Você está na página 1de 29

representação cartográfica do espaço

Conceitos qualitativos ou quantitativos. Consoante as


Cartografia – conjunto dos estudos e características da informação e as técnicas
operações científicas, técnicas e artísticas cartográficas, podem ser: mapas de símbolos
que intervêm a partir dos resultados das pontuais, mapas de símbolos lineares e
observações diretas ou da exploração de mapas de símbolos em mancha.
documentação variada, com vista à  Mapas físicos – relevo (cartas
elaboração e obtenção de mapas, plantas e hipsométricas), clima (mapas
outros modos de expressão, assim como da climáticos)
sua utilização.  Mapas político-administrativos – mapa
Mapa – é um termo de utilização comum, com divisão administrativa do território
aplicável à generalidade das representações em países, regiões, distritos,
cartográficas. É uma representação gráfica concelhos, freguesias)
plana de toda ou parte da superfície terrestre  Mapas demográficos – densidade
e dos fenómenos concretos ou abstratos aí populacional, taxa de natalidade
localizados.  Mapas económicos – agrícolas,
industriais
Planisfério – mapa que representa toda a
superfície terrestre ou de outro planeta, sem
separação de hemisférios.
Mapa Corográfico – mapa na escala
1:100000 ou mais pequena que representa os
traços gerais de uma região, de um país ou
Carta – é um conceito semelhante ao do de vários. As suas características são em
mapa, embora tenda a ser mais elaborada e tudo semelhantes aos dos mapas
técnica. As cartas podem ser agrupadas em 2 topográficos.
grupos – cartas de base, que incluem as Fotografia aérea ou aerofotografia –
cartas topográficas e as hidrográficas, fotografia da superfície terrestre recolhida a
representando informação de caráter partir de uma aeronave.
genérico; e as cartas temáticas, que Imagem de satélite – fotografia recolhida a
representam informação relativa a partir dum satélite.
determinados assuntos específicos ou temas. Ortofotomapa – fotografia aérea retificada e
É uma representação plana, reduzida georreferenciada, ou seja, à qual foram
(redução de escala), simplificada (porque não removidas distorções causadas pela câmara
se pode representar tudo) e complementada fotográfica e pelo relevo.
por sinais convencionais da superfície Planta – representação cartográfica de
terrestre ou de parte dela. Os pormenores pormenor de uma cidade, vila, bairro, onde
naturais e artificiais do terreno são está identificada a rede viária, os edifícios,
representados por sinais convencionais, por etc.
pontos, linhas, áreas e cores.
Elementos do mapa
Tipos de Mapas 5 elementos essenciais
Mapa Topográfico – mapa cuja finalidade é 1. Título – identificação do tema, ano,
representar os dados altimétricos e localização…
planimétricos (relevo, curvas de nível, linhas 2. Escala – razão entre as distâncias
de água…) da superfície terrestre, tão medidas no mapa e as distâncias
fielmente quanto a sua escala o permita. A reais correspondentes, podem ser
sua função primordial é a localização dos numéricas ou graves
fenómenos espaciais. 3. Legenda – conjunto de símbolos
Mapa Temático – mapa que representa convencionais que, acompanhados da
fenómenos localizáveis de qualquer natureza,
representação cartográfica do espaço

indicação do seu significado, nos manchas, correspondentes à base


permitem interpretar um mapa espacial, através de sequências de
4. Orientação – indicação do norte símbolos que expressam a variação
5. Fonte(s) dos dados e da base das classes.
cartográfica Orientação no Espaço Geográfico
Localizar significa determinar a posição de
Elementos Complementares qualquer ponto na superfície da terra, sendo
 Esquadria – enquadra o mapa e os que este processo pode ser a partir da
seus elementos, linha simples, utilização de:
quadrangular ou retangular.  Localização Relativa
 Sistema de coordenadas –  Localização Absoluta
geográficas ou métricas
 Janelas – indicação da localização do
Localização relativa
mapa através de outro mapa de
Desde a Antiguidade, os seres humanos
escala diferente
tiveram a necessidade de se orientar no
 Autoria – quando não está incluído
espaço geográfico e procuraram criar pontos
em relatórios, livros ou atlas
de referência e de orientação.
 Data de edição As primeiras formas de orientação basearam-
se nos astros principalmente no Sol, na Lua e
Tipos de representações nas constelações.
cartográficas A grande dificuldade de utilizar os astros para
Representações cartográficas pontuais orientação no espaço geográfico está no facto
Mapas de pontos – mapa que exprime de que nem sempre as condições
fenómenos descontínuos no espaço, cuja meteorológicas permitem a sua visualização.
localização pode ser assimilada a pontos e
referenciada por coordenadas Localização Relativa – localização de um
Mapa de círculos proporcionas – mapa lugar em relação a outro.
temático que representa fenómenos de Processos utilizados no processo de
natureza quantitativa por intermédio de orientação – estes processos têm por base a
símbolos proporcionais aos dados. rosa-dos-ventos e os respetivos rumos
 Movimento aparente diurno do Sol
Representações gráficas lineares – mapa  Bússola
em que se utilizam símbolos lineares, para  Estrela Polar/Cruzeiro do Sul
figurar no mapa fenómenos com significado
linear ou para exprimir a distribuição de Rosa dos Ventos – é o conjunto dos rumos
fenómenos contínuos, a partir de valores correspondentes aos pontos cardeais,
recolhidos ou atribuídos a pontos. colaterais e intermédios que permitem a
orientação.
Representações cartográficas em mancha
– mapa em que se utilizam símbolos em Pontos Cardeais
manha para figurar fenómenos que se admite  N – Norte
terem características mais ou menos  S – Sul
homogéneas em cada uma das áreas  E – Este
identificadas no mapa pelo mesmo símbolo.  O – Oeste
 Mapa coropleto – mapa temático que
representa dados numéricos, Pontos Colaterais
geralmente agrupados em classes,  NE – Nordeste
referidos a unidades espaciais  SE – Sudeste
(administrativas ou outras), cujo  SO – Sudoeste
conteúdo é representado por
representação cartográfica do espaço

 NO – Noroeste NNO Nor-Noroeste 337,5º

Pontos Intermédios Movimento aparente do Sol


 NNE – Nor-nordeste Movimento aparente que o Sol parece
 NNO – Nor-noroeste descrever em volta da Terra, em sentido
 SSE – Su-sudeste retrógrado (sentido contrário dos ponteiros do
 SSO – Su-sudoeste relógio, de Este para Oeste) em
 ESSE – És-sudeste consequência do movimento real de rotação
 ENE – És-nordeste da Terra.
 OSO – Oés-sudoeste A Terra é que está em movimento; ela gira em
 ONO – Oés-noroeste sentido contrário aos ponteiros do relógio. O
nosso planeta faz uma rotação completa em
Pontos Cardeais cada 24 horas, o que dá origem ao dia e à
N Setentrional Oº Ponto noite. Portanto, é o movimento de rotação da
– Norte fundamental Terra o responsável pelo “nascer” e “pôr” do
a que se Sol.
referem Assim, se estiver voltado para o Sol quando
normalmente este estiver a nascer à sua frente está o Este
as direções – Nascente.
S Meridional 180º Ao meio-dia Ao meio-dia à sua frente está o Sul e a tua
– Sul, meio- solar o sol sombra indica o norte e à tua frente tens o
dia encontra-se Oeste – Poente.
a sul do
observador
E Leste, Este, 90º Direção de Bússola
levante, onde nasce É o processo de orientação que permite uma
oriente, o sol orientação mais exata, de dia, de noite, com
nascente céu limpo ou com céu nublado.
O Poente, 270º Direção Não se deve utilizar próximo de locais onde
ocidente, onde o sol existam objetos metálicos e instalações
oeste, se pões, elétricas.
ocaso também
aparece
como O ou
Estrela Polar/Cruzeiro do Sul
W É um processo de orientação a partir das
estrelas, nomeadamente a Estrela Polar da
Pontos Colaterais constelação Ursa Menor (Hemisfério Norte) e
NE Nordeste 45º a Estrela Magalhães da constelação do
SE Sudeste/sueste 135º Cruzeiro do Sul (Hemisfério Sul).
SO Sudoeste 225º
NO Noroeste 315º GPS – Sistema de Posicionamento
Global
Pontos Intermédios É um sistema automático de orientação, de
NNE Nor-Nordeste 22,5º localização e navegação, em qualquer local
ENE És-Nordeste 67,5º
da Terra, sob quaisquer condições
ESSE És-Sueste 112,5º
atmosféricas, através de satélites artificiais e
SSE Su-Sueste 157,5º
de recetores portáteis.
SSO Su-Sudoeste 202,5º
OSO Oés-Sudoeste 247,5º
ONO Oés-Noroeste 295,5º Localização Absoluta
representação cartográfica do espaço

Localização exata da posição de qualquer Polos geográficos – pontos de interseção


ponto à superfície terrestre, com o recurso às entre a superfície terrestre e o eixo da Terra,
coordenadas geográficas. ou seja, são os pontos onde o eixo da Terra
Sistema de quadriculas que permite obter toca a superfície da Terra.
rapidamente a localização geográfica de
qualquer ponto à superfície terrestre. As Círculo máximo – linha imaginária que divide
linhas de coordenadas formam um sistema de a Terra em duas partes iguais.
referências imaginárias, pois elas são
somente representadas no mapa ou cartas.

Elementos geométricos do globo


terrestre
Para estabelecer uma relação entre um ponto
na superfície terrestre e um ponto no mapa é
necessário um Sistema de Referenciação.
O sistema de referenciação por coordenadas
geográficas desenvolve-se a partir de um
sistema de eixos e de uma origem.

