Você está na página 1de 141

SEMANA 2 - ANATOMIA DOS NEURÔNIOS

Antes de iniciar nosso conteúdo propriamente dito, você sabia que as células-tronco do tubo
neural geram as duas principais classes de células que formam o sistema nervoso: neurônios
e glia? A maior parte da atividade mitótica no neuroepitélio ocorre na superfície ventricular.
E agora? Vamos começar pelos neurônios? Se você ainda não conhece bem suas principais
partes e funções, a hora é agora! Temos que conhecer à fundo o básico para compreender
com tranquilidade os conhecimentos mais avançados que estão por vir!
Os neurônios são células especializadas, excitáveis, que funcionam processando e
transmitindo informações através de impulsos elétricos e químicos. Caracteristicamente, uma
célula neuronal consiste em três componentes: (1) corpo celular ou soma, (2) dendritos, isto
é, extensões finas altamente ramificadas do corpo celular e (3) axônio, ou seja, uma extensão
do corpo celular que surge no local chamado de axônio hillock (ou cone de implantação) e que
se locomove a distâncias que podem chegar a 1 metro.
FONTE: LAROSA, Paulo Ricardo R. Anatomia humana: texto e atlas. São Paulo, SP: Guanabara
Koogan, 2016. Cap. 9 p 137.

Anatomia dos neurônios

Os neurônios são células especializadas, excitáveis, que funcionam processando e


transmitindo informações através de impulsos elétricos e químicos. Caracteristicamente,
uma célula neuronal consiste em três componentes: (1) corpo celular ou soma, (2)
dendritos, isto é, extensões finas altamente ramificadas do corpo celular e (3) axônio, ou
seja, uma extensão do corpo celular que surge no local chamado de axônio hillock (ou
cone de implantação) e que se locomove a distâncias que podem chegar a 1 metro.

Mas qual a diferença entre neurônios e nervos? Os nervos são agrupamentos de axônios
dos neurônios periféricos aferentes e eferentes + tecido conectivo. Eles formam fibras que
parecem cordas. Existem os nervos sensoriais que conduzem apenas sinais aferentes
e os nervos motores conduzem apenas sinais eferentes. Os nervos mistos conduzem
os sinais em ambas as direções.

Ah, e nesta aula inicial não poderíamos deixar de introduzir o tema bainha de
mielina. Você sabia que mielinização é o processo de adquirir um material isolante
especializado ao redor dos axônios, a bainha de mielina? O principal papel da
mielina é acelerar a condução nervosa. A mielina é elaborada a partir dos oligodendrócitos
adjacentes no SNC e células de Schwann no sistema nervoso
periférico. No evoluir da disciplina conversaremos melhor sobre isso!

FONTE: https://medsimples.com/o-que-e-esclerose-multipla/

O processo de mielinização não é um processo aleatório e segue uma ordem muito precisa.
O período geral para a mielinização é muito longo. Ele se estende entre a 14ª semana de
gestação e continua até passar os 30 anos de idade em algumas áreas. Os primeiros tratos a
se mielinizar são o fascículo longitudinal medial e as colunas dorsais da medula espinal.

A mielinização progride para envolver as estruturas do tronco encefálico e os


gânglios basais. Porém, o nervo e o trato ópticos só começam a adquirir mielina
próximo ao nascimento. Algumas estruturas não adquirem mielina até após o
nascimento (isto é, o corpo caloso) e algumas fibras de associação que unem os
lobos frontal e parietotemporal não alcançam a mielinização total até os 32 anos.
Bem, uma vez introduzido o tema, mãos à obra!
PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabia que em nosso sistema nervoso temos uma estrutura similar à uma fita isolante?

NEURÔNIOS
• Neurônios: células responsáveis por transmitir os impulsos nervosos.
• Cada neurônio possui:

1. um corpo celular (soma)


2. vários dendritos
3. um único axônio. (estrutura mais comprida). Ele termina o terminal axonal e ele pode
fazer sinapse no que está posterior a ele que pode ser uma fibra muscular ou um
neurônio. Esse é um neurônio clássico que é o neurônio motor, mas além dele temos
diferentes tipos de neurônios e um deles são os neurônios sensoriais que tem
estrutura diferente do outro.

Nervos: são agrupamentos de axônios longos dos neurônios periféricos aferentes e


eferentes + tecido conectivo.

• Formam fibras que parecem cordas.


1. Sensoriais: conduzem apenas sinais aferentes (sinais que vão ser levados ao sistema
nervoso central).
2. Motores: conduzem apenas sinais eferentes (efetivo, que vai fazer aquele trabalho,
mandar o sinal, por exemplo, para que aconteça uma contração muscular).
3. Mistos: conduzem em ambas as direções.

OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES

• Substância branca: é constituída principalmente por axônios mielinizados, contém poucos


corpos celulares. A bainha de mielina que cobre os axônios, algumas possuem substância
mais clara.
A sua cor pálida é devida às bainhas de mielina que envolvem os neurônios.

• Substância cinzenta: consiste em corpos dos neurônios, dendritos e axônios de células


nervosas não mielinizadas.

EXISTEM DIFERENÇAS ENTRE NÚCLEOS E GÂNGLIOS

Os dois são conjuntos de corpos celulares, mas tudo dentro do sistema nervoso central. Se
for um conjunto de corpos celulares vai se chamar núcleos, se esse conjunto de corpos
celulares estiver num sistema nervoso periférico passa a se chamar gânglio.

• Núcleos: conjuntos de corpos celulares no sistema nervoso central (SNC).


• Gânglios: conjuntos de corpos celulares no sistema nervoso periférico (SNP).
• Tratos: feixes de axônios que conectam diferentes regiões do SNC.
Ao mesmo tempo que os nervos são feixes de axônios no sistema periférico, os tratos são
feixes de axônios do sistema nervoso central.
Como funciona a estrutura do neurônio:

Chega um sinal de entrada, ele chega a partir dos dendritos, pode chegar direto no corpo
do neurônio, esse sinal vai ser processado no corpo celular, temos um núcleo que tem
DNA e várias estruturas e a partir do ponto de implantação eu tenho o sinal de saída, a
informação que foi processada vai caminhar através do axônio até chegar no terminal
pré sináptico, pode liberar neuro transmissor na fenda sináptica para se comunicar com
a próxima célula que pode ser um neurônio ou uma fibra muscular.

Muitos dos nossos neurônios tem essa estrutura chamada bainha de mielina (é um
invólucro, isolante) aqui não tem mudança elétrica e entre elas (esses gominhos) temos
o nódulo de Hanguier
Categorias funcionais de um neurônio (figura do slide)

Do ponto de vista funcional nossos neurônios são divididos em sensoriais (aferentes) os


motores (eferentes) e os neurônios que estão no sistema nervoso central que vão servir
para fazer essa integração entre as informações.

Categorias estruturais:

Temos o pseudounipolar que tem apenas um único processo chamado axônio e


durante o desenvolvimento o dendrito fundiu junto com o axônio, por isso tem esse
nome. Ele parece que tem só uma extremidade, mas é porque o dendrito se fundiu ao
axônio.

Quando eu falo em polar quer dizer polo. Quando eu falo em bipolar é um neurônio que
tem dois polos. Ele tem os dendritos e tem o axônio (dois polos), são os neurônios
clássicos motores que são bipolares.

o anaxônio que não tem axônio.

O multipolar que tem muitas ramificações, mas as extensões dele não são tão longas.
GRANDES FIBRAS NERVOSAS SÃO MIELINIZADAS E AS PEQUENAS SÃO
DESMIELINIZADAS

• O núcleo central da fibra é o axônio e a membrana do axônio é utilizada para conduzir o


potencial de ação, ou seja, os impulsos elétricos quando o nervo tem bainha de mielina, ele
acontece de forma saltatória, ele pula, porque a bainha de mielina vai isolar, então nessas
regiões que tem bainha de mielina ficam isoladas por isso os impulsos elétricos vão saltar. Ele
está passando dentro dos gominhos.

• Em volta dos grandes axônios, há uma espessa bainha de mielina.

Ex: axônios de alguns nociceptores (receptores de dor) que temos na superfície da nossa
pele.

As fibras podem ser classificadas como:

1. Fibras mielinizadas: velocidade alta da condução do potencial de ação nas fibras


nervosas (até 100 m/s em fibras grandes). Nódulos de Ranvier são as áreas não
isoladas.

OBS: Células de Schwann são isolantes.

2. Fibras desmielinizadas: velocidade lenta de 0,25 m/s.


• Nódulos de Ranvier: área não isolada onde os íons podem fluir com facilidade
entre o líquido extracelular e o interior do axônio.

• Assim, o impulso nervoso salta de um nodo para outro ao longo da fibra: “impulso
saltatório”. Vantagens: aumenta a velocidade de condução e conserva energia. Passa
de forma mais rápida.

Tem que ter esperança ativa. Aquela que é do verbo esperançar, não do verbo esperar.
SEMANA 2 - NEURÔNIOS - FUNÇÕES

Que tal entender melhor sobre o que cada parte dos nossos neurônios faz? Ele se divide em
3 partes principais cada uma com uma função diferente, bem como há diferentes tipos de
neurônios com diferentes funções!

FUNÇÕES

Você já parou para pensar como a informação de que você encostou


a mão em uma VASILHA QUENTE é transmitida

O QUE CADA PARTE DO NEURÔNIO FAZ?


OU CORPO CELULAR OU DENDRITOS FAZ?
Lembrando que o neurônio é a unidade funcional do SN - Sistema Nervoso (uma unidade
funcional é a menor estrutura que pode realizar as funções de um sistema). É a principal
célula do nosso sistema nervoso responsável por conduzir várias informações e ajudar a
regular todas as nossas funções corporais.

1. Corpo celular (soma celular): é semelhante a uma célula típica, com um núcleo e
as organelas necessárias para direcionar a atividade celular.

• Sua posição varia nos tipos de neurônios, mas, na maioria deles, o corpo celular é pequeno.
Apesar de termos um longo axônio o corpo celular em geral é pequeno.

• É essencial para o bem-estar da célula, pois ele contém um núcleo e o DNA que é o
molde para a síntese proteica do neurõnio.

Cone axônal

2- Dendritos: recebem sinais de entrada (informações provenientes de células


vizinhas). Permitem que um neurônio se comunique com muitos outros neurônios.

• No SNP (periférico): recebe a informação e a transfere p/ região integradora no neurônio.


• No SNC (central) : função mais complexa. Os espinhos dendríticos (situados nas
extremidades) podem enviar sinais de ida e volta para outros neurônios. É uma rede imensa
dentro do nosso cérebro.
• Alterações na morfologia dos espinhos dendríticos são associadas tanto a processos
de aprendizagem e memória quanto a várias patologias.

3. Axônios: São as estruturas que vão conduzir os sinais elétricos de saída do centro
integrador do neurônio para as células-alvo, localizadas no final do axônio.

• Cone axonal: região especializada do corpo celular que dá origem ao axônio.


• Terminal axonal: extremidade arredondada do axônio que contém vesículas que
armazenam as moléculas neurócrinas (ex: neurotransmissores).
• Em alguns neurônios do SNC, os sinais elétricos passam de um neurônio para o outro
através das junções comunicantes.
Como acontece a comunicação entre o corpo do neurônio e o terminal axonal?
Temos o transporte axonal rápido é como se fosse pequenos canais em que as
substâncias que são produzidas no corpo do neurônio, elas são transportadas
rapidamente lá para o terminal axonal.

As vesículas sinápticas enviam transmissores lá para botão sináptico porque na hora que
precisar passar o sinal, ser liberado esse neurotransmissor lá na pontinha, ele vai liberar
para que ele possa ser usado como um transmissor de informações.

Depois disso a vesícula sináptica é reciclada, acontece o transporte retrógrado rápido e


componentes velhos são digeridos lá pelos nossos lisossomos celulares.
NEURÔNIOS AFERENTES
• Também denominados neurônios sensoriais. Temos diversos tipos de neurônios
responsáveis por levar informações ao SNC (sistema nervoso central).
• Conduzem informações sobre temperatura, pressão, luz e outros estímulos dos receptores
sensoriais para o sistema nervoso central (SNC).
Eles vão captar as informações e a partir dessas informações elas vão ser enviadas ao meu
SNC para que lá aconteça a integração dessa informação e possa ter a resposta adequada a
cada situação. Exemplo: por que que eu sei que aquela vasilha está quente? Porque os
receptores conseguiram detectar essa informação e enviar e processada no meu córtex.
INTERNEURÔNIOS

• São os neurônios que ficam localizados apenas dentro do SNC (abreviação para
neurônios interconectores).
• Eles frequentemente possuem ramificação bastante complexa dos processos, o que
permite que esses interneurônios se comuniquem com muitos outros neurônios.

Temos mais ou menos 85 bilhões de neurônios. Imagine quantas informações podem ser
trocadas entre eles como tipos de sinápticas. Eles têm essa função de interligar as
informações dentro do SNC.

NEURÔNIOS EFERENTES (MOTORES SOMÁTICOS e AUTONÔMICOS)

São aqueles que fazem, vão mandar a ordem para o que deve ser feito. Podem ser tanto
somáticos quanto autônomos. Eles fazem o caminho inverso dos sensoriais. Eles vão
trazer a informação do sistema nervoso central para que o corpo reaja em diferentes
situações.

Exemplo: ao pegar a vasilha quente, os motores somáticos vão enviar essa informação
para as minhas fibras musculares.
Os sinais resultantes são empregados para gerar uma resposta apropriada.

• Controla uma variedade de atividades corporais, como a contração de músculos lisos


e a secreção das glândulas.
• A entrada sensorial pode ser armazenada sob a forma de memória (para respostas
motoras futuras).
SEMANA 2 – POTENCIAIS DE REPOUSO E POTENCIAIS DE AÇÃO

Você sabia que existem potenciais elétricos através das membranas de essencialmente todas as
células do corpo? Veja que interessante: os neurônios e as células musculares são “excitáveis”, isto é,
elas são capazes de autogerar impulsos elétricos em suas membranas. Uma diferença de concentração
de íons através de uma membrana pode produzir um potencial de membrana e a inversão das cargas
elétricas, um potencial de ação. Na figura abaixo por exemplo, você vai perceber que a partir do
momento que chega um estímulo forte no corpo (soma) do neurônio e este estímulo atinge a zona de
gatilho no axônio, as cargas elétricas de dentro e de fora da célula começam a se inverter (em amarelo)
e o sinal elétrico vai sendo transmitido até a próxima célula: que pode ser um outro neurônio ou
qualquer outro tipo de célula. É basicamente assim que o nosso corpo conversa!
Introdução aos potenciais de membrana e potenciais de ação

Você sabia que quando as nossas células estão em repouso geralmente o ambiente
interno é NEGATIVO e o externo é POSITIVO?
ESTRUTURA DA MEMBRANA PLASMÁTICA
• A célula e suas organelas são circundadas por membranas compostas por bicamada
lipídica e proteínas.

• Proteínas integrais: algumas proporcionam canais estruturais (poros) através dos quais as
substâncias hidrossolúveis, especialmente os íons, podem se difundir do LEC para o LIC e
vice versa; outras atuam como carreadoras para o transporte de substâncias.

INTRODUÇÃO
• Existem potenciais elétricos através das membranas de essencialmente todas as
células do corpo.

• Assim, o potencial de repouso é o potencial elétrico da célula em repouso.

• Os neurônios e as células musculares são “excitáveis”, isto é, elas são capazes de


autogerar impulsos elétricos em suas membranas.

• Uma diferença de concentração de íons através de uma membrana seletivamente


permeável pode produzir um potencial de membrana.

POTENCIAL DE REPOUSO
Quem são os responsáveis?
1. Potenciais de difusão.
2. Permeabilidade da membrana.
3. Bomba de sódio-potássio: manda uma carga positiva a mais para fora da célula (3
Na+ para fora e 2 K+ para dentro) o que deixa o interior mais negativo (-70 a -90 mV).
POTENCIAL DE AÇÃO
• Ocorre quando as cargas de dentro e de fora da membrana celular se invertem.

• Devido à alteração da permeabilidade da membrana: as proteínas sofrem uma


mudança na conformação que faz com que entre sódio na célula: consequentemente,
ocorre uma inversão das cargas elétricas.

• Assim: principal responsável por provocar a despolarização e depois a repolarização


nos neurônios por ex. são os canais de sódio e potássio regulados pela voltagem.

RESUMINDO

Estágio de repouso: esse é o potencial de repouso da membrana antes da ocorrência do


potencial de ação.

Estágio de despolarização: nesse momento, a membrana torna-se repentinamente


permeável aos íons sódio permitindo, dessa forma, a entrada maciça de íons sódio
positivamente carregados para o interior do axônio. Esse movimento dos íons sódio faz
com que o potencial de membrana aumente rapidamente na direção positiva.

Retorno ao estágio de repouso: restabelece o potencial de repouso negativo normal da


membrana. A bomba de Na+K+ é responsável por reestabelecer a normalidade.

