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GARGA-HORÁRIA

Questão Preliminar

Os problemas aqui abordados dizem respeito aos professores da rede pública de


ensino, sejam eles efetivos ou contratados, embora nosso sindicato atue apenas no caso
dos professores efetivos.

Temos três questões principais a serem observadas:

1. A conversão da hora-aula em hora-relógio na consideração da Jornada de


Trabalho dos professores.
2. O correto pagamento da nossa aula atividade, em conformidade com o art. 2º
da Lei do Piso (Lei nº 11.738/2008).
3. A distinção entre os professores antigos, que continuam a trabalhar e receber
segundo o regime historicamente estabelecido, amplamente reconhecido pelo
MEC e praticado em todo o país, e os professores novatos, que ingressaram
na rede municipal de ensino através do concurso realizado entre o final de
2022 e início de 2023.

Serão essas as três questões abordadas a seguir.

Resumo do debate sobre a Jornada de Trabalho dos professores e o entendimento


do MEC

O regime de trabalho dos profissionais do magistério no Brasil historicamente é


estabelecido em horas-aula. Dessa forma, a distribuição da carga-horária acompanha a
organização do trabalho pedagógico em um determinado número de aulas por dia, de
modo a garantir o cumprimento da carga-horária mínima anual de 800 horas, distribuídas
em 200 dias letivos, ou seja, no mínimo quatro horas diárias de aula.

Jamais houve dúvida a respeito da consideração da hora-aula como unidade


padrão para medir a jornada de trabalho dos professores, que segue sendo aplicada, por
exemplo, em todo o magistério publico do estado de Pernambuco e em seus municípios,
como é o caso do Recife, do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão etc. Tal entendimento
foi reafirmado no parecer CNE/CEB nº 09/2012, onde é claramente estabelecido que a
consideração desse regime de trabalho segue a forma de organização do trabalho
pedagógico que o respectivo sistema de ensino implementa. Assim, o colegiado da
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Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, no referido parecer,


reconhecendo a realidade histórica do magistério no país, entendeu que

“de acordo com a legislação, a jornada de trabalho de 40 horas semanais deve


ser composta da seguinte forma, independente do tempo de duração de cada
aula, definido pelos sistemas de ensino:

Duração total da jornada Aulas com estudantes Aulas para atividades extraclasse
40 aulas semanais 26 aulas semanais 14 aulas semanais

Logo, para cumprimento do disposto no § 4º do art. 2º da Lei nº 11.738/2008,


não se pode fazer uma grande operação matemática para multiplicar as
jornadas por minutos e depois distribuí-los por aulas, aumentando as aulas das
jornadas de trabalho, mas apenas e tão somente destacar das jornadas previstas
nas leis dos entes federados, 1/3 (um terço) de cada carga horária. Nesse
sentido a lei não dá margem a outras interpretações. (Parecer CNE/CEB nº
18/2012, p. 16)

Desse modo, respeitando a liberdade de cada sistema de ensino para definir a


forma de organização do trabalho pedagógico, especialmente a duração das aulas e a
quantidades de aulas por dia, o referido parecer traz a seguinte tabela (Parecer CNE/CEB
nº 9/2012, p. 30), que vincula a duração da aula como unidade padrão para a consideração
da carga-horária do profissional em atividade de docência, onde 40 h semanais equivalem
a 40 aulas semanais, assim distribuídas proporcionalmente entre o tempo de regência (2/3)
e o tempo de aula atividade (1/3):
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A fim de reforçar tal entendimento e procurando evitar mal-entendidos, um


reexame deste parecer CNE/CEB nº 09/2012 foi realizado pelo parecer CNE/CEB nº
18/2012, onde se acrescentou, após a referida tabela, a seguinte redação: “Observe-se que
são 26,66 unidades, de acordo com a duração definida pelo sistema ou rede de ensino (60
minutos, 50 minutos, 45 minutos ou qualquer outra que o sistema ou rede tenha decidido)”
(parecer CNE/CEB nº 12/2012, p. 20).

Tais documentos não impediram que alguns sistemas de ensino tentassem


subverter este entendimento realizando grandes “operações matemáticas” para converter
a unidade hora-aula em hora-relógio, aumentando, desta forma, a jornada de trabalho dos
professores sem o devido complemento na remuneração. Foi o caso, por exemplo, da
Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte, em 2017.1

Além do mais, tal entendimento está baseado na Lei nº 11.738/2008, que institui
o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da
Educação Básica, estabelecendo, no § 4º do art. 2º, que “na composição da jornada de
trabalho, observar-se-á o limite de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho
das atividades de interação com os educandos” sendo o terço restante voltado à atividades
extraclasse, a chamada aula atividade. Desse modo, como dissemos acima, a tabela
reproduzida procura estabelecer a correta distribuição proporcional entre a carga-horária
de regência (no máximo 2/3) e a carga-horária da aula atividade (no mínimo 1/3).