Eixo de origem: Equador – círculo máximo, perpendicular ao


Latitude – Equador eixo da Terra e que a divide em duas partes
Longitude – Meridiano de Greenwich iguais – o hemisfério norte e sul.
Círculo menor – linha imaginária que divide
a Terra em duas partes desiguais.

Medidas em graus, minutos e segundos.

Eixo da Terra – linha imaginária que passa


pelos polos e pelo centro da Terra e em torno
do qual esta executa o seu movimento de
rotação.

Paralelos – círculos menores paralelos ao


Equador, em que a sua posição é medida em
graus.
 Círculo Polar Ártico – 66º33’
 Trópico de Câncer – 23º27’
 Trópico de Capricórnio – 23º27’
 Círculo Polar Antártico – 66º33’
Meridianos – círculos máximos que passem
pelos polos, traçados na direção Norte/Sul, e
que são traçados perpendicularmente ao
Equador.
representação cartográfica do espaço

Altitude – distância medida na vertical desde


o nível médio das águas do mar até ao ponto
em que se pretende saber a altitude.

Conceitos de Escala
Escala – um mapa é uma representação
reduzida da superfície terrestre, elaborado
proporcionalmente à realidade. Essa
proporção é expressa através da escala. A
escala do mapa é a razão, ou quociente,
Meridiano de Greenwich – meridiano entre a distância no mapa e a distância que
principal ou de referência que divide a Terra lhe corresponde na Terra, ou melhor, a sua
em dois hemisférios: oriental e ocidental. superfície de referência. A escala indica o
Semimeridiano de Greenwich – metade do número de vezes que a realidade foi
meridiano de Greenwich que vai do polo norte reduzida.
ao polo sul.
Tipos de Escala
Latitude, Longitude e Altitude Escala numérica – expressão matemática
Coordenadas Geográficas representada por uma fração onde o
Polos Latitude Longitude numerador é sempre 1 e representa a
PN Pólo 90ºN Indeterminada distância no mapa. O denominador
Norte representa a distância real e identifica o
PS Pólo 90ºS Indeterminada número de vezes que a realidade foi
Sul reduzida.
A escala numérica é representada por uma
Meridianos de referência fração em que o numerador é a unidade e o
MG Meridiano 90ºN a Oº denominador indica quantas vezes se reduziu
de 90ºS a distância real. Todos os valores são sempre
Greenwich expressos em centímetros.

Paralelos Escala numérica – erros a evitar


Máximo E Equador Oº
 Preferencialmente a escala numérica
Trópicos TC Trópico de 23º27’N
deve ser expressa através da fração
Câncer
1:100 000 em vez da fração 1/100
TCp Trópico de 23º27’S
Capricórnio 000.
Círculos CPAr Círculo 66º33’N  Os valores superiores ou iguais a
Polar Ártico 1000, devem ter um separador de
CPAn Círculo 66º33’S centenas, que no caso de escalas
Polar numéricas deve ser representado
Antártico através de espaços em vez de ponto.
 A escala nunca deve conter a unidade.
Latitude – (varia de 0º a 90º Norte ou Sul)  Um mapa com escala numérica não
distância angular que vai do Equador ao deve ser ampliado ou reduzido.
paralelo desse lugar. O Equador está a 0º, o Qualquer redução ou ampliação do
Polo Norte está a 90ºN e o Polo Sul a 90ºS. mapa deve ser realizada na mesma
Longitude – (varia de 0º a 180º Este ou proporção na vertical e na horizontal.
Oeste) Distância angular que vai do
semimeridiano de referência ao Escala gráfica – é constituída por um
semimeridiano desse lugar. segmento de reta, subdividido em partes
iguais, cada uma das partes correspondendo
representação cartográfica do espaço

a um certo cumprimento no campo. Deve ser  Instituto de Conservação da Natureza


escrita em metros ou quilómetros. e da Biodiversidade
A utilização da escala gráfica permite que  Empresas privadas
o mapa possa ser reduzida ou ampliado,  Câmaras Municipais e outras
pois a escala é reduzida e ampliada na instituições públicas
mesma proporção. Por outro lado, a escala
gráfica permite uma leitura mais fácil e auxilia Interpretação de uma Carta Militar
na realização de cálculos.
Cartografia do Instituto da Água
 Os valores decimais dificultam os
Temas para todo o país e para cada bacia
cálculos e leitura da escala. hidrográfica
 A equidistância deve ser sempre a  Hipsometria
mesma.
 Localização de albufeiras
 As escalas não podem ter valores
 Captações de superfície
negativos.
 Escoamento
 Evapotranspiração
Escalas grandes e escalas  Unidades hidrogeológicas
pequenas  Sistemas aquíferos
Quanto maior for o denominador menor será  Rede de qualidade e quantidade de
a escala. água
 Água subterrânea
Escala pequena – realidade mais reduzida,  Precipitação
superfície representada maior e grau de
 Rede climatológica
pormenor pequeno ou menor.
 Rede hidrométrica
 Rede de qualidade de água
Escala grande – realidade menos reduzida,
superfície representada menor e grau de  Rede sedimentológica
pormenor grande ou maior.  Rede hidrográfica
 Temperatura
Redução/Ampliação de Mapa  Tipo de solo
 Uso do solo
Ampliação Redução
Escala : X
Distâncias X : A finalidade de uma carta é permitir que se
no mapa visualize uma área da superfície da Terra com
os seus pormenores convenientemente
localizados, por forma a facilitar o
Produtores cartográficos nacionais
planeamento de um conjunto vasto de
Cartografia Topográfica
atividades. O ideal seria que dentro da área
 Instituto Geográfico do Exército
representada por todos os pormenores
 Instituto Geográfico Português aparecessem na carta na sua verdadeira
 Instituto Hidrográfico proporção, posição e forma.

Cartografia Temática Cada quadrícula corresponde a uma carta


 Instituto Nacional de Engenharia, militar á escala 1:25000.
Tecnologia e Inovação
 Instituto Nacional de Estatística
 Agência Portuguesa do Ambiente
 Direção-Geral do Ordenamento do
Território e Desenvolvimento Urbano
 Instituto da Água
 Autoridade Florestal Nacional
representação cartográfica do espaço

Utilizando as curvas de nível de uma carta


podemos determinar a cota de qualquer
ponto. Para isso é necessário determinar a
equidistância que é a diferença de altitude
entre duas curvas de nível consecutivas.
Normalmente, este valor está indicado na
legenda e é sempre um número inteiro.

Cores nas Cartas Militares


Preto – aterros, desaterros, construções,
toponímia, caminhos-de-ferro, outros
caminhos e divisões administrativas.

Verde – vegetação, bosques, pomares,


vinhas e sebes.

Vermelho – estradas principais, nomes de


vértices geodésicos (toponímia) e
pormenores especiais de alvenaria.
Legenda das cartas militares – situa-se na
Sépia – referências altimétricas (curvas de
margem inferior. Encontra-se dividida em sete
nível, pontos cotados e marcos geodésicos).
secções, contendo vários elementos de
caráter técnico e informativo, bem como a
Azul – cursos de água, linhas de água, lagos,
lista de todos os símbolos usados na carta
regiões pantanosas, arrozais, linhas de alta
(sinais convencionais), nas restantes
tensão e a respetiva toponímia.
secções.

Processos de representação do relevo no Formas de terreno – Depressão


terreno (configuração do terreno): um dos
métodos usados é o das curvas de nível.

Curvas de nível – método preciso e corrente


de representar o relevo. Uma curva de nível
representa na carta uma linha imaginária A forma das curvas de nível e o seu
sobre o terreno, ao longo do qual todos os afastamento dá-nos indicações da forma do
pontos têm a mesma cota. Partindo do nível terreno. Se as curvas de nível forem fechadas
médio das águas do mar a que se atribui a com as de maior cota envolvendo as de
cota zero, são dados valores a cada curva de menos cota temos uma depressão.
nível.
Formas de terreno – Elevação
As curvas de nível assumem sempre um
número inteiro (1, 5, 10, 20). Esse valor,
reduzido à escala da carta, chama-se
equidistância gráfica.

Num mapa topográfico as curvas de nível são


impressas a castanho (sépia).
A forma das curvas de nível e o seu
De cinco em cinco curvas são representadas
afastamento dá-nos indicações da forma do
por um traço mais grosso, as curvas mestras.
terreno. Se as curvas de nível são fechadas e
representação cartográfica do espaço

as de menos cota envolvendo as de maior


cota temos uma elevação. Rotação
Movimento da terra em torno de si própria, ou
seja, em torno do eixo formado entre o Pólo
Norte e o Pólo Sul, no sentido contrário aos
ponteiros do relógio. Este movimento dura
cerca de 23 horas, 56 minutos e 4
segundos e é responsável pela sucessão
entre os dias e as noites. A velocidade da
rotação da terra é de 1,666km/h na altura do
Equador e nula nos polos.
Outra consequência do movimento de rotação
da Terra é a variação da obliquidade dos
raios solares, num mesmo lugar, ao longo do
dia (ao longo do dia, os raios solares
apresentam diferentes inclinações, em
relação à superfície terrestre).

