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A532
ISBN: 978-65-80404-12-4
ISBN e-book: 978-65-80404-11-7
CDD: 343.8107
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ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
Sumário
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PROF. DR. OKSANDRO GONÇALVES,
MIRIAM OLIVIA KNOPIK FERRAZ, BRUNA ZILLIOTTO, RICARDO BAZZANEZZE,
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RESUMOS
O PRINCÍPIO DA MELHORIA DO ARCABOUÇO INSTITUCIONAL NOS PROJETOS .
DE REFORMA DA LEI 11.101/2005: UMA LEITURA A PARTIR DE DOUGLASS
NORTH...................................................................................................................... 487
Ademar Nitschke Júnior e João Paulo Atilio Godri
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INTRODUÇÃO
Os meios adotados pelo Estado para a implementação
dos direitos dos cidadãos em busca dos objetivos funda-
mentais da República elencados no artigo 3ª da Constitui-
ção, de garantir o desenvolvimento, erradicar a pobreza e
reduzir as desigualdades sociais vêm sendo tema de deba-
te no Brasil, especialmente após as manifestações popula-
res que ocorrem por toda a América Latina.
As origens dos protestos verificados no Chile, Venezue-
la, Bolívia e Equador têm sido atribuída, essencialmente,
à incapacidade do sistema político-econômico em atender
a demandas sociais e executar medidas que promovam
desenvolvimento, mediante a implementação de políticas
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POLÍTICAS PÚBLICAS E O
PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
O estudo das políticas públicas como área do conhe-
cimento científico emergiu nos Estados Unidos com o
rompimento da tradição europeia que focava tão somente
no estudo do Estado e suas instituições e não nas ações
governamentais. Para Souza (2006, p.22) “O pressuposto
analítico que regeu a constituição e a consolidação dos es-
tudos sobre políticas públicas é o de que, em democracias
estáveis, aquilo que o governo faz ou deixa de fazer é pos-
sível de ser (a) formulado cientificamente e (b) analisado
por pesquisadores independentes”.
Uma das conceituações clássicas de políticas públicas é
a trazida por Harold D. Lasswell, no qual o autor estabe-
lece que a noção de políticas públicas advém da resposta
aos seguintes questionamentos: quem ganha o quê, por
quê e que diferença faz.
Na esteia desse pensamento, Souza (2006, p.25) resume
políticas públicas como “o campo do conhecimento que
busca, ao mesmo tempo, `colocar o governo em ação’ e/
ou analisar essa ação (variável independente) e, quando
necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas
ações (variável dependente)”.
De acordo com o Guia de Avaliação de Políticas Pú-
blicas da Presidência da República (BRASIL, 2018, p.14),
o termo “políticas públicas” é o “conjunto de programas
ou ações governamentais necessárias e suficientes, inte-
gradas e articuladas para a provisão de bens ou serviços à
sociedade, financiadas por recursos orçamentários ou por
benefícios de natureza tributária, creditícia e financeira”.
E a escolha política que decidirá o conjunto de progra-
mas ou ações que serão realizadas e colocarão o governo
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3 Informações obtidas pelas oitivas realizadas no Inquérito Civil n 06.2019.00003967-0 que tramitou
na 3ª Promotoria de Justiça de Canoinhas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A evidente escassez de recursos orçamentários dispo-
níveis nos países em desenvolvimento, especialmente na
América Latina, para promover o desenvolvimento nacio-
nal, erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades, exige
uma implementação das políticas públicas cada vez mais
eficiente, com o intuito de conciliar a concretização dos
direitos sociais com essa limitação de recursos. O desafio
é dar maior efetividade aos recursos públicos, excluindo
gastos ineficientes ou improdutivos.
E baseando-se no consequencialismo trazido pela análi-
se econômica do direito, ratificado pela legislação recente
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UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL E
RACIONALIDADE DO JULGADOR
INTRODUÇÃO
Não é incomum na sociedade contemporânea observar
decisões judiciais totalmente diferentes, mas que versam
sobre a mesma questão de direito. Para tentar evitar tal
4 Mestranda em Direito no Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito da Pontifícia Uni-
versidade Católica do Paraná (PUC/PR). Especialista em Direito Contemporâneo com ênfase no
Novo Código de Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes. Servidora pública no Tribunal
de Justiça do Estado do Paraná (TJ/PR).
5 Mestre e Doutora em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora titular do
Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).
Professora Associada da Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade
Federal do Paraná (UFPR). Advogada. Parecerista e Árbitra.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Economia Comportamental, também conhecida como
Behaviorismo, é um ramo da Análise Econômica do Di-
reito e teve como precursores Amos Tversky e Daniel
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REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Maurício Vaz Lobo. Princípio da Eficiência. In: RIBEIRO,
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A RECUPERAÇÃO DE EMPRESA:
RACIONALIDADE ECONÔMICA DOS AGENTES
OU BENESSE DO ESTADO?
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INTRODUÇÃO
O individualismo e a procura pela maximização do au-
to-interesse são manifestações triviais dos agentes econômi-
cos8, ainda mais quando expostos ao ambiente de crise fi-
nanceira da atividade empresarial em que estão vinculados.
Para a desenvoltura da recuperação de empresas, es-
tabelecida pela Lei n. 11.101/2005, o legislador se propôs
a criar uma racionalidade econômica aos procedimentos
recuperatórios, propósito, inclusive de política econômica
do Estado.
A lei de recuperação dá aos agentes a capacidade de
realizar acordos e manter a continuação da atividade do
empresário em crise temporária. E, ainda, diante de um
quadro duvidoso e de assimetria de informações, princi-
palmente pela aprovação ou não do plano de recuperação
oferecido pelo devedor, as incertezas dos agentes são mi-
nimizadas pela lei, eis que é motivada a possibilidade de
barganha e negociação entre as partes.
Todavia, apesar da racionalidade da lei, conjugando
elementos de valor, utilidade e eficiência no direto em-
presarial9, os agentes econômicos envolvidos (credores
e devedores) também são dotados de racionalidade, cuja
manifestação limitada pelo meio, tende a ser maliciosa,
oportunista e, em certa medida, até gananciosa. Os indiví-
duos são determinados pelo interesse próprio, colimando
contra a coletividade e o bem-estar social de todos.
Ainda que superável o quadro financeiro da empresa
no ambiente de aprovação do plano de recuperação, a
pressão de alguns credores, economicamente mais forte
8 Sobre os métodos de como o comportamento racional é caracterizado na teoria econômica tradi-
cional ver SEN (1999. p.26-44).
9 A respeito da aplicação da ciência econômica ao direito empresarial e da Análise Econômica do
Direito, um movimento interdisciplinar e dinâmico que traz para o sistema jurídico as influências
da ciência econômica ver RIBEIRO e GALESKI JUNIOR (2009).
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14 “A evidência empírica indica que a boa proteção legal aos credores leva a juros mais baixos e a
um mercado de crédito mais ativo. Há estudos que mostram, por exemplo, que a taxa de juros é
mais alta nos estados norte-americanos cuja legislação oferece mais proteção aos devedores e que,
nos estados brasileiros em que o Judiciário funciona melhor, a razão entre crédito e PIB é maior, o
que se observa igualmente na comparação entre países. Também há indicações de que o fato da
Lei de Falência norte-americana favorecer os acionistas em relação aos credores, comparado com
o que se observa na Europa, ajuda a explicar porque nos Estados Unidos os spreads de risco são
mais altos que na Europa.” (PINHEIRO; SADDI, 2005, p. 201).
15 “[...] a função social da empresa encontra-se indissociável de sua função econômica, i.e., de seu
papel como agente central do desenvolvimento econômico de uma nação que tenha adotado
o regime capitalista, pautado na livre iniciativa e na propriedade privada. Por conseguinte, por
função sócio-econômica pode-se entender como a adequação do exercício da empresa ao valor
social da livre iniciativa (art. 1°, IV, C.F.), sem que disso resulte qualquer prejuízo à eficiência
econômica, pressuposto para sua continuidade no âmbito das relações patrimoniais privadas. Em
suma, consiste na busca ética do lucro, à vista de princípios constitucionais (art. 1°, IV, c/c art. 170,
C.F.) e deveres de conduta que se projetam na comunhão de stakeholders [interessados diretos e
indiretos na atividade empresarial].” (MENEZES, 2013, n. p).
16 Em suma, o artigo enaltece a medida de desapropriação dos bens da Massa Falida da Sanderson
do Brasil S/A pelo Estado de São Paulo, declarando-os de interesse social, preservando, então, a
continuação das atividades de produtos cítricos na região do interior de São Paulo.
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17 Dentre as espécies fundamentais de atuação do Estado na esfera econômica do Brasil, encontra-se a Política
econômica que como expõe Emerson Gabardo: “A política econômica equivale ao planejamento (artigo
174 da CF/88) e pode ser realizada mediante normas configuradoras de instrumentos diretos de controle
(fixação de salários, racionamento, tabelamento de preços) e diretos de adaptação institucional (legislação
de efeitos concretos, criação de órgãos), além dos indiretos (de finanças, monetários, creditícios, cambiais).”
(GABARDO, 2009. p. 130). Ainda, sobre política econômica vide NUSDEO (2010, p. 171-186).
18 Para que o mercado de crédito funcione com eficiência é necessário que as leis e o Poder Judiciário,
através de seus tribunais, possibilitem a rápida e segura execução de garantias. Notadamente, a moro-
sidade da justiça tem sido um vilão nas execuções de créditos no Brasil. Sobre o assunto ver PINHEIRO
e SADDI (2005, p. 205).
