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IASD – DSA – UNoB – AAmaR – Ministério Jovem

12ª Região de Desbravadores – Distrito de Itacoatiara


AR – 24 | Vida Silvestre

INTRODUÇÃO
Para quem gosta de trocar o conforto de casa pela aventura do contato com a Natureza, o mercado oferece 1001 tipos
diferentes de barracas. O comércio oferece desde barracas sobre rodas que imitam uma casa em quase tudo, até os
modelos importados, superpráticos, que ao serem jogados ao chão, se abrem automaticamente. Para escolher uma
barraca adequada, você deve levar em conta a utilização mais comum que ela deverá ter. Para o montanhismo, elas
costumam ser mais fechadas, portanto mais pesadas, pois terão que suportar temperaturas mais frias e ventos mais fortes.
Se o acampamento de costume é em bosques e em clima quente, a escolha deverá recair sobre uma barraca com muita
tela para proteger dos mosquitos e para permitir maior ventilação. Mas que tal providenciar?

PROVIDENCIANDO ABRIGOS

Utilize árvores caídas ou ocas com


refúgios para dormir;
Permaneça debaixo de galhos de
árvore densos para ter uma cobertura SE LIGA!
espessa; Apenas lembre-se de que em uma emergência, seu
objetivo não é o conforto, e sim o de passar a noite até
que você possa avaliar sua situação e construir um abrigo
apropriado. Também é importante ter cuidado quando
Entre em uma caverna ou debaixo de estiver lidando com cavernas. Fique perto da entrada da
uma saliência para se proteger do vento caverna para não se perder e esteja atento às outras
e da chuva; criaturas que também estão procurando abrigo como
Use pedras e troncos grandes para você.
quebrar o vento.

Imagine essa situação terrível: você se perdeu do seu grupo de trilha no final de uma tarde fria de outono e percebe que
ficou sozinho na floresta. E não tem nenhuma barraca ou saco de dormir e, enquanto isso, a noite vai caindo rapidamente
na floresta. Você grita e não ouve nada além do vento gelado. Você marca uma árvore, anda meio quilômetro e volta em
todas as direções. Não há ninguém por perto. Sente um arrepio e percebe que estará em sérios apuros caso não consiga
um abrigo para se proteger do frio da noite. O que acontecer nas próximas horas pode decidir se você sobreviverá ou não
àquela noite.
Ao escolher um lugar para construir seu abrigo, tente ficar próximo a uma fonte de água. Se possível, não durma
diretamente sobre o solo. Empilhar mato ou folhas de pinheiro podem ajudar bastante na retenção de calor corporal. Seu
abrigo deve ser ventilado, especialmente se você planeja ter uma fogueira dentro ou perto da entrada. Utilize rochas
grandes ou galhos de árvores para bloquear a porta. Isso previne que o calor saia e que os animais entrem.

ÁREAS ROCHOSAS/PÂNTANOS E FLORESTAS


O que você deve fazer é imitar o formato de uma barraca. Para um abrigo básico contra a luz, tudo o que precisa fazer é
distribuir o material de forma que você possa se abrigar dentro dele. Se tiver uma corda, você poderá amarrá-la entre
quatro árvores para formar uma cobertura. Você pode estilizar um abrigo ao colocar uma corda no centro do poncho entre
duas árvores, e então prender as laterais no solo com madeiras afiadas para criar um formato de A. Outro abrigo em forma
de telhado simples pode ser feito amarrando dois cantos opostos do poncho às árvores. A outra extremidade se inclina
diagonalmente no chão e pode ser segura com pedaços de madeira ou rochas pesadas.

ACAMPAMENTOS COM NEVE


Se você estiver em um local com bastante neve e com muitas árvores perenes ao redor, construa um abrigo de neve em
uma cavidade: 1 – procure uma árvore perene com galhos baixos; 2 – cave a neve na profundidade e diâmetros desejados:
quanto mais confortável, melhor; 3 – preencha bem o interior do poço de neve; 4 – use os galhos naturais acima e
acrescente galhos adicionais para a cobertura; 5 – use galhos como isolamento no solo interior. Em caminhadas em locais
sujeitos a neve, é necessário estar bem agasalhado, com meias, botas e luvas apropriadas para tal.

