Você está na página 1de 6

Artigo: Diagnostico de enfermagem para paciente em cuidados paliativos

Metodo: estudo descritivo de revisao integrativa

Periodico: revista online de pesquisa Cuidado é Fundamental

Autores: Morais SM, Pereira SA, Olivera LC, et al

Dados importantes para Discursão:

As estratégias de CP devem ser individuais, centradas na pessoa, estabelecendo comunicação


com a família, visando o cuidado integral.9 A atuação do enfermeiro nos CP representa o elo
entre o paciente, a família e os demais membros da equipe, e possui maior oportunidade de
efetivação das práticas de cuidado, em virtude de passar grande parte do tempo junto ao
paciente e à família.10 Nesse contexto, a assistência de enfermagem ao paciente sob CP torna-
se imprescindível, sistematizando o cuidado ao identificar corretamente os problemas, ao
elencar os diagnósticos de enfermagem (DE) precisos, e definir metas junto à equipe,
pacientes e familiares, para daí atuar com intervenções efetivas.11 Logo, o Processo de
Enfermagem (PE) promove suporte para o enfermeiro prestar assistência organizada,
conseguindo atingir o objetivo de estar ao lado do paciente e do familiar, norteando as
tomadas de decisões de ambos. Entretanto, antes de colocar em prática esse instrumento de
gerenciamento é preciso estabelecer a problemática, a qual é feita com os diagnósticos de
enfermagem.11 No que tange ao DE, este pode ser compreendido como um julgamento clínico
sobre uma resposta humana a condições de saúde/processos de vida, ou a uma
vulnerabilidade para essa resposta, por um indivíduo, família, grupo ou comunidade. O DE
estabelece uma base para a seleção de intervenções de enfermagem para alcançar resultados
pelos quais o enfermeiro é responsável.12 É mister destacar que as classificações de DE
auxiliam os enfermeiros no processo de decisão clínica.13 Dentre essas classificações,
destacam-se a NANDA International e a Classificação Internacional para a Prática de
Enfermagem (CIPE), as quais proporcionam uma terminologia padronizada dos cuidados
prestados, que facilita a comunicação dos enfermeiros entre si e com outros profissionais de
saúde responsáveis pelas decisões políticas, podendo os dados e informações resultantes ser
utilizados para planejamento e gestão dos cuidados de enfermagem e desenvolvimento de
políticas.14

Resultados: Em relação aos DE mais prevalentes empregados em pacientes sob os CP,


observados a partir da análise da produção científica, conforme a taxonomia da NANDA-I
foram: ‘Dor’ (envolvendo a dor aguda e crônica); ‘Ansiedade relacionada à morte’; e
‘Mobilidade física prejudicada’, citadas em três artigos

Em relação ao DE ‘Dor’ (crônica ou aguda), os estudos24,27,29 apontam que é


frequentemente percebido e sentido pelas pessoas sob os CP, podendo ser constante ou
intermitente. Assinala-se que a dor, por ser subjetiva e uma experiência individual, é de difícil
avaliação e requer dos profissionais suporte educacional, conhecimento para promover um
julgamento acurado, completo e sistemático, além de instrumentos apropriados que
contribuam para sua compreensão e para buscar por novas alternativas que propiciem a
qualificação da avaliação da dor desses pacientes.

No que tange ao DE ‘Mobilidade física prejudicada’ o estudo25 aponta como fatores


relacionados, a “intolerância à atividade” e as “restrições prescritas dos movimentos”, sendo
um DE caracterizado por dispneias aos esforços, dificuldade para virar-se e movimentos
descoordenados. Tais achados corroboram com àqueles encontrados na pesquisa27,
destacando que a maioria dos pacientes sob CP estão acamados, dada a prevalência em 83,5%
dos planos de atendimento à ação relacionada à mudança de pressão. Essa condição implica
risco para o desenvolvimento de lesões por pressão, infecções pulmonares, eventos
tromboembólicos e quedas, que podem ser administrados com base em indicadores de
qualidade. Por conseguinte, os estudos23,35,27 apontam como intervenções para o DE
“Mobilidade física prejudicada”, o repouso, o posicionamento no leito, a mudança de
decúbito, os cuidados com a pele, a proteção de proeminências ósseas e os exercícios
prescritos quando apropriados.

