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MODELAGEM E

SIMULAÇÃO DE SISTEMAS
PRODUTIVOS

Data:09/12/2016
Profº. Esp. Maurício Lemos Cardoso
4. Por que Simular?
 As razões mais comuns para experimentar-se com modelos
simulados são as seguintes:
 Experimentar com o sistema real não é apropriado. Um caso típico é
o planejamento do atendimento de situações de emergência, um
desastre aéreo em um aeroporto, por exemplo. Toda a logística para
o acionamento e atuação de serviços prestados pela polícia, pelos
bombeiros, por ambulâncias, pela emergência hospitalar, etc., podem
ser modelados e tratados no computador. Não se pode provocar um
desastre deste tipo para testar planos de emergência.
4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Aeroportos e Portos:
Dimensionar o número de postos check-in
necessários ou, mesmo, um sistema completo de
transporte de bagagem;
Verificar se o número de equipamentos de

movimentação de materiais e homens é suficiente


para carregar e descarregar um determinado
número de navios em certo tempo estimado.
4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Bancos:
Verificar qual a melhor política de abertura e
fechamento de caixas, o número de caixas
automáticos necessários, estudar problemas de
layout, determinar o tempo máximo de espera em
fila, etc.
4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Cadeias Logísticas:
Determinar qual deve ser a melhor política de
estocagem, transporte e distribuição, desde a
origem das matérias-primas, passando pela
fabricação até o consumidor final.
4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Calls Centers ou Centrais de Atendimentos:
Determinar qual a melhor configuração de uma ilha
de atendimento, qual o número ideal de postos de
atendimento necessários em uma determinada
hora do dia para garantir um certo nível de serviço,
quais equipamentos de automação de call centers
devem ser utilizados etc.

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4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Escritórios:
Determinar qual o fluxo de processo em um

escritório, como por exemplo, em uma repartição


pública ou em um cartório.
Hospitais:
Estudar o comportamento de UTIs, o
dimensionamento de ambulâncias, teste de
políticas de transplantes de órgãos etc.
4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Parque de Diversões:
Verificar tempos de espera em atrações, na
distribuição física das atrações no parque etc.
Restaurantes e Cadeias de Fast-Food:
Verificar tempos de espera, utilização de mesas,

capacidade da cozinha etc.

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4. Por que Simular?
 Inúmeros são os sistemas aptos a modelagem e
simulação. Eis alguns exemplos:
Supermercados:
 Decidir qual a melhor política de abertura de caixas, a
relação entre caixas rápidos e normais, o tamanho
ideal do estacionamento etc.
5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Vantagens:
 Uma vez criado, um modelo pode ser utilizado inúmeras vezes
para avaliar projetos e políticas propostas;
 A metodologia de análise utilizada pela simulação permite a
avaliação de um sistema proposto, mesmo que os dados de
entrada estejam, ainda, na forma de “esquemas” ou rascunhos;
 A simulação é, geralmente, mais fácil de aplicar do que
métodos analíticos;

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5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Vantagens:
 Uma vez que os modelos de simulação podem ser quase tão
detalhados quanto os sistemas reais, novas políticas e
procedimentos operacionais, regras de decisão, fluxos de
informação etc., podem ser avaliados sem que o sistema real
seja perturbado;
 Hipóteses sobre como ou por que certos fenômenos
acontecem podem ser testadas para confirmação;

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5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Vantagens:
 O tempo pode ser controlado. Pode ser comprimido ou
expandido. Permitindo reproduzir os fenômenos de maneira
lenta ou acelerada, para que se possa melhor estudá-los;
 Pode-se compreender melhor quais variáveis são as mais
importantes em relação a performance e como as mesmas
interagem entre si e com os outros elementos do sistema;
5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Vantagens:
 A identificação de “gargalos”, preocupação maior no
gerenciamento operacional de inúmeros sistemas, tais como
fluxos de materiais, de informações e de produtos, pode ser
obtida de forma facilitada, principalmente com a ajuda visual;
 Um estudo de simulação costuma mostrar como realmente um
sistema opera, em oposição à maneira com que todos pensam
que ele opera;

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5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Vantagens:
 Novas situações sobre as quais se tenha pouco conhecimento e
experiência, podem ser tratadas, de tal forma que se possa ter,
teoricamente, alguma preparação diante de futuros eventos. A
simulação é uma ferramenta especial para explorar questões do
tipo: o que aconteceria se?

