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O Caminho do Cristo

Parábola do festim de bodas (ESE Cap 23 - (MATEUS, cap.XXII, vv. 1 a 14.))

1. Falando ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: O reino dos céus se assemelha a um
rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, despachou seus servos a chamar para
as bodas os que tinham sido convidados;
Estes, porém, recusaram ir.

O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados:
Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados; tudo está
pronto; vinde às bodas.

Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua


casa de campo, outro para o seu negócio.

Os outros pegaram dos servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos
ultrajes.

Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos,
exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade.
Então, disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os
que para ele foram chamados não eram dignos dele. Ide, pois, às encruzilhadas e
chamai para as bodas todos quantos encontrardes.

Os servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e
maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa.

Entrou, em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem
que não vestia a túnica nupcial, disse-lhe:

- Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial?

O homem guardou silêncio. Então, disse o rei à sua gente:

- Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: aí é que haverá prantos e
ranger de dentes; - porquanto, muitos há chamados, mas poucos escolhidos.

Jesus compara o reino dos Céus, onde tudo e alegria e ventura, a um festim. Falando dos
primeiros convidados, alude aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao
conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham exortar a seguir
a trilha da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas
advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos da
parábola.
Os convidados que se escusam, pretextando terem de ir cuidar de seus campos e de seus
negócios, simbolizam as pessoas mundanas que, absorvidas pelas coisas terrenas, se
conservam indiferentes às coisas celestes.

Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e
politeístas. Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a idéia da unidade de Deus,
essa idéia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita como
verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos sob
um véu de mistério, impenetrável para as massas populares. Os hebreus foram os primeiros
a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente
por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus.

Foi então que apareceu Jesus, enviado para os chamar à observância da Lei e para lhes
rasgar os horizontes novos da vida futura. Dos primeiros a ser convidados para o grande
banquete da fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste e o imolaram.

A responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e saduceus, que sacrificaram a nação


por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela incredulidade dos outros. São, pois, eles,
sobretudo, que Jesus identifica nos convidados que recusam comparecer ao festim das
bodas.
Depois, acrescenta: "Vendo isso. o Senhor mandou convidar a todos os que fossem
encontrados nas encruzilhadas, bons e maus." Queria dizer desse modo que a palavra ia ser
pregada a todos os outros povos,

- Como então seguir as palavras do Cristo? O que devemos fazer para que
possamos estar diante de Deus com as nossas vestes Nupciais?

- Qual o papel do espiritismo para nos mostrar a trilhar o caminho do Cristo?

LE Questão 627.
Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os
Espíritos dão? Terão que nos ensinar mais alguma coisa?
“Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias e parábolas, porque falava de
conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne
inteligível para todo mundo. Muito necessário é que aquelas leis sejam explicadas e
desenvolvidas, tão poucos são os que as compreendem e ainda menos os que as praticam. A
nossa missão consiste em abrir os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e
desmascarando os hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de
ocultarem suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para
que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a
razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a
necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas
paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”
Segundo Kardec:

Jesus veio mostrar aos homens o caminho do verdadeiro bem. Por que, tendo-o enviado
para fazer lembrada Sua lei que estava esquecida, não havia Deus de enviar hoje os
Espíritos, a fim de a lembrarem novamente aos homens, e com maior precisão, quando eles
a esquecem, para tudo sacrificar ao orgulho e à cobiça? Quem ousaria pôr limites ao poder
de Deus e traçar-Lhe normas? Quem nos diz que, como o afirmam os Espíritos, não estão
chegando os tempos preditos e que não chegamos aos em que verdades mal compreendidas,
ou falsamente interpretadas, devam ser ostensivamente reveladas ao gênero humano, para
lhe apressar o adiantamento? Não haverá alguma coisa de providencial nessas
manifestações que se produzem simultaneamente em todos os pontos do globo? (Allan
Kardec)

Qual seria o caminho que o Cristo nos deixou? O que é mais importante
na sua mensagem?

(ESE cap. 11) Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca dos saduceus, reuniram-
se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão: - “Mestre,
qual o mandamento maior da lei?” - Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o
primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu
próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois
mandamentos.” (MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

LE questão 967. Em que consiste a felicidade dos bons Espíritos?


“Em conhecerem todas as coisas; em não sentirem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem
ambição, nem qualquer das paixões que ocasionam a desgraça dos homens. O amor que os
une lhes é fonte de suprema felicidade. Não experimentam as necessidades, nem os
sofrimentos, nem as angústias da vida material. São felizes pelo bem que fazem. Contudo, a
felicidade dos Espíritos é proporcional à elevação de cada um. Somente os puros Espíritos
gozam, é exato, da felicidade suprema, mas nem todos os outros são infelizes. Entre os
maus e os perfeitos há uma infinidade de graus em que os gozos são relativos ao estado
moral. Os que já estão bastante adiantados compreendem a ventura dos que os precederam
e aspiram a alcançá-la. Mas, esta aspiração lhes constitui uma causa de emulação, não de
ciúme. Sabem que deles depende o consegui-la e para a conseguirem trabalham, porém
com a calma da consciência tranqüila e ditosos se consideram por não terem que sofrer o
que sofrem os maus.”

Por meio do Espiritismo, a Humanidade tem que entrar numa nova fase, a do
progresso moral que lhe é conseqüência inevitável. (Allan Kardec)
Em todos os caminhos

(Livro Estude e Viva, de Emmanuel e André Luiz, em psicografia de Francisco Cândido


Xavier e Waldo Vieira)

Seja qual for a experiência, convence-te de que Deus está conosco em todos os
caminhos. Isso não significa omissão de responsabilidade ou exoneração da incumbência de
que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe
dignidade sem lei.
O peixe mora gratuitamente na água, mas deve nadar por si mesmo. A árvore,
embora não pague imposto pelo solo em que se vincula, é chamada a produzir conforme a
espécie.
Ninguém recebe talentos da vida para escondê-los em poeira ou ferrugem.
Nasceste para realizar o melhor. Para isso, é possível te defrontes com embaraços
naturais ao próprio burilamento, qual a criança que se esfalfa compreensivelmente nos
exercícios da escola. A criança atravessa as provas do aprendizado sob a cobertura da
educação que transparece do professor. Desempenhamos as nossas funções com o apoio de
Deus.
Se o conhecimento exato da Onipresença Divina ainda não te acode à mente
necessitada de fé, pensa no infinito das bênçãos que te envolvem, sem que despendas
mínimo esforço. Não contrataste engenheiros para a garantia do sol que te sustenta e nem
assalariaste empregados para a escavação de minas de oxigênio na atmosfera, a fim de que
se renove o ar que respiras.
Reflete, por um momento só, nas riquezas ilimitadas ao teu dispor, nos reservatórios
da natureza, e compreenderás que ninguém vive só.
Confia, segue, trabalha e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para
alcançar a felicidade, se fazes o teu dever, Deus faz o resto.

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