Você está na página 1de 77

HERCULES MOSTEIRO ROZO

M .·. M .·. - CIM 50110


M .·. I .·. 2012/2013
A.·. R.·. L.·. S.·. MARTIM AFONSO SAMARITÁ Nº 450
OR.·. DE SANTOS/SP - GLESP
MAÇONARIA e ARQUITETURA, encontram-se
INTIMAMENTE associadas.
A maçonaria, podemos dizer que é a Arte de talhar a pedra bruta;
A arquitetura, é a Arte de conformar o espaço.
Ambas partilham características comuns:
- são simultaneamente operativas e especulativas;
- balançam nessa eterna luta entre o mundo dos interesses e o mundo
dos valores;
- atingem a sua qualidade no equilíbrio entre a razão e a emoção, no
equilíbrio entre a poética e a erudição.

Luis Conceição, Arquiteto, Prof. Universitário e M.·. M.·.


A construção de uma edificação é algo que envolve muito trabalho,
muito empenho, e sobretudo o domínio de técnicas precisas,
transmitidas por alguém, para quem o ofício já não tenha segredos.

Para outro alguém ignorante no


ofício, no qual se iniciou e com um
Mestre longo caminho na sua frente rumo
à perfeição.

Aprendiz

Um ofício, qualquer que seja, precisa não só de alguém que tenha


conhecimentos para nele atuar, mas também que saiba utilizar as
ferramentas adequadas à realização do trabalho.
A tarefa do Aprendiz começa, desde logo, por identificar essas
ferramentas:
- quais são;
- como se chamam;
- para que servem;
- quando se utilizam;
- como se utilizam.

Na construção de uma edificação, (na idade média), eram utilizadas:


Picaretas, marretas, machados, alavancas, nível (composto por
uma superfície reta com um círculo do qual pende um prumo), o
esquadro, o compasso, o cinzel, as marretas com cabeças
circulares (o maço), machados e martelos.
O esquadro e o compasso eram tão importantes para construções
que se transformaram em símbolos dos maçons nos tempos modernos.
Na Idade Média as profissões organizaram-se em corporações de
ofício, nas quais, poucos tinham a oportunidade de ingressar, tal a
necessidade de cada corporação guardar ciosamente os seus
segredos, os seus conhecimentos.
“O objetivo principal da corporação de ofício foi estabelecer um
sistema completo de controle industrial sobre todos os que estavam
associados no exercício de uma vocação comum”.
A participação geral era dividida em três graus: mestres, jornaleiros
(companheiros) e aprendizes, mas qualquer jornaleiro podia se
tornar um mestre, de modo que, até onde a habilidade era considerada,
havia somente duas classes.
O mestre fornecia cama e comida, treinamento técnico, às vezes,
um salário pequeno, às vezes, escolaridade, supervisionava ua
conduta e, geralmente, ficava com o menino no lugar dos pais;
O garoto, por sua vez, era obrigado a não ser cativo, de boa
compleição física, um fiel operário e atento ao bem-estar de seu
mestre.
O costume da aprendizagem, permanece arraigado em nosso
próprio sistema maçônico para nos lembrar de que um candidato aos
nossos “mistérios” precisa tanto de treinamento quanto o jovem, dos
tempos antigos, que batia à porta de uma corporação.
Os membros se reuniam mensalmente num banquete, tinham
estatutos, discutiam em conjunto os interesses comuns, eram
solidários, fraternos e leais por princípio, acertavam em comum as
suas divergências.

Os mestres-jurados ou guardas
de ofício cuidavam também da fiel
observância dos regulamentos.
Exerciam severamente o direito de
visita.

