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TEXTO ÁUREO
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de
nós.” 2 Coríntios 4.7
COMENTÁRIO EXTRA
O texto áureo, 2 Coríntios 4.7, apresenta uma poderosa mensagem sobre a natureza frágil e humilde dos
seres humanos em contraste com a grandiosidade do poder de Deus. Vamos analisar cada parte:
Texto em Grego:
"Ἔχομεν δὲ τὸν θησαυρὸν τοῦτον ἐν ὀστρακίνοις σκεύεσιν, ἵνα ἡ ὑπερβολὴ τῆς δυνάμεως ᾖ τοῦ θεοῦ καὶ μὴ
ἐξ ἡμῶν."
Transliteração:
"Échomen de ton thēsauron touton en ostrakinis skeuesin, hina hē hyperbolē tēs dynameōs ēi tou theou
kai mē ex hēmōn."
Definições do Texto:
"Ἔχομεν" (Échomen): Significa "nós temos". Refere-se à posse ou ação de possuir.
"τὸν θησαυρὸν" (ton thēsauron): "O tesouro". Representa algo de grande valor e significado.
"τοῦτον" (touton): "Este". Refere-se a algo específico e presente.
"ἐν" (en): "Em". Indica localização ou meio.
"ὀστρακίνοις" (ostrakinis): "De barro". Relacionado a algo feito de cerâmica ou barro.
"σκεύεσιν" (skeuesin): "Vasos". Refere-se a recipientes ou utensílios.
"ἵνα" (hina): "Para que". Indica propósito ou finalidade.
"ἡ ὑπερβολὴ" (hē hyperbolē): "A excelência" ou "A supremacia". Refere-se a algo que está além do
comum, que excede.
"τῆς δυνάμεως" (tēs dynameōs): "Do poder". Refere-se a uma força ativa e eficaz.
"ᾖ" (ēi): "Seja". Forma do verbo "ser" no presente do subjuntivo.
"τοῦ θεοῦ" (tou theou): "De Deus". Indica a fonte ou origem divina.
"καὶ" (kai): "E". Conjunção que conecta palavras ou frases.
"μὴ" (mē): "Não". Partícula de negação.
"ἐξ" (ex): "De". Indica origem ou procedência.
"ἡμῶν" (hēmōn): "Nós". Pronome possessivo plural, indica posse.
Dicionário Bíblico:
Tesouro: Refere-se a algo de grande valor, riqueza ou importância. No contexto bíblico, muitas
vezes se refere ao conhecimento e à glória de Deus.
o Base Bíblica:
Gênesis 2.7: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou
nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente."
Isaías 64.8: "Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu, o nosso
oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos."
o Comentário:
Essa analogia destaca a humildade e a vulnerabilidade da condição humana.
Embora sejamos criaturas frágeis e limitadas, Deus escolheu nos confiar um
tesouro, que é o conhecimento do evangelho e a presença do Espírito Santo em
nossas vidas.
o Base Bíblica:
1 Coríntios 1.27: "Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar
os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes."
o Comentário:
Deus escolheu usar os seres humanos, com todas as suas fraquezas e limitações,
como instrumentos para proclamar Sua mensagem e manifestar Seu poder. Isso
ressalta Sua glória, pois a transformação e os resultados provêm claramente de
Sua obra, e não de nossos próprios méritos.
O texto áureo nos lembra da soberania de Deus em escolher e capacitar os vasos de barro para
conter e transmitir Seu tesouro. Isso encoraja os crentes a confiarem na suficiência de Deus, mesmo em
meio à sua própria fragilidade. A ênfase está na obra divina e não na habilidade ou capacidade humanas.
Essa perspectiva nos convida a humildade e a gratidão pela oportunidade de sermos usados por Deus em
Sua obra.
VERDADE APLICADA
O exercício de um discipulado saudável consiste no discipulador estar ciente de ser um instrumento nas
mãos de Deus, para que o propósito do Senhor seja cumprido.
COMENTÁRIO EXTRA
Propósito do Senhor:
o Filipenses 2.13 (ARA): "porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar,
segundo a sua boa vontade."
o Romanos 8.28 (ARC): "E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."
o Deus tem um plano específico e redentor para cada indivíduo, e os discipuladores
desempenham um papel fundamental em ajudar os discípulos a compreenderem e
cumprirem esse propósito.