Autor: Líder Jefferson Ferro As informações prestadas aqui são sugestões!


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PÉ NA TRILHA
Áreas Rochosas – utilize calçado que tenha aderência, evitando escorregões. Utilize fendas de grandes rochas para se
proteger do frio. Se não houver, empilhe pedras grandes em círculo e feche a cobertura com uma lona ou trançando
galhos, formando um telhado e cobrindo com folhas.
Pântanos / Mangues – para caminhadas que incluem percursos que passaram por charcos, mangues e pântanos
certifique-se de que todo o conteúdo de sua mochila esteja bem vedada em sacos plásticos. Utilize sacos plásticos também
no pé, para proteger as meias de forma que as mesmas não se molharão. Utilizando duas madeiras retas 30cm e uma
outra 120cm maior que você, monte uma estrutura similar a uma ferragem de uma barraca canadense. Amarre mais duas
madeiras na parte de fora de cada “V” invertido, formando uma maca com um cobertor, calça e casaco ou até mesmo uma
lona de barraca. Cubra a estrutura com uma lona amarrando suas pontas em alguma árvore ou galho.
Florestas – munir-se de todos os utensílios necessários, tais como faca, facão, cantil, bússola e outros como uma lona.
Dar preferência para calças leves e soltas que permitam uma boa mobilidade; calçados leves e confortáveis. Utilizando
duas árvores, amarre uma corda e a estique-a entre elas; jogue a lona por cima e estique-a bem espequeando suas
pontas. Se não tiver lona, trance galhos e cubra com folhas.

O QUE FAZER QUANDO SE ESTÁ PERDIDO.