Se as curvas de nível se apresentam


igualmente espaçadas e bastante afastadas,
temos um declive suave e uniforme. Quanto
mais juntas estiverem as curvas de nível tanto
maior é o declive do terreno.
O eixo da Terra não é perpendicular ao plano
Processos de representação do da eclíptica, mas apresenta uma inclinação
de 23º27’.
relevo no terreno (configuração do
terreno) Translação
O estudo das formas do terreno a partir da
Movimento elíptico que a Terra realiza em
interpretação visual das curvas de nível não é
torno do sol. Este movimento demora 365
suficiente para muitos fins, mas, quando for
dias, 5 horas e 48 minutos (ano sideral).
necessário um certo rigor, há que elaborar
Um ano sideral tem apenas 365 dias, pelo
perfis topográficos.
que existe um défice de 6 horas que ao fim de
4 anos perfaz 24 horas, ou seja, 1 dia
O perfil é um corte no terreno por um
(acrescentado no mês de fevereiro),
plano vertical ao longo de uma linha
compensando-se assim por um ano bissexto
determinada, isto é, segundo uma
com 366 dias. Este movimento é responsável
determinada direção, salientando as
pela sucessão das estações do ano e a
formas do relevo.
desigualdade dos dias e das noites.

Movimentos da Terra Os 4 momentos mais importantes do


A variação anual e diurna da altura do sol, movimento de translação da Terra são:
bem como os respetivos ritmos de
iluminação, estão relacionados com os
movimentos da Terra.
A Terra tem dois movimentos:
 Rotação
 Translação
representação cartográfica do espaço

Hemisfério Sul, o Sol incide


perpendicularmente sobre o Trópico de
Capricórnio. No solstício de verão, os dias
são mais longos que as noites. Já no
solstício de inverno, as noites são mais
longas que os dias.

Sucessão de estações do ano


A órbita elíptica do movimento de translação Á medida que a Terra gira em torno do Sol,
da Terra em torno do Sol que permite uma esta inclinação provoca uma variação na
variação da distância entre a Terra e o Sol ao intensidade, na duração e na incidência dos
longo do ano. raios solares que chegam á superfície
terrestre, explicando por isso a variação anual
Equinócios da altura do Sol.
Significa “noites iguais”, ocasiões em que o A Terra está mais próxima (periélio) do Sol
dia e a noite duram o mesmo tempo. Os raios por altura dos Equinócios e mais afastada
solares incidem perpendicularmente na linha (afélio) por altura dos solstícios (é também o
do Equador. momento em que a Terra atinge o seu
Ocorrem nos meses de março e setembro, máximo afastamento angular a partir da linha
quando definem mudanças de estação. Em do Equador).
março, o equinócio marca o início da Quando a inclinação dos raios solarem em
primavera no hemisfério norte e do outono no relação à superfície terrestre é menor, a área
hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, pela qual se distribui a energia solar é mais
quando o equinócio marca o início do outono pequena e, consequentemente, a
no hemisfério norte e da primavera no temperatura do ar é mais elevada. Verifica-se
hemisfério sul. o contrário, quando a inclinação dos raios
As datas do variam de um ano para o outro, solares é mais acentuadas.
devido aos anos trópicos (o período entre A inclinação do eixo da terra explica, desta
dois equinócios de março) não terem forma, a sucessão das estações do ano.
exatamente 365 dias, fazendo com que a
hora precisa do equinócio varie ao longo de Equinócios de março e setembro
um período de 18 horas, que não se encaixa Duas vezes por ano o Equador recebe
necessariamente no mesmo dia. diretamente a luz dos raios solares. O dia é
igual à noite em todos os pontos do Planeta
Solstícios Terra. Vive-se a passagem do Inverno para a
O solstício representa o momento em que o primavera ou do verão para o outono.
Sol, ao longo do seu movimento aparente,
atinge maior declinação em latitude em Solstício de junho
relação à linha do Equador. Isso faz com Os raios solares incidem perpendicularmente
que um dos hemisférios receba maior no Trópico de Câncer. Vive-se o maior dia do
incidência de raios solares. Quando a Hemisfério Norte e dá-se o início do Verão. O
intensidade solar é maior num dos dia é mais longo que a noite e,
hemisférios, caracteriza-se o solstício de consequentemente, as temperatura soa mais
verão. Em contrapartida, quando a elevadas. No Hemisfério Sul, passa-se do
intensidade solar é menor, caracteriza-se o outono para o inverno.
solstício de inverno.
Assim, quando o solstício de verão no
Solstício de dezembro
Hemisfério Norte, o Sol incide
Os raios solares incidem diretamente no
perpendicularmente sobre o Trópico de
Trópico de Capricórnio. O dia é superior a 12
Câncer. Quando é solstício de verão no
horas em todos os pontos localizados neste
representação cartográfica do espaço

hemisfério e é o maior dia do ano nestes revolução demora aproximadamente


locais. É o início do verão no Hemisfério Sul e 28 dias.
o início do inverno no Hemisfério Norte, onde  Translação – movimento da Lua em
se vive a maior noite do ano. torno do Sol, acompanhando a Terra
no seu movimento de 365 dias e 6
Ritmos de iluminação segundo a horas.
latitude
A radiação solar que chega a cada ponto da
superfície terrestre varia ao longo do ano e ao
longo do dia, em função da latitude desse
mesmo ponto.
No Equador, os dias são iguais às noites todo
o ano.
Nos polos, o dia dura 6 meses e a noite os
restantes seis meses do ano. No polo norte, o
Sol está acima do horizonte entre o Equinócio
de março e o Equinócio de setembro. Entre o
Equinócio de setembro e o Equinócio de
março, a noite é permanente.
Nos Círculos Polares é possível observar o Diversidade Climática Regional
Sol um dia inteiro uma vez por ano e viver  Estrutura Vertical da Atmosfera
uma noite de 24 horas seis meses depois. Terrestre
 Estabilidade e instabilidade da
Variação da temperatura em função atmosfera
da latitude  Noções, Tipos e Natureza dos Centros
Embora o aquecimento de um lugar seja tanto Barométricos
maior quanto maior a duração do dia nesse  A Circulação Zonal da Atmosfera
lugar, atingindo o seu máximo na altura  Massas de Ar
meridiana do sol, esta não é a principal  Superfícies frontais e frentes
causa da variação da temperatura em  Os processos de ascensão do ar e os
função da latitude. tipos de precipitação
O aquecimento dum lugar varia
essencialmente de acordo com a inclinação O Sistema Climático
dos raios solares. Quanto a maior a Os subsistemas terrestres são quatro partes
inclinação, menor a temperatura. Sendo fundamentais da Terra que interagem entre
assim, quanto maior a latitude, maior a si e possibilitam a existência de vida e
inclinação dos raios solares, logo, menor a ecossistemas no planeta. A Terra é o único
temperatura. planeta no sistema solar que possui 4 desses
subsistemas complexos e o único que abriga
Movimentos da Lua vida inteligente.
Tal como a Terra, a Lua movimenta-se por Os quatro principais subsistemas terrestres
rotação e translação. Para além disso, a Lua são: a atmosfera, a geosfera, a hidrosfera e a
apresenta um terceiro movimento de biosfera. Em alguns casos, a criosfera
revolução. também é incluída como uma camada
 Rotação – movimento da Lua em adicional devido à presença significativa de
torno de si própria. Este movimento líquido congelado no planeta. No entanto, o
demora cerca de 28 dias. gelo geralmente está incluído na hidrosfera.
 Revolução – movimento da Lua em
torno da Terra. O movimento da
representação cartográfica do espaço

O sistema terrestre é composto por 5 estados do tempo à superfície,


subsistemas: nomeadamente sobre a frente polar.
 Atmosfera – estrutura mais externa  Mesosfera – região acima da
gasosa que envolve a Terra, composta estratosfera, que se estende desde a
por gases e por alguns elementos estratopausa até altitudes de cerca de
sólidos em suspensão. 80 km e em que a temperatura diminui
 Hidrosfera – massas de água com a altitude.
(oceanos e reservatórios de água  Termosfera – entende-se entre a
líquida) mesopausa e a termopausa até
 Biosfera – seres vivos altitudes de cerca de 400 km quando a
 Litosfera – parte sólida do globo atividade solar é maior. Caracteriza-se
terrestre (solos, rochas) pelo aumento da temperatura com o
 Criosfera – calotes polares e aumento da altitude, atingindo valores
glaciares superiores a 2000ºC.

Estrutura Vertical da Atmosfera Conceitos


Terrestre Estado do Tempo – estado momentâneo da
atmosfera, num dado local e que é definido
A atmosfera terrestre divide-se em 4
por um conjunto de elementos atmosféricos:
camadas principais: troposfera,
temperatura do ar, vento à superfície, pressão
estratosfera, mesosfera e termosfera. Para
atmosférica, nebulosidade, humidade relativa
lá da termosfera encontra-se a exosfera, onde
do ar, etc.
os gases se encontram tão rarefeitos que
dificilmente se pode considerar atmosfera.
Clima – síntese dos estados do tempo
 Troposfera – camada inferior e tem
característicos de um dado local ou região
uma espessura média de 11 a 12 km.
num determinado intervalo de tempo definido
Do ponto de vista térmico, a troposfera
(30 anos). Para definir o clima recorre-se à
caracteriza-se pelo decréscimo da
estatística e utilizam-se valores médios,
temperatura com o aumento da
valores extremos, probabilidades de
altitude (-0,6ºC/100m), resultado do
ocorrência ou de excedência, etc. A análise
decréscimo da radiação terrestre. É
do clima é realizada a partir de valores
na troposfera que ocorre a maior
médios de temperatura, pressão
parte dos fenómenos
atmosférica, precipitação, humidade, rumo
meteorológicos como, por exemplo,
e intensidade do vento. Para que estes
nuvens, trovoadas e precipitação.
valores possam refletir fielmente as condições
 Estratosfera – estende-se entre a
atmosféricas predominantes numa
tropopausa e a estratopausa. Numa
determinada região, devem resultar da
primeira zona a temperatura mantém-
análise de um período de mais de 30 anos –
se constante e a partir daqui aumenta
Normais Climatológicas.
rapidamente devido à concentração
de grandes quantidades de ozono
que absorve grande parte dos raios Fatores do clima
solares. São as circunstâncias que condicionam o
Na parte inferior da estratosfera clima de uma região, pela influência que
ocorre, em cada um dos hemisférios, exercem sobre os seus elementos.
uma faixa de eventos horizontais Ou seja, a distribuição e a variação dos
muito violentos e que se designam por elementos climatéricos são condicionados por
Correntes de Jato. Estes ventos vários fatores:
circula, a velocidades que oscilam  Latitude
entre os 100 km/h e os 250 km/h e  Relevo/Altitude
exercem uma forte influência sobre os  Orientação das vertentes
representação cartográfica do espaço