"O verdadeiro discipulado não é apenas transmitir informações, mas é conduzir a pessoa a uma
experiência transformadora com Cristo." - Autor Desconhecido.
Conclusão:
A Verdade Aplicada ressalta que o discipulador deve ter uma percepção clara de sua função como
instrumento de Deus. Isso implica em estar consciente de que o processo de discipulado não é apenas
sobre ensinar, mas sobre guiar e acompanhar o discípulo em seu crescimento espiritual, sempre alinhado
com o propósito divino para a vida do discípulo. Essa abordagem humilde e orientada por Deus é
essencial para o progresso espiritual genuíno.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que as qualidades humanas são insuficientes
Expor o conceito bíblico de autoridade
Mostrar que fraco é quem não se submete a Deus
.
TEXTOS DE REFERÈNCIA
JOSUÉ 7
2- Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, da banda do oriente
de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai.
3- E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou três mil homens, a
ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,
4- Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.
5- E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e
feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.
COMENTÁRIO EXTRA
o Original Hebraico:
Enviando: "( ָׁש ַלחshalach")
Subi e espiai a terra: "( ֲע לּו ְר ְגַלִים ְוַר ְגלּו ֶא ת־ָה ָאֶר ץalu reglayim ve-raglu et-ha-aretz")
o Dicionário Bíblico:
Ai: Uma cidade próxima a Jericó, cujo nome significa "ruína". Ela foi conquistada por Israel
após a estratégia divinamente orientada.
Josué 7:3 - "E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou
três mil homens, a ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,"
o Análise: Os espiões retornam a Josué e sugerem que não seja enviado todo o exército
para Ai. Eles propõem que dois a três mil homens sejam suficientes para a missão, pois Ai é
uma cidade pequena. A preocupação dos espiões é que todo o povo não se canse, já que a
população de Ai é relativamente pequena.
o Original Hebraico:
Não suba todo o povo: "( ָּכל־ָה ָע ם ֹלא־ַיֲע ֶלהkol-ha-am lo ya'aleh")
Dois mil ou três mil homens: "( ֲא ָלִפים אֹו ְׁש ֹלָׁש ה־ֲא ָלִפים ִא יׁשalafim o shlosha'alafim ish")
o Dicionário Bíblico:
Ai: Como mencionado anteriormente, é uma cidade de tamanho modesto na região central
de Canaã.
Josué 7:4 - "Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos
homens de Ai."
o Análise: Josué segue o conselho dos espiões e envia cerca de três mil homens para atacar
Ai. No entanto, esses homens fogem em pânico diante dos habitantes de Ai. Isso marca um
grande revés para Israel.
o Original Hebraico:
Alguns três mil homens: "( ְׁש ֹלֶׁש ת־ֲא ָלִפי֙ם ִ֣א יׁשshloshet-alafim ish")
Fugiram diante dos homens de Ai: "( ַוָּיֻ֜נ סּו ִמ ְּפ ֵ֣ני ַאְנֵׁ֥ש י ָה ָ֛ע יvayannusu mipnei anshei ha-Ai")
o Dicionário Bíblico:
Ai: A cidade que derrotou os israelitas nessa ocasião. Sua vitória foi facilitada pela
desobediência de Acã, conforme revelado posteriormente no mesmo capítulo.
Josué 7:5 - "E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até
Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água."
o Original Hebraico:
Alguns trinta e seis: "( ְׁש ֹלִׁש ים ְוֵׁש ׁש־ֲא ָנִׁש יםshloshim ve-shesh-anashim")
O coração do povo se derreteu e se tornou como água: "( ַוְיַנֵּמ ס ֵלב־ָה ָע ם ַוְיִה י ַכָּמ ִיםvayenamess
lev-ha-am vayehi chamayim")
o Dicionário Bíblico:
Sebarim: A localização exata de Sebarim não é conhecida, mas parece ser uma área
próxima a Ai.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1 Sm 16.7 Deus não vê a aparência, mas o coração.
TERÇA | Sl 119.67 A vitória vem da obediência à Palavra.
QUARTA | Jo 15.5 O êxito vem de Jesus.
QUINTA | 2Co 12.10 A força vem de Deus.
SEXTA | Fp 4.13 É Jesus quem nos fortalece.
