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Simulação de Projeto com utilização do software ARENA®

“Simulação é uma das mais poderosas ferramentas de análise disponíveis para os


responsáveis por projeto e operação de processos complexos ou sistemas. Em um
mundo de crescente competitividade, simulação se tornou uma ferramenta muito
poderosa para planejamento, projeto e controle de sistemas. Não mais renegado ao posto
de “último recurso”, hoje ela é vista como uma metodologia indispensável de solução de
problemas para engenheiros, projetistas e g rentes.”

C. Dennis Pegden “Introduction to Simulation Using Siman”

Definição

“[simulação com o auxilio de model

O que é simulação?

Simulação é a técnica de estudar o comportamento e reações de um determinado


sistema através de modelos, que imitam na totalidade ou em parte as propriedades e
comportamentos deste sistema em uma escala menor, permitindo sua manipu

Um bom exemplo de simulação é aquele usado na indústria aeronáutica, onde a


aerodinâmica dos aviões em projeto é testada em túneis de vento através de pequenas
maquetes que apresentam o mesmo formato do avião, ou seja, é o “model da, pois seria
completamente inviável construir todo o avião e tentar fazê de prova. A perda de vidas e
investimentos am como hoje os conhecemos se n

A evolução vertiginosa da informática nos últimos anos tornou o comp tador um


importante aliado da simulação. é usada nas mais diversas área previsão meteorológi
pilotagem de veículos ou aviões.

Até mesmo o estudo aerodinâmico, antes feito por maquetes, pode ser realizado agora
pelo computador.

Introdução à simulação com ARENA®

Simulação é uma das mais poderosas ferramentas de análise disponíveis para os


responsáveis processos complexos ou sistemas. Em um mundo de crescente co
simulação se tornou uma ferramenta muito poderosa para planejamento, projeto e
controle de sistemas. Não mais renegado ao posto de “último recurso”, hoje ela é vista
como logia indispensável de solução de problemas para engenheiros, projetistas e g

Introduction to Simulation Using Siman”

“[simulação] s.f. Ato ou efeito de Simular. Experiência ou ensaio realizado com o


auxilio de modelos.”

Simulação é a técnica de estudar o comportamento e reações de um determinado


sistema imitam na totalidade ou em parte as propriedades e comportame tos deste
sistema em uma escala menor, permitindo sua manipulação e estudo detalhado.

Um bom exemplo de simulação é aquele usado na indústria aeronáutica, onde a


aerodinâmica dos aviões em projeto é testada em túneis de vento através de pequenas
maquetes que apr sentam o mesmo formato do avião, ou seja, é o “modelo” do avião
real. Esta técnica é aplic da, pois seria completamente inviável construir todo o avião e
tentar fazê-lo voar com pilotos de prova. A perda de vidas e investimentos seria enorme
e certamente nossos aviões não ser am como hoje os conhecemos se não fosse usada a
simulação.

A evolução vertiginosa da informática nos últimos anos tornou o comp tador um


importante aliado da simulação. A simulação por computador é usada nas mais diversas
áreas, citando como exemplos as anál previsão meteorológica, treinamentos de
estratégia lotagem de veículos ou aviões.

Até mesmo o estudo aerodinâmico, antes feito por maquetes, pode ser realizado agora
pelo

Simulação é uma das mais poderosas ferramentas de análise disponíveis para os


responsáveis processos complexos ou sistemas. Em um mundo de crescente
comsimulação se tornou uma ferramenta muito poderosa para planejamento, projeto e
controle de sistemas. Não mais renegado ao posto de “último recurso”, hoje ela é vista
como logia indispensável de solução de problemas para engenheiros, projetistas e ge-

Experiência ou ensaio realizado

Simulação é a técnica de estudar o comportamento e reações de um determinado


sistema imitam na totalidade ou em parte as propriedades e comportamenlação e estudo
detalhado.

Um bom exemplo de simulação é aquele usado na indústria aeronáutica, onde a


aerodinâmica dos aviões em projeto é testada em túneis de vento através de pequenas
maquetes que apreo” do avião real. Esta técnica é aplicalo voar com pilotos e
certamente nossos aviões não serião fosse usada a simulação.

A evolução vertiginosa da informática nos últimos anos tornou o compu-

A simulação por computador s, citando como exemplos as análises de para militares e

Isso é possível, pois o computador é alimentado com as propriedades e características


do sistema real, criando um ambiente “virtual”, que é usado para testar as teorias
desejadas.

O computador efetua os cálculos necessários para a interação do ambiente virtual com o


objeto em estudo e apresenta os resultados do experimento no formato desejado pelo
analista.

Umas das áreas da simulação por computador é justamente a simulação de processos


por computador, categoria na qual se enquadra o ARENA®.

Por “processos", entende-se uma situação onde elementos estáticos, formando uma
ambiente bem definido com suas regras e propriedades, interage com elementos
dinâmicos, que fluem dentro desses ambientes.

Por exemplo: em uma linha de produção, constituída por máquinas e operadores


(elementos estáticos) passam as peças ou matéria-prima (elementos dinâmicos). O
resultado desta interação é o produto vendido pela empresa. Esta situação pode ser
simulada dentro do ARENA®, que irá fornecer como resultados, estatísticas detalhadas
de qualquer aspecto sobre o sistema que for desejado pelo operador.

Assim, a simulação de processos permite que se faça uma análise do sistema em questão
sem a necessidade de interferir no mesmo. Todas as mudanças e conseqüências, por
mais profundas que sejam, ocorrerão apenas com o modelo computacional e não com o
sistema real.

Trata-se de um estudo de baixo custo, visto que todo o trabalho de implementação é


testado no computador, permitindo ainda o teste de inúmeros cenários e alternativas de
solução para o sistema em estudo.
A técnica de simulação computacional de sistemas em seus primórdios era
extremamente complicada, devido à necessidade do modelamento matemático dos
sistemas e a implementação de algoritmos em linguagens de programação.

Com o surgimento de linguagens orientadas a simulação na década de 50, tornou-se


mais fácil a modelagem de sistemas. Com o passar dos anos estas linguagens foram se
desenvolvendo e outras ferramentas foram adicionadas às linguagens de simulação, de
modo a torná-las uma das adicionadas as linguagens de simulação, de modo à torná-las
uma das ferramentas mais poderosas para o projeto de sistemas.

