FASUP – TURMA 18 – JOÃO PAULO RODRIGUES & LUCAS GABRYEL DE OLIVEIRA SILVA

NEUROFISIOLOGIA DA VISÃO

1) Dê a classificação do sistema nervoso sensorial.

O sistema nervoso sensorial pode ser classificado em somático e visceral. O sistema
nervoso somático está relacionado à percepção consciente dos estímulos sensoriais,
enquanto o sistema nervoso visceral regula as respostas automáticas do corpo a
estímulos internos.

2) Cite o caminho percorrido pelos sentidos desde a captação na periferia até o

processamento cerebral.
Os sentidos seguem um caminho desde a captação na periferia até o processamento
cerebral, passando por receptores sensoriais, nervos periféricos, medula espinhal e
tronco cerebral. Em seguida, as informações sensoriais são transmitidas para áreas
específicas do cérebro, como o córtex sensorial, onde ocorre o processamento e a
interpretação dos estímulos sensoriais.

3) Cite as funções do sistema nervoso sensorial.

As funções do sistema nervoso sensorial incluem a detecção e transmissão de
estímulos sensoriais do ambiente e do corpo, a interpretação desses estímulos para
gerar percepções conscientes, a regulação de respostas reflexas e a contribuição para o
equilíbrio e coordenação do organismo em resposta aos estímulos. Esse sistema
desempenha um papel crucial na nossa capacidade de interagir com o mundo ao nosso
redor.

4) O que são núcleos da base e quais funções desempenham?

Os núcleos da base são um conjunto de estruturas localizadas no cérebro, incluindo o
corpo estriado, o globo pálido, o núcleo subtalâmico e a substância negra. Essas
estruturas desempenham um papel crucial no controle motor, aprendizado, tomada de
decisões e funções cognitivas. Elas ajudam a modular a atividade cortical e estão
envolvidas na regulação da postura, movimento voluntário, coordenação motora e na
iniciação e inibição de ações. Disfunções nos núcleos da base podem contribuir para
distúrbios neurológicos, como a doença de Parkinson e a coreia de Huntington.

5) Cite as principais estruturas anatômicas oculares?

As principais estruturas anatômicas oculares incluem a córnea, a íris, a pupila, o
cristalino, a retina, o nervo óptico e a esclera. A córnea é a parte frontal transparente
do olho, enquanto a íris é a estrutura colorida que controla a quantidade de luz que
entra pela pupila. O cristalino ajuda a focar a luz na retina. A retina converte a luz em
sinais elétricos, transmitidos ao cérebro pelo nervo óptico. A esclera é a parte branca e
resistente do olho. Essas estruturas trabalham em conjunto para a formação de
imagens visuais.

6) O que é retina e quais camadas se compõe?

A retina é uma camada sensível à luz localizada na parte posterior do olho. Ela contém
células fotossensíveis que convertem a luz em sinais elétricos, enviados ao cérebro
para formar imagens visuais. A retina é composta por várias camadas, incluindo a
camada de células ganglionares, a camada de células bipolares, a camada de células
fotorreceptoras (cones e bastonetes), a camada nuclear externa, a camada plexiforme
externa, a camada nuclear interna, a camada plexiforme interna e a camada de células
de sustentação, como as células da glia. Essas camadas trabalham em conjunto para
processar informações visuais antes de serem transmitidas ao nervo óptico e enviadas
ao cérebro.

7) Cite a trajetória da luz pelas estruturas nervosas oculares até o processamento

cerebral?

A trajetória da luz pelas estruturas nervosas oculares até o processamento cerebral

envolve as seguintes etapas:

1. Córnea: A luz entra no olho pela córnea, onde sofre o primeiro

processo de refração.
2. Pupila e Íris: A luz passa pela pupila, cujo tamanho é controlado pela
íris para regular a quantidade de luz que atinge o interior do olho.
3. Cristalino: A luz passa pelo cristalino, que ajusta sua forma para focar a
imagem na retina.
4. Retina: A luz atinge a retina, onde células fotorreceptoras (cones e
bastonetes) convertem a luz em sinais elétricos.
5. Camadas Retinianas: Os sinais elétricos percorrem várias camadas
retinianas, incluindo as camadas de células ganglionares, bipolares e outras, realizando
processamentos específicos.
6. Nervo Óptico: Os sinais elétricos são transmitidos ao longo do nervo
óptico, que conecta a retina ao cérebro.
7. Trato Óptico: No cérebro, os sinais passam pelo trato óptico, onde uma
parte das fibras nervosas cruza para o lado oposto (decussação).
8. Corpo Geniculado Lateral: Os sinais chegam ao corpo geniculado lateral
do tálamo.
9. Córtex Visual: Finalmente, os sinais são enviados para o córtex visual,
onde ocorre o processamento visual consciente, permitindo-nos perceber e interpretar
as imagens visuais.