Diante de tais ponderações, pesquisadores26 demonstraram que os enfermeiros, quando são


bem treinados no uso do apoio à decisão clínica, utilizando com precisão termos e medidas
padronizados de enfermagem para diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem no
processo de assistência, possibilita orientar o planejamento sistematizado do cuidado em
enfermagem. Contribuindo, assim, para a implementação do Processo de Enfermagem, que
visa favorecer o planejamento e a gestão dos CP pela equipe de enfermagem, a fim de
promover uma morte digna.

ARTIGO: Contribuiçao da teoria final de vida pacifico para assistencia de enfermagem


ao paciente em cuidados paliatvos

Metodo: Pesquisa de campo com abordagem qualitativa, na qual


participaram 12 enfermeiros. Para a coleta dos dados utilizou-se a
técnica de entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados
mediante a técnica de análise de conteúdo.
Periodico: revista online de pesquisa, Cuidado é Fundamental

Autores: Zaccara AAL, Batista PSS, Vasconcelos MF, et al

Dados importantes:

O número estimado de pessoas que necessitam de cuidados paliativos no final da vida é de


20,4 milhões. A maior proporção, 94%, corresponde a adultos, dos quais 69% têm mais de 60
anos e 25% têm entre 15 e 59 anos. Com base nessas estimativas, a cada ano, no mundo, cerca
de 377 adultos em 100.000 habitantes, precisarão de Cuidados Paliativos no final da vida.

O cuidado tem sido abordado em diversos campos de atuação em saúde, especialmente na


área de Enfermagem, em que a assistência se destaca com o sentido prioritário de cuidar e não
sucumbe à necessidade de cura, se destacando a partir da experiência do encontro, da
presença, do chamado e da resposta.

Neste prisma, a Teoria Final de Vida Pacífico destacase como referencial importante, devido à
semelhança de seus conceitos e pressupostos com os princípios dos Cuidados Paliativos. Esta
teoria expressa que o foco principal do cuidado de enfermagem não está na última instância
do morrer, mas nas contribuições para o viver pacífico e significativo no tempo que resta aos
pacientes e outras pessoas importantes. Propõe o alívio dos medos e ansiedades, reais e/ou
percebidos, para o paciente e sua família. Dessa forma, o enfermeiro poderia promover um
final de vida mais tranquilo, e não simplesmente completar as tarefas do cotidiano hospitalar
junto ao paciente.

RESULTADOS:

O estudo que denominou essa categoria possibilitou a compreensão de que os enfermeiros


valorizam a espiritualidade como um recurso que auxilia os pacientes em Cuidados Paliativos a
aceitarem sua condição, proporcionando paz. Para os participantes, a espiritualidade, a
religiosidade, a oração, a crença em Deus podem promover tranquilidade nos momentos finais
de vida.

Atender aos desejos do doente terminal como atitude de respeito à sua dignidade . O respeito
às vontades garante, além de tranquilidade ao paciente pelo cumprimento dos seus desejos, a
redução de conflitos éticos e morais entre ele e os profissionais, e o amparo aos familiares,
que se desresponsabilizam de interferir em decisões de tratamento que não correspondam
aos desejos dos pacientes. Assim, é importante que seja incentivado o respeito pelas
preferências individuais dos enfermos e de seus familiares. Torna-se vital que seja reconhecida
a necessidade R. pesq.: cuid. fundam. online 2020. jan./dez. 1247-1252 1252 ISSN 2175-5361.
Zaccara AAL, Batista PSS, Vasconcelos MF, et al. DOI: 10.9789/2175-5361.2019.v12i2.1247-
1252 CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA FINAL... da mudança do enfoque terapêutico para uma
abordagem voltada para a qualidade de vida, tanto dos pacientes que enfrentam doenças que
põem em risco sua vida, quanto daqueles que enfrentam a terminalidade.