Todo Desbravador deve estar preparado para diversas situações, entre elas está a possibilidade de se perder na mata.
Ensinaremos agora procedimentos que poderão salvar sua vida.
Há uma sigla chamada PASOCOLA, que significa: Parar, Acalmar-se, Sentar, Orar, Comer, Orientar-se, Lembrar e Andar.
P = Parar: Não fique andando a esmo, isso vai piorar a situação;
A = Acalmar-se: Mantenha a calma, o nervosismo e o medo vão atrapalhar sua condição. Uma pessoa apavorada age
inconscientemente e vai cometer desatinos;
S = Sentar: Sente-se e descanse, ponha em ordem os pensamentos e ações;
O = Orar: Aproveite que você se sentou e busque a Deus em oração para que Ele lhe ajude a agir corretamente. Mantenha
a confiança NEle.
C = Comer: “Saco Vazio não para em pé, mas também saco cheio não sai do lugar”. Alimente-se, beba água, pois, o calor
da selva faz com que você perca muitos sais minerais através do suor e você precisa repor essa energia gasta, no entanto
não coma todos os alimentos que você dispuser de uma vez, procure alimentos em meio à natureza.
O = Orientar-se: Depois de acalmar-se, sentar-se, alimentar-se, procure observar seu trajeto lembrando os lugares por
onde você passou, e também de onde você veio e para onde ia.
L = Lembrar: depois de orientar-se, você vai lembrar-se de tudo o que se passou e vai conseguir voltar a trilha ou
reencontrar seu grupo ou acampamento.
A = Andar: Ande refazendo todo o percurso procurando chegar até o local de onde você saiu. (Dicas: 1 – Faça marcas
visíveis nas árvores ao sair de uma trilha conhecida; 2 – Se você executar o PASOCOLA, mas mesmo assim, você não
conseguiu voltar de onde tinha saído, construa um abrigo próximo a uma fonte d’água, faça uma fogueira, providencie
alimentos e aguarde as equipes de busca.
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ÁGUA
SE LIGA! – TRILHAS E CAMINHADAS NA MATA
1. Andar em silêncio, sem alaridos ou barulhos excessivos.
2. Não utilizar rádios com música enquanto caminha ou instrumentos de percussão e musicais.
3. Evitar conversas ao celular ou rádios.
4. Ao fazer caminhadas em grupos, além de caminharem em silêncio, andem em fila indiana, pois a mesma facilita ao
grupo que se esconda com rapidez e eficiência, devido a todos estarem ordenadamente um atrás do outro.
5. Procurar usar roupas em cores verdes ou marrons, que combinem com o ambiente natural da caminhada; Evitar
roupas de cores berrantes e que são muito chamativas. Prefira tons claros.
Para suas funções normais, você necessita de, no mínimo, dois litros de líquidos por dia (incluir sucos, água, leite,
alimentos). Em uma excursão pedestre mais longa e a bom passo, a cota deve ser aumentada para aproximadamente o
dobro. Por um curto período de tempo, seu corpo pode funcionar com menor quantidade, mas com risco de desidratação.
Por isso, dê muita atenção à reserva de água e proteja a fonte para consumo interno. Em caso de emergência, você pode
conseguir água em algum dos seguintes lugares:
Qualidade da Água
Esse é um fator essencial para o sucesso do acampamento ou Como encontrar Água!
excursão, pois a água contaminada pode causar enfermidades
digestivas ou intestinais. Além do desconforto natural, isso pode Recolhendo água da chuva e orvalho;
deixar a pessoa incapacitada e até colocar a vida em risco. As Onde a vegetação é mais viçosa;
melhores fontes de água estão nos riachos de águas correntes. Frutos e vegetais que conservam água, como:
Em primeiro lugar, lembre-se de que água transparente e límpida coco, o cacto, o bambu e as bromeliáceas;
não significa necessariamente água potável. Esteja atento aos Partes baixas do terreno;
seguintes sinais de poluição: pegadas de gado; temperatura Próximo a Buritizeiros e
morna; água parada, sem correnteza e sem plantas nas margens; Trilhas de animais.
cor e mau cheiro.
Como o “olhômetro” não é um método seguro de avaliar a qualidade da água, purifique-a sempre por um dos seguintes
métodos:
Fervura – Filtre a água em um tecido bem limpo para eliminar impurezas maiores, e em seguida ferva por, pelo menos,
cinco minutos. Depois, passe de uma vasilha para outra várias vezes, de certa altura, para voltar a oxigená-la.
Iodo – Use uma cápsula ou três gotas por litros de água. Misture bem e deixe repousar por 30 minutos antes de utilizá-la.
Cloro – Há várias concentrações. Use a seguinte dosagem: cloro a 1% (10 gotas por litros de água); de 4 e 6% (duas gotas
por litro); 7 a 10% (uma gota por litro). Misture bem e deixe em repouso por 30 minutos antes de usar. Se a água for
escura, duplique a dosagem e o tempo de espera. Existe cloro em pastilha e um anti sabor, que anula o gosto ruim do
cloro.
Filtro de Vela Comum – Abra o fundo de uma garrafa
de plástico descartável e introduza o filtro de vela na
boca da garrafa. Ou faça vários furos em um balde de
plástico grande, coloque as velas nos furos e recolha
a água em outro balde abaixo do primeiro.

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CONDICIONAMENTO FÍSICO
Toda excursão ou acampamento selvagem exige resistência física. Portanto antes de alguma dessas atividades você deve
estar bem preparado em todos os aspectos, sem nenhum obstáculo para fazê-la. Sua mente deve estar focada no desafio,
para tanto precisa estar descansada, sem sono. Também necessita fazer uso de uma alimentação rica e que sustente.
Você pode consumir os alimentos mais pesados no início de sua aventura, deixando os mais leves para serem carregados
na mochila quando você já estiver mais cansado. Os alimentos mais prático são as sopas de pacote que incluem
carboidratos, como o macarrão. Se você vai caminhar por longos percursos, não exagere nos enlatados, que podem pesar
muito. Lembre que você também terá que trazer o lixo produzido de volta, o que inclui as latas vazias e outras
embalagens. Não é agradável estar no meio da natureza e encontrar o lixo produzido pelos seres humanos. Quem usa a
natureza para se divertir e se aventurar deve ser o primeiro a protegê-la!
A higiene pessoal é fundamental para aumentar a autoestima do excursionista e o exercício físico serve para prepara o
corpo para as adversidades que você enfrentará.
Mantenha-se limpo
A limpeza do corpo é a primeira defesa contra as doenças provocadas por germes. 0 ideal é tomar um banho diário com
água quente e sabão. Se isto for impossível, mantenha as mãos tão limpas quanto possível, limpe as unhas e lave o rosto,
as axilas, as virilhas e os pés, pelo menos uma vez por dia.
Mantenha a roupa, especialmente a íntima e as meias, tão limpa e seca quanto possível. Se for impossível a lavagem da
roupa, sacuda-a e exponha-a ao sol e ao ar todos os dias.
Lave os dentes com regularidade. 0 sabão ou o sal de mesa e o bicarbonato de sódio são bons substitutos do creme
dental; um pequeno graveto verde, mastigado até ficar polpudo numa das extremidades, servirá como escova de dentes.
Outro método consiste em esfregar com um dedo limpo. Este método também permite massajar as gengivas. Depois de
comer, enxágue a boca com água potável, se houver.

