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CAMPUS DE GURUPI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS E
AMBIENTAIS
Gurupi/TO
2021
ANDRÉ ORATHES DO RÊGO BARROS
Gurupi/TO
2021
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora
___________________________________________________
Prof. Dr. André Ferreira dos Santos, UFT
___________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Indara Soto Izquierdo, UFT
_________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Vanessa Coelho Almeida, UFT
Gurupi, 2021
A minha esposa e nossas famílias.
“Sobre o Telhado
flores de castanheira
ignoradas”
- Matsuo Bashō
.
AGRADECIMENTOS
Figura 1 – Telhas de fôrma colonial (a), italiana (b), romana (c), portuguesa (d) e francesa
................................................................................................................................ 19
Figura 2 – Primeira patente de telha de concreto, por Adolf Kroher, 1844 ........................... 20
Figura 3 – Diferentes colorações de telhas de concreto ......................................................... 22
Figura 4 – Aditivos naturais e sintético: A) Tanino, B) Lignina, C) Plastificante ................. 32
Figura 5 – Preparação do traço: A) Misturador industrial, B) dosador de telhas. .................. 33
Figura 6 – Prensagem e corte das telhas ................................................................................ 33
Figura 7 – Telhas acomodadas nas prateleiras móveis para processo de secagem em
estufa. ..................................................................................................................... 34
Figura 8 – Desenforme das telhas dos Tratamentos T1, T2, T3 (com adição de lignina) e
testemunha ............................................................................................................. 34
Figura 9 – Telhas nas baias de cura ....................................................................................... 35
Figura 10 – Desenforme das telhas dos tratamentos T4, T5 e T6 (com adição de tanino) .... 35
Figura 11 – Determinação do peso seco das telhas de concreto. ........................................... 37
Figura 12 – Esquema para determinação do empenamento das telhas .................................. 37
Figura 13 – Esquema para medição do Gap entre as telhas ................................................... 38
Figura 14 – Conformação das telhas para a medição do gap ................................................. 38
Figura 15 – Telhas imersas em água para o processo de absorção e determinação do peso
úmido e do peso seco em balança digital .............................................................. 39
Figura 16 – Ensaio de carga de ruptura à flexão na prensa hidráulica com célula de carga .. 40
Figura 17 – Esquema para aplicação da carga de ruptura à flexão na telha de concreto ....... 40
Figura 18 – Esquema para medição da profundidade do perfil ............................................. 40
Figura 19 – Adesão à forma, desagregação e quebra das telhas ............................................ 44
Figura 20 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a força máxima (Kgf) aplicada para
o rompimento das telhas após 7 dias de cura ......................................................... 50
Figura 21 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a absorção (%) de água após 7 dias
de cura .................................................................................................................... 50
Figura 22 – Correlação entre a absorção (%) de água e a força máxima (Kgf) aplicada para
o rompimento da telha após 7 dias de cura ............................................................ 51
Figura 23 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a força máxima (Kgf) aplicada para
o rompimento das telhas após 28 dias de cura ....................................................... 52
Figura 24 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a absorção (%) de água após 28 dias
de cura .................................................................................................................... 52
Figura 25 – Correlação entre a absorção (%) de água e a força máxima (Kgf) aplicada para
o rompimento da telha após 28 dias de cura .......................................................... 53
Quadro 1 – Quadro de classes de perfil e carga de ruptura a flexão permitida para cada ..... 41
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS .............................................................................................................................. 17
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 17
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................... 17
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................ 18
3.1 TELHAS DE CONCRETO ...................................................................................................... 18
3.2 MATERIAIS CONSTITUINTES DA TELHA DE CONCRETO .......................................... 23
3.2.1 Cimento Portland ................................................................................................................... 23
3.2.2 Agregados .............................................................................................................................. 25
3.2.3 Aditivos sintéticos ................................................................................................................. 25