Era, tipicamente, uma associação de classe, o embrião de uma loja


maçônica especulativa atual.
Tal aconteceu com os pedreiros franceses responsáveis pela construção
de Catedrais.
Os seus ensinamentos só eram transmitidos a aprendizes, sendo estes,
homens de características especiais e tinham reconhecidas
capacidades de integrar uma comunidade tão eclética.
Essa comunidade era formada, então, de autênticos pedreiros,
construtores dos mais belos monumentos que ainda hoje se podem
admirar.
Construções sólidas, duradouras, quase atemporais, encerrando em si
um saber acumulado, só desvendado ou acessível a muito poucos.

Na Idade Média o ofício de pedreiro


era uma condição cobiçada para povo
mais simples. Sendo esta a única
corporação que tinha o direito de
ir e vir. Para não perder suas
regalias o segredo deveria ser
guardado com bastante zelo.
L'Idea della Architettura Universale
("A Ideia Universal de Arquitectura"),
publicado em Veneza (1615)
Arq. & Construtor
Vincenzo Scamozzi
Vincenzo Scamozzi (1548 -1616)
foi um arquiteto e teórico italiano.
Nasceu em Vicenza e atuou
sobretudo na sua terra natal e
em Veneza.

A influência de Scamozzi espalhou-


se um pouco por toda a parte devido
ao tratado que publicou.

Scamozzi também discutiu a cerca


dos métodos de construção dos
edifícios

Coríntia
A catedral, na tradição cristã, deve ser a casa de Deus na terra e, como
tal, “reflexo da ordem e da beleza que resplandecem em Seu
trono”.
Os construtores medievais, grupos de Pedreiros Livres que
desempenhavam seu ofício em toda a Europa, foram os criadores dos
mais fascinantes testemunhos de inteligência e fé no final da Idade
Média, as catedrais góticas.
Essas obras revelam a genialidade dos mestres construtores e algumas de
suas técnicas.
A catedral era, seguindo uma visão hierárquica da igreja, meramente
uma moradia para bispos e sua assembléia religiosa.
Porém, com o clima de grande disputa no início do período gótico,
essas catedrais assumiram grandes proporções, tornando-se verdadeiros
monumentos.
A construção de uma catedral gótica formigava com dúzias de
trabalhadores dispostos em times de trabalho e que recebiam por
aquilo que faziam.
O mestre construtor atuava como um projetista, um artista e ainda
como um artesão. Com o auxílio de réguas, compassos, esquadros e
outras poucas ferramentas geométricas, ele fazia as plantas da catedral.

Compasso

Esquadro
Cada construção era supervisionada por um mestre construtor e por
volta de 30 artesãos especialistas.
Esses especialistas e alguns de seus mais habilidosos trabalhadores
se moviam de função em função, aplicando lições aprendidas e
passadas de um a um.
Outro elemento iconográfico bastante conhecido, é a representação,
numa das mísulas (suporte sobre o qual se coloca um objeto de arte), do
que se supõe ser, com bastante razão, o mestre construtor, em
fórmula de retrato (é notoriamente individualizada a expressão do rosto).

Vestido com traje de inícios do século XV, uma túnica cintada por faixa,
chapéu de turbante traçado e pendente, segura na mão esquerda uma
régua tendo a outra mão pousada no joelho direito

O Mosteiro de Santa Maria da


Vitória (mais conhecido
como Mosteiro da Batalha),
Portugal
Aí está a origem das Lojas Maçônicas modernas, que aproveitaram a
estrutura das corporações de construtores medievais, suas
ferramentas e algumas práticas e a isto associaram conhecimentos
iniciáticos milenares.
A planta básica da catedral gótica pouco diferia das encontradas em
catedrais de períodos anteriores (catedrais românicas).
Sob a forma de uma cruz, a catedral se dividia basicamente em: nave,
transeptos, e coro.
Na parte inferior da cruz se situava a nave central circundada por naves
laterais;
Na faixa horizontal existiam os transeptos e o cruzeiro, e na base da
nave tinha-se a fachada principal;
Existiam ainda torres, porém de localização variada.

