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Lição 05 – O Verdadeiro Discípulo depende inteiramente de Cristo

TEXTO ÁUREO
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de
nós.” 2 Coríntios 4.7

COMENTÁRIO EXTRA
O texto áureo, 2 Coríntios 4.7, apresenta uma poderosa mensagem sobre a natureza frágil e humilde dos
seres humanos em contraste com a grandiosidade do poder de Deus. Vamos analisar cada parte:

Texto em Grego:
"Ἔχομεν δὲ τὸν θησαυρὸν τοῦτον ἐν ὀστρακίνοις σκεύεσιν, ἵνα ἡ ὑπερβολὴ τῆς δυνάμεως ᾖ τοῦ θεοῦ καὶ μὴ
ἐξ ἡμῶν."

Transliteração:
"Échomen de ton thēsauron touton en ostrakinis skeuesin, hina hē hyperbolē tēs dynameōs ēi tou theou
kai mē ex hēmōn."

Definições do Texto:
 "Ἔχομεν" (Échomen): Significa "nós temos". Refere-se à posse ou ação de possuir.
 "τὸν θησαυρὸν" (ton thēsauron): "O tesouro". Representa algo de grande valor e significado.
 "τοῦτον" (touton): "Este". Refere-se a algo específico e presente.
 "ἐν" (en): "Em". Indica localização ou meio.
 "ὀστρακίνοις" (ostrakinis): "De barro". Relacionado a algo feito de cerâmica ou barro.
 "σκεύεσιν" (skeuesin): "Vasos". Refere-se a recipientes ou utensílios.
 "ἵνα" (hina): "Para que". Indica propósito ou finalidade.
 "ἡ ὑπερβολὴ" (hē hyperbolē): "A excelência" ou "A supremacia". Refere-se a algo que está além do
comum, que excede.
 "τῆς δυνάμεως" (tēs dynameōs): "Do poder". Refere-se a uma força ativa e eficaz.
 "ᾖ" (ēi): "Seja". Forma do verbo "ser" no presente do subjuntivo.
 "τοῦ θεοῦ" (tou theou): "De Deus". Indica a fonte ou origem divina.
 "καὶ" (kai): "E". Conjunção que conecta palavras ou frases.
 "μὴ" (mē): "Não". Partícula de negação.
 "ἐξ" (ex): "De". Indica origem ou procedência.
 "ἡμῶν" (hēmōn): "Nós". Pronome possessivo plural, indica posse.

Dicionário Bíblico:
 Tesouro: Refere-se a algo de grande valor, riqueza ou importância. No contexto bíblico, muitas
vezes se refere ao conhecimento e à glória de Deus.

 Vasos de Barro: Representa a fragilidade e a humanidade dos indivíduos. A metáfora destaca


que, apesar da fraqueza humana, Deus escolheu usar pessoas comuns para transmitir Sua
mensagem.

 Excelência do Poder de Deus: Refere-se à manifestação impressionante e suprema do poder


divino que opera através da fraqueza humana.

 "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro..."


o O apóstolo Paulo compara os crentes a "vasos de barro", indicando a fragilidade e
imperfeição da natureza humana. Os vasos de barro eram recipientes comuns e
vulneráveis, facilmente quebráveis. Assim somos nós, frágeis e sujeitos às adversidades.

o Base Bíblica:
 Gênesis 2.7: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou
nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente."
 Isaías 64.8: "Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu, o nosso
oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos."
o Comentário:
 Essa analogia destaca a humildade e a vulnerabilidade da condição humana.
Embora sejamos criaturas frágeis e limitadas, Deus escolheu nos confiar um
tesouro, que é o conhecimento do evangelho e a presença do Espírito Santo em
nossas vidas.

 "...para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós."


o Essa parte do versículo enfatiza que a manifestação do poder está inteiramente nas mãos
de Deus e não é mérito humano. A fraqueza dos vasos de barro realça a extraordinária
força do tesouro que contêm, que é a mensagem do evangelho e a obra do Espírito Santo.

o Base Bíblica:
 1 Coríntios 1.27: "Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar
os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes."

o Comentário:
 Deus escolheu usar os seres humanos, com todas as suas fraquezas e limitações,
como instrumentos para proclamar Sua mensagem e manifestar Seu poder. Isso
ressalta Sua glória, pois a transformação e os resultados provêm claramente de
Sua obra, e não de nossos próprios méritos.

O texto áureo nos lembra da soberania de Deus em escolher e capacitar os vasos de barro para
conter e transmitir Seu tesouro. Isso encoraja os crentes a confiarem na suficiência de Deus, mesmo em
meio à sua própria fragilidade. A ênfase está na obra divina e não na habilidade ou capacidade humanas.
Essa perspectiva nos convida a humildade e a gratidão pela oportunidade de sermos usados por Deus em
Sua obra.

VERDADE APLICADA
O exercício de um discipulado saudável consiste no discipulador estar ciente de ser um instrumento nas
mãos de Deus, para que o propósito do Senhor seja cumprido.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A "Verdade Aplicada" destaca a importância do discipulador compreender que é um instrumento nas mãos
de Deus, sendo usado para realizar o propósito divino na vida do discípulo. Essa perspectiva reflete a
humildade e a consciência de que o verdadeiro crescimento espiritual é facilitado por meio da orientação e
do ensino baseados na vontade de Deus.
Base Bíblica:
 Ser um Instrumento nas Mãos de Deus:
o Efésios 2.10 (ARC): "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas."
o Isaías 64.8 (ARA): "Todavia, SENHOR, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu, o nosso
oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos."
o O Novo Testamento frequentemente compara os crentes a vasos ou instrumentos nas mãos
de Deus, destacando que somos moldados e utilizados por Ele para cumprir Seu propósito.

 Propósito do Senhor:
o Filipenses 2.13 (ARA): "porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar,
segundo a sua boa vontade."
o Romanos 8.28 (ARC): "E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."
o Deus tem um plano específico e redentor para cada indivíduo, e os discipuladores
desempenham um papel fundamental em ajudar os discípulos a compreenderem e
cumprirem esse propósito.

Citações de Escritores Cristãos:


"O discipulado é um ministério de amor que busca conduzir as pessoas a um relacionamento mais
profundo com Deus, auxiliando-as a crescer em maturidade espiritual." - Autor Desconhecido.

"O verdadeiro discipulado não é apenas transmitir informações, mas é conduzir a pessoa a uma
experiência transformadora com Cristo." - Autor Desconhecido.