O ARENA® é o mais novo passo evolutivo da Simulação, uma ambiente englobando


lógica e animação com ferramentas poderosas de analise estatística, além de toda
potencialidade do ambiente Windows 98 / NT / 2000 / XP.

Como Simular

Em uma simulação, é construído um modelo lógico-matematico que representa a


dinâmica do sistema em estudo. Este modelo normalmente incorpora valores para
tempos, distâncias recursos disponíveis, etc..

No ARENA®, esta modelagem é feita visualmente com objetos orientados à simulação


e com o auxílio do mouse, não necessitando serem digitados comandos na lógica
(programação).

Ao modelo são anexados dados sobre o sistema. Neste ponto a simulação se diferencia,
pois não são utilizados valores médios para os parâmetros no modelo, e sim
distribuições estatísticas geradas a partir de uma colocação de dados sobre o parâmetro
a ser inserido.

Somando-se os dados e o modelo lógico-matemático, teremos uma representação do


sistema no computador. Com esse sistema podemos realizar vários testes e coletar dados
de resultado que irão mostrar o comportamento do sistema bem próximos do real.

De forma sucinta, estes são os passos de uma simulação, na maioria dos casos:
1. É realizado um estudo sobre o comportamento do sistema a ser simulado, coletandose
as informações de tempo necessárias; 2. O modelo é construído no ARENA® e
alimentado com os tempos coletados na etapa anterior; 3. O ARENA® é acionado para
fazer funcionar o modelo e gerar resultados sobre o seu comportamento; 4. Estes
resultados são analisados e, baseado nas conclusões, novas mudanças são feitas no
modelo para aperfeiçoar o processo. 5. Neste ponto, retorna-se para a etapa3, gerando
novos resultados. Este ciclo se repete até que o modelo se comporte de forma
satisfatória. Como se trata de uma replica fiel do sistema original, os resultados obtidos
pelo modelo serão válidos também para o sistema.

Existe uma máxima em simulação: “Quanto melhores os dados e a modelagem do


sistema, melhores serão os resultados obtidos.” Lembre-se, o inverso também é
verdadeiro!

Valores Médios Versus Curvas de Comportamento

Na abordagem tradicional, as análises de dimensionamento geralmente confiam em


valores de tempos médio, obtidos através de várias cronometragens de uma determinada
operação. Os valores obtidos são, então, divididos pelo numero de tomadas de tempo,
resultando no “tempo médio” daquela operação. Os avaliadores confiam neste valor
como suficientemente representativo para a análise, que é feita da seguinte maneira:

No entanto, esta é uma expectativa errônea, pois a situação real, na verdade, possui uma
variação. Esta variação, mesmo pequena, pode induzir a erros graves na análise, a
simulação e processos faz a análise considerando esta variação através de curvas
estatísticas de comportamento, que são geradas pelos mesmos valores coletados da
forma descrita anteriormente.

Esta seria a interpretação dos valores realizada por um modelo de simulação:

Resultado Variável Mínimo: 38,4

+ = Média: 86,5

çã 1
é
30+ çã 2
é
50=
é
80

Como exemplo, faremos uma análise da seguinte situação:

O departamento de engenharia de uma empresa fabricante de computadores precisa


dimensionar um posto de trabalho, parte da linha de montagem de micros, onde o
operador recebe o computador, e sua tarefa é conectar os fios da fonte de alimentação
aos respectivos componentes internos, a operação toda foi cronometrada varias vezes,
resultado um tempo médio de 1 minuto. Baseando-se nesta informação, o restante da
linha também, foi dimensionado de forma a chegar 1 computador por minuto neste
posto de trabalho. Assim o operador será capaz de cumprir sua tarefa normalmente sem
que ocorra acúmulo de trabalho, já que o espaço para acúmulo também é limitado.

Simulando 100 minutos com estes valores, constatamos que o operador foi capaz de
conectar os cabos em 100 unidades de computadores e não houve formação de fila no
seu posto de trabalho, ou seja, conclui-se que o posto está corretamente dimensionado.

No entanto, realizando-se o mesmo estudo levando em conta a variação de cada


processo, temos os seguintes dados: o intervalo entre chegadas de computadores no
posto de trabalho varia segundo uma curva estatística exponencial de média 1, e o
operador realiza seu trabalho segundo uma curva normal de média e desvio padrão de
0,5. O modelo em ARENA® desta nova situação é mostrado abaixo:

A simulação deste modelo por 100 minutos mostra que o operador conectou os cabos de
90 computadores, e houve formação de fila em seu posto de trabalho em vários
momentos, terminando com 6 unidades à espera da operação.

Se esta situação se repetir para todo o resto da fábrica, a empresa estará realizando
prejuízo devido à produção inferior ao previsto, ao mesmo tempo que o capital de giro
necessário para manter a produção será muito mais do que o calculado, supondo-se que
cada unidade de micro neste estágio da fabricação tenha uma valor de US$550,0, as três
unidades acumuladas neste posto de trabalho já totalizam US$1.650,0 em estoque
intermediário, a se somar aos acúmulos de outros postos.
Este exemplo demonstra o quão importante é o estudo da variação dos tempos no
dimensionamento da produção. O ARENA® considera a variação em suas simulações e
possui uma ferramenta específica para auxiliar na determinação das curvas de
comportamento.

Esta ferramenta é o INPUT ANALYZER, explicado em detalhes na seção seguinte.

Dados de Entrada

Em um modelo de simulação, são inseridos dados para que ele represente com precisão
o sistema em estudo. Alguns dados têm valores bem determinados, como por exemplo,
distancias, numero de máquinas disponíveis e outras.

Porém existem aqueles que são indeterminados, normalmente os que envolvem tempo,
pois os processos não são exatos, podendo ter variações em torno de um valor médio.
Este valor médio, normalmente, é utilizado em simulações estáticas e folhas de
processo. Porém, em uma situação dinâmica temos a possibilidade de inserir esta
variação no modelo, através de distribuições estatísticas.

