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O DIÁLOGO ENTRE O CLÁSSICO E A LITERATURA DE CORDEL

Kevelyn Cristina Alves da Silva¹


Nilceia Resenda Caetano²

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo fazer um diálogo entre o clássico e a literatura de
cordel, de modo que este venha trazer maior interesse pela leitura, dando voz a
intertextualidade. O objetivo é que o educando tenha acesso a uma pluralidade de
língua e cultura, através de suas leituras, tornando-o um indivíduo com senso crítico,
reflexivo e artístico. Sabendo da importância de refletir sobre a temática, nossa
pesquisa foi embasada nos autores Carvalhal (1986), Cavignac (2006), Colomer
(2007), Cosson (2009), Kristeva (1974), Marinho e Pinheiro (2012). A metodologia
adotada teve natureza aplicada, com abordagem qualitativa, levando em consideração
o procedimento técnico bibliográfico. Como resultado obtivemos respostas de que a
leitura de versos em cordel se torna mais simples ao leitor, fazendo uma relação direta
deste com o texto, e assumindo um papel ativo dentro do seu cotidiano. E que mesmo
tendo essa facilidade na leitura, diante da intertextualidade, o cânone literário não deve
ser deixado de lado, visando a entrega de diversidade aos educandos.

Palavras-chave: cordel; clássico; intertextualidade.

INTRODUÇÃO

Notamos nas escolas, a importância do trabalho com literatura. Incluída como


essencial no planejamento escolar, damos bastante atenção ao trabalhar os clássicos
da literatura. Este trabalho é referente a literatura de Cordel, e seu diálogo com os
clássicos da literatura, que estão presentes no cânone literário impostos pela elite,
muita das vezes, sendo considerado como textos obrigatórios.

Um clássico, qualquer que seja sua época, carrega consigo uma magia que lhe
é particular. Reflete os valores de seu tempo e simultaneamente, ultrapassa a época
em que foi escrito, tornando-se sempre atual em sua universalidade.
A literatura de cordel é bem antiga e já foi bem valorizada, mas nos dias atuais
observamos que esta valorização se perdeu. Em nossas escolas precisamos incentivar
e mostrar outras formas de escrita sem ser os textos discursivos.

A sala de aula tem que ser um espaço dinâmico e diversificado onde se


atendam as diferenças individuais e oportunizem os alunos a conhecerem variados
tipos de textos. Diante desse contexto, seria possível que houvesse o diálogo entre a
literatura erudita e popular, como o clássico e o cordel? Essa temática se faz relevante
no âmbito escolar, por este motivo nos propusemos a pesquisa, para que através dela
os educandos passem a entender que podem encontrar prazer na leitura, não
enxergando-a como um aspecto obrigatório e quantitativo, mas sim, se relacione
diretamente com sua realidade, ofertando a ele a possibilidade de ter contato com
intertextualidades, que é tão importante para seu desenvolvimento.

O objetivo do trabalho é despertar nos alunos o interesse pela leitura através do


cordel, que são textos dinâmicos, retomados, ricos em palavras, críticos, bem como
será explorado a oralidade, para que os alunos desenvolvam a inteligência, o senso
crítico a capacidade de oratória e a organização das idéias.

A partir desta introdução, encontrará a fundamentação teórica deste artigo,


mostrando a importância da literatura de cordel junto dos clássicos. Logo após verá a
metodologia desta pesquisa, seus resultados e discussão, junto de um cordel sobre
‘Romeu e Julieta’. Então poderá acompanhar a conclusão e as referências citadas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao observar a rotina no âmbito escolar, sabemos que ainda há uma grande


dificuldade de fazer com que os educandos se interessem pela leitura literária,
principalmente, se visarmos o fato que, mesmo na atualidade, muita das vezes, os
alunos só têm contato com esse gênero textual quando ele é de cunho obrigatório, o
que foge da realidade deles, causando ainda mais desinteresse.
Quando falamos em textos obrigatórios, nos referimos ao cânone literário
imposto pela elite, isto é, há um modelo de literatura a ser trabalhada em sala de aula,
o que se denomina de “clássicos”.