Transepto

Nave Cabeceira

Planta básica gótica


Planta básica românica
Arquitetura românica Arquitetura gótica
Abóbada de berço Abóbada de ogiva

O arco semi-circular
cria pressões laterais O arco ogival reduz a
pressão lateral
Cathédrale de
Noyon
Eglise de Rhuis

Arquitetura românica Arquitetura gótica


Séculos X ao XII Séculos XII ao XV
Catedral Notre-Dame d’Amiens
Catedral Notre-Dame Chartres

Catedral de Bourges

Catedral Notre-Dame de Paris


Arquitetura românica Arquitetura gótica

Suporte

Contraforte

Pilar

Para resistir à pressão lateral Inovação: o arco botante ou


utilizam-se contrafortes suporte
Solução românica Solução Gótica
Contrafortes Arcos-botantes
Contrafortes românicos Arcos-botantes góticos

Eglise St-Germain-en-Brionnais (Saône-et-Loire) Cathédrale d’Amiens


Arquitetura românica Arquitetura gótica
As abóbadas em berço são baseadas em
As abóbadas em ogiva assentam em pilares
paredes espessas
Arquitetura românica Arquitetura gótica

Aberturas limitadas Numerosos vitrais

Cathédrale St-Etienne
d’Auxerre (Yonne)

Eglise St-Julien d’Axiat (Ariège)


Na Catedral de Notre-Dame de Paris existem quase
duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na
História.
A Catedral De Chartres e seus Vitrais.
Os 176 vitrais de Chartres mostram
histórias da Bíblia e do cotidiano do
século XIII. Cada vitral está dividido
em painéis que podem ser
interpretados da esquerda para a
direita e de baixo para cima.

Dentre os vitrais mais


famosos destacam-se
“O Vitral da Virgem
Azul” e a “Árvore de
Jessé”, que mostra a
árvore genealógica de
Jesus Cristo.
Capitel românico Capitel gótico
Monastery of Santo Domingo, Silos

Personagens do Velho Testamento ou


Cathédrale Notre-Dame de Paris
representações do demônio.
Os motivos vegetais são privilegiados
Fachada românica Fachada gótica
Eglise Ste-Foy de Sélestat (Bas-Rhin) Cathédrale Notre-Dame de Paris
Portal românico Portal gótico

Eglise St-Justin à Louvres (Val-d’Oise)


Cathédrale St-Pierre de Beauvais (Oise)
Portal gótico

Lintel

Pilar

Tímpano
Sanca
ou
Cornija
Muitas catedrais possuem um labirinto

Cathédrale ND d’Amiens

Cathédrale ND d’Amiens
Labirinto
Catedral de Chartres
Desta forma, a permanência intacta da maioria das catedrais góticas,
sua beleza e grandiosidade atestam o desenvolvido conhecimento de
princípios estruturais detidos pelos mestres construtores e, além
disso, mostram uma capacidade maior dos mesmos: o ilusionismo, pois
até os dias de hoje parecem construções realizadas em outro mundo.
Catedrais francesas
Matthäus Röriczer um maçom que revelou a sua arte, quebrando seu
juramento de sigilo.

Röriczer que morreu em 1492, pertencia à terceira geração de uma


família que servia de mestres maçons na Catedral de Regensburg.

Röriczer era o Mestre de uma Loja onde fora projetada e executada


toda a obra de construção, e assim era o responsável por todas as
molduras e entalhes, por seu esboço e por seu desenho definitivo.