Conclusão:
A Verdade Aplicada ressalta que o discipulador deve ter uma percepção clara de sua função como
instrumento de Deus. Isso implica em estar consciente de que o processo de discipulado não é apenas
sobre ensinar, mas sobre guiar e acompanhar o discípulo em seu crescimento espiritual, sempre alinhado
com o propósito divino para a vida do discípulo. Essa abordagem humilde e orientada por Deus é
essencial para o progresso espiritual genuíno.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que as qualidades humanas são insuficientes
Expor o conceito bíblico de autoridade
Mostrar que fraco é quem não se submete a Deus
.
TEXTOS DE REFERÈNCIA
JOSUÉ 7
2- Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, da banda do oriente
de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai.
3- E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou três mil homens, a
ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,
4- Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.
5- E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e
feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Estes versículos relatam um episódio crucial na jornada de Israel para conquistar a terra prometida.
Após a vitória em Jericó, o povo de Israel enfrenta um revés surpreendente em Ai devido à desobediência
de um indivíduo.
 Josué 7:2 - "Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Aven, da
banda do oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles
homens e espiaram a Ai."
o Análise: Neste versículo, Josué envia espiões para a cidade de Ai, localizada a leste de
Betel. A ordem é investigar a terra. A palavra "espiai" (‫תּורּו‬, "turú") deriva da raiz hebraica
"tur" (‫)תור‬, que significa "espiar" ou "observar". Os espiões obedecem e examinam Ai.

o Original Hebraico:
 Enviando: ‫"( ָׁש ַלח‬shalach")
 Subi e espiai a terra: ‫"( ֲע לּו ְר ְגַלִים ְוַר ְגלּו ֶא ת־ָה ָאֶר ץ‬alu reglayim ve-raglu et-ha-aretz")

o Dicionário Bíblico:
 Ai: Uma cidade próxima a Jericó, cujo nome significa "ruína". Ela foi conquistada por Israel
após a estratégia divinamente orientada.

 Josué 7:3 - "E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois mil ou
três mil homens, a ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos são,"
o Análise: Os espiões retornam a Josué e sugerem que não seja enviado todo o exército
para Ai. Eles propõem que dois a três mil homens sejam suficientes para a missão, pois Ai é
uma cidade pequena. A preocupação dos espiões é que todo o povo não se canse, já que a
população de Ai é relativamente pequena.

o Original Hebraico:
 Não suba todo o povo: ‫"( ָּכל־ָה ָע ם ֹלא־ַיֲע ֶלה‬kol-ha-am lo ya'aleh")
 Dois mil ou três mil homens: ‫"( ֲא ָלִפים אֹו ְׁש ֹלָׁש ה־ֲא ָלִפים ִא יׁש‬alafim o shlosha'alafim ish")

o Dicionário Bíblico:
 Ai: Como mencionado anteriormente, é uma cidade de tamanho modesto na região central
de Canaã.

 Josué 7:4 - "Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos
homens de Ai."
o Análise: Josué segue o conselho dos espiões e envia cerca de três mil homens para atacar
Ai. No entanto, esses homens fogem em pânico diante dos habitantes de Ai. Isso marca um
grande revés para Israel.

o Original Hebraico:
 Alguns três mil homens: ‫"( ְׁש ֹלֶׁש ת־ֲא ָלִפי֙ם ִ֣א יׁש‬shloshet-alafim ish")
 Fugiram diante dos homens de Ai: ‫"( ַוָּיֻ֜נ סּו ִמ ְּפ ֵ֣ני ַאְנֵׁ֥ש י ָה ָ֛ע י‬vayannusu mipnei anshei ha-Ai")

o Dicionário Bíblico:
 Ai: A cidade que derrotou os israelitas nessa ocasião. Sua vitória foi facilitada pela
desobediência de Acã, conforme revelado posteriormente no mesmo capítulo.

 Josué 7:5 - "E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até
Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água."

o Análise: Os homens de Ai atacam os israelitas, ferindo trinta e seis deles. A perseguição


continua desde a porta da cidade até Sebarim. Este desastre abala a confiança e a moral
do povo de Israel, deixando-os com medo e desencorajados.

o Original Hebraico:
 Alguns trinta e seis: ‫"( ְׁש ֹלִׁש ים ְוֵׁש ׁש־ֲא ָנִׁש ים‬shloshim ve-shesh-anashim")
 O coração do povo se derreteu e se tornou como água: ‫"( ַוְיַנֵּמ ס ֵלב־ָה ָע ם ַוְיִה י ַכָּמ ִים‬vayenamess
lev-ha-am vayehi chamayim")

o Dicionário Bíblico:
 Sebarim: A localização exata de Sebarim não é conhecida, mas parece ser uma área
próxima a Ai.

Esses versículos demonstram a importância da obediência e do discernimento divino em todas as


ações e decisões de Israel. O fracasso em Ai serve como uma lição de humildade e uma lembrança de
que o sucesso militar e a posse da terra prometida dependem da fidelidade e da orientação de Deus.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | 1 Sm 16.7 Deus não vê a aparência, mas o coração.
TERÇA | Sl 119.67 A vitória vem da obediência à Palavra.
QUARTA | Jo 15.5 O êxito vem de Jesus.
QUINTA | 2Co 12.10 A força vem de Deus.
SEXTA | Fp 4.13 É Jesus quem nos fortalece.
SÁBADO | Tg 4.10 Só Deus pode exaltar o homem.
HINOS SUGERIDOS: 253, 268, 427
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o discipulador dependa unicamente do poder e da força de Deus.

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– A ilusão da força humana
2– Autoridade e autoritarismo
3– O verdadeiro discípulo
Conclusão

INTRODUÇÃO
As promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que está com o Seu povo não eliminam
a necessidade de constante vigilância, oração, humildade, cuidado para agir de acordo com os princípios
bíblicos e consciência de que somos falhos e limitados.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Promessas e Garantias de Deus:
o As promessas de Deus são uma parte central da relação entre Ele e Seu povo ao longo das
Escrituras. Elas representam Sua fidelidade, Seu compromisso e Sua disposição de agir em
favor daqueles que O buscam (2 Pedro 1:4). Por exemplo, em Josué 1:9, Deus promete
estar com Josué em sua liderança, assegurando-lhe coragem e sucesso.

 Conquistas e a Presença de Deus:


o Embora Deus prometa vitórias e conquistas, isso não significa que o povo de Deus pode
relaxar em sua devoção e vigilância. As conquistas requerem esforço, obediência e uma
contínua dependência da presença e orientação divina (Filipenses 2:12-13). Mesmo em
meio às vitórias, o povo deve permanecer humilde e ciente de sua necessidade contínua de
Deus.