Estas distribuições são determinadas através da coleta de dados do evento de interesse,


estes dados são agrupados por classes em um histograma, e então uma distribuição
estatística é adequada a esse histograma.

O ARENA® possui a ferramenta Imput Analyzer, que em segundos faz tudo


automaticamente para você.

O Input Analyzer tem varias opções para tratamento dos dados de entrada. Vamos
descrever um procedimento para um tratamento simples dos dados e depois mostrar as
principais distribuições estatísticas características.

Iniciando o Input Analyzer No botão Iniciar do Windows, inicie o Input Analyzer na


subpasta Rockwell Software.

No Input Analyzer, escolha o menu File (Arquivo), New (Novo):


Uma janela será aberta e agora devem ser inseridos os dados. Você pode gerar dados
segundo alguma distribuição estatística, ou pode carregar dados reais tabelados em um
arquivo qualquer.

Vamos abrir o arquivo “Dados Exemplo.DST”.

Automaticamente, o Input Analyzer lerá os dados e montará o histograma:

Agora basta adequar uma distribuição a estes dados, você pode testar distribuição por
distribuição, porém a opção do Fit All (Ajustar Todas) do Menu Fit (Ajustar) irá ajustar
todas as distribuições, e mostrará a melhor:
O Input Analyzer também gera a lista em ordem por melhor ajuste, através da opção de
menu Window (Janela) – Fit All Sumary (Relatório de Ajuste):

Você pode alterar parâmetro para estas distribuições e para o histograma.

Quando você chegar a um valor adequado, você pode copiar a expressão obtida para seu
modelo ARENA®, através da opção do menu Edit (Editar) – Copy EXPRESSION
(copiar Expressão) e colar no local desejado dentro do modelo ARENA®.

Em simulação, são conhecidos alguns tipos de comportamentos que geralmente


obedecem alguma distribuição, a seguir temos as principais distribuições e seus usos
mais comuns.

Distribuições Estatísticas Normal

A distribuição Normal, tratada anteriormente em particular, descreve fenômenos regidos


por variáveis aleatórias que possuem variação simétrica acima e abaixo da média. Muito
utilizada em tempos de processo como tempos de máquina.
Sua mais importante contribuição é o fato de que os possíveis valores de uma variável
aleatória, que são resultantes da soma ou da média, de um grande número de outras
variáveis aleatórias, resultam em uma curva cuja forma pode ser aproximadamente por
uma normal.

Modelam situações em que a distribuição do processo envolvido pode ser considerada


como a soma de um conjunto de processos componentes, por exemplo, o tempo de
execução de uma operação que é a soma dos tempos de execução de etapas da operação.

Beta

Devido a sua capacidade de se adequar a varias formas (vide figura abaixo), esta
distribuição é usada como uma aproximação, quando houver ausência de dados.

Modelam tempos de conclusão de atividades em redes de planejamento (PERT). Devido


à sua flexibilidade, é muito utilizada quando não se dispõem de dados reais coletados.

Uniforme

A distribuição Uniforme especifica que cada valor entre um mínimo e um máximo


especificado, tenha igual probabilidade de acontecer. Costuma-se utilizar esta
distribuição quando pouco ou quase nada se sabe a respeito do comportamento da
variável aleatória que estamos tratando, a exceção de seus pontos extremos.

Modelam processos em que todos os valores em um intervalo , são igualmente


prováveis de ocorrer. Utilizada em situações em que não se conhece a distribuição que
governa o processo. Elas têm, em relação à distribuição triangular, uma variância maior.

Triangular

A distribuição triangular não é identificada com nenhum tipo de operação específica,


mas é útil quando se deseja uma primeira aproximação na falta de dados mais
específicos. Além dos valores mínimos e máximos característicos da distribuição
uniforme, o conhecimento de um valor modal, permite o uso desta distribuição, no lugar
da uniforme. É muito utilizada quando não existem dados suficientes e é necessária uma
estimativa.

Exponencial

A distribuição exponencial é uma das mais utilizadas em modelos de simulação. No


entanto possui uma grande variabilidade. O principal uso é na modelagem de períodos
de tempo entre dois acontecimentos (eventos) quaisquer, como por exemplo: tempos
entre chegadas de entidades em um sistema, tempos entre falhas, tempo de atendimento
a clientes, etc.

Se o tempo entre ocorrências sucessivas de um evento é exponencialmente distribuído,


então o número de eventos que ocorrem em um certo intervalo de tempo é um processo
de Poisson.
Mínimo Moda Máximo

Erlang

Utilizada na simulação de alguns tipos de processos, muitas vezes em situações em que


uma entidade entra em uma estação para ser servida, seqüencialmente, por uma série de
postos.

Modelam processos compostos por fases sucessivas nas quais cada fase tem uma
distribuição exponencial. Uma de suas aplicações é na Teoria das Filas.

Gamma

Esta função costuma ser aplicada para representar tempo de completar alguma tarefa
(tempos de reparos, por exemplo).

Lognormal

A distribuição Lognormal é empregada em situações onde a quantidade é o produto de


um numero grande de quantidades aleatórias. É freqüentemente utilizada para
representar tempos de atividades com distribuição não simétrica.

Weibull

É largamente utilizada em modelos que representam o tempo de vida ou falha de


equipamentos. A distribuição exponencial é um caso particular da distribuição de
Weibull.

Exercícios:

1) Como parte de um projeto de simulação, é necessário analisar um posto de trabalho


onde um operador executa uma determinada operação. O tempo que o operador leva
para executar o trabalho foi cronometrado várias vezes em vários horários diferentes do
dia, e ele dias diferentes. O resultado destas cronometragens está no arquivo “Exercício
1.txt” (fornecido junto com o disquete do treinamento). Use o INPUT ANALYZER
para determinar qual é a curva de comportamento do processo realizado pelo operador,
de modo a aproveitar a informação no modelo de simulação que será construído
futuramente.

