de
pesquisas jurídicas, além de trabalhos maçantes e repetitivos. Mais recentemente,
tem-se discutido a possibilidade da adoção dessas tecnologias na operosidade da
atividade decisória. No Brasil, o Poder Judiciário começa a simpatizar com o uso da IA,
justamente pela eficiência que a tecnologia proporciona em determinadas atividades.
O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, a exemplo, tem investido em
inovações como a indexação processual automática com o fim de identificar
demandas repetitivas. Em parceria com a Universidade de Brasília, no ano de 2018, o
Supremo Tribunal Federal iniciou o pro eto “ ictor”, que em sua fase inicial permitiu
a leitura de todos os recursos extraordinários que sobem para o STF e identifica quais
estão vinculados a determinados temas de repercussão geral. Ademais, sabe-se que a
inteligência artificial funciona a partir dos chamados “algoritmos”, sistemas
programados para buscar respostas a partir de uma base de dados. É nesse contexto
que a adoção das IA pode ser problemática: o sistema está suscetível aos “vieses
algoritmos”, ou se a, as máquinas podem se comportar de modo a refletir os valores
humanos implícitos envolvidos na programação. O gravame ocorre quando a
Inteligência Artificial passa de instrumento a fator decisório, fundamento da decisão
jurídica. Nessa passagem, tanto a decisão administrativa como a decisão judicial que
se baseiam na IA tornam-se difíceis de questionamento a partir de critérios jurídicos,
porquanto os profissionais do direito desconhecem o algoritmo de funcionalidade
daquele determinado sistema. Desse modo, afigura-se relevante um estudo que vise
REFERÊNCIAS
NUNES, Dierle; MARQUES, Ana Luiza Pinto Coelho. Inteligência artificial e direito
processual: vieses algorítmicos e os riscos de atribuição de função decisória às
máquinas. Revista de Processo, vol. 285/2018, p. 421–447, nov./2018.
’NEIL, Cath . Weapons of math destruction: how big data increases inequality and
threatens democracy. New York: Crown Publishers, 2016.
ROVER, Aires José. Informática no Direito: inteligência artificial. Curitiba: Juruá, 2011.
REFERÊNCIAS
BECK, Ulrich. La sociedad del riesgo: hacia una nueva modernidad. Trad. Jorge
Navarro, Daniel Jiménez, Maria Rosa Borrás. Barcelona: Paidós, 1998.
BECK, Ulrich. La sociedad del riesgo global. España: Siglo Veintiuno, 2002.
atribuição da herança digital aos herdeiros, através das regras sucessórias já existentes,
reconhecendo e dialogando intimamente com os direitos existenciais do falecido.
Palavras-chave: Direito Digital; tratamento de dados; herança digital; bens digitais; direitos
personalíssimos.
REFERÊNCIAS
BANTA, Natalie M. Inherit the Cloud: The Role of Private Contracts in Distributing or
Deleting Digital Assets at Death. (November 1, 2014) Fordham Law Review, vol. 83,
nº. 799, 2014. Research Paper nº. 2015-7. p. 825. Disponível em:
https://ssrn.com/abstract=2561871. Acesso em: 01 jun. 2020.
TARTUCE, Flávio. Herança digital e sucessão legítima primeiras reflexões. RJLB, Ano
5 (2019), nº 1. Ano 5 (2019), nº 1, 871-878. Disponível em:
175
REFERÊNCIAS
BRASIL. Projeto de Lei 21/2020. Estabelece princípios, direitos e deveres para o uso
da inteligência artificial no Brasil, e dá outras providências. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=185392
8. Acesso em: 25 maio 2020.
EHRHARDT JR., Marcos; SILVA, Gabriela Buarque Pereira. Pessoa e sujeito de direito:
reflexões sobre a proposta europeia de personalidade jurídica eletrônica. Revista
Brasileira de Direito Civil – RBDCivil. Belo Horizonte, v.23, jan./mar. 2020. p. 57-79.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Economia. Acompanhamento Mensal do Benefício Auxílio-
Doença Previdenciário Concedido Segundo os Códigos da CID-10. Disponível em:
http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/estatsticas/tabelas-cid-10/. Acesso
em: 11 jun 2020.
99Autora. Mestranda em Direito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Graduada pela
Faculdade Direito da Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA). E-mail:
eduardaparecida@hotmail.com.
100 Autora. Doutora em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC,
Mestre em Integração Latino-Americana pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Professora
do Programa de Pós- Graduação Stricto Sensu da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail:
isabelcsdg@gmail.com
181
tratar de questões tão particulares e sensíveis, esses dados podem ser usados para
causar discriminação intencional, ou seja, para agredir outras pessoas em razão de
suas condições. Essa discriminação, pode ocorrer de diversas formas, mas pode-se
citar, de forma meramente exemplificativa, o uso dos dados pessoais sensíveis
coletados no ciberespaço nas relações de trabalho, onde empregadores ao exercerem
o dever de vigilância acabam utilizando dados pessoais, inclusive sensíveis e antes da
relação trabalhista se constituir. Nesse caso, resta clara a afronta ao princípio da
isonomia. Assim sendo, percebe-se que os dados pessoais sensíveis, enquanto
facilmente captados no ciberespaço, em decorrência da internet das coisas e da
datificação da vida, acabam por gerar um espaço de insegurança onde eles podem
facilmente serem utilizados com o intuito de discriminar, infringindo o princípio da
isonomia e agredindo ou retirando outros direitos em decorrência de tal ação. É em
razão disso que a Lei Geral de Proteção de Dados prevê a categoria especial dos dados
sensíveis e o princípio da não discriminação para fins ilícitos ou abusivos.
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 20. ed. São Paulo: Paz e Terra, vol. 1., 2019.
COSTA, Andréa Dourado; GOMES, Ana Virginia Moreira. Discriminação Nas Relações
De Trabalho Em Virtude Da Coleta De Dados Sensíveis. Scientia Iuris. Londrina. v.21,
n.2, p.214-236, jul. 2017.
REFERÊNCIAS
ARMER, Paul. Computer Technology and Surveillance. Santa Clara (EUA): Center for
Advanced Studies in the Behavioral sciences, 1975. Disponível em:
https://stacks.stanford.edu/file/druid:zf198qx6952/zf198qx6952.pdf. Acessado em
25 out. 2019.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. Vol. 1.
DE FILIPPI, Primavera; WRIGHT, Aaron. Blockchain and the Law: The rule of code.
Cambridge (EUA): Harvard Press, 2018.
ELLUL, Jacques. A Técnica e o Desafio do Século. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968.
103 Pós-graduanda em Direito Processual Civil e Direito Digital pelo Complexo de Ensino Renato
Saraiva (CERS). Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA).
104 Pós-Doutoranda pela UNISINOS. Doutora em Direito pela UNISINOS. Mestre em Direito pela Maria
REFERÊNCIAS
COVOLO, Lizandra Della Mea; SILVA, Rosane Leal. O advergame como estratégia de
publicidade on-line para o público infantil: desafios na regulação. In: Seminário
187
VALOR INVESTE, 2019. Brasil é o 13º maior mercado de games do mundo e o maior da
América Latina. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/objetivo/empreenda-
se/noticia/2019/07/30/brasil-e-o-13o-maior-mercado-de-games-do-mundo-e-o-
maior-da-america-latina.ghtml. Acesso em: 21 de mai. 2020.
