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Aula 5
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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico
Conversa inicial
Olá! Seja bem-vindo(a) à quinta aula da disciplina Instalações Elétricas!
Nesse encontro, estudaremos a gestão administrativa de instalações elétricas,
que impacta diretamente no resultado final e orçamento de um projeto.
O desenvolvimento de um serviço de instalações elétricas em uma obra
deve ser acompanhado com base em planilhas e cronogramas. É fundamental
para o engenheiro ter todas as informações necessárias para saber as etapas
do seu serviço, logo, muitas vezes, a parte administrativa e de gestão se
sobrepõem temporariamente à parte técnica ou de engenharia.
É importante dominar ferramentas de gestão que nos auxiliam a verificar
em que ponto estamos no serviço contratado. Ao final do trabalho, devemos
saber se não estamos deixando de cumprir os objetivos que foram previamente
contratados.
Contextualizando
Estamos quase chegando ao final da disciplina. Agora, devemos fazer
uma abordagem das cargas elétricas de uma determinada instalação, o que nos
dará uma visão geral do trabalho a ser realizado e, principalmente, nos dará
condições de saber quanto de potência necessitaremos requisitar junto à
concessionária de energia.
A partir das cargas instaladas e demandadas, podemos solicitar a ligação
da entrada de energia da instalação elétrica. Esta é a fase em que o serviço
contratado está chegando ao fim. A gestão do projeto contabiliza os seus
indicadores e devemos verificar se tudo que foi contratado está realizado, bem
como os valores cobrados e pagos.
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Porém, devemos ampliar um pouco nossa definição. Vamos verificar em
relação ao tempo: ao longo da existência de uma instalação elétrica, podemos
prever que a carga instalada sofra alguma alteração. Geralmente, tratamos de
um aumento de carga com a compra de mais uma máquina ou a ampliação da
área de produção.
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Essa mudança de carga faz parte do gerenciamento de longo prazo da
instalação e, geralmente, está atrelada à gestão da finalidade da instalação
elétrica. A carga instalada é, geralmente, apresentada no quadro de cargas ao
final do projeto elétrico, como podemos ver no exemplo da tabela a seguir.
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simultaneidade se repete em valores aproximados ao longo do tempo, que pode
ser horas, dias ou meses.
A imagem a seguir mostra a demanda sobre a iluminação dos prédios. Ou
seja, somente uma parte da iluminação instalada está sendo utilizada. A mesma
situação acontece, por exemplo, com os chuveiros de um prédio de
apartamentos. A probabilidade de todos os chuveiros serem utilizados ao mesmo
tempo é bastante reduzida.
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Essa curva de carga demandada se repete em todas as instalações. Por
exemplo, a figura a seguir apresenta a curva de demanda diária para a cidade
de São Paulo em dois meses diferentes.
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de uma casa ou pequena loja pode ser representada por 5,6 kW ou por 5,6 kVA,
por exemplo.
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Tema 4: Cálculo da potência demandada
Como vimos, não utilizamos necessariamente toda a carga instalada ao
mesmo tempo. Para dimensionar os alimentadores de quadros e de instalações
gerais, nos valemos do conceito de demanda. A norma NBR 5410:2004 o
apresenta, porém não determina qual o percentual que pode ser demandado:
Art. 4.2.1.1.2
Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de
parte de uma instalação devem ser computados os equipamentos de utilização
a serem alimentados, com suas respectivas potências nominais e, em seguida,
consideradas as possibilidades de não-simultaneidade de funcionamento destes
equipamentos, bem como capacidade de reserva para futuras ampliações.
Verifique que a norma não estabelece índice de demanda, valor que fica
a cargo do projetista da instalação, mas a norma prescreve que o índice adotado
deve ser especificado no projeto. A instalação deve ser executada a partir de
projeto específico, que deve conter, no mínimo:
a. Plantas;
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Essa situação leva a uma consideração importante: o projetista deve estar
seguro dos fatores de demanda a serem aplicados nas mais diversas situações.
Um caso clássico de indicação de cálculo de demanda é apresentado para
as residências, conforme a fórmula a seguir:
Em que:
D é a demanda de uma unidade consumidora residencial;
P1 é a soma da iluminação e tomadas de uso geral;
P2 é a soma das potências das tomadas de uso específico;
G1 é o fator de demanda dado pela tabela 1;
G2 é o fator de demanda dado pela tabela 2.
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Tema 5: Classificação do consumidor
Estabelecida a potência demandada para um projeto ou instalação,
podemos classificar esse consumidor perante as concessionárias de energia de
todo o país. A tabela a seguir foi retirada da norma de fornecimento em baixa
tensão da COPEL, uma das concessionárias de energia para o Paraná.
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Trocando Ideias
Chegou a hora de participar do fórum!
Discuta com seus colegas os cálculos de potência demandada para uma
instalação. Faça um quadro de cargas fictício e calculem juntos a carga instalada
em kW, kvar e kVA.
Na Prática
Entradas de energia são facilmente observáveis, por isso convidamos
você a fazer alguns exercícios quanto a isso, treinando seu olhar de engenheiro:
Classifique a sua entrada de energia junto à concessionária da sua
região;
Verifique também a entrada de serviços dos vizinhos e parentes. Você
conhece alguma residência que tenha uma entrada de energia em alta
tensão?
Síntese
Nessa aula, sintetizamos o tratamento e utilização das potências em um
projeto elétrico ou em uma instalação elétrica. Procure se habituar com os
termos, pois são largamente utilizados na engenharia elétrica, e exercite-os em
situações reais. Bons estudos e bom trabalho!
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Referências
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