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Definição
O que é simulação?
Até mesmo o estudo aerodinâmico, antes feito por maquetes, pode ser realizado agora
pelo computador.
Até mesmo o estudo aerodinâmico, antes feito por maquetes, pode ser realizado agora
pelo
Por “processos", entende-se uma situação onde elementos estáticos, formando uma
ambiente bem definido com suas regras e propriedades, interage com elementos
dinâmicos, que fluem dentro desses ambientes.
Assim, a simulação de processos permite que se faça uma análise do sistema em questão
sem a necessidade de interferir no mesmo. Todas as mudanças e conseqüências, por
mais profundas que sejam, ocorrerão apenas com o modelo computacional e não com o
sistema real.
Como Simular
Ao modelo são anexados dados sobre o sistema. Neste ponto a simulação se diferencia,
pois não são utilizados valores médios para os parâmetros no modelo, e sim
distribuições estatísticas geradas a partir de uma colocação de dados sobre o parâmetro
a ser inserido.
De forma sucinta, estes são os passos de uma simulação, na maioria dos casos:
1. É realizado um estudo sobre o comportamento do sistema a ser simulado, coletandose
as informações de tempo necessárias; 2. O modelo é construído no ARENA® e
alimentado com os tempos coletados na etapa anterior; 3. O ARENA® é acionado para
fazer funcionar o modelo e gerar resultados sobre o seu comportamento; 4. Estes
resultados são analisados e, baseado nas conclusões, novas mudanças são feitas no
modelo para aperfeiçoar o processo. 5. Neste ponto, retorna-se para a etapa3, gerando
novos resultados. Este ciclo se repete até que o modelo se comporte de forma
satisfatória. Como se trata de uma replica fiel do sistema original, os resultados obtidos
pelo modelo serão válidos também para o sistema.
No entanto, esta é uma expectativa errônea, pois a situação real, na verdade, possui uma
variação. Esta variação, mesmo pequena, pode induzir a erros graves na análise, a
simulação e processos faz a análise considerando esta variação através de curvas
estatísticas de comportamento, que são geradas pelos mesmos valores coletados da
forma descrita anteriormente.
+ = Média: 86,5
çã 1
é
30+ çã 2
é
50=
é
80
Simulando 100 minutos com estes valores, constatamos que o operador foi capaz de
conectar os cabos em 100 unidades de computadores e não houve formação de fila no
seu posto de trabalho, ou seja, conclui-se que o posto está corretamente dimensionado.
A simulação deste modelo por 100 minutos mostra que o operador conectou os cabos de
90 computadores, e houve formação de fila em seu posto de trabalho em vários
momentos, terminando com 6 unidades à espera da operação.
Se esta situação se repetir para todo o resto da fábrica, a empresa estará realizando
prejuízo devido à produção inferior ao previsto, ao mesmo tempo que o capital de giro
necessário para manter a produção será muito mais do que o calculado, supondo-se que
cada unidade de micro neste estágio da fabricação tenha uma valor de US$550,0, as três
unidades acumuladas neste posto de trabalho já totalizam US$1.650,0 em estoque
intermediário, a se somar aos acúmulos de outros postos.
Este exemplo demonstra o quão importante é o estudo da variação dos tempos no
dimensionamento da produção. O ARENA® considera a variação em suas simulações e
possui uma ferramenta específica para auxiliar na determinação das curvas de
comportamento.
Dados de Entrada
Em um modelo de simulação, são inseridos dados para que ele represente com precisão
o sistema em estudo. Alguns dados têm valores bem determinados, como por exemplo,
distancias, numero de máquinas disponíveis e outras.
Porém existem aqueles que são indeterminados, normalmente os que envolvem tempo,
pois os processos não são exatos, podendo ter variações em torno de um valor médio.
Este valor médio, normalmente, é utilizado em simulações estáticas e folhas de
processo. Porém, em uma situação dinâmica temos a possibilidade de inserir esta
variação no modelo, através de distribuições estatísticas.
O Input Analyzer tem varias opções para tratamento dos dados de entrada. Vamos
descrever um procedimento para um tratamento simples dos dados e depois mostrar as
principais distribuições estatísticas características.
Agora basta adequar uma distribuição a estes dados, você pode testar distribuição por
distribuição, porém a opção do Fit All (Ajustar Todas) do Menu Fit (Ajustar) irá ajustar
todas as distribuições, e mostrará a melhor:
O Input Analyzer também gera a lista em ordem por melhor ajuste, através da opção de
menu Window (Janela) – Fit All Sumary (Relatório de Ajuste):
Quando você chegar a um valor adequado, você pode copiar a expressão obtida para seu
modelo ARENA®, através da opção do menu Edit (Editar) – Copy EXPRESSION
(copiar Expressão) e colar no local desejado dentro do modelo ARENA®.