Cosson (2009, p.33-34) destaca sobre essa temática que:

Têm razão os que afirmam que não se pode pensar em letramento literário
abandonando-se o cânone, pois este traz preconceito sim, mas também guarda
parte de nossa identidade cultural e não há maneira de se atingir a maturidade
de leitor sem dialogar com essa herança, seja para recusá-la, seja para
reformá-la, seja para ampliá-la.

De modo algum afirmamos que os clássicos precisam ser deixados de lado,


porém sabemos da importância em apresentar uma diversidade de obras aos
educandos, é de extrema relevância “compreender como o discurso literário articula a
pluralidade da língua e da cultura.” (COSSON, 2009, p. 34).

Pois, de acordo com Colomer (2007, p. 31):

o objetivo da educação literária é, em primeiro lugar, o de contribuir para a


formação da pessoa, uma formação que aparece ligada indissoluvelmente à
construção da sociabilidade e realizada através da confrontação com textos
que explicitem a forma em que as gerações anteriores e as contemporâneas
abordaram a avaliação da atividade humana através da linguagem.

Desse modo, a educação literária está ligada com o desenvolvimento do senso


crítico, o senso de arte, senso reflexivo deste aluno. Pensando nesse contexto, é
importante que o educador apresente conteúdos literários aos educandos de modo
estratégico, para gerar, além do interesse pelo letramento literário, também a
pluralidade da língua e cultura.

Para obter esse tipo de pluralidade é importante a intertextualidade dentro de


sala de aula, e isso pode ser encontrado em um diálogo entre o clássico e o popular,
como por exemplo, a literatura de cordel. Marinho e Pinheiro (2012), denomina
Literatura de Cordel como poesia popular em verso. Essas poesias podem trazer
histórias de batalhas, amores, sofrimentos, crimes, fatos políticos e sociais do país e do
mundo, as famosas disputas entre cantadores. Já o clássico, como supracitado, está
ligado ao cânone literário, a obras que perpassam de geração a geração.

Existem estudos que apontam que provocar essa intertextualidade entre o


popular e o clássico, desperta nos leitores maior interesse. Até mesmo é observado a
questão de relacionar textos que trazem a mesma temática, apresentados de modo
diferente, como por exemplo, utilizar um clássico da literatura como Romeu e Julieta,
de William Shakespeare, transformado em versos de cordel. Aspecto este afirmado por
Kristeva (1974, p.64), ao afirmar que “todo texto se constrói como mosaico de citações,
todo texto é absorção e transformação de um outro texto.”

Segundo Carvalhal (1986, p. 53-54):

Toda repetição está carregada de uma intencionalidade certa: quer dar


continuidade ou quer modificar, quer subverter, enfim, quer atuar com relação
ao texto antecessor. A verdade é que a repetição, quando acontece, sacode a
poeira do texto anterior, atualiza-o, renova-o e (por que não dizê-lo?) o re-
inventa.

Desse modo, podemos observar que a utilização do clássico através do cordel


vai criar no educando certa curiosidade, o que o possibilita de através dessa leitura
intertextual desenvolver seu senso crítico, de reflexão, e o leva a um encontro direto
entre o leitor e o texto, fazendo com que ele crie correlações entre um e outro, e até
mesmo com sua realidade.

Devemos considerar que, como afirma Cavignac (2006, p.71), “mesmo que se
trate de uma literatura escrita a transmissão do cordel é essencialmente oral”, o que
nos possibilita a criação de novos conceitos de leitura, envolvendo canção, recitais,
sarais, entre outros.