3.2.4 Aditivos naturais .................................................................................................................... 27
3.3 PROPRIEDADES DAS TELHAS DE CONCRETO .............................................................. 29
4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................................... 31
4.1 LOCAL DE PRODUÇÃO E COLETA ................................................................................... 31
4.2 MATERIAIS UTILIZADOS .................................................................................................... 31
4.3 PRODUÇÃO DAS TELHAS DE CONCRETO ...................................................................... 31
4.4 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS TELHAS ................... 36
4.4.1 Aspectos visuais .................................................................................................................... 36
4.4.2 Peso seco ............................................................................................................................... 36
4.4.3 Empenamento ........................................................................................................................ 37
4.4.4 Gap entre telhas ..................................................................................................................... 38
4.4.5 Absorção de água................................................................................................................... 38
4.4.6 Carga de ruptura a flexão....................................................................................................... 39
4.5 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................................... 41
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................................. 42
6 CONCLUSÃO............................................................................................................................ 54
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 55
APÊNDICE A – DIC EM FATORIAL ......................................................................................... 58
APÊNDICE B – DIC SIMPLES ..................................................................................................... 71
14
1 INTRODUÇÃO
A lignina Kraft é obtida do licor negro de fábricas de polpa celulósica pelo processo
Kraft. Suas propriedades são específicas do processo de extração e irão afetar negativa ou
positivamente as propriedades dos produtos em que será adicionada. A utilização de lignina
kraft como aditivo é bastante promissora, devido ser uma macromolécula que faz parte da
constituição química da madeira e atua na adesão de partículas. No entanto, existem poucos
trabalhos relacionados ao tema (STEVENS; GARDNER, 2010; BERGHEL et al., 2013).
A lignina possui uma estrutura complexa com unidades monoméricas que não se
repetem de modo regular, como em outros polímeros. É o segundo polímero natural mais
abundante conferindo aos tecidos vegetais a rigidez, impermeabilidade e resistência à ataques
de agentes xilófagos. Nos processos de cozimento da madeira e de precipitação da lignina,
ocorrem mudanças na sua estrutura, desta forma, nenhum método de isolamento da lignina
permite obtê-la da maneira como se encontra nos vegetais, e essa mudanças na sua estrutura
acabam interferindo diretamente nas aplicações finais (BERGHEL et al., 2013).
Segundo Vishtal; Kraslawiski (2011) e Doherty et al. (2011), Apesar de seu potencial
a lignina como matéria-prima para conversão química ainda é subutilizada pela indústria. A
maior parte da lignina kraft produzida é queimada para geração de energia, principalmente em
fábricas de celulose. O biorrefinamento de matérias-primas naturais é uma abordagem
promissora para promover o uso mais amplo da lignina, como aditivo para adesivos,
concretos, entre outros. Segundo Doherty et al. (2011) o desenvolvimento de produtos de
valor agregado a partir da lignina melhorará muito a economia na produção produtos a partir
da biomassa, além de aumentar a sustentabilidade dos recursos naturais e melhorar a
qualidade ambiental, reduzindo o efeito estufa e as emissões tóxicas.
Os taninos são extrativos utilizados desde a antiguidade para curtir couro e a um longo
período vêm sendo empregados na indústria de vinhos e na fabricação de adesivos e
preservativos para madeira. Em alguns países, como a Austrália e África do Sul, são usados
há algum tempo em escala comercial (PIZZI e MITTAL, 2017).
Segundo Zhou; Du (2019) o tanino é extraído de materiais naturais sustentáveis e é
amplamente utilizado para preparar adesivos de resina de tanino devido à sua estrutura
fenólica de ocorrência natural. Os taninos podem ser categorizados como tanino hidrolisável
ou tanino poliflavonóide condensado. Este último é um dos principais objetos de pesquisa de
adesivos para madeira e responde por 90% da produção global de taninos. Porém, ainda não
existem estudos da sua utilização como aditivos para concreto.
Neste sentido o objetivo desta pesquisa é desenvolver um novo tipo de telha de
concreto para a construção civil com adição da lignina e dos taninos (polímeros naturais) à
16
sua composição, com o intuito de determinar se suas propriedades se assimilam aos polímeros
sintéticos, visando melhorar o desempenho das telhas e diminuir o impacto relacionado a
toxidade e degradação quando descartadas no meio ambiente.