Beta
Devido a sua capacidade de se adequar a varias formas (vide figura abaixo), esta
distribuição é usada como uma aproximação, quando houver ausência de dados.
Uniforme
Triangular
Exponencial
Erlang
Modelam processos compostos por fases sucessivas nas quais cada fase tem uma
distribuição exponencial. Uma de suas aplicações é na Teoria das Filas.
Gamma
Esta função costuma ser aplicada para representar tempo de completar alguma tarefa
(tempos de reparos, por exemplo).
Lognormal
Weibull
Exercícios:
Draw (Desenho)
Esta barra de ferramentas contém também muitos comandos familiares aos usuários do
MS Office®. Ela reúne os comandos de desenho, texto e troca de cores tanto dos
elementos gráficos como do fundo da ária de trabalho.
Animate (Animação)
Esta barra contém elementos que podem ser agregados ao modelo de simulação,
acrescentada uma representação visual do funcionamento do sistema e das estatísticas
coletadas. Cada comando será detalhado no capítulo 5:
View (Visualizar) Esta barra apresenta funções úteis para navegação pela ária de
trabalho:
Esta barra permite que o operador interaja com o modelo em tempo de simulação, para
depurar ou estudar seu comportamento:
A barra de projeto reúne os elementos que são usados para montar o modelo dentro da
áriea de trabalho do ARENA®.
Ao anexar um template ao modelo, este aparece na barra de projeto como mais uma
subjanela. Esta barra ainda possui duas subjanelas permanentes: Reports, que apresenta
os relatórios disponíveis para o modelo, e Navigate, que apresenta as opções de
navegação do modelo.
O Processo de modelagem (construção do modelo) nada mais é do que o ato de
“explicar” ao ARENA® como funciona o sistema. Essa “explicação” é feita através de
uma linguagem de fácil entendimento, semelhante a um fluxograma.
Operação: Este elemento representa uma operação ou trabalho dentro do processo, por
exemplo, um cálculo em um programa de computador ou o tempo despendido por
Create
• Recursos: representam a estrutura do sistema, como máquinas, postos de trabalho,
meios de transporte, pessoas que participam do processo e etc.;
• Entidades: são a parte circulante do modelo, que percorre a lógica estabelecida pelo
fluxograma interagindo com os recursos.
O template Basic Process reúne os elementos mais básicos para a construção dos
modelos com o ARENA®. Os principais elementos estão descritos a seguir:
Create
Dispose
Este módulo de fluxograma tem função inversa à do módulo Create. Ele tem a função
de retirar as entidades do sistema. Um duplo clique sobre ele abre a seguinte janela de
opções:
Process
Entity
Resource
O módulo de dados Resource relaciona todos os recursos usados no modelo. Por
recurso, entende-se uma estrutura que será usada pela entidade, a qual irá despender
uma certa quantidade de tempo neste processo. Um recurso, então poderia ser uma
maquina onde a peça sofre um processo, um caixa bancário que atende a um cliente ou
uma mesa de cirurgia por onde passa o paciente, Do mesmo modo que o módulo Entity,
seus dados podem ser editados pela planilha ou pela caixa de diálogo. As opções de
entrada para a caixa de dialogo de Resource estão explicadas abaixo:
Em uma empresa fabricante de autopeças deve ser feito estudo sobre o projeto de uma
nova célula produtiva.
Essa célula irá possuir 3 postos de trabalho. O primeiro posto é composto por um Torno,
cujo tempo e processo segue uma NORM (3,1) minutos. O segundo tem uma furadeira
manual, com tempo de processo de TRIA (2, 3, 4.5) minutos, e o último tem uma
retífica, com tempo de processo de NORM (3.5, 1.5) minutos.
A chegada de peças acontece a cada EXPO (3.5) minutos no Torno. Simule durante 50
horas e descubra:
• Qual é a utilização das máquinas? • Qual é o tamanho médio das filas de cada
máquina?
• Com base nas informações anteriores, qual será o provável gargalo da célula?
Contém informações básicas como: nome do projeto, nome do relatório, data, hora,
quantidade de replicações e unidade de tempo usada no relatório.
Esta informa quantas unidades de cada recurso estiveram ocupadas durante o período da
simulação. Informação idêntica à fornecida pela expressão NR(Recurso).
Esta informa quantas unidades cada recurso possuía durante o período da simulação.
Informação idêntica à fornecida pela expressão MR(Recurso). Portanto, esta informação
é a capacidade do recurso.