Marinho e Pinheiro (2012) afirmam que a escola deve estar preparada com
métodos que dirija o trabalho com cordel, de modo que o diálogo com a cultura da qual
ele é proveniente seja evidente, e ao mesmo tempo favoreça uma relação direta entre
professores, alunos e demais participantes do processo, sendo importante valorizar as
experiências locais, descobrir formas poéticas que circulam no lugar específico de cada
leitor.
As contribuições que oferecemos para os alunos enquanto leitores em formação,
deve ter como intuito a motivação pela leitura, a oportunidade de diversificação de tipos
de textos, modificação da visão sobre a leitura literária, a descoberta que se pode
encontrar prazer na leitura, além de enxergar o cordel como um outro caminho de
conhecimento

METODOLOGIA

O desenvolvimento deste trabalho buscou se embasar em dados referente ao


que tange o diálogo entre o clássico e a literatura de cordel, tais como o mesmo pode
motivar o aluno a leitura.

A pesquisa foi desenvolvida através da metodologia bibliográfica. Onde foi feito


um levantamento de informações que abordassem a temática proposta em estudos de
materiais já publicados, tais como livros e artigos periódicos, acessados via internet,
com o objetivo de que estes servissem como base para a construção de conhecimento.

A metodologia aplicada entrou no critério de se obter maiores informações


quanto a questões levantadas, no intuito de atingir ações posteriores a pesquisa que
favoreçam a sociedade escolar, de modo que, os alunos sejam beneficiados com esse
conceito de leitura. A realização dos objetivos foi orientada por dados descritivos.

A princípio, foi escolhido um tema que abordasse o assunto sugerido


inicialmente, e que apresentasse uma problemática relevante a sociedade. Com o tema
escolhido, foi levantado diferentes tipos de respaldos bibliográficos para que pudesse
dar base o conhecimento científico através da pesquisa. Após o levantamento dos
dados bibliográficos, demos início ao análise do objeto, trazendo para a pesquisa um
objetivo concreto. Ao ter contato direto com o objeto de estudo, através de conteúdos
bibliográficos e ações cotidianas presentes a variação linguística, tivemos suporte para
sermos levados à conclusão da pesquisa.

Desde o projeto de pesquisa até a conclusão da mesma, levou-se cerca três


meses, iniciando em agosto de 2021, e tendo seu término previsto em novembro de
2021. Parte dela ocorreu por meio físico, na utilização de livros, e parte, meio
eletrônico, por intermédio de artigos científicos e periódicos. Em grande maioria, a
pesquisa foi realizada com dados embasados na fundamentação teórica.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Com o levantamento de dados ao longo da pesquisa, foi possível observar a


importância de se fazer a relação intertextual para que os alunos consigam ter mais
curiosidade com a leitura e sucessivamente, maior motivação.

Utilizamos como objeto de observação um clássico que foi transformado em


lindos versos de cordel, Romeu e Julieta. A versão em cordel foi retirado da página de
internet “Recanto das Letras”.

Conforme supracitado, foi utilizado um clássico da literatura: Romeu e Julieta, de


William Shakespeare, e o mesmo foi transformado em versos de cordel. Isso é possível
sustentar a citação de Kristeva (1974, p.64), onde afirma que todo texto é construído
através da absorção e transformação de um outro texto. O texto original, uma história
que tem como gênero textual a tragédia, ganha nova roupagem através de
características da literatura de cordel, ou seja, podemos dizer que o mesmo foi
reinventado, como mencionado anteriormente por Carvalhal (1986, p. 53-54).

As características principais da literatura de cordel podem ser observadas no


texto acima, onde o mesmo faz uso de uma linguagem informal, utiliza-se de métricas e
rimas, possui oralidade e musicalidade, é organizado em vinte e oito sextilhas, ou seja,
vinte oito estrofes, com seis versos cada.

Será apresentado na tabela abaixo todos os versos de cordel sobre a obra


clássica, este estará subdivido em suas sextilhas, facilitando o processo de indentificar
cada estrofe e também as métricas e rimas utilizadas.