17
2 OBJETIVOS
O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar o efeito da substituição de aditivo sintético
por aditivos naturais, lignina extraída do gênero Eucalyptus e o tanino extraído do gênero
Acacia, no desempenho de telhas de concreto com o propósito de melhorar suas
propriedades físicas e mecânicas.
1. Produção de telhas de concreto com a adição dos aditivos naturais lignina e tanino
em substituição ao aditivo sintético plastificante;
2. Análise dos aspectos visuais das telhas produzidas: quebra, desintegração e outros
defeitos;
3. Ensaios físicos das telhas: peso seco, empenamento, gap e absorção de água;
4. Ensaio mecânico das telhas: carga de ruptura à flexão.
18
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Figura 01 – Telhas de fôrma colonial (a), italiana (b), romana (c), portuguesa (d) e francesa
(e).
3.2.2 Agregados
A NBR 11768: 1992 define aditivos como "produtos que, administrados em pequenas
quantidades nos concretos de cimento Portland, modificam algumas de suas propriedades para
melhor adaptá-los a determinadas condições". A importância dos aditivos tem aumentado a
cada ano, pois a contribuição do desenvolvimento e aprimoramento de aditivos é muito maior
do que a do cimento, consequentemente, aditivos novos e avançados desempenham um papel
principal no concreto em contraponto ao cimento.
Embora os aditivos não sejam produtos de baixo custo, seu uso nem sempre representa
um maior custo de produção do concreto, pois podem promover economias no contexto geral
de uma obra ou produto de concreto, como menor necessidade de adensamento, ganho em
tempo de cura e pega do concreto, possibilidade de redução do teor de cimento e até mesmo
aumento da resistência e vida útil das peças e da edificação.
26
Esses dois polímeros, comumente chamados de naftaleno (N) e melamina (M), são
atualmente os mais utilizados como superplastificantes, com destaque para o primeiro.
Também são utilizados superplastificantes à base de lignossulfonatos modificados, ou seja,
lignossulfonatos dos quais foram extraídos de açúcares, que podem ser dobrados, portanto,
efeitos de retardo de pega. Segundo os fabricantes, alguns aditivos plastificantes podem ser
quimicamente à base de lignossulfonatos com menos impurezas ou ainda ter uma combinação
desses subprodutos com outros agentes químicos em sua alimentação. Esses aditivos são
chamados de polifuncionais e sua base química geralmente não é padronizada ou é muito
clara. São classificados como de médio desempenho, entre plastificantes convencionais e
superplastificantes. Este desempenho é conseguido em consequência de poder utilizar um teor
de aditivo superior, sem causar um atraso excessivo na presa e incorporação de ar, uma vez
que não possui tantas impurezas.
Os primeiros materiais usados como redutores de água foram polímeros derivados de
lignina ou lignossulfonatos. São chamados de plastificantes e têm capacidade de redução de
água de 5 a 12% e baixo custo por serem derivados de um subproduto da indústria de papel e
celulose. Alguns aditivos plastificantes também são feitos de ácidos hidroxicarboxílicos e
gluconatos, mas em menor grau.
Os aditivos mais comuns utilizados nas telhas de concreto sãos os plastificantes e os
impermeabilizantes. Atualmente já existem no mercados aditivos 2 em 1, ou seja, com
capacidade de tornar a massa plástica e após a cura, tornar a telha mais impermeável.
3.2.4.1 Lignina
3.2.4.2 Tanino
A palavra "tanino" tem sido vastamente usada para definir duas classes diferentes de
compostos químicos de natureza principalmente fenólica: taninos hidrolisáveis e taninos
condensados. O primeiro, incluindo castanha, extratos de myrobolans (Terminalia e
Phyllantus) e dividevi (Caesalpina coraria), são misturas de fenóis simples, como pirogalol e
29
ácido elágico, e de ésteres de um açúcar, principalmente glicose, com ácidos gálico e digálico
(PIZZI, 2008).