 Afastamento ou proximidade do proveniente da evaporação das superfícies


mar (continentalidade/litoralidade) líquidas da água existente no solo, da
 Correntes marítimas respiração das plantas. Ou seja, é a
 Vegetação quantidade de vapor de água existente numa
determinada unidade de volume de ar, e varia
de um lugar para outro e até num mesmo
lugar, dependendo do dia, do mês ou da
Elementos do clima
estação do ano.
São fenómenos atmosféricos que definem e
caracterizam o clima de uma região.
Quanto mais elevada for a temperatura,
O clima caracteriza-se pelo comportamento
maior será a humidade do ar e vice-versa.
conjugado de vários elementos
A sua medição é muito importante, devido à
climatológicos:
sua ação sobre a temperatura do ar e sobre a
 Temperatura do ar
velocidade da evaporação da água à
 Precipitação (chuva, granizo ou neve)
superfície do solo. Por outro lado, a
 Vento à superfície condensação do vapor de água existente na
 Pressão atmosférica (força exercida atmosfera pode dar origem a diversos
pela coluna de ar na superfície fenómenos meteorológicos, como por
terrestre) exemplo: nevoeiro, chuva, granizo.
 Nebulosidade
 Insolação (exposição solar) Temperatura menos elevada (frio) –
 Humidade do ar e humidade relativa humidade do ar menos elevada – peso do ar
é maior logo as moléculas estão mais
Estabilidade e Instabilidade da comprimidas – pressão atmosférica maior.
atmosfera
Temperatura mais elevada (quente) –
Humidade relativa – quociente entre a
humidade do ar mais elevada – peso do ar é
massa de vapor de água existente num certo
menor logo as moléculas estão menos
volume de ar e a massa de vapor de água
comprimidas – pressão atmosférica menor.
máxima que esse mesmo ar pode conter, sem
variação da temperatura e da pressão
atmosférica. Exprime-se em percentagem. Noções e Tipos de Centros
Relação entre a quantidade de vapor de água Barométricos
existente no ar (humidade absoluta) e a A pressão atmosférica mede-se com um
quantidade máxima que poderia haver na barómetro e exprime-se usualmente em
mesma temperatura (ponto de saturação). milibares ou em hectopascais.
A pressão atmosférica é considerada normal
Humidade absoluta – massa de vapor de quando é equivalente a 1013 hpa.
água por unidade de volume de ar. Exprime- Às linhas que unem pontos com a mesma
se em g/m3. pressão atmosférica dá-se o nome de
isóbaras.
Ar saturado – para uma determinada
temperatura, já não pode conter mais vapor O ar na atmosfera está em constante
de água, todo o acréscimo de vapor de água movimento.
se traduzirá numa condensação, em que o A circulação atmosférica corresponde à
vapor de água passa do estado gasoso ao dinâmica que coordena a variação e a
estado líquido, formando gotículas de água dispersão dos ventos ou correntes de ar pelo
que constituem as nuvens. globo terrestre. Sabemos que o movimento
do ar ocorre em função da variação da
Humidade atmosférica (do ar) – quantidade pressão atmosférica, de forma que o ar que
de vapor de água que existe na atmosfera, se encontra numa região de maior pressão
representação cartográfica do espaço

tende a deslocar-se para zonas de menor diz-se que à superfície existe uma
pressão. divergência do fluxo. Por isso o “bom tempo”
A circulação atmosférica é responsável (seco e sem nuvens) está normalmente
pela dinâmica de circulação dos ventos, associado aos anticiclones. São indicados
pela alteração das pressões atmosféricas, num mapa por “A” e são locais onde a
pela distribuição do calor e, pressão atmosférica é mais alta no centro do
consequentemente, interferem diretamente que na periferia.
no clima da Terra.
 A pressão atmosférica é superior a
Os centros de pressão atmosférica são 1013 mb e aumenta da periferia para
responsáveis pelo estado do tempo, uma vez o centro.
que são responsáveis pela circulação do ar  O movimento do ar é descendente em
na atmosfera. altitude (desce) e divergente à
A pressão atmosférica é a força exercida pela superfície.
atmosfera em cada unidade de superfície,  Ao descer, a temperatura do ar
neste caso a força exercida pelo ar num aumenta, a sua humidade relativa
determinado ponto da superfície. Se a força diminui e não ocorre a condensação.
exercida pelo ar aumenta num determinado Associam-se períodos, geralmente,
ponto, consequentemente a pressão também de céu limpo, tempo seco e
aumentará. ausência de precipitação.

A circulação atmosférica é responsável pela Origem dos Centros Barométricos


difusão do calor e influencia globalmente a
Os anticiclones/centros de altas pressões
dinâmica climática.
podem ser de origem térmica (variação da
A circulação atmosférica corresponde à
temperatura) ou dinâmica (variação dos
dinâmica que coordena a variação e
movimentos do ar).
dispersão dos ventos ou correntes de ar pelo
 Os anticiclones térmicos resultam
globo terrestre. Sabemos que o movimento
do intenso aquecimento do ar em
do ar ocorre em função da variação da
contacto com a superfície mais
pressão atmosférica, de forma que o ar que
quente.
se encontra numa região de maior pressão
 Os anticiclones dinâmicos resultam
tende a deslocar-se para zonas de menor
dos movimentos de subsidência do ar
pressão.
(movimento de cima para baixo),
A circulação atmosférica é responsável pela
relacionados com a convergência dos
dinâmica de circulação de ventos, pela
ventos em altitude.
alteração das pressões atmosféricas, pela
distribuição do calor e, consequentemente,
interferem diretamente no clima da Terra. Tipos de Centros Barométricos
Ciclone (ou depressão ou centro de baixas
Em altitude desloca-se das baixas para as pressões)
altas pressões. Região em que o ar relativamente quente
À superfície desloca-se das altas para as eleva-se e favorece a formação de nuvens e
baixas pressões. precipitação. Por o ar se elevar à superfície
diz-se que há uma convergência do fluxo.
Tipos de Centros Barométricos São indicados num mapa por “B” e são locais
onde a pressão atmosférica é a mais baixa no
Anticiclone (ou centro de altas pressões)
centro do que na periferia, do qual existe um
Região em que o ar se “afunda” vindo de
padrão organizado de circulação de ar.
cima (aquece e fica muito estável) e suprime
os movimentos ascendentes necessários à
formação de nuvens e precipitação. Assim,
representação cartográfica do espaço

 A pressão atmosférica é inferior a  Altitude – quanto maior é a altitude


1013 mb e diminui da periferia para o menor é a pressão atmosférica,
centro. porque é menos alta a coluna de ar
 O movimento do ar ascendente em (há menos ar) e menos peso exerce
altitude (sobe) e convergente à sobre a superfície terrestre.
superfície.  Temperatura – o ar, ao aquecer, dilata
 Ao subir, a temperatura do ar diminui, e torna-se mais leve (quando arrefece
a sua humidade relativa aumenta e contrai-se e torna-se mais pesado). A
ocorre a condensação. Associam-se pressão atmosférica varia na razão
períodos, geralmente, de céu muito inversa da temperatura: quanto maior
nublado, com a possibilidade de a temperatura, menor a pressão e
precipitação. vice-versa.
Origem dos Centros Barométricos  Latitude – a pressão atmosférica
As depressões ou centros de baixas pressões dispõe-se em bandas ou faixas
podem ser de origem térmica ou dinâmica. paralelas e, alternadamente, de baixas
 As depressões atmosféricas de e altas pressões.
origem térmica ocorrem devido ao
arrefecimento do ar ao subir em Circulação Zonal da Atmosfera
altitude. A pressão atmosférica distribui-se no globo de
 As depressões dinâmicas formam-se uma forma muito simples, dispondo-se em
a partir da ascensão do ar por bandas ou faixas paralelas ao equador e
processos mecânicos, como por alternadamente de altas e baixas pressões
exemplo, a convergência dos ventos à de origem dinâmica e térmica. Este sistema
superfície. movimenta-se ao ritmo do movimento
aparente do Sol, segundo a latitude:
Tipos de Centros Barométricos
A movimentação do ar desenvolve-se das
altas para as baixas pressões e a sua
velocidade depende das diferenças de
pressão atmosférica. O ar circula no sentido
dos ponteiros do relógio nos anticiclones
(altas pressões), dirigindo-se para as baixas
pressões (depressões), onde circula no
sentido inverso (no hemisfério norte).