ROMEU E JULIETA ( Homenagem a William Shakespeare)


SEXTILHAS DO CORDEL
01 Verona, bela cidade 15 O jovem inconformado
Com seus mistérios e encanto, Não aceitava deixar,
Cenário de uma história A sua amada sozinha
De paixão e de desencanto E ir morar em outro lugar,
Amor maior, impossível Pediu refúgio ao Frei
Forte, intenso, indestrutível, Virou um fora da lei,
Cheia de dor e de pranto. Foi numa cela se abrigar.
02 Montecchio e Capuleto 16 Prometida ao conde Páris
Famílias tradicionais, -Eram assim os casamentos-
Da cidade de Verona Ela, fiel ao Romeu
Poderosas e rivais, Apesar dos acontecimentos,
Com uma luta sem glória Mandou-lhe um bom recado
Personagens de uma história Que ele fosse, apressado,
Que não morrerá jamais. À noite aos seus aposentos.
03 Pois essas duas famílias 17 Então Romeu e Julieta
Há anos eram inimigas, Com ternura e com fervor,
Para elas qualquer coisa Juram que eternamente
Dava motivos a intrigas Na alegria ou na dor,
Com tanta perturbação Estariam sempre unidos
O príncipe impôs punição, Seriam fortalecidos
Para acabar com as brigas. Em nome daquele amor.
04 Determinou a majestade 18 Romeu triste, apaixonado
Que em caso de confusão, Logo ao romper do dia,
Aplicada então seria Fugiu para outra cidade
Ao autor da provocação, Ao ouvir a cotovia,
Sem se preocupar com a sorte, Deixou, então, sua amada
Terrível pena, a de morte, Solitária e inconformada
Como a maior punição. Morrendo... Em agonia!
05 Romeu era um Montécchio, 19 Os pais da jovem mocinha
Vibrante e arrebatador, Anunciaram o casamento,
Cortejava a Rosalina Com o famoso conde Páris
Por quem caia de amor, Para seu grande tormento,
Mas ela não o queria Ela teria que aceitar
Pois a outro pertencia, Pra família despistar,
E lhe causava grande dor. Com astúcia e fingimento.
06 Os amigos de Romeu 20 Frei Lourenço arma um plano
Até tentavam de tudo, Para acabar com a má sorte,
Para fazê-lo esquecer De virar mulher do conde
Aquela idéia, contudo, E de Romeu ser a consorte,
Romeu triste e calado, Deu-lhe um frasco de veneno
Pelos cantos, desolado, Um elixir mais ameno,
Começava a ficar mudo. Pra simular sua morte.
07 Então Mercucio e Benvolio 21 Tomando aquele veneno
Não tendo o que fazer mais A moça desmaiaria,
Convidaram-no para um baile E entre os convidados
Na casa de seus rivais, Seria uma correria,
Apesar de mascarado Capuletos, transtornados,
Romeu ficou encantado, Sentir-se-iam culpados
Dando suspiros e ais. E o casório acabaria.
08 Ele olhou para uma jovem 22 Mas o plano não saiu
Formosa tal qual uma flor, Conforme foi planejado,
E viu, através da máscara, A carta do Frei Lourenço
Um sorriso encantador Deve ter se extraviado,
Jamais vira outra mais bela, Não chegou até Romeu
E enfeitiçado por ela Que soube do que ocorreu
Ficou perdido de amor. E ficou inconformado.
09 Julieta de Capuleto 23 Desfeito em dor e tristeza
Também ficou encantada, Por ter vida desgraçada,
Porém não pôde falar Ele voltou à Verona
Manteve-se quieta, calada, Para a última jornada,
Foi conversar com as estrelas Comprou veneno também
E confessou para elas, Queria, como ninguém,
Que estava apaixonada. Acompanhar sua amada.
10 Romeu ouvia escondido 24 Quando chegou ao mausoléu
Nos arbustos do jardim, De sua esposa querida,
Com aquela confissão Encontrou o Conde Páris
Não se conteve e, assim, E com a alma combalida,
Declarou-lhe o seu amor Travou uma grande luta
E juraram com intenso ardor E ao fim daquela labuta,
Amarem-se até o fim. Tirou do conde a vida.
11 E o rapaz recorreu 25 Romeu tomou o veneno
Ao amigo Frei Lourenço, Coitado, foi enganado,
Pedindo-lhe que celebrasse E caiu sobre a sua amada
Em segredo, o casamento, E morreu a ela abraçado
Frei Lourenço concordou Frei Lourenço até tentou,
O casamento realizou, Contar o que se passou
Tudo era contentamento. Mas chegou muito atrasado.
12 Logo após a cerimônia 26 O Frei chamou Julieta
Uma briga sucedeu, E ldescreveu o ocorrido,
Entre um jovem Capuleto Ela ficou horrorizada
E os amigos de Romeu, A vida perdeu o sentido,
Theobaldo, o valentão, Decidiu também morrer
Ganhou na briga e, então, Para lá no céu viver,
Foi Mercúcio quem morreu. Com seu amado marido.
13 Romeu foi desafiado 27 Tentou sugar o veneno
E nem por isso lutou, Porém nada conseguiu,
Mas ao ver que o amigo Apanhou uma adaga
No chão sem vida tombou, E o próprio peito feriu,
Ficou louco, inconformado, De seu amor sem vitória
Pulou sobre Theobaldo Ficou a mais bela história
E finalmente o matou. Que a humanidade já viu.
14 O príncipe abrandou a pena 28 As famílias entristecidas
Mas decretou banimento Cheias de culpa e de dor,
Romeu por aquelas terras Esqueceram suas mágoas
Nem mesmo em pensamento, Nada mais tinha valor,
Sendo expulso da cidade Perdoaram-se, mutuamente,
Para dizer a verdade, E foram viver, somente,
Era o fim do casamento. Em nome daquele amor!
Texto Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/cordel/3629686. Acesso em 23 de novembro de 2021.