SÁBADO | Tg 4.10 Só Deus pode exaltar o homem.
HINOS SUGERIDOS: 253, 268, 427
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o discipulador dependa unicamente do poder e da força de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– A ilusão da força humana
2– Autoridade e autoritarismo
3– O verdadeiro discípulo
Conclusão
INTRODUÇÃO
As promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que está com o Seu povo não eliminam
a necessidade de constante vigilância, oração, humildade, cuidado para agir de acordo com os princípios
bíblicos e consciência de que somos falhos e limitados.
COMENTÁRIO EXTRA
Base Bíblica:
2 Pedro 1:4: "pelos quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para
que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões
que há no mundo."
Josué 1:9: "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor,
teu Deus, é contigo por onde quer que andares."
Filipenses 2:12-13: "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha
presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor
e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade."
Mateus 26:41: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca."
Tiago 4:6: "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos
humildes."
Salmo 119:105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos."
2 Coríntios 12:9: "E ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse
sobre mim o poder de Cristo."
Esses princípios são fundamentais para uma vida cristã frutífera e alinhada com a vontade de Deus. Eles
nos lembram da importância da constante dependência e busca pela presença de Deus em nossas vidas.
COMENTÁRIO EXTRA
Desobediência e Derrota:
o A desobediência também foi um fator crucial na derrota em Ai. A transgressão de Acã ao
tomar objetos consagrados resultou na ira de Deus sobre todo o povo (Josué 7:1-12). Isso
destaca a importância da obediência irrestrita aos mandamentos de Deus.
Essa narrativa oferece uma poderosa lição sobre a importância de depender inteiramente de Deus,
reconhecendo nossa própria fraqueza e limitação. Além disso, destaca a necessidade de obediência
irrestrita aos mandamentos de Deus para evitar consequências desastrosas.
1.1 Corpo físico. O maior engano já cometido por grandes personagens bíblicos, geralmente está
relacionado à confiança em suas próprias forças, como foi o caso de Sansão, que acabou morto [Jz
16.30], ou ao tamanho de seus recursos, como foi o de Davi [1 Cr 2.1]. Ser forte, de acordo com a Bíblia,
não significa ter um porte físico avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confiança plena em Deus e
obedecê-lo em qualquer condição. Os hebreus caíram por se acharem mais fortes que os homens de Ai.
Diótrefes se considerava muito bom, muito capaz e acima de qualquer outro, Ele confiava no que via, na
aparência, e não era obediente a Deus nem submisso à autoridade sobre ele, que era João. No caso de
Josué, ao ser convocado por Deus para substituir Moisés como líder do povo, era necessário injetar um
estímulo nele e fazê-lo ver que a vitória aconteceria não por força física (eles não eram um exército), mas
pela obediência. Segundo o comentário de Cambridge, o líder hebreu foi lembrado repetidamente de que
não era sua obra, mas obra de Deus, para a qual ele havia sido levantado. Josué tinha de confiar em Deus
100% e não nas coisas que via, tanto a “força” dos inimigos quanto a “fraqueza” dos hebreus. As atitudes
de Diótrefes eram desprezíveis e próprias de quem é fraco, que precisa humilhar o outro para sentir-se
forte.
COMENTÁRIO EXTRA
Exemplos Bíblicos:
o Sansão: Sansão confiou excessivamente em sua própria força física e acabou sucumbindo
diante dos inimigos quando sua força lhe foi retirada (Juízes 16:30).
o Davi: Davi confiou inicialmente no tamanho de seus recursos militares ao fazer um censo, o
que desagradou a Deus e resultou em consequências severas para Israel (1 Crônicas 21:2).
o Josué: Josué, ao ser chamado por Deus para liderar o povo, foi lembrado repetidamente de
que a vitória não dependeria de sua força física, mas da obra de Deus para a qual ele havia
sido designado.
o Diótrefes: Diótrefes, por outro lado, confiava em sua própria capacidade e se considerava
acima dos outros, resultando em atitudes desrespeitosas e de desobediência à autoridade
estabelecida por Deus na igreja primitiva.
O Caso de Josué:
o A liderança de Josué foi marcada pela necessidade de confiar inteiramente em Deus,
independentemente das circunstâncias. Ele aprendeu a lição de que a verdadeira força vem
da obediência e confiança em Deus, não em sua própria capacidade.