188
(CERS). Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA). Membro Sênior do
Núcleo de Estudos em (Web)Cidadania – NEW da FADISMA. Advogada. E-mail:
jackelinepmaier@gmail.com
189
nova roupagem da violência de gênero, pois na maior parte dos casos as vítimas são
mulheres e o vídeo amador deturpado, com o objetivo claro de prejudicar alguém. No
ciberespaço, qualquer usuário é capaz de produzir e compartilhar conteúdos, sem que
haja qualquer impedimento para que imagens e vídeos considerados impróprios não
sejam espalhados pela rede. Essas fotos ou vídeos, muito embora, em regra, sejam
produzidas de forma consensual, em momento de relação íntima entre a vítima e o
agressor, são divulgadas sem autorização e como forma de vingança, trazendo uma
série de danos irreversíveis às vítimas, pois o compartilhamento do conteúdo íntimo
no ambiente virtual permite que o mesmo seja replicado inúmeras vezes, não
impedindo sua posterior republicação. Diante disso, a Lei n.º 12.737/2012, conhecida
como “Lei Carolina Dieckmann” tipificou o crime chamado invasão de dispositivo
informático. O Marco Civil da Internet – Lei n.º 12.965/2014 estabelece uma proteção
dos dados pessoais e da privacidade dos usuários. A Lei n.º 13.718/2018 alterou o
Código Penal, criminalizando a divulgação, transmissão, oferta, distribuição e
publicação de cena de sexo, nudez ou pornografia, sem consentimento da vítima, com
a previsão de aumento de pena se “o crime é praticado por agente que mantém ou
tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou
humilhação”. Porém, em que pese os avanços legislativos acerca da temática, ainda
resta evidente a sua ineficácia e a falta de segurança efetiva no ciberespaço para
proteger às imagens íntimas de vítimas de pornografia da revanche.
REFERÊNCIAS
FARIA, Fernanda Cupolillo Miana de; ARAÚJO, Júlia Silveira de; JORGE, Marianna
Ferreira. Caiu na rede é porn: Pornografia de Vingança, violência de gênero e
exposição da “intimidade”. In: Contemporaneidade. Revista de Comunicação e Cultura.
v. 13. n. 03. 2015. Disponível em:
https://portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/13999/1
0888. Acesso em: 31 de maio de 2020.
ROCCO, Barbara Linhares Guimarães; DRESCH, Márcia Leardin. Violação dos direitos à
intimidade e à privacidade como formas de violência de gênero. In: Revista Percurso.
v. 1. n. 14, 2014. Disponível em:
http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/percurso/article/view/833 Acesso em:
31 de maio de 2020.
107 Advogada, inscrita na OAB/RS 102.718. Especializando em Direito das Famílias e Sucessões pela
Escola Superior do Ministério Público (FMP). carolinebatistela@gmail.com
108Bacharela em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM e acadêmica do 9º
ambiente digital. No Brasil, segundo estudo da Cetic, 21% dos pais não fazem
qualquer restrição ao uso das crianças entre cinco e nove anos. Logo, fica evidente
quão fácil é acessar os conteúdos que envolvem crianças, já que estas não contam
com a devida atenção de seus representantes legais. Em se tratando de Crianças e
Adolescentes, em 2008, o Estatuto que os rege teve acréscimo de vários artigos. O que
antes não era considerado crime, passou a ser tratado como ilícito penal. Os artigos
acrescentados ao ECA, na sua maioria, possuem mais de um verbo no núcleo do tipo
penal, porém toda essa legislação ainda se mostra insuficiente para ceifar de vez a
problemática abordada. Uma solução possível, mas ainda arriscada, seria a
implementação de artigos indeterminados no Código Penal para que o magistrado
possa ter um maior poder discricionário, analisando caso a caso.
REFERÊNCIAS
DIAS, Tatiana de Mello. Dilma sanciona leis que definem cibercrimes. Disponível em:
http://blogs.estadao.com.br/link/tag/lei-azeredo/. Acesso em: 31 maio 2020.
SNC, Redação. Crianças são as vítimas mais vulneráveis aos cibercrimes. Disponível
em:
https://www.nsctotal.com.br/noticias/criancas-sao-as-vitimas-mais-vulneraveis-
aos-cibercrimes. Acesso em 31 maio 2020
193
109Advogada, inscrita na OAB/RS 102.718. Especializando em Direito das Famílias e Sucessões pela
Escola Superior do Ministério Público (FMP). E-mail: carolinebatistela@gmail.com.
110Bacharela em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM e acadêmica do 9º
REFERÊNCIAS
BRASIL. Projeto de Lei nº 5.820 de 2019. Dá nova redação ao art. 1.881 da Lei nº
10.406, de 2002, que institui o Código Civil. Brasília, DF, 2015. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=182902
7&filename=PL+5820/2019. Acesso em: 31 maio 2020.
LARA, Moisés Fagundes. Herança digital. Porto Alegre: Editora Clube de Autores,
2016.
196
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: direito das sucessões. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2020.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: contratos. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
197
RESUMO
gerenciando outros humanos, ainda que com o auxílio da inteligência artificial, para
evitar que estes vieses sejam introduzidos na criação dos algoritmos, além de
demonstrar como a legislação trabalhista e a negociação coletiva devem
desempenhar um papel muito mais central para que esses fenômenos ocorram de
uma maneira que possa respeitar a dignidade humana e os direitos fundamentais dos
trabalhadores - ainda assim, esses aspectos ainda são pouco pesquisados no vasto
debate sobre automação e o futuro do trabalho.
REFERÊNCIAS
BODIE, Matthew. Et al. The Law and Policy of People Analytics, University of Colorado
Law Review, Forthcoming Saint Louis U. Legal Studies Research. Colorado, Estados
Unidos. Paper No. 2016-6. Pg. 962-1018. Publicado em Março de 2016. Disponível em:
https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2769980. Acesso em: 20 maio
2020.
LEE, Min Kyung, et al. Working with Machines: The Impact of Algorithmic and Data-
Driven Management on Human Workers. In: Conferência: CHI '15 Proceedings of the
33rd Annual ACM Conference on Human Factors in Computing Systems. Coreia do Sul.
Abril de 2015. Publicado em abril de 2015. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/277875720_Working_with_Machines_Th
e_Impact_of_Algorithmic_and_Data-Driven_Management_on_Human_Workers. Acesso
em: 19 de maio 2020.
RESUMO
112 Graduanda em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UnB). Graduanda em Gestão de
Políticas Públicas pela Universidade de Brasília (UnB). E-mail: marialydia.melofrony@gmail.com
201
pode ser prejudicial à proteção desses dados, uma vez a ausência de garantia de como
e até quando essas informações seriam utilizadas pela máquina estatal.
REFERÊNCIAS
BENNET, Colin. Regulating privacy, Data protection and public policy in Europe and the
United States. Ithaca: Cornell University Press, 1992.
JÚNIOR, Tércio Sampaio Ferraz Jr. Sigilo de dados: o direito à privacidade e os limites
à função fiscalizadora do Estado. In: Revista da Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo, vol. 88, 1993.
MOSES, Lyria Bennett. How to think about law, regulation and technology: problems
with ‘technolog ’ as a regulatory target. Law, Innovation and Technology, Abingdon-
on-Thames, v. 5, n. 1, p. 1-20, 2013.
202
RESUMO
113 Bacharelando em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB. Bolsista de Iniciação
Científica na Universidade Estadual da Paraíba, PIBIC/UEPB/CNPq. Email: caioarruda31@gmail.com.