Estágio de repolarização: em apenas 10 milésimos de segundo após a membrana


se tornar altamente permeável aos íons sódio, os canais de sódio dependentes de voltagem
começam a se fechar e os canais de potássio dependentes de voltagem começam a se abrir.

MAS, QUE DESENCADEIA ESTA MUDANÇA NO POTENCIAL ELÉTRICO?


1. Fatores físicos:
• Ex: apertar o dedo.

2. Fatores elétricos:
• Ex: abertura de canais iônicos dependentes de voltagem através dos neurônios.

3. Fatores químicos:
• Ex: neurotransmissores

O estímulo tem que ser suficiente para desencadear o potencial de ação, ou seja,
tem que atingir o limiar.
SEMANA 3 NEURÔNIOS – POTENCIAIS DE AÇÃO

Potenciais de ação
Quando um estímulo despolarizante (capaz de inverter as cargas elétricas) chega ao canal
iônico, as cargas começam a se inverter (de dentro do neurônio ficam mais positivas e de
fora mais negativas) e ocorre o que chamamos de DESPOLARIZAÇÃO!

Bem, mas do ponto de vista prático, o que o potencial de ação tem a ver com os neurônios?
A transmissão do processo de despolarização ao longo do neurônio é chamada de impulso
elétrico nervoso e é a passagem desse impulso que permite a troca de informações entre os
nossos neurônios.
Na VÍDEOAULA de hoje vamos falar tanto sobre potencial graduado (despolarizações fracas,
se limitam aos dendritos e ao corpo celular, percorrem distâncias curtas pois, perdem força à
medida que percorrem a célula) quanto sobre os potenciais de ação (grandes
despolarizações que percorrem longas distâncias por um neurônio sem perder força).
TEXTO:

Um POTENCIAL DE MEMBRANA DE REPOUSO acontece quando as cargas elétricas


de dentro da célula são mais negativas e de fora, mais positivas. Isso ocorre em condições
de equilíbrio quando não há fluxo líquido de íons através da membrana plasmática).

Na figura B (logo acima) observamos que quando o estímulo despolarizante chega ao


canal, as cargas começam a se inverter (de dentro ficam mais positivas e de fora mais
negativas) e ocorre o que chamamos de DESPOLARIZAÇÃO! Um POTENCIAL DE
AÇÃO possui três fases:

1. Despolarização (quando o potencial limiar abre canais voltaicos de sódio o que causa um
grande influxo de íons sódio para dentro das células tornando-a menos negativa- veja na
figura C logo abaixo),

2. Pico de ultrapassagem (fase de extrema positividade- figura D)

3- Repolarização (abertura dos canais voltaicos de potássio, o que causa um efluxo de


potássio, reduzindo a eletropositividade da célula).

Para fins didáticos, existem também outros estados do potencial de membrana


relacionados ao potencial de ação. O primeiro é a hipopolarização (que é o aumento inicial
do potencial de membrana até o valor do potencial limiar --> precede a despolarização) e o
segundo é a hiperpolarização (estado no qual o potencial de membrana é mais negativo do
que o potencial de repouso--> ele se segue à repolarização).

Bem, mas do ponto de vista prático, o que o potencial de ação tem a ver com os neurônios?
Veja como é a condução de potenciais de ação em um neurônio! Você já conhece a
imagem abaixo! Ela é bem didática para o entendimento acerca da condução do potencial
de ação no neurônio mielinizado (condução saltatória). Observe que há um salto visível
do potencial de ação quando ele passa de um nódulo para o outro. Mas por que professora?
Em cada nódulo de Ranvier (espaço entre as bainhas de mielina) há uma grande
concentração de canais de Na dependentes de voltagem, que se abrem com a
despolarização e permitem a entrada de sódio no axônio (ou seja, só há inversão das cargas
elétricas nos nódulos de Ranvier).
Isso reforça a despolarização de forma econômica (pouco gasto energético) e restabelece a
amplitude do potencial de ação.

Caso o neurônio não tenha bainha de mielina, o potencial elétrico também ocorrerá, mas
em uma velocidade bem menor (pois todo o axônio terá que despolarizar)!
Então, a transmissão do processo de despolarização ao longo do neurônio é chamada de
impulso elétrico nervoso.
PERGUNTINHA BÁSICA

Você sabia que os sinais que passam de um neurônio para o outro são considerados sinais
elétricos? Sabe por que isso acontece?

VIDEO

POTENCIAIS DE REPOUSO:

• Nós temos potenciais de repouso que quando a célula por dentro é mais negativa e
por fora é mais positiva.

POTENCIAIS GRADUADOS
É quando chega um estímulo e ele não é forte o suficiente e ele acaba ficando ali no corpo
celular, perdendo força enquanto caminha pelo corpo celular, pelos dendritos e ele não
consegue atingir as zonas de gatilho eficaz para desencadear um potencial de ação.

• São sinais de força variável que percorrem distâncias curtas e perdem força à medida
que percorrem a célula.

• Se um potencial graduado despolarizante é forte o suficiente quando atinge a zona


de gatilho de um neurônio, ele inicia um potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO

• Percorrem longas distâncias por um neurônio sem perder força.


• O estímulo despolarizante tem que ser forte o suficiente para atingir o limiar e
desencadear o potencial de ação.
• São grandes despolarizações muito breves desencadeadas por algum estímulo.

O QUE DESENCADEIA UM POTENCIAL DE AÇÃO?

1. Fatores físicos (mecânicos):


• Apertar o dedo por exemplo, pode abrir canais iônicos controlados mecanicamente
(ex: em neurônios sensoriais, como resposta a uma pressão ou estiramento).

2- Canais iônicos dependentes de voltagem: são importantes para a transmissão do


impulso elétrico através dos neurônios. São dependentes de mudanças elétricas,
respondem a mudanças no potencial de membrana da célula.

• Os canais de Na+ e K+ dependentes de voltagem possuem um importante papel na


inicialização e na condução dos sinais elétricos no axônio.
• Isso significa que os canais proteicos vão se abrir à partir de um sinal elétrico.
Exemplo: canal de Na+ dependente de voltagem:
Condução de potenciais de ação em um neurônio: durante a condução, a entrada constante
de Na+ ao longo do axônio enquanto os canais de sódio se abrem cria um sinal elétrico cuja
força permanece constante em relação à distância.

A transmissão do processo de despolarização ao longo do neurônio é chamada de impulso


elétrico nervoso.
Cada nódulo de Ranvier possui uma grande concentração de canais de Na+ dependentes
de voltagem, que se abrem com a despolarização e permitem a entrada de sódio no axônio.
Isso reforça a despolarização e restabelece a amplitude do potencial de ação.

CONDUÇÃO SALTATÓRIA: é o salto visível do potencial de ação que ocorre quando ele
passa de um nódulo para o outro.

Axônios de alguns nociceptores (receptores de dor) que temos na superfície da nossa pele
despolarizam todo o axônio.
MAS, O QUE MAIS DESENCADEIA UM POTENCIAL DE AÇÃO?

3. Canais iônicos dependentes de ligante: a maioria dos neurônios respondem a uma grande
variedade de ligantes, como neurotransmissores e neuromoduladores extracelulares ou
moléculas sinalizadoras intracelulares.

FATORES QUÍMICOS ALTERAM A ATIVIDADE ELÉTRICA

• Várias substâncias químicas alteram a condução do potencial de ação ao se ligarem aos


canais de Na+, K+ ou Ca2+ da membrana neuronal.

• Algumas neurotoxinas por exemplo se ligam e bloqueiam os canais de Na+.

• Se os canais de Na+ não estiverem funcionais, o sódio não consegue entrar na célula, a
despolarização que se inicia na zona de gatilho não pode ser restaurada e perde força à
medida que se move pelo axônio.

• Se for fraca, não libera neurotransmissores.


Anestésicos locais como a procaína (bloqueiam a sensibilidade) funcionam da mesma
maneira.
A taxa de disparo de um neurônio aumenta progressivamente, à medida que o potencial
da membrana aumenta acima do valor limiar.
SEMANA 3 NEURÔNIOS - SINAPSES

Sinapses
A sinapse é uma unidade de comunicação entre dois neurônios. Consiste em um
pequeno espaço chamado de fenda sináptica entre as membranas celulares pré e pós-
sináptica e pode conduzir sinais elétricos e químicos.
▪ Nas sinapses químicas, os neurotransmissores são liberados da membrana pré-
sináptica à chegada de um estímulo elétrico, atravessam a fenda sináptica e ativam
receptores na membrana pós-sináptica que finalmente gera ou inibe a passagem de um
sinal elétrico.
▪ Sinapses elétricas não utilizam neurotransmissores, mas permitem que o sinal elétrico
atravesse rapidamente das membranas pré para as pós-sinápticas através das gap
junctions.
A neurotransmissão pode ser bidirecional nas sinapses elétricas, ao passo que apenas a
transmissão unidirecional é possível nas sinapses químicas. Os diferentes tipos de
sinapses estão resumidos na figura abaixo

Observe que os nomes dados aos diferentes tipos de sinapses tem relação direta com as
estruturas envolvidas: assim, não decore! Entenda!
E não se esqueça: estes conceitos básicos são fundamentais para o bom entendimento
deste conteúdo:
• Sinapse: é a região onde o terminal axonal encontra a sua célula-alvo.
• Célula pré-sináptica: é o neurônio que transmite um sinal para a sinapse.
• Célula pós-sináptica: neurônio ou outra célula que recebe o sinal.
• Fenda sináptica:. espaço estreito entre duas células. É preenchida por uma matriz
extracelular com fibras que ancoram as células pré e pós-sinápticas no lugar.
• Neurotransmissores: são os mensageiros químicos do cérebro. São eles os responsáveis
por passar informações entre um neurônio e outro.
• Neuromoduladores: são substâncias que possuem a capacidade de prolongar ou
reduzir o efeito.

PERGUNTINHA BÁSICA
Você já ouviu falar que, assim como nós, os neurônios PASSAM INFORMAÇÕES uns para
os outros e também para células-alvo específicas?

VIDEO AULA

COMUNICAÇÃO CÉLULA A CÉLULA NO SISTEMA NERVOSO

• O fluxo de informação pelo sistema nervoso utilizando as sinalizações elétrica e química é


uma das áreas de pesquisa mais ativas da neurociência atualmente, uma vez que muitas
doenças devastadoras afetam esse processo.

A especificidade da comunicação neural depende:

• de moléculas sinalizadoras secretadas pelos neurônios (que são nossos


neurotransmissores, nossos neuromoduladores)
• de receptores nas células, é como se fosse a chave (moléculas sinalizadores) e a fechadura
(receptores nas células) - alvo para estas substâncias químicas e
• de conexões anatômicas entre os neurônios e seus alvos (sinapses).
CONCEITOS BÁSICOS

• Sinapse: é a região onde o terminal axonal encontra a sua célula-alvo. Não é só uma célula
que está depois do neurônio, pode ser um neurônio, pode ser fibra muscular, pode ser
várias outras estruturas, por isso chamamos de célula-alvo.
• Célula pré-sináptica: é o neurônio que transmite um sinal para a sinapse. É a célula que
está antes da sinapse, antes de acontecer essa comunicação entre o neurônio e a célula pré
sináptica.
• Célula pós-sináptica: neurônio ou outra célula que recebe o sinal.
• Fenda sináptica:. espaço estreito entre duas células. É preenchida por uma matriz
extracelular com fibras que ancoram as células pré e pós- sinápticas no lugar. Para que
estejam próximas umas das outras.
• Neurotransmissores: são os mensageiros químicos do cérebro (passam informações
entre um neurônio e outro. Eles saem do cérebro e passam informações entre um neurônio
e outro.
• Neuromoduladores: são substâncias que possuem a capacidade de prolongar ou
reduzir o efeito de um neurotransmissor. Eu preciso de regulação, nem tudo consigo fazer.
Se eu tivesse só neurotransmissor meus movimentos estariam descontrolados. Eles são
necessários para que meus movimentos sejam finos e precisos.

SINAPSES

• O axônio forma ramos em sua terminação que exibem pequenas regiões dilatadas
chamadas terminais sinápticos ou botões sinápticos (próximo a uma estrutura adjacente
pós-sináptica- um dendrito ou soma e separados pela fenda sináptica).

Os botões sinápticos contêm vesículas sinápticas cheias de neurotransmissores que se


ligam aos receptores do neurônio pós-sináptico e acabam por alterar a permeabilidade de
sua membrana.
TIPOS DE SINAPSES

• Sinapses químicas: representa a grande maioria das sinapses no corpo. Elas dependem
dos neurotransmissores e neuromoduladores.
• A célula pré-sináptica libera sinais químicos (neurotransmissores) que se difundem
através da fenda sináptica e se ligam a um receptor de membrana localizado na célula
pós-sináptica.

• Sinapses elétricas: elas são mais raras e estão presentes no SNC humano. A célula pré-
sináptica e a célula pós- sináptica estão conectadas através de junções comunicantes que
permitem que correntes elétricas fluam diretamente de uma célula à outra. É bidirecional e
mais rápida.
As sinapses também podem ser classificadas quanto às estruturas envolvidas:

CARACTERÍSTICAS DAS SINAPSES – interferem na forma como vão se comportar

• O pH do espaço extracelular sináptico influencia a excitabilidade neuronal.


• Ambiente ácido diminui a excitabilidade
• Ambiente alcalinoaumenta a atividade neuronal. Quanto mais ácido este pH estiver ali
menor vai ser a excitabilidade daquela região.
• Cafeína a excitabilidade de muitos neurônios.
• A diminuição da oferta de oxigênio reduz a atividade sináptica.
• A estricnina aumenta a atividade dos neurónios por meio da inibição de determinadas
populações de interneurônios inibidores.
SEMANA 3 NEURÔNIOS – MOLÉCULAS NEURÓCRINAS

Moléculas neurócrinas
Considerando a produção de neurotransmissores, sabe-se que a composição química
neurócrina é variada, e essas moléculas podem funcionar como:

• neurotransmissores,
• neuromoduladores ou;
• neuro-hormônios

Os neurotransmissores e os neuromoduladores atuam como sinais parácrinos, ou seja, as


suas células-alvo estão localizadas perto do neurônio que as secreta. Já os neuro-hormônios
são secretados no sangue e distribuídos pelo organismo.
No texto base Download texto base desta semana há uma tabela bem interessante.
Entretanto, não se preocupe em decorar o conteúdo dela: faça correlações! Na coluna VISÃO
CLÍNICA entenda o que acontece quando cada uma destas substâncias diminui ou aumenta.
Veja também quais as suas principais funções na coluna COMENTÁRIOS!
Vamos à nossa VÍDEO AULA? Nela falaremos sobre algumas moléculas neurócrinas, bem
como sobre alguns receptores importantes como os colinérgicos (receptores da acetilcolina)
e os adrenérgicos (receptores da noradrenalina).

PERGUNTINHA BÁSICA
Sabia que a DOPAMINA influencia as nossas emoções, aprendizado, humor e atenção?

VIDEO AULA

NEURÔNIOS SECRETAM SINAIS QUÍMICOS

• O número de moléculas identificadas como sinais neurócrinos é grande.


• A composição química neurócrina é variada, e essas moléculas podem funcionar como:

1 - neurotransmissores,
2 - neuromoduladores ou;
3 - neuro-hormônios.

• Os neurotransmissores e os neuromoduladores atuam como sinais parácrinos, com as


suas células-alvo localizadas perto do neurônio que as secreta.

• Neuro-hormônios são secretados no sangue e distribuídos pelo organismo.


MOLÉCULAS NEURÓCRINAS

• Todos os neurotransmissores, exceto o óxido nítrico, ligam-se a tipos específicos


de receptores. Lembrar da chave e da fechadura da aula passada: a chave (moléculas
sinalizadores) e a fechadura (receptores nas células).

• Cada tipo de receptor pode ter múltiplos subtipos, permitindo que um neurotransmissor
tenha efeitos diferentes em tecidos diferentes, ou seja, para uma mesma chave eu posso ter
diferentes fechaduras. Uma mesma chave pode abrir diferentes fechaduras e em cada lugar
ele vai ter uma ação, efeitos diferentes.

• Os neurônios do SNC liberam alguns polipeptídeos conhecidos pela sua atividade


hormonal, como os hormônios hipotalâmicos ocitocina e vasopressina.

• O SNP secreta apenas três substâncias neurócrinas importantes:

Os neurotransmissores:
1. acetilcolina e noradrenalina e o
2. neuro-hormônio adrenalina.

RECEPTORES NEURÓCRINOS

• Os receptores neurócrinos encontrados nas sinapses químicas podem ser divididos em:
1. Receptores de canal: são canais iônicos dependentes de ligante. Lembrar que o ligante é
um neurotransmissor, neuromodulador que vai fazer a mediação, vai contar informação de
um neurônio para outro ou outra célula. Medeiam a reposta rápida, alterando o fluxo de
íons através da membrana, por isso eles são chamados de receptores ionotrópicos.
Alguns são específicos para apenas um íon, como o Cl- (cloreto).