Atitudes de Diótrefes:
o Diótrefes demonstrou atitudes de fraqueza ao desrespeitar a autoridade e buscar sua
própria exaltação. Isso revela uma falta de verdadeira confiança em Deus, levando-o a
confiar em sua própria aparência e capacidade.
Base Bíblica:
Juízes 16:30: "E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu
sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua
morte do que os que matara em sua vida."
1 Crônicas 21:2: "Disse, pois, Davi a Joabe e aos chefes do povo: Ide, contai o número de Israel,
desde Berseba até Dã; e trazei-mo, para que o saiba."
Esses exemplos destacam a importância de confiar inteiramente em Deus e não na própria força ou
recursos. A verdadeira força vem da obediência e dependência de Deus.
1.2. A alma. A alma é formada pelos sentimentos, conhecimento e emoções. Uma alma abatida conduz a
pessoa à derrota, uma alma confiante em Deus leva à vitória [SI 25]. Aqueles que confiam em sua
condição intelectual privilegiada, Deus diz que eles certamente serão confundidos. Paulo ressalta que
Deus zomba destes, escolhendo as coisas loucas para confundir as sábias [1Co 1.27]. Um homem rico
disse à sua alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga [Lc
12.19] acreditando que seu poder e força estavam em seu conhecimento e inteligência em conquistar bens
materiais. Mas Jesus o surpreendeu, dizendo que ele não tinha poder nem sobre sua própria vida [Lc
12.20]. Diótrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia, desprezando seu líder, João, e
expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma orgulhosa o tornava reprovável diante de Deus [3]o 9, 11].
O discipulador confiante em sua inteligência e conhecimento cai [Mt 23.12a).
O orgulho é um estado patológico da alma em que o ego cresce desmesuradamente como câncer e acaba
destruindo o próprio indivíduo. Toda igreja bem-sucedida tem muitas mãos, mentes e corações envolvidos.
O discipulador deve ser o grande mentor, apontando o topo da montanha, levando seus discípulos até lá,
preparando as pessoas e apoiando-as.
COMENTÁRIO EXTRA
Exemplos Bíblicos:
o Homem Rico na Parábola de Jesus (Lucas 12:19-20): Este homem confiou em sua riqueza
e conhecimento para garantir seu futuro, mas Deus o confrontou, mostrando que ele não
tinha controle sobre sua própria vida.
o Diótrefes: Sua atitude orgulhosa e desejo de primazia o levaram a desrespeitar a autoridade
estabelecida por Deus na igreja. Sua alma orgulhosa o tornou reprovável diante de Deus.
Papel do Discipulador:
o O discipulador desempenha o papel de mentor, guiando e preparando seus discípulos para
os desafios da jornada espiritual. Ele não deve se ver como a figura central, mas como
aquele que aponta o caminho e apoia aqueles que estão sendo discipulados.
Base Bíblica:
Salmo 25: "Folgas a alma de teu servo; pois, Senhor, a ti levanto a minha alma."
Mateus 23:12a: "E o que a si mesmo se exaltar será humilhado..."
1 Coríntios 1:27: "Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes."
1.3. Espírito. A derrota em Ai era uma lição que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a força deles
era o Senhor, e não porque eram espirituais. Está enganado quem pensa que, porque ocupa uma posição
de destaque, é mais espiritual do que os outros. Jesus advertiu Pedro: “Satanás pediu a você para
peneirá-lo como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça” [Lc 22.31-32a).
Ninguém é espiritualmente forte o bastante por sua própria capacidade. Os hebreus pensavam ser
capazes de vencer uma cidade minúscula porque haviam derrotado a mais poderosa, mas precisavam
aprender que a vitória só seria possível em Deus [SI 60.12]. Josué também precisou aprender esta lição,
logo no começo da jornada, para não comprometer o futuro. O bom discipulador protege a dignidade dos
seus discípulos. Mas, o portador da Síndrome de Diótrefes preocupa-se mais em julgar, inibir e proibir do
que em apoiar. Em sua mente, opor-se a ele é opor-se ao próprio Deus.