 Vigilância, Oração e Humildade:


o A vigilância envolve estar alerta espiritualmente, discernindo os tempos e as circunstâncias
(Mateus 26:41). A oração é a comunicação constante com Deus, expressando dependência
e buscando Sua direção (1 Tessalonicenses 5:17). A humildade é a consciência de nossa
fragilidade e da necessidade de depender inteiramente de Deus (Tiago 4:6).

 Agir de Acordo com os Princípios Bíblicos:


o Os princípios bíblicos são os fundamentos éticos e morais que guiam a vida do crente. Agir
de acordo com eles implica em viver em conformidade com a vontade de Deus, refletindo
Seu caráter e propósito (Salmo 119:105). Isso envolve tomar decisões alinhadas com o que
a Palavra de Deus ensina.

 Consciência de Falhas e Limitações:


o Reconhecer nossas falhas e limitações é essencial para uma caminhada de fé saudável.
Isso nos mantém humildes, dependentes de Deus e abertos ao Seu aperfeiçoamento em
nossas vidas (2 Coríntios 12:9). Ao invés de nos desanimar, essa consciência nos direciona
para a graça abundante de Deus.

Base Bíblica:
 2 Pedro 1:4: "pelos quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para
que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões
que há no mundo."
 Josué 1:9: "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor,
teu Deus, é contigo por onde quer que andares."
 Filipenses 2:12-13: "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha
presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor
e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade."
 Mateus 26:41: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca."
 Tiago 4:6: "Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos
humildes."
 Salmo 119:105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos."
 2 Coríntios 12:9: "E ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse
sobre mim o poder de Cristo."

Esses princípios são fundamentais para uma vida cristã frutífera e alinhada com a vontade de Deus. Eles
nos lembram da importância da constante dependência e busca pela presença de Deus em nossas vidas.

1- A ILUSÃO DA FORÇA HUMANA


Ai ou Aia ou Aiate era uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete-Áven, próxima a Jericó e a segunda
cidade tomada na invasão de Canaã (a Terra Prometida). Seu nome traduzido é “monte de ruínas”,
podendo significar o que ela se tornaria. Após conquistar Jericó, uma cidade forte, os hebreus acreditaram
que nada mais seria impossível. A subestimação do inimigo aliada à desobediência os levou à derrota em
um lugar onde venceriam. O bom discipulador é aquele que confia em Deus, não em si [2Co 12.10].
Aprendeu a maior lição: aquele que aprendeu a depender de Deus!

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 A Cidade de Ai:
o Ai era uma cidade localizada a leste de Betel, próxima a Bete-Áven. Seu nome, quando
traduzido, pode significar "monte de ruínas", o que se tornou uma profecia cumprida após
sua derrota (Josué 8:28). Inicialmente, os hebreus subestimaram Ai devido à confiança
adquirida após a conquista de Jericó.

 A Ilusão da Força Humana:


o A confiança excessiva na própria força e habilidade pode levar à derrota. O episódio de Ai
serve como um lembrete de que a vitória não depende apenas da habilidade militar, mas da
orientação e bênção de Deus. Os hebreus aprenderam que sua força humana era
insuficiente sem a intervenção divina.

 Desobediência e Derrota:
o A desobediência também foi um fator crucial na derrota em Ai. A transgressão de Acã ao
tomar objetos consagrados resultou na ira de Deus sobre todo o povo (Josué 7:1-12). Isso
destaca a importância da obediência irrestrita aos mandamentos de Deus.

 Lições para o Discipulador:


o O bom discipulador deve ensinar a dependência de Deus em todas as situações. Isso
significa que a confiança não deve ser colocada na própria força, mas em Deus (2 Coríntios
12:10). A experiência em Ai mostra que a verdadeira força está em reconhecer nossa
fraqueza e depender inteiramente de Deus.
Base Bíblica:
 Josué 8:28: "Assim, Ai ficou para sempre como um montão de ruínas, e ainda é assim até hoje."
 Josué 7:1-12: O relato detalhado da transgressão de Acã e as consequências disso para todo o
povo.
 2 Coríntios 12:10: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte."

Essa narrativa oferece uma poderosa lição sobre a importância de depender inteiramente de Deus,
reconhecendo nossa própria fraqueza e limitação. Além disso, destaca a necessidade de obediência
irrestrita aos mandamentos de Deus para evitar consequências desastrosas.

1.1 Corpo físico. O maior engano já cometido por grandes personagens bíblicos, geralmente está
relacionado à confiança em suas próprias forças, como foi o caso de Sansão, que acabou morto [Jz
16.30], ou ao tamanho de seus recursos, como foi o de Davi [1 Cr 2.1]. Ser forte, de acordo com a Bíblia,
não significa ter um porte físico avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confiança plena em Deus e
obedecê-lo em qualquer condição. Os hebreus caíram por se acharem mais fortes que os homens de Ai.

Diótrefes se considerava muito bom, muito capaz e acima de qualquer outro, Ele confiava no que via, na
aparência, e não era obediente a Deus nem submisso à autoridade sobre ele, que era João. No caso de
Josué, ao ser convocado por Deus para substituir Moisés como líder do povo, era necessário injetar um
estímulo nele e fazê-lo ver que a vitória aconteceria não por força física (eles não eram um exército), mas
pela obediência. Segundo o comentário de Cambridge, o líder hebreu foi lembrado repetidamente de que
não era sua obra, mas obra de Deus, para a qual ele havia sido levantado. Josué tinha de confiar em Deus
100% e não nas coisas que via, tanto a “força” dos inimigos quanto a “fraqueza” dos hebreus. As atitudes
de Diótrefes eram desprezíveis e próprias de quem é fraco, que precisa humilhar o outro para sentir-se
forte.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Corpo Físico e Força Humana:
o O erro de confiar na própria força física é um tema recorrente na narrativa bíblica.
Personagens como Sansão e Davi cometeram esse engano, levando a consequências
desastrosas. A verdadeira força, de acordo com a Bíblia, reside na confiança plena em
Deus e na obediência a Ele em todas as circunstâncias.