Embora sendo um maçom, e estivesse preso ao juramento de não


divulgar os mistérios maçônicos aos não-iniciados, ele deu um grande
passo com a publicação de detalhes anteriormente ocultados nos livros
de anotações da Lojas Maçônicas Operativas.
Embora a única obra publicada por Matthäus
Röriczer fosse um pequeno panfleto, ela
tem importância fundamental por ser a única
sobrevivente da geometria sagrada
maçônica medieval. Essa obra,
intitulada On the Ordination of Pinacles,
forneceu a solução de como erigir um
pináculo de proporções corretas a partir de
uma dada planta baixa.
O Maçom Operativo, equipado com esse
diagrama, podia tomar uma dimensão como
ponto de partida e como ela, utilizando-se de
régua e compasso, a geometria chega ao
plano do tamanho natural, desenhado sobre
um “piso de decalque” de gesso, fazendo-se
em seguida os gabaritos de madeira,
segundo os quais as pedras finais eram
cortadas e talhadas.
A coluna costuma ser caracterizada por uma estrutura mais esbelta
e esguia em prumo (tradicionalmente de secção cilíndrica podendo
também ser poligonal) e que acarreta um significado histórico,
decorativo e simbólico mais acentuado.

Os materiais de construção podem variar entre a pedra, alvenaria,


madeira, metal ou mesmo tijolo atingindo-se uma grande variedade
formal e decorativa que se pode observar desde a antiguidade.

Atenas
Partenon
Os Templos Maçônicos Modernos são decorados em seu interior por
uma série de variadas colunas, mas, antes de descrevermos os tipos
de cada uma, vamos primeiro conceituar o que vem a ser uma coluna.
Uma coluna é um elemento arquitetônico destinado a receber as
cargas verticais de uma obra de arquitetura (arco, arquitrave,
abóbada) transmitindo-as à fundação.

Embora tenha a mesma função de um pilar, este é geralmente mais


robusto e de secção quadrada, (o que poderia corresponder
genericamente ao corpo da coluna).
A presença física das colunas nos Templos Maçônicos variam conforme o
rito ou a potência adotada pela Loja, mas de uma forma geral podemos
apresentar os estilos mais usados na construção dessas colunas.

De estilo Grego: As colunas Dórica, Jônica e Coríntia;


De estilo Latino: A Toscana;
De estilo Egípcio: A papiriforme com capitel em gomo florado.

Jônica

Coríntia
Dórica Papiriforme

Toscana
A ordem dórica é a mais rústica das três ordens arquitetônicas
gregas.

Dentre suas características é possível citar as colunas desprovidas de


base, capitel despojado, arquitrave lisa, friso com métopas e tríglifos,
e mútulos sob o frontão.

Surge nas costas do Peloponeso, ao sul e apresenta-


se no auge no século V a.C..
É principalmente empregada no exterior de templos
dedicados a divindades masculinas e é a mais simples
das três ordens gregas definindo um edifício em geral
baixo e de carácter sólido.

Coluna de Ordem Dórica


A ordem Jônica é uma das ordens arquitetônicas clássicas.

Suas colunas possuem capitéis ornamentados com duas volutas,


altura nove vezes maior que seu diâmetro, arquitrave ornamentada
com frisos e base simples.

Surge a leste, na Grécia oriental e seria, por


volta de 450 a.C., adoptada também por
Atenas.
Desenvolvendo-se paralelamente ao dórico
apresenta, no entanto, formas mais fluidas e
uma leveza geral, sendo mais utilizado em
templos dedicados a divindades femininas.

Coluna de Ordem Jônica


A ordem Coríntia é a mais ornamentada das três ordens
arquitetônicas gregas.

As colunas de ordem coríntia têm de 9 a 11 vezes a medida do


diâmetro da base. Exemplos de templos de ordem coríntia são:
Templo de Zeus (Atenas), Templo de Apolo (Olímpia).
Foi tendência no final do século V a.C. e o início do século VI a.C.
É característica do final do século V a.C. e, utilizada
inicialmente só no interior, é um estilo notoriamente
mais decorativo e trabalhado.
A coluna possui geralmente dez módulos de altura e
o fuste é composto por vinte e quatro caneluras
afiadas.
O capitel apresenta uma profusão decorativa de
rebentos e folhas de acanto tendo-se tornado o
capitel de uso generalizado na época romana.
Coluna de Ordem Coríntia
A ordem Toscana é desenvolvida na época romana e trata-se de
uma simplificação de mesmas proporções do dórico.