MEDIDAS IMPOSSÍVEIS
Como saber a altura de uma árvore sem subir nela, e a largura de um rio sem passar para o outro lado?
• Árvores
Método da Caneta: Marque na árvore sua própria altura. Afaste-se dela alguns
passos. Pegue uma caneta ou uma varinha qualquer e coloque-a na posição
vertical em frente a você, em direção à árvore. Com o olho fechado, faça com
que o topo da varinha coincida com sua marca feita na árvore, e deslize o
polegar para baixo na varinha até que ele coincida com o pé da árvore. Este é o
seu padrão de medida. Veja quantas vezes ele pode ser “transferido” na árvore,
do pé até o topo. Multiplique esse número pela sua altura. O resultado é a altura
da árvore. Se não conhece sua altura, utilize uma vara com comprimento
conhecido para fazer a marca na árvore que você quer medir.
Método da Sombra: Meça o comprimento da sombra de uma vara ou estaca (CD). Então meça o comprimento da sombra
da árvore (AB). Divida AB por CD e multiplique o resultado pela altura da vara ou estaca para conseguir a altura da árvore.
Para utilizar esse método você precisa de um metro (ou trena, fita métrica, régua, etc).
• Largura de um rio
Método dos Passos: Escolha uma rocha, árvore ou
arbusto do outro lado do rio como ponto de referência (A).
Finque três estacas desse lado do rio nos pontos B, C, e D,
formando um ângulo reto (90º) com A e B, sendo que C e D
devem ter a metade da distância de B e C. Por exemplo:
caminhe 30 passos a partir da estaca B e coloque a estaca
C. Continue caminhando mais 15 passos em linha reta e
crave a estaca D. Caminhe para longe do rio em ângulo reto
(90º) com a linha B e D, olhando para o ponto A. Quando
você estiver alinhado com o ponto A e C, pare e coloque a
estaca E. Agora é só medir a distância D e E, e você terá a
metade da largura do rio. Multiplique por dois e pronto.
Pode-se usar uma trena.

Método de Napoleão: Esse é um método menos exato,


porém muito mais simples. Coloque-se em posição de sentido exatamente de frente para a outra margem do rio, tendo um
chapéu ou boné na cabeça. Olhe firmemente para a outra margem, movendo a cabeça lentamente para baixo ou para cima
até que a aba do chapéu ou boné pareça “tocar” a outra margem. Agora se vire para a direita, como se seguisse o
comando “direita volver”, para “transferir” para sua margem a distância encontrada. Mas atenção, para que a “transferência”

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seja exata, não mova a cabeça nem para baixo, nem para cima quando virar. Se fizer corretamente, a distância entre você
e o ponto onde a aba do chapéu ou boné pareça tocar o chão é a largura do rio.

PLANTAS SILVESTRES COMESTÍVEIS


Além do seu suprimento normal de comida, você deve levar rações de emergências. Em caso de necessidade, você deve
ser capaz de adquirir alimentos em meio à natureza.
Lembre-se: Alimentos que apresentam essas características não devem ser consumidos. CAL = Cabeludo, Amargo e
Leitoso. Existem exceções, como por exemplo, mamão, é leitoso, kiwi, é cabeludo.
Não coma nenhum alimento estranho sem antes prová-lo. Se for comido por pássaros ou macacos podemos comer
livremente.