COMENTÁRIO EXTRA
Lições de Josué:
o Josué, no início de sua jornada como líder dos hebreus, precisou aprender essa lição
fundamental para não comprometer o futuro do povo de Israel. Sua confiança não poderia
estar em suas próprias habilidades, mas em Deus.
Papel do Discipulador:
o O bom discipulador protege a dignidade de seus discípulos e os encoraja a confiar em
Deus, em vez de confiar em sua própria espiritualidade ou posição. Ele age como um guia e
mentor, não como um juiz ou controlador.
A Síndrome de Diótrefes:
o A Síndrome de Diótrefes é caracterizada pela preocupação em julgar, inibir e proibir, em vez
de apoiar e encorajar. É uma mentalidade que coloca a própria autoridade acima da
orientação de Deus, o que pode levar a conflitos e divisões na igreja.
o
Base Bíblica:
Lucas 22:31-32a: Jesus advertiu Pedro sobre a ação de Satanás e afirmou que havia orado para
que a fé dele não falhasse.
Salmo 60:12: "Em Deus faremos proezas, porque ele é que pisará os nossos inimigos."
Esses exemplos e princípios ressaltam a importância de reconhecer nossa dependência do poder de Deus
em todas as áreas da vida espiritual. A confiança na própria espiritualidade ou posição pode levar à queda,
enquanto a confiança em Deus nos fortalece e nos conduz à vitória. O papel do discipulador é orientar
seus discípulos nessa direção.
EU ENSINEI QUE:
Nenhuma força humana é capaz de tomar alguém importante. Ao contrário, aqueles que querem
mostrar-se fortes com base nessa força, acabam sucumbindo, como aconteceu com Diótrefes e
tantos que agiram assim.
2- AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Deus concede aos seus discípulos autoridade [Lc 10.12]. Todo exercício de autoridade que sai da vontade
de Deus passa a ser autoritarismo. Isto acontece quando o mau discípulo tenta se apoderar e usa a
autoridade em proveito próprio, visando apenas seus interesses. Autoridade vem do próprio Deus, como
foi ensinado por Jesus e é usada para o avanço do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisão. Nisso
diferem, João e Diótrefes, o que tinha autoridade e o que era autoritário.
COMENTÁRIO EXTRA
Exemplo de Jesus:
o Jesus é o modelo perfeito de como a autoridade deve ser exercida. Ele tinha toda a
autoridade (Mateus 28:18), mas a utilizou para ensinar, curar, libertar e salvar. Sua
autoridade era sempre direcionada para o bem das pessoas.
Raiz Bíblica:
o Lucas 10:12: "Digo-vos que naquele dia haverá menos rigor para Sodoma do que para essa
cidade."
o Mateus 28:18-19: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."
2.1.A fonte da autoridade. Deus é a fonte de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razão, só é possível
ter autoridade se Ele a der ao homem [Lc 10.19], caso contrário é autoritarismo. Diótrefes usava de
autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas vontades [3]o 10], ignorando que a autoridade
vem do Senhor. Ninguém tem autoridade para vencer se não tiver a intervenção de Deus, por menor que
seja o obstáculo, como era a cidade de Ai.
Deus é quem concede poder e autoridade aos homens, sempre para que cumpram o propósito do Senhor.
Fora isso, é autoritarismo. Josué tinha uma ordem de chegar à Terra Prometida [Js 1.9], e deveria ter sido
firme quando recebeu a sugestão de irem contra Ai em menor número porque consideraram o lugar fraco.
Ainda que fosse verdade, a confiança deles deveria estar em Deus, e fracassar em Ai era uma lição de
que a autoridade vem de Deus [1 Pe 2.13-15).
COMENTÁRIO EXTRA
Diótrefes e Autoritarismo:
o Diótrefes exercia autoritarismo na igreja, pois tentava impor suas vontades e decisões sem
levar em consideração a vontade de Deus. Ele agia como se a autoridade viesse dele
mesmo, ignorando que ela provém do Senhor.
Base Bíblica:
o Romanos 13:1: "Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há
potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus."
o 1 Pedro 2:13-15: "Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer
ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos
malfeitores, e para louvor dos que fazem bem."
Essa análise destaca a importância de reconhecer que toda autoridade provém de Deus. O exercício de
autoridade deve ser pautado pela busca da vontade divina e a realização dos propósitos do Senhor. O
autoritarismo, que busca impor a própria vontade sem considerar a orientação de Deus, é
contraproducente e desvia do propósito original da autoridade.