Eles podem e têm sido usados, com sucesso, como substitutos parciais do fenol na
fabricação de resinas de fenol-formaldeído. Seu comportamento químico é análogo ao de
fenóis simples de baixa reatividade ao formaldeído, e seu uso moderado de substitutos de
fenol nas resinas mencionadas não apresenta deficiências. Sua falta de estrutura
macromolecular em seu estado natural, o baixo nível de substituição de fenol e sua baixa
produção em nível mundial diminuem um pouco seu interesse químico e econômico.
Os taninos condensados, ao contrário, constituem mais de 90% da produção mundial
total de taninos comerciais, produzindo mais de 350.000 toneladas por ano. Estes são química
e economicamente mais interessantes para a preparação de adesivos e resinas. Taninos
condensados e seus precursores de flavonoides são conhecidos por sua ampla distribuição na
natureza e, particularmente, por sua concentração substancial na madeira e na casca de várias
árvores.
Taninos têm sido usados como adesivos na África do Sul, Austrália, Zimbábue, Chile,
Argentina, Brasil e Nova Zelândia. Estes apresentam algumas limitações, como a baixa
resistência coesiva e à umidade, que podem ser reduzidas com a adição de resinas como a
ureia-formaldeído, fenol-formaldeído e resorcinol. Além disso, a qualidade deste tipo de
adesivo pode sofrer interferência de componentes químicos não fenólicos (gomas, açúcares,
aminoácidos, pectina) e por componentes químicos empregados na extração do tanino (PIZZI
e MITTAL, 2017).
O uso do tanino como colante já é incorporado em grandes indústrias madeireiras do
cenário nacional, mas seu uso com o concreto ainda é pouco estudado, sendo
predominantemente utilizado como adesivo simples.
As propriedades das telhas de concreto são normatizadas pela ABNT NBR 13858-
2:2009, e trata das propriedades necessárias para um desempenho satisfatório e seguro das
peças da cobertura.
Os aspectos visuais dizem respeito à defeitos que podem ser observados a olho nu nas
peças já finalizadas, não se atendo à estética da telha, mas a seu uso e função, portanto, ao
conferir estes, deve-se assegurar que as telhas de concreto não apresentem defeitos que
tragam prejuízos à sua qualidade, como fissuras na superfície exposta às intempéries, bolhas,
30
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais utilizados para a produção das telhas foram: cimento Portland tipo I (CP
I); agregado miúdo (areia lavada); água potável; aditivo sintético do tipo plastificante;
aditivos naturais: tanino em pó (Acacia spp.) e lignina ktaft em pó (Eucalyptus spp.) (Figura
xx). Tais aditivos possuem os objetivos de redução da relação água/cimento (A/C) na
confecção das telhas, diminuir a porosidade, melhorar a plasticidade, aumentar a fluidez,
permitindo melhorar a liga dos materiais utilizados nos tratamentos e consequentemente
aumentar a resistência final da telha de concreto.
O cimento, a areia e o aditivo sintético foram doados pela indústria de telhas TETO.
Já, os aditivos naturais como o tanino extraído da Acacia spp foi cedido por uma empresa
localizada em Montenegro no estado do Rio Grande do Sul e a lignina extraída do processo de
produção de pasta celulósica de Eucalyptus spp. foi doado por uma empresa de Celulose e
Papel localizada em Limeira, estado de São Paulo.
Lignina + 22,5 30
T1 0,63 0,63 50 150
Aditivo sintético
Em seguida o material passou por uma extrusora que aplica a quantidade adequada e
pré-definida de massa sobre a forma de alumínio e pela prensa sob pressão equivalente de180
Kgf para a formação das telhas (Figura 6). Por fim foram cortadas no comprimento de 50 cm
e acomodadas em prateleiras móveis ainda nas formas, as quais foram levadas para secagem
em estufa por 24 horas em temperatura próxima a 60°C e umidade relativa do ar em torno de
50%, para posterior desenforme e cura em temperatura ambiente (Figura 7).
Figura 7 – Telhas acomodadas nas prateleiras móveis para processo de secagem em estufa.
Figura 8 – Desenforme das telhas dos Tratamentos T1, T2, T3 (com adição de lignina) e
testemunha.