ARTIGO: CUIDADOS PALIATIVOS E SUA RELAÇÃO COM OS


DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DAS TAXONOMIAS
NANDA-I E NIC

METODOS: revisão integrativa da literatura,

PERIODICOS: Rev Fun Care Online. 2020 jan/dez

AUTORES: Silva DES, Pacheco PQC, Souza SR.

DADOS IMPORTANTES:

Esse profissional possui uma maior oportunidade de


efetivação nas práticas do cuidado devido ao tempo que
passa junto ao paciente e família8 oferecendo a maior parcela
de cuidados, de forma direta e indireta à pessoa.

Apenas dois artigos encontrados abordam diretamente


a taxonomia NANDA-I em Cuidados Paliativos, o que
demonstra que o número de publicações relacionadas à
temática é escasso.

Dor, em especial a crônica, é o diagnóstico de enfermagem


mais encontrado na literatura, o motivo mais provável para
isso é o fato de a dor ser considerada tanto um sintoma
quanto um diagnóstico de enfermagem.
Além disso, a história dos cuidados paliativos é diretamente
ligada à dor como sintoma a ser controlado, e o fato de
que a dor é considerada como o 5º sinal vital23 coloca esse
diagnóstico como alvo não apenas da equipe de enfermagem,
como de toda a equipe multiprofissional.
Já o diagnóstico de ansiedade e o diagnóstico de ansiedade
relacionada à morte são esperadas nessa população, uma vez
que pessoas em cuidados paliativos possuem uma proximidade
muito maior com a ideia de morrer do que outras pessoas.
A maioria dos diagnósticos de enfermagem identificados
também possuem algum sinergismo, como, por exemplo,
“Padrão respiratório ineficaz” que, caso não receba
intervenções adequadas, pode evoluir para agravamento da
“Fadiga”, “Ansiedade”, “Confusão aguda”, “Comunicação verbal
prejudicada” e outros diagnósticos listados previamente.

No presente estudo, foi possível identificar 50 diagnósticos


de enfermagem segundo a taxonomia da NANDA-I, que se
relacionam ao conceito dos cuidados paliativos nas produções
científicas, estabelecendo 125 possíveis intervenções segundo
a taxonomia NIC.

É possível perceber uma lacuna de pesquisas sobre


o processo de enfermagem e cuidados de enfermagem
aos pacientes em cuidados paliativos, clientela que tende
a aumentar no cenário atual e futuro, demonstrando a
necessidade de se implementar a utilização das Taxonomias
NANDA-I e NIC na prática profissional do enfermeiro.
Conclui-se que é possível relacionar Taxonomias
NANDA-I e NIC aos conceitos de cuidados paliativos e
que este trabalho pode contribuir na implementação do
processo de enfermagem aos pacientes em cuidados paliativos.

ARTIGOS: INDICADORES DE QUALIDADE APLICADOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM


CUIDADOS PALIATIVOS

METODOS: revisão integrativa da literatura


.
PERIODICO: Enferm. foco (Brasília)

AUTORES: Santos,
Rafaela Silva; Lima, Fabia Maria; Hora, Joicy
Costa; Leão, Deuzany Bezerra
DADOS IMPORTANTES:

quando se trata de condições patológicas fora de possibilidade terapêutica, o uso de


tratamento invasivo deve ser reconsiderado, tendo em vista a minimização do sofrimento e
oferta de conforto no fim de vida.