 Exemplos Bíblicos:
o Sansão: Sansão confiou excessivamente em sua própria força física e acabou sucumbindo
diante dos inimigos quando sua força lhe foi retirada (Juízes 16:30).
o Davi: Davi confiou inicialmente no tamanho de seus recursos militares ao fazer um censo, o
que desagradou a Deus e resultou em consequências severas para Israel (1 Crônicas 21:2).
o Josué: Josué, ao ser chamado por Deus para liderar o povo, foi lembrado repetidamente de
que a vitória não dependeria de sua força física, mas da obra de Deus para a qual ele havia
sido designado.
o Diótrefes: Diótrefes, por outro lado, confiava em sua própria capacidade e se considerava
acima dos outros, resultando em atitudes desrespeitosas e de desobediência à autoridade
estabelecida por Deus na igreja primitiva.

 Confiança Plena em Deus:


o A verdadeira força está em confiar completamente em Deus, reconhecendo que qualquer
vitória ou conquista é resultado da obra divina e não de nossos próprios recursos ou
habilidades.

 O Caso de Josué:
o A liderança de Josué foi marcada pela necessidade de confiar inteiramente em Deus,
independentemente das circunstâncias. Ele aprendeu a lição de que a verdadeira força vem
da obediência e confiança em Deus, não em sua própria capacidade.

 Atitudes de Diótrefes:
o Diótrefes demonstrou atitudes de fraqueza ao desrespeitar a autoridade e buscar sua
própria exaltação. Isso revela uma falta de verdadeira confiança em Deus, levando-o a
confiar em sua própria aparência e capacidade.

Base Bíblica:
 Juízes 16:30: "E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu
sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua
morte do que os que matara em sua vida."
 1 Crônicas 21:2: "Disse, pois, Davi a Joabe e aos chefes do povo: Ide, contai o número de Israel,
desde Berseba até Dã; e trazei-mo, para que o saiba."

Esses exemplos destacam a importância de confiar inteiramente em Deus e não na própria força ou
recursos. A verdadeira força vem da obediência e dependência de Deus.

1.2. A alma. A alma é formada pelos sentimentos, conhecimento e emoções. Uma alma abatida conduz a
pessoa à derrota, uma alma confiante em Deus leva à vitória [SI 25]. Aqueles que confiam em sua
condição intelectual privilegiada, Deus diz que eles certamente serão confundidos. Paulo ressalta que
Deus zomba destes, escolhendo as coisas loucas para confundir as sábias [1Co 1.27]. Um homem rico
disse à sua alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga [Lc
12.19] acreditando que seu poder e força estavam em seu conhecimento e inteligência em conquistar bens
materiais. Mas Jesus o surpreendeu, dizendo que ele não tinha poder nem sobre sua própria vida [Lc
12.20]. Diótrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia, desprezando seu líder, João, e
expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma orgulhosa o tornava reprovável diante de Deus [3]o 9, 11].
O discipulador confiante em sua inteligência e conhecimento cai [Mt 23.12a).

O orgulho é um estado patológico da alma em que o ego cresce desmesuradamente como câncer e acaba
destruindo o próprio indivíduo. Toda igreja bem-sucedida tem muitas mãos, mentes e corações envolvidos.
O discipulador deve ser o grande mentor, apontando o topo da montanha, levando seus discípulos até lá,
preparando as pessoas e apoiando-as.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 A Alma - Sentimentos, Conhecimento e Emoções:
o A alma é composta pelos sentimentos, conhecimento e emoções de uma pessoa. Uma
alma abatida pode levar à derrota, enquanto uma alma confiante em Deus conduz à vitória.
Isso destaca a importância do estado interior de uma pessoa em sua jornada espiritual.

 Confiança na Inteligência e Conhecimento:


o Confiança excessiva na própria condição intelectual pode levar à confusão e à derrota. A
Bíblia adverte sobre a vaidade da sabedoria humana e destaca que Deus muitas vezes usa
as coisas consideradas loucas para confundir os sábios.

 Exemplos Bíblicos:
o Homem Rico na Parábola de Jesus (Lucas 12:19-20): Este homem confiou em sua riqueza
e conhecimento para garantir seu futuro, mas Deus o confrontou, mostrando que ele não
tinha controle sobre sua própria vida.
o Diótrefes: Sua atitude orgulhosa e desejo de primazia o levaram a desrespeitar a autoridade
estabelecida por Deus na igreja. Sua alma orgulhosa o tornou reprovável diante de Deus.

 Poder do Orgulho na Alma:


o O orgulho é comparado a um estado patológico da alma que cresce descontroladamente,
destruindo o próprio indivíduo. Ele pode ser tão devastador quanto um câncer espiritual.

 Papel do Discipulador:
o O discipulador desempenha o papel de mentor, guiando e preparando seus discípulos para
os desafios da jornada espiritual. Ele não deve se ver como a figura central, mas como
aquele que aponta o caminho e apoia aqueles que estão sendo discipulados.
Base Bíblica:
 Salmo 25: "Folgas a alma de teu servo; pois, Senhor, a ti levanto a minha alma."
 Mateus 23:12a: "E o que a si mesmo se exaltar será humilhado..."
 1 Coríntios 1:27: "Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes."

Esses exemplos e princípios ressaltam a importância de manter a humildade diante de Deus,


reconhecendo que qualquer sabedoria ou conhecimento que possuímos vem d'Ele. O orgulho na própria
inteligência pode levar à destruição espiritual. Portanto, o discipulador deve guiar com humildade e apontar
sempre para Deus como fonte de sabedoria e força.

1.3. Espírito. A derrota em Ai era uma lição que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a força deles
era o Senhor, e não porque eram espirituais. Está enganado quem pensa que, porque ocupa uma posição
de destaque, é mais espiritual do que os outros. Jesus advertiu Pedro: “Satanás pediu a você para
peneirá-lo como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça” [Lc 22.31-32a).

Ninguém é espiritualmente forte o bastante por sua própria capacidade. Os hebreus pensavam ser
capazes de vencer uma cidade minúscula porque haviam derrotado a mais poderosa, mas precisavam
aprender que a vitória só seria possível em Deus [SI 60.12]. Josué também precisou aprender esta lição,
logo no começo da jornada, para não comprometer o futuro. O bom discipulador protege a dignidade dos
seus discípulos. Mas, o portador da Síndrome de Diótrefes preocupa-se mais em julgar, inibir e proibir do
que em apoiar. Em sua mente, opor-se a ele é opor-se ao próprio Deus.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 O Papel do Espírito na Força Espiritual:
o A derrota em Ai foi uma lição importante para os hebreus, pois os lembrou de que sua
verdadeira força provinha do Senhor e não de qualquer mérito espiritual próprio. Isso
desafia a ideia de que ocupar uma posição de destaque automaticamente indica
espiritualidade superior.