Porém, para as telhas dos tratamentos T4, T5 e T6 (com adição de tanino) não se
obteve sucesso na primeira tentativa, pois elas aderiram às formas (Figura 10) e se
apresentaram bastante quebradiças, desta forma optou-se por deixá-las na estufa por mais uma
semana, com tentativa diária de desenforme. Contudo, após esse período, não se constatou
melhora nas características, optando-se pelo desenforme mesmo com um grande percentual de
desagregação. Posteriormente, também foram levadas para as baias para a cura por 28 dias,
pois os sete dias foram atingidos com as telhas ainda nas formas.
Figura 10 – Desenforme das telhas dos tratamentos T4, T5 e T6 (com adição de tanino).
A norma NBR 13858-2 (ABNT, 2009) estabelece no item 4 que as telhas de concreto
não devem apresentar defeitos que tragam prejuízos à sua qualidade como fissuras, bolhas,
falhas, desagregação ou quebra. No item 5.5 da referida norma, ainda determina que quebra
de 2% no transporte das telhas não invalida a aceitação do lote. Desta forma a perda de telhas
por defeitos foi verificada contabilizando o número de telhas perdidas na desenforme e
também no manuseio das mesmas nos períodos sete e 28 dias.
O peso seco das telhas foi determinado de acordo a norma NBR 13858-2 (ABNT,
2009). Primeiramente as telhas foram encaminhadas para a saturação em água potável por 24
horas, em seguida foram levadas para a estufa a 105 ±5°C para a secagem até o peso
constante e por fim pesadas em balança digital para a obtenção do peso seco em quilogramas
(Figura 11). O valor limite estabelecido é de no máximo 5,0 Kg por telha ou 40 Kg/m².
37
4.4.3 Empenamento
(1)
Em que,
A = Absorção de água (%)
Pu = Peso úmido da telha após imersão em água (Kg)
Ps = Peso seco da telha após secagem em estufa (Kg)
Figura 16 – Ensaio de carga de ruptura à flexão na prensa hidráulica com célula de carga.
Quadro 1 – Quadro de classes de perfil e carga de ruptura a flexão permitida para cada
classe.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
T3 - Lignina 5% 75 0 0 14 14 18,66
T4 -Tanino/Aditivo
75 15 26 12 53 71,00
sintético
T6 - Tanino 5% 75 14 13 9 39 52,00
testemunha 75 0 0 6 6 5,30
Fonte: Autor (2021)
Na tabela 6 pode-se observar as médias determinadas pelo teste de Tukey para o peso
seco (Kg) das telhas no período de cura e para os aditivos. Para a interação entre os fatores e
para o período de cura não houve diferença significativa entre as médias, porém para os
tratamentos com aditivo pode-se observar que houve diferença significativa a 5% de
probabilidade, em que o tratamento T4 apresentou menor peso seco (4,60 Kg) e o T3 e a
testemunha as maiores médias (5,03 Kg). Todo os tratamentos ficaram de acordo com a peso
determinado como padrão pela indústria e pela NBR 13858-2 (ABNT,2009), de 4,3 a 5,00 Kg
por telha, ou 40 Kg/m².
Tabela 6 – Valores médios, teste de Tukey e Coeficiente de Variação do Peso (Kg) das
telhas.
Período de Cura Peso seco (Kg) Pr>Fc
4,86 a
7
(3,27)
ns
4,88 a
28
(4,46)
Aditivos Peso seco(Kg) Pr>Fc
T1 - Lignina/Aditivo sintético 4,84 b
(1,42)
T2 - Lignina 2,5% 4,87 b
(0,76)
T6 - Tanino 5% 4,86 b
(1,11)
Testemunha 5,03 a
(1,16)
Interação Peso (Kg) Pr>Fc
Período de Cura x aditivos - ns
Nota: ns: Não significativo ao nível de 5% de probabilidade; *: Significativo ao nível de 5% de probabilidade. As médias
seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo teste Tukey. Os valores entre parênteses
correspondem respectivamente ao desvio padrão e coeficiente de variação (%).