2-Receptores acoplados à proteína G (RPG): medeiam uma resposta mais lenta, pois é
necessária uma transdução do sinal mediada por um sistema de segundos mensageiros. Os
RPGs para os neuromoduladores são descritos como receptores metabotrópicos
(metabolismo). Alguns dos RPGs metabotrópicos regulam a abertura ou o fechamento de
canais iônicos, ou seja, quando os canais lá na membrana vão estar abertos ou quando
precisam ser fechados.

PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS NEURÓCRINAS

SÃO VÁRIAS MAS VAMOS VER AS MAIS FAMOSAS


ACETILCOLINA

• É considerada o principal neurotransmissor na junção neuromuscular.

• Quando a acetilcolina é liberada a partir das vesículas para a fenda sináptica, ela se liga
aos RECEPTORES COLINÉGICOS na membrana pós- sináptica onde é clivada e
rapidamente inativada.

A LIBERAÇÃO DA ACETILCOLINA DEPENDE DO CÁLCIO

Quando estimulados por um potencial de ação, os canais de cálcio dependentes de


voltagem na membrana pré-sináptica do botão sináptico são abertos e, em seguida, os íons
cálcio se movem para o terminal.
• Íons cálcio facilitam o movimento das vesículas sinápticas elas se fundem com a
membrana pré-sináptica e liberam o neurotransmissor na fenda sináptica.

• A quantidade de transmissor liberado depende da quantidade de cálcio no terminal.

RECEPTORES COLINÉRGICOS

• São receptores da acetilcolina e são subdivididos em muscarínicos e nicotínicos.

• Receptores muscarínicos:
• Utilizam proteínas G como mecanismo de sinalização;
• Estão presentes no SNC e em células-alvo da divisão autônoma do SNP.

• Receptores nicotínicos:
• São canais iônicos dependentes de ligantes encontrados nas sinapses entre os
neurônios pré e pós- ganglionares dos SNS (Sistema Nervoso Simpático) e SNP (Sistema
Nervoso Parasimpático), bem como na junção neuromusculardo músculo esquelético.
AMINAS

• Todos os neurotransmissores do tipo aminas são ativos no SNC.

• Serotonina é derivada do aminoácido triptofano.

• Histamina é sintetizada a partir da histidina, possuiu um papel nas respostas alérgicas,


além de atuar como um neurotransmissor.

• Dopamina, noradrenalina e adrenalina: derivadas do aminoácido tirosina e podem agir


como neuro- hormônios, ou seja, atuar em células distantes.

• A noradrenalina é o principal neurotransmissor da divisão simpática autônoma do SNP


(Sistema Nervoso Periférico).

• Dopamina: é um neurotransmissor que atua em diversas regiões do cérebro e sua ação


influencia muito nas nossas emoções, nosso aprendizado, humor, atenção e ajuda a
controlar o nosso sistema do humor.
Os receptores da adrenalina e noroadrenalina são os ADRENÉRGICOS.

RECEPTORES ADRENÉRGICOS

• São os receptores das aminas e são subdivididos em Alfa e Beta.


• Ambos usam proteínas G para sinalização.

• Estimulação dos receptores alfa: vasoconstrição, dilatação da íris e contração dos


esfíncteres intestinal e da bexiga.

• Estimulação dos receptores beta-1: provoca aumento da frequência cardíaca e da força


de contração.
• Estimulação dos receptores beta2: provoca vasodilatação do músculo esquelético,
broncodilatação (por isso asmáticos usam aerolim que vão atuar nesses receptores para
fazer a broncodilatação), relaxamento uterino e glicogenólise.
• Estimulação dos receptores beta3: induz a lipólise e a conversão de energia dos lipídios
em calor (termogênese).
AMINOÁCIDOS – outra classe de moléculas neurócrinas

• Glutamato: é o principal neurotransmissor excitatório do SNC.


• Aspartato: é um neurotransmissor excitatório apenas em algumas regiões do cérebro.
• Os neurotransmissores excitatórios despolarizam nas suas células-alvo, geralmente
abrindo canais iônicos que permitem a entrada de íons positivos na célula.
• Ácido gama-aminobutíruco (GABA): é o principal neurotransmissor inibidor no encéfalo.
• Os neurotransmissores inibidores hiperpolarizam as suas células-alvo, abrindo canais de
Cl- e permitindo a entrada de cloreto na célula.

PEPTÍDEOS

• O sistema nervoso secreta peptídeos que atuam como neurotransmissores e


neuromoduladores, além de funcionar como neuro-hormônios.

EXEMPLOS:

• Substância P: envolvida em algumas vias da dor, e


• Encefalina e endorfinas: peptídeos opioides que medeiam o alívio da dor, ou analgesia.
• Colecistocinina (CCK), a arginina vasopressina (AVP) e o peptídeo natriurético atrial
(ANP): agem tanto como neuro-hormônios quanto como neurotransmissores.

PURINAS E LIPÍDEOS

• Adenosina, a adenosina monofosfato (AMP) e a adenosina trifosfato (ATP):


podem atuar como neurotransmissores.

• Essas moléculas ligam-se a receptores purinérgicos no SNC (todas se ligam a receptores


acoplados à proteína G).

• Moléculas lipídicas neurócrinas: incluem vários eicosanoides, que são ligantes endógenos
para receptores canabinoides.

• Um dos seus ligantes externos, o THC, é proveniente da planta Cannabis sativa


(maconha).
SEMANA 4 – NEURÔNIOS : SÍNTESE E LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES

Síntese e liberação de neurotransmissores


Que tal aplicarmos o conhecimento adquirido até aqui em um exemplo bem prático de
como ocorre a integração do sistema nervoso com o sistema músculo esquelético?
Sabemos que os nossos movimentos podem ser tanto voluntários, quanto consequentes,
inclusive às nossa emoções, não é mesmo? Então, veja o que acontece quando os
neurotransmissores são liberados numa fenda sináptica da junção neuro muscular (ou seja,
onde o neurônio se encontra com o músculo):
TEXTO

Que tal aplicarmos o conhecimento adquirido até aqui com um exemplo bem prático de como
ocorre a integração do sistema nervoso com o sistema músculo esquelético?
Sabemos que os nossos movimentos podem ser tanto voluntários, quanto consequentes,
inclusive às nossa emoções, não é mesmo? Então, vamos entender alguns conceitos básicos:

1. Junção neuromuscular: é onde acontece a sinapse entre um neurônio motor somático e


uma fibra muscular esquelética. Nela, há a conversão de um sinal químico fornecido pela
acetilcolina liberada do neurônio motor em um sinal elétrico na fibra muscular.
Consequentemente, ocorre:

2. Acoplamento excitação-contração (E-C): os potenciais de ação que se dissipam pelas fibras


musculares produzem um sinal de cálcio, o qual, por sua vez, ativa o ciclo de contração-
relaxamento. Lembrando que os potenciais de ação nas fibras musculares seguem o mesmo
raciocínio dos potenciais de ação nos neurônios: acontecem pela inversão das cargas
elétricas, ou seja, de dentro da célula fica mais positivo e de fora, mais negativo.
Consequentemente, o cálcio vai desencadear uma série de reações que culminarão no
delizamento dos filamentos de actina e de miosina uns sobre os outros em um processo que
requer energia e que produz a contração muscular.

3. É lindo, não é mesmo?

Se ainda não ficou claro, na VÍDEOAULA de hoje vou explicar o passo a passo de como
esta sinapse que acontece na junção neuromuscular culmina com a contração dos nossos
músculos esqueléticos! Vamos lá?
VIDEO AULA
PERGUNTINHA BÁSICA

Quando você pensa em neurotransmissor, você consegue visualizar mentalmente o que


está acontecendo lá no final de um axônio e lá no início da célula alvo?

VESÍCULAS SINÁPTICAS

Os neurotransmissores são sintetizados nos neurônios e armazenados em vesículas


neuronais.

• No terminal axonal de uma célula pré-sináptica são encontradas várias vesículas


sinápticas pequenas preenchidas com neurotransmissores, que são liberadas quando
necessário.
O QUE ACONTECE COM OS NEUROTRANSMISSORES DEPOIS DA AÇÃO?

EXEMPLO: JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

• Junção neuromuscular: é onde acontece a sinapse entre um neurônio motor somático e


uma fibra muscular esquelética.

• Quando um potencial de ação se dissipa pelo neurônio e abre os canais de Ca+


dependentes de voltagem dos botões sinápticos, o Ca+ estimula a liberação de acetilcolina
pelas vesículas sinápticas.
EXEMPLO: JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

• A acetilcolina é liberada na fenda sináptica e vai continuar a transmitir o estímulo elétrico


(é um neurotransmissor).

JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

A conformação molecular da comporta do canal proteico é controlada pela ligação da


acetilcolina (ligante) ao receptor nicotínico, o que faz com que se abram os canais
lentos de Na+ (dependentes de ligantes).
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

• Há uma forte carga negativa normal no lado interno da membrana celular e isso faz
com que as comportas externas dos canais rápidos de sódio (Na+) permaneçam
normalmente fechadas até que o influxo de Na+ através dos canais lentos ultrapasse
um limiar.

Quando ultrapassa o limiar, as comportas dos canais rápidos de Na+ se abrem deixando que
íons Na+ passem rapidamente para o lado interno fazendo com que ocorra a inversão das
cargas elétricas (o potencial de ação acontece quando despolariza, ou seja, quando
as cargas se invertem).
JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

• A abertura das comportas do canal de Na+ dá início a potenciais de ação nas fibras
musculares, o que vai culminar com a contração muscular.

O inverso acontece com os canais de potássio (K+).

• Abertura dos canais de K+ durante o final do potencial de ação.

• É bem mais lenta do que de Na+ e só acontece no momento em que os canais de Na+
estão começando a se fechar. Isso acelera a repolarização.

Depois da despolarização, os canais rápidos de Na+ se fecham e os canais de K+ se abrem


para que seja reestabelecido o potencial de repouso no local.
SEMANA 4 - NEURÔNIOS : INTEGRAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DA
INFORMAÇÃO NEURAL

Integração da transferência da informação neural


Além das células pré-sinápticas se comunicarem com as pós sinápticas através da liberação
de neurotransmissores, muitas células pós-sinápticas se comunicam com seus neurônios pré-
sinápticos enviando neuromoduladores que se ligam a receptores pré-sinápticos! Tudo vai
depender da função que cada neurônio exerce dentro da enorme rede do sistema nervoso!
Observe na figura abaixo que uma série de reações faz com que as vesículas sinápticas
preenchidas com glutamato sejam estimuladas pela substância parácrina do neurônio pós
sináptico para que continue liberando-o por mais tempo na sinapse (isso gera o que é
chamado de LTP, ou seja potenciação de longa duração que é muito relacionada com a
formação das nossas memórias).

Além das células pré-sinápticas se comunicarem com as pós sinápticas através da liberação
de neurotransmissores, muitas células pós-sinápticas se comunicam com seus neurônios pré-
sinápticos enviando neuromoduladores que se ligam a receptores pré- sinápticos!
Tudo vai depender da função que cada neurônio exerce dentro da enorme rede do sistema
nervoso!
Olha que interessante: a plasticidade sináptica é a habilidade do sistema nervoso de mudar a
atividade nas sinapses. A plasticidade de curta duração pode aumentar a atividade na sinapse
(facilitação) ou reduzi-la (depressão). Entretanto, tanto a facilitação, quanto a
inibição são de duração limitada. Mas... se a atividade sináptica persistir por períodos
maiores, os neurônios podem se adaptar por meio da Potenciação de longa duração (LTP) ou
da Depressão de longa duração (LTD). Estes são processos nos quais a atividade em uma
sinapse ocasiona mudanças permanentes na qualidade ou na quantidade de conexões
sinápticas.

Mas como assim professora? Explique melhor!


A potenciação de longa duração está envolvida por exemplo com a formação da memória e
com o aprendizado. Veja que interessante: as células de uma estrutura chamada hipocampo
(veremos adiante nesta disciplina), evoluíram para fazer este evento neuroquímico chamado
de potenciação de longa duração. Esta LTP é o que faz com que uma sinapse se lembre de
algum estímulo que a excitou. Então se eu repito uma informação várias vezes, como por
exemplo a frase: "A potenciação de longa duração está envolvida com a formação da
memória e com o aprendizado" eu vou ativar o hipocampo (que é um detector de
coincidências). Esta informação repetida entrará pelo meu ouvido e reverberará uma série
de neurônios em série. Assim, o hipocampo consegue detectar quando um estímulo tem
uma frequência ou uma intensidade muito forte e armazena esta informação!
SLIDES
PERGUNTINHA BÁSICA
Você já ouviu falar em PLASTICIDADE SINÁPTICA? Sabia que o sistema nervoso tem a
habilidade de mudar a atividade nas sinapses?
DIVERGÊNCIA E CONVERGÊNCIA
• A comunicação entre os neurônios nem sempre é um evento um-para-um. Nem sempre
um neurônio que está trazendo informação vai se comunicar apenas com o neurônio. Pode
acontecer dois processos diferentes.

• Divergência: frequentemente, o axônio Convergência: quando um número maior


de um neurônio pré-sináptico ramifica-se, de neurônios pré-sinápticos fornece
e os seus ramos colaterais fazem sinapse informação para um número menor de
com múltiplos neurônios alvo. neurônios póssinápticos.
NEURÔNIOS DE PURKINJE

• Os neurônios de Purkinje possuem dendritos altamente ramificados para que eles possam
receber informação de vários neurônios.

• A maioria deles libera um neurotransmissor denominado GABA que exerce ações


inibitórias em outros neurônios.

• Desta forma, os impulsos nervosos são reduzidos para poder regular e coordenar os
movimentos motores.
PLASTICIDADE SINÁPTICA E RESPOSTAS PÓS
• No encéfalo, existem algumas sinapses em que as células de ambos os lados da fenda
sináptica liberam neurotransmissores que agem na célula oposta. Vamos pensar na situação
um para um. Eu tenho um neurônio pré sináptico e um neurônio pós sináptico e entre eles
eu tenho a fenda sináptica, há situações em que ambos os lados da fenda sináptica liberam
os neurotransmissores que agem na célula oposta, ou seja, tanto os neurônios pré sinápticos
pode liberar neurotransmissor quanto o que está no pós sináptico.
• Muitas células pós-sinápticas se comunicam com seus neurônios pré-sinápticos enviando
neuromoduladores que se ligam a receptores pré-sinápticos.
• Plasticidade sináptica: é habilidade do SN de mudar a atividade nas sinapses. A plasticidade
de curta duração pode aumentar a atividade na sinapse (facilitação) ou reduzi-la (depressão).

As repostas pós-sinápticas podem ser tanto rápidas como também podem ser lentas.
Então eu tenho situações que os neurotransmissores geram potenciais sinápticos rápidos e
curta duração quanto tenho também situações que os neuromoduladores geram potenciais
sinápticos que vão ser lentos e vão atuar ao longo prazo.
INTEGRAÇÃO SINÁPTICA – SOMAÇÃO TEMPORAL

Somação temporal: quando eu tenho potenciais de ação que são aquelas despolarizações que
vem no decorrer do axônio, quando duas acontecem em intervalo curto de tempo eu posso
ter duas situações diferentes:
1 – Sem somação – é quando os potenciais graduados, estímulos vieram (x1 e x2) se tornaram
um estímulo graduado que chegaram aqui com uma diferença no tempo, houve uma
diferença entre os dois, não chegaram com uma proximidade, um aconteceu, veio o estímulo
elétrico e foi pequeno, não alcançou o limiar para desencadear uma ação no neurônio
(potencial de ação) e depois de um tempo aconteceu o outro.
2 – Somação causando um potencial de ação: Quando esses estímulos (x1 e x2) chegam aqui
(figura acima onde os dois x estão) eles têm um intervalo de tempo menor entre eles, eles
conseguem fazer o que chamamos de somação e vão causar o potencial de ação, são capazes
de atingir o limiar e desencadear o meu potencial de ação.
POTENCIAL DE AÇÃO: é aquele estímulo elétrico que já atingiu os axônios e está passando
para atingir a célula alvo.
INTEGRAÇÃO SINÁPTICA – SOMAÇÃO ESPACIAL

Ela ocorre quando as correntes de potenciais graduados quase simultâneas elas se


combinam. Então quando eu recebo correntes combinadas de vários neurônios pré-
sinápticos, vários estímulos pré-sinápticos, quando elas se combinam é possível que, mesmo
que sejam estímulos menores, a partir do momento que estão combinados, eles conseguem
atingir a zona de gatilho e desencadear o potencial de ação levando o sinal nervoso, levando
o sinal elétrico.
INIBIÇÃO SINÁPTICA
A somação espacial nem sempre é excitatória. Se a somação evitar um potencial de ação na
célula pós-sináptica, essa somação é denominada inibição pós-sináptica, ou seja, em cima de
um mesmo neurônio a pós sináptica eu tenho um neurônio inibidor e dois excitatório que
estão tentando mandar esse estímulo para frente, fazendo com que ele passe mas o neurônio
inibidor não quer que esse estímulo passe. Quando acontece um potencial inibidor pós
sináptico, soma-se a dois potenciais excitatório ao mesmo tempo pós sináptico, se o inibidor
for forte, capaz, ele vai impedir que esse potencial graduado (excitatório) atinja a zona de
gatilho e uma vez que o potencial graduado (excitatório) não atinja o gatilho, então não há
potencial de ação.
A atividade sináptica pode ser alterada se alterar a identidade, a afinidade ou o número de
receptores de neurotransmissores.