 Dependência do Poder de Deus:


o Ninguém é espiritualmente forte o suficiente por sua própria capacidade. A confiança na
própria espiritualidade pode levar à queda. A história de Pedro, que Jesus advertiu sobre a
ação de Satanás, é um exemplo claro de como até os discípulos mais próximos de Jesus
precisavam da intervenção e oração do Mestre para se manterem firmes na fé.

 Lições de Josué:
o Josué, no início de sua jornada como líder dos hebreus, precisou aprender essa lição
fundamental para não comprometer o futuro do povo de Israel. Sua confiança não poderia
estar em suas próprias habilidades, mas em Deus.

 Papel do Discipulador:
o O bom discipulador protege a dignidade de seus discípulos e os encoraja a confiar em
Deus, em vez de confiar em sua própria espiritualidade ou posição. Ele age como um guia e
mentor, não como um juiz ou controlador.

 A Síndrome de Diótrefes:
o A Síndrome de Diótrefes é caracterizada pela preocupação em julgar, inibir e proibir, em vez
de apoiar e encorajar. É uma mentalidade que coloca a própria autoridade acima da
orientação de Deus, o que pode levar a conflitos e divisões na igreja.
o
Base Bíblica:
 Lucas 22:31-32a: Jesus advertiu Pedro sobre a ação de Satanás e afirmou que havia orado para
que a fé dele não falhasse.
 Salmo 60:12: "Em Deus faremos proezas, porque ele é que pisará os nossos inimigos."

Esses exemplos e princípios ressaltam a importância de reconhecer nossa dependência do poder de Deus
em todas as áreas da vida espiritual. A confiança na própria espiritualidade ou posição pode levar à queda,
enquanto a confiança em Deus nos fortalece e nos conduz à vitória. O papel do discipulador é orientar
seus discípulos nessa direção.

EU ENSINEI QUE:
Nenhuma força humana é capaz de tomar alguém importante. Ao contrário, aqueles que querem
mostrar-se fortes com base nessa força, acabam sucumbindo, como aconteceu com Diótrefes e
tantos que agiram assim.

2- AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Deus concede aos seus discípulos autoridade [Lc 10.12]. Todo exercício de autoridade que sai da vontade
de Deus passa a ser autoritarismo. Isto acontece quando o mau discípulo tenta se apoderar e usa a
autoridade em proveito próprio, visando apenas seus interesses. Autoridade vem do próprio Deus, como
foi ensinado por Jesus e é usada para o avanço do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisão. Nisso
diferem, João e Diótrefes, o que tinha autoridade e o que era autoritário.
COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Autoridade Concedida por Deus:
o Deus concede autoridade aos seus discípulos (Lucas 10:12). Essa autoridade é dada para
ser usada em conformidade com a vontade divina e para o avanço do Reino de Deus na
Terra.

 Diferença Entre Autoridade e Autoritarismo:


o A distinção crucial é que a autoridade tem sua fonte em Deus e é exercida visando o bem
comum e o avanço do Reino. Por outro lado, o autoritarismo é uma perversão da
autoridade, onde o indivíduo a utiliza para seus próprios interesses egoístas, sem
consideração pelos outros.

 Exemplo de Jesus:
o Jesus é o modelo perfeito de como a autoridade deve ser exercida. Ele tinha toda a
autoridade (Mateus 28:18), mas a utilizou para ensinar, curar, libertar e salvar. Sua
autoridade era sempre direcionada para o bem das pessoas.

 Diferença entre João e Diótrefes:


o João e Diótrefes representam dois extremos em relação à autoridade na igreja primitiva.
João, o apóstolo amado, tinha autoridade, mas a exercia com amor, humildade e em
conformidade com a vontade de Deus. Diótrefes, por outro lado, era autoritário, buscando
seu próprio interesse e agindo de forma opressiva em relação aos membros da igreja.

 Raiz Bíblica:
o Lucas 10:12: "Digo-vos que naquele dia haverá menos rigor para Sodoma do que para essa
cidade."
o Mateus 28:18-19: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo."

Essa análise ressalta a importância de exercer a autoridade de forma responsável, humilde e em


conformidade com a vontade de Deus. A autoridade, quando usada corretamente, é uma ferramenta
poderosa para o avanço do Reino de Deus e o bem-estar das pessoas. O autoritarismo, por outro lado, é
prejudicial e pode causar divisões e danos na comunidade cristã. Portanto, os líderes devem buscar
sempre a orientação divina ao exercer autoridade.

2.1.A fonte da autoridade. Deus é a fonte de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razão, só é possível
ter autoridade se Ele a der ao homem [Lc 10.19], caso contrário é autoritarismo. Diótrefes usava de
autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas vontades [3]o 10], ignorando que a autoridade
vem do Senhor. Ninguém tem autoridade para vencer se não tiver a intervenção de Deus, por menor que
seja o obstáculo, como era a cidade de Ai.

Deus é quem concede poder e autoridade aos homens, sempre para que cumpram o propósito do Senhor.
Fora isso, é autoritarismo. Josué tinha uma ordem de chegar à Terra Prometida [Js 1.9], e deveria ter sido
firme quando recebeu a sugestão de irem contra Ai em menor número porque consideraram o lugar fraco.
Ainda que fosse verdade, a confiança deles deveria estar em Deus, e fracassar em Ai era uma lição de
que a autoridade vem de Deus [1 Pe 2.13-15).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Fonte da Autoridade:
o A autoridade tem sua origem em Deus (Romanos 13:1). É Ele quem concede autoridade
aos homens para que possam cumprir os propósitos divinos. Sem a concessão de Deus, o
exercício de autoridade se torna autoritarismo.

 Diótrefes e Autoritarismo:
o Diótrefes exercia autoritarismo na igreja, pois tentava impor suas vontades e decisões sem
levar em consideração a vontade de Deus. Ele agia como se a autoridade viesse dele
mesmo, ignorando que ela provém do Senhor.

 Josué e a Confiança em Deus:


o Josué, ao receber a sugestão de atacar Ai com menor número, deveria ter confiado na
ordem de Deus de conquistar a Terra Prometida (Josué 1:9). Mesmo que o lugar parecesse
fraco, a confiança deveria estar em Deus, não nas próprias forças.

 Lições de Autoridade na Bíblia:


o A Bíblia ensina que a autoridade é um dom de Deus para a execução de Seus propósitos
(Lucas 10:19). É um instrumento para o avanço do Reino e deve ser exercida em
conformidade com a vontade divina.

 Base Bíblica:
o Romanos 13:1: "Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há
potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus."
o 1 Pedro 2:13-15: "Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer
ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos
malfeitores, e para louvor dos que fazem bem."