Fonte: Autor (2021)
46
Em estudo realizado por Damasceno et al. (2015) sobre telhas de concreto fabricadas
com diferentes tipos de materiais isolantes, os autores também encontraram valores de acordo
com a norma NBR 13858-2 (ABNT,2009) entre 4,5 e 5,0 Kg.
É de extrema importância não ultrapassar o peso das telhas estabelecido pela norma,
principalmente por metro quadrado, pois pode ocasionar custos adicionais à obra devido ao
reforço das estruturas do telhado e, sobretudo, afetar a segurança do mesmo.
Na tabela 7 são apresentados os valores médios de absorção de água pelas telhas por
tratamento e para a testemunha. Nota-se que houve interação entre os fatores tratamentos e
período de cura, em que somente o T4 ficou fora da especificação da norma NBR 13858-2
(ABNT,2009) de até 10% de absorção, para os dois períodos de cura, sendo a média para os
sete dias de 11,17% e para os 28 dias de 10,64%.
Houve também uma tendência de redução do teor de absorção com o aumento do
período de cura (de sete para 28 dias). Porém, com o aumento da dosagem de aditivos naturais
no traço das telhas (de 2,5% para 5,0%) ocorreu o inverso tanto para a lignina como para o
tanino, ou seja, o teor de absorção aumentou aos 28 dias de cura. Indicando que o a dosagem
ideal para o controle da absorção das telhas é de 2,5% de aditivo natural.
A testemunha apresentou as menores médias de absorção para os dois períodos de cura
(5,67% e 3,77%, respectivamente), seguida do tratamento de T2, com 5,47% aos sete e 4,77%
aos 28 dias de cura. Dentre os tratamentos com os aditivos naturais, novamente o tratamento
com lignina na dosagem de 2,5% destaca-se como o mais eficiente.
desclassificado como potencial aditivo para telhas de concreto, não somente pelo parâmetro
resistência à carga de ruptura à flexão, mas também pelo parâmetro aspectos visuais, em que
apresentou valores altos de perdas por quebra e desintegração, resultado este que já predizia a
baixa resistência das telhas.
Em relação aos tratamentos com presença de lignina nos traços (T1, T2 e T3), somente
o T3 não atendeu a norma aos sete e 28 dias de cura, com média de 200,06 Kgf aos sete dias e
225,56 Kgf aos 28 dias. O tratamento T1 adequou-se a norma aos 28 dias de cura, com valor
acima do recomendado (274,6 Kgf) e o T2 foi o tratamento que apresentou melhor
desempenho tanto aos sete dias, como aos 28 dias de cura com resistência acima do
recomendado pela norma, 241,06 Kgf e 280,28 Kgf, respectivamente. Esse resultado reafirma
o potencial da lignina como aditivo para telhas de concreto na dosagem de 2,5%, visto que
atingiu praticamente todos os requisitos da norma para telhas de concreto.
Damasceno et al. (2015) encontraram valores para telhas de concreto com diferentes
tipos de materiais isolantes entre 93 Kgf e 121 Kgf, abaixo das médias encontradas para os
tratamentos T1, T2, T3, avaliados neste estudo.
Muhamad et al. (2020) obtiveram médias variando de 70,27 a 190,67 Kgf em sete dias
de cura com 5 e 20% de adição de cinzas da casca de arroz à telha de concreto. Valores
abaixo do recomendado pela norma e bem menores que os tratamentos T1, T2 e T3 com
adição de lignina em sete dias de cura (227,13, 241,06 e 200,06 Kgf, respectivamente),
demostrando o potencial para reforços em telha de concreto.
É de grande importância que a propriedade de resistência das telhas se encontre dentro
do valor indicado pela norma NBR 13858-2 (ABNT, 2009), pois a mesma deve ter
capacidade de suportar a movimentação, transporte e montagem do telhado (ser autoportante)
e de receber cargas para manutenção do telhado e cargas relacionadas às intempéries (peso da
água, quedas de galho, entre outros), garantindo a segurança do telhado. Juntamente com a
absorção, é a propriedade mais importante a ser levada em consideração.