Testando as plantas
Em uma emergência, você pode descartar muitas plantas nocivas com este teste simples.
 Abra a planta/fruto e cheire. Rejeite se tiver cheiro de pêssego ou amêndoa;
 Esfregue a amostra suavemente na pele do lado de dentro do cotovelo. Se a pele ficar irritada ou com erupção,
rejeite;
 Encoste a planta/fruto nos seus lábios, e então no canto da boca, cada um durante 05 (cinco) segundos;
 Faça cada teste por cinco segundos. Coloque um pedacinho da planta/fruto na ponta da língua e então sob a
língua. Se não sentir queimação ou adormecimento, engula-o e aguarde cinco horas. Se não ocorrer reações
adversas, a planta/fruto deve ser segura.
Na região amazônica podemos encontrar muitos alimentos de origem vegetal, algumas são de conhecimento do público em
geral.

Frutas Amazônicas
 Bacaba – fruta de uma palmeira, a polpa do fruto é utilizada no preparo do “vinho de bacaba”, floresce de junho a
agosto e seus frutos amadurecem entre dezembro e abril, no período mais chuvoso. Também se pode consumir o palmito.
 Pajurá – Seus frutos são grandes que exibem a casca frágil, parda e rugosa, a qual não muda de cor com a
maturação, quando maduros, os frutos caem e exalam um cheiro forte.
 Açaí – fruta de uma palmeira que produz um fruto de cor roxa, muito utilizado na confecção de alimentos e bebidas.
Floresce quase o ano inteiro, porém predominando de setembro a janeiro. A maturação de seus frutos verifica-se durante a
maior parte do ano, com maior intensidade nos meses de julho-dezembro. Também se pode consumir o palmito.
 Piquiá – fruto de árvore de grandes dimensões que cresce em terra firme. O fruto só pode ser consumido após o
cozimento. Piquiazeiro produz flores durante a estação da seca, de agosto até outubro, e frutos de fevereiro até abril.
 Pupunha – fruta de uma palmeira. Seu tronco contém espinhos. Produz frutos que são consumidos após cozimento.
A pupunheira floresce entre agosto e outubro e frutifica entre dezembro e março, raramente até abril. Também se pode
consumir o palmito.
 Patauá – é o fruto de uma palmeira. É usado na produção de bebida e óleo. A época de frutificação do patauazeiro é
mais intensa nos meses de dezembro a março, período das chuvas, mas também encontramos frutos de patauá nos me-
ses de julho a setembro.
 Tucumã – é o fruto de uma palmeira. Seu tronco contém espinhos. São frutos arredondados, que tem polpa fibrosa
na cor laranja. O tucumã floresce entre março e julho e frutifica na época chuvosa, ou seja, de janeiro a abril, quando ma -
duro, o fruto cai do cacho.
 Uxi ou Uixi – é uma espécie tipicamente silvestre da mata alta de terra firme. Pode ser comido cru. O uxizeiro flores-
ce entre outubro e novembro e os frutos caem entre fevereiro e maio.
 Buriti – é o fruto de uma palmeira de grande porte que nasce em área alagadiças. Seus frutos apresentam a casca
avermelhada quando maduro e sua polpa é amarelada. É usado na preparação de bebida “vinho”. Floresce de setembro a
dezembro e frutifica de janeiro a julho e, por vezes, a partir de novembro ou dezembro.
 Castanha – é o fruto da castanheira, uma árvore de grande porte que nasce em áreas altas de terra firme. Os frutos
se desenvolvem dentro de um “ouriço”, que em média, existem 16 castanhas. As flores aparecem de outubro a dezembro,
e os frutos amadurecem em 14 ou 15 meses, caindo de dezembro a fevereiro.

