III SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – SEMIC 2018 – IFCE: Juazeiro do Norte, 16 a 20 de outubro.

FAKEBOOM: ARTEFATO MICROCONTROLADO PARA USO EM JOGOS DE

AÇÃO

Pedro Deanotti Silva Freitas1, Msc. Derig Almeida Vidal2

Área do Conhecimento: 1.03.04.00-2 Sistemas de Computação

Introdução

Definido como um jogo que simula ações de combate vividas todos os dias pelas polícias
e tropas de elite de todo o mundo, o Airsoft tem conquistado adeptos em todo o Brasil (E-
MILITAR, 2016). Criado no Japão ao fim da década de 1970 quando as negociações com
armas de fogo tornaram-se proibidas e as companhias que antes as produziam começaram a
comercializar réplicas que disparam projéteis plásticos. O Airsoft também é definido como
um esporte de ação que simula situações de combate onde tais réplicas de armas de fogo são
utilizadas e disparam pequenas esferas plásticas de 6 mm de diâmetro. Inicialmente eram
usadas por colecionadores e pela indústria cinematográfica, com o tempo foram aplicadas em
situações de simulação de combate (SOUZA, 2016).
Tal jogo vem crescendo bastante no Cariri cearense, atualmente contando com equipes
formadas por mais de 30 membros. Uma das principais características deste jogo é a busca
por simulações de situações muito próximas da realidade. Na Figura 1, são visualizados
alguns membros do Guará Real Action, Unidade Tática de Airsoft Cariri (UTAC) e a equipe
Cangaceiros Airsoft participando de um evento na cidade de Crato, Ceará.

Figura 1. Membros de equipes caririenses de Airsoft antes da realização de mais um

jogo. Fonte: Autor.
Um estilo de jogo bastante comum no Airsoft é a implantação e a captura de uma
simulação de bomba temporizada onde uma das equipes conquista um determinado local e
instala a bomba ligando o seu temporizador, o mesmo faz uma contagem de tempo
decrescente. A equipe que executou a instalação da bomba deve proteger o artefato até que a
contagem de tempo seja finalizada e o som da explosão seja emitido, ganhando assim a
partida. Por outro lado, a segunda equipe tentará conquistar o local protegido pela primeira.
Ao conquistar o local, esta deve desarmar o artefato antes que o tempo seja esgotado,
ganhando assim a equipe que realizar a sua missão antes da outra.
Com o crescimento do Airsoft também está crescendo a demanda por equipamentos a
serem utilizados nos jogos, dentre os diversos equipamentos comuns nesse tipo de jogo se
destacam as bombas simuladas, ou, bombas fake. Tal artefato é pouco encontrado no

1
Aluno de Automação industrial, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Juazeiro do Norte. Av. Plácido
Aderaldo Castelo, 1646 - Planalto, Juazeiro do Norte - CE, 63040-540. E-mail: deanottis@gmail.com
2
Orientador, Professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Juazeiro do Norte. Av. Plácido
Aderaldo Castelo, 1646 - Planalto, Juazeiro do Norte - CE, 63040-540.E-mail: derigalmeida@yahoo.com.br
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mercado, além de ter um preço elevado e baixa durabilidade, abrindo assim um mercado a ser
explorado com um produto a preço mais convidativo e maior durabilidade.
Dessa forma, o presente trabalho buscou desenvolver um protótipo de um artefato que
atenda as demandas regionais e nacionais a um custo competitivo e com qualidade, além de
desenvolver software no controlador Arduino, atendendo as funcionalidades selecionadas para
o produto, finalizando com aspectos externos harmonizados e atrativos para a
comercialização.

Material e Método
Como ambiente de desenvolvimento do código fonte, foi utilizado a Integrated
Development Environment (IDE), pois é o software compatível para programação do
controlador, com mais praticidade e velocidade.
O Arduino, segundo o site do fabricante (2017), é uma plataforma eletrônica de código
aberto baseada em hardware e software simples de usar, sendo possível configurar entradas e
saídas. Através do código, foi configurado os pinos de saída e entrada dos periféricos.
O projeto utilizou como periféricos um Display LCD, para mostrar os dados ao usuário,
como, por exemplo, a contagem de tempo e a função que o dispositivo realizará, um teclado
para entrada de dados, como: senha, tempo e seleção de funções. Uma sirene, para sinalizar o
final do tempo com uma grande intensidade acústica, onde se faz necessário um circuito
auxiliar de acionamento, para evitar danos a saída do microcontrolador. Os componentes
utilizados são exibidos na Figura 2. Uma pequena campainha é usada para facilitar a
percepção do acionamento dos botões e das funções, bem como, pequenas luzes que são os
diodos emissores de luz (LED).