Se a modulação de um neurônio diminui a liberação de neurotransmissores, essa é chamada


de inibição pré-sináptica.
Podem ser inibidas nesse ponto
A POTENCIAÇÃO DE LONGA DURAÇÃO ALTERA AS SINAPSES
• A facilitação e a inibição são de duração limitada
• Contudo, se a atividade sináptica persiste por períodos maiores, os neurônios podem se
adaptar por meio da LTP e da LTD.
• Potenciação de longa duração (LTP) e depressão de longa duração (LTD): processos nos
quais a atividade em uma sinapse ocasiona mudanças permanentes na qualidade ou na
quantidade de conexões sinápticas.
• A potenciação de longa duração parece estar relacionada à aprendizagem e à memória.

Acima temos a potenciação de longa duração, a liberação do neurotransmissor da vesícula


sináptica, libera o neurotransmissor aqui, no caso esse é o glutamato e o glutamato age na
abertura dos canais, libera o magnésio, a entrada do cálcio vai atuar nas vias de segundo
mensageiro e esse cálcio vai ser capaz de estimular a liberação de uma substância parácrina
que vai sinalizar para que haja continuação para a liberação do glutamato.
A DEPRESSÃO DE LONGA DURAÇÃO ALTERA AS SINAPSES

• redução no número de receptores pós- A depressão de longa duração parece estar


sinápticos; relacionada às alterações encefálicas que
ocorrem durante a depressão clínica e
• alteração nas isoformas das proteínas do outras doenças mentais.
receptor.

Depressão de longa duração:


Vamos imaginar que as bolinas pequenas são os neurotransmissores e no desenho onde
parece ser y, esses são os receptores de uma pessoa normal, pessoa que tem sinapses
normais. Essa depressão de longa duração parece estar relacionada com alterações
encefálica que ocorre durante a depressão clínica em algumas outras doenças também.
Comparando uma pessoa normal com outra não é a quantidade de receptores (y) em cada
uma. Há uma diminuição na pessoa não normal.
A depressão está associada a diminuição de neurotransmissores também.
SEMANA 4 – LESÕES DE NEURÔNIOS E NERVOS
Em resposta à lesão de um neurônio, um ou mais mecanismos de regeneração ou degradação
ocorrem no sistema nervoso.
A degeneração walleriana (anterógrada) por exemplo é um destes mecanismos e refere-se à
degeneração do segmento distal de um axônio nervoso transeccionado, degradação da
mielina e invasão da área morta pelas células de Schwann e macrófagos para eliminar os
resíduos, se houver uma lesão SNP

Degeneração walleriana. Após axotomia, o axônio e a bainha de mielina distal à transecção


começam a degenerar. Dentro de alguns dias, macrófagos são recrutados para dentro do
local da lesão e digerem os resíduos. Também ocorrem alterações proximais ao local da lesão.
Um grau de degeneração walleriana ocorre até o primeiro nódulo de Ranvier encontrado. Se
não ocorrer regeneração, o tecido-alvo não é reinervado, e a degeneração do órgão-alvo
ocorre eventualmente.

PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabia que em determinadas situações os nossos axônios podem se regenerar
semelhantemente à regeneração que ocorre com rabos de lagartixas?
As respostas dos neurônios maduros às lesões são similares em muitos aspectos ao
crescimento dos neurônios durante o desenvolvimento. Ambos dependem da combinação
de sinais químicos e elétricos.
• Se todo o corpo celular morrer, todo o neurônio morre.
• Se o corpo celular estiver intacto e apenas o axônio foi rompido, tanto o corpo celular
quanto o segmento axonal ligado a ele sobrevivem (o restante se degenera mas aquela
parte vai conseguir sobreviver).
O coto proximal pode voltar a crescer através da bainha existente de células de schwann e
reformar a sinapse com seu alvo adequado.
CONSEQUÊNCIAS DE LESÕES NEURONAIS

Se o neurônio danificado é um neurônio A morte da porção distal do axônio de um


sensorial, o sujeito pode apresentar perda neurônio motor somático resulta em
da sensibilidade (insensibilidade ou paralisia permanente dos músculos
formigamento) na região previamente esqueléticos inervados por esse neurônio
inervada pelo neurônio.
CONSEQUÊNCIAS DE LESÕES NEURONAIS NO SNP

• Sob algumas condições, os axônios no


SNP podem se regenerar e restabelecer
suas conexões sinápticas.
• As células de Schwann secretam fatores
neurotróficos que mantêm o corpo celular
vivo e que estimulam o crescimento do
axônio.
• A porção em crescimento do neurônio se
comporta similarmente ao cone de
crescimento de um axônio em
desenvolvimento.
Cone de crescimento: a extremidade de um
Exemplo: lagartixas que perdem o rabo e se axônio em desenvolvimento (em azul) é
regeneram uma região achatada, repleta de
microtúbulos (em verde) e filamentos de
A perda do axônio distal é permanente e a actina (em vermelho e amarelo), que,
via pode ser destruída. continuamente, une as suas porções distais,
estendendo a ponta do axônio enquanto
ele procura o seu alvo seguindo sinais
químicos na matriz extracelular.

CONSEQUÊNCIAS DE LESÕES NEURONAIS NO SNC


• É menos provável que a regeneração de
axônios no SNC ocorra naturalmente.

• As células da glia do SNC tendem a selar


e a cicatrizar a região danificada, e as
células danificadas do SNC secretam
fatores que inibem o novo crescimento
axonal.

Muitos cientistas estão estudando estes


mecanismos de crescimento e inibição
axonal na esperança de encontrar
tratamentos que possam restaurar as
funções de vítimas de danos na medula
espinal e de doenças neurodegenerativas
DOENÇAS QUE AFETAM A BAINHA DE MIELINA

• A perda da mielina pode ter efeitos devastadores na sinalização neural, pois, retarda a
condução dos potenciais de ação, porque a bainha de mielina tem a função saltatória, que é
muito mais veloz. Com a perda dela, retarda os potenciais de ação.

• Além disso, quando a corrente extravasa pelas regiões da membrana que agora estão sem
isolamento, entre os nódulos de Ranvier repletos de canais de Na, a despolarização que
chega ao nódulo talvez não esteja mais acima do limiar, e a condução pode falhar.

• A esclerose múltipla é a doença desmielinizante mais comum e mais conhecida.

• É caracterizada por uma grande variedade de queixas neurológicas, incluindo fadiga,


fraqueza muscular, dificuldade ao caminhar e perda de visão

Doenças desmielinizantes reduzem ou bloqueiam a condução quando a corrente vaza para


fora das regiões previamente isoladas entre os nódulos.
DOENÇAS QUE AFETAM A TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• As doenças sinápticas mais bem compreendidas são aquelas que envolvem a junção
neuromuscular entre os neurônios motores somáticos e os músculos esqueléticos
• Ex: miastenia grave (perda dos receptores de Ach (acetilcolina) na junção neuromuscular).
• As doenças resultantes de problemas na transmissão sináptica dentro do SNC são mais
difíceis de serem estudadas, uma vez que são mais difíceis de serem isoladas
anatomicamente.
• Ex: doença de Parkinson, a esquizofrenia e a depressão.

FÁRMACOS QUE ATUAM NA ATIVIDADE SINÁPTICA


• Os fármacos que atuam na atividade sináptica, particularmente nas sinapses do SNC, são
os mais antigos e mais amplamente utilizados de todos os agentes farmacológicos.
• A cafeína, a nicotina e o álcool são drogas comuns.

• Algumas drogas que utilizamos para tratar distúrbios, como esquizofrenia, depressão,
ansiedade e epilepsia, agem influenciando eventos na sinapse.
SEMANA 5 – INTROLDUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

COSTURANDO A SEMANA 4 COM A 5


Aplicamos a questão do potencial de ação, na junção neuro muscular, lembrando que quando
as cargas elétricas de dentro e de fora se invertem, se eu tenho de dentro da célula ficando
mais positiva e de fora ficando mais negativa, isso chega como um sinal elétrico que vai
informar para os canais de Cálcio se abrirem, esses canais de cálcio vão sinalizar as vesículas
sinápticas para elas se abrirem nas fendas sinápticas, liberarem os neurotransmissores e esses
neurotransmissores vão se ligar nos receptores e esses receptores quando são avisados que
é para se abrirem, o que acontece é que vai transmitir também esse potencial de ação para
dentro da célula, no caso se for uma célula muscular então esse potencial elétrico acaba
transmitindo para a fibra muscular e ficando mais positivo de dentro e negativo de fora e isso
vai desencadear uma série de reações, vai abrir o retículo sacoplasmático, vai liberar o cálcio
e isso tudo vai sinalizar a fibra muscular para que aconteça a contração entre a fibra, entre as
estruturas actina, miosina e então eu tenho a contração muscular.
Se eu tenho uma lesão neuronal e acontece do neurônio ser seccionado, rompido,
consequentemente quando é rompido totalmente, eu vou ter o restante do neurônio, o que
chamamos de degeneração waleriana e até mesmo degeneração muscular nesse neurônio,
por exemplo, ele vai ser degenerado progressivamente porque ele não tem mais a capacidade
de se manter vivo. A partir do momento que ele se separa do axônio proximal, do coto
neuronal e do dendrito, essa parte distal ela chega a morrer. Tudo só funciona se esse
neurônio estiver intacto.
Como que esse neurônio consegue se manter protegido no dia a dia? Consegue porque nós
temos muitas barreiras de proteção, uma delas é o crânio que protege todo nosso encéfalo,
então temos vários ossos no crânio que são fortes para proteger 85 bilhões de neurônios que
estão ali não só no encéfalo. A proteção é para que não fique acontecendo essas lesões
neuronais.
Temos as meninges também que formam barreira para proteger nosso sistema nervoso, o
líquido cérebroespinal e a barreira hematencefálica.
Células da glia (neuróglia)
Você sabia que, além dos neurônios, nós temos um outro grupo de células muito importante
dentro do sistema nervoso? Estas células não neuronais do sistema nervoso são
denominadas células da glia ou neuróglia e possuem basicamente funções de suporte e
proteção. Veja como esta figura resume bem o que cada uma delas faz!

Você se lembra quando falamos sobre a bainha de mielina? Na VÍDEOAULA de hoje vou
explicar melhor sobre cada uma das células da glia e, principalmente, sobre as células de
Schwann e sobre os oligodendrócitos, pois ambos formam bainha de mielina!
Vale a pena prestar atenção em cada detalhe! Será uma forma de rever conteúdos antigos e
integrar com novos conhecimentos!

SLIDE

PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabia que cerca de metade das células do encéfalo não são neurônios?

INTRODUÇÃO
• As células da glia não participam diretamente na transmissão dos sinais elétricos por longas
distâncias, mas comunicam-se com os neurônios e fornecem suporte físico e bioquímico (se
amarram aos neurônios, fornecendo, assim, estabilidade estrutural).
• São os heróis não reconhecidos do SN, ultrapassando o número de neurônios de 10 a 50
para 1, ou seja, há 10 a 50 vezes células da glia do que de neurônios.
TIPOS DE CÉLULAS DA GLIA

TEXTO

CÉLULAS DA GLIA

Você sabia que as células da Glia dão suporte aos neurônios no funcionamento do
Sistema Nervoso? Elas são divididas em cinco tipos principais e cada uma delas
desempenha um papel diferente na estrutura e no funcionamento do tecido nervoso.

Sobre as células da Glia em geral...

• Essas células sustentam os neurônios e podem participar da atividade neural ou


da defesa;
• O corpo celular das células da Glia geralmente é menor que os dos neurônios e o
núcleo ocupa grande proporção dele;
• As células da Glia participam da regulação da concentração de íons, nutrientes e
mensageiros químicos nas proximidades do neurônio.
O sistema nervoso periférico possui dois tipos de célula da glia

1. Células de Shwann
• Presentes no Sistema Nervoso Periférico
• Também responsáveis pela produção de bainha de mielina nos neurônios do
Sistema Nervoso Periférico;
• Cada célula faz a mielinização de cada segmento do axônio de um único
neurônio.

2. Células satélites

O sistema nervoso central possui 4 tipos de células diferentes:

1. Oligodendrócitos
• Presentes no Sistema Nervoso Central
• São responsáveis pela produção de bainha de mielina nos neurônios do Sistema
Nervoso Central, que funciona como isolante elétrico;
• Eles têm poucos prolongamentos, e cada um deles forma um espiral de membrana
em torno dos axônios, a bainha de mielina.

2. Micróglias
• Presentes no Sistema Nervoso Central
• Responsáveis por fagocitar dendritos e restos celulares presentes no tecido
nervoso;
• São muito ramificadas
• Conseguem migrar para o local onde o microrganismo invasor está localizado

3. Astrócitos
• Presentes no Sistema Nervoso Central
• Fornecem suporte físico e metabólico aos neurônios;
• Contribuem para manutenção da homeostase (equilíbrio dos íons – importante no
processo de potencial de ação);
Também participam no processo de cicatrização;
Comunicam-se uns com os outros por junções gap (comunicantes).

4. Células ependimárias
• Presentes no Sistema Nervoso Central
Responsáveis pela movimentação do líquido cefalorraquidiano (Líquor);
São células cubóides com função de revestimento do Sistema Nervoso;
GLIA PRODUTORA DE MIELINA
Glia produtora de mielina: células de Schwann no SNP e os Oligodendrócitos no SNC.

• Mielina: composta por camadas


concêntricas de fosfolipídeos de membrana.

• Quando a célula da glia se enrola ao redor


do axônio, espreme o citoplasma glial para
fora da célula, de modo que cada local
enrolado se transforme em duas camadas.

• Fornece suporte e atua como isolante em


torno dos axônios, acelerando a transmissão
de sinais.

Exemplo: imagem, formato de um


rocambole lembra muito.

SNP: uma célula de Schwann associa-se com um


axônio.
SNC: um oligodendrócito ramifica-se e forma
mielina ao redor de vários axônios
CÉLULAS DE SCHWANN (SNP)

• SNP: uma célula de Schwann associa-se com


um axônio.
• Um único axônio pode possuir mais de
500 células de Schwann diferentes ao
longo do seu comprimento.

• Em cada nódulo de Ranvier, uma pequena porção da


membrana axonal permanece em contato direto com
o líquido extracelular (LEC).

• Possuem um papel importante na transmissão de


sinais elétricos ao longo do axônio.

Cada célula de Schwann envolve um segmento de


cerca de 1 a 1,5 mm, deixando espaços muito
pequenos, chamados de nódulos de Ranvier, entre
as áreas isoladas com mielina.
CÉLULAS SATÉLITES (SNP)

• É uma célula de Schwann não mielinizadora.

• Formam cápsulas de suporte ao redor dos corpos dos


neurônios localizados nos gânglios.

• Gânglio: é um agrupamento de corpos celulares dos


neurônios encontrados no SNP. Os gânglios aparecem
como nódulos ou dilatações ao longo de um nervo
periférico geralmente no sistema nervoso autônomo.

• Núcleo: agrupamento de corpos celulares dentro do


SNC.

CÉLULAS DA GLIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)

Na figura acima está a divisão macro da célula da glia no Sistema nervoso central. Ela está
presente em todos os lados, muito presente no sistema nervoso central
ASTRÓCITOS (SNC)

• Células altamente ramificadas que constituam cerca de metade das células do encéfalo.
• Têm vários subtipos e formam uma rede funcional, comunicando-se uns com os outros
através de junções comunicantes.

• Alguns são fortemente associados às sinapses, onde eles capturam e liberam substâncias
químicas.
• Outros, abastecem os neurônios com substratos para a produção de ATP, e ajudam a
manter a homeostasia do líquido extracelular do SNC captando K+ e água.
• Por fim, as extremidades de alguns processos astrocitários cercam os vasos sanguíneos e
fazem parte da barreira hematencefálica, que regula o transporte de materiais entre o sangue
e o líquido extracelular.

MICROGLIA (SNC)

• Não são tecidos neurais.


• São células especializadas do sistema imune que residem permanentemente no SNC.
• Quando ativadas, elas removem células danificadas ou células invasoras.
• Entretanto, parece que a microglia nem sempre é útil.
• Às vezes, quando ativada, a microglia libera espécies reativas de oxigênio (ERO) danosas,
pois elas formam radicais livres e esses radicais (ERRO) contribuem para o desenvolvimento
de doenças neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA)

CÉLULAS EPENDIMÁRIAS (SNC)


• Cria uma camada epitelial com permeabilidade seletiva, o epêndima, o qual separa os
compartimentos líquidos do SNC.