Ocorre que um novo parecer, o parecer CNE/CEB Nº 4/2019, subverteu o


entendimento historicamente estabelecido e abriu a possibilidade de que a conversão de
horas-aula em hora-relógio pudesse ser feita, independentemente da organização do
trabalho pedagógico. Para isso, o relator em questão apenas acrescentou, após a
reprodução da tabela acima, o seguinte texto:

Voto pelo ajuste do Parecer CNE/CEB nº 18/2012, por meio da substituição


da expressão: [...] (*) observe-se que são 26,66 unidades, de acordo com a
duração definida pelo sistema ou rede de ensino (60 minutos, 50 minutos, 45
minutos ou qualquer outra que o sistema ou rede tenha decidido). Por: [...] (*)
Horas de 60 minutos em todas as colunas desta tabela.

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A medida foi tentada e, ao que parece, os professores conseguiram impedi-la por via judicial. Ver, por
exemplo: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/nova-carga-de-24-aulas-semanais-para-professores-
gera-impasse/370518, acesso em: 07 out. 2023, e http://sintern.org.br/sinte-derruba-portaria-que-
determinava-horarelogio-20-horas-aula-estao-mantidas/, acesso em 07 out. 2023, e ainda
http://sintern.org.br/sinte-segue-lutando-na-justica-em-defesa-da-hora-atividade/, acesso em 07 out. 2023.
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Evidentemente, a insegurança com relação a esse último entendimento impediu


que ele prevalecesse em todo o país, embora o caso do município de São José da Coroa
Grande demonstra que ele foi considerado na reformulação do PCCV dos profissionais
da sua rede de ensino (Lei nº 1004/2021, de 27 de dezembro de 2021), com o intuito de
ampliar a jornada de trabalho dos profissionais docentes sem a devida compensação
financeira. Vejamos como.

O caso do município de São José da Coroa Grande

Carga-Horária

Os profissionais do magistério que já eram efetivos na rede de ensino do


município de São José da Coroa Grande antes da realização do último concurso público
para os cargos de professor, realizado entre o fim de 2022 e início de 2023, continuam a
trabalhar e receber dentro do regime historicamente estabelecido, obedecendo ao disposto
na tabela acima (ver Anexo 01, p. 02).

O novo PCCV, alega a gestão municipal, estabeleceu, em seu art. 22, que

A Jornada de Trabalho do Profissional do grupo Ocupacional do Magistério da


Educação Básica da Rede Pública Municipal de Ensino é fixado em horas,
independentemente da função que exerça e do nível, etapa ou modalidade de
ensino em que atue, conforme Lei Federal 11.738/08, Art. 2º, § 1º e 4º.

Dispondo, no § 2º no mesmo artigo que

Para fins de organização pedagógica, a jornada de trabalho dos profissionais


do magistério que desempenham as atividades de docência será organizada em
horas/aula de 50 (cinquenta) minutos para os turnos matutino e vespertino e de
45 (quarenta e cinco) minutos para o turno noturno, sem prejuízo para a jornada
de trabalho estabelecida conforme a Lei Federal 11.738/08.

Conforme os entendimentos dos pareceres CNE/CEB nº 09/2012 e CNE/CEB nº


18/2012, se a forma da organização pedagógica da rede de ensino determina a forma da
consideração da carga-horaria do decente, não se pode falar de conversão da unidade
hora/aula em hora/relógio, como quer e vem praticando a gestão municipal para os
professores que ingressaram na rede de ensino no último concurso público (2022/2023).

Esta é a matemática que procuram nos impor:

Vamos tomar como exemplo uma carga-horária de 36 horas semanais, que


equivalem a 180 horas mensais, pois esta é a realidade de todos os professores que
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acabaram de ingressar na rede via concurso público. Considerando o estabelecido no §4º


da Lei do Piso (Lei nº 11.738/08), essas 36 horas devem ser assim divididas:

Duração total da jornada Aulas com estudantes Aulas para atividades extraclasse
36 horas semanais 24 horas semanais 12 horas semanais

Assim, segundo o entendimento historicamente estabelecido, que é seguindo em


todas as redes de ensino do estado de Pernambuco e foi reafirmado nos pareceres
CNE/CEB nº 09/2012 e nº 18/2012, se o sistema organiza o trabalho pedagógico em aulas
de 50 minutos, essa hora-aula deve ser a unidade de medida adotada para medir a Jornada
de Trabalho do Professor, onde 1 hora-aula = 1 hora, então a tabela pode ser apresentada
desta forma:

Duração total da jornada Aulas com estudantes Aulas para atividades extraclasse
36 horas semanais 24 horas semanais 12 horas semanais
36 aulas semanais 24 aulas semanais 12 aulas semanais

Como já dissemos, inclusive, é exatamente desse modo que o município de São


José da Coroa Grande segue considerando o regime de trabalho dos professores antigos.

