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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Eng. Civil e Ambiental
Pós-Graduação em Geotecnia

Mapeamento Geotécnico em Áreas Urbanas

Disciplina: Cartografia Geotécnica

Newton Moreira de Souza, DSc.


Professor

Carlos Petrônio Leite da Silva


Eng. Civil

BRASÍLIA-DF
2006
Sumário

Revisão – Conceito Básico de Escala

Introdução

Nível de Tratamento de Informações


Quantidade de Amostras
Mapas Utilizados

Método de Zoneamento

Mapeamento Geotécnico – SIG 2D, 3D e 4D


Revisão - Conceito Básico de Escala

Distância no Mapa
E = ---------------------------
Distância no Terreno
Escala 1:2.500
1cm > 2.500 cm = 25m
Introdução

Objetivo:

Uso do Solo
e
Subsolo

Empresas
Poder Mercado
Seguradoras Instituições e
Público Imobiliário
Particulares
Introdução - SIG para Ambientes Urbanos

¾ CADASTROS TÉCNICOS, IMOBILIÁRIOS E DE LOGRADOUROS:


PLANTAS DE VALORES, FISCALIZAÇÃO, CÁLCULO DE IMPOSTO

¾ SAÚDE: CONDIÇÕES DE VIDA E CONTROLE DE ENDEMIAS

¾ PLANEJAMENTO URBANO: CENÁRIOS E LEIS DE USO

¾ TRANSPORTE, SANEAMENTO, COLETA DE LIXO E TELEFONIA:


INDICADORES DE DEMANDAS, ESTRUTURA DO SISTEMA E
ROTEAMENTO

¾ EDUCAÇÃO: CADASTRAMENTO, REDISTRIBUIÇÃO DE


ALUNOS

¾ PROJETOS HABITACIONAIS: VIABILIDADE

(Diniz, 2004)
Nível de Tratamento de Informações

Mapeamento urbano é geralmente feito com escalas médias, ou seja,


escala variando de 1/100.000 até 1/10.000, embora esta escala esteja
condicionada às condições de uso do solo, como uma possível atividade de
construção em terrenos com restrições diversas, ou locais com abundância de
informações, neste caso, a escala deve ser adequada para tais atividades,
podendo variar de 1/2.500 até 1/1.000, e mais severamente pode-se utilizar
escalas ainda maiores, na ordem de 1/500 ou até mesmo 1/100.
Quantidade de Amostras

Zuquette (1987)

Karacsonyi e Remenyi (1970)

Matula e Pasek (1984)


Mapas Utilizados
z Classes de Documentos Utilizados z c) Mapas auxiliares
(ZUQUETTE, 1987): z - Mapa de documentação
existente
z a) Mapas básicos fundamentais z - Mapa de documentação
z - Mapa topográfico produzida
z - Mapa geológico: substrato z d) Cartas Derivadas ou
rochoso Interpretativas
z - Materiais inconsolidados z - Carta de Fundação
z - Mapas de águas (superficiais e z - Carta de Escavabilidade
subterrâneas) z - Carta de Estabilidade de Taludes
z b) Mapas básicos opcionais z - Carta de Irrigação
z - Mapa pedológico z - Carta de Erodibilidade
z - Mapa geofísico z - Carta de Deposição de Rejeitos
z - Mapa geomorfológico Sépticos
z - Mapa climático z - Carta de Materiais de
z - Mapa de ocupação atual e Construção
prevista z - Carta de Restrições Ambientais
z - Carta de Orientação
z - Carta de Obras Viárias
z - Carta de Obras Enterradas
Principais Métodos de Zoneamento

Tchecoslováquia - Matula

Mathewson & Font


Sanejouand

PUCE - Pattern Unit Component Evaluation

IAEG - International Association of Engeneering Geology

DEARMAN & EYLES (1982) na Inglaterra;

IPT
Métodos de Zoneamento – Zonas Homólogas

1-Passo: Identificação de unidades

(a) Imagem LandSat-2003 (b) Classificação das unidades

Técnica de Classificação de imagens multifontes (radar, satélites, etc.) por


meio de Programas Computacionais – Análise Matricial.
Métodos de Zoneamento - Zonas Homólogas

1-Passo: Identificação de unidades do terreno

(a) Foto Aérea – Esc.: 1/60.000 (b) Classificação das Zonas Homólogas

Técnica de Classificação por meio de Foto-Interpretação


Métodos de Zoneamento – Zonas Homólogas

2-Passo: Caracterizar as unidades identificadas

1 - Declividade do terreno (em graus);


2 - Componentes do Terreno;
3 - Morfologia do Terreno;
ATRIBUTOS
4 - Vegetação;
5 - Condição de Declividade;
6 - Hidrologia.
Métodos de Zoneamento - Nomenclaturas