Circulação do Ar nos Centros


Barométricos
Se a Terra fosse imóvel o ar deslocar-se-ia
segundo uma direção perpendicular às Baixas pressões equatoriais – esta faixa
isóbaras, das altas para as baixas pressões, envolve o Equador e caracteriza-se pela sua
mas devido ao movimento de rotação da baixa pressão. A baixa pressão resulta da
Terra sofre um desvio para a direita no convergência dos Ventos Alísios, bem como
Hemisfério Norte e para a esquerda no do intenso aquecimento do ar, devido à
Hemisfério Sul. Esta força aparente designa- incidência dos raios solares. Esta faixa de
se de Força de Coriolis. baixas pressões tem por isso uma origem
térmica e dinâmica (termodinâmica).
Os Ventos Alísios são ventos
Pressão atmosférica particularmente constantes, regulares e de
Varia em função de: baixa velocidade. Deslocam-se das altas
pressões subtropicais para as baixas
representação cartográfica do espaço

pressões equatoriais. Os alísios de ambos os mais leve e sobe. Ao alcançar altitudes


hemisférios convergem numa faixa que se maiores, o ar quente, que estava subindo,
designa por Convergência Intertropical começa a arrefecer, ficando mais pesado e
(CIT). descendo novamente, dando continuidade ao
ciclo.
Altas pressões subtropicais – os trópicos Essa dinâmica, associada às variações de
estão normalmente envolvidos por uma faixa latitude, dá origem às células de circulação
de altas pressões, que resultam da atmosféricas. A formação das diferentes
convergência do ar em altitude, vindo da células, além das variações de pressão,
região equatorial e das regiões temperadas, e decorre do facto de a incidência dos raios
da subsidência em direção à superfície. Os solares não ser homogénea. Próximo à linha
ventos originários das regiões equatoriais do Equador, o calor do sol é mais forte e, à
designam-se de Contra-Alísios. Sobre o medida que se aproxima dos polos, essa
continente, estas altas pressões originam intensidade vai diminuindo.
grandes desertos. É também exemplo o Existem três tipos principais de células de
Anticiclone dos Açores. circulação atmosférica: célula de Hadley,
célula de Ferrel e célula Polar.
Baixas pressões das regiões temperadas –  Célula de Hadley ou Célula Tropical -
nas médias e altas latitudes a pressão é o ar circula em direção à Linha do
muito variável, por serem zonas muito Equador em baixas altitudes e retorna
perturbadas. No entanto, predominam as para a direção dos trópicos nas
baixas pressões, que resultam dos Fluxos do elevadas altitudes, com o predomínio
Oeste oriundos das regiões subtropicais e de ventos alísios e contra-alísios.
dos Ventos Polares de Leste provenientes  Célula de Ferrel ou Célula de
das regiões polares (ventos que se Latitudes Médias – o ar movimenta-se
deslocam das altas pressões polares para em direção aos polos, onde se resfria
as baixas pressões subpolares). e retorna para as faixas tropicais. Os
Estes sistemas barométricos, associados ventos são predominantes de oeste e
frequentemente a sistemas frontais, sopram em direção oposta aos ventos
influenciam fortemente o estado do tempo em alísios.
Portugal, no Outono, devido ao seu trajeto  Célula Polar – os ventos deslocam-se
oceânico, onde absorvem muita humidade. dos polos em direção aos trópicos,
onde se aquecem e retornam
Altas pressões polares – as regiões polares novamente às zonas polares. Os
caracterizam-se pelo frio intenso todo o ano, ventos são polares de leste e
com pouca incidência dos raios solares. Este carregam sempre muita humidade,
arrefecimento do ar provoca uma baixas temperaturas e elevada
compreensão sobre a superfície e por pressão atmosférica.
conseguinte um aumento da pressão
atmosférica. Os anticiclones polares descem Localização dos Centros
em latitude durante o Inverno, pelo que nesta
altura exercem forte influência sobre o estado Barométricos no Solstício de Junho
do tempo em toda a Europa. (Verão)
No Solstício de Junho os Centros
Mecanismos de Circulação do ar Barométricos estão deslocados para norte
uma vez que o Sol está no mesmo plano do
em Altitude (células)
Trópico de Câncer.
O mecanismo básico que articula a circulação
das massas de ar no planeta é o das
variações de temperatura. O ar mais frio é
mais denso e desce, enquanto o ar quente é
representação cartográfica do espaço

Localização dos Centros


Barométricos no Solstício de
Dezembro (Inverno)
No Solstício de Dezembro os Centros
Barométricos estão deslocados para Sul
uma vez que o Sol está no mesmo plano do
Trópico de Capricórnio.

Massas de Ar CP (Continental Polar) fria e seca + CA


Massa de ar, em meteorologia, é um volume (Continental Ártico).
de ar definido pela sua temperatura e teor de mP (marítima Polar) fria e húmida.
vapor de água, ou seja, é um grande volume cT (continental tropical) quente e seca.
da atmosfera com características mE (marítima equatorial) quente e húmida.
termodinâmicas uniformes ou
homogéneas (temperatura, humidade e Massa de ar polar continental frio (Pck) fria
densidade). e seca
Cada massa de ar apresenta as suas Este tipo de massa de ar observa-se
características próprias pelo que as geralmente de Novembro a Fevereiro e
condições de tempo variam, origina as temperaturas mais baixas em
consideravelmente, de massa de ar para Portugal Continental no Inverno. São massas
massa de ar. de ar continentais frias e secas vindas da
Para que uma massa de ar seja uniforme, é Gronelândia e da Sibéria.
necessário que o ar fique estacionado O aparecimento desta massa de ar é
durante algum tempo sobre uma região que provocada por um anticiclone muito
tenha uma distribuição uniforme de desenvolvido, centrado sobre o Norte da
temperatura, de modo a adquirir as suas Europa, que se estende à Península Ibérica.
características. A estas regiões chamam-se As condições de tempo associado a esta
regiões de origem das massas de ar massa de ar são:
(quentes, frias, continentais ou marítimas).  Céu limpo
 Vento fraco de Leste
As massas de ar são classificadas tendo em  Grande arrefecimento noturno
atenção três fatores:  Formação de geada
Região de origem – Árticas (A), Polares (P),
Tropicais (T) e Equatoriais (E). Massa de ar polar marítimo frio (Pmk) fria
Influências sofridas – continentais (c) e e húmida
marítimas (m). Esta massa de ar atinge Portugal durante o
Comportamento termodinâmico – quentes Inverno, nomeadamente em situações onde
(w) ou frias (k). uma depressão muito cavada se encontra
localizada sobre as Ilhas Britânicas e depois
Principais Massas do Ar sobre da passagem da superfície frontal fria. É uma
massa de ar instável.
Portugal Continental As condições de tempo associadas são:
 Céu muito nublado
 Vento de NW moderado a forte com
rajadas
 Aguaceiros que podem ser de granizo
 Possível ocorrência de trovoadas

Ar tropical continental (Tc) quente e seca


representação cartográfica do espaço

Esta massa de ar, sobretudo do Norte de  Provém, no Inverno, do interior dos


África, atinge Portugal durante os meses mais continentes das médias e altas
quentes do ano, com o anticiclone dos Açores latitudes
em crista para o Sul de França. Quando o  É muito frio e muito seco
aquecimento da Península Ibérica é muito
intenso forma-se uma depressão térmica Superfícies frontais e frentes
sobre o seu centro.
As condições de tempo associadas são:
 Céu limpo
 Vento fraco de NE e nortada no litoral
centro
 Visibilidade moderada
 As temperaturas mais elevadas do
ano

Massa de ar tropical marítima (Tm) quente É nas latitudes médias dos dois hemisférios,
e húmida onde se dá a convergência das massas de ar
Esta massa de ar, sobretudo da zona dos quentes tropicais com as massas de ar frio
trópicos, pode ocorrer durante todo o ano, polar, que têm origem a formação das frentes
nomeadamente quando o Anticiclone dos polares.
Açores se encontra centrado sobre as ilhas
deste arquipélago ou antes da passagem de Quando duas massas de ar diferentes entram
superfícies frontais frias. em contacto não se misturam ou misturam
As condições de tempo associadas são: lentamente.
 Céu muito nublado Quando não se misturam conseguem alguma
 Vento fraco de Oeste estabilidade (estacionária) (A).
 Chuva ou chuvisco Entre elas fica uma superfície de
 Nevoeiro ou neblina descontinuidade que se designa por
superfície frontal.
Ar Polar Marítimo Posteriormente há uma massa de ar que
consegue empurrar a outra massa de ar com
 É proveniente das regiões oceânicas
características diferentes – perturbação
de altas latitudes ou pode resultar do
frontal (B).
ar continental que tem um longo
Há a sucessão de frentes frias e de frentes
trajeto sobre o mar
quentes – sistema frontal (C).
 É menos frio que o polar continental e
relativamente húmido
Quando duas massas de ar diferentes entram
em contacto não se misturam ou misturam
Ar Tropical Marítimo
lentamente.
 Provém das regiões tropicais
Quando não se misturam conseguem alguma
oceânicas
estabilidade (estacionária).
 É muito quente e muito húmido
Entre elas fica uma superfície de
descontinuidade que se designa por
Ar Tropical Continental superfície frontal.
 É proveniente das regiões tropicais, Uma das massas de ar consegue empurrar a
do interior dos continentes outra e gera-se uma situação de
 É muito quente e seco perturbação da frente polar.
Frontogénese – processo que leva à
Ar Polar Continental perturbação de uma frente.
O ar fica instável.
representação cartográfica do espaço

Uma superfície frontal é uma área de


contacto ou uma zona de transição entre
duas massas de ar de densidades diferentes.
Geralmente, uma massa de ar é mais quente
e húmida do que a outra.
À linha de interseção de uma superfície
frontal (encontro de duas massas de ar
distintas) com a superfície terrestre, dá-se o
nome de frente.
Um conjunto de uma frente fria e de uma
frente quente dá-se o nome de sistema
frontal.