203
modelo acusatório do processo penal brasileiro. Discutir-se-á, portanto, até que ponto
a inovação tecnológica, materializada pelo interrogatório na modalidade online,
favorece a democracia do processo penal, afirmando a paridade de armas, os direitos
fundamentais do acusado e os Tratados e Convenções de Direitos Humanos. Isto
posto, será mesmo a tecnologia capaz de suceder o pensamento humano? Em
contrapartida, será empregado o método de abordagem dedutivo, assim, iniciar-se-á
especificando os princípios processuais penais como fundamentadores da
legitimidade e da garantia do processo penal em conformidade constitucional,
conferindo ao réu, direitos indisponíveis que convergem com o conteúdo valorativo
dos Direitos Humanos. Além disso, como método de procedimento será abarcado o
explicativo, definindo a natureza dúplice do interrogatório: Como meio de defesa e
como meio de prova. Da mesma maneira, estudar-se-á os impactos da inovação
tecnológica no processo penal brasileiro, legando especial ênfase aos Direitos
Humanos do réu. Arremata-se concluindo: Sob pena de um processo kafkiano, a
presença física do julgador em contato com o acusado resta imprescindível, ao passo
que, ausente essa conexão, minorado estaria o contraditório e a ampla defesa,
corolários constitucionais e direitos fundamentais que geram dever de respeito,
proteção e promoção.
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda; LOPES JÚNIOR, Aury; ROSA; Alexandre Morais
da. Delação Premiada no Limite: A Controvertida Justiça Negocial Made in Brazil.
Florianópolis: EMais, 2018.
205
114 Doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Direito pela
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professora da Universidade do Estado de Minas
Gerais. Coordenadora do Grupo de Pesquisa “Crise Federativa e Narrativas Democráticas” da
Universidade do Estado de Minas Gerais. Email: christiane.assis@uemg.br.
115 Graduando em Direito da Universidade do Estado de Minas Gerais. Membro do Grupo de Pesquisa
uma falsa credibilidade. Os administradores desses perfis podem ser robôs que
produzem conteúdo em velocidade superior à de um usuário humano ou podem ser
humanos contratados com a finalidade específica de promover a desinformação como
estratégia política. Após a postagem nesses perfis a dinamicidade das redes sociais
permite que os usuários inadvertidamente absorvam essas informações e as
disseminem por meio do compartilhamento da publicação. Em relação ao conteúdo
selecionado em face do público-alvo, embora as redes sociais permitam certa
personalização de anúncios, publicações e privacidade, os usuários não possuem
controle absoluto do que lhes será exibido e nem o dimensionamento adequado sobre
o uso de suas informações pessoais. Funcionando como um canal de influência dos
cidadãos, as redes sociais se tornaram uma temática a ser abordada pelo viés da
democracia, pois servem, concomitantemente, como instrumento de promoção e
destruição da participação popular informada. Sabe-se que as redes sociais não foram
concebidas como um recurso estritamente político ou informacional, porém é
necessário incluí-las nas rotinas do aprendizado democrático como forma de
promoção da cidadania ativa.
REFERÊNCIAS
FENTON, Natalie; FREEDMAN, Des. Fake Democracy: Bad News. Socialist Register, v.
54, p. 130-150, 2018. Disponível em:
https://socialistregister.com/index.php/srv/article/view/28588. Acesso em: 22 mai.
2020.
HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia: entre a facticidade e validade. Vol. II. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.
PERSILY, Nathaniel. The 2016 U.S. Election: Can Democracy Survive the Internet?
Journal of Democracy, v. 28, n. 2, p. 63-76, April 2017. Disponível em:
https://doi.org/10.1353/jod.2017.0025. Acesso em: 22 mai. 2020.
RUEDIGER, Marco Aurélio (Coord.). Robôs, redes sociais e política no Brasil: estudo
sobre interferências ilegítimas no debate público na web, riscos à democracia e
processo eleitoral de 2018. Rio de Janeiro: FGV, DAPP, 2017. Disponível em:
http://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/bitstream/handle/bdtse/4433/2017_ruedig
er_robos_redes_sociais_.pdf?sequence=1. Acesso em: 22 mai. 2020.
208
Em um universo cada vez mais tecnológico, permeado pela difusão da inteligência artificial,
onde as pessoas estão cada vez mais conectadas a objetos e ambientes virtuais, acarretando
na geração de dados interativos entre sujeitos, tanto no tempo quanto no espaço, por meio da
Internet of things (IoT). Tecnologia essa que ganha força com o advento das cidades
inteligentes. Tal sistema Smart é capaz de receber dados e informações da cidade e
transformar em alternativas para contornar os principais problemas urbanos de cada local.
No entanto, contrasta-se um evidente contraponto nessa relação entre a produção desses
dados e sua devida manutenção em sigilo. Nessa perspectiva, quanto maior o número de
dispositivos conectados, mais dados serão produzidos, e, como resultado, maior será o fluxo
informacional de dados pessoais que serão obtidos pelos controladores dos objetos
conectados à Internet das Coisas, sejam empresas ou o Estado. Dessa forma, questiona-se até
que ponto o compartilhamento desses dados (de forma intencional ou não), sob a perspectiva
do avanço do mundo Smart, configura uma relação de violação de privacidade dos seus
usuários? Para enfrentar essa indagação, o presente trabalho se utilizará do método de
abordagem dialético, uma vez que se propõe a analisar os benefícios da internet das coisas no
sentido de proporcionar significativos avanços no que tange ao progresso tecnológico das
cidades inteligentes, fazendo um contraponto com os malefícios diante da lógica da
surveillance à produção de dados em massa. Ademais, utilizar-se-á dos métodos de
procedimentos monográfico e comparativo, assim como se recorrerá da técnica de pesquisa
bibliográfica. Outrossim, com a finalidade de sanar as demandas oriundas desta pesquisa,
atentar-se-á a autores que trabalham na perspectiva da sociedade em rede, como Castells e
Magrani. O estudo proposto tem por objetivo identificar e analisar as cidades inteligentes e
seus instrumentos do cotidiano capazes de serem dispositivos vigilantes, observando o
quanto essa relação pode infringir o Direito Fundamental de seus usuários ao que tange à
116 Mestrando em Direito pelo PPGD-UFSM. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM). Integrante do Grupo de Pesquisas em Propriedade Intelectual na Contemporaneidade
da UFSM (GPPIC). Contato eletrônico: gabriellbmendes@gmail.com.
117 Mestrando em Direito pelo PPGD-UFSM. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) e em Direito pela Universidade Franciscana (UFN). Integrante do
Núcleo de Estudos Avançados em Processo Civil da UFSM (NEAPRO). Contato eletrônico:
higorlameira@gmail.com
209
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 11. ed. Traduzido por Roneide Venâncio Majer. São
Paulo: Paz e Terra, 2008. v. 1.
FAVERA, Rafaela Bolson Dalla. Surveillance e Direitos Humanos: o tratamento jurídico do tema
nos EUA e no Brasil, a partir do caso Edward Snowden. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora,
2018. v. 1.
RESUMO
REFERÊNCIAS
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Legislação na Reprodução Assistida. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do
Hospital das Clínicas da FMRP. São Paulo, Volume 51 - nº 3 - Julho/Setembro - 2018.
Disponível em: https://bit.ly/2Yrvm6Q. Acesso em: 29 maio 2020.
BELTRÃO, Silvio Romero. Tutela jurídica da personalidade humana após a morte: conflitos
em face da legitimidade ativa. Revista de Processo, São Paulo, v. 40, n. 245, p. 177-196, set.
2015.Disponível
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bi
212
FISCHER, Karla Ferreira de Camargo. Inseminação artificial post mortem e seus reflexos no
Direito Sucessório. In: Congresso Brasileiro de Direito de Família, VII, Out. 2009. Anais
Eletrônicos. [S.I]: IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família: 2009. 1-21. Disponível
em: http://www.ibdfam.org.br/assets/upload/anais/224.pdf> Acesso em: 29 maio 2020.
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan, 2017.
DELGADO, Mário Luiz. Prévia autorização na reprodução assistida heteróloga post mortem.