19 Para o presente trabalho, o agente econômico é aquela pessoa que toma decisões econômicas.
20 Segundo LISBOA (2005, p. 46) “Um dos principais problemas da concordata era o fato de ela ser
solicitada pelo devedor e deferida pelo Juiz, sem qualquer consulta aos credores. A ausência de
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estado brasileiro colocou à disposição dos empre-
sários em dificuldade econômico-financeira uma possi-
bilidade de se reerguerem no mercado, ampliou o diá-
logo entre os devedores e os credores, e alavancou um
ambiente econômico, com maior segurança jurídica e
destinado à preservação da produção, do emprego e
do crédito.
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INTRODUÇÃO
Na busca por diferenciais competitivos, as empresas
buscam novas formas de inovar e de gerir negócios e pro-
jetos. A joint venture contratual é um meio, criado pelos
agentes econômicos, para realizar empreendimentos com-
binando flexibilidade e segurança, sem recorrer aos extre-
mos do mercado ou da firma.
Com isso, a joint venture contratual é um instrumento
do desenvolvimento econômico, pois, ao privilegiar a co-
operação, possibilita o intercâmbio de know-how e o com-
partilhamento de investimentos e riscos, tornando viáveis
projetos que poderiam ser inviáveis se a empresa estivesse
condicionada a atuar sempre de forma isolada.
O funcionamento saudável da economia, entretanto,
requer concorrência. Se as joint ventures contratuais são
uma forma de cooperação entre empresas, qual é o limite
em que esta cooperação é contraposta à concorrência ao
ponto em que se torna prejudicial para a economia?
A Constituição Federal, em seu artigo 170, concilia os
princípios da livre iniciativa e livre concorrência com a
redução das desigualdades e justiça social. Por isso, ao
estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência,
a Lei nº 12.529/2011, estabelece o objetivo de repressão
ao abuso de poder econômico, sendo este um objetivo
de interesse público, tutelado por uma autarquia federal,
o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE.
Balizado por requisitos e critérios definidos nos artigos
36, 88 e 90 da Lei nº 12.529/2011, o CADE tem competên-
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o desenvolvimento da indústria e da tecnologia,
desenvolveram-se também as relações negociais, de modo
que a dicotomia entre as soluções de mercado e as so-
luções da firma vem sendo flexibilizada. Surgem novas
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INTRODUÇÃO
Com o advento do capitalismo moderno, a evolução das
relações jurídico-econômicas tem ganho crescente relevân-
cia, demonstrando-se mais intensas quando se vislumbra
sobre a ótica de cooperação e relação entre as empresas.
A acentuada globalização da atividade econômicas fez
com que as relações empresárias se tornassem mais com-
plexas e, somadas à abertura de portas promovida pelo
desenvolvimento do comércio internacional, se percebe
a constante demanda pela criação de novos instrumentos
para potencializar a eficiência das atividades empresariais
e maximização no aferimento de lucro, sem deixar de lado
a segurança que compromete os negócios empresariais.
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36 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
37 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
38 A exemplo, olhar: AgRg no AREsp 752.321/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TER-
CEIRA TURMA, julgado em 15/12/2015, DJe 02/02/2016.
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reduzir este custo, mas não o eliminou, vez que estes sem-
pre serão incompletos. De modo inverso, o contrato só
se mostra completo ou fully specified quando o conteúdo
especifica todas as possíveis circunstâncias, presentes ou
futuras, que possam vir a ter reflexos na relação contratu-
al’’ (COSTA, 2017, p. 59).
Portanto, a função dos contratos consiste na redução
destes custos de transação, possibilitando que as transa-
ções econômicas busquem no maior grau de eficiência
possível, seja pela alocação dos riscos ou em sua redução
de oportunismo:
Explicitly specifying terms furnishes a clear framework
that defines each party’s rights, duties, and the principles
and procedures of cooperation. Wellspecified contracts
narrow the domain and severity of risk to which an ex-
change is exposed and thereby encourage subsequent
cooperation39 (POPPO; ZENGER, 2002, p. 710)
O contrato é, assim, um instituto extremamente efi-
ciente para que haja a transformação do mundo real con-
forme o interesse dos seus contratantes, pois cria deve-
res e limita as possibilidades de ação dos sujeitos. Além
disso, mais do que uma restrição ao comportamento, um
contrato sugere comportamentos desejáveis (STAJN; ZYL-
BERSTAJN, 2005, p 234).
A escolha entre o mecanismo de mercado ou o sistema
internalizado depende da compreensão de que as transa-
ções são realizadas por meio de contratos (WILLIAMSON,
2012, p. 32) bem como que custos deste serão parte dos
custos da estrutura de governança.
39 Em livre tradução: ‘’A especificação explícita de termos fornece uma estrutura clara que define
os direitos, deveres e direitos de cada parte princípios e procedimentos de cooperação. Contratos
bem especificados restringem o domínio e a gravidade do risco ao qual uma troca está exposta e,
assim, incentivar a cooperação subsequente’’
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40 Em tradução livre: a reunião de dois (ou mais) negócios independentes com o único objetivo de
obter um resultado específico que não seria possível por nenhuma das empresas.
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41 Em livre tradução: ‘’Se o contrato estiver seriamente incompleto nesses aspectos, mas, uma
vez estabelecidas as negociações originais, as partes contratantes serão trancadas em uma bolsa
bilateral, os interesses divergentes entre as partes levarão, previsivelmente, a comportamentos
oportunistas e perdas conjuntas’’
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CONCLUSÕES
Os contratos Joint Venture mostram-se como uma alter-
nativa eficaz na estratégia empresarial, sobretudo no que
respeita ao contexto internacional, dado que decorrem da
associação de empresas para alcance de um objetivo de
interesse comum, promovendo a expansão e permanência
como player na competitividade.
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INTRODUÇÃO
O título deste artigo advém da expressão norte-americana
heading south, que significa seguir em direção à um caminho
ruim. O contrário da expressão, heading north, significa alte-
rar a situação para um bom caminho, além de que North é o
sobrenome do economista Douglass North, que serve como
referencial teórico para o presente trabalho. Assim, surgiu o
título Brazil is Heading North, com sentido duplo, para indi-
car que a conclusão do presente trabalho aponta para uma
mudança positiva no país, além de informar qual a teoria
econômica que será aplicada na análise.
O presente estudo tem como objeto o ambiente insti-
tucional das startups no Brasil e os efeitos da Lei Comple-
mentar 167 de 2019, que trouxe essas organizações para o
ordenamento jurídico brasileiro. Como objetivo, busca-se
verificar se essa lei trouxe um ambiente mais favorável
para o surgimento e desenvolvimento dessas empresas.
Para alcançar o objetivo proposto, o presente trabalho
utiliza como ferramenta de análise a teoria econômica
institucional. Dentre os defensores dessa corrente, desta-
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DESENVOLVIMENTO
DA TEORIA ECONÔMICA INSTITUCIONAL
DE DOUGLASS NORTH
A economia é a ciência das escolhas dos indivíduos
(GICO JR, 2011, p. 17). Durante anos os economistas bus-
caram sistematizar as variáveis que influenciam na tomada
de decisões, de forma a prever o comportamento espera-
do dos sujeitos.
Neste âmbito, diversas teorias surgiram com novas ideias
e com focos diferenciados para atacar o problema da es-
colha humana. Em uma visão dicotômica e simplificada,
pode-se entender que parte dos economistas defende que
o ser humano é um animal racional, que escolhe a alter-
nativa que maximiza sua riqueza, e que esse pressuposto
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45 O cálculo do imposto de renda leva em conta diversos fatores, como a origem da renda e de-
duções previstas pela lei. Via de regra, a alíquota incidente desse imposto para pessoa física é
de 25%, segundo a Lei 8.134 de 1990. Para pessoa jurídica, o imposto pode ser calculado de três
formas: lucro real, lucro presumido e simples nacional. A alíquota das duas primeiras modalidades
é de 15%, de acordo com a Lei 9.249 de 1995, enquanto que a alíquota do simples nacional vai de
4% até 19% de acordo com a receita bruta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Douglass North explica que dentro de um modelo de
sociedade baseado em instituições e organizações, as mu-
danças políticas nem sempre seguem para um modelo mais
eficiente. Ao considerar que as organizações têm influência
nas mudanças das instituições formais, e que mesmo elas
possuem vícios ideológicos e de informação, não é incomum
encontrar regras alteradas para modelos menos eficientes.
Com relação a essa possibilidade, diante do exposto
neste artigo, é possível notar que esse não foi o rumo
adotado pelo Brasil. A alteração legislativa analisada torna
as instituições mais eficientes do que o modelo anterior.
As dificuldades enfrentadas pelas startups foram conside-
radas no momento da criação da Lei Complementar 167
de 2019, para o estabelecimento de um ambiente mais
favorável ao seu surgimento.
Ao facilitar a criação de empresas de base tecnológica,
reduzindo custos e burocracia, o Estado também facilita
o acesso das classes baixas e médias às oportunidades
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INTRODUÇÃO
Recentemente, diante da necessidade do crescimento
da economia e do fomento de atividades que impulsio-
nam o mercado, retomou-se o debate sobre as condições
que o Brasil fornece ao empreendedor para o desenvol-
vimento das suas atividades. Segundo o relatório Doing
Business: treinar para implementar reformas, estudo do
Banco Mundial que avalia os países em relação às facili-
dades ou dificuldades impostas aos cidadãos no momento
da abertura de seu negócio, o Brasil ocupa a posição 109ª
em universo de 190 países.