Frente quente – o ar quente empurra o ar


frio. Uma frente fria é representada
Frente fria – o ar frio empurra o ar quente. simbolicamente por uma linha sólida com
triângulos que apontam para o ar quente e na
Frente oclusa – zona de transição onde uma direção do movimento.
frente fria, ao mover-se mais depressa,
ultrapassa e obstrui uma frente quente, Precipitações frontais (frente quente) –
provocando a elevação de todo o ar quente quando a frente é quente, as precipitações
(efeito de bolha). são menos intensas, mas continuas e de
maior duração.
Frontólise – processo que leva à morte ou
oclusão de uma perturbação de frente polar. Frente quente – ocorre quando o ar quente
O período de vida de um sistema frontal ou menos denso avança sob o ar frio mais
perturbação frontal é geralmente muito curto, denso.
não indo além dos dois a três dias, e apenas
raramente poderá atingir cerca de uma
semana.

Precipitações frontais (frente fria) – a


precipitação é formada pela ascensão do ar
quente numa superfície frontal. Quando a
frente é fria, as precipitações são mais
intensas, tipo aguaceiro.

Frente fria – ocorre quando o ar frio mais


denso avança sob o ar quente menos denso.
Uma frente quente é representada
As frentes frias movem-se rapidamente e
simbolicamente por uma linha sólida com
forçam o ar quente a subir.
semicírculos que apontam para o ar frio e na
direção do movimento.

Frentes frias – ocorrem quando uma massa


de ar frio provoca o recuo de uma massa de
ar quente em função da sua pressão
atmosférica. O ar com menores temperaturas,
mais denso, posiciona-se mais próximo à
superfície, fazendo com que o ar quente suba
representação cartográfica do espaço

por ser mais leve, o que causa algumas fortes formando frentes oclusas. Quando uma frente
pancadas de chuva na região em questão. deixa de se mover, designa-se por frente
Frentes quentes – é quando uma massa de estacionária.
ar quente apresenta uma pressão atmosférica É uma zona de transição onde uma massa de
mais elevada e provoca o recuo da massa de ar quente e húmida está a substituir uma
ar frio. O ar quente, menos denso, acende na massa de ar fria. Deslocam-se do Equador
atmosfera em forma de “rampa”, barra a para os polos. Como o ar quente é menos
continuidade do ar frio e provoca chuvas mais denso que o ar frio, a massa de ar quente
brandas e contínuas por vários dias. sobe por cima da massa de ar mais frio e
geralmente ocorre precipitação.
Frentes frias
É a borda dianteira de uma massa de ar fria, Superfícies frontais e frentes
em movimento ou estacionária. Em geral a
massa de ar frio apresenta-se na atmosfera
como um domo de ar frio sobre a superfície.
O ar frio, relativamente denso, introduz-se
sob o ar mais quente e menos denso,
provocando uma queda rápida de
temperatura junto ao solo, seguindo-se
tempestades e também trovoadas. A chuva
Setor de ar frio posterior
para abruptamente após a passagem da
frente. As frentes frias chegam a deslocar-se  Melhoria progressiva do tempo
a 64 km/h.  Diminuição da nebulosidade
É uma zona de transição onde uma massa de  Aguaceiros dispersos
ar frio e seco (polar, movendo-se para o  Temperatura relativamente baixa
Equador) está a substituir uma massa de ar
mais quente e húmido (tropical, movendo-se Frente fria
para o polo).  Nuvens de deslocamento vertical
Deslocam-se dos polos para o Equador.  Vento mais forte
Predominantemente de Noroeste, no  Diminuição da tempestade
Hemisfério Norte, e de Sudoeste no  Chuvas fortes e curtas
Hemisfério Sul. Não estão associadas a um
processo suave: as frentes frias movem-se Setor de ar quente
rapidamente e forçam o ar quente a subir.  Melhoria temporária do tempo
Quando uma frente fria passa, a temperatura  Curtos períodos de chuva
pode baixar mais de 5ºC só durante a  Temperatura relativamente elevada
primeira hora. Quando uma frente deixa de se  Baixa pressão atmosférica
mover, designa-se frente estacionária.
Frente quente
 Céu muito nublado
Frentes quentes  Vento fraco
É a parte dianteira de uma massa de ar  Aumento da temperatura
quente em movimento. O ar frio é  Chuvisco de longa duração
relativamente denso e o ar quente tende a
dominá-lo, produzindo uma larga faixa de Setor de ar frio anterior
nuvens e uma chuva fraca e persistente e às
 Aumento da nebulosidade
vezes nevoeiro esparso.
 Agravamento do tempo
Estão associadas nuvens às frentes quentes.
Tendem a deslocar-se lentamente e podem
Antes À Após a
ser facilmente alcançadas por frentes frias,
da passagem passag
representação cartográfica do espaço

passag em 3. As temperaturas médias diurnas e


em mensais são relativamente baixas,
Fren Chuva Chuva Céu devido à maior inclinação dos raios
te contínu contínua muito solares e à menor duração do dia.
quen a ou nublado
te intermitentcom
e tetos
2ª situação meteorológica de
baixos, Inverno
chuvisc Devido ao intenso arrefecimento do ar em
os ou contacto com o solo muito frio, forma-se na
chuva Península Ibérica um Anticiclone térmico.
fraca Este constitui uma barreira às perturbações
Fren Chuva Chuva, Chuva frontais provenientes de Oeste. Neste caso,
te muitas forte o tempo é caracterizado por:
fria vezes durante
1. Dias luminosos e secos
forte, um
acompanh curto 2. Céu limpo e temperatura elevada nos
ada de período lugares abrigados. Mas onde sopra o
trovoada e de vento, sente-se frio e durante a noite
por vezes tempo arrefece tanto que de madrugada se
de granizo seguida desenvolve geada.
de
aguacei Estado de Tempo mais frequente
ros
em Portugal – Verão
Os sistemas frontais são fenómenos Portugal está sob a influência das altas
efémeros, duram geralmente 2 a 3 dias, no pressões subtropicais, com especial
máximo uma semana. destaque para o Anticiclone dos Açores.
O ar frio posterior, por ser mais ativo do que o Perante as condições referidas, domina nesta
ar quente, provoca uma progressão mais estação o “bom tempo”, que é caracterizado
rápida da frente fria relativamente à frente por:
quente. O setor de ar quente vai sofrendo um 1. Céu pouco nublado ou limpo
estrangulamento, reduzindo-se a distância 2. Vento moderado ou fraco
que separa as duas frentes. 3. As temperaturas médias são
O ar frio posterior junta-se ao ar frio anterior, relativamente elevadas, devido à
provocando a ascensão do ar quente e por menor inclinação dos raios solares e
conseguinte a oclusão do sistema frontal – os dias são maiores do que as noites.
Frente Oclusa.
2ª situação meteorológica de Verão
Estados de Tempo mais frequentes Frequentemente, devido ao elevado
aquecimento diurno verificado no interior da
em Portugal – Inverno Península Ibérica, forma-se sobre ela uma
Portugal é afetado pelos sistemas frontais e
Depressão Barométrica responsável pela
pelas depressões barométricas.
ocorrência de precipitação convectiva. Neste
Deslocam-se de Oeste para Leste, em
caso, o tempo é caracterizado por:
vagas sucessivas. As perturbações da frente
1. Dias quentes
polar encontram-se, por esta altura,
2. Vento fresco do quadrante norte
extremamente ativas, dando origem a “mau
(nortada)
tempo” caracterizado por:
3. Ocorrência de chuvas fortes e
1. Céu muito nublado
trovoadas.
2. Precipitação mais ou menos
abundantes e vento moderado ou forte
representação cartográfica do espaço

Formação dos principais fenómenos arrefece devido à dissipação da


radiação terrestre, pelo que o ar mais
meteorológicos
quente em contacto com a superfície
Representa uma nuvem à
mais fria condensa formando gotículas
superfície e origina-se pelo
de água.
facto de o ar quente
condensar por contacto com
uma superfície mais fria. Ou Os processos de ascensão do ar e
seja, o ar atinge o seu ponto os tipos de precipitação
Nevoeiro de saturação e o vapor de Ocorre devido a processos ascendentes do ar
água condensa. Suspensão
que causam a condensação do vapor de
de pequenas gotículas de
água na atmosfera, que água.
reduzem a visibilidade 1. Precipitações frontais – resultam da
horizontal, a valores convergência de massas de ar
inferiores a 1 km. tropicais e polares. O ar quente, por
Resulta do aumento da ser menos denso, ascende sobre o ar
condensação do ar, em que frio, ao elevar-se o ar arrefece,
as gotas aumentam de originando precipitações. Este tipo de
Precipitação dimensão e peso e vencem precipitação é muito comum nas
a resistência do ar e os médias latitudes, reforçando-se
movimentos ascendentes. A frequentemente pela ascensão
precipitação pode ocorrer orográfica.
sob a forma de chuva, neve 2. Precipitações orográficas – chuva
ou granizo.
resultante da ascensão súbita do ar,
devido à barreira que o relevo pode
Nevoeiro desempenhar. As massas de ar são
1. Nevoeiro de radiação – resultado do obrigadas a ascender quando se
arrefecimento radiativo do solo em cruzam com vertentes montanhosas.
noites de céu limpo. O ar quente sobe Ao subir o ar arrefece, aumenta a
a superfície muito fria e arrefece até humidade relativa até à saturação, a
ao ponto de orvalho (ponto de partir da qual se desencadeia a
saturação), condensa e forma uma condensação e por sequência a
nuvem à superfície. Forma-se durante precipitação. Originam-se mais
a noite e dissipa-se durante a manhã, frequentemente em vertentes voltadas
com a incidência dos raios solares. para o mar, ou seja, confrontantes
2. Nevoeiro de advecção – resulta do com o ar húmido marítimo. Na
movimento de uma massa de ar vertente oposta o ar desce, comprime-
marítima mais quente e húmida, sobre se e aquece, não permitindo por isso
uma massa de ar continental mais fria. ocorrência de precipitações – Efeito
Dissipa-se durante a manhã devido à de Fohn.
brisa marinha.
3. Nevoeiro frontal – ocorre depois da
passagem da frente quente, devido ao
aquecimento do ar ainda molhado de
chuvas quentes.
4. Nevoeiros orográficos – ocorrem em
altitude com a formação de nuvens de
origem orográfica.
5. Orvalho – condensação do ar em
contacto com uma superfície mais fria.
Durante a noite a superfície terrestre
representação cartográfica do espaço