Os pacientes em cuidados paliativos apresentam sintomas como fadiga, ansiedade,


constipação, depressão, náusea, dor, dificuldade de concentração, distúrbio no padrão do
sono entre outros. Esses problemas podem ser identificados pelo profissional de enfermagem
que está na linha de frente no cuidado e em freqüente contato com esses pacientes em
paliação

Indicadores do aspecto físico No aspecto físico, o indicador “dor” esteve presente nos estudos
A, B, E, F e G, representando um importante sintoma para qualificar os cuidados prestados.
Outros sintomas que foram abordados como indicador de qualidade nos aspecto físico foram a
náusea presente nos estudos A, E e F, a dispnéia e prisão de ventre no estudo A, intervenção
não farmacológica nos estudos B e C. O estudo E trouxe ainda cuidados com lesões por
pressão, saúde bucal e ansiedade como indicadores. Além dessa mensuração/avaliação desses
sintomas, no estudo G, houve uma abordagem diferente. Com um foco no indicador dor, ele
abrange as formas de mensuração de dor na demência, calculando esse indicador
comportamental através de expressões faciais, movimentos corporais, vocalizações, ou seja,
representou a forma como seria mensurado esse indicador físico da dor que inclusive foi o que
mais abordado diante dos estudos.

Artigo: VALIDAÇAO DE PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES


EM CUIDADO PALIATIVO

METODOS: Estudo transversal, descritivo, do tipo metodologico,


com abordagem quantitativa

PERIODICO: Acta paul. enferm. [online]. 2016, vol.29, n.4, pp.363-373.

AUTORES: Edilene Castro dos Santos1


Isabelle Christine Marinho de Oliveira1
Alexsandra Rodrigues Feijão1

RESULTADOS:

O conceito de morte e um assunto geralmente


evitado, embora todos tenham ciencia de sua inevitabilidade,
sobretudo, por nao ser uma tarefa de
facil discussao perante a sociedade atual, sendo vivenciada
com angustia a consciencia da propria finitude.

( Esse estudo propôs validar um protocolo ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA


PACIENTES EM CUIDADO PALIATIVO, com o intuito de modo a verificar resultados
mais efetivos, tendo em vista a uniformidade das
acoes no fim de vida para que seja assegurada uma
assistencia mais humana e de qualidade. Partindo da necessidade de estabelecer criterios
para nortear a assistencia de enfermagem durante
o processo de morte e morrer. O uso de protocolos assistenciais na atencao aos
pacientes sob as condicoes finais de vida e de suma
importancia, uma vez que torna a assistencia de enfermagem

sistematizada ).

A validacao de conteudo configura em um processo


composto por duas fases.(4) Nesse estudo, a
primeira foi a elaboracao do protocolo assistencial
contemplando um historico de enfermagem e as intervencoes
listadas conforme as dimensoes humanas
norteadas pela Nursing Interventions Classification
(NIC), para uniformizar a nomenclatura das acoes
a partir da revisao integrativa. E a segunda fase, a
validacao de conteudo, por meio da avaliacao do
protocolo por juizes.
Os itens contemplados no historico de enfermagem
foram: identificacao, nivel de consciencia,
ventilacao e hidratacao, eliminacao vesical,
balanco hidrico, eliminacao intestinal, higiene
corporal e curativos. E nas Intervencoes de Enfermagem
estas divididas nas dimensoes biologica
(controle da dor, dos sintomas respiratorios,
nauseas e vomitos, diarreia e obstipacao, delirio
e demencia), psicologica (identificacao das fases
de Klübler-Ross e cuidado psicologico), social
(apoio familiar e ao paciente), espiritual (apoio
espiritual) e as intervencoes no ato da terminalidade

e cuidados pos- morte.

Neste contexto, o enfermeiro como profissional


mais proximo do paciente deve ser refletir
sobre as possibilidades de cuidado e ser capaz de
identificar alternativas para proporcionar a melhor
qualidade de vida possivel para os pacientes terminais,
buscando proporcionar o equilibrio fisico,
mental e emocional do paciente, e o bem estar do

mesmo.

Você também pode gostar