• Epêndima: é uma fonte de células-tronco neurais, células imaturas que podem diferenciar-
se em neurônios e em células da glia.
• Todas as células da glia se comunicam com os neurônios e uma com as outras,
principalmente por sinais químicos.
• Os fatores de crescimento e tróficos (nutritivos) das células glia auxiliam na manutenção
dos neurônios e os guiam durante o seu reparo e desenvolvimento.
• As células da glia respondem aos neurotransmissores e neuromoduladores secretados pelos
neurônios.
Redes neurais, metabolismo e barreiras de proteção
Será que com os novos estudos da NEUROCIÊNCIAS a unidade funcional do sistema
nervoso mudará de um único neurônio para redes neurais? Vamos conversar um pouquinho
sobre isso e sobre questões básicas relacionadas ao metabolismo do sistema nervoso? Se
quiser acompanhar pelos slides Download slides, aqui estão!

PERGUNTINHA BÁSICA
Será que com os novos estudos da NEUROCIÊNCIA a unidade funcional do SN mudará de
um único neurônio para redes neurais?

PRIMEIRO VIDEO

PROPRIEDADES DAS REDES NEURAIS

• Os neurônios no SN se conectam, • A sinalização nessas vias produz o


formando circuitos para funções específicas. pensamento, a linguagem, o sentimento, o
aprendizado e a memória, ou seja, os
• Os circuitos mais complexos são os do comportamentos complexos que nos
encéfalo, nos quais bilhões de neurônios são tornam seres humanos.
conectados em intrincadas redes que
convergem e divergem, criando um número • Será que a unidade funcional do SN
infinito de vias possíveis. mudará de um único neurônio para redes
neurais?
PROPRIEDADES DAS REDES NEURAIS

• Plasticidade: é a capacidade de modificar


as conexões e as funções de circuitos em
resposta a estímulos sensoriais e às
experiências do passado.

• O encéfalo humano facilmente se


reestrutura em função de estímulos
sensoriais, da aprendizagem, da emoção e
da criatividade.

• Além disso, pode acrescentar novas


conexões a partir da diferenciação das
células-tronco neurais

METABOLISMO DO TECIDO NEURAL

Os neurônios necessitam de um
suprimento constante de oxigênio e
glicose para produzir o ATP utilizado
no transporte ativo de íons e
neurotransmissores.

• O O2 passa livremente através da


barreira hematencefálica, e os
transportadores de membrana
conduzem a glicose do plasma para o
líquido intersticial do encéfalo.

• Níveis muito baixos de qualquer um


dos substratos podem levar a um
resultado devastador na sua função
encefálica.
METABOLISMO DO TECIDO NEURAL

Devido à sua alta demanda de oxigênio, o


encéfalo recebe cerca de 15% do sangue
bombeado pelo coração.

• Se o fluxo sanguíneo do encéfalo for


interrompido, por exemplo, a pessoa perde
a consciência e o dano ocorre em apenas
poucos minutos sem oxigênio.

• Os neurônios são igualmente sensíveis à


falta de glicose.

• Em circunstâncias normais, a glicose é a


única fonte de energia dos neurônios.

SEGUNDO VIDEO
E quanto às barreiras de proteção do nosso sistema nervoso? Você conhece alguma? Existem
várias estruturas protetoras como:
1. o crânio,
2. a coluna vertebral,
3. o líquido cerebroespinal,
4. a barreira hematencefálica e
5. as meninges.

Aposto que você já ouviu falar em meningite? Ela ocorre quando há alguma inflamação das
meninges e pode provocar sequelas neurológicas muito sérias. Mas o que são estas
meninges?
São três camadas de membranas que situam-se entre os ossos e os tecidos do SNC e que
ajudam a estabilizar o tecido neural e a protegê-lo do impacto contra os ossos. As meninges são
divididas em Dúra-mater, Aracnóide e Pia máter.
TEXTO

BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA

A BHE é um importante componente da rede de comunicação que conecta o sistema nervoso


central e os tecidos periféricos, além disso, funciona como uma interface que limita e regula
a troca de substâncias entre sangue e o sistema nervoso central.

A impermeabilidade da BHE é o resultado de uma série de características únicas, que


acrescenta dificuldade à moléculas tentando penetrar nesta barreira. Esta propriedade é
baseada na existência de uma permeabilidade muito restrita do endotélio, além da presença
de enzimas degradantes presentes em grande número no interior do endotélio de modo que,
com exceção de água, gases como oxigênio e o dióxido de carbono e determinadas moléculas
lipossolúveis muito pequenas podem passar de forma íntegra.

As moléculas hidrofílicas, que são essenciais para o metabolismo do cérebro, tais como íons,
glicose, aminoácidos e componentes de ácido nucléico, passam pela BHE através de canais
especializados. Já o transporte de moléculas hidrofílicas, tais como peptídeos e proteínas que
não têm um sistema de transporte específico é muito mais lento do que as moléculas
lipofílicas, no entanto, as quantidades que atravessam a BHE podem ser suficientes para
causar um efeito mediado por receptores nos neurônios.

Alguns tipos especiais de proteínas ou peptídeos como, por exemplo, hormônios periféricos
e peptídeos regulatórios que exercem sua ação no cérebro geralmente têm sistemas
especializados de transporte saturável em toda a BHE. Desta forma a BHE se torna altamente
restritiva, mas de qualquer forma pode ser incapaz de impedir a passagem de alguns toxinas
e agentes terapêuticos da corrente sanguínea para o cérebro.
Além das funções de permeabilidade seletiva a BHE possui aspectos importantes como
funções neuroimune, incluindo a secreção de citocinas, prostaglandinas e óxido nítrico. A
BHE pode receber o estimulo de um compartimento (p.ex. o sistêmico) e, simultaneamente,
responder com secreções para o outro (p.ex. o sistema nervoso central), sendo esta função
de papel central na resposta neuroimune. Por exemplo, LPS aplicado na superfície das células
do cérebro abluminal endotelial estimula a secreção de IL-6 a partir de sua superfície luminal.
PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabe como o líquido presente no sistema nervoso central (SNC) consegue proteger o
mesmo? Sim. Funções do LCS dão proteção física e química para nosso sistema nervoso.

CRÂNIO E COLUNA VERTEBRAL

O encéfalo está guardado em uma


caixa óssea, que é o crânio, e a medula
espinal segue ao longo do canal da
coluna vertebral.

• Nervos do sistema nervoso periférico


(SNP) entram e saem da medula
espinal, passando através de forames
localizados entre as vértebras.

É importante lembrar que a consistência do encéfalo e da medula espinal é macia, gelatinosa


e embora cada neurônio e célula da glia tenham cito esqueleto interno, que é extremamente
organizado e que mantém a forma e orientação da célula, o tecido neural possui matriz
extracelular mínima e precisa contar com suporte externo para se proteger de traumas.
Esse suporte vem sob a forma de um invólucro exterior de osso, tanto o crânio quanto a
coluna vertebral, 3 camadas de membrana de tecido conectivo e fluido entre essas
membranas.

MENINGES

Trata-se de três camadas de membranas que situam-


se entre os ossos e os tecidos do SNC. Temos 3 estruturas:

• Ajudam a estabilizar o tecido neural e a protegê-lo 1. Dura-máter: é a mais grossa


do impacto contra os ossos. está associada a veias que drenam
o sangue do encéfalo através de
vasos ou cavidades, chamadas de
seios.

2. Aracnoide: é frouxamente
ligada à pia-máter, deixando um
espaço subaracnóideo entre as
duas camadas.

3. Pia-máter: é fina e adere à


superfície do cérebro e da medula
espinal. Possui artérias que
suprem tanto o encéfalo quanto
medula.
LÍQUIDO EXTRACELULAR

• Ajuda a acolchoar o delicado tecido • Esses dois últimos compartimentos


neural. comunicam-se entre si através de junções
permeáveis da membrana pial e pela camada de
• O crânio tem um volume interno de 1,4 L, células ependimárias que revestem os
sendo cerca de 1 L ocupado por células. O ventrículos.
restante é:
• O líquido intersticial circula abaixo da pia-
• Sangue (100-150 mL), máter.

• Líquido cerebrospinal e líquido intersticial • O líquido cerebrospinal é encontrado nos


(250-300 mL) formam o meio extracelular ventrículos e no espaço entre a pia-máter e a
dos neurônios. membrana aracnoide.
LÍQUIDO CÉREBROESPINAL

O LCS é uma solução salina secretada


continuamente pelo plexo coroide, uma
região especializada nas paredes dos
ventrículos que consiste em capilares e um
epitélio de transporte derivado do
epêndima.

• As células do plexo coroide bombeiam


seletivamente sódio e outros solutos do
plasma para dentro dos ventrículos, criando
um gradiente osmótico que puxa água junto
com os solutos.
LÍQUIDO CÉREBROESPINAL (LCS)

O LCS flui dos ventrículos para dentro


do espaço subaracnóideo, entre a pia-
máter e a aracnoide, envolvendo todo
o encéfalo e a medula espinal com o
líquido.

• O LCS flui ao redor do tecido neural


e, é absorvido de volta para o sangue
por vilosidades especializadas na
membrana aracnoide, dentro do
crânio.

• A taxa de fluxo do líquido


cerebrospinal no SNC é suficiente
para renovar todo o seu volume cerca
de três vezes ao dia.

LÍQUIDO CÉREBROESPINAL (LCS)

• Funções do LCS: proteção física e química. Punção lombar: exame que retira LCS do
espaço subaracnóideo entre as vértebras, na
• Quando ocorre um choque na cabeça, o extremidade inferior da medula espinal.
LCS deve ser comprimido antes que o Proteínas ou células sanguíneas no LCS sugere
encéfalo bata na parte interna do crânio ou uma infecção.
se lesaria rapidamente.

• O LCS cria um meio extracelular


rigidamente regulado para os neurônios.

• O plexo coroide é seletivo para as


substâncias que transporta aos ventrículos,
o que resulta em uma composição do LCS
diferente do plasma.
BARREIRA HEMATENCEFÁLICA
• É a última camada de proteção do encéfalo é uma barreira funcional entre o líquido
intersticial e o sangue.

• Essa barreira é necessária para isolar o principal centro de controle corporal de


substâncias potencialmente nocivas do sangue e de patógenos circulantes, como bactérias.

• A grande seletividade da permeabilidade dos capilares protege o encéfalo de toxinas e


flutuações hormonais, de íons e de substâncias neuroativas, como neurotransmissores
circulantes.
BARREIRA HEMATENCEFÁLICA

O endotélio capilar usa transportadores e


canais de membrana específicos para
transportar os nutrientes, etc. do sangue para
o líquido intersticial do encéfalo (e vice versa).

• Qualquer molécula solúvel em água que não


seja transportada por estes carreadores não
pode atravessar a barreira hematencefálica.

• Ex: o tratamento da Doença de Parkinson é


com L-dopa (precursor da dopamina), pois a
dopamina administrada por via oral ou por
injeção não atravessa a barreira
hematencefálica. Já a L-dopa consegue
A doença de Parkinson é um distúrbio
atravessar. neurológico em que os níveis do
neurotransmissor dopamina no encéfalo são
muito baixos, uma vez que os neurônios
dopaminérgicos ou estão danificados ou estão
mortos.

BARREIRA HEMATENCEFÁLICA

Algumas poucas áreas do encéfalo


não possuem uma barreira hematencefálica
funcional (seus capilares têm um endotélio
permeável. Exemplo:

• Hipotálamo: libera hormônios


neurossecretores que devem passar para os
capilares do sistema porta hipotalâmico
hipofisário e ser distribuídos à
adeno-hipófise.

• Centro do vômito no bulbo: neurônios


monitoram substâncias tóxicas no sangue e
esses é um dos motivos pelos quais o
excesso de álcool pode provocar vômito.
SEMANA 6 – INTROLDUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Revisão geral da semana 5 e introdução à semana 6


Se você quiser revisar o conteúdo da semana 5 antes de entrar na semana 6 de forma a
conseguir integrá-lo melhor com os novos conteúdos, venha comigo!
TEXTO
O encéfalo humano

Há milhares de anos, Aristóteles declarou que o coração era a sede da alma. Entretanto, a
maioria das pessoas hoje concorda que o encéfalo é o órgão que dá ao ser humano os
atributos únicos da espécie. O desafio que os cientistas de hoje enfrentam é entender como
circuitos formados por milhões de neurônios resultam em comportamentos complexos, como
falar, escrever uma sinfonia ou criar mundos imaginários para um jogo interativo de
computador.
Talvez a função do encéfalo seja a propriedade emergente principal. A questão que
permanece é se teremos capacidade de decifrar de que maneira surgem as emoções, como
felicidade e amor, a partir de sinais químicos e elétricos conduzidos ao longo de circuitos de
neurônios.

É possível estudar o encéfalo em muitos níveis de organização. As visões mais


reducionistas consideram os neurônios individualmente e o que acontece a eles em
resposta a estímulos químicos e elétricos. Uma abordagem mais integrada deve focar em
grupos de neurônios e como estes interagem entre si em circuitos, vias ou redes. A
abordagem mais complexa inicia com um comportamento ou resposta fisiológica e
avança em sentido inverso para dissecar os circuitos neurais que originaram o com-
portamento ou a resposta.
Por séculos, os estudos da função do encéfalo ficaram restritos
a descrições anatômicas. Contudo, quando estudamos o encéfalo, vemos que não há uma
relação 1:1 ordenada entre estrutura e função. Um encéfalo humano adulto tem uma
massa de cerca de 1.400 g e contém cerca de 85 bilhões de neurônios.

Quando você considera que cada um desses bilhões de neurônios pode receber até 200 mil
sinapses, o número de possíveis conexões neuronais é espantos, além do que essas
sinapses não são fixas e estão constantemente mudando.

Um princípio básico a ser lembrado ao se estudar o encéfalo é que uma função, mesmo
que aparentemente simples, como dobrar os seus dedos, envolve múltiplas regiões do
encéfalo (bem como da medula espinal). Do mesmo modo, uma região do encéfalo pode
estar envolvida em várias funções ao mesmo tempo. Em outras palavras, entender o
encéfalo não é um processo simples e direto.
A abaixo apresenta um resumo anatômico para se acompanhar à medida que discutimos
as principais regiões do encéfalo, da mais primitiva à mais complexa. Das seis principais
divisões do encéfalo presentes no nascimento, apenas o bulbo, o cerebelo e o cérebro são
visíveis quando o encéfalo intacto é visto de perfil. As outras três divisões (diencéfalo,
mesencéfalo e ponte) restantes são cobertas pelo cérebro.
Divisão do sistema nervoso e visão geral do encéfalo
Você sabia que o nosso sistema nervoso é dividido em:

• Sistema nervoso central- SNC :


o cérebro (telencéfalo + diencéfalo),
o cerebelo, tronco encefálico e,
o medula espinal.
• Sistema nervoso periférico- SNP:
o Anatomicamente subdividido em:
▪ nervos
▪ gânglios.
o Funcionalmente subdividido em:
▪ Sensorial (neurônios aferentes):
▪ Sistema nervoso sensorial
▪ Motor (neurônios eferentes):
▪ Sistema nervoso somático
▪ Sistema nervoso autônomo.

Vamos começar então pelo nosso sistema nervoso central (SNC)?


O encéfalo constitui-se de três estruturas: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. O
cérebro é a região maior e a mais rostral. O cerebelo (“pequeno cérebro”) é menor e se situa
na região posterior do crânio, em posição dorsal com relação ao tronco encefálico. Este
último, por sua vez, pode ser dividido em três porções que são, em sentido rostrocaudal: o
mesencéfalo, a ponte e o bulbo. A região bulbar é contínua com a medula espinhal, que está
situada fora da cavidade craniana.
Que tal uma aulinha básica de neuroanatomia do encéfalo direto do laboratório de anatomia?
Apesar de estar de cabeça para baixo (porque o nosso cérebro gigante é bem pesado e precisa do
suporte), acredito que vai dar para visualizar direitinho nossas principais estruturas do encéfalo!

PERGUNTINHA BÁSICA
Teremos a capacidade de decifrar de que maneira surgem as emoções, como felicidade e
amor, a partir de sinais químicos e elétricos conduzidos ao longo de circuitos de neurônios?

1. SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC):

1. Encéfalo
• Cérebro (telencéfalo e diencéfalo)
• Interpretação, memória,
pensamento, respostas motoras
• Cerebelo
• Equilíbrio e coordenação da
execução dos movimentos
• Tronco encefálico
• Conexão
• Pressão arterial
• Frequência cardíaca
• Respiração

2. Medula espinal
• Conduz impulso nervoso
• Arco reflexo
COMO SE DIVIDE O SISTEMA NERVOSO?

2. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP):


Divisão anatômica:

1. Gânglios (reunião de corpos neuronais)


• Onde ocorrem as sinapses do SN
Autônomo

2. Nervos (feixes de axônios)


• Cranianos (12 pares)
• Espinais (31 pares)

Divisão funcional
• Sensorial (neurônios aferentes):
• Sistema nervoso sensorial
• Motor (neurônios eferentes):
• Sistema nervoso somático
• Sistema nervoso autônomo.