[S.I]: Revista Consultor Jurídico, set. 2019. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-
set-15/processo-familiar-previa-autorizacao-reproducao-assistida-heterologa-post-mortem.
Acesso em: 29 maio 2020.
213
É fato incontroverso que a missão do Direito Penal é a proteção dos bens jurídicos
mais caros aos cidadãos, tais como, liberdade e intimidade, razão pela qual não pode
haver qualquer reserva ou mitigação desta proteção. Entretanto, o Direito Penal não
se resume às instituições da pena e do crime para salvaguarda dos bens jurídicos,
inclui as garantias do denunciado, as quais constituem verdadeiros direitos humanos
e fundamentais. Dentre tais garantias, está a duração razoável do processo, que
embora já não esteja sendo concretizada efetivamente pelo ordenamento jurídico
brasileiro, nota-se que o isolamento social, devido à Covid-19, poderia prejudicar
ainda mais a aplicação. No intuito de evitar um agravamento ao processo penal, bem
como aos direitos do denunciado, com a inobservância da duração razoável do
processo, recorreu-se ao instituto da videoconferência disponível no ordenamento
processual penal brasileiro há mais de dez anos, mas subutilizado face as
controvérsias que pairavam sobre sua aplicação. Pretende-se com a pesquisa abordar
a essencialidade da videoconferência para garantia da duração razoável do processo,
principalmente diante do cenário causado pela pandemia, bem como, demonstrar que
sua utilização, ao contrário do que defende parte da doutrina, não ofende princípios
constitucionais, longe disso, assegura-os. Para tanto, utilizar-se-á o método de
abordagem hipotético-dedutivo, a fim de verificar se a hipótese ora apresentada se
confirma diante das variáveis. Nesse sentido, destaca-se que parte da doutrina que
critica a utilização do citado recurso tecnológico, entende que a videoconferência
inviabiliza a diretriz constitucional de que o denunciado tem o direito de estar na
presença física do juiz, e que impossibilita o contato psicológico com o denunciado, o
119 Advogada. Mestranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2020 – 2022).
Pós-Graduanda em Direito Penal e Processo Penal Econômico pela Pontifícia Universidade Católica do
Paraná (2019-2020). Membro da Comissão da Advocacia Criminal de Londrina. Associada ao Instituto
Brasileiro de Ciências Criminais. E-mail: aquinomariane2@gmail.com.
120 Promotora de Justiça. Mestranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2020 –
2022). Pós-graduada em Direito Penal Econômico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná
(2007). E-mail: fersoares001@gmail.com.
214
REFERÊNCIAS
BATISTA, NILO. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro. 12. ed., rev. e atual., Rio
de Janeiro: Revan, 2011.
LIMA, Renato Brasileiro de. Curso de Processo Penal. Rio de Janeiro: Impetus, 2013.
215
PASTOR, Daniel. Acerca del derecho fundamental al plazo razonable de duración del
proceso penal. REJ – Revista de Estudios de la Justicia – Nº 4 – Año 2004.
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 6. ed. rev. ampl. e atual. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2002.
216
Este artigo tem por escopo analisar os impactos das fake news nos processos
eleitorais dos sistemas democráticos, verificando como tais práticas criminosas
podem macular eleições e, consequentemente, resultar em governos ilegítimos.
Embora possua origem remota, a partir da popularização das redes sociais, as notícias
fraudulentas ganharam um poder de disseminação jamais visto: uma vez publicada,
podem atingir milhares de pessoas em fração de minuto, podendo gerar efeitos, por
vezes, irreparáveis, pois, se, por um lado, a difusão de tais conteúdos ocorra com
facilidade e rapidez, por outro lado, a sua desmitificação nem sempre é possível, pelo
menos em tempo hábil, sobretudo no que se refere à seara eleitoral. Por essa razão,
essas práticas vêm sendo disseminadas, frequentemente, nos processos eleitorais
atuais dos sistemas democráticos. Valendo-se do poder de alcance das redes sociais,
segmentos partidários difundem notícias falsas contra seus adversários, com a
intenção de angariar o máximo de eleitores, estes, muitas vezes, deslumbrados por
uma manchete atrativa e pelo bombardeio de informações próprio do mundo digital,
esquecem de verificar a procedência do conteúdo falso. As consequências dessas
condutas criminosas são desastrosas, ferem de morte o processo eleitoral limpo,
transparente e legal, violando um dos maiores instrumentos de participação política
dos regimes democráticos: o voto. Conclui-se, portanto, que a intervenção do Poder
Público, por meio de uma legislação que vise proteger o processo eleitoral,
combatendo esse tipo de prática criminosa, é imprescindível nos regimes
democráticos, sob pena de fazer ascender, cada vez mais, governos ilegítimos, mesmo
que estes tenham sido elegidos por vias ditas “democráticas”. Para a pesquisa
utilizou-se os procedimentos metodológicos bibliográficos.
REFERÊNCIAS
LIMA, Ramalho. Estudo revela que bots espalham fake news massivamente em
poucos segundos. [S. l]: Tecmundo, 24 nov. 2018. Disponível em:
https://www.tecmundo.com.br/internet/136479-estudo-revela-bots-espalham-fake-
newsmassivamente-segundos.htm. Acesso em: 02 jun. 2020.
RESUMO
REFERÊNCIAS
BUSSO, Matías et al. Learning better: public policy for skills development.
Washington: Inter-American Development Bank, 2017. Disponível em:
https://publications.iadb.org/en/learning-better-public-policy-skills-development.
Acesso em: 25 mai. 2020.
REFERÊNCIAS
ALVES, José Eustáquio Diniz. Transumano: a união do ser humano com os robôs e a
inteligência artificial. 2017. Disponível em:http://www.ihu.unisinos.br/78-
noticias/572333-transumano-a-uniao-do-ser-humano-com-os-robos-e-a-
inteligencia-artificial. Acesso em: 15 mai. 2020.
MENEZES FILHO, Naércio. Inteligência artificial e mercado de trabalho. In: PIO, Carlos;
REPEZZA, Ana Paula. Diálogos Estratégicos: O Brasil e os desafios da quarta revolução
industrial. Brasília: Secretaria Especial de Assuntos Estratégico, volume 1. Número 2,
julho/2018. p. 59-61.
SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016. 159 p.
Tradução Daniel Moreira Miranda.
224
RESUMO
126
Graduanda em Direito pela Universidade Federal da Paraíba. E-mail: heloisalunaufpb@gmail.com
225
REFERÊNCIAS
O objetivo principal deste artigo é discutir as relações de trabalho que com o advento
das novas tecnologias tenderão a aumentar a velocidade do aprendizado. As
empresas e grandes oligopólios também tenderão a acelerar cada vez a velocidade do
trabalho e das atividades principalmente em função do maior isolamento social. A
velocidade da tecnologia, portanto acelera o tempo de trabalho e a mais valia do
processo produtivo. É fundamental o trabalhador se preparar para as novas relações
de trabalho que tendem a ser editadas e reeditadas cada vez mais rápido, guiadas pela
mão do capital informacional. O conflito entre o fator humano e o fator trabalho
tecnificado e tecnológico, tende a se acelerar a mais valia do capital estendendo suas
garras para a vida privada do trabalhador. Assim a velocidade com a maior utilização
de meios digitais da atividade de trabalho. Deste modo se compreende a idéia de uma
carreira solo pode estar ameaçada, neste momento da pandemia, sendo substituída
por atividades e prestação de serviço remoto, para poucos trabalhadores,
nomeadamente aqueles que já estão inseridos nas redes sociotécnicas. Assim o
trabalho do futuro assume uma nova forma que dilapida os direitos dos
trabalhadores e já não existe mais uma carreira estável e segura em nossa sociedade,
nem mesmo para o trabalhador autônomo, na forma em que esse planejava a sua
vida há uma década atrás. A carreira e o trabalho tendem a serem incorporadas pelas
novas tecnologias na economia de amanhã e dominar melhor os recursos digitais, no
aprender via computador na adaptação a um novo contexto extremamente
competitivo. São exigências de uma sociedade baseada na econômica capitalista e do
mercado de trabalho enquanto isso no meio acadêmico se formatam discursos de
desintegração do valor do trabalho, do sentido e de sua centralidade na vida humana.