2) Usando o Input Analyzer crie um novo documento (use a opção


File/DataFile/Generate

New) contendo 50 pontos para a distribuição Erlang com os seguintes parâmetros:


ExpMean igual a 12, k igual a 3 e Offset igual a 5. Uma vez obtido o conjunto de dados,
realize um Fit All. Repita o procedimento para 500, 5.0 e 25.0 dados, usando os
mesmos parâmetros para uma distribuição Erlang. Compare os resultados do melhor
ajuste para os quatro diferentes conjuntos dados.

3) Usando o Input Analyzer, faça o processo de ajuste ao arquivo: mercadorias.txt.


O ARENA® é ao mesmo tempo uma linguagem de simulação e um ambiente de
trabalho e experimentação, que pode ser usado para testar o modelo e fazer a
apresentação de seus resultados, através de avançados recursos de animação.

Sua interface segue os padrões do MS Office®, com comandos e botões semelhantes e


menus que agregam funções semelhantes às encontradas em outros softwares
Windows®. Um usuário do MS Word®, por exemplo, ao abrir o ARENA® saberá de
pronto como salvar ou abrir um arquivo de modelo, pois os botões para isso são iguais,
e os comandos “Abrir” e “Salvar” encontram-se também no menu “Arquivo”. A barra
de menus principal do ARENA® possui os menus:

Quando um arquivo de modelo é aberto (menu FILE, opção OPEN) ou um novo é


criado (menu FILE, opção NEW), o seguinte ambiente de trabalho é apresentado:

As barras de ferramenta do ARENA®, são semelhantes a do MS Office, e podem ser


“desconectadas” de suas bordas, permanecendo flutuantes. Também podem ser
conectadas em outro local ou mesmo fechadas. Através do menu VIEW, opção
TOOLBARS..., é possível selecionar quais barras de ferramenta permanecerão a vista
do operador:
As barras de ferramentas facilitam o trabalho do usuário, permitindo um acesso rápido
às funções mais importantes, e a sua flexibilidade habilita o usuário a criar um ambiente
mais confortável ao seu trabalho, mantendo sempre à vista as ferramentas preferidas por
ele.

Algumas barras de ferramentas contém essencialmente botões conhecidos pelos


usuários do MS Office®, e outras reúnem ferramentas especificas para simulação com o
ARENA®.

BARRAS DE FERRAMENTAS DO ARENA® Standard

É a barra que contem os comandos de manipulação de arquivos, impressão e edição.


Reúne também as opções de navegação dentro da área de trabalho e comandos para
controle da simulação:

Draw (Desenho)

Esta barra de ferramentas contém também muitos comandos familiares aos usuários do
MS Office®. Ela reúne os comandos de desenho, texto e troca de cores tanto dos
elementos gráficos como do fundo da ária de trabalho.

Animate (Animação)

Esta barra contém elementos que podem ser agregados ao modelo de simulação,
acrescentada uma representação visual do funcionamento do sistema e das estatísticas
coletadas. Cada comando será detalhado no capítulo 5:
View (Visualizar) Esta barra apresenta funções úteis para navegação pela ária de
trabalho:

Run Interaction (Interação com a Simulação)

Esta barra permite que o operador interaja com o modelo em tempo de simulação, para
depurar ou estudar seu comportamento:

Project Bar (Barra de Projeto - Templates)

A barra de projeto reúne os elementos que são usados para montar o modelo dentro da
áriea de trabalho do ARENA®.

• Estes elementos são organizados na forma de “templates”. • Cada template é um


conjunto de elementos, chamados “módulos”.

Ao anexar um template ao modelo, este aparece na barra de projeto como mais uma
subjanela. Esta barra ainda possui duas subjanelas permanentes: Reports, que apresenta
os relatórios disponíveis para o modelo, e Navigate, que apresenta as opções de
navegação do modelo.
O Processo de modelagem (construção do modelo) nada mais é do que o ato de
“explicar” ao ARENA® como funciona o sistema. Essa “explicação” é feita através de
uma linguagem de fácil entendimento, semelhante a um fluxograma.

O fluxograma é uma das ferramentas mais amplamente usadas atualmente para se


descrever o funcionamento de um sistema, seja o algoritmo de um programa de
computador ou os procedimentos para aprovação de crédito em uma loja.

O fluxograma é constituído de formas geométricas que representam procedimentos,


decisões a serem tomadas, inicio e término de processos, etc. No ARENA®, estas
formas geométricas são substituídas pelos elementos dos templates. Os seguintes
elementos podem ser encontrados em qualquer fluxograma, constituindo as funções
mais básicas:

Início de processo: Este elemento representa o início de um processo, sendo sempre


colocado no início do fluxograma.

Término de processo: Este elemento é a contraparte do “Início”, e representa o término


de um processo, sendo sempre colocado no final do fluxograma.

Operação: Este elemento representa uma operação ou trabalho dentro do processo, por
exemplo, um cálculo em um programa de computador ou o tempo despendido por

Decisão: Este elemento introduz ou não um desvio na seqüência do fluxograma. Caso


uma determinada condição seja satisfeita, o fluxo segue e é desviado para outra parte do
processo, caso contrário para outra parte do processo, caso contrário, continua sua
seqüência normal.

Como exemplo, apresentamos o fluxograma abaixo, que descreve o procedimento


adotado por um porteiro na bilheteria de um cinema:

As Ferramentas Básicas de Modelagem


A construção do modelo dentro do ARENA® é feita através dos elementos
disponibilizados nos templates. Estes elementos são denominados “módulos”, e são de
dois tipos distintos:

• Módulos de fluxograma: são usados para construir o fluxograma dentro da área de


trabalho. Cada módulo pode ser repetidamente colocado quantas vezes se fizerem
necessárias para a construção do modelo. Possuem postos de entrada e saída, usados
para estabelecer interconexões e cria o fluxo do processo, um duplo clique neste módulo
abre uma janela que permite configurar as ações referentes a ele. Também é possível
editar estes dados na janela de planilha, que fica logo abaixo da área de trabalho, a
planilha apresentada irá mudar conforme forem selecionados diferentes módulos.
Exemplo: módulo Process.

• Módulos de Dados: apesar de aparecerem na janela do template, não são colocados na


área de trabalho. Ao serem selecionados apresentam sua lista de dados na área de
planilha, onde podem ser editados, excluídos ou inseridos novas informações. Exemplo:
módulo Entity.