2.2. O engano do autoritarismo. Cristo combateu veementemente o estilo de vida que não estava
alinhado aos princípios do Seu Reino. O autoritarismo é antibíblicos. O apóstolo Pedro recomendou:
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança
de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” [1Pe 5.2-3]. Pedro havia sido impetuoso, mas entendeu
que na obra de Deus o que rege é Sua autoridade, nunca o autoritarismo.
Cristo ensinou que a qualidade primordial é a disposição de servir, e não um espírito ditatorial. Jesus sabe
que todos nós precisamos de relacionamentos sadios para viver. Afinal, Deus nos criou de forma que
precisássemos um do outro [Ec 4.9-12], e não um acima do outro [Ef 6.9]. Joseph M. Stowell: “A
verdadeira autoridade é adquirida, não imposta. Toda vez que tentamos agarrá-la, os problemas
aparecem”.
COMENTÁRIO EXTRA
A Recomendação de Pedro:
o O apóstolo Pedro enfatiza a importância de pastorear o rebanho de Deus com cuidado e
voluntariedade, não por imposição ou ganância, mas como exemplo para o rebanho (1
Pedro 5:2-3). Ele destaca que a autoridade na obra de Deus é exercida com base na
liderança servil, não através do autoritarismo.
A Disposição de Servir:
o Cristo ensinou que a qualidade mais importante é a disposição de servir, não a imposição
de autoridade de maneira ditatorial. Ele compreendeu que os relacionamentos saudáveis
são essenciais para a vida. Deus criou os seres humanos para dependerem uns dos outros,
não para dominarem uns aos outros.
Joseph M. Stowell:
o Joseph M. Stowell ressalta que a verdadeira autoridade é conquistada pelo exemplo e não
imposta de forma arbitrária. Tentar impor autoridade muitas vezes resulta em problemas e
resistência.
Base Bíblica:
o 1 Pedro 5:2-3: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como
tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho."
o Efésios 6:9: "E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças,
sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com Ele não há
acepção de pessoas."
Essa análise ressalta a importância de uma liderança baseada no serviço e no exemplo, em contraste com
o autoritarismo que tenta impor a autoridade de forma coercitiva. Cristo mesmo demonstrou que o modelo
de liderança no Reino de Deus é o serviço e a disposição de se colocar à disposição dos outros.
2.3. Jesus é o exemplo. A liderança de Jesus sempre foi exemplo, desde quando chamou seus discípulos
até quando esteve perante Pilatos [Jo 19.11], antes de sua condenação e crucificação. Ele tinha toda
autoridade [Mt 28.18], mas não usou dela para escapar de Sua missão que era morrer pelos pecados dos
homens [Lc 23.39], antes foi submisso à autoridade do Pai [Fp 2.8]. Jesus é o exemplo de autoridade que
atrai [Jo 12.21], em vez de autoritarismo que repele. Sua autoridade era reconhecida pela multidão que o
seguia “porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” [Mt 7.29].
O discípulo deve ser conciliador e não déspota. Seu papel é essencial, mas ele deve usar sua autoridade
da mesma forma como Jesus fez. Cristo jamais agiu como um opressor. Nunca conduziu Seus seguidores
com mão de ferro. Seu ensino não exigiu ameaças ou prática abusiva. Ele disse que aprendei de mim que
sou manso e humilde de coração [Mt 11.29].
COMENTÁRIO EXTRA
Base Bíblica:
João 19:11: "Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse
dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem."
Mateus 28:18: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra."
Lucas 23:39: "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós também."
Mateus 7:29: "porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas."
Mateus 11:29: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração; e achareis descanso para a vossa alma."
Essa análise destaca a maneira como Jesus exerceu sua autoridade como exemplo para todos os líderes
e discípulos. Sua postura de submissão ao Pai, sua mansidão e humildade são qualidades que devem ser
espelhadas na liderança cristã. A verdadeira autoridade é aquela que é exercida com sabedoria, amor e
consideração pelos que estão sendo liderados.
EU ENSINEI QUE:
O autoritarismo não funciona na obra de Deus. O discípulo que deseja ter autoridade verdadeira deve ter
Jesus como exemplo.