Essa análise demonstra que os incentivos trazidos pelos
legisladores e governantes são baixos para a abertura de
novos empreendimentos no país, visto que a conduta esta-
tal, em grande parte, mais acarreta empecilhos e altos custos
de transação para os cidadãos do que lhes auxilia. Um dos
obstáculos mais contundentes é no acesso ao crédito, pois,
embora se trate de um dos fatores mais essenciais às ativi-
dades econômicas (COSTA; MANOLESCU, 2004, p. 612), é
de difícil acesso aos empreendedores, sobretudo quando
verificadas as altas taxas de juros praticadas no país.
As altas taxas de juros no país decorrem da concentra-
ção do crédito nas grandes instituições bancárias, o que
afasta a concorrência e a diminuição do preço. Segun-
do o Relatório de Economia Bancária do Banco Central
(2018), a razão de concentração dos cinco maiores bancos
do Brasil nas operações de crédito estava em 84,2%, o que
significa que estes cinco maiores bancos são responsáveis
por 84,2% de todo o crédito disponibilizado naquele ano.
Ademais, o próprio Estado exerce influência nesse seg-
mento porque, segundo a literatura, os juros bancários não
são mensurados exclusivamente em face da concorrência
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FACTORING
Definição e Histórico
A Factoring, ou Empresa de Fomento Mercantil, con-
siste em uma atividade comercial com fulcro na aquisição
de títulos de crédito ou direitos creditícios de empresários,
buscando a cobrança posterior do devedor da relação ori-
ginária. Não obstante, a Factoring, além de transacionar
em relação ao crédito, comumente oferece serviços como
assessoramento creditício, gestão de riscos, estratégias de
mercado, dentre outras que as partes podem convencio-
nar (SOARES, 2010, p.32).
O início dessa atividade remonta à Idade Antiga na região
do Mar Mediterrâneo. Segundo LEITE (2004, p.33), a Facto-
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Insegurança Jurídica
A Factoring, como pode-se inferir, é uma figura impor-
tante no desenvolvimento econômico de qualquer país,
vez que possibilita o acesso de empresários ao crédito
mais rapidamente. Tudo isso é possível por conta da ces-
são de crédito civil e pela circulação dos títulos de crédito.
Os títulos de crédito são definidos pelo artigo 887 do
Código Civil, com base na concepção de Cesare Vivante
(BERTOLDI; RIBEIRO, 2008, p. 266), como “o documento
necessário para o exercício do direito, literal e autônomo,
nele mencionado”. Diante disso, percebe-se que uma das
características centrais que define esse instituto é a sua au-
tonomia entre as relações de circulação do crédito.
A circulação, nos títulos de crédito, cria a abstração e
garante a autonomia da relações (MARTINS, 2016, p.11),
bem como traz a obrigação dos codevedores das relações
pretéritas responderem pela totalidade do título, desde
que ocorra o protesto prévio (MAMEDE, 2018 ,p. 107).
Além disso, o artigo 784, I do Código de Processo Civil
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Especificidades legais
A Lei Complementar 167 de 2019 trouxe algumas especi-
ficidades em relação ao funcionamento e desenvolvimento
da Empresa Simples de Crédito. Para a compreensão global
dos impactos desta norma, se faz necessária a análise de
determinados dispositivos que trazem a diretriz dela.
Primeiramente, verifica-se a região que a ESC poderá
atuar. Segundo o artigo 1º, ela poderá, exclusivamente,
atuar no município da sua sede ou em municípios limí-
trofes, ou sejam sem a possibilidade forma em que a ESC
poderá ser constituída. Já o artigo 2º da lei, disciplina
que ela poderá adotar a Empresa Individual de Respon-
sabilidade Limitada (EIRELI), Empresário Individual (EI)
e Sociedade Limitada (LTDA) como forma do empresário.
Esta previsão traz a limitação ao indivíduo de estabelecer
a ESC como uma Sociedade Anônima, tendo em vista que
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CONCLUSÃO
A Empresa Simples de Crédito e a Factoring são impor-
tantes agentes no cenário econômico para a facilitação do
acesso ao crédito, sendo a Empresa de Fomento Mercantil
proveniente de uma necessidade e adequação do mercado
e a ESC fruto de uma opção legislativa frente a uma dor
dos empresários brasileiros. Muito embora o Brasil seja co-
nhecido pelos casos de leis ineficientes que foram elabo-
radas por seu Congresso, a LC 167 de 2019 foi positiva em
seus incentivos trazidos, principalmente no que tange à
concorrência com a Factoring, e, dessa forma, contribuiu
para que os empresários possam desenvolver sua ativida-
de e corroborar com o objetivo do legislador de aumentar
a oferta de crédito.
Pode-se perceber que os custos de transação foram mais
baixos para a ESC, visto que a faculdade de escolha dela
pelo regime de tributação pode influenciar diretamente na
sua despesa, bem como no valor final do crédito ofertado
para terceiros. Este fato pode ser verificado pela taxa de ju-
ros preliminar que a ESC oferece com pouco tempo de atu-
ação e baixo número de empresários, podendo ela chegar
a somente 36% ao ano, em um universo em que os bancos
o oferecem por 44,8% ao ano e as Factorings a 48%.
Com este cenário, a expectativa é de que o crédito ofere-
cido pela ESC continue a baixar diante da maior concorrên-
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BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de lei Complementar
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INTRODUÇÃO
De acordo com o alemão Klaus Schwab (2016, p. 11-
12), diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial,
nos encontramos na “Quarta Revolução Industrial” que,
diferentemente das pretéritas, vem com a promessa da al-
teração genética, cruzamento de dados, nanotecnologia,
internet das coisas e revolução digital.
No âmbito dos seguros, as influências dessa nova revo-
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O COMPROMETIMENTO DA EFICIÊNCIA
DAS INSURTECHS SOB A ÓTICA DA ANÁLISE ECONÔMICA
DO DIREITO
Conforme discorrido no tópico antecedente, as relações
entre seguradora e segurado se dão através de um contra-
to, denominado de apólice, que vincula ambas as partes
com obrigações recíprocas.
O inadimplemento por um dos contratantes é o maior
fator responsável por eventuais desequilíbrios contratuais,
haja vista que o valor do prêmio e a probabilidade do
risco foram previamente calculados por cálculos atuariais.
Ou seja, se alguma das partes descumpre com o estipula-
do, os valores arbitrados se alteram, acabando por onerar
excessivamente a parte prejudicada.
Ainda, os contratos de seguro possuem outra caracte-
rística importante no direito brasileiro: são contratos de
adesão. Isto, pois se aperfeiçoam mediante a aceitação
pelo segurado das cláusulas previamente elaboradas pelo
segurador e impressas na apólice, sem que tenha havido
ampla e prévia discussão entre as partes (GONÇALVES,
2018, p. 506).
E por assim ser, os contratos de adesão estão submeti-
dos ao regramento do Código de Defesa do Consumidor,
o qual prevê, em seu artigo 47, que as cláusulas contra-
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57 Os contratos de seguro são contratos de consumo por excelência não só por serem de adesão,
mas porque a própria lei consumerista assim os definiu em seu artigo terceiro, parágrafo segundo,
com a seguinte redação: Serviço é qualquer atividade fornecida ao mercado de consumo, median-
te remuneração, inclusive as de natureza (…) securitária.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho debruçou-se sobre os desafios jurí-
dicos que as Insurtechs encontrarão no Brasil em matéria
jurisprudencial.
Foi constatado que o país segue uma tendência pró-
consumerista que atribui previamente ao consumidor o
caráter de parte hipossuficiente, mesmo que em verdade
não o seja. Neste sentido, são inúmeros os casos nos quais
o magistrado condenou a seguradora a efetuar pagamento
além das cláusulas estipuladas na apólice, o que causa
desiquilíbrio contratual especialmente no que concerne ao
cálculo do prêmio.
As Insurtechs representam o futuro das seguradoras
por apresentarem métodos altamente desenvolvidos ine-
rentes a captação e leitura de dados, otimizando todo o
processo desde a contratação do seguro até o cálculo do
risco e do prêmio.
Sendo assim, a insegurança jurídica causada pela pen-
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REFERÊNCIAS
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visão Securitária no Novo Código Civil. Disponível em: <www.
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INTRODUÇÃO
As temáticas relativas às questões de integridade e de
cumprimento apresentam-se como um assunto de alta rele-
vância e incidência no cenário corporativo. Nesse sentido
não se contesta a contribuição do Compliance Empresarial
para o ideário de elevação do patamar ético das relações
negociais e a expectativa fundamental de adimplemento
às obrigações impostas e assumidas.
Não obstante a possibilidade de o Compliance Empre-
sarial ser entendido como naturalidade inerente e indis-
pensável da instituição sob o entendimento da prioridade
e primazia da integridade, questão que surge é a de se a
integridade e o cumprimento (especificamente materiali-
zados por meio da previsão contratual nos instrumentos
de pacto da corporação com seus clientes, parceiros, for-
necedores e demais terceiros) são elementos e circunstân-
cias corporativas capazes de proporcionarem resultados
econômicos benéficos para a empresa.