A coluna dispõe de base e apresentam sete módulos de altura, o fuste


é liso, sem caneluras, e o capitel simples

Os romanos inventaram a ordem toscana que é uma


versão modificadas das ordens gregas.

A ordem toscana é uma versão simplificada da coluna


dórica e é identificável por seu fuste simples sem
ranhuras e por ter um capitel de ábaco.

Coluna de Ordem Toscana


As colunas da ordem compósita são uma
combinação das ordens jônicas e coríntias.
São chamadas de compósitas porque seus capitéis
possuem arabescos espirais encontrados em uma
coluna jônica e porque são decoradas com folhas
de acanto encontradas em uma coluna coríntia.

Coluna de Ordem Compósita


Em relação às colunas gregas e à latina toscana, a papiriforme é a
que apresenta as diferenças mais gritantes, pois as colunas egípcias
tiram em geral suas formas das palmeiras ou dos papiros, com suas
nervuras e seu movimento impetuoso para o alto (CHEVALIÉ, 2002).

Capitéis de Colunas em estilo Papiriforme


No R:.E:.A:.A:., por exemplo, em cada lado da entrada do templo,
encostada na parede do Ocidente, ficam duas colunas papiriformes,
proporcionais à altura da porta, estando as mesmas situadas dentro
do Templo.

No mesmo Rito, mas só que


sendo praticado em uma Loja
que esteja filiada ao GOB, as
mesmas colunas encontram-se
no exterior do templo ao lado da
porta de entrada.

Coluna papiriforme
em um
Templo Maçônico
As colunas em estilo grego encontram-se distribuídas no interior do
templo.
Nos templos em que se trabalha no R:.E:.A:.A:., as mesmas fazem-se
presentes sobre as mesas do Ven:. M:., do 1º Vig:. e do 2º Vig:., sendo
assim distribuídas:

na mesa do Venerável Mestre fica uma coluneta em estilo Dórico,


na mesa do 1º Vigilante fica uma coluna em estilo Jônico e
na mesa do 2º Vigilante uma em estilo Coríntio.
No Grande Oriente do Brasil não se utilizam colunetas nas mesas do
Venerável e de seus Vigilantes, mas nos demais ritos maçônicos aceitos
e reconhecidos pelo Grande Oriente do Brasil elas são encontradas.

Os Ritos Brasileiro e Schröeder ainda as utilizam.

Adonhiramita, ao invés de se utilizar de colunas egípcias no pórtico do


templo, se vale de duas colunas gregas em estilo coríntio.
A coluna toscana talvez seja a menos utilizada na decoração de
Templos Maçônicos, uma vez que a única referência encontrada
sobre a mesma é no R:.E:.A:.A:., praticado nas Grandes Lojas,
em que se diz que ao lado do sólio devem estar presentes duas
colunas deste estilo, sendo uma à direita e a outra à esquerda.
O espaço (e o tempo) Maçônico constrói-se nos Rituais de abertura e
encerramento da Loja, fundeia-se nos seus Pilares, ilustra-se no seu
acervo simbólico e ultima-se na Cadeia de União.
Fala-se e escreve-se sobre “edifícios maçônicos”, porque ostentam,
nas suas fachadas, frontões triangulares, compassos e esquadros, folhas
de acácia ou outros elementos, formais ou compositivos, mais
sofisticados da simbologia maçônica.

Pode falar-se de uma Arquitetura Maçónica?

Poderá sustentar-se tal conceito?

O símbolo vale apenas quando o seu significado profundo se


encontra já dentro de cada um de nós. Essa é a verdadeira
identidade do símbolo.