Apesar de todos os recursos tecnológicos e científicos, a universidade formadora
paulacbrognoli@hotmail.com
228
ainda não está preparando a população para o futuro do trabalho e para as demais
formas de aprendizagem do trabalho que são necessárias para a vida em sociedade.
As reconfigurações das carreiras que antes eram estáveis ou pelo menos previsíveis a
médio prazo desaparecem no mundo do trabalho função do coronavírus. Ao longo da
história mundial os direitos dos trabalhadores foram conquistados com sangue e
suor, e agora são rapidamente dilapidados pelo capital informacional. Em nome dos
direitos da grande maioria da população, direitos humanos e principalmente o direito
a vida, que lugar de proteção social terá o trabalhador do futuro?. Assim a adequação
da universidade a modalidade do trabalho remoto também é uma preparação para
um trabalho remoto. Toda esta preparação para uma modalidade de trabalho remoto
que houve na Europa não aconteceu no Brasil na forma de proteção social em que
deveria estar prevista, uma flexibilização do trabalho forjada a toque de caixa, retira
neste novo contexto os direitos dos trabalhadores. Se historicamente as leis brasileira
com a reforma trabalhista que passou a regulamentar na CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho) o trabalho na modalidade home office, que se caracteriza pela prestação
dos serviços fora das dependências da empresa. O teletrabalho surge como uma
transformação no modo de se realizar o trabalho, mediado e viabilizado pela
tecnologia da informação e da comunicação. É preciso urgência para aprender e a
desenvolver novas formas de relacionamento na sociedade, para antecipar o futuro
das carreiras e das profissões. Somente uma visão de perspectiva global pode nos
ajudar a sobreviver a pandemia. Portanto o Direito também precisa se adequar
rapidamente às novas mudanças e estender seus braços para a proteção dos direitos
dos trabalhadores. Antecipar mudanças que possam nos ajudar ainda a sobreviver
com o trabalho. O contexto do mundo do trabalho em suas relações com as novas
tecnologias imersivas e contextos sociais. Na problematização da relação do trabalho
com as práticas sociais o trabalho é o fundante do ser social, sem o seu trabalho se
mata e se morre. Como considerações finais o resultado das tecnologias, aceleram o
tempo de trabalho e o trabalhador, é preciso que o direito se levante em prol da vida
humana no planeta. A sobrecarga do trabalho aumenta a doença mental e a violência
na pandemia. Se existe uma carreira segura de trabalho, para que o trabalhador se
projete no futuro, este projeto de vida deve se situar além do capital.
REFERÊNCIAS
DE LIMA DIAS, M. S.; CALDAS BROGNOLI, P. Vivencias de las mujeres egresadas del
Programa de Posgrado en Tecnología y Sociedad (PPGTE) de la Universidad
Tecnológica Federal del Paraná (UTFPR). Ciencia y Sociedad, v. 45, n. 1, p. 37-49, 20
mar. 2020.
DIAS, Maria Sara de Lima; MOREIRA NT, Pedro; BROGNOLI, Paula Caldas. Diva
Guimarães: a filosofia de vida que faz a carreira. Cad. Gên. Tecnol., Curitiba, v. 13, n.
41, p. 185-201, jan./jun. 2020. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/cgt
RESUMO
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. Ruptura: a crise da democracia liberal. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
EMPOLI, Giuliano Da. Os engenheiros do caos: como as fake news, as teorias da conspiração e
os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições. São
Paulo: Vestígio, 2019.
MOROZOV, Evgeny. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu,
2018.
O'NEIL, Cathy. Weapons of Math Destruction: how Big Data Increases Inequality and
Threatens Democracy. Nova Iorque: Crown, 2016.
SHAFFER, Kris. Data versus Democracy: how Big Data Algorithms Shape Opinions and Alter
the Course of History. Nova Iorque: Apress, 2019.
232
130 Advogado especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá. Discente
do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSM (Mestrado). Integrante do Centro de Estudos e
Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI) da UFSM. E-mail: aguiar.jus@gmail.com.
131 Doutor em Direito pela UFSC. Docente no Departamento de Direito da UFSM e no Programa de Pós-
digitais circulam cada vez mais em grupos de interesses fechados, mostrando tão
somente conteúdos que agradam os usuários, ecoando seus interesses e fechando-os
às opiniões diversas. Isso acaba acirrando os debates acalorados já existentes em uma
sociedade com polarização política tal qual a brasileira, na medida em que, ao receber
restritivamente informações relacionadas à ideologia de cada um, o usuário passa a
pensar que apenas estas são críveis ou dignas de atenção. Os autores pesquisados
apontam a necessidade de modificar os procedimentos algorítmicos das plataformas
digitais, seja através de uma atitude da própria empresa privada ou de exigências do
poder público após fiscalização, visando uma maior autonomia dos usuários da Rede
na escolha dos conteúdos mostrados a ele, evitando assim que as informações
assimiladas sejam baseadas exclusivamente em ecos das suas próprias ideologias,
acirrando ainda mais a fragmentação da sociedade no âmbito político.
REFERÊNCIAS
PARISER, Eli. O filtro invisível: o que a internet está escondendo de você. Rio de
Janeiro: Zahar, 2012.
235
bibliográfico e documental, uma vez que se utilizou de autores que tratam de temas
relativos à democracia, internet, temas constitucionais e política nacional, bem como
o próprio documento digitalizado onde consta a decisão do Ministro Celso de Mello
(Inquérito 4.831 – Distrito Federal). A escolha dos métodos tem como objetivo
verificar as proporções tomadas pelos tweets de alguns políticos e o teor
constitucional presente neles, fazendo alguns comparativos em torno das afirmações
expostas e seus reflexos nos demais usuários da rede social em apreço. Enfim, a partir
do exposto, visualizar-se-á um pouco da influência dessa rede social perante a crise
política que nos assola e a forma com que seus usuários se articulam diante dessas
questões, bem como a maneira que o próprio Twitter assume um espectro político
relevante e possibilita a disseminação de opiniões em segundos. O presente resumo
abarca as discussões debatidas no eixo temático denominado “redes sociais e
proteção da democracia”.