A partir desse problema de pesquisa e a fim de buscar
comprovar a hipótese positiva (de que a integridade e o
cumprimento, além de se demonstrarem como uma das prin-
cipais preocupações e contemplações corporativas, oportu-
nizam melhor saúde institucional), denotou-se como neces-
sária incursão nos fundamentos, aplicabilidades e benefícios
do compliance Empresarial, conceituando e contextualizan-
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COMPLIANCE EMPRESARIAL
Em termos teóricos (acadêmico-científicos) e práticos
(sobretudo no ambiente corporativo) muito se discute
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentro da problemática desse artigo, verificou-se que
uma dificuldade para a implementação, adesão e enfor-
cement do Compliance nas empresas pode se constituir
como o argumento de que as corporações não poderiam
apenas se guiar pela vontade de elevação do patamar ético
de suas negociações, eis que, observando a racionalidade
limitada dos agentes, o Compliance poderia ser visto tão
somente como um custo. Desta forma, os agentes econô-
micos enfrentam o dilema entre cumprir ou não a norma e
conhecer as possíveis consequências de suas ações. Com-
preendeu-se que o Compliance, além de não se apresentar
como um mero ou exclusivo custo às instituições, pode
se configurar como um investimento, podendo direta ou
indiretamente originar benefícios econômicos aos agentes
que optem pelo cumprimento das normas.
Além de uma dimensão ética e moral do Compliance
(que deve ser entendido como um imperativo categórico
no ambiente corporativo), necessariamente coexiste uma
perspectiva de literal e operacional cumprimento empre-
sarial, considerando-se a preocupação com o fator repu-
tacional, bem como os benefícios do Compliance Empre-
sarial (à exemplo da prevenção institucional; a redução
de custo operacional; o aumento da produtividade, apro-
veitamento e competitividade; e decorrente melhoria de
imagem), o fato de a reputação corporativa constituir-se
como um ativo da empresa e o diferencial competitivo
experimentado.
Na medida em que a rotina empresarial é baseada fun-
damentalmente em contratos (empresariais, ou seja, movi-
dos pela busca do lucro), os quais podem contribuir para
a estabilidade social e o desenvolvimento econômico, o
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INTRODUÇÃO
Um elemento comum a todos os tipos de revoluções
consiste na resistência popular contra mecanismos de
opressão perpetrados pelo próprio Estado, ao mesmo
tempo tais “movimentos” trazem mudanças profundas e
certamente não teriam acontecido caso a população não
tivesse se mobilizado para a transformação da realidade
que a afetava.
Dentro desse contexto, a Revolução Francesa se trans-
formou muito mais que no símbolo da resistência contra
os arbítrios e desmandos praticados pelo poder estatal ab-
soluto reinante na França no final do século XVIII, tornan-
do-se um acontecimento que contribuiu para a modifica-
ção da história de toda a humanidade.
Ancorando-se nos ideais de liberdade, igualdade e fra-
ternidade, a partir da Revolução Francesa, a influência
destes na construção de diferentes ordenamentos jurídicos
ao redor do mundo, fomentando-se o cenário ideal para o
surgimento do Constitucionalismo, cujas bases contempo-
râneas encontram-se assentadas na valorização e respeito
aos direitos e garantias fundamentais.
A exemplo do que se vislumbra em relação ao orde-
namento jurídico brasileiro e especificamente no tocante
ao direito de propriedade, cuja evolução normativa resul-
tou na refutação ao caráter absoluto de tal direito, objeti-
vando-se a consolidação de uma sociedade democrática e
igualitária, está o seu exercício vinculado ao atendimento
de sua função social.
A função social da propriedade apresenta-se como um
valor que concorre para a contribuição à tríade da Revo-
lução Francesa.
Partindo desse pressuposto, o presente trabalho tem
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A FRATERNIDADE E O CONSTITUCIONALISMO
MODERNO
É importante compreender que, a base para o nasci-
mento do Constitucionalismo Moderno fundado no reco-
nhecimento dos direitos e garantias fundamentais, bem
como a limitação do poder político por parte do Estado,
estão asseguradas em grande parte nas ideias propagadas
na Europa, de forma especial na França, cuja mobilização
social resultou na afirmação da fraternidade como catego-
ria política a refletir na construção das relações entre os
seres humanos.
Baseando-se no referencial teórico de Barroso (2015),
para além de um acontecimento histórico com seu próprio
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Neste contexto:
Não faz dúvida, entretanto, que o principal documento
da evolução dos direitos fundamentais para a consagra-
ção dos direitos econômicos e sociais foi a Constituição
francesa de 1848. Esse 1848 foi na Europa um ano de
graves conflitos, de “revoluções”, uma das quais foi a
que derrubou na França a monarquia orleanista. Ora,
um elemento importante nesses movimentos, e particu-
larmente no que ocorreu em Paris, foi a atuação dos
trabalhadores e dos desempregados. A conotação social
da revolução que levou à segunda república é nítida.
A Constituição então elaborada, promulgada em 4 de
novembro, é precedida de um preâmbulo e contém um
capítulo no qual se enunciam os direitos por ela garanti-
dos. No primeiro, que expressamente “reconhece os di-
reitos e deveres anteriores e superiores às leis positivas”
(III), é dada por tarefa à República “proteger o cidadão
na sua pessoa, sua família, sua propriedade, seu traba-
lho, e pôr ao alcance de cada um a instrução indispen-
sável a todos os homens”. Deve ela, ademais, “por uma
assistência fraternal, assegurar a existência dos cidadãos
necessitados, seja procurando-lhes trabalho nos limites
de seus recursos, seja dando-lhes, à falta de trabalho,
socorros àqueles que estão sem condições de trabalhar”
(VIII). Está aí explícito o direito ao trabalho, assim como,
embora a ênfase seja menor, o direito à educação (FER-
REIRA FILHO, 2016, p. 61-62).
As noções básicas de que a fraternidade deve concorrer
para a promoção de uma vida digna por parte de toda a
sociedade, desfrutando todos os seres humanos de um
mínimo existencial, sem o qual não se pode falar em uma
sociedade que se intitule fraternal.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre as revoluções que já ocorreram ao longo da his-
tória, a Revolução Francesa se revela como um aconteci-
mento ímpar, cujas lições e ideais de uma sociedade mais
justa, fraterna e democrática nortearam a construção do
Constitucionalismo em todo o mundo.
A categoria fraternidade passa de tal modo a inspirar
a construção do Constitucionalismo Moderno, implicando
em concepções teóricas e práticas que venham convergir
para ações pautadas no respeito e valorização da pessoa
do outro, refletindo na configuração de um Estado a ser-
viço do ser humano.
Reconhece na tríade liberdade, igualdade e fraternidade as
bases para a construção de novas relações entre o indivíduo
e a sociedade, assegurando o exercício do direito individual
à propriedade, este passa a ser tutelado contra arbitrarieda-
des praticadas pelo próprio Estado, desde que sua fruição
venha se dar em observância a determinados limites e aten-
didos determinados pressupostos para o bem-estar comum.
Influência que se faz presente na configuração do di-
reito à propriedade enquanto direito fundamental previsto
no ordenamento jurídico constitucional pátrio, cujo exer-
cício anteriormente tido como absoluto, passa a ser con-
dicionado em face dos pressupostos que regem a função
social da propriedade.
A função social da propriedade desponta como valor
que converge em prol da construção de uma nova socie-
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62 Mestrando pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Graduado em Direito pelo
UNICURITIBA. Integrante do NEC-UFPR e IEE da UENP. Advogado. Professor de Direito Econômico.
63 Mestranda em Direito no Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito da Pontifícia Uni-
versidade Católica do Paraná (PUC/PR). Especialista em Direito Contemporâneo com ênfase no
Novo Código de Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes. Servidora pública no Tribunal
de Justiça do Estado do Paraná (TJ/PR).
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INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo apresentar uma inte-
pretação da recente decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) sobre a exclusão do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do Pro-
grama de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS), a partir da
Análise Econômica e da Teoria dos Jogos.
Realiza-se uma revisão bibliográfica sobre o tema, com
enfoque na legislação, doutrina e jurisprudência brasileira
e, valendo-se de uma abordagem qualitativa e do método
indutivo, o artigo analisa como as decisões do STF sobre
Direito Tributário podem surtir efeitos na economia, prin-
cipalmente na atividade privada.
Além disso, apresentamos a perspectiva da recuperação
de créditos tributários, em que os contribuintes que pa-
garam por anos, indevidamente, as contribuições sociais
com a base de cálculo englobada no ICMS no recolhimen-
to do PIS e da COFINS, terão direito de usufruir do levan-
tamento dos créditos tributários.
Com a teoria dos jogos, busca-se demonstrar um ra-
ciocínio estratégico para os contribuintes de forma seme-
lhante à elisão fiscal, utilizando a possibilidade de recu-
peração de crédito como forma de investimento para os
contribuintes que foram lesados perante o fisco Federal
durante décadas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo teve por objetivo apresentar uma tese
contemporânea do Direito Tributário decidida pelo STF,
bem como os principais efeitos que a decisão pode trazer
perante a atividade econômica e para os principais interes-
sados, os contribuintes.
Nesse contexto, assinala-se que uma decisão do STF
pode ter efeitos erga omnes na área econômica, como o
caso do RE nº 574.706, oportunidade na qual a Corte Su-
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______. Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019.