A “Maçonaria” tem a ver com a arte dos pedreiros;


A “Arquitetura” tem a ver com a arte dos criadores.
O Arquiteto concebe

Graças Te rendemos, G.·.A.·.D.·.U.·., porque, por Tua Bondade e


Misericórdia, nos tem sido possível vencer as dificuldades interpostas
em nosso caminho, para nos reunirmos aqui, em Teu Nome, e
prosseguirmos em nosso labor.
e o pedreiro executa.
Fortificados por Teu Amor e Bondade, possamos compreender que para
nosso trabalho ser coroado de Êxito, é necessário que em nossas
deliberações, subjuguemos paixões e intransigências, à fiel obediência
dos sublimes princípios da Fraternidade, a fim de que nossa Loja possa
ser o reflexo da Ordem e da Beleza que resplandecem em Teu Trono!
Várias marcas, símbolos e suportes canônicos foram sendo deixados,
ao longo dos tempos, por Arquitetos Maçons ou apenas por Pedreiros
Livres, como pegadas desse tempo “eterno” e desse espaço
“fora do lugar”, e simultaneamente universais, que caracterizam a
Maçonaria e a infinita cadeia de união que a forma:

do Oriente ao Ocidente;
do Norte ao Sul;
do Zênite (o ponto mais alto das alturas) ao Nadir (o ponto mais
profundo das profundezas);
do passado ao presente;
do presente ao futuro;
entre o meio dia e a meia noite.
Em 6 de Maio de 1791 foi aprovado um projeto - lei determinando que
o Palácio do Louvre passaria a funcionar como Museu permanente,
graças às iniciativas do Marquês de Marigny, superintendente geral dos
edifícios do Rei, e do seu sucessor, o Conde de Angivillier, ambos
membros ativos da Franco-Maçonaria em Paris, com papel destacado
na Revolução.
É aqui que aparece pela primeira vez, após as reformas
arquitetônicas do palácio para ser adaptado a museu, a referência
singular da planta estrutural do Louvre ser idêntica à planta de
uma Loja Maçônica.
Isto porque o Louvre está ordenado em três partes distintas, tal
qual um templo maçônico, para as quais não faltam inclusive símbolos
decorativos exportados da Maçonaria.
Tal como um templo maçônico, que tem o formato dum duplo quadrado
ou retângulo, também o Louvre possui estrutura quase retangular e
reparte-se em três alas tal qual aquele está ordenado:
– A Ala Richelieu,ao Norte, corresponde ao lugar dos Aprendizes.
Representa o vestíbulo exterior da Loja, onde os não-iniciados são
recebidos, e que é assim uma espécie de “espaço profano”, tal qual o
adro das igrejas onde se reúne o povo.
– A Ala Denon, ao Sul, corresponde ao lugar dos Companheiros.
Representa a nave ou “espaço sagrado” da Loja, onde os iniciados se
reúnem.
– A Ala Sully, a Oriente, sendo o lugar dos Mestres.
Expressa o centro da Loja, o “lugar secreto” correspondendo ao
“Santo dos Santos” (Sanctum Sanctorum), onde os iniciadores se
reúnem.
Das 32 estátuas da sua fachada, três quartos
representam maçons.
A Capela de Rosslyn, ou Catedral de Rosslyn, foi construída em 1446,
em Rosslyn, na Escócia. Foi fundada por William Sinclair, conde de
Caithness, com o nome de Collegiate Chapel of St.Matthew.
É atravessada pelo meridiano de Paris. Diz a lenda que ela foi
construída pelos Cavaleiros Templários para proteger o Santo Graal,
que, como se diz, está embaixo da rosa. Rosslyn é a linha rosa
original, por isso a tal lenda.Foi popularizada no romance O Código da
Vinci pelo autor americano Dan Brown.

O nome Linha da Rosa é usado para


o Meridiano de Paris
Tem-se certeza que, no século XVIII as portas e janelas da maioria das
casas de Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul
hortênsia da Maçonaria Simbólica.