Na tabela 9 e figuras 20, 21 e 22 é possível analisar a correlação entre os parâmetros
peso seco, carga de ruptura à flexão e absorção no período de sete dias de cura.
Nota-se que a correlação entre a carga de ruptura à flexão e o peso seco das telhas de
concreto é média e positiva, ou seja, quanto maior o peso seco da telha, maior a resistência à
carga de ruptura à flexão (Figura 20).
Já, a correlação entre a absorção e peso seco das telhas é alta e negativa, neste caso
houve uma forte correlação inversamente proporcional entre os parâmetros, ou seja, quanto
menor o peso seco das telhas maior foi o teor de absorção de água pelas mesmas (Figura 21).
Por fim, a correlação entre a absorção e a carga de ruptura à flexão foi considerada alta
e negativa, mostrando que houve uma forte correlação inversamente proporcional, ou seja,
quanto menor a absorção de água pelas telhas, maior foi a resistência à carga de ruptura à
flexão (Figura 22).
Tabela 9 – Correlação de Pearson entre os parâmetros analisados para as telhas após 7 dias de
cura.
Carga de
Parâmetros Peso seco (Kg) Absorção (%)
ruptura (Kgf)
Peso seco (Kg) 1
Carga de ruptura à flexão (Kgf) 0,5332 1
Absorção (%) -0,7049 - 0,7731 1
Figura 20 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a força máxima (Kgf) aplicada para o
rompimento das telhas após 7 dias de cura.
Peso (Kg)
Fonte: Autor (2021)
Figura 21 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a absorção (%) de água após 7 dias de
cura.
Peso (Kg)
Fonte: Autor (2021)
51
Figura 22 – Correlação entre a absorção (%) de água e a força máxima (Kgf) aplicada para o
rompimento da telha após 7 dias de cura.
Carga
de
ruptur
a
(Kgf)
Absorção (%)
Tabela 10 – Correlação de Pearson entre os parâmetros analisados para as telhas após 28 dias
de cura.
Parâmetros Peso (Kg) Fmáx (Kgf) Absorção (%)
Peso (Kg) 1
Fmáx (Kgf) 0,7126 1
Absorção (%) -0,6653 -0,9159 1
Fonte: Autor (2021)
52
Figura 23 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a força máxima (Kgf) aplicada para o
rompimento das telhas após 28 dias de cura.
Fm
áx
(K
gf
)
))
Peso (Kg)
Figura 24 – Correlação entre o peso (Kg) das telhas e a absorção (%) de água após 28 dias de
cura.
Figura 25 – Correlação entre a absorção (%) de água e a força máxima (Kgf) aplicada para o
rompimento da telha após 28 dias de cura.
Fm
áx
(K
gf
)
))
6 CONCLUSÃO
Por meio dos resultados obtidos para as telhas de concreto produzidas com aditivos
naturais pode-se concluir que:
Para as telhas produzidas com adição de lignina ao traço, o tratamento com 2,5% (T2)
foi o que se destacou, pois atendeu à praticamente todos os requisitos da norma (peso seco,
empenamento, gap, absorção de água e carga de ruptura à flexão). Somente no quesito
aspectos visuais o T2 apresentou valor um pouco acima do indicado, porém aceitável.
Aos sete dias de cura o tratamento T2 já atingiu valores ideais de absorção e
resistência à carga de ruptura à flexão. Aos 28 dias apresentou queda no valor de absorção e
aumento na propriedade de resistência, comportamento adequado para a utilização em telhas
de concreto;
Para as telhas produzidas com adição de tanino, todos os tratamentos foram
reprovados nos quesitos aspectos visuais e carga de ruptura à flexão, destacando-se o
tratamento T5, em que houve 100% de perdas por desenforme e transporte das telhas,
inviabilizando o tanino como substituto ao aditivo plastificante sintético.