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A IMPLEMENTAÇÃO DE INOVAÇÃO
ABERTA NO SETOR DE ENERGIA:
UM ESTUDO DE CASO SOB A ÓTICA DA
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INTRODUÇÃO
Os agentes econômicos, especialmente no âmbito do
mercado, tomam suas decisões motivados pela busca do lu-
cro. No âmbito empresarial, para obtê-lo, é imprescindível
que os custos decorrentes da produção e do exercício da
atividade empresarial, sejam menores do que o ganho final
obtido. Para atingir este resultado, as empresas estão em
contínuo processo de busca de mecanismos para a redução
dos custos da atividade em todos os níveis de produção.
Neste cenário, verifica-se o poder da inovação para o
desenvolvimento e crescimento da atividade empresarial,
eis que repercute diretamente no aumento da produtivida-
de e nos ganhos marginais.
Tradicionalmente, a indústria e as organizações traba-
lhavam com o modelo de inovação fechada, em que as
pessoas responsáveis pela criação, desenvolvimento e co-
mercialização de novas ideias e modelos de negócios e
produção trabalhavam para elas. Cabia às empresas, des-
cobrir o modelo inovador, para somente então, auferir os
lucros resultantes da inovação ao colocá-la no mercado.
Contudo, este cenário foi gradativamente transformado,
na medida em que se constatou a possibilidade e as efeti-
vas vantagens de se produzir inovação fora dos limites da
empresa, por meio de uma combinação de ideias internas
e externas e efetiva cooperação entre os agentes envol-
vidos no processo de inovação, o que se dá pela via do
modelo de inovação aberta.
Na inovação aberta, a ideia de que a própria empresa
é que deve ser responsável pela descoberta para que pos-
sa auferir as vantagens dela resultantes foi superada pelo
princípio de que a inovação não precisa necessariamente
ter sido desenvolvida no departamento interno de pesqui-
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66 Segundo Brito Cruz e Pacheco (2008, p. 20), a maior parte da pesquisa brasileira está concen-
trada nas universidades e centros de pesquisa - mais especificadamente, 77% dos cientistas estão
alocados em universidades e centros de pesquisa e 23% restante nas áreas de Pesquisa e Desen-
volvimento das empresas.
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INOVAÇÃO ABERTA
A inovação é um aspecto fundamental ao desenvolvi-
mento da atividade da indústria e das organizações. De
acordo com COOTER e SCHÄFER, a produtividade au-
menta especialmente através das inovações feitas pelos
empreendedores (2016, p. 69-84).
Considerada a vasta complexidade e obsolescência das
novas tecnologias, as organizações empresariais deman-
dam modelos de gestão de inovação cada vez mais céle-
res. Neste contexto, o modelo de inovação aberta tem ga-
nhado cada vez mais espaço, como forma de potencializar
a inovação dentro de organizações.
Os modelos de inovação podem ser classificados em
dois grandes grupos: inovação fechada e inovação aber-
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ANÁLISE ECONÔMICA
A transferência de tecnologia, para TERRA (2001, p. 22),
não possui por objeto apenas a produção industrial ime-
diata de um novo produto ou uma nova maneira de fazer
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que o setor energético está em desen-
volvimento e passando por mudanças, crucial o incentivo
no âmbito da inovação. Tal incentivo é possível por meio
da interação entre a universidade, o setor produtivo e a
sociedade - premissa que foi verificada mediante o estudo
de caso do Programa Copel+.
Enquanto a universidade precisa ser empreendedora
para que o conhecimento possa ultrapassar suas frontei-
ras, a indústria precisa inovar para sobreviver à concor-
rência esmagadora e atender aos anseios da sociedade por
fontes energéticas cada vez mais limpas e eficientes.
Utilizando das premissas da Análise Econômica do Di-
reito e da Nova Economia Institucional (NEI) o presente
artigo se propôs a contribuir com uma solução que otimi-
zasse a interação supracitada, apresentando a cooperação
como meio de tornar tal relação mais eficiente e dura-
doura. Igualmente, foi possível concluir que a Inovação
Aberta está atrelada não apenas à Teoria dos Custos de
Transação, mas também ao valor da transação - visto que
as interações entre parceiros em um contexto de inovação
aberta podem ser consideradas em termos de maximiza-
ção dos valores envolvidos.
Uma transição energética pautada pela racionalidade
econômica, ambiental e política exige um diálogo técnico,
institucional e político muito amplo. A salvaguarda do in-
teresse público requer o respeito da legítima diversidade
de cada setor envolvido nesse processo, num espírito de
cooperação que garanta a consistência das várias opções
através dos setores e através do tempo, em coerência com
as políticas públicas e com os acordos internacionaisde-
mocraticamente aprovados.
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INTRODUÇÃO
A corrupção é um fenômeno que pode ser observado
em escala mundial e que afeta o desenvolvimento econô-
mico e social de todos os países do mundo, diferindo em
seu grau de difusão entre diversos países. Em alguns os
casos são práticas esporádicas, em outros, a corrupção é
sistêmica. O que muda, em cada caso, são as regras for-
mais e informais e suas respectivas características, em cada
país, para a execução e supervisão das políticas públicas
de prevenção e de combate à corrupção, bem como a efi-
ciência do quadro de incentivos.
Na medida em que a corrupção se converteu em um fe-
nômeno transnacional com potencial para afetar todas as
sociedades e economias, exigiu-se dos países a necessária
cooperação internacional para a criação de tratados dire-
cionados à busca de melhorias institucionais na prevenção
ao combate à corrupção. Destacam-se os três tratados ra-
tificados pelo Brasil: (i) Convenção Interamericana contra
a Corrupção (“OEA”), em 1996; (ii) Convenção da Organi-
zação para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(“OCDE”), em 2000; e (iii) Convenção das Nações Unidas
contra a Corrupção (“UNCAC”), em 2003.
Além de ratificar esses tratados, as instituições brasileiras
têm trabalhado intensamente para o combate à corrupção.
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69 O Dilema dos Prisioneiros consiste em um jogo não cooperativo no qual os players não possuem
informações completas sobre o comportamento do outro agente (GALESKI JUNIOR; RIBEIRO,
2009, p. 111). Por sua vez, a Teoria dos Jogos tem por objetivo estudar os conflitos e as coopera-
ções entre os jogadores, analisando as tomadas de decisões em que um ou vários agentes fazem
escolhas que afetam, potencial ou efetivamente, a conduta de outros agentes. A utilização deste
método para compreensão da tomada de decisão possui como objetivos principais auxiliar no
entendimento teórico no processo de decisão dos agentes que interagem, a partir de abstrações e
pressupondo a racionalidade dos jogadores, e desenvolver a capacidade de racionalizar estrategi-
camente nos agentes (BECUE, 2011, p. 112).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise ora realizada das regras da Lei Anticorrupção
utilizou da racionalidade no processo de tomada de deci-
são dos agentes, sob uma perspectiva da análise econô-
mica do direito positiva, buscando auxiliar a compreensão
do que trata a norma jurídica, qual a sua racionalidade e as
diferentes consequências prováveis decorrentes da adoção
ou não daquela regra.
É notável que as formulações econômicas desempe-
nham e ainda podem desempenhar papel importantíssimo
quando associadas ao Direito, no sentido de garantir efi-
cácia de punições decorrentes dos ilícitos cometidos por
pessoas jurídicas contra a Administração Pública, por meio
de um método analítico e demonstrando quais os meca-
nismos eficientes para eliminar esse tipo de comportamen-
to pelos agentes dessas empresas. A teoria dos jogos, em
especial, é fundamental na dissuasão da corrupção, princi-
palmente no âmbito das grandes empresas que atuam com
o Poder Público.
Ao estabelecer a atenuação na aplicação das sanções
para a empresa que, além de cooperar com a administra-
ção pública na apuração das infrações (acordo de leniên-
cia), demonstrar que adota práticas de prevenção aos atos
de corrupção, como a existência de mecanismos e proce-
dimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à
denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códi-
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INTRODUÇÃO
Partindo da concepção de Direito Penal e de sua missão
como a realização do controle social do intolerável, identi-
ficando-se como este intolerável o ataque grave a um bem
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FINALIDADES DA PENA
A discussão a respeito da responsabilidade penal da
pessoa jurídica encontra-se intimamente ligada com o
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CONCLUSÃO
O presente trabalho teve por objetivo, com o auxílio da
metodologia propiciada pela Análise Econômica do Direi-
to, verificar a eficiência das penas pecuniárias em sede de
responsabilidade penal da pessoa jurídica.
Com base no exemplo apresentado, conclui-se, portan-
to que, a pena pecuniária se mostrou pouco eficiente para
realizar os fins da pena no cenário da responsabilidade pe-
nal da pessoa jurídica. O histórico de violações do Banco
HSBC, bem como sua reiteração após aplicação de multa
recorde demonstram a falha na finalidade de dissuadir; do
mesmo modo que a exiguidade do impacto nos negócios
os quais ainda se mantiveram extremamente lucrativos,
demonstra falha na finalidade de repressão.
Dentro de uma perspectiva técnica, deve-se aprofun-
dar os estudos para que seja possível eventualmente uma
sugestão de quais os parâmetros têm de serem seguidos
a fim de culminar em uma pena eficiente. Com efeito, a
finalidade do artigo é provocar a reflexão para consolidar
a necessidade de aprimorar e consolidar a dogmática no
sentido da responsabilização penal da pessoa jurídica, ex-
pondo a pouca eficiência das penas pecuniárias e, deste
modo abrir espaço para discussões a respeito de penas
alternativas, como restrição dos negócios ou obrigação de
implementação de programas de compliance.
