Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2, 2005 (39-96)
Elisabeth KUDIESS2
Universidade de Barcelona, Espanha
1
Este artigo refere-se à Tese de Doutorado defendida em Barcelona, Espanha,
em 02/05/2004, o qual recebeu o Prêmio Extraordinário de Doctorado de la
Universidad de Barcelona 2005 .
2
Doutora em Filosofia e Ciência da Educação pela Universidade de Barcelona.
AS CRENÇAS E OS SISTEMAS DE CRENÇAS
INTRODUÇÃO
3
Todas as traduções foram feitas pela autora do artigo.
4
Sobre as mudanças das crenças, ver Pajares (1992) e Nespor (1987).
5
Para mais informações sobre a centralidade das crenças, conexões e
subestruturas, ver Rokeach (1968) e Bingham et al. (1990).
6
Sobre este assunto ver Bennet, 1976, Burns, 1990, Clark & Peterson,
1986 e Nunan, 1990.
7
Mais referências sobre o assunto podem ser encontradas em Jeffries
(1985), Swan (1994), Chalker (1984) e Sharwood Smith (1981).
8
Para mais estudos sobre a influência da prática na aquisição da L2, ver
Seliger (1977), Day (1984), Ellis & Rathbone (1987).
9
Para mais estudos sobre os benefícios de “form focused instruction” para
a aquisição da L2, ver Genesee (1987), Swain & Lapkin (1982), Lightbown
& Spada (1997).
METODOLOGIA
Objetivo do estudo
Perguntas de investigação
Estrutura da pesquisa
Os professores
10
As escolas e os professores foram identificados por letras, preservando-
se o seu anonimato.
Coleta de dados
Fases da análise
ANÁLISE
11
Pseudônimos são usados para todos os professores.
170 D: =mas é.. eu vejo assim Explica como crê que o profes-
que os professores e:r fa- sor age: pelo seu feeling* mais
zem muito mais.. e:r não do que pelas pesquisas, de
tanto pela pesquisa, mas acordo com o que ele acha que
muito mais pelo seu feeling vai dar certo e não com o que
interior, do que.. ele acha provaram certos livros. Faz
que vai dar certo.. naquele oposição marcada entre a in-
momento, não do que o liv- tuição e os saberes teóricos.
ro tal.. provou até porque Demonstra total descrédito
ninguém conseguiu provar nas pesquisas*, porque care-
nada até hoje, né? nesta cem de comprovação científi-
12
As transcrições das entrevistas são feitas usando-se a linguagem coloquial
usada pelo professor.
RESULTADOS
Figura 4
13
Ver Celce-Murcia, Dorney & Thurrel (1997) sobre “turning poit” e a
nova tendência do ensino comunicativo.
14
Ver Marland (1995) que defende que o que fazem os professores não é
derivado do que lhes foi ensinado em programas de educação para o
professor, mas por estruturas internas de referência.
professor, como são apresentados e que uso ele faz deste co-
nhecimento. Devem tentar relacionar as crenças pessoais dos
professores com o conhecimento teórico transmitido, proporcio-
nando ao professor a oportunidade de dar sentido à teoria, fil-
trando-a através do conhecimento experiencial obtido como
professor e como aluno (Johnson, 1997).
Os programas de educação de professores de língua
estrangeira devem propiciar a reflexão e o auto-exame dos
futuros professores, acessando suas crenças e saberes sobre
o ensino e aprendizagem da língua, seja através de autobiogra-
fias (Bailey et al. 1996) ou da identificação de imagens de en-
sino (Clandinin, 1986), como um meio de construção de significa-
dos do ensino e da aprendizagem como alunos e professores.
Por último, que seja levado em consideração o peso que
a Faculdade (no caso o curso de Licenciatura em Letras) tem
como forte fator de formação das crenças dos professores de
língua estrangeira (especialmente para aqueles que estão na
Faculdade e na sala de aula ao mesmo tempo), bem como na
mudança das crenças destes professores.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
Press, 1994.
PAJARES, M.F. Teachers’ beliefs and educational research:
cleaning up a messy construct. Review of Educational Re-
search 62(3), p.307-332, 1992.
PALMER, P.J. The Courage to Teach. San Francisco:
Jossey-Bass, n.2, 1998.
PARIS, S.G., LIPSON, M. & WIXSON, K. Becoming a strate-
gic reader. Contemporary Educational Psychology n.8,
p.293-316, 1983.
PETERMAN, F.P. An experienced teacher’s emerging cons-
tructivist beliefs about teaching and learning. Paper presented
at the annual Meeting of the American Educational Research
Association, Chicago, 1991.
PICA, T. The selective impact of classroom instruction on se-
cond language acquisition. Applied Linguistics 6 (30), p.214-
22, 1985.
PICA, T. Questions from the language classroom: research
perspectives. TESOL Quarterly 28 (1), p.49-79, 1994.
PICA, T., YOUNG., & DOUGHTY, C. The impact of inter-
action on comprehension. TESOL Quarterly 21 (4), p.737-
58, 1987.
PIENEMANN, M. Learnability and syllabus construction. In:
HYLTENSTAM, K. and PIENEMANN, M. (Eds.). Modeling
and Assessing Second Language Acquisition. Clevedon,
Avon: Multilingual Matters, 1985.
PORTER, A.C. & FREEMAN, D.J. Professional orientations:
An essential domain for teacher testing. Journal of Negro
Education, n.55, p.284-298, 1986.