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PRIMEIROS– SOCORROS
Uma emergência médica pode ocorrer de repente, sem aviso, e em nenhum lugar isso se dá de forma mais devastadora do
que longe da civilização, onde auxílio profissional pode estar longe. Se você estiver se aventurando, sua meta deve ser a
autossuficiência. Por isso, carregue um estojo de primeiros socorros para cuidar de ferimentos menores. Mas em uma
emergência séria, como hipotermia ou queda grave que resulte em choque ou insuficiência respiratória, não existe
substituto para o conhecimento médico. Primeiros Socorros são uma habilidade prática. Sua confiança e eficácia serão
acentuadas por treinamento prático dado por especialistas. Segue a ocorrência e o primeiro socorro básico para os
seguintes casos mais comuns em acampamentos:
PICADA DE COBRAS: Deve-se tomar muito cuidado em
observar onde se pisa em uma trilha. Em caso de picada
HIPOTERMIA: É a queda perigosa de temperatura de cobra, limpe cuidadosamente para prevenir infecção no
corpórea (abaixo de 35 graus). Deve-se restabelecer a ferimento e lave com bastante água corrente e sabão.
temperatura normal o mais rápido possível. Troque as Mantenha a vítima calma, enfaixe o ferimento, mantendo
roupas molhadas e a mantenha a vítima aquecida. Se abaixo da altura do coração. Não tente chupar o veneno,
possível, dê algo quente para a vítima beber. não corte o ferimento e não aplique torniquete. Procure o
mais depressa possível um posto médico.
INSOLAÇÃO: É provocada pela
FERIDAS OU MACHUCADOS: com EXAUSTÃO: Provocada pela exposição prolongada aos raios
infecção provêm de cortes e exposição prolongada ao calor solares e se caracteriza por sede
escoriações. Deve-se lavar com água excessivo. O primeiro cuidado a ser intensa. Deve-se levar a pessoa para
corrente e sabão e fazer o curativo tomado é o resfriamento rápido do um local arejado (sombra), fazer
com pano limpo ou gases se tiver. Se corpo, com a remoção do indivíduo do hidratação via oral (soro, água,
houver infecção, tome algum ambiente quente para que possa sucos), e em caso de febre ou piora
antibiótico e aplique alguma pomada repousar em um local arejado e do quadro, encaminhar para um
anti-inflamatório. fresco. médico.
VÔMITOS: Podem ser provocados por azia, indigestão, gastrite, úlcera e intoxicação alimentar. Em situação de
sobrevivência, a intoxicação alimentar e o desarranjo intestinal devem ser considerados como causas prováveis dos
vômitos. Se suspeitar de intoxicação, beba grandes quantidades de água (água quente, se possível) e depois provoque
o vômito.
ENJÔO PROVOCADO POR ALTITUDE: Tontura e
desorientação provida pela baixa oxigenação do cérebro, DESIDRATAÇÃO: É a falta de água no organismo. Deve-
devido à altitude. Fora o enjoo, ocorre dores de cabeça, se beber muito líquido e repousar na sombra até o
tontura e inconsciência. Deite a vítima e faça com que ela desaparecimento do sintoma. É recomendado também o
repouse. Dê bastante água e se persistir os sintomas, uso do soro caseiro.
desça imediatamente para um lugar menos elevado.
CUIDE DOS PÉS: Para evitar lesões nos pés, devemos
ARBUSTOS VENENOSOS: Algumas plantas, como a mantê-los limpos e secos o máximo possível, usar pó
urtiga, provocam irritação quando em contato com a pele. antisséptico nos pés (se tiver) e massajar ou esfregar
Outras são venenosas para quem as ingere, provocando suavemente os pés. Também faz-se necessário o uso de
intoxicação. No primeiro caso, deve-se lavar com água meias limpas e secas. Sempre que possível lave bem suas
corrente o local e colocar a vítima em repouso a sombra, meias. Se aparecerem bolhas, proteja-as, evitando que
longe do sol. No segundo caso, enxágue a boca com água furem. Caso a bolha estiver em vias de rebentar, poderá
corrente abundante, faça ingerir água, leite, clara de ovo e furá-la perto da base com um alfinete ou agulha
examine a língua e a garganta para verificar a irritação esterilizada e pressione para sair o liquido. Se a bolha não
causada. Procure um médico e guarde a planta para estiver em risco de rebentar, não a fure. Proteja o local
identificação. para reduzir a pressão e o atrito. Pode usar um pedaço de
tecido esterilizado para almofadar.