Ao introduzir a distorção de se fixar o regime de trabalho dos professores novatos


em horas, desconsiderando o regime historicamente estabelecido e a forma de
organização pedagógica do próprio sistema de ensino, temos a seguinte situação:

Duração total da jornada Com os estudantes atividades extraclasse


Jornada realizada 36 aulas semanais 24 aulas semanais 12 aulas semanais
Jornada considerada 27 horas semanais 20 horas semanais 7 horas semanais

Se compararmos a realidade dos professores antigos com a dos novos em termos


de aulas ministradas e carga-horária total considerada, a coisa fica ainda mais clara:

Professores Antigos
Duração total da jornada Com os estudantes atividades extraclasse
Jornada realizada 36 aulas semanais 24 aulas semanais 12 aulas semanais
Jornada considerada 36 horas semanais 24 horas semanais 12 horas semanais
Carga-Horária Mensal Trabalhada: 180 horas Carga-Horária Mensal Considerada: 180 horas

Professores Novatos
Duração total da jornada Com os estudantes atividades extraclasse
Jornada realizada 36 aulas semanais 24 aulas semanais 12 aulas semanais
Jornada considerada 27 horas semanais 20 horas semanais 7 horas semanais
Carga-Horária Mensal Trabalhada: 180 horas Carga-Horária Mensal Considerada: 135 horas
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Ou seja, verifica-se uma ampliação da jornada de trabalho sem a devida


correspondência nos vencimentos dos profissionais do magistério que ingressaram no
último concurso público, ou a redução dos vencimentos para uma mesma jornada mensal,
pois para 24 aulas semanais em regência de classe, a jornada mensal de trabalho em
qualquer outro município e na própria rede estadual de Pernambuco – insistimos: em
conformidade com os pareceres CNE/CEB nº 09/2012 e CNE/CEB nº 18/2012 –, bem
como para os professores antigos na rede, é de 180 horas mensais, divididas desse modo,
como vimos acima:

Duração total da jornada Aulas com estudantes Aulas para atividades extraclasse
36 aulas semanais 24 aulas semanais 12 aulas semanais
36 horas semanais 24 horas semanais 12 horas semanais

Aula Atividade

No entanto, verificamos que a situação dos novos professores é ainda pior, pois,
mesmo considerando que a conversão de hora-aula em hora-relógio possa ser feita, o
município não paga nossa aula atividade de acordo com a Lei do Piso, pois estamos
recebemos o equivalente a apenas 135 horas mensais, conforme a tabela abaixo:

Duração total da jornada tempo com os estudantes tempo para atividades extraclasse
27 horas semanais 20 horas semanais 7 horas semanais
32,4 aulas semanais 24 aulas semanais 8,4 aulas semanais

O tempo com os alunos (regência de classe) determina a distribuição da aula


atividade, assim, para 20 horas com os estudantes (2/3) o professor tem direito ao mínimo
de 10 horas para as atividades extraclasse (1/3), perfazendo uma carga-horária total de 30
horas semanais. Assim, repetimos, pro argumentandum tantum, caso a referida conversão
pudesse ser feita, os professores teriam direito a uma jornada semanal de 30 horas, o que
equivale a 150 horas mensais, e nunca a 135 horas.

As implicações salariais de tais procedimentos podem ser percebidas na tabela a


seguir, que apresenta a diferença entre a jornada efetivamente trabalhada pelos docentes
e aquela que vem sendo paga pela gestão municipal:
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PERDAS SALARIAIS

Observação: GEM (Gratificação por Exercício do Magistério) de 15% sobre o salário base, sem incidência sobre as deduções da
previdência e do recolhimento de Imposto de Renda.