A exemplo de Óbidos, em Portugal, que é uma cidade maçônica,


também pintada de branco e azul hortênsia, Paraty foi urbanizada
por Maçons.
Mas a simbologia está muito mais presente em Paraty do que podemos
imaginar. Outro exemplo típico é a proporção dos vãos entre as janelas,
em que o segundo espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma
dos dois anteriores;
Isto é, A+B=C, ou seja, a soma das partes é igual ao todo, que se
resume no retângulo áureo de concepção maçônica.
Até as plantas das casas, feitas na escala 1: 33.33, têm a marca da
simbologia dos maçons, desta vez da Ordem Filosófica, cujo grau máximo
é o de no. 33.
Este número é uma referência muito forte. Paraty possui 33 quarteirões
e, na administração municipal da época, existia o cargo de Fiscal de
Quarteirão, exercido por 33 fiscais.
Em 1924, a Gota de Leite passou a funcionar no prédio atual, que
abrigava um amplo ambulatório de pediatria, com lactário e ala de
internação para as crianças, dando origem a um hospital infantil. Logo
depois, em 1939, foi inaugurado o Hospital Infantil e devido ao
abandono de crianças no hospital, foi criado o Internato.

Gota de Leite – Santos /SP


Gota de Leite – Santos /SP
Uma lenda que tem a sua origem na Idade Média, afirma que o pelicano,
quando não encontra alimento para sustentar sua prole, rasga seu
próprio ventre para alimentá-la com seu sangue. O pelicano,
derramando seu sangue por seus filhos; é o emblema do Salvador -
Jesus Cristo - dando seu sangue para a salvação da humanidade ou
alimentando o homem na eucaristia. Também é o símbolo da Redenção
Pelicano

Gota de Leite – Santos /SP


Detalhes
Quinta da Regaleira – Sintra / Portugal

A quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos,


grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados
alquímicos, como os evocados pela a Maçonaria, os Templários e Rosa
Cruz. Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitetura
romântica, gótica, renascentista e manuelina.
A Alquimia, a Maçonaria e os Templários, por exemplo,
incorporam teorias, rituais e procedimentos herméticos que se
integram no âmbito do esoterismo.
Na tipologia do misticismo judaico, firmado na procura de Deus e na
experiência da divindade, o esoterismo baseia-se, fundamentalmente, na
lei das correspondências, que visa encontar, através do recurso à
analogia, relações simbólicas entre o divino e o terreno, entre o
transcendente e o imanente, entre o visível e o invisível, entre o homem
e o universo.
Construtor:
António Augusto Carvalho Monteiro, pelo traço do arquiteto italiano Luigi Manini
Quinta da Regaleira
Sintra / Portugal
Cemitério dos Prazeres
Lisboa – Portugal
Túmulo de
António Augusto Carvalho Monteiro

O jazigo, localizado do lado esquerdo na


alameda de quem entra no Cemitério,
ocupando uma área do tamanho e a
forma da mesa secretário num
templo maçônico referenciando a igreja
como oriente, ostenta múltipla e
variada simbologia.
A porta tem uma abelha gravada na aldraba, carregando
uma caveira. A abelha, diligente e trabalhadora, representa
o maçom no seu esforço organizado.

O gradeamento, que podemos ver nas traseiras do jazigo, ostenta a


simbologia do vinho e do pão, o espírito e o corpo. Corujas, símbolo
de sabedoria, ornamentam o jazigo, assim como as papoilas-
dormideiras que simbolizam a morte.
Bibliografia
A Maçonaria e o Sistema de Corporações
H.L. HAYWOOD, Editor – The Builder Magazine
Tradução – José Antonio de Souza Filardo – M .´. I .´. – GOB/GOSP
Macaulay, David.
Construção de uma Catedral.
Martins Fontes, São Paulo, 1988
The Builders.
Marvels of Engeneering.
National Geographic. Washington D.C., 1992
Koch, Wilfried.
Dicionário dos Estilos Arquitetônicos.
Martins Fontes, São Paulo, 1994.

Você também pode gostar