REFERÊNCIAS
134
Giulia de Angelucci
135
Mariana Lemos Steinke Martins
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo precípuo fomentar o debate acerca dos
delineamentos que se apresentam ao direito à privacidade, notadamente a partir dos
novos moldes da sociedade atual marcada pelo advento da tecnologia e das
preocupações circundantes a este tema. A investigação é pautada pelo método
indutivo e possui caráter qualitativo. É por meio da análise crítico-descritiva de
revisão de bibliografia e do levantamento legislativo que despontam as inferências
aqui realizadas. O ponto de partida deste estudo é a remissão histórica do direito à
privacidade, isto ocorre pela necessidade de compreender as perspectivas
apresentadas a este direito. Partindo das predileções de Warren e Brandeis, que o
definiram como o direito à ser deixado só, acompanha-se a trajetória deste direito até
o implemento da concepção da proteção de dados pessoais como elemento intrínseco
à privacidade. Esta compreensão soma-se ao direito à ser deixado só, estendendo a
tutela jurídica da vida privada. Em seguida, norteado por três casos da jurisprudência
brasileira relacionados ao vazamento de dados pessoais – caso Netshoes, caso Atlas
Quantum e caso Banco Inter –, parte-se para a análise dos direitos coletivos em
sentido amplo, compreendendo as três categorias que o compõem (direitos difusos,
direitos coletivos em sentido estrito e direitos individuais homogêneos), bem como o
estudo sobre a reparação de danos morais causados à uma coletividade. Ainda,
explora-se a Lei Geral de Proteção de Dados e seu art. 42, que estabelece a reparação
a título de danos morais coletivos. Neste ínterim, rememoram-se os conceitos por trás
do dano moral individual e do dano moral coletivo. Depreendendo-se que para ser
passível de tutela por via de dano moral coletivo, o direito à privacidade deve ser
REFERÊNCIAS
BRANDEIS, Louis D.; WARREN, Samuel D. The right to privacy. Havard Law Review, v.
4, n. 5, dec. 15, 1890.
MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo. São Paulo: Saraiva,
2012.
MORAES, Maria Celina Bodin de. Danos à pessoa humana: uma leitura civil-
constitucional dos danos morais. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.
ROQUE, André. A tutela coletiva dos dados pessoais na Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD). Revista Eletrônica de Direito Processual, ano 13, v. 20, n. 2,
mai./ago. 2019.
239
RESUMO
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) editada em agosto de 2018, mas ainda não
em vigência, tem por objeto a proteção geral dos dados pessoais para qualquer
operação de tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito
público ou privado. Inspirada na Lei Europeia, General Data Protection
Regulation (GDPR), a lei brasileira estabelece os parâmetros pelos quais as empresas
poderão realizar o tratamento de dados pessoais, o que até então era feito de maneira
insuficiente pelas leis existentes no arcabouço jurídico brasileiro. Adequar referida
ferramenta legal aos contratos de trabalho é medida que se impõe às empresas, sob
pena de serem responsabilizadas arduamente. O descumprimento da legislação
poderá acarretar em diversas sanções administrativas, mas sobretudo, impactar
diretamente na imagem da empresa. A proteção da privacidade dos indivíduos num
mundo em que a informação circula em altíssima velocidade, muitas vezes sem
controle e com consequências indesejadas para o titular das informações, se mostra
verdadeiramente essencial. Desta feita, a presente pesquisa tem por escopo estudar
como a exigência do consentimento do titular de dados pessoais pela lei vai impactar
diretamente a conduta do empregador, modificando a rotina laboral-empresarial,
desde a fase pré-contratual até o pós extinção do contrato de trabalho, com o
manuseio destes dados até seu descarte, em especial no que tange aos dados super
sensíveis, a fim de evitar as sanções administrativas previstas na lei. Propõe-se,
portanto trazer à baila os limites do poder diretivo do empregador no que tange à
logística de manuseio destes dados e a anuência do empregado, quando há a exigência
de tal concordância e quando não há, como isto influencia na colheita destes dados, na
finalidade e limite desta captação, na possibilidade de compartilhamento e no
momento e maneira de seu descarte.Tais ponderações tem o condão de que a
136Graduada em Direito-UEL. Pós Graduada Latu Sensu Direito do Trabalho e Previdenciário UNIVEM.
Integrante do Grupo de Pesquisa Intervenção do Estado na Vida das Pessoas-INTERVEPES-
UENP.email:leticiamarilia123@gmail.com
240
REFERÊNCIAS
DELGADO, Maurício. Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16ª Edição. São Paulo:
LTr Editora Ltda., 2017.
Extensão da FADISMA. Doutora em Direito pela UNISINOS. Mestre com louvor pela Universidade
Federal de Santa Maria. Graduada em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria. Endereço
eletrônico: nkuczura@gmail.com.
243
Constituição Federal de 1988 positivou o acesso à informação, no artigo 5°, XIV. Tal
dispositivo assegura, de forma ampla, aos indivíduos o direito de serem informados.
Situação que se aplica às relações entre o Estado e particulares e entre particulares.
Especificamente quando se está diante de uma Instituição Privada, por exemplo,
deve-se, ainda, observar os ditames do Código de Defesa do Consumidor, que
apresenta igualmente o referido Direito. Dessa forma, tem-se que o emprego de
ferramentas dotadas de IA é de suma importância e traz benefícios, porém
imprescindível que os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem tenham
conhecimento acerca de como serão realizadas as correções das avaliações, o
planejamento das atividades, entre outros. No entanto, insta destacar que a IA não irá
substituir os professores, porquanto estes devem fornecer as diretrizes para o
sistema, sem que haja a substituição total. Assim, empregar-se-á um sistema híbrido,
mas para que tal funcione, necessário que os professores conheçam a ferramenta
utilizada e possam com esta “dialogar”. Já em relação aos alunos, não se faz necessário
que os mesmos saibam especificamente as variáveis das ferramentas dotadas de
inteligência artificial, mas que estejam cientes do seu emprego e forma macro de
funcionamento. Por fim, apesar de não haver legislação específica, existe previsão
constitucional e infraconstitucional que deve ser aplicada ao caso. Logo, é
imprescritível que tanto os alunos quanto os professores saibam que há o emprego
destes mecanismos, de forma que tenham acesso às informações do procedimento do
sistema.
REFERÊNCIAS
FELIPE, B. Direitos dos robôs, tomadas de decisões e escolhas morais: algumas considerações
acerca da necessidade de regulamentação ética e jurídica da inteligência artificial. Rio de
Janeiro: Juris Poiesis, 2017. p. 150-169.
244
FOLHA DE SÃO PAULO. Faculdades da Laureate substituem professores por robô sem que
alunos saibam. 2. mai. 2020. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/05/faculdades-da-laureate-substituem-
professores-por-robo-sem-que-alunos-saibam.shtml. Acesso em: 26. mai. 2020.
HOGEMANN, E. O futuro do direito e do ensino jurídico diante das novas tecnologias. Revista
Interdisciplinar de Direito, 2018. V.16. n 1. p. 2.
RESUMO
REFERÊNCIAS
BENIGER, James. The Control Revolution: Technological and Economic Origins of the
Information Society. Cambridge: Harvard University Press, 1989.
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/L13709.htm. Acesso em: 10/06/2020.
DONEDA, Danilo. A proteção dos dados pessoais como um direito fundamental. Espaço
Jurídico, Joaçaba, v. 12, n. 2, p. 91-108, jul./dez. 2011. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/espacojuridico/article/view/1315/658. Acesso
em: 09/06/2020.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Parte Geral e
140 Advogado, sócio e diretor técnico da Souza & De Lorenzi Advogados Associados (Florianópolis e
Curitiba), especializado em Direito Cooperativo. Professor de Direito Eletrônico e Direito Empresarial
no Centro Universitário OPET (UniOpet); Doutorando em Direito pela PUC/PR; mestre em Gestão
Cooperativa pela PUC/PR e especialista em Cooperativismo pela Unisinos/RS. É presidente da
Comissão de Direito Cooperativo da OAB/SC, membro da Comissão de Estudos em Cooperativismo do
Conselho Federal da OAB, e membro pesquisador do Grupo Permanente de Discussão em Blockchain e
Criptoativos da OAB/PR; Integra a Associação Internacional de Direito Cooperativo, com sede na
Espanha, bem como integra a Comunidade Internacional de Advogados Cooperativistas (IUS
Cooperativum) com sede em Luxemburgo. É membro da Blockchain Research Institute no Brasil e
board member da Crypto Jr. Blockchain and Cryptocurrency Consulting.
