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Vimos durante a aula que o sistema auditivo humano é extremamente

complexo, composto por partes pequenas e delicadas que exercem funções


especializadas e de altíssima importância. Apesar de ser um mecanismo
sofisticado e robusto, aprimorado por milhões de anos de evolução, ainda é
possível que indivíduos nasçam com desvios no seu funcionamento ou
adquiram durante a vida alguma perda, parcial ou total, da audição. Para uma
quantidade desses indivíduos, é possível restaurar as funções auditivas por
meio de um implante coclear.

O implante coclear é um dispositivo eletrônico de processamento digital


de sinais que tem como objetivo restaurar a audição de um paciente com
surdez parcial ou total. Isso pode ser feito pois esse equipamento é capaz de
mimetizar a função da cóclea, órgão da orelha interna responsável por
transformar as vibrações em sinais elétricos que excitam os nervos auditivos
que enviam sinais ao cérebro que nos permitem escutar. Isso é possível por
meio de eletrodos inseridos cirurgicamente na cóclea conectados a um
receptor localizado atrás da orelha, embaixo da pele. Além disso, há uma
antena e um imã para fixar a parte interna à externa e captar sinais elétricos
vindos da unidade externa, respectivamente. Há também a unidade externa,
composta por um microfone, uma antena transmissora e um processador de
fala. O microfone faz a captação de áudio e a transmissão ao processador de
fala, que analisa e filtra os sinais para serem codificados e transmitidos até a
antena transmissora. A partir daí, o sinal de radiofrequência é levado para a
unidade interna e transformado conforme relatado acima.

É importante citar que esse tipo de implante é indicado para pacientes


com deficiências no ouvido interno, mas não é útil para deficiências no nervo
auditivo, situação em que os sinais elétricos são gerados pela cóclea mas não
conseguem ser interpretados pelo cérebro como som.

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