DIARREIA: É a manifestação primária de uma doença intestinal. A diarreia pode tornar-se grave, até mesmo fatal. Se a
diarreia for acompanhada por febre, pus ou sangue pode significar uma infecção por bactérias ou parasitas, e nesse
caso, será muito mais grave. As infecções por bactérias e parasitas podem ser evitadas por uma boa higiene pessoal.
Em caso de vômitos ou de diarreia, descanse e suspenda a ingestão de alimentos sólidos até os sintomas abrandarem.
Ingira líquidos, em especial água potável, em pequenas quantidades e com frequência. Deve ser mantida a ingestão da
dose normal de sal. Os alimentos e a água ingeridos imediatamente antes dos vômitos e da diarreia devem ser
considerados a sua causa provável e devem ser evitados no futuro.

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KIT DE SOBREVIVÊNCIA
Como bons desbravadores, devemos estar preparados para qualquer eventualidade. Um kit de sobrevivência deve ser
levado toda vez que você for se aventurar. Eis as dicas para montar um bom kit.
1 – Escolha materiais de pequenas dimensões;
2 – Se possível acondicione os itens dentro de invólucros de remédios, do tipo Energil C, Redoxon e etc. Eles fecham
hermeticamente e são impermeáveis;
3 – Todos os itens devem ser acondicionados em um único recipiente que tenha tampa rosqueável ou que fecha a pressão.
Materiais básicos
01 Canivete multiúso, 01 lanterna pequena, pilhas reservas, 01 bússola pequena, 01 faca pequena com bainha, linhas de
pesca (várias bitolas), chumbada, encastoadores, anzóis, 01 serrote de arame, 01 lápis, 02 tubos de linha para costura,
botões, agulhas de costura, alfinetes para fralda, sal, 01 frasco com água sanitária, fósforos impermeabilizados, lixa da
caixa de fósforos, 01 isqueiro, 03 velas, 01 palha de lã de aço, papel higiênico, 01 ponta de zagaia, 01 rolo de barbante
resistente, 01 lente de aumento, 01 espelho pequeno, antibióticos e curativos (band-aid).

PEDINDO SOCORRO
Existem várias formas de se comunicar com resgate aéreo. Sinais de
fumaça, Heliógrafo, bastões de sinalização.
Internacionalmente, qualquer sequência de 3 sinais significa, emergência e
necessidade de socorro e/ou resgate.
Outros sinais são os códigos terra-ar e de sinais corporais.
É aconselhável que cada símbolo usado tenha um tamanho de 10 m de
comprimento por 3 m de largura e que tenham 3 m separando cada símbolo. Utilizam-se,
também, faixas de 3 a 4 m de comprimento por 30 cm de largura em tecido fosforescente,
para serem vistas a noite.

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MÉTODOS DE ORIENTAÇÃO

1. Sol – nasce aproximadamente no Leste (Este) e põe-se a Oeste, estendendo a mão esquerda para o nascente e a mão
direita para o poente, teremos o norte às costas e o sul a nossa frente.

2. Lua – tal como o sol, a Lua nasce a Leste, só que à hora a que nasce depende da sua
fase. A Fase da Lua depende da posição do sol. A parte da Lua que está iluminada indica a
direção onde se encontra o sol.

3. Estrelas – A constelação de Orion é apenas visível no Inverno.


Aparece no leste e a partir de Abril desaparece a Oeste, mas é muito
facilmente identificável. Também a constelação do Cruzeiro do Sul,
basta estender por 4,5 vezes a haste mais comprida da Cruz.

REFERÊNCIAS:

BOSWEEL, John. The U. S. Armed Forces Survival Manual, Trad. Loureiro Cadete, 1980.
UNGLAUB, Josiel. Oriente-se: O que fazer quando se está perdido.
www.ouronegro.cjb.net. Manual de Sobrevivência.

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