141 Advogada, sócia da Maffini Advogados, graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica
do Paraná, Pós-graduação em Direito Processual Civil pelo IBEJ - Instituto Brasileiro de Estudos
Jurídicos, Pós-graduação em Banking e Finanças pela PUC-PR, membro da Comissão de Direito
Bancário e da Comissão de Inovação e Tecnologia da OAB/PR; Mestre em Direito Socioeconômico pela
PUC-PR, Professora convidada do Curso de Direito Digital na Pós-graduação da PUCPR-Maringá e da
FAE Business School - Centro Universitário; e-mail: maymaffini@gmail.com
248
REFERÊNCIAS
GONÇALVES NETO, Alfredo de Assis. Sociedades cooperativas. São Paulo: Lex, 2018.
SWAN, Melanie. Blockchain. Blueprint for a new economy. O´Reilly Media. Kindle e-
book. 2015.
SZABO, Nick. Formalizing and Securing Relationships on Public Networks. ac. 1997.
Disponível em http://firstmonday.org/ojs/index.php/fm/%20article/view/548/469.
Acesso em: 30 de maio 2020.
249
RESUMO
Na medida em que as redes sociais online impõem novos desafios à democracia – que
passa a ser denominada de e-democracia, democracia digital, ou teledemocracia –
abre-se a mais diversa gama de questões para a análise das inovadoras ágoras
digitais, que ocupam espaço nessas redes, cujo desenvolvimento paulatino ocorreu
em decorrência dos avanços tecnológicos realizados ao longo dos anos. Dentre tais
desafios, situa-se a utilização de algoritmos para interferência no fluxo informacional
nas redes sociais, estabelecendo-se, assim, o seguinte problema de pesquisa: de que
modo o princípio democrático adaptou-se à tecnologia, de maneira primordial no que
tange ao uso de algoritmos nas redes sociais? De uma perspectiva metodológica,
adotou-se tanto o método hipotético-dedutivo de abordagem, uma vez que se parte
da premissa da não obsolescência do princípio democrático, como o método
estruturalista de procedimento, porquanto se parte da observação prática para o
plano abstrato, retornando-se ao plano concreto com um tipo ideal elaborado. A
presente exposição, nessa linha, apresenta como pesquisa teórica em sua natureza,
enquanto que, quanto aos objetivos, consiste em exploratória por excelência, além de
explicativa, porquanto visa a explicitar o fenômeno da adaptação do princípio
democrático ao desenvolvimento tecnológico. Com efeito, confirma-se a hipótese de
pesquisa estabelecida ao início, segundo a qual não há o que falar em novo modelo de
regime político modelado frente às novas tecnologias, apenas trata-se da democracia
adaptada às novas formas de comunicação através das redes sociais assomada à
utilização de algoritmos. Quanto a estes últimos, não há violação ao princípio
democrático, visto que a problemática não reside no algoritmo em si mesmo, mas,
sim, nas premissas pelas quais determinado algoritmo tenha sido programado.
142 Mestranda em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista integral
PROEX vinculada à CAPES. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Direitos Fundamentais
(GEDF/CNPq). Advogada. Endereço eletrônico: andressa.siqueira@edu.pucrs.br.
250
REFERÊNCIAS
RESUMO
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, p. 14, 2009.
CASTELLS, Manuel. “ espaço de fluxos” in: A Sociedade em ede. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, p. 230, 1999.
DURKHEIM, Emily. Da Divisão do Trabalho Social. São Paulo: Martins Fontes, p. 224,
1995.
253
Bianca Maschio144
Pillar Cornelli Crestani145
RESUMO
144 Bianca Maschio. Membro do Centro de Estudos e Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI),
vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sob coordenação do Prof. Dr. Rafael Santos
de Oliveira. Advogada. E-mail para contato: bianca.maschio@jobimadvogados.com.br.
145 Pillar Cornelli Crestani. Membro do Centro de Estudos e Pesquisas em Direito e Internet (CEPEDI),
vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sob coordenação do Prof. Dr. Rafael Santos
de Oliveira. Advogada e pós-graduanda em Direito Digital, pela Fundação Escola Superior do Ministério
Público (FMP). E-mail para contato: pillarcrestani.pesquisa@gmail.com.
254
REFERÊNCIAS
FACEBOOK e Instagram removem vídeo de Jair Bolsonaro por violação de regras. G1,
[s.l.], 30 mar. 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2020/03/30/facebook-e-
instagram-removem-video-de-jair-bolsonaro-por-violacao-de-regras.ghtml. Acesso
em: 25 maio 2020.
Nos últimos tempos houve uma evolução das relações pessoais da sociedade, diante
disso surgiram algumas mudanças nas relações familiares, dentre essas mudanças
contínuas o divórcio acabou não sendo mais uma barreira a ser enfrentada,
aumentando gradativamente os casos de dissolução do vínculo conjugal. Porém, na
existência de filhos, mesmo que a relação conjugal tenha seu fim, o mesmo não
acontece com o poder familiar, pois os pais têm o dever de assistência para o melhor
interesse da criança, existindo assim, os modelos de guardas, seja unilateral, seja
compartilhada, com a finalidade de propiciar a convivência familiar mais adequada a
criança, afinal, a convivência familiar é um direito humano garantido pela Declaração
Universal de Direitos Humanos da ONU e a Constituição Federal. A partir disto, o
presente trabalho tem como objetivo mostrar as barreiras da guarda compartilhada
diante da possibilidade da residência alternada, neste sentido, surge o
questionamento: Em que medida a residência alternada no instituto da guarda
compartilhada tem efetividade como uma inovadora forma de garantia de direitos
humanos à ótica da convivência familiar, respeitando o princípio do melhor interesse
da criança? Assim, para responder o problema de pesquisa utilizou-se o método de
abordagem dedutivo, com fontes bibliográficas, documentais e dados secundários.
Esta temática se enquadra na linha de pesquisa da Pontifícia Universitade Católica/PR
(PUC/PR), qual seja, Inovação e Direitos Humanos. Ademais, o tema tem grande
relevância para comunidade acadêmica no que tange o estudo do direito das famílias
visto que a guarda compartilhada é um tema inovador e desafiador para o Direito,
pois foi regulamentado como regra no ano de 2014, diante disso a fixação da dupla
146 Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria/RS (FADISMA). Telefone/Celular:
(55) 999272497. Endereço Eletrônico: camilacorral15@gmail.com;
147 Aluno do 7º semestre do curso de Direito da Faculdade de Direito de Santa Maria/RS (FADISMA).
Membro do Grupo de Pesquisa em Propriedade Intelectual e Contemporaneidade (GPPIC) da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Telefone/Celular: (55) 999888634. Endereço Eletrônico:
cesar.mayoraa@hotmail.com.
257
REFERÊNCIAS
148
Fernanda Barcellos Mathiasi
RESUMO
REFERÊNCIAS
ABRAMO, Laís. Trabajo decente y equidad de género en América Latina (pp. 978-92).
Oficina Internacional del Trabajo, 2006.
GIL, Jose Luis. Trabajo decente y reformas laborales. Revista Derecho social y empresa,
(7), 21-78, 2017.
STANDING, Guy. O Precariado: A nova classe perigosa. 1. Ed. Belo Horizonte. Autêntica
Editora, 2014.
261
REFERÊNCIAS
ROSA, João Luís Garcia. Fundamentos da Inteligência Artificial. Rio de Janeiro: LTC,
2011.
STRECK, Lênio Luiz. Hermêneutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica
da construção do Direito. 11ª. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2014.
264
RESUMO
REFERÊNCIAS
SCHUMPETER, Joseph Alois. Capitalism, Socialism and Democracy. 3. ed. New York:
Harper Colophon Books, 1950.