294
ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
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INTRODUÇÃO
Na esfera penal, entende-se que, no momento em que
duas ou mais pessoas estão concorrendo sobre um ato
ilícito, cujo o qual, não se encontram informações neces-
sárias para a construção da justa causa, se torna necessário
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CONCLUSÃO
É do entendimento que a Teoria dos Jogos se trata da
análise matemática que busca realizar o levantamento de
dados conforme uma determinada situação em que há
conflito de interesses para traçar a movimentação mais
adequada para que haja o melhor resultado coletivo, con-
forme estudos de John F. Nash.
Nestes termos, a colaboração premiada se trata de um
benefício em que um ou alguns dos envolvidos em um
crime concordam em prestar informações úteis e necessá-
rias para que a Justiça possa adquirir maior compreensão
e propriedade da ação para proferir decisão. Com isso,
o estudo de Nash e seu conceito sobre equilíbrio seriam
aplicados para auxiliar na dosimetria da pena dos agentes
envolvidos no crime.
Deste modo, a Ação Penal de nº 5046512-94.2016.4.04.7000/
PR, de origem da 13ª Vara Federal de Curitiba, no Estado do
Paraná, que se refere ao apartamento triplex no Guarujá/SP,
mostrou preencher de forma econômica o “Dilema do Prisio-
neiro” de Albert Tucker no que favorece um os participes en-
volvidos e a Justiça, a partir da aplicação da Teoria dos Jogos.
Compreendendo-se assim que para que a Teoria dos
Jogos se torne satisfatória para os envolvidos é necessário
que quando colocados frente a possibilidade do forne-
cimento de informações para a Justiça estes colaborem
mutuamente para que não haja eventual desiquilíbrio de
condenações.
REFERÊNCIAS
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ção teórica dos métodos de resolução de disputa, 2002, 15 f. p. 2.
ALMEIDA, P.; KAJIN, M.; VIEIRA, M. Equilíbrio de Nash e Estraté-
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77 Acadêmica do Curso de Direito – 10º Semestre. Faculdades Integradas Machado de Assis – FEMA/
Santa Rosa. daiana.bvb@hotmail.com
78 Mestre em Direito, com distinção, pela Universidade de Passo Fundo - UPF (2016). Especialista
em Finanças pelo Centro Universitário Franciscano - UNIFRA (2009). Possui graduação em Ciên-
cias Econômicas (2007) e em Direito (2009) pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM.
É Procurador do Município de Horizontina/RS. Professor dos cursos de Ciências Econômicas da
Faculdade Horizontina - FAHOR e de Direito das Faculdades Integradas Machado de Assis - FEMA/
Santa Rosa. Membro do Colégio de Professores da Academia Brasileira de Direito Constitucional
- ABDConst.
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INTRODUÇÃO
Os crimes de Lavagem de Dinheiro e àqueles pratica-
dos contra o Sistema Financeiro Nacional possuem carac-
terísticas em comum, chamando a atenção pela difícil ras-
treabilidade do dinheiro e pela dificuldade da produção
da prova necessária para eventual condenação, o que se
torna extremamente dispendioso para o Estado. A Análise
Econômica do Direito e a Teoria dos Jogos utilizam-se de
estratégias para atingir os melhores resultados da forma
menos onerosa possível, sem colocar em risco os direitos
e garantias fundamentais do investigado. Trata-se, pois, de
uma estratégia, através da qual o autointeresse do agente
é utilizado como forma de romper a cooperação estabele-
cida entre os membros da organização criminosa. Ou seja,
os indivíduos deixam de ter incentivo para cooperarem
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do presente artigo, pode-se constatar as falhas,
equívocos e inconsistências da Lei 7.492/1986, que define
os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Portanto, o
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nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
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______. Lei nº 12.683, de 9 de julho de 2012. Altera a Lei nº 9.613/1998,
para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lava-
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INTRODUÇÃO
As alterações realizadas periodicamente no sistema ju-
rídico-previdenciário buscam a maximização dos recursos
investidos na Seguridade Social, que são provenientes da
contribuição direta (por meio da contribuição social) ou in-
direta (por meio de tributos) e que devem ser aplicados sob
a ótica dos princípios da Universalidade e da Solidarieda-
de. Essas alterações, entretanto, preferenciam a análise dos
efeitos a curto prazo, pautando-se na escassez dos recursos
para justificar alterações que ferem direitos expectados.
Propõe-se, a partir disso, a aplicação – anterior às al-
terações legislativas – da Análise Econômica do Direito
(AED) para garantia da eficiência do sistema. Para isso,
descreve-se o sistema da seguridade, com foco na Previ-
dência Social, e, após análise das reformas constitucionais
promovidas, pretende-se demonstrar a aplicação dos con-
ceitos da AED no direito previdenciário.
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82 Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente
exigir a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço
nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país
(DUDH, 1948).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo demonstrou a necessária aplicação
da Análise Econômica do Direito para a compreensão do
sistema de previdência no Brasil. Para tanto verticalizou-se
a pesquisa no enfoque da eficiência para a proteção dos
indivíduos, sendo esta alcançada quando não for possível
alcançar o mesmo resultado empregando menos recursos
e quando não for possível alcançar melhores resultados
com a mesma quantidade de recursos empregados. De
forma conjunta analisa-se a compreensão das consequên-
cias das legislações e o impacto ao INSS, poder judiciário
e beneficiário.
A metodologia utilizada foi a lógico-dedutiva, por meio da
aproximação dos conceitos e premissas da seguridade social
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INTRODUÇÃO
Depressão e distúrbios de ansiedade podem ser con-
siderados, hoje em dia, uma das doenças mais comuns
em quase todas as faixas etárias. Depressão é caracteri-
zado por uma “perda de interesse e prazer nas atividades
habituais, pela diminuição da energia, com sensação de
cansaço, que leva a uma diminuição das atividades.”86 Ou-
tros sintomas podem ocorrer como “falta de concentração
e atenção; a baixa autoestima, sentimento de culpa ou
inutilidade, pessimismo, alterações de apetite e do peso
corporal, alterações no padrão do sono. As ideias e os
atos suicidas não são raros.”. Já o transtorno de ansiedade
e caracterizado como “preocupações, tensões ou medos
exagerados; sensação continua de que um desastre ou
algo ruim vai acontecer; preocupações exageradas com
saúde, dinheiro, família ou trabalho; medo extremo de al-
gum objeto ou situação em particular; medo exagerado
de ser humilhado publicamente; falta de controle sobre os
pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem inde-
pendentemente da vontade; pavor depois de uma situação
muito difícil.”87
Tanto depressão quanto transtornos de ansiedade são
doenças que podem vir a se tornar patológicas, isto é,
prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e
somático (corporal). Isso impede milhares de pessoas de
construírem relações sociais88, isso é extremamente preju-
dicial aos mesmos.
Ambas as doenças afetam diversas áreas do indivíduo
86 MELLO, Marília de Souza. Glossário do ministério da saúde: Projeto de terminologia em saúde.
[S. l.]: Editora MS, 2004. Página 40.
87 Secretaria da saúde de Curitiba. Ansiedade (folder impresso)
88 Segundo Max Weber, a definição de relações sociais seria “o comportamento reciprocamente
referido quanto a seus conteúdos de sentido por uma pluralidade de agentes e que se orienta por
essa referência”
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91<https://ourworldindata.org/mental-health#prevalence-of-anxiety-disorders>
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92 Esses números foram extraídos de cálculos matemáticos do valor de 210 milhões de brasileiro
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93 Generalização de dados é algo muito presente na microeconomia. Não é viável analisar cada
variável individualmente, logo, se generaliza para poder obter um resultado, ou solução, mais
abrangente.
94 Causalidade de Granger nos diz que correlação não implica em causalidade, ou seja, não é por-
que dois eventos ocorreram simultaneamente que um originou outro ou que foi a causa do outro.
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96 “The part of microeconomic theory called welfare economics explores how the decisions of many
individuals and firms interact to affect the well-being of individuals as a group. Welfare economics
is much more philosophical than other topics in microeconomic theory.”
97 Comparar os custos e os benefícios de um bem público para a sociedade.
98 Aquilo do qual você abre mão por fazer algo. Se faço uma política pública para saúde, deixo de
fazer uma para incentivar o empreendedorismo.
99 Proibição religiosa ou controle social que restringe o uso de uma linguagem, de um gesto ou
comportamento.
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ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
100 Segundo Hebert Simon, laureado Nobel da economia em 1978, a racionalidade limitada é com-
posta por três dimensões: A informação disponível, limitação cognitiva da mente individual e o
tempo disponível para tomada de decisão
101 Como a instituição seria publica, fica a cargo do SUS contratar psicólogos para atuar nessa área.
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102 O cidadão é automaticamente registrado como doador de órgãos, não requisitando seu con-
sentimento
103 Para a coleta desses dados e resultados deveria ser feita uma pesquisa ex-post-fact, porem a
mesma iria demorar muito tempo para ser feita.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A depressão e ansiedade são um dos males modernos
mais agravantes. Seus motivos são diversos e seus impac-
tos mais ainda. A eficiência no mercado do trabalho tende
a cair muito pois o trabalhador não se sente motivado para
executar suas funções, isso prejudica tanto ele quanto as
empresa como um todo.
Há diversas maneiras de abordar esses problemas. Polí-
ticas públicas se mostram as mais eficientes pois, a mesma
pode abordar em larga escala, tanto em quantidade quan-
to em território.