Em uma metalúrgica, há um setor da linha produtiva que deve ser analisado na busca
pelo gargalo. A linha é composta pelos processos abaixo, nesta seqüência:
• Tratamento térmico indutivo, com tempo de NORM (2,1) minutos por peça;
• Torno manual, com tempo de TRIA (0.5, 1, 1.5) minutos por peça. O torno manual
necessita de um operador para funcionar;
• Inspeção realizada pelo mesmo operador do torno, com tempo de NORM (3, 0.5)
minutos por peça:
Suponha que uma fábrica de roupas deseja analisar seu processo de produção. Os dados
são os seguintes:
Desejamos saber:
Fila
Recursos
Tempo
Replicações
MREP: Retorna o número máximo de replicações. É o valor informado em
RUN/SETUP/Replication Parameters, no campo “Number of Replications”. Este valor
pode ser alterado pela lógica do modelo durante a simulação;
No menu que foi ativado, escolher a opção “Build Expression...”. Clicando-se nesta
opção, é aberto o assistente, que possui o seguinte aspecto:
Assim, se por exemplo não houver nenhuma fila no modelo, não serão disponibilizadas
expressões sobre filas.
Para solução destas situações o ARENA® conta com o módulo Decide, que veremos à
seguir: Decide
Agora, depois do Torno, foi incluído um posto de inspeção realizado por um novo
operador (não é o mesmo da furadeira). O tempo de processo da inspeção é de NORM
(2,1) minutos e são descartadas 10% das peças por problemas de qualidade.
Outra mudança é que as peças que saem da furadeira só devem ser levadas para a
retífica se a sua fila de peças em espera for menor que 6. Caso a fila esteja maior ou
igual a 6, as peças são desviadas para outra linha, de modo não interromper a produção.
Simule novamente durante 50 horas e descubra qual o efeito destas alterações nos
resultados do modelo.
EXERCÍCIO 1
Entretanto, caso a fila para entrar nesta baia esteja maior do que 3, o caminhão não entra
no CD. Ele vai para um posto de manutenção, onde é feita inspeção preventiva em
diversos itens conforme sua kilometragem.
Esta inspeção é feita por um mecânico em tempo de NORM (4,1) minutos. Após
inspecionado, o caminhão entra diretamente na fila da baia, independente do seu
tamanho.
Uma vez descarregados, 20% dos caminhões devem passar pela manutenção antes de ir
embora, para realizar pequenos procedimentos rotineiros, o tempo desta operação é de
NORM (5,2) minutos, e é realizada também pelo mecânico.
a) Desenhe o fluxograma deste modelo no ARENA indicando seu tipo (Create, Assign,
Process, Dispose, etc) b) Qual a taxa de ocupação de cada funcionáio? c) Qual o
tamanho médio de cada fila? d) Qual o número de peças fabricadas com defeito? e)
Qual é o gargalo do sistema?
EXERCÍCIO 3
Suponha que uma confecção de roupas por encomenda deseja analisar seu processo de
produção. Os dados são os seguintes:
• Tempos de produção: o Corte: TRIA(8, 10, 12) minutos; o Costura: TRIA(18, 2, 28)
minutos; o Tempo de inspeção igual a 2 minutos.
f) Desenhe o fluxograma deste modelo no ARENA indicando seu tipo (Create, Assign,
Process, Dispose, etc) g) Qual a taxa de ocupação de cada funcionário? h) Qual o
tamanho médio de cada fila? i) Qual o número de peças fabricadas com defeito? j) Qual
é o gargalo do sistema? Explique.
Agrupamento de Entidades
Batch
Quando isso acontece, as entidades são retiradas da fila e agrupadas em uma única
entidade representativa (um lote), que segue em frente no fluxo do processo. O lote
formado pode ser temporário ou permanente.
• Se for temporário, o lote pode ser desfeito posteriormente através do módulo Separate,
explicado a seguir:
Separate
Este módulo de fluxograma possui função inversa à do módulo Batch. O Separate serve
para desfazer os lotes temporários formados por Batch, mas também pode criar
duplicatas das entidades que passam por ele. As duplicatas mantém as mesmas
características da entidade original.
Novas mudanças foram realizadas na fábrica de Autopeças do exemplo anterior. Foi
incluído um Forno de tratamento térmico antes do Torno. Este forno trabalha com lotes
de 6 peças são colocadas no forno e sofrem juntas o tratamento, que dura um tempo de
NORM (16,4) minutos. Depois disso, elas saem juntas e entram na fila de espera do
Torno.
Além disso, foi incluído um pallet de peças refugadas, com capacidade para até 15
peças. Este pallet vai acumulando as peças defeituosas até ficar cheio, quando então é
retirado por uma empilhadeira em m processo que dura NORM (3,1) minutos.
Simule novamente durante 50 horas e descubra qual o efeito destas alterações nos
resultados do modelo.