267
RESUMO
REFERÊNCIAS
BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2019.
KIRSZTAJN, Laura Mastroianni. A lei de segurança nacional no STF: como uma lei da
ditadura vive na democracia? 2018. 73 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Grau de
bacharel em Direito) Escola de Formação da Sociedade Brasileira de Direito Público,
São Paulo, 2018.
269
Mestre em Integração Latino-Americana pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (2000).
Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Federal de Santa Maria -
UFSM. Líder do Grupo de Pesquisa em Propriedade Intelectual na Contemporaneidade, registrado no
Diretório de Grupos do CNPq e certificado pela UFSM. E-mail: isabelcsdg@gmail.com
270
torno dos dados pessoais. Nesse sentido, a criação desses perfis acaba influenciando
fortemente as informações que chegam ao alcance dos indivíduos, através dos filtros
bolhas. Assim, há um novo modo de consumo da moda baseado na circulação da
informação, sendo esse mais um risco da sociedade informacional que precisa ser
observado, uma vez que aquele que busca informações e recebe de forma parcial e já
determinada a certos conteúdos encontra-se manipulado e ilhado por essa rede.
Dessa maneira, o profiling pode influenciar as preferências e escolhas do consumidor
na sociedade informacional, inclusive acarretando em uma diminuição da sua esfera
de liberdade de escolha, pois há um pressuposto de que aquela pessoa adotará um
comportamento predefinido. Por fim, restou claro que o tratamento dos dados
pessoais e a criação de profiling dos usuários traz uma nova roupagem na maneira de
se consumir a moda.
REFERÊNCIAS
LOJKINE, Jean. A Revolução informacional. Traduzido por José Paulo Netto. 3. ed. São
Paulo: Cortez, 2002.
RAIMUNDO, João Pedro Sargaço Dias. Uma nova frente da proteção de dados pessoais:
a (im)possibilidade de assegurar um eventual direito ao esquecimento. Dissertação
271
155 Acadêmico no curso de direito da Universidade Estadual da Paraíba, campus I. Atuou como
monitor por um ano (2017-2018) no componente curricular história do direito e um ano (2018-2019)
como estagiário na 28ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campina Grande/PB. Atualmente é
estagiário do Ministério Público Federal, em Campina Grande/PB. E-mail: gabriel.chavespb@gmail.com
156 Acadêmico no curso de direito da Universidade Estadual da Paraíba, campus I. Atuou como
monitor por um ano (2018-2019) no componente curricular direito administrativo e como estagiário
na 28ª Promotoria de Justiça da Comarca de Campina Grande/PB. Atualmente atua como pesquisador -
Iniciação Científica - CNPq/IC, na área de Direitos Sociais e é estagiário na Advocacia Geral da União -
AGU, em Campina Grande/PB. E-mail: kleberferreira.r@gmail.com
273
monitorar a temperatura corporal e outros sinais biológicos que geram dados acerca
da saúde dos indivíduos. Por sua vez, buscam-se adotar, no Brasil, meios de
monitoramento de aglomerações através do tratamento de informações contidos nos
bancos de dados das operadoras de telefonia. Ainda, a título de exemplo, na Europa
alguns aplicativos foram criados visando monitorar pessoas infectadas, desde que
obtida a devida autorização. No entanto, surgem debates acerca da violação, por
medidas como as supramencionadas, ao direito de proteção de dados pessoais,
relacionada, de forma imediata, à possibilidade de relativização dessa garantia
fundamental pelo direito à saúde e, de forma mediata, à possibilidade de uso desses
dados sensíveis para finalidades diversas. Assim, alerta Harari sobre a possibilidade
de os diversos dados coletados, somados aos biométricos antes expostos, serem
capazes de evidenciar posicionamentos particulares frente a diversas circunstâncias,
sendo possível indicar o que agrada ou não determinada pessoa. Dessa forma, faz-se
necessário observar as legislações sobre a proteção de dados pessoais, como a LGPD e
o regulamento de proteção de dados da Europa, tendo como finalidade alcançar
equilíbrio entre os princípios abordados, levando-se em conta a situação
extraordinária vivenciada. Dessa forma, é observada, como possível meio de solução
da problemática, a técnica da ponderação proposta por Robert Alexy. No entanto,
destaca-se que mesmo em momentos extremos os direitos fundamentais não podem
ser preteridos, como assentou o Supremo Tribunal Federal no julgamento de ações
direta de inconstitucionalidade referentes à Medida Provisória 954/2020.
REFERÊNCIAS
FRAZÃO, Ana; OLIVA, Milena Donato; TEPEDINO, Gustavo. Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais e suas repercussões no direito brasileiro. 1ª ed. São Paulo: Thomson
Reuters Brasil, 2019.
274
157
Lucas Henrique Muniz da Conceição
RESUMO
A expansão da Internet e das comunicações de mídia digital no século XXI foi adotada
globalmente como uma manifestação de valores democráticos e liberdades
individuais (e.g. liberdade de associação, expressão e acesso à informação).
Simultaneamente, se observa uma recessão democrática a nível mundial, com a
ascensão de governos autocráticos e populistas no começo do século. Para
compreender essa aparente dicotomia, este artigo investigará a teoria do
constitucionalismo digital, que defende a transcendência do princípio do rule of law à
esfera privada que regula relações e práticas sociais no campo digital. Essa
abordagem apresenta uma extensão da perspectiva liberal do constitucionalismo,
lançando o projeto constitucional de limitação de poder e respeito aos direitos
humanos individuais ao ambiente digital em uma estrutura normativa. Contudo,
reduzir a constituição apenas à sua perspectiva normativa não apenas implica a
derrogação de seu aspecto político na manutenção de uma sociedade democrática,
mas também falha em considerar outras complexidades sociais que influenciam os
momentos constitucionais nas civilizações ocidentais. Destarte, compreende-se que
as redes sociais exercem governança quando atuam como moderadoras das
comunicações dispostas na plataforma, regulando a liberdade de expressão de seus
usuários frente às normas e princípios dispostos em suas diretrizes estatutárias.
Desta forma, a complexidade que envolve as comunidades virtuais se alastra em
diversos aspectos da vida em sociedade. Por exemplo, enquanto as redes sociais
fornecem espaço e utilidades que permitem aos indivíduos exercer direitos
fundamentais, o exercício desses direitos está associado à produção e exploração de
dados pessoais, componente econômico que impulsiona o capitalismo
contemporâneo. Além disso, embora a publicação de conteúdos nas redes sociais
possa ser percebida como parte das operações do sistema de comunicação em massa,
a governança exercida pelo proprietário das plataformas digitais é uma expressão de
um poder político que não está vinculado às operações da política estatal. Por meio de
157 Mestre em Direito Constitucional, Birkbeck, University of London. Bacharel em Direito,
Universidade Federal do Paraná. E-mail: lmuniz01@mail.bbk.ac.uk
276
REFERÊNCIAS
BERMAN, Paul Schiff. Cyberspace and the State Action Debate: The Cultural Value of
Appl ing Constitutional Norms to “Private” egulation. U. Colo. L. Rev., v. 71, n. 4,
p. 1263–1311, 2000. Disponível em: <http://www.ssrn.com/abstract=228466>.
Acesso em: 4 dez. 2019.
GILLESPIE, Tarleton. Custodians of the Internet: Platforms, Content Moderation, and the
Hidden Decisions That Shape Social Media. New Haven: Yale University Press, 2018.
SUZOR, Nicolas Pierre. Digital constitutionalism and the role of the rule of law in the
governance of virtual communities. 2010. 292f. Tese de Doutorado, Queensland
University of Technology, Brisbane, 2010.