8) Como se organiza o córtex visual em partes?

O córtex visual é organizado em várias partes, cada uma desempenhando um papel

específico no processamento visual. As principais áreas incluem:

1. Área V1 (Córtex Visual Primário ou Estriado): Recebe informações

diretamente do nervo óptico e desempenha um papel fundamental na detecção de
características simples, como bordas e contrastes.
2. Áreas V2 e V3: Estas áreas continuam o processamento de informações
visuais básicas e começam a integrar características mais complexas.
3. Área V4: Envolvida na percepção de cores e na detecção de formas
mais complexas e padrões.
4. Área V5 (ou MT): Responsável pelo processamento de movimentos
visuais.
5. Área V6: Também envolvida no processamento de movimentos e
integração de informações visuais.
6. Córtex Occipitotemporal (área fusiforme): Importante para o
reconhecimento de faces e objetos.
7. Córtex Occipitoparietal: Desempenha um papel na integração de
informações visuais com outros sentidos e na orientação espacial.

9) Descreva o processo da fototransdução?

O processo de fototransdução ocorre nas células fotorreceptoras da retina (cones e
bastonetes) e é fundamental para converter a luz em sinais elétricos que podem ser
interpretados pelo cérebro. Aqui está um resumo simplificado do processo:

1. Absorção de Fótons: Quando a luz atinge a retina, os fotorreceptores

contêm pigmentos sensíveis à luz, como a rodopsina nos bastonetes. A absorção de
fótons pela rodopsina causa uma mudança conformacional nessa proteína.
2. Ativação do Fotopigmento: A absorção de luz ativa a rodopsina,
convertendo-a de uma forma chamada 11-cis-retinal para tudo-trans-retinal.
3. Ativação da Transducina: A rodopsina ativada atua como uma enzima,
catalisando a ativação da proteína G chamada transducina.
4. Ativação da Fosfodiesterase: A transducina ativa, por sua vez, ativa a
fosfodiesterase, uma enzima que quebra o cGMP (monofosfato de guanosina cíclico)
intracelular.
5. Redução de cGMP: A redução do cGMP leva ao fechamento dos canais
de íons de sódio na membrana celular dos fotorreceptores.
6. Hiperpolarização da Membrana: O fechamento dos canais de íons de
sódio resulta na hiperpolarização da membrana celular do fotorreceptor.
7. Inibição da Liberação de Neurotransmissores: A hiperpolarização
impede a liberação constante de neurotransmissores (geralmente glutamato),
alterando a sinalização para as células bipolares.
8. Sinal para Células Bipolares: A mudança na sinalização é transmitida
para células bipolares, que, por sua vez, transmitem o sinal para as células
ganglionares.
9. Envio do Sinal para o Cérebro: As células ganglionares geram potenciais
de ação que viajam ao longo do nervo óptico, transmitindo informações visuais ao
cérebro para processamento.

10) Cite 3 patologias relativas à acomodação visual.

1. **Presbiopia:** Esta é uma condição relacionada à idade em que a capacidade de

focar em objetos próximos diminui. Geralmente ocorre devido à perda de flexibilidade
do cristalino, dificultando a acomodação para a leitura ou outras atividades de perto.

2. **Espasmo de Acomodação (ou Síndrome de Espasmo de Acomodação):** É uma

condição em que os músculos ciliares responsáveis pela mudança na forma do
cristalino têm espasmos involuntários. Isso pode levar a dificuldades na focalização,
desconforto ocular e dores de cabeça.

3. **Miopia de Acomodação:** Refere-se a uma dificuldade em acomodar o olho para

focar em objetos distantes, mesmo quando a visão de perto é nítida. Essa condição
pode afetar a capacidade do olho de ajustar o foco entre diferentes distâncias.