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5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Desvantagens:
 A construção de modelos requer treinamento especial. Envolve
arte e, portanto, o aprendizado se dá ao longo do tempo, com a
aquisição de experiência. Dois modelos de um sistema
construídos por dois indivíduos competentes terão
similaridades mas dificilmente serão iguais;

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5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Desvantagens:
 Os resultados da simulação são, muitas vezes, de difícil
interpretação. Uma vez que os modelos tentam capturar a
variabilidade do sistema, é comum que existam dificuldades em
determinar quando uma observação realizada durante uma
execução se deve a alguma relação significante no sistema ou a
processos aleatórios construídos e embutidos no modelo.

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5. Vantagens e Desvantagens da Simulação

 Desvantagens:
 A modelagem e a experimentação associadas a modelos de
simulação consomem muitos recursos, principalmente tempo.
A tentativa de simplificação na modelagem ou nos
experimentos objetivando economia de recursos costuma levar
a resultados insatisfatórios. Em muitos casos a aplicação de
métodos analíticos (como a teoria das filas, por exemplo) pode
trazer resultados menos ricos e mais econômicos.

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6. Passos na Formulação de um Estudo Envolvendo Modelagem e
Simulação

Figura 2 – Passos em um estudo envolvendo modelagem e


simulação.
Fonte: FILHO, 2008, p. 29.
6. Passos na Formulação de um Estudo Envolvendo Modelagem e
Simulação
Traçar um esboço do sistema, de forma gráfica (fluxograma, por exemplo) ou
a)algorítmica (pseudocódigo),
Quais são as relações definindo
e regras que conduzem componentes,
a dinâmica do sistema?descrevendo as variáveis
O uso de diagramas de fluxos ée
comum para facilitar
interações lógicasa compreensão destas inter-relações.
que constituem o sistema. É recomendado que o modelo inicie
b) Quais são as fontes dos dados necessários a alimentação do modelo?
de forma simplificada e vá crescendo até alcançar algo mais complexo,
c) Os dados já se encontram na forma desejada? O mais comum é os dados disponíveis encontrarem-se
decontemplando
maneira agregada todas asdesuas
(na forma peculiaridades
médias, e não
por exemplo), o que características. O ausuário
é interessante para simulação.deve
d)participar
E quanto aosintensamente
dados relativos adesta
custos eetapa.
finanças?Algumas
Incorporardas questões
elementos queemdevem
de custos um projetoser
torna sua utilização muito mais efetiva. Custos de espera, custos de utilização, custos de transporte etc.,
respondidas:
quando empregados, tornam os modelos mais envolventes e com maior credibilidade e valor.
Projetar um conjunto de experimentos que produza a informação desejada,
Todo estudo de simulação inicia com a formulação do problema. Os propósitos e
determinando como cada um dos testes deva ser realizado. O principal objetivo é
objetivos
Confirmar
Com omais do
que estudo
planejamento o sobre
modelodevem
do opera serdeclaramente
projeto acordo
pretende-secomdefinidos.
apela
terintenção Devem ser respondidas
do analista
a simulação.
certeza (sem
deEstimativas
que erros
se possuem
obter
Traçar informações
inferências com
os menos
resultados experimentações.
alcançados As principais questões são:as
para
questões
deQual
a) sintaxe
recursos
medidas adedo tipo:
edesempenho
lógica)
suficientes
estratégia deeno
queque osdiz
modelagem?
nos resultados
respeito
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a Contínua?
pessoal,
planejados sãosuporte,
Uma possuam
gerência,
combinação?
efetuadas. crédito e
hardware
As análises poderão e
a) Quais os principais fatores associados aos experimentos?
sejama) Por que realização
o problema
representativos doestá
dos sendo
resultados estudado?
do modelo aoreal. Nesta oetapa
software napara trabalho proposto. Além dedisso, seas principais
planejamento deve
b) Que
resultar quantidade
necessidade de detalhes
de um deve
maior ser incorporada modelo?
b) Em que níveis devem ser os número
fatores de execuções
variados (replicações)
forma que dopossa
modelo para
melhor
c) b)
Como
questões
incluir
que seumaQuaissão:
possa serão
o modelo
descrição as dos
alcançar respostas
reportará vários
a precisão que
os resultados? o estudo
cenários espera
Relatórios
quesobre
estatística serão alcançar?
pós-simulação?
resultados Animações
osinvestigados durante
e um cronograma
desejados. Algumas
avaliar
a execução? os critérios de desempenho?
c) Quais
temporal
questões quedas sãoatividades
devem osser
critérios para avaliação
que
apropriadamente da performance
serãorespondidas:
desenvolvidas, do sistema?
indicando os custos e
Macroc)
d) Que Qual
nível o
de
informações projeto
personalização
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fatos, de cenários mais adequado
esatisfazem
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e recursos de
deve respostas
ser
a)d)OQuais
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necessidades sistema
O são
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tipo
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aos recursosprerrogativas?
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que oue não-terminal?
anteriormenteestatísticas
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citados. do derivados
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desejadas?
implementado?
observações,
b) Quantas experiências
replicações pessoais
sãoenvolvendoou de arquivosdas
necessárias? históricos. Em geral, macro informações
e)b)
Figura 2Que
As restrições
informações
– Passos e limites
em um estudo geradas são
sãoesperados
modelagem e soluções obtidas?
confiáveis?
e) Que
servem
c) c) nível
Qual
simulação. para de
deve agregação
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os futuros
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o estadoa alimentação
de regime? de
f) Como A aplicação testes de consistência e outros confirma que o modelo está
E oos
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d)FILHO,
Fonte: dados serão
dop.sistema
período
2008, 29. de colocados Algumas
modelado.
warm-up? no modelo? Manualmente?
questões Leitura desão:
que se apresentam arquivos?
isento de erros de programação?
Profº. Esp. Adeíldo Telles Modelagem 19 e Simulação de
6. Erros mais Comuns na Abordagem via Simulação
 Pouco conhecimento ou pouca afinidade com ferramenta
utilizada:
 Treinamento na ferramenta computacional empregada;

