Você está na página 1de 4

Esquema de Estudo do repertório

1- Estudar a parte histórica do compositor

Oskar Rieding (1840-1916) foi um violinista , professor de música e compositor alemão . A maior
reivindicação de fama de Oskar Rieding reside na sua contribuição para a música húngara e, em
particular, para a vida musical de Budapeste. Frequentou primeiro a recém-fundada Academia
de Artes Musicais de Berlim e, mais tarde, o Conservatório de Leipzig. No final da década de
1860 mudou-se para Viena, mas em 1871 o maestro Hans Richter, então Diretor Musical da
National Opera House de Pest, nomeou Rieding concertmaster. Ele permaneceu lá por trinta e
dois anos, durante os quais compôs alguns concertos para violino e muitas peças para violino e
piano. Muitas dessas peças são apropriadas para alunos de violino de nível intermediário e ainda
são estudadas e executadas por alunos de violino hoje. Após sua aposentadoria em 1904, vive
em Celje, continuando suas atividades como professor, compositor e intérprete, até sua morte
em 1916.

Suas obras mais conhecidas incluem:

Concerto em si menor para violino e piano op. 35 (1909)

Concerto em Ré maior para violino e piano op. 25

Concertino em sol para violino e piano op. 24

Op de março dos ciganos. 23 No. 2, para violino e piano

Concertino em Lá Menor para Violino e Piano em estilo Húngaro Op. 21

Rondó

Os concertos e concertinos de Oskar Rieding, estes foram compostos com objetivo didático
bastante específico. Pois durante a análise percebe se que o compositor adapta as suas obras
pensando no nível técnico e musical a ser desenvolvido pelas crianças ou jovens para quem os
compôs. Além de serem melodicamente bonitos e de fácil memorização, também são ricos
ritmicamente e computam passagens que exploram o trabalho técnico dos alunos.
2- Estudar a partitura (análise): termos, expressões, partes, modulações, ritmos, técnicas
de arco e mão esquerda, etc.
• Concertino; Allegro moderato; Adagio; Allegro; solo; diminuendo; a tempo; ritardando;
• Tonalidade: 1º movto: Re maior, modula para la maior; volta para re maior e modula
para sol maior e encerra em re maior.
• Ritmo: destaque para a utilização das figuras pontuadas, colcheias e as semicolcheias e
tercinas.
• Técnicas de mão esquerda: mudança de posição até a 5ª posição, vibrato, agilidade,
cromatismo, movimentos escalares e arpejos, cordas duplas, extensão, intervalos de
oitavas.
• Técnicas de arco: Destaque para o legato, acentos (détaché acentuado), cordas duplas,
distribuição do arco (planejamento de arco), mudança de cordas, portato, détaché,
combinação détaché-legato.
• Dinâmicas: p, mf, f, ff. Crescendo e decrescendo.

3- Ouvir/assistir diariamente vídeos:

- https://www.youtube.com/watch?v=-iwkS_BRm0I&ab_channel=HenriVieuxtemps
- https://www.youtube.com/watch?v=I2TKfAjyOKA&ab_channel=ElisabethGlass-violin

4- Ler diversas vezes a peça integralmente para ter uma noção geral da música.
5- Apreender as notas, memorizar a peça - Pegar um compasso, mais a primeira nota do
compasso seguinte e estudar até memorizar: a) as notas (se possível cantar solfejando);
b) a afinação; c) o ritmo; d) os dedilhados; e) arcadas e golpes de arco; f) os problemas
técnicos instrumentais; g) a dinâmica, o fraseado e a sonoridade (sentindo a beleza e a
razão de tocar cada nota de uma determinada maneira).
Observações: Tocar cada compasso num andamento lento o suficiente para ter
condições de ter consciência de cada nota e cada movimento. Com a ajuda do
metrônomo aumentar gradativamente o andamento até que o compasso possa ser
tocado fluente e automaticamente. Estudar o compasso seguinte da mesma forma que
o anterior. Junte o compasso com o(s) anterior(es) para ter a visão contínua da obra. Se
a obra for longa, estude em partes antes de estudá-la integralmente. É muito
importante estudar em partes e devagar para depois acelerar o andamento mesmo que
as dificuldades já tenham sido superadas. O estudo em um andamento lento desenvolve
o lado técnico intelectual, evitando a utilização da intuição e da memória digital. O
estudo em andamento rápido desenvolve o reflexo, a intuição, a velocidade de
pensamento e a memória digital. Estude a afinação lentamente, para aprender as notas
corretamente.
6- Estudar na peça inteira um aspecto de cada vez. Ex: estudar mudança de posição na
peça inteira num dia. No outro o ritmo. No outro as dinâmicas, etc.
7- Momentos virtuosos: irá maximizar seu tempo organizando uma hora de praticar em
20 momentos virtuosos, cada um com duração de 3 minutos. Você vai precisar de um
cronômetro, um metrônomo e uma agenda. Divida o tempo e a peça em momentos
virtuosos. Determine uma prioridade a trabalhar hoje para cada peça, ex:. entonação,
mudança, dinâmica, etc. Defina o temporizador para o seu primeiro momento virtuoso
e começar a praticar. Não pare até que o temporizador dispare o alarme. Comente o
que você realizou e escrever as alterações para amanhã.

8- Buscar a realização musical, inspiração, expressão artística, ou seja, a interpretação. Um


método prático e poderoso é tocar a primeira e a segunda nota de uma frase, e então
observar a conexão das notas, do arco, a qualidade do som, a afinação, como fará a
mudança de direção do arco, o ponto de contato, o movimento dos dedos no arco e no
braço do violino, a mudança de posição, o vibrato, se está contínuo, e etc. Para isso é
preciso ter todo o conhecimento da técnica de mão esquerda e direita. Uma vez
analisado todos esses aspectos entre estas duas notas, passe a analisar da segunda para
a terceira nota e assim por diante. Sem dúvida tomará muito tempo, mas este processo
é extremamente produtivo, pois elevará de forma significativa o nível técnico,
violinistico e musical do instrumentista como nenhum outro.

Observação: ouvir atentamente nas gravações: a sonoridade, o timbre, as ideias musicais, o


vibrato, os ataques, a construção das frases, dinâmicas, etc.

Para realizar um estudo correto e eficaz do instrumento:

(1) Saiba exatamente o que você precisa praticar - e porquê

(2) Organize seu tempo de estudo para que se ajuste às circunstâncias

(3) A repetição é a mãe do conhecimento somente se a passagem é repetida corretamente


(4) Pratique tanto rapidamente como lentamente

(5) Dê a mesma atenção ao braço do arco: não pratique somente a mão esquerda

(6) Separe os problemas e resolva-os um por um

(7) Estude passagens difíceis no contexto [complemento à regra anterior

(8) Pratique a performance: não estude somente por estudar

(9) Pratique também sem o instrumento

(10) Não negligencie as partes “fáceis”: elas tendem a se vingar de você!

Para semana que vem eu quero que você estude:

1) Biografia do compositor
2) Termo/expressão tal
3) Análise da obra
4) Selecionar duas a três gravações
5) Ler 5 vezes a peça e circular os trechos mais difíceis
6) Estudar a primeira parte da peça pegando um compasso, mais a primeira nota do
compasso seguinte e estudar até memorizar
7) Afinação: processos – dividir por frases e em momentos virtuoses
8) Um aspecto em toda a peça: ritmo preciso no andamento lento (solfejar)

Você também pode gostar