Divisão funcional: somático e em autônomo


ENCÉFALO

• Tem uma massa de cerca de 1.400 g e


contém cerca de 85 bilhões de neurônios.
• Cada um desses bilhões de neurônios pode
receber até 200 mil sinapses, ou seja, o
número de possíveis conexões neuronais é
espantoso.
• Essas sinapses não são fixas e estão
constantemente mudando.
• Uma região do encéfalo pode estar
envolvida em várias funções ao mesmo
tempo.
• Das seis principais divisões do encéfalo
presentes no nascimento , apenas o bulbo, o
cerebelo e o cérebro são visíveis quando o
encéfalo intacto é visto de perfil.

• As outras três divisões restantes


(diencéfalo, mesencéfalo e ponte) são
cobertas pelo cérebro.
Tronco encefálico
O tronco encefálico é formado pelo mesencéfalo, que apresenta o aqueduto do
mesencéfalo (conduz o líquido cerebrospinal dos ventrículos laterais e do 3o ventrículo para
o 4o ventrículo); pela ponte, que regula os ritmos respiratórios e onde se encontram vários
núcleos de nervos cranianos; e pelo bulbo, que é centro cardíaco, centro vasomotor, centro
respiratório e de reflexos de vômitos, tosse, espirro e deglutição.

É importante ressaltar que, com exceção dos nervos cranianos I e II, todos os outros (III-XII)
possuem núcleos localizados no tronco encefálico. O mesencéfalo contém os núcleos dos
nervos cranianos III e IV, os núcleos dos nervos cranianos V a VII situam-se na ponte, e o
bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos VIII ao XII.
E agora, vamos abordar funcionalmente o tronco encefálico assistindo à esta vídeo aula?
O tronco encefálico

O tronco encefálico pode ser dividido em substância branca e substância cinzenta, sendo que,
em alguns aspectos, a sua anatomia é similar à da medula espinal. Alguns tratos ascendentes
da medula espinal cruzam o tronco encefálico, ao passo que outros tratos ascendentes fazem
sinapse neste ponto. Os tratos descendentes provenientes de centros superiores do encéfalo
também cruzam o tronco encefálico em seu caminho para a medula espinal.
Pares de nervos periféricos partem do tronco encefálico, de maneira similar aos nervos
espinais ao longo da medula espinal. Onze dos 12 nervos cranianos (números II-XII) originam-
se ao longo do tronco encefálico. (O primeiro nervo craniano, o nervo olfatório, entra no
prosencéfalo.) Os nervos cranianos carregam as informações sensorial e motora relativas à
cabeça e ao pescoço.
Os nervos cranianos são descritos de acordo com a sua (e) constituição, se incluem fibras
sensoriais, fibras motoras ou ambas (nervos mistos). Por exemplo, o X nervo craniano, o nervo
vago, é um nervo misto que transporta ambas as fibras, sensoriais e motoras, para muitos
órgãos internos. Um componente importante do exame clínico neurológico é testar as
funções controladas por esses nervos. O tronco encefálico contém numerosos grupos
distintos de corpos de células nervosas, ou núcleos. Muitos desses núcleos estão associados
à formação reticular, uma coleção difusa de neurônios que se estendem por todo o tronco
encefálico.
O nome reticular significa “rede” e se origina dos entrelaçamentos de axônios que se
ramificam profusamente para cima, a divisões superiores do encéfalo, e para baixo, em
direção à medula espinal. Os núcleos do tronco encefálico estão envolvidos em muitos
processos básicos, incluindo sono e vigília, tônus muscular e reflexos de estiramento,
coordenação da respiração, regulação da pressão arterial e modulação da dor.

Começando na medula espinal e se deslocando para a parte superior do crânio, o tronco


encefálico consiste no bulbo, na ponte e no mesencéfalo. Alguns especialistas incluem o
cerebelo como parte do tronco encefálico. O quarto ventrículo, em forma de losango,
percorre o interior do tronco encefálico e conecta-se com o canal central da medula espinal.
PERGUNTINHA BÁSICA
PERGUNTINHA BÁSICA
Você já ouviu falar que temos receptores na nossa PONTE e que ajudam a controlar a nossa
respiração?
TRONCO ENCEFÁLICO

• Divisão: BULBO, PONTE E MESENCÉFALO.

• Possui substância branca e substância cinzenta.

• Alguns tratos ascendentes da medula espinal


cruzam o tronco encefálico e outros fazem
sinapse neste ponto.

• Os tratos descendentes advindos de centros


superiores do encéfalo também cruzam o tronco
em seu caminho para a medula espinal.

Ele conecta medula espinal com seus superiores


e possui diversas funções que são vitais para nós.

A maioria dos nervos cranianos originam-se no tronco encefálico?

• Sim! 10 dos 12 nervos cranianos (números


II ao XII) originam-se ao longo do tronco
encefálico.

• Os nervos cranianos carregam as


informações sensorial e motora relativas à
cabeça e ao pescoço.

• São descritos de acordo com a sua


constituição: fibras sensoriais, fibras motoras
ou ambas (nervos mistos).

• O X nervo craniano (nervo vago), é um


nervo misto que transporta ambas as fibras,
sensoriais e motoras, para muitos órgãos
internos.
NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS: VISTA POSTERIOR.
Com exceção dos NCs I e II, todos os outros (III-XII) possuem núcleos localizados no tronco
encefálico. O mesencéfalo contém os núcleos dos NCs III e IV, os núcleos dos NCs V a VII
situam-se na ponte, e o bulbo contém os núcleos dos NCs VII ao XII.
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM FORMAÇÃO RETICULAR?

• O tronco encefálico contém


numerosos grupos distintos de corpos
de células nervosas, ou núcleos.

• Muitos desses núcleos estão


associados à formação reticular (rede):
uma coleção difusa de neurônios que
se estendem por todo o tronco
encefálico.

• Os núcleos do tronco encefálico


estão envolvidos com sono e vigília,
tônus muscular e reflexos de
estiramento, coordenação da
respiração, regulação da pressão
arterial e modulação da dor.

BULBO

• Se situa logo acima da medula 90% das fibras dos tratos corticospinais cruzam
espinal. a linha média para o lado oposto do corpo, na
região do bulbo denominada pirâmides.
• Substância branca: tratos
somatossensoriais ascendentes (levam
informação sensorial ao encéfalo) e
trato corticospinal descendente
(conduz informação do cérebro para a
medula).

• Substância cinzenta: inclui os núcleos


que controlam muitas funções
involuntárias, como pressão arterial,
respiração, deglutição e vômito

Cada lado do encéfalo controla o lado


oposto do corpo.
PONTE

• É uma saliência bulbosa na superfície


ventral do tronco encefálico, acima do
bulbo e abaixo do mesencéfalo.

• Por sua função principal de atuar


como estação retransmissora de
informações entre o cerebelo e o
cérebro, a ponte muitas vezes é
agrupada com o cerebelo.

• A ponte também coordena o controle


da respiração junto aos centros do
bulbo.

MESENCÉFALO

• É uma área relativamente pequena,


situada entre a região inferior do
diencéfalo e o tronco encefálico.

• Principal função: controlar o


movimento dos olhos, mas ele também
retransmite sinais para os reflexos
auditivos e visuais.
Cerebelo e diencéfalo
Você sabia que a função especializada do cerebelo é processar informações sensoriais e
coordenar a execução dos movimentos?

Não se preocupe com tantos nomes! O mais importante para o objetivo principal desta
disciplina é você entender as principais funções relacionadas a esta estrutura!
Revisando então: o nosso encéfalo é dividido em tronco encefálico, cerebelo e cérebro.
Mas e o cérebro? É dividido em diencéfalo e telencéfalo (este último possui várias divisões
anatômicas e funcionais que serão discutidas posteriormente).
Então hoje, além do cerebelo, vamos conversar um pouquinho também sobre o diencéfalo
onde se encontram duas estruturas que estão muito intimamente relacionadas com funções
corporais importantíssimas e com o nosso sistema límbico: o tálamo e o hipotálamo.

VÍDEO
Agora que já tivemos uma ideia tridimensional do diencéfalo, vamos à nossa vídeo aula de hoje?
TEXTO
Referências
FONTE: NOURELDINE, Mohammad Hassan A. Fundamentos da neuroanatomia um guia
clínico. Rio de Janeiro GEN Guanabara Koogan 2019, e-book, cap.11, p. 94.

TÁLAMO

O tálamo é uma massa bilateral de substância cinzenta, de forma ovoide, situada no interior
do hemisfério cerebral, em posição superior ao hipotálamo.
No interior do tálamo, encontramos vários núcleos, isto é, muitos grupamentos neuronais
distintos citoarquiteturalmente. As principais conexões dos núcleos talâmicos e suas funções
estão esquematizadas no quadro abaixo.

O tálamo atua como uma espécie de relé, ou seja, um comutador central das vias que chegam
ao córtex. Praticamente toda a informação que chega ao córtex cerebral passa pelo tálamo,
que parece executar uma atividade estratégica de modulação no processamento da
informação no cérebro. No tálamo ocorrem modificações na informação que atingirá o córtex,
embora a natureza exata dessas modificações ainda não seja conhecida.
Dessa maneira, o tálamo parece ter um papel importante na mobilização, na associação e na
coordenação do funcionamento do córtex cerebral. Portanto, ao contrário do que se pensava
antes, o tálamo não é um simples repassador de informações ao córtex, mas interage com ele
e participa de forma ativa das funções habitualmente atribuídas ao córtex cerebral. quando
abordamos as funções talâmicas como um todo, podemos afirmar que o tálamo está
envolvido em processos sensoriais, motores, do controle emocional e do controle e da
ativação do córtex cerebral.
O epitálamo é formado por duas estruturas: a habênula e o corpo pineal. A habênula situa-se
superiormente ao tálamo e é constituída pelos núcleos habenulares, localizados sob os
trígonos das habênulas, visíveis de cada lado do corpo pineal. Os núcleos habenulares
participam de circuitos límbicos e recebem fibras aferentes do corpo estriado e de regiões
límbicas, como a área septal. Eles enviam fibras para a formação reticular (principalmente para
os neurônios dopaminérgicos e serotoninérgicos) e para o hipotálamo. Há evidências de que,
por meio dessas conexões, a habênula pode ter ação supressora da atividade motora, quando
ocorrem condições adversas (imobilização em situações de estresse).

HIPOTÁLAMO

O hipotálamo como um todo tem muitas conexões com outras estruturas do SNC; sendo uma
região heterogênea, seus diversos núcleos têm conexões diferentes entre si. No entanto
estudaremos as conexões hipotalâmicas tomando como referência o conjunto de suas
estruturas. Os núcleos do hipotálamo mantêm também numerosas conexões intra-
hipotalâmicas que, apesar de sua evidente importância funcional, são ainda pouco
conhecidas. As principais conexões extrínsecas podem ser vistas na figura abaixo.
O hipotálamo recebe fibras de numerosas estruturas límbicas. Essas estruturas se
notabilizam, dentre outras funções, pelo controle dos processos emocionais e motivacionais,
da função endócrina e do sistema nervoso autônomo (SNA).
• Ao hipotálamo chegam fibras provenientes da amígdala cerebral, do hipocampo (ligado
principalmente aos núcleos mamilares, por meio do fórnix) e da área septal.
• Também o córtex cerebral, particularmente a região pré-frontal, envia fibras ao
hipotálamo.
• Outro grupo de aferências importantes chega ao hipotálamo vindas da formação
reticular. Dentre essas projeções, devem-se salientar as vias aminérgicas: tanto as
fibras noradrenérgicas quanto serotoninérgicas ou dopaminérgicas terminam em
núcleos hipotalâmicos.

A maior parte das conexões mantidas pelo hipotálamo são recíprocas.


Uma importante projeção eferente do hipotálamo se faz com a hipófise ou glândula pituitária.
Os núcleos supraóptico e paraventricular têm alguns neurônios muito grandes, cujas fibras,
por meio do trato hipotálamo-hipofisário, chegam ao lobo posterior da pituitária ou neuro-
hipófise, na qual estabelecem contato com capilares sanguíneos.
• Os neurônios desses núcleos hipotalâmicos lançam o seu produto de secreção na
corrente sanguínea, à maneira das células endócrinas, sendo, portanto, diferentes dos
neurônios convencionais, cujo produto de secreção, os neurotransmissores, são
liberados nas sinapses, nas quais têm apenas ação local.
• O conhecimento desse fato levou à constatação de que o hipotálamo é, de certa
maneira, uma glândula endócrina, nele ocorrendo o fenômeno da neu- rossecreção.

Neurônios hipotalâmicos produzem substâncias que regulam a produção dos hormônios da


pituitária anterior ou adeno-hipófise. Como essa glândula, por sua vez, tem ação
coordenadora sobre a maior parte das outras glândulas endócrinas, pode-se dizer que o
hipotálamo é capaz de controlar o funcionamento de todo o sistema endócrino.
PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabia que o nosso tálamo funciona como uma estação de retransmissão?

CEREBELO

• É a segunda maior estrutura no encéfalo.

• Está localizado na base do crânio, logo acima


da nuca.

• O nome cerebelo significa “pequeno cérebro”


e, de fato, a maioria das células nervosas do
encéfalo está no cerebelo.

CEREBELO

• A função especializada do cerebelo é


processar informações sensoriais e
coordenar a execução dos movimentos.

• As informações sensoriais que nele


chegam vêm de receptores somáticos
da periferia do corpo e de receptores
do equilíbrio, localizados na orelha
interna.

• O cerebelo também recebe


informações motoras de neurônios
vindos do cérebro.
DIENCÉFALO

• Situa-se entre o tronco encéfalico e o cérebro.

• É composto de duas porções principais, o


tálamo e o hipotálamo, e duas estruturas
endócrinas, as glândulas hipófise e pineal.

• A maior parte do diencéfalo é ocupada por


diversos pequenos núcleos que compõem o
tálamo.
TÁLAMO

RECEBE FIBRAS SENSORIAIS DO TRATO


ÓPTICO, DAS ORELHAS E DA MEDULA
ESPINAL, BEM COMO INFORMAÇÃO
MOTORA DO CEREBELO.

ENVIA FIBRAS PARA O CÉREBRO, ONDE A


INFORMAÇÃO É PROCESSADA.

ESTAÇÃO DE RETRANSMISSÃO: A MAIORIA


DAS INFORMAÇÕES SENSORIAIS
PROVENIENTES DE PARTES INFERIORES DO
SNC CRUZA PELO TÁLAMO.

CENTRO INTEGRADOR: PODE MODIFICAR A


INFORMAÇÃO QUE CRUZA POR ELE

HIPOTÁLAMO

• Encontra-se abaixo do tálamo.

• É o centro da homeostasia e contém centros


que controlam vários comportamentos
motivados, como fome e sede.

• As eferências do hipotálamo também


influenciam muitas funções da divisão
autônoma do sistema nervoso, bem como uma
variedade de funções endócrinas.
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO

GLÂNDULA HIPÓFISE E GLÂNDULA PINEAL

• A neuro-hipófise (hipófise posterior) é uma


expansão inferior do hipotálamo que secreta
neuro-hormônios sintetizados em seus
núcleos.

• A adeno-hipófise (hipófise anterior) é uma


glândula endócrina verdadeira.

• Os seus hormônios são regulados por


neuro--homônios hipotalâmicos secretados
no sistema porta hipotalâmicohipofisário.

• Glândula pineal: secreta o hormônio


melatonina que está diretamente
relacionado aí ao nosso ciclo de sono.
SEMANA 7 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL - CÉREBRO

Revisão geral da semana 6 e introdução à semana 7


Se eu fosse você: assistia esta video aula! Lembre-se: esta página não é obrigatória, mas fiz
com muito carinho para que você consiga brevemente revisar o conteúdo da semana 6 e
integrá-lo melhor com a semana 7

VIDEO

VIDEO
Nosso cérebro é dividido pelo cerebelo e tronco encefálico que tem o Mesencéfalo, a ponte e
bulbo.
Também tem o nosso encéfalo que é chamado de nosso cérebro que é dividido em telencéfalo e
diencéfalo.

FUNÇÕES DO DIENCÉFALO : envolve o tálamo, hipotálamo, a glândula hipófise, a glândula e pineal.


TELENCÉFALO:

É o nosso centro superior, é o nosso centro mais evoluído. Abaixo as divisões que nosso telencéfalo
recebe e é importante atentar para todas porque em muitos textos vemos nomenclaturas diferentes,
diferentes classificações.

Do ponto de vista ANATÔMICO nosso cérebro possui classificações que são 5 lobos :

1 - Lobo frontal na cor vermelha.

2 - Lobo parietal na cor azul, ele é separado do lobo frontal e é divido em:
Sulco central – ele bem central como vê no desenho e vai separar o lobo frontal do lobo parietal.

3 – Lobo Temporal: ele é separado do lobo parietal e o lobo frontal através do sulco lateral.

4 - Lobo Occipital: ele é separado do lobo temporal e do lobo parietal pelo sulco parientoccipital
que está na região posterior.

5 – Lobo Insular: que é nossa ínsula.

Lobo Insular
RESUMINDO a divisão anatômica: Por causa dos sulcos que vão dividindo todos os nossos giros
cerebrais é que houve essa divisão.
1. Se falar em lobo frontal, lembrar de fronte, o mais anterior;
2. Se for parietal a partir do giro pós central;
3. Se for lobo occipital está bem lá atrás;
4. Se for temporal encontramos na lateral e
5. Se for lobo insular está por dentro, escondido.

