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Arquivo Sviva
Tradução Revisada por Maria 01/11/23
Revisão do Português por MLúcia
02.11.2023
Revisto:
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Yehuda Leib Ha-Levi Ashlag (Baal HaSulam)/Shamati

Shamati 67
Afaste-se do Mal
Eu ouvi depois do feriado de Sucot (Festa dos Tabernáculos), em Jerusalém

05 de outubro de 1942.

Devemos ter cautela com “o afaste-se do mal”, para manter os quatro pactos:

1. O pacto dos olhos, que é a cautela de olhar para as mulheres. A proibição


não existe necessariamente, porque tal ato pode derivar em pensamento. A
prova disso é que a proibição também se aplica a um ancião de cem anos.
Em vez disso, a verdadeira razão é que ela se origina de uma raiz muito
elevada, se não formos cautelosos, podemos chegar a olhar diretamente
para a Sagrada Shechiná (Divindade).

2. O pacto da língua - ser vigilante com a verdade e a falsidade. Os escrutínios


que existem agora, após o pecado de Adam HaRishon, são exames do
verdadeiro e do falso. No entanto, antes do pecado da Árvore do
Conhecimento, as análises eram sobre o amargo e o doce. No entanto,
quando o escrutínio é sobre verdade e falsidade, é completamente diferente.
Às vezes, começa doce e termina amargo, o que significa que existe uma
realidade do amargo que não deixa de ser verdadeira.
Por essa razão, devemos ter cuidado ao mudar nossas palavras. Embora alguém
pense que está mentindo apenas para um amigo, devemos saber que o corpo é
como uma máquina: como está acostumado a andar, continua andando. Portanto,
quando ela está acostumada com a falsidade e o engano, é impossível que ela ande
por outro caminho, e isso obriga a pessoa a prosseguir com a falsidade e o engano
até quando estiver sozinha. Segue-se que uma pessoa deve enganar a si mesma
ao invés de dizer a verdade, porque ela não tem nenhuma preferência especial pela
verdade.

Podemos dizer que aquele que pensa que está enganando seu amigo está
realmente enganando o Criador, pois além do corpo do homem, existe apenas o
Criador. Isso porque é a essência da criação que o homem seja chamado de
“criatura” apenas com respeito a si mesmo. O Criador quer que o homem sinta que
ele é uma realidade separada dEle; mas, fora isso, é tudo “Toda a terra está cheia
da Sua glória”.

Portanto, se a pessoa mente para um amigo, ela está mentindo para o Criador; e
quando entristece um amigo, entristece o Criador. Por esta razão, se alguém está
acostumado a dizer a verdade, isso o ajudará no que diz respeito ao Criador. Ou
seja, se ele prometeu algo ao Criador, ele tentará cumprir sua promessa, pois não
está acostumado a mudar sua palavra, e com isso será recompensado com “O
Senhor é a sua sombra”. Se alguém mantém e faz o que diz, o Criador também
manterá em troca, “Bem-aventurado aquele que diz e faz”.

No pacto da língua, há uma indicação para não falar sobre tudo, pois, por meio das
palavras, revela-se o que está no seu coração, e os externos se apegam a isso. Isto
é assim, porque enquanto a pessoa não estiver perfeitamente purificada, quando se
revela algo de seu interior, a Sitra Achra (outro lado) tem poder de zombar e caluniar
do seu trabalho. Ele diz: “Que tipo de trabalho está realizando para o Superior, já
que toda a sua intenção neste trabalho é apenas em direção ao inferior?”
Isso responde a uma grande pergunta: é sabido que "uma Mitzvá induz uma
Mitzvá", então por que vemos frequentemente que a pessoa cai do trabalho? Como
dissemos acima, a Sitra Achra difama e calunia o trabalho de uma pessoa e, em
seguida, desce e leva sua alma. Ou seja, como a Sitra Achra já difamou acima e
disse que o trabalho não era puro, mas que a pessoa trabalha na forma de recepção
para si mesmo, ele desce e tira seu espírito de vida perguntando: “O que é esse
trabalho?” Consequentemente, mesmo quando alguém recebe alguma iluminação
do espírito de vida, ele a perde novamente.

O conselho para isso é caminhar com humildade, para que ele não conheça seu
trabalho, por meio de “Ele não revela do coração à boca”. Então a Sitra Achra,
também, não pode saber sobre o trabalho de uma pessoa, pois ele só entende o
que é revelado por palavra ou ação; isso é o que ele pode alcançar.

Deveríamos saber que a dor e o sofrimento vêm principalmente daqueles que


caluniam. Portanto, devemos ser tão cuidadosos quanto possível ao falar. Além
disso, devemos saber que os segredos do coração podem ser revelados mesmo
quando falamos de coisas triviais. Esse é o significado de: “Minha alma saiu quando
ele falou”. Este é o pacto da língua, com o qual devemos ter muito cuidado.

E a manutenção do pacto deve ser principalmente durante a subida, pois durante a


descida é difícil caminhar com cautela em níveis elevados .

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