GRADUAÇÃO (H/A: R$ 20,46)


135h 150h 180h
BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO
2.762,1 414,31 3.176,41 2.769,96 3.069 460,35 3.529,35 3.060,13 3.682,8 552,42 4.235,22 3.614,94

ESPECIALIZAÇÃO (H/A: R$ 23,53)


135h 150h 180h
BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO
3.176,55 476,48 3.653,03 3.161,82 3.529,5 529,42 4.058,92 3.479,88 4.235,4 635,31 4.870,71 4.101,78

MESTRADO (H/A: R$ 30,59)


135h 150h 180h
BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO
4.129,65 619,44 4.749,09 4.008,61 4.588,5 688,27 5.276,77 4.398,23 5.506,2 825,93 6.332,13 5.143,04

DOUTORADO (H/A: R$ 44,36)


135h 150h 180h
BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO BASE GEM BRUTO LÍQUIDO
5.988,6 898,29 6.886,89 5.516,18 6.654 998,10 7.652,10 6.030,86 7.984,80 1.197,72 9.182,52 7.060,24
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Dubiedade do edital do Concurso Público:

O edital2 do concurso público indicava a seguinte jornada de trabalho para os


cargos de professor do ensino fundamental, anos iniciais (Professor I), e anos finais
(Professor II): 100 horas/mês. + 1/3 de Aula – atividade (Cem horas por mês mais um
terço de aula atividade).3 O texto é dubio e bastante peculiar, visto que os concursos para
tais cargos geralmente indicam, de forma clara, a carga-horária total vinculada ao cargo.
Normalmente, nesses casos, 150 horas mensais como o mínimo e 200 horas como o
máximo.

Mas o texto bastante singular do referido edital procurava induzir os candidatos a


erro, visto que qualquer pessoal da área que lesse o documento compreenderia, em
conformidade com a legislação acima citada, que para uma jornada de 100 horas de
regência por mês equivaleria pelo menos 50 horas de aula atividade. Logo, o professor
consideraria que a carga-horária indicada era de 150 horas, e mais.

Para uma CH mensal de 100 horas de regências, tem-se uma CH semanal de 20


horas, ou seja, de 20 aulas, como é comumente praticado em todas as redes de ensino de
que temos conhecimento. Mas, ao assumir o cargo, ficamos surpreendidos ao saber que
teríamos que dar 24 aulas, que seriam então convertidas em 20 horas de regência, sendo
que nossa CH total considerada seria de apenas 135 horas, ferindo de todas as formas as
determinações da lei do piso (Lei nº 11.738/2008).

Atualmente, nossa carga-horária total é de 135 horas, sendo 100 horas de regência
e 35 horas de aula atividade. Desse modo, 35 horas não corresponde a 1/3 de 135 horas,
mas a 1/4, assim como as 100 horas de regência não correspondem a 2/3 da carga-horária
total, mas a 2/4. Por tudo isso, vemos que a relação de proporção entre a atividade de
regência (2/3) e a aula atividade (1/3), definidas no § 4º do art. 2º da Lei nº 11.738/2008
(Lei do Piso) não está sendo cumprida.

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Portaria Conjunta Prefeitura Municipal de São José da Coroa Grande nº 000180/2022 01 de julho de 2022.
3
Ibdem, p. 22.
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São documentos importantes para essa discussão:

• Lei nº 11.738/2008, Lei do Piso, que institui o piso salarial profissional nacional para
os profissionais do magistério público da Educação Básica e estabelece a distribuição
da Carga-Horária em 2/3 de regência de classe e 1/3 de aula atividade.
• Parecer CNE/CEB nº 09/2012
• Parecer CNE/CEB nº 18/2012
• Parecer CNE/CEB nº 4/2019
• Lei Municipal nº 1004/21, que atualizou o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
dos Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de São José da Coroa
Grande.
• Pode Ajudar: Estudo Sobre a Lei do Piso:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alia
s=10241-estudo-sobre-lei-piso-salarial&Itemid=30192

Algumas informações sobre o Tema:

• Diferença na duração da hora-aula não conta como atividade extraclasse:


https://www.conjur.com.br/2019-mai-14/diferenca-duracao-hora-aula-nao-conta-
servico-extraclasse2
• Entenda o projeto de lei que coloca professores de Goiás por mais tempo em sala de
aula | O Popular - Veja mais em: https://opopular.com.br/politica/entenda-o-projeto-
de-lei-que-coloca-professores-de-goias-por-mais-tempo-em-sala-de-aula-1.2577518
• Nova carga de 24 aulas semanais para professores gera impasse:
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/nova-carga-de-24-aulas-semanais-para-
professores-gera-impasse/370518
• SINTE/RN derruba portaria que determinava hora/relógio; 20 horas/aula estão
mantidas: http://sintern.org.br/sinte-derruba-portaria-que-determinava-horarelogio-
20-horas-aula-estao-mantidas/
• SINTE segue lutando na Justiça em defesa da Hora Atividade:
http://sintern.org.br/sinte-segue-lutando-na-justica-em-defesa-da-hora-atividade/

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