Figura 2. Alguns componentes utilizados no projeto. Fonte: Autor.

O equipamento terá como conector de alimentação o mini-tamya, pois o mesmo é muito
utilizado nas baterias utilizadas no esporte. Ele pode ser alimentado com uma bateria de 7,4
V até 11,1 V, com cerca de 1.100 mAh, permitindo assim uma maior quantidade de horas de
uso do equipamento. O dispositivo é ligado ou desligado por uso de uma chave.
A conexão dos componentes foi realizada através de fios soldados e isolados (Vide
Figura 3a), garantindo uma maior segurança nos testes em campo. O circuito é fixado em
uma caixa de acrílico de tamanho adequado e resistente a choques mecânicos (Figura 3b).
Por ser um equipamento para simulações e jogos de ação, a explosão simulada do artefato é
representada pelo acionamento da sirene vista na Figura 3c.
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(a) (b) (c)

Figura 3. (a) Fios durante o processo de soldagem e isolação, (b) Circuito fixado em
caixa de acrílico e (c) Sirene utilizada. Fonte: Autor.

O teste do equipamento foi realizado em primeira instância via simulação computacional

do seu circuito eletrônico (Figura 4a) através do simulador eletrônico Proteus. A simulação
foi bem-sucedida. Partindo desta, iniciamos a montagem e testes em protoboard, dentro do
laboratório de Sistemas Digitais, explicito na Figura 4b.

(a)

(b)
Figura 4. (a) Circuito durante a simulação em ambiente virtual; (b) Montagem do
protótipo em protoboard. Fonte: Autor.
Durante os testes, teve-se problemas com o volume da sirene, que das primeiras
tentativas, não funcionou como o esperado. Tal problema foi sanado com a substituição da
sirene e adaptação de sua base. Por fim, os testes em campo demonstraram que o protótipo
conseguiu atender a demanda das equipes regionais.
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Resultados e Discussão

A simulação foi bem-sucedida em software de simulação especifico. Foram testados o

desenvolvimento do código e o desenvolvimento do circuito eletrônico. Foram testados em
circuito real o acionamento e a navegação nos menus de seleção e configuração (Figura 5a).
O protótipo funcional obtido pode ser visualizado na Figura 5b. Esse foi testado em
campo obtendo bons resultados.

(a)

(b)
Figura 5. (a) Algumas opções do menu do protótipo; (b) Imagem do protótipo finalizado.
Fonte: Autor.
No mercado do esporte existem poucos equipamentos no mesmo segmento, com
funcionalidades equivalentes, porém o protótipo obtido atende as demandas do mercado com
um preço mais competitivo. Não foram encontradas publicações sobre o desenvolvimento de
outros projetos semelhantes e existem pouquíssimos dados sobre os concorrentes.
O produto obtido se destaca principalmente pela interface com o usuário, facilitando a
utilização do mesmo e pelo acabamento externo.

Agradecimentos

Agradeço a Assistência Estudantil do IFCE, campus Juazeiro, pelo auxilio formação a

mim concedido, que me proporcionou dar início e continuidade na realização do projeto.

Referências Bibliográficas

ARDUINO. What is Arduino? Disponível em:

<https://www.arduino.cc/en/Guide/Introduction>. Acessado em: 13 de dezembro de 2017.

E-MILITAR. Tudo o que você precisa saber sobre as armas de Airsoft. Disponível em:
<https://www.emilitar.com.br/blog/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-as-armas-de-
airsoft/>. Acessado em: 20 de março de 2018.
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SOUZA, Nilmar de. Desenvolvimento de um colete instrumentado para detecção de impacto

de projétil disparado por arma de Airsoft. Salvador, 2016.