Do ponto de vista FILOGENÉTICO nosso sistema nervoso foi evoluindo para que
conseguíssemos nos adaptar. nosso cérebro possui classificações. Do ponto de visto filogenético (de
evolução) é assim que se divide o nosso encéfalo.

São menos utilizados

Isocortex ou nesocortex: quer dizer novo. É a parte mais evoluída dentro do sistema nervoso. É nossa
parte do cérebro que está relacionada com nossas funções cognitivas.

Divisão: O isocortex é dividido pelo:


• Paleocortex que é uma parte mais primitiva;
• Archicortex
• Periarchicortex
• Proisocortex
Do ponto de vista de BRODMANN nosso cérebro foi dividido em 52 áreas.
Temos a divisão de acordo com a CITOARQUITETURA dessas células nervosas.
Quando tem estudos fisiológicos funcionais muitos utilizam das áreas de Brodmann para tentar
explicar algumas comunicações que temos.

• Ejecutivo: ligado a execução, planejamento (como vamos pensar na forma de executar as


coisas).
• Motor: como o sistema motor vai se comportar diante das situações
• Emocional: emoções
Tudo isso varia do lado direito para o lado esquerdo.
Do ponto de vista FUNCIONAL

Corpos dos neurônios


Axônios saem por aqui fibras comissurais lesões encefálicas

Sequelas do outro lado do corpo

Fibras de Projeção: temos a substância cinzenta do meu telencéfalo que é composta pelo córtex, que
é a parte mais externa, pelos neonúcleos, pelo sistema límbico é toda substância cinzenta mas temos
que lembrar que aqui estão os corpos dos neurônios (indicado com a seta acima) e a partir dos corpos
desses neurônios, eles têm que se comunicar com outras partes então os axônios têm que sair por
aqui (seta acima) e se comunicam tanto com as partes inferiores do corpo, ou não conseguiríamos, por
exemplo, mandar estímulos motores para o corpo de movimentar, mas por outro lado temos que ter
fibras, axônios para conduzir essa informação para baixo.

Como na figura ao lado (na cor verde indicando) as informações saem do sistema nervoso e vão
descendo, chega num de determinado momento algumas dessas fibras cruzam para o lado oposto,
por isso muitas vezes lesões encefálicas de um lado do corpo vão dar sequelas no outro lado do corpo.
Então essas fibras que saem do córtex cerebral e vão para outra região fora do córtex, elas são
chamadas de fibras projeção,, elas se projetam, não só nos nossos tratos que são de fibras nervosas
mas para outras estruturas também.

Fibras Comissurais : comunicam um lado do cérebro com o outro (indicado na cor azul na figura da
esquerda), elas ligam um lado do cérebro ao outro. Exemplo: corpo caloso.

Fibras Associativas: dentro de um mesmo hemisfério elas fazem comunicação de uma parte com a
outra. Exemplo: entre as áreas motores primárias, as áreas motores secundárias, preciso ter essa
comunicação. Se eu não tiver o neurônio comunicando com essas áreas, essas informações não serão
trocadas, então precisa ter essa comunicação dentro do mesmo hemisfério.
AULA - VIDEO
Cérebro- classificações anatômica, filogenética e citoarquitetural
Você já deve ter escutado uma série de nomes estranhos relacionados ao cérebro! Já ouviu
falar em lobo parietal? Em neocórtex? Em áreas de Brodmann? Sabe a que estes nomes dizem
respeito?
Se não, não se preocupe! No decorrer desta e da próxima semana você aprenderá nomes
muito importantes a respeito das diferentes formas como as estruturas cerebrais são
classificadas do ponto de vista anatômico, filogenético, citoarquitetural, bem como do ponto
de vista funcional! Veja que interessante:

O cérebro é composto por dois hemisférios – esquerdo e direito e o diencéfato que é uma parte
medial e única que inclui o tálamo e hipotálamo. Os dois hemisférios cerebrais são conectados por
vias comissurais, a maior delas é o corpo caloso com mais de duzentos milhões de fibras cruzando de
um lado para o outro.

Cada hemisfério cerebral é dividido em duas regiões distintas:


• Uma parte periférica – o córtex que é formado por substância cinzenta constituído por corpos
de neurônios.
• Uma parte central formada por substância branca – contém o axônio de neurônio.

Cada hemisfério possui fissuras e sulcos que definem os lobos.


Existem a Fissura de Sylvian que fica na artéria cerebral média que separa o lobo frontal do lobo
temporal. Há também o sulco central entre o lobo parietal e o lobo frontal. Por último o sulco
parietoocipital separando o lobo occipital dos lobos temporal e parietal.
Além disso há um 5º lobo não visível na superfície, o lobo da ínsula encontrado pela remoção da
fissura de Sylvian (silvius) .

Em cada lobos existem sulcos menos profundos que delimitam cristas do córtex cerebral chamadas
de giros.

PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabe exatamente onde se localiza a nossa famosa “massa cinzenta”?
CÉREBRO

• É a porção maior e mais evidente do


encéfalo humano e preenche a maior parte da
cavidade craniana.

CÉREBRO

SUBSTÂNCIA CINZENTA CEREBRAL: pode Núcleos da base


ser dividida em três regiões principais:

• o córtex cerebral (até 60.000 sinapses por


neurônio), é o que está por fora do nosso
cérebro.

• o sistema límbico (envolvido com as


emoções e memória);

• os núcleos da base (envolvidos com o


controle dos movimentos). São agrupamentos
de corpos de neurônios.
CÉREBRO

SUBSTÂNCIA BRANCA CEREBRAL: SUBSTÂNCIA BRANCA


Corpo do neurônio
Encontrada principalmente no interior das fibras
substâncias cinzentas.

• São feixes de fibras permitem que


diferentes regiões do córtex se comuniquem
entre si e também transfiram informações de
um hemisfério ao outro.

• As informações que entram e saem do


cérebro são conduzidas pelos tratos que
passam através do tálamo (com exceção da
informação olfatória). É como se o tálamo
fosse uma torre de transmissão dentro do
meu sistema nervoso.

CONHECIMENTOS ESSENCIAIS

• O córtex cerebral é a camada mais externa do cérebro com apenas alguns milímetros de
espessura.
• Não é homogêneo nem quanto à estrutura nem quanto às funções, então para cada região do
meu córtex cerebral eu tenho uma diferente e estruturas celulares diferente.

• Em razão disso, no seu estudo, costumam ser utilizadas CLASSIFICAÇÕES que levam em
conta diferentes aspectos de sua morfologia, da sua evolução ou da sua função.
CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA
Quando falamos de classificação anatômica estamos referindo, mais ou menos aos ossos. Se
pegarmos os ossos do crânio veremos que os lobos têm os nomes semelhantes a inclusive aos ossos
que estão perto.
Anatomicamente podemos dividir o córtex cerebral em :
1. lobo frontal,
2. lobo parietal,
3. lobo temporal,
4. lobo occipital e
5. lobo insular (insula). Alguns autores tratam como sistema límbico.

Em cada um desses lobos, por sua vez, são encontrados sulcos (fendas) e giros (circunvoluções) com
nomenclatura própria, então quando eu falo em fenda, estou falando nesses buraquinhos e quando
estou falando em sulcos – áreas mais gordinhas. Basicamente nosso cérebro é dividido em vários
sulcos e em vários giros. O sulco central é muito famoso poque vai dividir em giro pós central (atrás)
e pré-central (na frente).

FENDAS
SULCOS
GIRO CENTRAL
CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA

Divide-se de acordo com a evolução do


cérebro no decorrer do desenvolvimento
humano

1. Isocórtex (neocórtex): camada externa do


cérebro.

• Inclui por exemplo a área sensorial primária,


área motora primária e os córtices de
associação.

• É o córtex mais evoluído.

• Seus neurônios estão dispostos em colunas


verticais e em camadas horizontais que são 6
no total, onde se originam as nossas funções
encefálicas superiores. Compostas por várias
células diferentes.

CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA

Os tipos celulares que ajudam a definir as 6


camadas corticais são:

• Células piramidais (ou neurônios piramidais):


• Direcionadas para a superfície do
encéfalo.
•São responsáveis pela saída de
informações do córtex cerebral.

• Células granulares (ou neurônios granulares):


•Recebem dados do tálamo, é nossa via
de transmissão.

•Outras células menos comuns também


podem ser encontradas como as células de
Martinotti, células fusiformes e horizontais.
CLASSIFICAÇÃO FILOGENÉTICA

2. Alocórtex: mais primitivo e composto por


menos de seis camadas. Está estrutural e
funcionalmente associado aos sistemas límbico
que é um sistema mais primitivo, ligado ao
medo, as emoções e olfatório e é
subclassificado ainda em:

2.1 Paleocórtex:
• Córtex entorrinal que compreende o giro
para-hipocampal.
• Córtex piriforme que compreende o unco.
• Giro orbitofrontal lateral (giro olfatório lateral

2.2- Arquicórtex: é representado por:


• Giro denteado.
• Hipocampo.

CLASSIFICAÇÃO CITOARQUITETURAL

• A mais conhecida é a Classificação de Brodmann, porque divide o córtex em cinquenta e duas


regiões diferentes, cada uma designada por um número. No momento de estudo fica mais fácil se
elas estiverem numeradas.

• São mais precisas e possibilitam delimitar áreas com conexões e funções distintas, por isso a
classificação de Brodmann é frequentemente usada em estudos fisiológicos e clínicos.

Exemplo: vamos falar da área 6 de Brodmann ou área 20 como na indicação abaixo


Cérebro- classificação funcional: princípios básicos
Agora que você já entendeu como é a classificação anatômica e citoarquitetural do cérebro
humano, vamos discutir hoje alguns conceitos básicos para que você consiga entender
melhor o conteúdo que será abordado na próxima semana ou seja, como o nosso cérebro é
classificado do ponto de vista funcional (de acordo com suas diferentes funções).
Mas que conceitos básicos são estes? Você sabe por exemplo que fibras nervosas
(constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias) fazem as diferentes partes do nosso
encéfalo "conversarem" entre si?

PERGUNTINHA BÁSICA
Você sabia que nosso córtex é dividido funcionalmente em áreas primárias, secundárias, terciárias e
sistema límbico?
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Algumas áreas são mais especializadas que outras

Dividido funcionalmente em:

• Áreas primárias - cor cinza claro

• Áreas secundárias - cor cinza escuro

• Áreas terciárias – cor rosa

• Áreas límbicas – cor branca

Diferentes regiões = diferentes funções.

• Existe certa especialização funcional dentro


de regiões do córtex cerebral, embora não se
faça em termos absolutos

• Diferentes áreas podem contribuir para a


realização de uma mesma função.

Áreas funcionais do córtex cerebral humano:


primárias (cinza claro), secundárias (cinza escuro),
terciárias (rosa) e límbicas (branco).

CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA ENTENDERMOS MELHOR A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

Antes de falarmos sobre a substância cinzenta cerebral, alguns conceitos:

Substância branca subcortical (centro medular ou semi-oval): composta por axônios de neurônios
(fibras nervosas) e células gliais é o que faz as regiões do SN “conversarem”!

Lembrando que:
• Fibras nervosas: são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias.
• Trato: é o conjunto de fibras nervosas dentro do SNC (sistema nervoso central).
• Nervos: é o conjunto de fibras nervosas fora do SNC, ou seja, no SN Periférico.

Tanto o trato quanto os nervos são conjuntos de fibras nervosos só que o trato está no SNC e os
nervos no SNP.
• As fibras nervosas são divididas em:

1. Fibras de projeção: conectam o córtex (que é a substância cinzenta da periferia do cérebro-


“casca” do cérebro) a estruturas fora do cérebro (ou seja, fora do telencéfalo).

2. Fibras de associação: conectam pontos diferentes do cérebro (telencéfalo), são fibras que estão
dento do próprio cérebro conectando diferentes regiões em um mesmo hemisfério cerebral.
Desde que estejam na mesma metade do cérebro elas serão chamadas assim.

3. Fibras comissurais: conectam regiões semelhantes entre os dois hemisférios cerebrais


diferentes.

1. Fibras de projeção: entre o córtex e estruturas fora do cérebro.

1.1- Fórnice: tem fibras de projeção que vão conecta o hipocampo (estrutura do telencéfalo)
ao corpo mamilar (diencéfalo).
1.2- Cápsula interna (coroa radiada): é o principal conjunto de fibras de projeção. Ela sai do giro pre-
central, do córtex motor e envia fibras nervosas para baixo, para o Sistema Nervoso fora do
telencéfalo.

Uma parte importante do montante de suas fibras correspondem aos tratos corticoespinal (liga o
córtex à medula espinal) e corticonuclear (liga o córtex aos núcleos do tronco encefálico).

Corticoespinal, é um nome difícil mas vale lembrar que tudo que tem ligação ela traz ligação do
nome das estruturas envolvidas.

2. Fibras de associação: conectam pontos


diferentes do cérebro (telencéfalo), em um 1: Fascículo occipitofrontal superior;
mesmo hemisfério cerebral. 2: Fascículo longitudinal superior;
3: Fascículo longitudinal inferior;
Ex: Fascículo longitudinal superior (número 2 4: Fascículo uncinado
na figura) contém o fascículo arqueado = um
feixe de axônios.

Uma parte dele une as áreas de Broca (no giro


frontal inferior) à área de Wernicke (entre lobo
temporal e parietal).

Alterações nesse fascículo, levam a afasia de


condução (problema de linguagem, devido
falha na comunicação entre essas áreas).
3. Fibras comissurais: conectam regiões
semelhantes entre os dois hemisférios
cerebrais:

• comissura anterior
•corpo caloso (maior comissura do
telencéfalo- vide figura abaixo), é a maior, está
bem na região central e que vai fazer a conexão
entre os dois hemisférios cerebrais.

RESUMO:

Fibras de projeção: sai do telecéfalo e se projeta para outras regiões


Fibras de associação: conectam diferentes estruturas dentro do telecéfalo
Fibras comissurais: vão conectar regiões semelhantes entre os dois hemisférios.
SEMANA 8 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL - CÉREBRO

CONSTURANDO
Revisão geral da semana 7 e introdução à semana 8
Se você quiser revisar o conteúdo da semana 7 antes de entrar na semana 8 de forma a
conseguir integrá-lo melhor com os novos conteúdos, vamos lá!

VÍDEO

Na semana7
Classificações possíveis do nosso encéfalo, as divisões anatômicas ou citoarquiteturais ou
filogenéticas ou funcionais.

Conceitos importantes em relação a:


Fibras de projeção,, as fibras de associação e as fibras comissurais.
Cérebro- classificação funcional

Área primária: córtex somatossensorial primário na cor azul mais escuro

Área secundária: área de associação sensorial relacionada a questões sensoriais (neurônios sensitivos,
sensoriais, os aferentes – que recebem informações do corpo todo para que a informação seja
integrada e o corpo possa e o corpo possa reagir da forma adequada. Está na cor azul clara.

Das áreas motoras primárias ( cor rosa) nós temos:


Córtex motor primário e ao lado dele temos córtex pré motor que é uma área secundária

Das áreas terciárias, no desenho está na cor azul, muito do que é planejado aqui vai passando através
de fibras de associação para outras regiões, o que eu preciso executar para que possa acontecer da
melhor forma possível e como exemplo sai as fibras de projeção que vão se comunicando através de
várias estruturas até chegar na medula e descer e encontrar lá o meu músculo para que aja uma troca
de informações para que esse músculo contraia.

Cérebro- classificação funcional


Agora sim! Vamos entender como o nosso cérebro é classificado do ponto de vista funcional!
Você se lembra que quando estudamos sobre a classificação funcional dos neurônios haviam
os neurônios classificados como sensitivos (aferentes), motores (eferentes) e os mistos? Você
verá que há áreas no cérebro onde predominam os neurônios motores, como por exemplo
na área motora primária e daí por diante!
Vimos na última semana então que o cérebro é dividido funcionalmente em:

• Áreas primárias,
• Áreas secundárias,
• Áreas terciárias e
• Áreas límbicas

Já que introduzimos o assunto, vamos a nossa vídeo aula? Ela ficou um pouco mais extensa
do que de costume (porque tentei ser bem detalhista ao explicar pontos chaves deste tema),
mas vai valer a pena cada minuto para melhor compreender como funciona nosso cérebro!
Vamos a um exemplo prático de como todas estas áreas "conversam" entre si? Vejam o que
me aconteceu ao montar esta aula de hoje para você. Acredito que assim, você conseguirá
integrar muito melhor os conhecimentos que escutou na vídeo aula de hoje!