 Temperatura – distribuição espacial e


fatores influentes
 Amplitude térmica em Portugal
 Os estados do tempo e o clima em
Portugal
 Os principais tipos de clima em
Portugal

Precipitação – distribuição espacial


e fatores influentes
1. Variação interanual (ao longo dos
anos)
2. Variação intra-anual (ao longo do
ano/mês a mês)

A irregularidade Interanual
3. Precipitações convectivas – chuva
resultante do aquecimento do ar
devido ao seu contacto com uma
superfície quente. Ocorrem quando a
superfície terrestre sofre um intenso
aquecimento, de tal modo que o ar em
contacto aquece, torna-se menos
denso e eleva-se. Ao subir expande-
se e arrefece até atingir o ponto de Justifica-se por deslocação em latitude de:
orvalho, a que se segue a centros barométricos, massas de ar,
condensação e precipitação. perturbações frontais, etc.
Este tipo de processo provoca
geralmente a formação de nuvens A quantidade de precipitação que anualmente
com forte desenvolvimento vertical, o atinge o nosso país apresenta diferenças de
que torna as precipitações violentas ano para ano, devido à variação dos
(aguaceiros) mas de fraca duração, as comportamentos e posições dos centros
precipitações são normalmente barométricos.
acompanhadas de fortes trovoadas. Se o Anticiclone dos Açores persistir no
Formam-se geralmente nas regiões outono e no inverno centrado muito para
quentes e húmidas (regiões tropicais) Norte relativamente à sua posição normal, o
ou no interior dos continentes das tempo permanece mais quente e seco, não
regiões temperadas durante o Verão. só pela influência que o centro de altas
pressões exerce sobre o território, mas
Diversidade Climática Regional também pelo facto de bloquear a descida
em latitude das depressões das regiões
(Portugal) temperadas.
Precipitação e Temperatura
 Precipitação: a irregularidade
Variação intra-anual da Precipitação
interanula (ao longo dos anos)
O modo de variação anual das precipitações
 A distribuição espacial da precipitação
não é idêntico em todo o território nacional,
em Portugal
caracterizando-se por fortes contrastes
 O papel do relevo e da latitude
sazonais.
 A duração e rigor do período seco Os valores máximos de precipitação
estival ocorrem em novembro e março devido à
representação cartográfica do espaço

influência das depressões e sistemas


frontais que descem em latitude nesta época
do ano, mas também à diminuição da
temperatura que eleva o ar a atingir mais
facilmente a saturação.
Os valores mínimos ocorrem no verão,
especialmente em julho e agosto, as
Depressões das Regiões Temperadas sobem
em latitude e o território passa a estar sob a
influência das Altas Pressões Subtropicais,
com especial relevo para o Anticiclone dos Portugal fica sob influência das baixas
Açores. Por outro lado, as temperaturas pressões subpolares, provocam nuvens e
mais elevadas reduzem a probabilidade de precipitação.
se atingir a saturação do ar.
Altas pressões subtropicais no verão
A Precipitação em Portugal –
Variação no Tempo e no Espaço
Entre janeiro e março
 Baixas pressões subpolares
 Elevados valores de precipitação
 Sistemas frontais (deslocados para
sul)
 Baixa temperatura

Entre abril e setembro


 Baixos valores de precipitação
Portugal fica sob influência das altas
 Deslocação para Norte das Baixas pressões subtropicais, que trazem céu limpo
Pressões Subpolares e tempo seco.
 Anticiclone dos Açores
 Massa de ar quente e seca
A Distribuição Espacial da
 Temperatura elevada
Precipitação em Portugal
Entre outubro e dezembro A análise da distribuição espacial das
 Baixas Pressões Subpolares precipitações em Portugal permite detetar de
imediato grandes contrastes
 Sistemas frontais (deslocados para
pluviométricos regionais. A quantidade
sul)
anual de precipitação diminui de Norte para
 Baixa temperatura
Sul e do Litoral para o Interior, com algumas
exceções determinadas pela influência do
Baixas pressões subpolares no inverno
relevo.
Os tipos dominantes de precipitações no
nosso país são frontais e orográficas,
embora também possam ocorrer
precipitações convectivas.

Os valores máximos de precipitação


ocorrem numa larga faixa ocidental a norte do
Tejo (com destaque para o noroeste) e na
Cordilheira Central. Algumas zonas da Serra
representação cartográfica do espaço

do Gerês e da Peneda, chegam a receber climática interanual e afeta a intensidade e


mais de 3000mm anuais. direção dos ventos de oeste que sopram no
Os valores mínimos ocorrem na orla Atlântico Norte.
algarvia, na faixa oriental do Alentejo,
designadamente no Vale do Guadiana e no O papel do relevo e da latitude
vale superior do rio Douro. Nas zonas de O relevo exerce uma forte influência na
Albufeira e Barca de Alva, os valores são distribuição da precipitação em Portugal, se
inferiores a 400mm. se comparar o mapa do relevo e o mapa de
precipitação, facilmente se verifica que os
Aumenta de Sul para Norte (ou seja, aumenta valores mais altos ocorrem precisamente
com a latitude). nas regiões montanhosas e elevadas do
Diminui do litoral para o interior. Norte, especialmente nas vertentes
É mais alta a Norte do Rio Tejo no Noroeste e voltadas a Oeste, onde as precipitações
na Cordilheira Central. frontais (mais dominantes no norte do que no
É mais baixa no Vale superior do Douro sul) são reforçadas pelas precipitações
(devido ao relevo concordante do noroeste), orográficas.
no Alentejo Central (efeito da interioridade) e Ao sul do Tejo, as Serras de São Mamede,
no Algarve. Monchique e Caldeirão são verdadeiros
oásis de precipitação na aridez que domina
Na Ilha da Madeira, as precipitações são o Alentejo e Algarve. A região sul do país é
bastante escassas no litoral sul (abrigado dos menos influenciada pelas precipitações
ventos húmidos do norte, mais exposto aos associadas a sistemas frontais, devido à sua
raios solares e mais exposto aos ventos posição a latitude mais baixa, recebendo por
secos do norte de África), mas relativamente isso uma maior influência do bom tempo
abundantes na vertente Norte e nas áreas associado aos anticiclones tropicais.
elevadas. A Ilha do Porto Santo, baixa e
aplanada é muito seca e árida. O relevo exerce também uma forte influência
pela sua orientação geográfica, o que
Na Região Autónoma dos Açores, situada explica, por exemplo o forte contraste de
na trajetória das perturbações frontais de precipitação entre o noroeste e o nordeste
oeste, a precipitação é relativamente transmontano. As serras do Noroeste dispõe-
abundante em todas as ilhas, apenas com se de forma quase paralela à linha de costa
exceção para a Ilha de Santa Maria, a mais (montanhas concordantes), barrando o
seca do arquipélago. avanço dos ventos húmidos para o interior.
As ilhas ocidentais a ser atingidas pelos Na Cordilheira Central, os obstáculos
ventos húmidos e pelas perturbações frontais. montanhosos dispõe-se obliquamente à linha
de costa (montanhas discordantes), o que
A Irregularidade Interanual permite a fácil penetração dos ventos
Uma das principais causa desta húmidos para o interior, precipitando em
irregularidade na precipitação interanual em regiões bastante afastadas do litoral.
Portugal está relacionada com a Oscilação
do Atlântico Norte (NAO). Fatores que influenciam a
Oscilação do Atlântico Norte – fenómenos
precipitação em Portugal
atmosférico de grande escala, envolvendo
Latitude AltitudOrienta Distância
uma alternância da intensidade dos valores
e ção do ao mar
da pressão atmosférica na região subtropical
relevo
(centro de altas pressões centrado nos Norte – Norte e Noroest Litoral –
Açores) e na região subpolar (centro de precipita Centro e – maior
baixas pressões centrado na Islândia). A NAO ção – montanh influência
exerce uma influência forte na variabilidade mais precipit as do
representação cartográfica do espaço

elevada ação concord Atlântico e temperatura, considerando-se meses secos


e maior mais antes dos ventos aqueles em que a curva da precipitação
influênci elevada de oeste estiver abaixo da curva da temperatura.
a da e relevo (mais Pela análise da figura, verifica-se que todos
frente mais húmidos) os lugares a que se referem os gráficos
polar acident apresentam período seco estival. Em Santo
ado e Tirso, esse período é bastante curto não indo
de
além dos dois meses, enquanto em
maior
altitude Mirandela chega aos quatro meses e no
Sul – Sul – Nordest Interior – Cabo de São Vicente atinge quase metade
precipita precipit e – maior do ano.
ção ação protegid continental Salvo algumas exceções, o período seco
mais mais o pelos idade que estival aumenta de norte para sul e do litoral
reduzida reduzid ventos leva à para o interior.
e menor a e húmidos diminuição
influênci relevo pelas da Na Ilha da Madeira, o período seco estival é
a da menos montanh humidade muito curto na vertente norte, mas chega a
frente acident as de do ar à atingir os seis meses no Funchal, na vertente
polar, ado e noroeste medida sul.
temperat de e maior que entra Nos Açores, nas ilhas do Grupo Ocidental
uras menor influênci em
(as mais pluviosas e menos quentes) não há
mais altitude a de Portugal
elevada ventos continental período seco estival e nas restantes é muito
s, secos do curto, não indo além de dois meses. Os
massas interior valores máximos mensais nos Açores rondam
de ar da PI os 140-180mm.
quente e Cordilhei Ilhas –
seco do ra modera a Temperatura – distribuição espacial
norte de Central temperatur
África – maior a das ilhas
e fatores influentes
altitude A temperatura média anual em Portugal
e evidencia contrastes regionais, sendo
orientaç fortemente influenciada pelo relevo tanto no
ão continente como nos arquipélagos.
discorda A análise espacial baseada nas normais de
nte traz 1961/90 mostra a temperatura média anual
maior em Portugal varia entre cerca de 7ºC nas
humidad terras altas do interior norte e centro e cerca
e de 18ºC no litoral sul.