A utilização do efeito Nudge em combinação com as
políticas públicas acaba dando margem para maiores ca-
minhos a serem seguidos. O modelo apresentado, com
base em um estudo de caso da doação de órgão na Espa-
nha através do sistema opt-out, nos dá ideia de que ma-
neira prosseguir.
O modelo criado, pode ser aplicado sem muitos pro-
104 Não precisaria ser necessariamente sobre o indivíduo, pode ser sobre algum colega de sala por exemplo
370
ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
REFERÊNCIAS
MELLO, Marília de Souza. Glossário do ministério da saúde: Projeto
de terminologia em saúde. [S. l.]: Editora MS, 2004.
Secretaria da saúde de Curitiba. Ansiedade (folder impresso)
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ANAMT (Brasil) (org.). As 10 carreiras que mais causam depres-
são. [S. l.], 18 nov. 2015. Disponível em: https://www.anamt.org.
br/portal/2015/11/18/as-10-carreiras-que-mais-causam-depressao/.
Acesso em: 3 nov. 2019.
MATEUS, Mário Dinis. Políticas de saúde mental: Baseado no cur-
so Políticas públicas de saúde mental, do CAPS Professor Luiz da
Rocha Cerqueira. São Paulo: SPDM – Associação Paulista para o
Desenvolvimento da Medicina, 2013. 402 p.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia. 6. ed. [S. l.]: Cengage
Learning, 2014. 824 p.
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INTRODUÇÃO
A presente análise abordará o tratamento de saúde
prestado na forma de atendimento domiciliar, conhecido
como Home Care, que é basicamente oferecido no Brasil
por empresas privadas especializadas, circunstância que
o torna de difícil acesso, sobretudo em razão do elevado
custo de contratação. Destaca-se, de pronto, que em al-
guns países ele é fornecido por operadoras de planos de
saúde, e tem se mostrado, em determinados casos, mais
econômico do que semelhantes tratamentos disponibiliza-
do em ambiente hospitalar.
Busca-se, com essa análise, perscrutar o porquê des-
sa forma humanizada de atendimento não ser oferecida
no Brasil, voluntariamente, tanto pelo Estado como por
operadoras de planos de saúde, visto que, na maioria dos
casos, ela somente acaba sendo disponibilizada compulso-
riamente, mediante provimento jurisdicional. Para tanto, o
estudo referencia-se na legislação pertinente e em autores
de Direito Administrativo, Civil e Constitucional, baseado
na temática específica do atendimento Home Care na esfe-
ra da saúde, visando uma análise quanto à sua aplicabili-
dade ou inaplicabilidade na realidade brasileira, tendo por
elemento norteador a análise econômica do Direito.
Pretende-se desenvolver uma abordagem de caráter re-
flexiva e com fundamentação histórica, analisando-se o
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ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
107 Para Bucci, as políticas públicas se desenvolvem em três estágios, quais sejam, o primeiro
momento que é o da formação, no qual se refere a apresentação dos pressupostos técnicos e
materiais. O segundo momento que é o da execução, que consiste nas medidas administrativas,
financeiras e legais utilizadas para sua implementação, e o terceiro e último momento que é o
da avaliação, no qual analisa-se os efeitos sociais e jurídicos no processo de atuação da política
pública (BUCCI, 2006).
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(IN)VIABILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DO
ATENDIMENTO HOME CARE A PARTIR DE UM COTEJO
COM A ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO (AED)
Um aspecto relevante, no que tange à definição, exe-
cução e eficácia das políticas públicas, e que tem tomado
corpo na conjuntura atual é a necessidade de se ter em
conta, em todas as fases daquelas, a Análise Econômica
do Direito (AED). Esta teoria, segundo Coura, busca na
economia subsídios para otimizar ações, podendo resultar
em ganhos financeiros. Seus postulados foram utilizados,
por exemplo, pelo Ministro Luis Felipe Salomão, do Supe-
rior Tribunal de Justiça (STJ), para fundamentar seu voto
na decisão do Recurso Especial o nº 1.162.283, no ano de
2015, em julgamento relativo ao reequilíbrio contratual de
financiamento habitacional, quando defendeu a conexão
das ciências jurídicas e econômicas (COURA, 2017, s.p.).
Nesse julgado, o aludido Ministro argumentou que a
AED permite maior previsibilidade, que se transforma em
segurança nas operações econômicas e sociais, tornando
os setores públicos e privados mais sustentáveis, com ins-
tituições mais sólidas aptas a reforçar tanto a economia,
como a própria sociedade (COURA, 2017, s.p.).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atuação do Estado, representado pelos poderes Exe-
cutivo, Legislativo e Judiciário, materializa-se, principalmen-
te, por meio de ações positivas que buscam garantir aos
indivíduos o alcance a uma vida digna. Este é o seu papel
fundamental como Estado Social Democrático de Direito,
qual seja buscar sempre o atingimento do interesse público
primário. Todavia, existem mazelas nas quais, embora haja
um esforço conjunto de seus órgãos, seus objetivos não se
concretizam adequadamente, o que acaba por gerar defici-
ências que impactam diretamente na vida das pessoas.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as con-
dições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organiza-
ção e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras pro-
vidências. Brasília: Senado Federal, 1990. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 23 maio 2019.
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INTRODUÇÃO
No contexto da análise econômica do direito, escolheu-
se uma decisão paradigmática que integrasse uma área di-
versa do direito, assim, a coleta de células-tronco, conside-
rada como uma biotecnologia que traz aos seres humanos
a viabilidade de prevenção e tratamento patógenos graves
como a leucemia foi a temática escolhida e presente no
Recurso Especial nº 1.291.247 julgado em 2014. Nesta de-
cisão, os fatos giram em torno da modalidade de dano
referente a perda de uma chance, que a cada espaço de
tempo é mais aceita nos tribunais brasileiros.
Desta feita, o objetivo da pesquisa, foi buscar a partir
de uma análise a Teoria da Perda de uma chance a forma
como esta é construída em um fato concreto e entender
de que forma ocorre sua classificação e valoração sob a
luz na análise econômica do direito. Para tanto, questiona-
se sua peculiaridade referente a certeza do dano sobre o
patrimônio jurídico e a forma como é realizado o arbitra-
mento da indenização.
Para construção dos objetivos, utilizou-se a metodolo-
gia lógico-dedutiva através da própria decisão e doutrinas
específicas sobre a Teoria da Perda de uma Chance, Aná-
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CONCLUSÃO
A partir do estudo de caso realizado acerca da Teoria
da Perda de uma Chance buscou-se aprofundar a temática
da referida teoria em contraponto a uma realidade com
sujeitos e problemáticas humanas e latentes.
Destaca-se que além de existir divergência entre os entendi-
mentos de doutrinadores e até mesmo nos tribunais, percebe-
se que a importância de se trazer maiores fundamentos para
agregar sua concretude é essencial, além da necessária pre-
caução durante a sua classificação para que não se torne um
recurso inefetivo tão cedo para o mundo jurídico brasileiro.
Desse modo, primeiramente demonstrou-se que o
dano originado da perda de uma chance no processo
em questão não seria aplicável, pois, devido à falta de
certeza sobre a chance da criança ter ou não uma do-
ença futuramente era improvável, visto que não possuía
doença prévia. No entanto, esse ponto, foi esclarecido ao
momento que se verificou que o ‘pode ser indenizável’,
ou seja, o objeto da ação, é a chance perdida de um pos-
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REFERÊNCIAS
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COOTER, Robert D.; ULEN, Thomas. Direito e Economia. Tradução:
Luís Marcos Sander, Francisco Araújo da Costa. 5 ed. Porto Alegre,
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FRANCO, Paulo; PORTO, Antonio Maristrello. A Teoria da Perda de
uma Chance e a Microeconomia. Economic Analysis Of Law
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111 Acadêmica em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Contato: arianedalaz@
gmail.com
112 Mestranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Especialista em Direito
Ambiental e Bacharel em Direito pela mesma instituição. Contato: jessihfer@gmail.com
113 Mestranda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Bacharel em Direito
pela mesma instituição. Especialista em Direito Contemporâneo com ênfase no Novo Código de
Processo Civil pela Universidade Cândido Mendes. Contato: fernandahuss@hotmail.com
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ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo realizar uma Aná-
lise Econômica do Direito (AED) com relação à criminali-
zação do aborto no Brasil, com base em pesquisas que de-
monstram que demonstram os autos índices de prática de
aborto e a decorrente mortalidade materna, sendo que
a descriminalização do aborto no país poderia melhorar a
saúde pública e, ainda, ser menos custoso para Sistema
Único de Saúde (SUS).
Sendo assim, com base em dados da Organização
Mundial de Saúde, além do auxílio dos ensinamentos
da doutrina, este estudo conceitua o que é o aborto e
quais suas consequências quando realizado clandesti-
namente, além de conectá-lo à Análise Econômica do
Direito.
Ainda, elenca o fundamento da criminalização desta
conduta perante o Código Penal Brasileiro, bem como
enumera os casos em que é permitido o aborto.
Por fim, questiona-se se a criminalização é o caminho
mais eficaz, a partir do conceito de eficiência trazido pela
AED, para a problemática apontada, tanto para que ocor-
ra não somente um menor gasto do Estado com a saúde
materna, mas também para que o número de mortes cau-
sadas pelo abortamento seja reduzido.