1. Enquanto eu estava formulando esta aula, minhas áreas terciárias estavam


trabalhando pois, eu precisava buscar informações sobre a neuroanatomofisiologia
e sobre língua portuguesa nas regiões onde minhas memórias estão armazenadas.
1. Quando minhas áreas terciárias decidiram o que elas queriam te dizer, a
informação passou para as minhas áreas motoras secundárias por meio de fibras
de associação. Você se lembra delas? Se não, reassista a aula da última semana!
2. Aí, na área motora secundária foi feita a programação de como os meus dedos
iriam se mover para que eu pudesse digitar este texto.
3. Como eu já possuo programas de como mover os dedos para alcançar
determinadas teclas do meu computador (isso devido à aprendizagem motora
adquirida ao longo dos anos), isso não foi uma tarefa difícil para mim!
4. Aí, com o movimento já programado, esta informação foi transportada através
de fibras de associação (axônios + bainhas envoltórias) que partiram da área motora
secundária para a área motora primária. Você se lembra dos potenciais de ação
(sinais elétricos) que são transmitidos através dos axônios? E das sinapses entre os
neurônios? Tudo isso está funcionando neste momento!
5. Como a área motora primária (onde existem os neurônios motores
superiores) conecta o córtex com estruturas subcorticais (ou seja, que se
encontram abaixo do córtex), de lá partiram fibras de projeção para levar a ordem
do movimento aos neurônios motores da medula espinal (essas fibras formam o
trato córtico-espinal).
6. Aí, finalmente, os axônios que compõe o trato córtico espinal fizeram sinapse com
os neurônios motores inferiores (também chamados de motoneurônios) que
inervam os músculos dos meus braços, mãos e dedos, pois estes são os principais
músculos necessários para que eu consiga me movimentar e digitar este texto!
7. Mas, professora... e as áreas límbicas... onde elas entram nesta história? kkkkk....
elas também foram ativadas, pois, acredite, você ou não: sempre me emociono
positivamente ao preparar as minhas aulas!

Bem, espero que agora as coisas já estejam fazendo mais sentido para você! Quando
estudarmos o sistema límbico, por exemplo, e você conseguir integrá-lo com as áreas
primárias, secundárias e terciárias, os movimentos que fazemos perante determinadas
emoções ficarão muito mais claros para você! A neuroanatomofisiologia é complexa, mas ao
mesmo tempo, é LINDA e EMOCIONANTE! Concorda?
PERGUNTINHA BÁSICA
Você já viu a imagem deste homúnculo de boca grande e dedos enormes por aí? Sabe o que ela
significa?

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO NOSSO CÉREBRO


ÁREAS PRIMÁRIAS – usam fibras de projeção

Lembrando que ele é dividido em:

Áreas primárias, áreas secundárias, áreas


terciárias e áreas límbicas.

• Também chamadas de áreas de projeção do


córtex cerebral, são diretamente relacionadas
com a motricidade ou com a sensibilidade.

Possuem:

• Fibras de projeção aferente: fibras que levam


informação do tálamo para o córtex (informação
sensorial chegando no córtex) normalmente
informações sensoriais que estão chegando no
córtex que é a região cinzenta mais externa do
cérebro.

• Fibras de projeção eferente: fibras que levam


informação do córtex para a medula espinal
(informação motora deixando o córtex). Saem do
cérebro e são enviadas para o corpo, exemplo:
para que eu mexa minha mão.

Neurônios roxos: representam fibras de projeção


aferentes. Neurônios vermelhos: representam fibras
de projeção eferentes.
1 – ÁREA MOTORA PRIMÁRIA

• Localiza-se, na espécie humana,


basicamente na região do giro pré-central,
correspondendo à área 4 de Brodmann. Fica
antes do sulco central que é aquela fenda no
meio do cérebro.

Na região anterior – pré frontal do cérebro,


região da frente do cérebro é como se eu
tivesse um olho aqui. Essa área corresponde
a área 4 de Brodmann, aquelas divisões
citoarquiteturais de Brodmann e nela
observa:

• Observa-se nela uma somatotopia, ou seja,


para cada parte do corpo existe uma região
correspondente no córtex cerebral, ou seja,
é como se tivéssemos uma
representatividade de cada parte do corpo lá
no nosso córtex.

1 – ÁREA MOTORA PRIMÁRIA

Para cada região do córtex eu tenho uma especialização em determinadas partes do corpo.

• Assim, pode-se delinear, na superfície do córtex, um “homúnculo” motor distorcido.

• Olha que interessante: a representação para o tronco é relativamente pequena, enquanto para a
face e para os dedos, é extensa porque:

• A correspondência se faz não com o tamanho do órgão, não é porque eu tenho tronco maior,
que lá no cérebro, a região responsável pelo cérebro será maior e sim por especialização, quanto
mais movimentos finos uma região faz, mais área no córtex tem reservada pra ela, o controle vai
ter que ser mais adequado, mais fino e isso vai variar de acordo com essa capacidade de realizar
movimentos precisos a qual varia em cada parte do corpo.
Por isso eu tenho uma mímica facial, músculos pequenos no rosto, então eu preciso de uma área
grande no córtex cerebral para controlar esses movimentos.
2 – ÁREA SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIA (somestésica)

Geralmente é o contrário da motora: tenho


o giro central, o sulco central e logo atrás eu
tenho o giro pós central que onde se localiza
a minha região somestésica que está muito
ligada ao que recebo de estímulos sensoriais
principalmente relacionado ao tato, pressão
(quando aperto o dedo).

• Situa-se no giro pós-central,


correspondendo às áreas 1, 2 e 3 de
Brodmann.

• A essa região, chegam as fibras originadas


de neurônios situados no tálamo, portadoras
das informações sensoriais somáticas da
metade contralateral do corpo e cabeça.
Na metade direita eu recebo informações do
que está acontecendo no meu lado
esquerdo e vice versa.

• Lesões nesta área provocarão deficiências


sensoriais como a incapacidade de sentir ou
de localizar estimulações táteis no lado
contralateral.

3 – ÁREA VISUAL PRIMÁRIA

Apensar do nosso olho estar aqui na frente, a nossa


área visual ela está lá atrás:

• Localiza-se nas bordas do sulco calcarino no lobo


occipital, correspondendo à área 17 de Brodmann

• A essa área, chegam as informações visuais por meio


das fibras do trato geniculocalcarino, originadas no
corpo geniculado lateral.

• O córtex visual primário de cada hemisfério cerebral


recebe informações procedentes do campo visual
contralateral.
A partir das sinapses com os motoneurônios que inervam os músculos dos seus braços, mãos
e dedos, os estímulos elétricos (potenciais de ação) e químicos (neurotransmissores) levarão
a informação de que é necessário que os músculos se contraiam para que você consiga se
movimentar e digitar a resposta correta.
Com o movimento já programado, a informação será transportada através de fibras de
associação que partirão da área motora secundária para a área motora primária.
Como a área motora primária conecta o córtex com estruturas subcorticais, de lá partirão
fibras de projeção (axônios) para levar a ordem do movimento aos neurônios motores da
medula espinal.
Quando suas áreas terciárias decidirem o que elas querem responder, a informação passará
para as suas áreas motoras secundárias por meio de fibras de associação para que o seu
movimento para apertar a tecla correta seja programado.

4 – ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA

• Situa-se no giro temporal transverso anterior,


correspondendo às áreas 41 e 42 de Brodmann

• Ela recebe as informações auditivas vindas por


meio das fibras oriundas do corpo geniculado medial.

• Sons de diferentes frequências excitarão partes


diferentes do córtex auditivo. Dependendo dos tipos
desse som vai estimular áreas diferentes.,

5. Outras áreas primárias

• Área olfatória: situa-se na porção mais anterior do


giro parahipocampal e do úncus.

• Área gustativa: situa-se em uma porção


intermediária da ínsula.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
ÁREAS SECUNDÁRIAS – usam fibras de associação

São áreas que vão associando informações dentro do encéfalo para poder fazer as diferentes
comunicações entre as diferentes estruturas cerebrais, para que tenhamos comportamentos
adequados.
• As áreas secundárias são áreas de associação, estão conectadas diretamente às áreas de
projeção e ocupam a maior parte da superfície do cérebro humano.

• Utilizam as fibras de associação para se comunicar.

• São unimodais (um modo só), ou seja, estão relacionadas com uma determinada modalidade
sensorial ou com a motricidade.

• Geralmente, estão justapostas às áreas primárias correspondentes e com elas interagem por
meio de conexões diretas.

• A área somestésica secundária por exemplo, está logo atrás da área somestésica primária.

ÁREAS SECUNDÁRIAS

• As áreas corticais secundárias parecem ser importantes em uma segunda etapa no


processo de decodificação sensorial.

• Elas recebem as informações já processadas nas áreas primárias e interagem, por sua vez,
com as áreas terciárias e com as áreas corticais límbicas, responsáveis, por exemplo, pelo
processamento da memória.
ÁREAS SECUNDÁRIAS

• Lesões das áreas sensoriais secundárias não causam


déficits simples, mas resultam em agnosias (do grego
agnosis = “desconhecimento”).

• Por exemplo: lesão da área visual secundária não


provoca cegueira, mas produz agnosia visual, ou seja, o
indivíduo será capaz de enxergar um objeto posto diante
dos seus olhos, digamos um relógio, mas não conseguirá
reconhecer o objeto como sendo um relógio.

ÁREAS SECUNDÁRIAS

• Outro aspecto relevante a respeito das áreas secundárias refere-se a sua assimetria funcional nos
dois hemisférios cerebrais.

• Lesões nas áreas secundárias no hemisfério esquerdo não provocam as mesmas alterações de
lesões similares no hemisfério direito, ou seja, provocam sintomatologia diversa daquela provocada
por lesões no hemisfério direito. Exemplo:

• Lesões na área auditiva secundária do lado esquerdo podem levar a dificuldades na percepção
dos sons da linguagem (afasia),

• Lesões na mesma região no lado direito provocarão, com maior probabilidade, distúrbios na
percepção de sons musicais (amusia).
ÁREA MOTORA SECUNDÁRIA

• Importante para o planejamento motor.

• Antes do início de um movimento voluntário é possível registrar uma alteração da atividade


elétrica nessa região (há ali um aumento do fluxo sanguíneo quando se pede a um indivíduo para
“pensar” em um movimento sem, no entanto, executá-lo).

Exemplo: estou planejando levantar minha mão, os estudiosos viram que já é possível ver atividade
elétrica nas áreas motoras secundárias, só pelo simples fato de eu estar pensando em levantar a
mão.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
ÁREAS TERCIÁRIAS

• As áreas terciárias são áreas integradoras,


conectadas basicamente com as áreas
secundárias e com as áreas límbicas.

• São multimodais ou supramodais, ou seja,


estão envolvidas com as atividades
superiores, como, por exemplo, o
pensamento abstrato ou os processos que
possibilitam a simbolização.

Supramodais – processos superiores


ÁREAS TERCIÁRIAS

Existem, basicamente, duas áreas terciárias


(supramodais) que estão demonstradas na
cor rosa.

1. Córtex pré-frontal: situa-se na porção mais


anterior do lobo frontal. Ligado
principalmente a nossas emoções, nosso
planejamento, avaliação do que foi recebido
de estímulo e a regulação de como
responder a esse estímulo.

2. Área temporoparietal: compreende uma


região na confluência dos lobos temporal e
parietal:

ÁREAS TERCIÁRIAS
CÓRTEX PRÉ - FRONTAL

• Está integrado em muitas redes nervosas cerebrais de larga escala, por meio das quais ele
recebe e envia informações, executando papel integrador no controle do comportamento.

• Funções executivas: capacidade de planejar, executar e monitorar (modificando, se necessário)


as estratégias de comportamento mais adequadas para fazer frente às diferentes situações do
cotidiano, bem como planejar as ações futuras de curto e longo prazo.

• Parece se ocupar também um papel muito importante da memória operacional.


ÁREAS TERCIÁRIAS

• São encarregadas de integrar de forma mais complexa as informações que chegam das
áreas sensoriais primárias e secundárias e, em seguida, de produzir as estratégias
comportamentais adequadas, enviando instruções às áreas motoras secundária e primária.

• Nelas, juntamente com as regiões límbicas, ocorre a fusão entre as funções de controle
do meio interno e as de interações com o meio externo.

• As regiões corticais terciárias não estão maduras nos primeiros anos de vida e precisam
da interação da criança com o meio ambiente para que se estabeleçam nelas as conexões
necessárias, as quais lhes possibilitam assumir a

plenitude das suas funções.


Cérebro- visão geral das funções encefálicas
Agora que você já entendeu sobre as possíveis classificações do cérebro humano, vamos
finalizar esta primeira parte da disciplina integrando tudo! O encéfalo recebe a entrada
sensorial dos ambientes interno e externo (visão, audição, etc), integra e processa a
informação. Se apropriado, gera uma resposta.

PERGUNTINHA BÁSICA
O que uma pessoa destra faz se quebrar a mão direita e precisar escrever? Ficou na dúvida, não é?
INTRODUÇÃO

• O encéfalo recebe a entrada sensorial dos


ambientes interno e externo, integra e
processa a informação e, se apropriado, gera
uma resposta.

• O que torna o encéfalo mais complicado


do que a via reflexa simples é a sua
habilidade em gerar informações e respostas
na ausência de estímulo externo.

• Modelar essa geração de estímulos


intrínsecos requer um delineamento mais
complexo.

Há três sistemas que influenciam as respostas dos sistemas motores do corpo: sistema
sensorial, sistema cognitivo e o sistema comportamental.
Em um reflexo neural simples (letra A da figura acima), os neurônios sensoriais levam a
informação até o sistema nervoso central. Lá esta informação é integrada e logo ocorre uma
resposta.
Um exemplo de influência do sistema comportamental pode ser quando prendemos a
respiração voluntariamente, pois isso supera funções automáticas executadas pelo tronco
encefálico ligadas à respiração.
Os reflexos neurais simples são adequados para explicar a maioria dos mecanismos
homeostáticos de controle.
INTRODUÇÃO

Há três sistemas que influenciam as


respostas dos sistemas motores do corpo:

1. Sistema sensorial: monitora os meios


interno e externo e inicia respostas reflexas;

2. Sistema cognitivo: reside no córtex


cerebral e é capaz de iniciar respostas
voluntárias;

3. Sistema comportamental: reside no


encéfalo e controla os ciclos sonovigília e
outros comportamentos.

• Vias reflexas simples iniciadas pelo sistema sensorial e executadas pela saída motora: são
adequadas para explicar a maioria dos mecanismos homeostáticos de controle.

• Entretanto, os sistemas cognitivo e comportamental também podem influenciar.

• Essa influência pode ser na forma de comportamento voluntário, como prender a


respiração, que supera funções automáticas ou por interações mais sutis e complicadas que
incluem o efeito das emoções na fisiologia normal, tais como:

• palpitações cardíacas induzidas por estresse e

• importância dos ritmos circadianos no jet lag (mal estar por mudança de fuso horário) e na
inversão de turno de trabalho.
ÁREAS FUNCIONAIS DO CÓRTEX CEREBRAL

Nâo necessariamente elas correspondem ao lobos anatômicos do encéfalo

I. As áreas que estão envolvidas com as atividades superiores, como, por exemplo, o
pensamento abstrato ou os processos que possibilitam a simbolização são
denominadas áreas terciárias. Utilizam fibras multimodais (tanto sensoriais, quanto
motoras) para se comunicar com as áreas secundárias e/ ou límbicas. Exemplos:
córtex pré-frontal e área temporoparietal.
II. As fibras de associação que as áreas secundárias utilizam para se comunicar são
unimodais, ou seja, estão relacionadas somente com a modalidade sensorial ou
somente com a motricidade. Ex: Área de associação sensorial e a área de
associação motora (córtex pré-motor).

III. As áreas primárias são diretamente relacionadas com a motricidade ou com a


sensibilidade. Ex: área motora primária e área somatossensorial primária.
ÁREAS FUNCIONAIS DO CÓRTEX CEREBRAL

• Estas áreas não necessariamente correspondem aos lobos anatômicos.

• A especialização funcional não é simétrica no córtex cerebral: cada lobo tem funções especiais
não compartilhadas com o lobo correspondente do lado oposto.

• Esta lateralização cerebral da função é muitas vezes referida como dominância cerebral, mais
popularmente conhecida como dominância cérebro direito/cérebro esquerdo.
ÁREAS FUNCIONAIS DO CÓRTEX CEREBRAL

• A linguagem e as habilidades verbais


tendem a estar concentradas no lado
esquerdo do cérebro, e as habilidades
espaciais, no lado direito.

• O hemisfério esquerdo é o hemisfério


dominante para as pessoas destras e parece
que o hemisfério direito é dominante para
muitas pessoas canhotas.

ÁREAS FUNCIONAIS DO CÓRTEX CEREBRAL

• As conexões neurais no cérebro, assim • Habilidades normalmente associadas a um lado


como em outras partes do SN, exibem do córtex cerebral podem ser desenvolvidas pelo
plasticidade. outro hemisfério, como ocorre quando uma pessoa
destra com a mão direita quebrada aprende a
• Se uma pessoa perde um dedo, as regiões escrever com a mão esquerda.
dos córtices motor e sensorial, previamente
destinadas a controlar o dedo, não ficam
sem função.

• Regiões adjacentes do córtex estendem os


seus campos funcionais e assumem a parte
do córtex que não é mais utilizada pelo dedo
ausente.

Você também pode gostar