A duração e rigor do período seco Linhas isotérmicas – linha que, num mapa
estival geográfico, passa pelos pontos de igual
Normalmente, considera-se mês seco aquele temperatura média anual ou mensal, reduzida
cuja precipitação total, expressa em ao nível do mar.
milímetros, é inferior ao dobro da temperatura Janeiro – as isotérmicas dispõe-se
média desse mês, expressa em graus obliquamente à linha da costa:
Celsius.  Valores mais altos – a sudoeste
Dá-se o nome de período seco estival ao  Valores mais baixos – a nordeste
número de meses secos. A representação
gráfica do período seco é demonstrada Julho – as isotérmicas são quase paralelas á
através de um gráfico pluviométrico, em linha da costa, evidenciando-se mais a
que a escala da precipitação é dupla da
representação cartográfica do espaço

influência da As isotérmicas de julho dispõe-se


proximidade ou paralelamente à linha de costa, com rápido
afastamento do mar: aumento dos valores médios da temperatura
 Valores mais de oeste para este, evidenciando fortemente
altos – a este o contraste térmico entre o litoral e o interior,
(interior) mais forte no verão do que no inverno.
 Valores mais Os ventos húmidos de oeste (vindos do
baixos – a atlântico) suavizam as temperaturas da faixa
oeste (litoral) litoral, mas aquecem fortemente e tornam-se
mais secos à medida que avançam em
direção ao interior.
Os valores máximos de temperatura
ocorrem no Nordeste, no vale superior do
Rio Douro. Trata-se de uma região deprimida
e encaixada entre montanhas, o que reduz a
influência dos ventos marítimos.

Ao analisar as isotérmicas reais, torna-se


muito clara a influência da altitude, os
valores médios mais baixos de temperatura
coorrem nas regiões montanhosas.
Em janeiro, os valores de temperatura
diminuem de sudoeste para nordeste,
enquanto no verão, aumentam principalmente
do litoral para o interior.

Amplitude Térmica em Portugal


As amplitudes térmicas anuais (diferença
entre a temperatura média do mês mais
quente e a temperatura média do mês mais
frio) aumentam do litoral para o interior.
Os máximos ocorrem no nordeste, onde o
povo de Miranda classifica o ano como de
“nove meses de inverno e três meses de
inferno”.
Os valores mínimos registam-se no litoral,
onde o mar modera as temperaturas
anuais.
A análise das isotérmicas de janeiro
reduzidas ao nível do mar, mostra que as Os Estados do Tempo e o Clima em
mesmas se dispõe obliquamente em relação Portugal
à linha da costa, com valores decrescentes
Ao longo do ano, Portugal recebe influência
de sudoeste para nordeste, o que revela uma
de vários centros de ação dinâmica da
forte influência da latitude, mas também do
atmosfera, nomeadamente:
Atlântico.
 Os fluxos do oeste
 As depressões das regiões
temperadas
 Os sistemas frontais
 As altas pressões subtropicais
representação cartográfica do espaço

 As massas de ar frio polar e ar quente


tropical
A ação destes centros varia ao longo do ano
ao ritmo do movimento anual aparente do sol.

No inverno, os sisetmas frontais e as


depressões barométricas atingem
frequentemente o nosso país, originando
“mau tempo”, ou seja, céu muito nublado,
precipitações mais ou menos abundantes e
vento moderado ou forte, soprando de oeste,
sudoeste ou também, com alguma
frequência, de noroeste. No verão, o estado do tempo em Portugal é
As temperaturas médias diurnas e mensais mais estável. Nesta estação, o território está
são relativamente baixas, devido à maior quase sempre sob a influência das altas
inclinação dos raios solares e à menor pressões subtropicais, com especial
duração do dia. destaque para o anticiclone dos Açores.
Devido ao intenso arrefecimento do ar em Nesta altura, as massas de ar polar e as
contacto com o solo muito frio, forma-se na perturbações frontais estão deslocadas mais
Europa Ocidental, um vasto anticiclone para norte da Europa.
térmico (que muitas vezes se prolonga para Perante estas condições, domina nesta
oeste e reforça o anticiclone dos Açores), o estação o “bom tempo”, com céu limpo ou
qual para além da sua própria ação, passa a pouco nublado, temperaturas elevadas, vento
constituir uma barreira à penetração das fraco e precipitações escassas.
perturbações frontais de Oeste.
Portugal é frequentemente invadido por
massas de ar frio polar, sobretudo se são
de origem ou trajeto continental. As noites são Vento de Nortada
particularmente frias, ocorrendo formação de
geadas.

Carta sinóptica de um dia de fevereiro. O


boletim metereológico indicava céu limpo,
vento fraco de nordeste, elevado
arrefecimento noturno e formação de geadas.

Quando esta depressão se conjuga com o


Anticiclone dos Açores, gera-se um vento
do quadrante de Norte, designada por
nortada, relativamente fresco.

Vento de Levante

Carta metereológica dum dia de janeiro. O


céu estava muito nublado, ocorria chuva fraca
e o vento soprava de oeste, com rajadas.
representação cartográfica do espaço

inverno chuvoso e verão seco e quente e


outra de clima temperado com inverno
chuvoso e verão seco e pouco quente.

Portugal apresenta acentuados contrastes


regionais, na distribuição dos elementos
fundamentais do clima (temperatura e
precipitação).
Resumindo, é possível definir 4 tipos de
climas em Portugal, de limites imprecisos:
As altas temperaturas estivais formam com
1. Clima Temperado Mediterrâneo
frequência depressões de origem térmica
(acentuado)
na PI ou Norte de África, ao mesmo tempo
2. Clima Temperado Mediterrâneo de
que se forma um anticiclone sobre a
influência marítima
Europa Central. Esta situação gera o
3. Clima Temperado Mediterrâneo de
deslocamento de massas de ar tropical
influência continental
continental, vindas do deserto do Saara. O
4. Clima de influência da altitude
vento de leste ou sudeste é designado de
vento de levante e orgina um tempo muito
quente e seco. Clima Temperado Mediterrâneo
(acentuado)
Nas estações intermédias, especialmente de No Centro Litoral, no sul do Continente e
fins de março a meados de maio, o tempo é no Arquipélago da Madeira (exceto nas
muito instável: chuvas excessivas e por vezes regiões elevadas), os verões são mais
prolongadas ou secura precoce, geadas quentes, longos e secos (existência de um
tardias ou surtos de calor são aspetos da período seco estival) e os invernos são pouco
irregularidade do estado do tempo nesta rigorosos, curtos e suaves. As precipitações
estação. são escassas e irregulares, concentrando-se
As perturbações frontais ciclónicas são ainda especialmente no outono e no inverno. É o
frequentes, mas já não têm a regularidade clima temperado mediterrâneo mais ou
que as caracteriza no inverno. menos característico.
No outono, o nosso território começa a ser
influenciado pelas primeiras vagas Clima Temperado Mediterrâneo de
depressionárias e pelos sistemas frontais. A
temperatura desce e o estado do tempo é
influência marítima
No norte litoral e nos Açores, os verões são
também muito variável.
relativamente frescos e os invernos suaves,
Os principais tipos de Clima em embora mais frios do que nas áreas de clima
Portugal mediterrâneo. As amplitudes térmicas anuais
Classificação de Koppen são baixas e raramente vão além dos 10ºC e
A classificação principal de Koppen divide o as precipitações são relativamente
clima da Terra em 5 regiões: abundantes.
 Clima Tropical Húmido
 Clima Seco Clima Temperado Mediterrâneo de
 Clima Temperado com Inverno suave influência continental
 Clima Temperado com Inverno No nordeste (afastamento do litoral para o
rigoroso interior), os verões são muito quentes e os
 Clima Polar invernos frios e longos. A neve e geada são
O clima de Portugal Continental, segundo a muito frequentes e a amplitude térmica anual
classificação de Koppen, divide-se em duas é elevada, atingindo os 20ºC. As
regiões: uma de clima temperado com
representação cartográfica do espaço

precipitações são menos abundantes que na  Clima temperado mediterrâneo de


faixa litoral. influência continental (norte
transmontano)
Clima com influência na altitude  Temperaturas altas no verão e baixas
Nas áreas de montanha mais elevadas os no inverno
verões são mais frescos e, nas vertentes  Amplitude térmica alta
expostas a ventos marítimos, também menos  Precipitação fraca
secos. Os invernos são mais frios e rigorosos,  Três a quatro meses secos
com precipitação abundante, por vezes com
neve.

Braga
 Clima temperado mediterrâneo de
influência marítima (norte atlântico)
 Temperaturas amenas ao longo do
ano
 Amplitude térmica fraca
 Precipitação abundante
 Dois meses secos (período estival)

Faro
 Clima temperado mediterrâneo
acentado (sul)
 Temperaturas suaves no inverno e
altas no verão
 Amplitude térmica moderada
 Precipitação fraca quatro a seis meses
secos

Bragança

Você também pode gostar