Essa análise destaca a importância de reconhecer que toda autoridade provém de Deus. O exercício de
autoridade deve ser pautado pela busca da vontade divina e a realização dos propósitos do Senhor. O
autoritarismo, que busca impor a própria vontade sem considerar a orientação de Deus, é
contraproducente e desvia do propósito original da autoridade.

2.2. O engano do autoritarismo. Cristo combateu veementemente o estilo de vida que não estava
alinhado aos princípios do Seu Reino. O autoritarismo é antibíblicos. O apóstolo Pedro recomendou:
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança
de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” [1Pe 5.2-3]. Pedro havia sido impetuoso, mas entendeu
que na obra de Deus o que rege é Sua autoridade, nunca o autoritarismo.
Cristo ensinou que a qualidade primordial é a disposição de servir, e não um espírito ditatorial. Jesus sabe
que todos nós precisamos de relacionamentos sadios para viver. Afinal, Deus nos criou de forma que
precisássemos um do outro [Ec 4.9-12], e não um acima do outro [Ef 6.9]. Joseph M. Stowell: “A
verdadeira autoridade é adquirida, não imposta. Toda vez que tentamos agarrá-la, os problemas
aparecem”.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Cristo e o Combate ao Autoritarismo:
o Cristo, em seu ensinamento e estilo de vida, confrontou de maneira vigorosa qualquer estilo
de liderança ou vida que fosse contrário aos princípios do Reino de Deus. Ele se opôs ao
autoritarismo, que vai contra as Escrituras.

 A Recomendação de Pedro:
o O apóstolo Pedro enfatiza a importância de pastorear o rebanho de Deus com cuidado e
voluntariedade, não por imposição ou ganância, mas como exemplo para o rebanho (1
Pedro 5:2-3). Ele destaca que a autoridade na obra de Deus é exercida com base na
liderança servil, não através do autoritarismo.
 A Disposição de Servir:
o Cristo ensinou que a qualidade mais importante é a disposição de servir, não a imposição
de autoridade de maneira ditatorial. Ele compreendeu que os relacionamentos saudáveis
são essenciais para a vida. Deus criou os seres humanos para dependerem uns dos outros,
não para dominarem uns aos outros.

 Joseph M. Stowell:
o Joseph M. Stowell ressalta que a verdadeira autoridade é conquistada pelo exemplo e não
imposta de forma arbitrária. Tentar impor autoridade muitas vezes resulta em problemas e
resistência.

 Base Bíblica:
o 1 Pedro 5:2-3: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como
tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho."
o Efésios 6:9: "E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças,
sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com Ele não há
acepção de pessoas."

Essa análise ressalta a importância de uma liderança baseada no serviço e no exemplo, em contraste com
o autoritarismo que tenta impor a autoridade de forma coercitiva. Cristo mesmo demonstrou que o modelo
de liderança no Reino de Deus é o serviço e a disposição de se colocar à disposição dos outros.

2.3. Jesus é o exemplo. A liderança de Jesus sempre foi exemplo, desde quando chamou seus discípulos
até quando esteve perante Pilatos [Jo 19.11], antes de sua condenação e crucificação. Ele tinha toda
autoridade [Mt 28.18], mas não usou dela para escapar de Sua missão que era morrer pelos pecados dos
homens [Lc 23.39], antes foi submisso à autoridade do Pai [Fp 2.8]. Jesus é o exemplo de autoridade que
atrai [Jo 12.21], em vez de autoritarismo que repele. Sua autoridade era reconhecida pela multidão que o
seguia “porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” [Mt 7.29].

O discípulo deve ser conciliador e não déspota. Seu papel é essencial, mas ele deve usar sua autoridade
da mesma forma como Jesus fez. Cristo jamais agiu como um opressor. Nunca conduziu Seus seguidores
com mão de ferro. Seu ensino não exigiu ameaças ou prática abusiva. Ele disse que aprendei de mim que
sou manso e humilde de coração [Mt 11.29].

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Jesus como Exemplo de Liderança:
o A liderança de Jesus foi sempre exemplar, desde o momento em que chamou seus
discípulos até o seu enfrentamento com Pilatos antes de sua condenação e crucificação.
Mesmo possuindo toda a autoridade, Jesus não a usou para evitar sua missão de morrer
pelos pecados da humanidade. Ele demonstrou submissão à autoridade do Pai, sendo um
modelo de autoridade que atrai em vez de repelir.

 A Submissão de Jesus ao Pai:


o Jesus, apesar de ter toda a autoridade, escolheu submeter-se à vontade do Pai, aceitando
o sacrifício pela humanidade. Ele não buscou escapar da cruz, mas foi obediente até o fim.

 A Autoridade Reconhecida por Multidões:


o A autoridade de Jesus era claramente reconhecida pelas multidões que o seguiam. Ele
ensinava com autoridade, diferenciando-se dos escribas, que não tinham o mesmo impacto
em suas palavras.

 O Papel do Discípulo como Conciliador:


o O discípulo deve seguir o exemplo de Jesus, exercendo sua autoridade com sabedoria e
não de forma despótica. A liderança deve ser exercida com humildade e consideração pelos
liderados.

 A Mansidão e Humildade de Jesus:


o Jesus ensinou que a verdadeira autoridade é acompanhada de mansidão e humildade. Ele
convidou as pessoas a aprenderem com Ele, destacando sua postura mansa e humilde de
coração.

Base Bíblica:
 João 19:11: "Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse
dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem."
 Mateus 28:18: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra."
 Lucas 23:39: "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós também."
 Mateus 7:29: "porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas."
 Mateus 11:29: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração; e achareis descanso para a vossa alma."

Essa análise destaca a maneira como Jesus exerceu sua autoridade como exemplo para todos os líderes
e discípulos. Sua postura de submissão ao Pai, sua mansidão e humildade são qualidades que devem ser
espelhadas na liderança cristã. A verdadeira autoridade é aquela que é exercida com sabedoria, amor e
consideração pelos que estão sendo liderados.

EU ENSINEI QUE:
O autoritarismo não funciona na obra de Deus. O discípulo que deseja ter autoridade verdadeira deve ter
Jesus como exemplo.

3- O VERDADEIRO DISCÍPULO
O discípulo de Cristo cumpre seu chamado em total submissão ao plano de Deus. O erro de Josué em Ai
foi não ter buscado a orientação de Deus. Por isso, teve de aprender com a derrota. Toda ação deve ser
levada ao Senhor, por mais simples que possa parecer [Tg 4.13-15].