3- O VERDADEIRO DISCÍPULO
O discípulo de Cristo cumpre seu chamado em total submissão ao plano de Deus. O erro de Josué em Ai
foi não ter buscado a orientação de Deus. Por isso, teve de aprender com a derrota. Toda ação deve ser
levada ao Senhor, por mais simples que possa parecer [Tg 4.13-15].
COMENTÁRIO EXTRA
Base Bíblica:
Tiago 4:13-15 (ARA): "Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e
lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá
amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se
dissipa. Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também
faremos isto ou aquilo."
Essa análise destaca a necessidade de submissão ao plano de Deus na vida do verdadeiro discípulo. A
lição aprendida com o erro de Josué em Ai ressalta a importância de buscar a orientação divina em todas
as decisões. A passagem de Tiago reforça a ideia de que a vida está nas mãos de Deus, e devemos
reconhecer Sua soberania em tudo o que fazemos. Portanto, o discípulo busca constantemente a vontade
do Senhor em todas as áreas de sua vida.
3.1. Ama e cuida da Igreja. O verdadeiro discípulo reflete o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a
seguir e a servir Jesus [Mt 28.18-20]. O cuidado do discípulo de Cristo é condição essencial daquele que
precisa ensinar e conduzir as vidas a Cristo, gerando novos discípulos [2 Tm 4.2]. Josué falhou nisso. O
amor precisa ser materializado por meio de ações concretas [1 Jo 3.16-18]. Diferentemente de Diótrefes,
João viveu e morreu praticando o amor, tornando-se conhecido por isso [Jo 21.7]. Ele é um grande
exemplo para todos que desejam êxito ministerial. Soube amar as ovelhas e deter os lobos [Jo 10.10- 16],
afastando-os para bem longe do rebanho. Para ele, poupar o lobo era o mesmo que sacrificar as ovelhas.
Por isso João não ficou inferente e passivo em relação à postura de Diótrefes [3]o 10].
Diótrefes não era verdadeiro, comprometido em cuidar e amar seus discípulos. Suas atitudes egoístas e
arrogantes mostravam isso. Um ditado diz: “Quando você vê o que Deus quer que você veja, você pode
fazer o que Deus quer que você faça
COMENTÁRIO EXTRA
Exemplo de João:
o O apóstolo João é destacado como um exemplo notável de alguém que amou e cuidou das
ovelhas de Cristo. Sua vida e morte foram marcadas pelo exercício prático do amor,
tornando-se conhecido por essa característica. Ele não apenas amou, mas também
protegeu o rebanho de Cristo dos lobos espirituais.
Base Bíblica:
Mateus 28:18-20 (ARA): "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século."
2 Timóteo 4:2 (ARA): "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende,
exorta com toda a longanimidade e doutrina."
1 João 3:16-18 (ARA): "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos
dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão
padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade."
Esta análise destaca a importância do amor e cuidado pela igreja no ministério do verdadeiro discípulo.
João é apresentado como um exemplo notável desse amor prático e protetor. A diferença entre João e
Diótrefes ressalta a importância de viver o amor de forma genuína e desinteressada. Essa atitude não
apenas fortalece a igreja, mas também reflete o próprio caráter de Deus, que é amor.
3.2. Preserva as ovelhas. Ao perder a primeira investida contra Ai, como um líder, Josué colocou em
risco a vida de suas “ovelhas”. Por ouvir o “conselho” de homens, não se importou em ouvir a Deus. Essa
insubmissão custou caro a Josué, pois trinta e seis pessoas perderam a vida naquela batalha; uma derrota
significativa para Josué. O discípulo verdadeiro tem responsabilidade em gerar e cuidar, pois se não o
fizer, Deus o cobrará [Jr 23.1-4]. Jesus deixa claro que guardou todas as ovelhas que Deus o deu, e
nenhuma se perdeu [Jo 17.12a).
A liderança de Diótrefes era equivocada. Ele não se espelhava em Jesus, por isso cometeu tantos erros.
Era orgulhoso em vez de humilde. Sem humildade, Cristo não pode ser representado no pastorado. O
verdadeiro êxito de um discípulo passa pela cruz. A cruz da agonia interior, das críticas, do fracasso, do
abandono pelos amigos e das injustiças [Mt 26.36-39]. Essa cruz é necessária porque ela realiza em nós a
morte do ego e tornar transparente aos olhos de todos, a justiça e a força de Deus. Tudo que Diótrefes
precisava para ser um líder segundo o coração de Deus. Preocupava-se consigo mesmo e não com o
outro, o que é dever pastoral.