3-Passo: Nomenclaturas para o Mapa de Zoneamento


Tabela- Nomenclatura da PUCE
Topografia Solos dominantes Vegetação dominante

Declividade 1. Plano a ondulado ou superfícies inclinadas


lisas, normalmente com solo profundo
0. Afloramento rochoso,
pacote de solo raso e
0. Sem coberturas,
campo aberto,
1.1 Superfície plana cascalho ocasionalmente
1.2 Superfície suave ondulada (até 2º) árvores e arbustos
Código Descrição 1.3 Superfície moderadamente ondulada (até 5º) 1. Solos argilosos (Ug)
1.4 Superfície ondulada (até 10º) 1. Pastagem, ocasional-
A 0-5 Graus 1.5 Superfície inclinada (até 2º) 2. Solos argilosos (U ou G) mente com árvores ou
1.6 Superfície inclinada (> 2º) arbutos
B 5-15 Graus 1.7 Superfície inclinada ondulada 3. Solos argilosos (D)
C 15-30 Graus 1.8 Superfície fortemente ondulada (> 10º) 2. Caatinga, ocasional-
2. Superfícies erodidas onduladas a subhorizontais irregulares, 4. Solos siltosos mente com árvores
D 30-45 Graus normalmente com afloramento rochoso ou solo raso
2.1 Superfície plana 5. Areias sobre solos 3. Bosque aberto
E 45-60 Graus 2.2 Superfície erodida argilosos (G)
2.3 Superfície deposicional 4. Bosque
F > 60 Graus 2.4 Superfície erodida e fortemente ondulada 6. Areias sobre solos
Tabela- Declividade ( DEARMAN) 2.5 Superfície erodida ondulada argilosos (D) 5.Floresta aberta
2.6 Superfície dissecada moderadamente
2.7 Superfície erodida e moderadamente dissecada 7. Solos arenosos 6. Floresta fechada
2.8 Superfície fortemente dissecada
2.9 Superfície fortemente erodida e fortemente dissecada 8. Solos estratificados 7. Floresta tropical
3. Declives, incluindo escarpas, entre superfície
3.1 Declive íngreme liso 9. Solos Orgânicos 8. Pântano
3.2 Declive íngreme com rugosidade rochosa
3.3 Declive suave 9. Mangue
3.4 Declive suave dissecado (até 5º)
3.5 Declive dissecado (até 10º)
3.6 Declive deposicional
3.7 Declive íngreme deposicional (até 10º)
4. Colinas isoladas
4.1 Colina cônica
4.2 Colina arredondada
4.3 Colina complexa
4.4 Colina achatada
4.6 Colina arredondada pequena ou cone vulcânico
4.7 Chaminé vulcânico pequeno
4.8 Colina arredondada alongada
4.9 Colina dissecada
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Suertegaray, et al – 2005)
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

Identificação de Feições de Drenagem (Soares & Fiori)


Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

Análise e descrição
geométrica da vertente

Ruhe (1975) Gradiente


Perfil
Contorno

Outros: altitude, amplitude,


densidade de sulcos.
Métodos de Zoneamento – Feições de Relevo

(Huggett, 1975)
Métodos de Zoneamento – IPT

MAPAS BÁSICOS CADASTRO DE


TEMÁTICOS CAMPO E
ENSAIOS DE
LABORATÓRIO

UNIDADES DE
ANÁLISE

COMPARTIMENTAÇÃO
MAPA DE USO DO
GEOLÓGICO-
SOLO
GEOTÉCNICA
Roteiro metodológico para
elaboração de cartas geotécnicas para
planejamento adotado no IPT, modificado de
CERRI (1990).
CARTA GEOTÉCNICA

(Diniz, 2004)
Métodos de Zoneamento – Google Earth

Google Earth – Ferramenta de Análise


Mapeamento Geotécnico – SIG 2D, 3D e 4D

Figura 1 – Representação dos dados no SIG

Figura 2 –
Representação de
dados de subsolo Figura 3 – Representação de camadas do
interpolados em 3D subsolo em 3D
(Sprague et. al - 2006)
Mapeamento Geotécnico – Perfil de Solo

(The Geotecnical Society-1997)


Mapeamento Geotécnico – Perfil Proposto

PERFIL 1 – SILTE RASO

ARGILA SILTOSA VERMELHA


ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 0 METROS (NÃO EXISTENTE)
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 3,50 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 7,00 METROS

SILTE, POUCO COMPACTO À MUITO COMPACTO, VARIEGADO


ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 3,60 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 6,80 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 10,00 METROS

LIMITE DA SOND= 17,00m

LIMITE MÁXIMO DAS SONDAGENS = 17,00 METROS


Mapeamento Geotécnico – Perfil Proposto

PERFIL 2- ARGILA COM NIVEL D’ÁGUA PROFUNDO

ARGILA SILTOSA, MOLE À MÉDIA, VERMELHA


ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 3,00 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 6,00 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 9,00 METROS

SILTE, POUCO COMPACTO À MUITO COMPACTO, VARIEGADO


ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 3,60 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 6,30 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 9,00 METROS

LIMITE DA SOND= 18,00m

LIMITE MÁXIMO DAS SONDAGENS= 18,00 METROS


Mapeamento Geotécnico – Perfil Proposto

PERFIL 3- ATERRO COM NIVEL D’ÁGUA RASO

ATERRO (ARGILA+SILTE)
ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 2,50 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 3,70 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 4,90 METROS

ARGILA SILTOSA
ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 0 METROS (NÃO EXISTENTE)
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 1,22 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 2,45 METROS

SILTE, POUCO COMPACTO À MUITO COMPACTO, VARIEGADO


ESPESSURA DA CAMADA MINIMA: 3,45 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÉDIA: 4,92 METROS
ESPESSURA DA CAMADA MÁXIMA: 6,40 METROS
LIMITE DA SOND= 11,05m

LIMITE MÁXIMO DAS SONDAGENS = 11, 05 METROS


Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 2D

Mapa de Impenetrável – Local: Universidade de Brasília


Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 2D

Mapa de Profundidade do Nível D’água – Local: Universidade de Brasília


Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 4D

Mapa de NSPT (Ambiente SIG 4D) – Local: Universidade de Brasília - IB


Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 4D

Mapa de Impenetrável – NSPT acima de 35 golpes (Ambiente SIG 4D) – Local: Universidade de Brasília-IB
Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 4D
Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 4D
Topo

Nível
d’água

Impenetrável
Mapeamento Geotécnico – Ambiente SIG 4D
Variação dos valores
de NSPT

Impenetrável

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