Ao construir um fluxograma, é usado o ponto de vista da parte dinâmica do sistema, ou


seja, aquilo que se movimenta ou “passa” dentro do sistema. Por exemplo, em um
processo de uma linha de produção, este elemento é uma peça, se for um hospital, são
os pacientes, se for uma agencia bancária, são os clientes, essa parte que percorre o
fluxo é chamada de “entidade”, e o fluxograma representa a estrutura estática ou fixa do
sistema, assim como os processos de decisão e desvio correspondentes.

O modelo de simulação em ARENA® possui uma parte que representa a estrutura


disponível (máquinas, pessoas, empilhadeiras, postos de trabalhos, etc.) e as regras de
trabalho (decisões, procedimentos, tempos de processo, etc.) e outra parte “circulante”
(peças que passam pelo sistema, pessoas, etc.).

Assim, um “modelo” de simulação é montado usando-se os elementos explicados na


seção anterior, criando um fluxograma que contém as regras de funcionamento do
sistema e os recursos que o constituem. Assim pode ser criada, por exemplo, uma linha
de produção ou uma agencia bancária. Iniciando a simulação, o ARENA® introduz a
parte circulante, representando as peças passando pela linha, ou pessoas passando pela
agencia bancária, estas partes circulantes recebem o nome de “entidades”. Assim:

Create
• Recursos: representam a estrutura do sistema, como máquinas, postos de trabalho,
meios de transporte, pessoas que participam do processo e etc.;

• Entidades: são a parte circulante do modelo, que percorre a lógica estabelecida pelo
fluxograma interagindo com os recursos.

O template Basic Process reúne os elementos mais básicos para a construção dos
modelos com o ARENA®. Os principais elementos estão descritos a seguir:

Create

Este módulo de fluxograma serve para introduzir as entidades no modelo segundo


intervalos de tempo definidos, ao se clicar duas vezes sobre ele, é apresentada a seguinte
janela de opções:

Dispose

Este módulo de fluxograma tem função inversa à do módulo Create. Ele tem a função
de retirar as entidades do sistema. Um duplo clique sobre ele abre a seguinte janela de
opções:

Process

O módulo de fluxograma Process tem a função de representar qualquer ação dentro o


sistema que leve um tempo para ser cumprida. Também é capaz de representar a
ocupação de uma máquina ou operador (recurso). A janela de opções do módulo está
apresentada a seguir:
Entity Resource

Entity

O módulo de dados Entity reúne as definições e parâmetros referentes a todos os tipos


de entidades usados pelo modelo. A entrada de dados é realizada através da área de
planilha ou de uma caixa de diálogo. Para abrir a caixa de diálogo para um módulo de
dados, clique com o botão direito sobre a planilha e escolha a opção “Edit via Dialog”.
As opções de entrada para caixa de diálogo de Entity estão explicadas abaixo:

Resource
O módulo de dados Resource relaciona todos os recursos usados no modelo. Por
recurso, entende-se uma estrutura que será usada pela entidade, a qual irá despender
uma certa quantidade de tempo neste processo. Um recurso, então poderia ser uma
maquina onde a peça sofre um processo, um caixa bancário que atende a um cliente ou
uma mesa de cirurgia por onde passa o paciente, Do mesmo modo que o módulo Entity,
seus dados podem ser editados pela planilha ou pela caixa de diálogo. As opções de
entrada para a caixa de dialogo de Resource estão explicadas abaixo:

Os estudos de simulação geralmente são feitos em um período limitado de tempo ou um


conjunto de períodos idênticos. No ARENA® isto pode ser configurado na janela
“Replication Parameters”, acessada através do menu RUN, opção SETUP, e clicando na
aba correspondente:
No ARENA®, os intervalos de tempo simulados são chamados replicações, por
exemplo: uma simulação que objetiva coletar estatísticas diárias de um processo durante
uma semana, deve ser configurado para rodar 7 replicações de um dia cada uma.

) e outros. O usuário também tem a possibilidade de criar suas próprias


bilidade, etc
coleta

Ao rodar a simulação, o ARENA® coleta estatísticas padrão sobre os vários elementos


do modelo, como filas (tempo de espera na fila, quantidade na fila, etc), recursos
(utilização, disponide dados.

Os dados coletados constituem um relatório ao término da simulação. Na caixa de


diálogo abaixo, também apresentada através do menu RUN, opção SETUP, mas na abra
“Project Parameters”, podem ser escolhidas as estatísticas a serem coletadas:

Terminada a simulação, o ARENA® monta automaticamente vários relatórios, cada um


detalhando um aspecto de modelo, e também um relatório geral, que resume o conteúdo
de todos os outros. A janela apresentada é a seguinte:
O ARENA® sempre gera um relatório chamado “Category overview”, que contém um
resumo dos outros, mais detalhados, os relatórios específicos de cada área são
precedidos pela palavra “Detail”. O relatório detalhado dos recursos, por exemplo, é
“Detail”. O relatório detalhado dos recursos, por exemplo, é “Detail on Resource”.

Em uma empresa fabricante de autopeças deve ser feito estudo sobre o projeto de uma
nova célula produtiva.

Essa célula irá possuir 3 postos de trabalho. O primeiro posto é composto por um Torno,
cujo tempo e processo segue uma NORM (3,1) minutos. O segundo tem uma furadeira
manual, com tempo de processo de TRIA (2, 3, 4.5) minutos, e o último tem uma
retífica, com tempo de processo de NORM (3.5, 1.5) minutos.

A furadeira manual necessita de um operador para funcionar.

A chegada de peças acontece a cada EXPO (3.5) minutos no Torno. Simule durante 50
horas e descubra:

• Qual é a utilização das máquinas? • Qual é o tamanho médio das filas de cada
máquina?

• Com base nas informações anteriores, qual será o provável gargalo da célula?