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A CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO
Dentre as condutas regulamentadas pelo Direito está a
prática do aborto, ou seja, a interrupção da gravidez, sen-
do tipificado como crime nos artigos 124 a 127 do Código
Penal, que assim dispõe:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Código Penal dispõem ser o aborto crime no Brasil,
com exceção de hipóteses taxativas previstas no art. 128
da Norma Punitiva e ADPF 54. Contudo, mesmo sendo
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REFERÊNCIAS
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114 Graduando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR. E-mail: mar-
cos,guilherme96@gmail.com
115 Graduando em Direito pelo Centro Universitário Curitiba – UNICURITIBA. E-mail: v.ernesto@
hotmail.com
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INTRODUÇÃO
É pela Análise Econômica do Direito, devido sua inter-
disciplinaridade entre Economia e Direito, que se pode
verificar um resultado positivo no desenvolvimento do
país através do crescimento econômico influenciado pelo
Direito e vice e versa.
Em um cenário global, já se percebe a capacidade eco-
nômica que a comunidade LGBTI+ possui, especialmente
quando se trata em lazer, consumo, cultura e turismo.
Devida a evolução da sociedade e da universalização
trazida pelo advento de facilidades tecnológicas, as bar-
reiras entre sociedades foram levantadas, e aqueles que
antes não possuíam voz para declarar sua existência e im-
portância no meio em que viviam começaram a ter uma
mudança em seu comportamento.
Somando a isso, a internet trouxe novas formas das
empresas buscarem sua solidificação e expansão, possibi-
litando atingirem novos mercados que não tinham a pos-
sibilidade anteriormente. Com isso vem a necessidade de
se adequar a aqueles mercados diferentes e suas culturas,
levando-as a utilização novas formas de atrair o público.
A tecnologia é um fato de transformação, visto que di-
funde a informação, sendo fato gerador de educação para
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119 Pink Money, ou dinheiro rosa, é uma expressão que descreve o poder de compra dos membros
da comunidade LGBT. O pink money é quase um segmento de mercado, com a ascensão da luta
pelos direitos LGBT, o público gay passou a ser um consumidor em potencial e com isso diversas
empresas voltaram suas atenções para as demandas do grupo. (QUEVEDO, 2018)
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121 Todos esses fatores colaboraram para que a universidade absorvesse e utilizasse os impulsos
provenientes da área econômica, e fizeram com que a Escola de Chicago se tornasse conhecida
pelas seguintes características, em termos de Análise Econômica do Direito: confiança básica nas
instituições jurídicas do capitalismo, forte carga de estudos empíricos e ceticismo a respeito da in-
tervenção estatal no funcionamento dos mecanismos de mercado. (JAKOBI; RIBEIRO, 2014. p. 09)
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ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO: RESULTADO DE PESQUISA DO GRAED
122 “Mercado” é qualquer situação em que pessoas que têm bens ou serviços para oferecer pro-
curam apresentar-se frente a pessoas interessadas em obtê-los, ou, ainda, aquela em que muitos
compradores potenciais buscam se apresentar frente à pessoa ou às pessoas que tenham bens ou
serviços a oferecer, podendo, portanto, os dois fenômenos ocorrer simultaneamente. (MACKAAY;
ROUSSEAU, 2020. p. 91).
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123 A professora baiana Patrícia Braille, que trabalha com educação especial e tem muitos amigos
cegos¹, sempre sentiu a necessidade de incluir legenda de descrição nas fotos que compartilhava
em seu blog e Redes Sociais. [...] E foi pensando nisso e para melhorar o entendimento desta
audiência especial, que a hashtag #PraCegoVer foi incorporada antes da descrição como forma de
deixar claro o motivo do texto, separando melhor a legenda da foto da descrição da imagem. Al-
gumas marcas, empresas em geral e instituições já aderiram ao movimento e criaram suas próprias
Tags de acessibilidade. (CARACHO, 2019).
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128 Graduanda em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Membro do Grupo de
Estudos de Análise Econômica do Direito. Pesquisadora de Iniciação Científica 2019-2020. ariefer-
nedaxx@gmail.com.
129 Mestrando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Graduado em Direito
pela FAE. Membro do Grupo de Estudos de Direitos Humanos e Empresas. Professor Convidado.
Advogado. E-mail: pedro@martinelliguimaraes.com.br.
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INTRODUÇÃO
Para além do prisma do Direito Positivo que permeou a
ciência jurídica ao longo do Século XX, de modo gradiente
a multidisciplinaridade e o debate direto com outras áreas
do conhecimento, como a psicologia e a economia, urgem
como uma nova tônica da pesquisa jurídica.
Tal postura empreende um sem número de janelas am-
pliativas para a compreensão doo Direito contemporâneo,
das suas bases principiológicas, passando pelo processo
legiferante até o efetivo exercício jurisdicional; lembre-
mos, pois, que o âmbito jurídico não constitui um espaço
em alijado da realidade, pelo contrário. É um elemento da
zeitgeist, um fruto do seu tempo, o influenciando e por ele
sendo influenciado.
Trata-se de uma atividade imperativa ao regular exercí-
cio do Direito na atualidade, sobretudo quando a socieda-
de busca nas fileiras jurídicas respostas às mazelas contra
ela impingidas. Embora não caiba ao Direito a dura tarefa
de ser a panaceia para todas as agruras do mundo, justo
afirmar, noutra mão, que seu exercício deve se reportar
aos fins que o concebem.
Neste passo, economia e psicologia, exemplos supra-
citados, são constitutivos ao Direito no eixo central dos
estudos acerca de quais vetores compõe o processo de
decisão; não exaurindo a questão, mas é notável a pre-
sença da intersecção entre a Análise Econômica do Direito
e a Economia Comportamental dentro do tópico. Trata-se
precisamente do objeto deste estudo.
Tendo como ponto focal uma análise teórica objetivada
ao fomento de estudos futuros sobre a temática, inicial-
mente serão abordados elementos gerais e introdutórios
da análise econômica do direito, para, num segundo mo-
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo buscou analisar teoricamente os fun-
damentos e os objetivos da Análise Econômica do Direito,
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131 Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, especialista em Direito e
Criminologia pela PUC-RS e professor da FAE.
132 Acadêmica de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, bolsista no PIBIC pela
PUC-PR e pesquisa nas áreas de direito penal e questões de gênero.
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1. INTRODUÇÃO
A Constituição da República promulgada em 1988 foi,
em tese, inequívoca ao dispor que ninguém será conside-
rado culpado - e, consequentemente, cumprir pena como
se o fosse - até o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória (Artigo 5º, inciso LVII da CR/88), em espe-
cial atenção ao princípio da presunção de inocência já
previsto pela Declaração Universal de Direitos Humanos,
em 1948133.
Ainda assim, tal entendimento não é unânime entre os
juristas brasileiros, de modo que desde a promulgação do
Código de Processo Penal, em 1941, há controvérsias so-
bre a possibilidade da execução provisória da pena priva-
tiva de liberdade.
Recentemente, foram julgadas as Ações Declaratórias
de Constitucionalidade n. 43, 44 e 54, quando o Supremo
Tribunal Federal voltou atrás acerca do entendimento pro-
ferido no HC 126.292, retornando ao paradigma de que
a prisão só pode ocorrer após esgotados todas as possi-
bilidades de interposição de recursos – ou seja, após o
trânsito em julgado.
Causando desagrado a uma quantidade significativa de
advogados, juízes, membros do Ministério Público e de-
putados, além de repercutir pressão social por uma par-
cela da sociedade civil, novos esforços estão sendo em-
pregados para alterar a legislação vigente - seja através
de Emenda à Constituição ou por alteração no Código de
Processo Penal para reafirmar o posicionamento adotado
pelo Supremo Tribunal Federal em 2016.
Nesse contexto, percebe-se que a discussão acerca da
133 Artigo 11. § 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente
até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no
qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
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134 Súmula n. 9/STF – “A exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia consti-
tucional da presunção de inocência”.
135 Art. 283, Código de Processo Penal – “Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sen-
tença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude
de prisão temporária ou prisão preventiva.”
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137 Segundo BARR (2012), Eficiência ou óptimo de Pareto é um conceito desenvolvido pelo italiano
Vilfredo Pareto, que define um estado de alocação de recursos em que é impossível realocá-los
tal que a situação de qualquer participante seja melhorada sem piorar a situação individual de
outro participante
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138 Dados extraídos do Justiça em Números 2019, publicado pelo Conselho Nacional de Justiça.
139 Ibidem.
140 Dado extraído do relatório do Levantamento Nacional de informações penitenciárias, atualiza-
ção junho de 2017, p. 11.
141 O número total de custodiados no Brasil é calculado pela soma das pessoas privadas de liber-
dade no sistema prisional estadual, nas carceragens das delegacias, além daquelas custodiadas no
Sistema Penitenciário Federal, conforme informa o INFOPEN.
142 Dado extraído do relatório do Levantamento Nacional de informações penitenciárias, atualiza-
ção junho de 2017, p. 25.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A protelação do cumprimento da condenação por meio
de incansáveis recursos até o esgotamento da via recursal,
a aparente impunidade de criminosos e a adoção do mo-
delo de antecipação da culpabilidade por outros Estados
são alguns dos principais argumentos de quem se declara
favorável à prisão após a ratificação da condenação em
segunda instância.
Contudo, ainda que o dilema se valha de questões judi-
ciais, morais e até mesmo sociológicas – como o medo da
impunidade -, a inclusão da escola de pensamento da Aná-
lise Econômica do Direito se mostra necessária na reflexão
acerca da adoção – ou não – desse modelo no ordenamen-
to jurídico brasileiro, sob uma perspectiva econômica que
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