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Submissão ao Plano de Deus:
o O verdadeiro discípulo de Cristo se caracteriza por uma total submissão ao plano de Deus
em sua vida. Isso significa que ele busca constantemente a vontade do Senhor e age de
acordo com os princípios divinos.

 A Importância da Busca pela Orientação de Deus:


o O erro cometido por Josué em Ai foi não ter buscado a orientação de Deus antes de agir.
Isso resultou em uma derrota para o povo de Israel. Essa lição destaca a necessidade de
sempre buscar a orientação divina em todas as decisões e ações, por mais simples que
possam parecer.

 Levar Todas as Ações ao Senhor:


o A passagem de Tiago 4:13-15 enfatiza a importância de submeter os planos e ações ao
Senhor. O verdadeiro discípulo reconhece que a vida está nas mãos de Deus e que tudo
deve ser feito de acordo com Sua vontade.

Base Bíblica:
 Tiago 4:13-15 (ARA): "Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e
lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá
amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se
dissipa. Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também
faremos isto ou aquilo."

Essa análise destaca a necessidade de submissão ao plano de Deus na vida do verdadeiro discípulo. A
lição aprendida com o erro de Josué em Ai ressalta a importância de buscar a orientação divina em todas
as decisões. A passagem de Tiago reforça a ideia de que a vida está nas mãos de Deus, e devemos
reconhecer Sua soberania em tudo o que fazemos. Portanto, o discípulo busca constantemente a vontade
do Senhor em todas as áreas de sua vida.

3.1. Ama e cuida da Igreja. O verdadeiro discípulo reflete o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a
seguir e a servir Jesus [Mt 28.18-20]. O cuidado do discípulo de Cristo é condição essencial daquele que
precisa ensinar e conduzir as vidas a Cristo, gerando novos discípulos [2 Tm 4.2]. Josué falhou nisso. O
amor precisa ser materializado por meio de ações concretas [1 Jo 3.16-18]. Diferentemente de Diótrefes,
João viveu e morreu praticando o amor, tornando-se conhecido por isso [Jo 21.7]. Ele é um grande
exemplo para todos que desejam êxito ministerial. Soube amar as ovelhas e deter os lobos [Jo 10.10- 16],
afastando-os para bem longe do rebanho. Para ele, poupar o lobo era o mesmo que sacrificar as ovelhas.
Por isso João não ficou inferente e passivo em relação à postura de Diótrefes [3]o 10].

Diótrefes não era verdadeiro, comprometido em cuidar e amar seus discípulos. Suas atitudes egoístas e
arrogantes mostravam isso. Um ditado diz: “Quando você vê o que Deus quer que você veja, você pode
fazer o que Deus quer que você faça

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Amor e Cuidado pela Igreja:
o O verdadeiro discípulo demonstra o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a seguir e
servir a Jesus. Ele cuida das vidas, gerando novos discípulos e conduzindo-os a Cristo.
Esse cuidado é essencial para o ensino e o crescimento espiritual dos membros da igreja.
 Materialização do Amor em Ações Concretas:
o O amor não é apenas um sentimento, mas se manifesta em ações tangíveis. O verdadeiro
discípulo pratica o amor através de atos concretos de cuidado e serviço ao próximo. Isso é
fundamental para o êxito no ministério e na liderança.

 Exemplo de João:
o O apóstolo João é destacado como um exemplo notável de alguém que amou e cuidou das
ovelhas de Cristo. Sua vida e morte foram marcadas pelo exercício prático do amor,
tornando-se conhecido por essa característica. Ele não apenas amou, mas também
protegeu o rebanho de Cristo dos lobos espirituais.

 Diferença entre João e Diótrefes:


o A comparação entre João e Diótrefes destaca a diferença entre um verdadeiro discípulo,
comprometido com o cuidado e amor pelos seus discípulos, e alguém como Diótrefes, cujas
atitudes egoístas e arrogantes revelam a ausência desse compromisso genuíno.

Base Bíblica:
 Mateus 28:18-20 (ARA): "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século."
 2 Timóteo 4:2 (ARA): "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende,
exorta com toda a longanimidade e doutrina."
 1 João 3:16-18 (ARA): "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos
dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão
padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?
Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade."

Esta análise destaca a importância do amor e cuidado pela igreja no ministério do verdadeiro discípulo.
João é apresentado como um exemplo notável desse amor prático e protetor. A diferença entre João e
Diótrefes ressalta a importância de viver o amor de forma genuína e desinteressada. Essa atitude não
apenas fortalece a igreja, mas também reflete o próprio caráter de Deus, que é amor.

3.2. Preserva as ovelhas. Ao perder a primeira investida contra Ai, como um líder, Josué colocou em
risco a vida de suas “ovelhas”. Por ouvir o “conselho” de homens, não se importou em ouvir a Deus. Essa
insubmissão custou caro a Josué, pois trinta e seis pessoas perderam a vida naquela batalha; uma derrota
significativa para Josué. O discípulo verdadeiro tem responsabilidade em gerar e cuidar, pois se não o
fizer, Deus o cobrará [Jr 23.1-4]. Jesus deixa claro que guardou todas as ovelhas que Deus o deu, e
nenhuma se perdeu [Jo 17.12a).

A liderança de Diótrefes era equivocada. Ele não se espelhava em Jesus, por isso cometeu tantos erros.
Era orgulhoso em vez de humilde. Sem humildade, Cristo não pode ser representado no pastorado. O
verdadeiro êxito de um discípulo passa pela cruz. A cruz da agonia interior, das críticas, do fracasso, do
abandono pelos amigos e das injustiças [Mt 26.36-39]. Essa cruz é necessária porque ela realiza em nós a
morte do ego e tornar transparente aos olhos de todos, a justiça e a força de Deus. Tudo que Diótrefes
precisava para ser um líder segundo o coração de Deus. Preocupava-se consigo mesmo e não com o
outro, o que é dever pastoral.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Preservação das Ovelhas:
o O verdadeiro discípulo tem a responsabilidade de gerar e cuidar das ovelhas espirituais.
Isso envolve proteger e preservar o rebanho de Deus. A negligência nesse cuidado pode
resultar em consequências sérias, e Deus cobrará essa responsabilidade dos líderes
espirituais.

 Exemplo de Jesus na Preservação das Ovelhas:


o Jesus é apresentado como o modelo perfeito de líder e pastor. Ele declara que guardou
todas as ovelhas que o Pai lhe deu, e nenhuma delas se perdeu. Isso demonstra o cuidado
e a responsabilidade que um líder espiritual deve ter para com o rebanho de Deus.