LÓGICA DO EXEMPLO Capítulo 2 Exemplo – Fábrica de autopeças


Chegada das peças: Create Processo do Torno: Process

Processo da Furadeira: Process


31 Processo da Retifica: Process

Término do Fluxograma – Fim do Processo: Dispose Configurações do Setup:


Terminamos a simulação, o ARENA® monta automaticamente vários relatórios, cada
um detalhando um aspecto do modelo, e também um relatório geral, que resume o
conteúdo de todos os outros. A janela apresentada é a seguinte:

O ARENA® sempre gera um relatório chamado “Category overview”:


Interpretando os resultados: 1. Cabeçalho

Contém informações básicas como: nome do projeto, nome do relatório, data, hora,
quantidade de replicações e unidade de tempo usada no relatório.

2. Relatório QUEUE (Filas)

a. Seção TIME (tempo)

Contém informações de TEMPO relacionadas às FILAS.

i. Subseção WAITING-TIME (tempo de espera) Informa o tempo de espera das


entidades que permaneceram em fila. Essa informação, assim como outras do relatório,
é constituída dos seguintes dados:

AVERAGE: é o valor médio de todas as ocorrências medidas.


HALF WIDTH: é a meia largura do intervalo de confiança. Esta informação pode ser
usada para avaliar estatisticamente a aderência do modelo ao sistema real, ou a
confiabilidade do resultado. Se foi executada apenas uma replicação, este campo
aparece com o texto “insufficient”, indicando que não houveram dados suficientes para
o seu cálculo.

MAXIMUM VALUE: É o valor da maior ocorrência medida, entre todas as medições


efetuadas.

MINIMUM VALUE: É o valor da menor ocorrência medida, entre todas as medições


efetuadas.

b. Seção OTHER (outros) Contém outras informações relacionadas às FILAS.

i. Subseção NUMBER WAITING (número em espera)

Informa a quantidade de entidades que permaneceram em espera na fila, ou seja, é o


tamanho da fila. As informações fornecidas são semelhantes às da seção anterior.

AVERAGE: é o tamanho médio da fila durante o tempo de simulação. HALF WIDTH:


é a meia largura do intervalo de confiança.

MAXIMUM VALUE: É o tamanho da maior fila observada, entre todas as medições


efetuadas.

MINIMUM VALUE: É o tamanho da menor fila observada, entre todas as medições


efetuadas.

3. Relatório RESOURCE (Recursos) a. Seção USAGE (Uso) Contém informações de


utilização dos RECURSOS.

i. Subseção INSTANTANEOUS UTILIZATION (Utilização instantânea)

Informa a utilização instantânea do recurso, ou seja, a sua utilização registrada durante


todo o período de medição. Isto inclui mesmo os momentos em que o recurso não está
disponível no sistema.
AVERAGE: é a utilização intantânea média durante o tempo da simulação.

HALF WIDTH: é a meia largura do intervalo de confiança.

MAXIMUM VALUE: É a maior utilização observada, entre todas as medições


efetuadas.

MINIMUM VALUE: É a menor utilização observada, entre todas as medições


efetuadas.

b. Subseção NUMBER BUSY (Quantidade ocupada)

Esta informa quantas unidades de cada recurso estiveram ocupadas durante o período da
simulação. Informação idêntica à fornecida pela expressão NR(Recurso).

AVERAGE: é a quantidade média de unidades ocupadas durante o tempo da simulação.

HALF WIDTH: é a meia largura do intervalo de confiança.

MAXIMUM VALUE: É a maior quantidade de recursos observada, entre todas as


medições efetuadas.

MINIMUM VALUE: É a maior quantidade de recursos observada, entre todas as


medições efetuadas.

c. Subseção NUMBER SCHEDULED (Capacidade)

Esta informa quantas unidades cada recurso possuía durante o período da simulação.
Informação idêntica à fornecida pela expressão MR(Recurso). Portanto, esta informação
é a capacidade do recurso.

AVERAGE: é a capacidade média do recurso durante o tempo da simulação.

HALF WIDTH: é a meia largura do intervalo de confiança. MAXIMUM VALUE: É a


maior capacidade do recurso observada.

MINIMUM VALUE: É a menor capacidade do recurso observada. d. Subseção


SCHEDULED UTILIZATION (Capacidade utilizada)
Esta seção informa a relação entre a capacidade que o recurso teve disponível pela
quantidade de unidades ocupadas, ou seja, é igual a NR(Recurso)/MR(Recurso).

AVERAGE: é a utilização média do recurso durante o tempo da simulação.

HALF WIDTH: é a meia largura do intervalo de confiança. MAXIMUM VALUE: É a


maior utilização do recurso observada.

MINIMUM VALUE: É a menor utilização do recurso observada.

Exercício 1) Problema da Metalúrgica

Em uma metalúrgica, há um setor da linha produtiva que deve ser analisado na busca
pelo gargalo. A linha é composta pelos processos abaixo, nesta seqüência:

• Tratamento térmico indutivo, com tempo de NORM (2,1) minutos por peça;

• Torno manual, com tempo de TRIA (0.5, 1, 1.5) minutos por peça. O torno manual
necessita de um operador para funcionar;

• Inspeção realizada pelo mesmo operador do torno, com tempo de NORM (3, 0.5)
minutos por peça:

• Retifica, com tempo de NORM (3.5, 0,5) minutos por peça.

A matéria prima chega em intervalos de tempo de EXPO (20) minutos, em lotes de 5.


Simule por 50 horas e identifique o gargalo da linha, analisando as utilizações de
recursos e estado das filas.

Exercício 2) “O Problema do Consultório Médico”

Em um consultório médico, chegam pacientes regularmente, e são atendidos por um


único médico. Sabendo que os pacientes chegam a cada 2 minutos a uma taxa constante,
e que o médico atende os pacientes em exatamente 5 minutos, realize os experimentos
para responder às perguntas abaixo: (Simule por 8 horas) a) Desenhe o fluxograma do
processo. b) Quantos médicos são necessários para que não ocorra utilização maior que
90%? c) Para essa quantidade de médicos, qual o tamanho médio da fila? d) Para essa
quantidade de médicos, quantos pacientes foram atendidos? e) Supondo que, ao invés de
constante, as chegadas e atendimentos sigam uma curva de
Poisson, quantos médicos seriam necessários para que não ocorra utilização maior que
90%? f) Para essa nova situação e quantidade de médicos, qual o tamanho médio da fila
e quantos pacientes foram atendidos?