Para ambos os casos, houve interação negativa nos tratamentos em que se misturou o
aditivo sintético com o aditivo natural, prejudicando principalmente os parâmetros aspectos
visuais e resistência à carga de ruptura à flexão;
A lignina mostrou-se como potencial substituto do aditivo sintético, com
características que mantiveram a resistência tanto para a absorção, quanto para a carga de
ruptura à flexão, que são os principais parâmetros a serem cumpridos de acordo com a norma
para produção de telhas, não havendo grandes alterações do peso seco da telha, tão menos do
gap e empenamento.
Neste sentido, recomenda-se novos estudos com dosagens menores que 2,5% de
lignina para a determinação do ponto ideal no traço das telhas de concreto.
55
REFERÊNCIAS
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57
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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 5 1.276435 0.255287 47.239 0.0000
DIAS 1 0.005042 0.005042 0.933 0.3389
TRATAMENTO*DIAS 5 0.021288 0.004258 0.788 0.5636
erro 48 0.259400 0.005404
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 59 1.562165
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CV (%) = 1.51
Média geral: 4.8715000 Número de observações: 60
--------------------------------------------------------------------------------
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Teste Tukey para a FV DIAS
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--------------------------------------------------------------------------------
Análise do desdobramento de TRATAMENTO dentro de cada nível de:
DIAS
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO /1 5 0.578937 0.115787 21.426 0.0000
TRATAMENTO /2 5 0.718787 0.143757 26.601 0.0000
Erro 48 0.259400 0.005404
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Análise do desdobramento de DIAS dentro de cada nível de:
TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
DIAS /1 1 0.011560 0.011560 2.139 0.1501
DIAS /2 1 0.001210 0.001210 0.224 0.6382
DIAS /3 1 0.000810 0.000810 0.150 0.7004
DIAS /4 1 0.000250 0.000250 0.046 0.8306
DIAS /5 1 0.009610 0.009610 1.778 0.1887
60
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 5 650672.987135 130134.597427 461.127 0.0000
DIAS 1 18215.398082 18215.398082 64.546 0.0000
TRATAMENTO*DIAS 5 5717.645308 1143.529062 4.052 0.0038
erro 48 13546.061000 282.209604
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 59 688152.091525
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 9.39
Média geral: 178.9775000 Número de observações: 60
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV DIAS
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--------------------------------------------------------------------------------
Análise do desdobramento de TRATAMENTO dentro de cada nível de:
DIAS
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO /1 5 278716.466777 55743.293355 197.524 0.0000
TRATAMENTO /2 5 377674.165667 75534.833133 267.655 0.0000
Erro 48 13546.061000 282.209604
--------------------------------------------------------------------------------
63
--------------------------------------------------------------------------------
Análise do desdobramento de DIAS dentro de cada nível de:
TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
64
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--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 5 253.873160 50.774632 114.604 0.0000
DIAS 1 0.179307 0.179307 0.405 0.5277
TRATAMENTO*DIAS 5 34.937633 6.987527 15.772 0.0000
erro 48 21.266200 0.443046
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 59 310.256300
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CV (%) = 9.24
Média geral: 7.2050000 Número de observações: 60
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Teste Tukey para a FV DIAS
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--------------------------------------------------------------------------------
Análise do desdobramento de TRATAMENTO dentro de cada nível de:
DIAS
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
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67
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Análise do desdobramento de DIAS dentro de cada nível de:
TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
DIAS /1 1 0.184960 0.184960 0.417 0.5213
DIAS /2 1 6.988960 6.988960 15.775 0.0002
DIAS /3 1 12.950440 12.950440 29.230 0.0000
DIAS /4 1 5.227290 5.227290 11.799 0.0012
DIAS /5 1 9.063040 9.063040 20.456 0.0000
DIAS /6 1 0.702250 0.702250 1.585 0.2141
Erro 48 21.266200 0.443046
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Teste Tukey para a FV DIAS
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--------------------------------------------------------------------------------
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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
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TRATAMENTO 5 1.276435 0.255287 48.204 0.0000
DIAS 1 0.005042 0.005042 0.952 0.3336
erro 53 0.280688 0.005296
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 59 1.562165
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CV (%) = 1.49
Média geral: 4.8715000 Número de observações: 60
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Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
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Teste Tukey para a FV DIAS
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