COMENTÁRIO EXTRA
Base Bíblica:
Jeremias 23:1-4 (ARA): "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! Diz
o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o
meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que
visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor."
João 17:12a (ARA): "Enquanto eu estava com eles, guardava-os no teu nome."
Mateus 26:36-39 (ARA): "Então, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus
discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo Pedro e os dois filhos
de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: A minha alma está
profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo."
Esta análise destaca a importância da preservação e cuidado das ovelhas espirituais para um verdadeiro
discípulo. Jesus é apresentado como o exemplo supremo de líder que preserva o rebanho confiado a Ele.
A humildade na liderança e a disposição de enfrentar a cruz são essenciais para o verdadeiro discipulado.
A cruz é vista como um símbolo do processo de morte do ego, tornando visível a justiça e a força de Deus
na vida do discípulo.
3.3. Cumpre o propósito divino. O propósito divino para Josué era vencer Aí, mas ele perdeu. O fato de
Josué não saber que Aca havia roubado o ouro que estava sob a proibição [Js 7.1-13], mostra que Josué
não havia buscado Deus antes de invadir a cidade, senão o Senhor o teria avisado [Am 3.6-7]. Para
cumprir o propósito divino em Ai, Josué agora busca a Deus e recebe a garantia da vitória na batalha,
após ouvir as estratégias do Senhor [Js 8.1-2]. Um discípulo verdadeiro ouve as instruções de seu Mestre.
Um discípulo arrogante como Diótrefes não se preocupa em cumprir o propósito de Deus, ele pensa
apenas nos seus planos. Deus não se preocupa com a força humana, mas com o caráter. Ele ajuda todos
que O buscam em suas fraquezas. Quanto mais reconhecemos e confessamos perante o Senhor as
nossas falhas, mais Deus usará isso para o propósito dele. Pastor Philip Gulley: “Em vez de ver Deus
como alguém que me ajuda a realizar meus propósitos, deve ser minha alegria ajudá-lo a cumprir o Seu
propósito, buscando o crescimento de todos”.
COMENTÁRIO EXTRA
Base Bíblica:
Josué 7:1-13 (ARA): O relato de Aca, que havia roubado coisas consagradas, e a derrota em Ai.
Amós 3:6-7 (ARA): "Se o tocar a trombeta na cidade e o povo não estremecer? Se suceder algum
mal na cidade, não terá sido o Senhor o causador? Porque o Senhor Deus não fará coisa alguma,
sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas."
Josué 8:1-2 (ARA): A busca de Josué por orientação divina antes de atacar Ai novamente.
Esta seção destaca a importância do cumprimento do propósito divino na vida de um verdadeiro discípulo.
Josué, ao enfrentar a derrota em Ai, aprendeu a necessidade de buscar a orientação de Deus antes de
agir. Isso ressalta a importância de ouvir as instruções do Mestre em todas as situações. Além disso, é
enfatizado que Deus valoriza o caráter sobre a força humana, e Ele está disposto a usar as fraquezas e
falhas de um discípulo para cumprir Seu propósito. A citação de Pastor Philip Gulley destaca a importância
de colaborar com Deus no cumprimento de Seu propósito.
EU ENSINEI QUE:
O verdadeiro discípulo conhece os objetivos de Deus, sujeita-se a Ele e trabalha para que seu chamado
seja eficiente junto à igreja.
CONCLUSÃO
Deus não procura pessoas fortes, mas alguém que seja fortalecido nEle. Deus não quer discípulos de
aparência como Diótrefes, mas de essência, comprometidos e amáveis como João, Gaio e Demétrio para
realizar Seus propósitos.
COMENTÁRIO EXTRA
Conclusão:
Esta parte da lição enfatiza a necessidade de encontrar força em Deus, em vez de depender da própria
força. Destaca também que Deus valoriza a autenticidade e o compromisso genuíno em Seus discípulos,
em contraste com uma busca por status ou aparência externa. A referência a Filipenses 4:13 reforça a
ideia de que nossa verdadeira força vem de Deus.