Exercício 3) O Problema do Pedágio Seja o pedágio com os seguintes dados:

Veículos chegam ao pedágio com média de 30 segundos, de acordo com a distribuição


exponencial negativa EXPO(30). O atendimento também segue a distribuição
exponencial negativa com média de 20 segundos, EXPO(20). Simule esse sistema por
36.0 segundos.

a. Taxa de ocupação do porto; b. Tamanho médio da fila de navios; c. Tempo médio na


fila.

Exercício 4) O Problema do Porto

Navios chegam a um porto a intervalos de EXPO(8) horas e gastam TRIA(3, 5, 10)


horas para descarregar. Faça o diagrama de blocos e submeta-o ao ARENA. Simule
8.760 horas (1 ano). Determine os valores para:

a. Taxa de ocupação do porto; b. Tamanho médio da fila de navios; c. Tempo médio na


fila.

Exercício 5) Problema da fábrica de geladeiras

Em uma fábrica de geladeiras, na seção de colocação de motores, a chegada de uma


geladeira sem motor ocorre a intervalos de EXPO(50) minutos e gastam-se
TRIA(25,35,50) minutos para o serviço. Determine o tamanho médio da fila. Faça o
diagrama de blocos e submeta-o ao ARENA. Simule 480 minutos.

Exercício 6) Problema da fábrica de roupas

Suponha que uma fábrica de roupas deseja analisar seu processo de produção. Os dados
são os seguintes:

• Produção diária desejada: 40 unidades.

• Tempos de produção: o Corte: TRIA(8,10,12) minutos. o Costura: TRIA(18,2,28)


minutos. o Inspeção igual a 2 minutos.

• Índice de rejeição na inspeção de qualidade: 20%. Caso a peça seja reprovada na


inspeção, a mesma volta para o processo de costura.

Desejamos saber:

• O dimensionamento adequado (capacidade de atendimento em cada estação de


trabalho).

• O tempo médio de confecção de uma peça de roupa.


• A produção em 600 minutos (10 horas).

Decisões e Indicadores de Estado

O ARENA® conta com registradores internos que permitem consultar estatísticas ou


outras informações referentes à situação atual da simulação.

Estes registradores são úteis para apresentar as estatísticas durante a execução da


simulação, ou para tornar decisões dentro do próprio modelo, desta forma, o modelo
pode alterar seu comportamento dependo do estado do sistema.

Exemplo: Quando a fila de um recurso passa de um certo tamanho, a entidade é


direcionada para outro recuso ou outra parte da lógica.

Estes indicadores capacitam o usuário a elaborar modelos mais próximos da realidade,


fazendo com que decisões sejam tomadas pelo sistema de forma muito semelhante ao
processo original.

Na documentação do ARENA®, é fornecido o guia “Variable’s Guide”, que relaciona


todos estes indicadores. Ele pode ser consultado em Iniciar > Programas > Rockwell
Software > Arena® > Online Books.

Também é possível consultar estes indicadores pelo Help do Arena®, na seção


“Variables”. Dentre os indicadores disponíveis, os mais usados são os mostrados a
seguir:

Fila

NQ (Nome da Fila): Tamanho da Fila. Retorna a quantidade de entidades que se


encontram na fila no momento.

Recursos

MR (Nome do Recurso): Retorna o total de unidades deste recurso, ou seja, sua


capacidade de atendimento máxima. Cada unidade pode atender apenas uma entidade
por vez. Este valor pode se alterado pela lógica do modelo durante a simulação;

NR (Nome do Recurso): retorna o total de unidades OCUPADAS do recurso neste


momento;

Resultil (Nome do Recurso): Retorna a utilização atual do recurso (NR/MR), que é um


valor entre 0 e 1 (100%);

Tempo

Tnow: Retorna o momento atual da simulação. A unidade de tempo usada é aquela


configurada em RUN/SETUP/Replication Parameters, no campo “Base time units”.

Replicações
MREP: Retorna o número máximo de replicações. É o valor informado em
RUN/SETUP/Replication Parameters, no campo “Number of Replications”. Este valor
pode ser alterado pela lógica do modelo durante a simulação;

NREP: Retorna o número da replicação atual;

O ARENA® provê, ainda um assistente de expressão para auxiliar na consulta destes


registradores internos. Ele pode ser acionado clicando-se sobre qualquer campo
“Expression” com o botão direito do mouse.

No menu que foi ativado, escolher a opção “Build Expression...”. Clicando-se nesta
opção, é aberto o assistente, que possui o seguinte aspecto:

Este assistente é sensível ao contexto. Ou seja, as opções que serão disponibilizadas ao


usuário dependem dos módulos presentes no modelo.

Assim, se por exemplo não houver nenhuma fila no modelo, não serão disponibilizadas
expressões sobre filas.

Em problemas de modelagem inúmeras vezes as entidades que circulam no fluxograma


deparam com situações em que devem escolher um caminho entre outros à sua frente
para seguir:

• Um automóvel em uma praça de pedágio dirigi-se ao guichê e escolhe aquele cujo a


fila é menor.

• Em uma Central de Atendimento, um determinado percentual de chamadas segue para


um grupo específico de Atendentes.

Para solução destas situações o ARENA® conta com o módulo Decide, que veremos à
seguir: Decide

O módulo de fluxograma Decide representa uma ramificação no fluxo do processo. Ele


serve pra alterar o rumo das entidades baseado em uma condição do sistema ou de um
percentual probabilístico. Sua janela de opções é esta:
EXEMPLO DE APLICAÇÃO Na fábrica de autopeças do exemplo anterior, foram
implementadas algumas mudanças.

Agora, depois do Torno, foi incluído um posto de inspeção realizado por um novo
operador (não é o mesmo da furadeira). O tempo de processo da inspeção é de NORM
(2,1) minutos e são descartadas 10% das peças por problemas de qualidade.

Outra mudança é que as peças que saem da furadeira só devem ser levadas para a
retífica se a sua fila de peças em espera for menor que 6. Caso a fila esteja maior ou
igual a 6, as peças são desviadas para outra linha, de modo não interromper a produção.