 A Importância da Humildade na Liderança:


o A liderança de Diótrefes é contrastada com a de Jesus. Diótrefes demonstrava orgulho em
vez de humildade. A humildade é essencial para representar Cristo no pastorado. Ela é
necessária para suportar as adversidades e desafios que um líder pode enfrentar.

 A Cruz como Símbolo do Verdadeiro Discipulado:


o O verdadeiro êxito de um discípulo passa pela cruz. Isso implica em enfrentar a agonia
interior, lidar com críticas, enfrentar o fracasso, suportar o abandono e lidar com injustiças.
A cruz é o instrumento que realiza a morte do ego, tornando evidente a justiça e a força de
Deus na vida do discípulo.

Base Bíblica:
 Jeremias 23:1-4 (ARA): "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! Diz
o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o
meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que
visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor."
 João 17:12a (ARA): "Enquanto eu estava com eles, guardava-os no teu nome."
 Mateus 26:36-39 (ARA): "Então, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus
discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo Pedro e os dois filhos
de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: A minha alma está
profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo."

Esta análise destaca a importância da preservação e cuidado das ovelhas espirituais para um verdadeiro
discípulo. Jesus é apresentado como o exemplo supremo de líder que preserva o rebanho confiado a Ele.
A humildade na liderança e a disposição de enfrentar a cruz são essenciais para o verdadeiro discipulado.
A cruz é vista como um símbolo do processo de morte do ego, tornando visível a justiça e a força de Deus
na vida do discípulo.

3.3. Cumpre o propósito divino. O propósito divino para Josué era vencer Aí, mas ele perdeu. O fato de
Josué não saber que Aca havia roubado o ouro que estava sob a proibição [Js 7.1-13], mostra que Josué
não havia buscado Deus antes de invadir a cidade, senão o Senhor o teria avisado [Am 3.6-7]. Para
cumprir o propósito divino em Ai, Josué agora busca a Deus e recebe a garantia da vitória na batalha,
após ouvir as estratégias do Senhor [Js 8.1-2]. Um discípulo verdadeiro ouve as instruções de seu Mestre.

Um discípulo arrogante como Diótrefes não se preocupa em cumprir o propósito de Deus, ele pensa
apenas nos seus planos. Deus não se preocupa com a força humana, mas com o caráter. Ele ajuda todos
que O buscam em suas fraquezas. Quanto mais reconhecemos e confessamos perante o Senhor as
nossas falhas, mais Deus usará isso para o propósito dele. Pastor Philip Gulley: “Em vez de ver Deus
como alguém que me ajuda a realizar meus propósitos, deve ser minha alegria ajudá-lo a cumprir o Seu
propósito, buscando o crescimento de todos”.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Cumprimento do Propósito Divino:
o O verdadeiro discípulo está comprometido em cumprir o propósito divino em sua vida. No
caso de Josué, seu propósito era vencer Ai, mas inicialmente ele falhou devido à falta de
busca por orientação divina. Isso destaca a importância de buscar a orientação de Deus em
todas as ações e decisões.

 Ouvir as Instruções do Mestre:


o Um verdadeiro discípulo está disposto a ouvir e seguir as instruções de seu Mestre. Assim
como Josué buscou Deus e recebeu estratégias para vencer em Ai, um discípulo busca a
orientação divina em suas ações e ministério.

 A Importância do Caráter sobre a Força Humana:


o Deus valoriza o caráter mais do que a força humana. Ele está disposto a ajudar aqueles que
O buscam em suas fraquezas e falhas. Reconhecer e confessar diante de Deus as próprias
limitações é um passo importante para que Deus use essas situações para cumprir Seu
propósito.

Base Bíblica:
 Josué 7:1-13 (ARA): O relato de Aca, que havia roubado coisas consagradas, e a derrota em Ai.
 Amós 3:6-7 (ARA): "Se o tocar a trombeta na cidade e o povo não estremecer? Se suceder algum
mal na cidade, não terá sido o Senhor o causador? Porque o Senhor Deus não fará coisa alguma,
sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas."
 Josué 8:1-2 (ARA): A busca de Josué por orientação divina antes de atacar Ai novamente.

Citação de Pastor Philip Gulley:


"Em vez de ver Deus como alguém que me ajuda a realizar meus propósitos, deve ser minha alegria
ajudá-lo a cumprir o Seu propósito, buscando o crescimento de todos."

Esta seção destaca a importância do cumprimento do propósito divino na vida de um verdadeiro discípulo.
Josué, ao enfrentar a derrota em Ai, aprendeu a necessidade de buscar a orientação de Deus antes de
agir. Isso ressalta a importância de ouvir as instruções do Mestre em todas as situações. Além disso, é
enfatizado que Deus valoriza o caráter sobre a força humana, e Ele está disposto a usar as fraquezas e
falhas de um discípulo para cumprir Seu propósito. A citação de Pastor Philip Gulley destaca a importância
de colaborar com Deus no cumprimento de Seu propósito.

EU ENSINEI QUE:
O verdadeiro discípulo conhece os objetivos de Deus, sujeita-se a Ele e trabalha para que seu chamado
seja eficiente junto à igreja.

CONCLUSÃO
Deus não procura pessoas fortes, mas alguém que seja fortalecido nEle. Deus não quer discípulos de
aparência como Diótrefes, mas de essência, comprometidos e amáveis como João, Gaio e Demétrio para
realizar Seus propósitos.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


 Fortalecidos em Deus:
o Esta conclusão destaca que Deus não busca indivíduos que se vejam como fortes por
conta própria, mas sim aqueles que encontram sua força em Deus. Isso ressoa com muitos
princípios bíblicos que enfatizam a dependência de Deus, como "Tudo posso naquele que
me fortalece" (Filipenses 4:13).

 Essência sobre Aparência:


o A referência a Diótrefes e a contraposição com João, Gaio e Demétrio destaca a
importância do caráter genuíno de um discípulo. A essência do discipulado envolve
compromisso e amor genuíno pelos propósitos de Deus, em oposição a uma busca por
posição ou destaque.
o
Base Bíblica:
 Filipenses 4:13 (ARA): "Tudo posso naquele que me fortalece."

Conclusão:
Esta parte da lição enfatiza a necessidade de encontrar força em Deus, em vez de depender da própria
força. Destaca também que Deus valoriza a autenticidade e o compromisso genuíno em Seus discípulos,
em contraste com uma busca por status ou aparência externa. A referência a Filipenses 4:13 reforça a
ideia de que nossa verdadeira força vem de Deus.

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