Fica claro através da tabela acima, contida a literatura de cordel referente a


Romeu e Julieta, que a compreensão de um clássico escrito dessa forma, facilita muito
a compreensão, pois em grande maioria a literatura clássica é carregada de um
linguagem extremamente formal, dificultando, muitas vezes, seu entendimento,
principalmente para educandos em fase escolar, onde essa linguagem não está
inserida em seu cotidiano.

CONCLUSÃO

O objetivo inicial era de fazer um diálogo entre a literatura clássica e a literatura


de cordel, de modo que esta fizesse com que os alunos tivessem maior interesse pela
leitura. Inicialmente, nos questionamos a possibilidade de um diálogo entre o erudito e
o popular, porém ao longo da pesquisa foi possível observar o quanto esse processo
de diálogo intertextual é enriquecedor e necessário para o desenvolvimento dos
educandos, como leitores e também como indivíduos.

Foi possível enxergar que através da intertextualidade é possível, sim, gerar


maior interesse de leitura no indivíduo, onde destacamos como objeto de análise um
texto em versos de cordel, baseado na clássica obra de William Shakespeare, Romeu
e Julieta. Podemos observar através deste a utilização de características contidas na
literatura de cordel, como a linguagem informal, a métrica, a rima, musicalidade,
oralidade, sendo a clássica história, reinventada de modo tão singelo.

Dado os expostos, é possível a sugestão de novas pesquisas, no intuito de


observar, mais de perto, a influência que esse diálogo entre o clássico e a literatura de
cordel pode ter no interesse por leitura do aluno. Afinal, precisamos compreender que
essa relação pode trazer inúmeras contribuições socioculturais para o aluno.
REFERÊNCIAS
CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura comparada. São Paulo: Ática, 1986. (Série Princípios)
CAVIGNAC, Julie. A literatura de cordel no Nordeste do Brasil. Trad. de Nelson Patriota. Natal,
RN: EDUFRN – Editora da UFRN, 2006.
COLOMER, Teresa. Andar entre livros: a leitura literária na escola. Trad. Laura Sandroni. São
Paulo: Global, 2007.
COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. 1. ed. 3. reimpr. São Paulo: Contexto,
2009.

KRISTEVA, Júlia. A palavra, o diálogo e o romance. In:______. Introdução


à semanálise. Trad. Lúcia Helena Ferraz. São Paulo: Perspectiva, 1974.
MARINHO, Ana Cristina; PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo:
Cortez, 2012. (Coleção Trabalhando com... na escola)

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