Simule novamente durante 50 horas e descubra qual o efeito destas alterações nos
resultados do modelo.

LÓGICA DO EXEMPLO Capítulo 3 Exemplo – Fábrica de autopeças

Processo de Inspeção Manual: Process


A Peça passou pelo descarte? Decide

Saída de Peças descartadas: Dispose Fila na Retifica 1 é menor que 6? Decide


Desviadas para outra linha: Dispose

EXERCÍCIO 1

Em um centro de distribuição (CD), chegam caminhões carregados a cada EXPO (15)


minutos. Seu destino é sempre a baia de descarga, cujo tempo de processos é de NORM
(10,4) minutos.

Entretanto, caso a fila para entrar nesta baia esteja maior do que 3, o caminhão não entra
no CD. Ele vai para um posto de manutenção, onde é feita inspeção preventiva em
diversos itens conforme sua kilometragem.

Esta inspeção é feita por um mecânico em tempo de NORM (4,1) minutos. Após
inspecionado, o caminhão entra diretamente na fila da baia, independente do seu
tamanho.

Uma vez descarregados, 20% dos caminhões devem passar pela manutenção antes de ir
embora, para realizar pequenos procedimentos rotineiros, o tempo desta operação é de
NORM (5,2) minutos, e é realizada também pelo mecânico.

Simule por 50 horas e determine qual é o gargalo do processo.


EXERCÍCIO 2

O gerente do departamento de RH pretende testar a estratégia para o processo de seleção


de trainees deste ano através de um modelo de simulação. Os currículos serão recebidos
apenas via e-mail. Estima-se que estes cheguem em intervalos de 4 minutos seguindo
uma distribuição exponencial. Os e-mails são lidos inicialmente por uma secretária,
seguindo uma distribuição normal de média 3 minutos e desvio-padrão de 1. Ela separa
todos os currículos que não possuem os requisitos essenciais e os envia para o arquivo.
Os currículos que atendem aos requisitos são enviados para a área específica, também
via e-mail, que os avalia detalhadamente em um tempo de média 10 minutos com
desvio-padrão 2, segundo uma distribuição normal. Os currículos aprovados nesta fase
são enviados ao próprio gerente de RH, e os recusados vão para o arquivo. Sabe-se que
20% dos currículos recebidos não possuem os requisitos básicos e que 80% dos
currículos enviados para a área específica são recusados. Diante da urgência para a
contratação, o gerente de RH deseja saber se alguma etapa ficará sobrecarregada,
gerando atraso no processo. A simulação de um dia de trabalho (8 horas) será
considerada suficiente para análise.

a) Desenhe o fluxograma deste modelo no ARENA indicando seu tipo (Create, Assign,
Process, Dispose, etc) b) Qual a taxa de ocupação de cada funcionáio? c) Qual o
tamanho médio de cada fila? d) Qual o número de peças fabricadas com defeito? e)
Qual é o gargalo do sistema?

EXERCÍCIO 3

Suponha que uma confecção de roupas por encomenda deseja analisar seu processo de
produção. Os dados são os seguintes:

• Os pedidos chegam em intervalos de EXPO(12) minutos. São feitos os cortes em uma


estação de trabalho, daí as peças cortadas são enviadas para a costura, após a costura
passam por uma inspeção de qualidade, peças defeituosas são retornadas para a costura
para o retrabalho.

• Tempos de produção: o Corte: TRIA(8, 10, 12) minutos; o Costura: TRIA(18, 2, 28)
minutos; o Tempo de inspeção igual a 2 minutos.

Número de funcionários: o Corte: 1 funcionário. o Costura: 2 funcionários. o Inspeção:


1 funcionário

• Índice de rejeição na inspeção de qualidade: 20%. Deseja-se saber:

f) Desenhe o fluxograma deste modelo no ARENA indicando seu tipo (Create, Assign,
Process, Dispose, etc) g) Qual a taxa de ocupação de cada funcionário? h) Qual o
tamanho médio de cada fila? i) Qual o número de peças fabricadas com defeito? j) Qual
é o gargalo do sistema? Explique.

Agrupamento de Entidades

Em muitos processos existe a necessidade de se multiplicar as entidades (como uma


caixa que chega fechada, é aberta e fornece 10 peças que estavam em seu conteúdo), ou
agregar entidades (como um pallet no final de uma linha produtiva, que ao reunir 10
peças, é levado para o estoque). O ARENA® possui dois módulos para auxiliar neste
tipo de situação:

Batch

Este módulo de fluxograma serve para criar agrupamento de entidades. Quando


colocado no fluxo do processo, ele acumula entidades em uma fila até que chegue a
quantidade especificada.

Quando isso acontece, as entidades são retiradas da fila e agrupadas em uma única
entidade representativa (um lote), que segue em frente no fluxo do processo. O lote
formado pode ser temporário ou permanente.

• Se for permanente, as entidades que o compõem serão definitivamente retiradas do


modelo e apenas a entidade-lote continuará.

• Se for temporário, o lote pode ser desfeito posteriormente através do módulo Separate,
explicado a seguir:

Separate

Este módulo de fluxograma possui função inversa à do módulo Batch. O Separate serve
para desfazer os lotes temporários formados por Batch, mas também pode criar
duplicatas das entidades que passam por ele. As duplicatas mantém as mesmas
características da entidade original.
Novas mudanças foram realizadas na fábrica de Autopeças do exemplo anterior. Foi
incluído um Forno de tratamento térmico antes do Torno. Este forno trabalha com lotes
de 6 peças são colocadas no forno e sofrem juntas o tratamento, que dura um tempo de
NORM (16,4) minutos. Depois disso, elas saem juntas e entram na fila de espera do
Torno.

Além disso, foi incluído um pallet de peças refugadas, com capacidade para até 15
peças. Este pallet vai acumulando as peças defeituosas até ficar cheio, quando então é
retirado por uma empilhadeira em m processo que dura NORM (3,1) minutos.

Simule novamente durante 50 horas e descubra qual o efeito destas alterações nos
resultados do modelo.

LÓGICA DO EXEMPLO Capítulo 4 Exemplo – Fábrica de autopeças

Entrada de peças no sistema: Create

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