 Correta aplicação da metodologia;

 Correto emprego de técnicas estatísticas associadas à

experimentação e interpretação dos resultados.


 Objetivos com pouca clareza ou definição:
 Objetivos vagos conduzem a resultados vagos;

 Rejeição à ferramenta;

 Resultados não desejados


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6. Erros mais Comuns na Abordagem via Simulação

 Construção de modelos muito detalhados:


 Inúmeros detalhes levam a modelos: de alto custo, com grande
consumo de tempo de desenvolvimento, sujeito a uma lenta
execução computacional, com menos precisão e com grande
dificuldade de verificação. Um maior nível de detalhes não
implica, necessariamente em maior precisão. O nível de detalhes
deve ser apenas suficiente para satisfazer os objetivos traçados.
 Realização de conclusões com base em uma única replicação.

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7. Conclusão
Neste módulo foram inicialmente apresentadas algumas definições
sobre o que vem a ser a modelagem e a simulação computacional de
sistemas. Na sequência tratou-se dos principais motivos que levam um
analista a optar por esta abordagem para o encaminhamento de
soluções a determinados problemas. Foram revistos alguns conceitos
sobre sistemas e modelos, quando observados sob o ponto de vista de
um especialista em simulação. Discutiram-se também, as vantagens e as
desvantagens do uso desta técnica. Para finalizar, apresentou-se uma
sequência de passos que devem ser percorridos em estudos envolvendo
simulação e os erros mais comuns cometidos quando de seu emprego.
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7. Referencias
• CHWIF, Leonardo; MEDINA, Afonso C. Modelagem e Simulação
de Eventos Discretos. 3ª ed. São Paulo: Bravarte, 2010.
• FILHO, Paulo José de Freitas. Introdução à Modelagem e
Simulação de Sistemas: com aplicação em Arena. 2ª ed.
Florianópolis: Visual Books, 2008.
• PORTUGAL, Licinio da Silva. Simulação de Tráfego: conceitos e
técnicas de modelagem. Rio de Janeiro: Interciência, 2005.
• STRACK, Jair. GPSS: modelagem e simulação de sistemas. Rio de
Janeiro: LCT, 1984.
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