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Conceitos de Escala
Escala – um mapa é uma representação
reduzida da superfície terrestre, elaborado
proporcionalmente à realidade. Essa
proporção é expressa através da escala. A
escala do mapa é a razão, ou quociente,
Meridiano de Greenwich – meridiano entre a distância no mapa e a distância que
principal ou de referência que divide a Terra lhe corresponde na Terra, ou melhor, a sua
em dois hemisférios: oriental e ocidental. superfície de referência. A escala indica o
Semimeridiano de Greenwich – metade do número de vezes que a realidade foi
meridiano de Greenwich que vai do polo norte reduzida.
ao polo sul.
Tipos de Escala
Latitude, Longitude e Altitude Escala numérica – expressão matemática
Coordenadas Geográficas representada por uma fração onde o
Polos Latitude Longitude numerador é sempre 1 e representa a
PN Pólo 90ºN Indeterminada distância no mapa. O denominador
Norte representa a distância real e identifica o
PS Pólo 90ºS Indeterminada número de vezes que a realidade foi
Sul reduzida.
A escala numérica é representada por uma
Meridianos de referência fração em que o numerador é a unidade e o
MG Meridiano 90ºN a Oº denominador indica quantas vezes se reduziu
de 90ºS a distância real. Todos os valores são sempre
Greenwich expressos em centímetros.
tende a deslocar-se para zonas de menor diz-se que à superfície existe uma
pressão. divergência do fluxo. Por isso o “bom tempo”
A circulação atmosférica é responsável (seco e sem nuvens) está normalmente
pela dinâmica de circulação dos ventos, associado aos anticiclones. São indicados
pela alteração das pressões atmosféricas, num mapa por “A” e são locais onde a
pela distribuição do calor e, pressão atmosférica é mais alta no centro do
consequentemente, interferem diretamente que na periferia.
no clima da Terra.
A pressão atmosférica é superior a
Os centros de pressão atmosférica são 1013 mb e aumenta da periferia para
responsáveis pelo estado do tempo, uma vez o centro.
que são responsáveis pela circulação do ar O movimento do ar é descendente em
na atmosfera. altitude (desce) e divergente à
A pressão atmosférica é a força exercida pela superfície.
atmosfera em cada unidade de superfície, Ao descer, a temperatura do ar
neste caso a força exercida pelo ar num aumenta, a sua humidade relativa
determinado ponto da superfície. Se a força diminui e não ocorre a condensação.
exercida pelo ar aumenta num determinado Associam-se períodos, geralmente,
ponto, consequentemente a pressão também de céu limpo, tempo seco e
aumentará. ausência de precipitação.
Massa de ar tropical marítima (Tm) quente É nas latitudes médias dos dois hemisférios,
e húmida onde se dá a convergência das massas de ar
Esta massa de ar, sobretudo da zona dos quentes tropicais com as massas de ar frio
trópicos, pode ocorrer durante todo o ano, polar, que têm origem a formação das frentes
nomeadamente quando o Anticiclone dos polares.
Açores se encontra centrado sobre as ilhas
deste arquipélago ou antes da passagem de Quando duas massas de ar diferentes entram
superfícies frontais frias. em contacto não se misturam ou misturam
As condições de tempo associadas são: lentamente.
Céu muito nublado Quando não se misturam conseguem alguma
Vento fraco de Oeste estabilidade (estacionária) (A).
Chuva ou chuvisco Entre elas fica uma superfície de
Nevoeiro ou neblina descontinuidade que se designa por
superfície frontal.
Ar Polar Marítimo Posteriormente há uma massa de ar que
consegue empurrar a outra massa de ar com
É proveniente das regiões oceânicas
características diferentes – perturbação
de altas latitudes ou pode resultar do
frontal (B).
ar continental que tem um longo
Há a sucessão de frentes frias e de frentes
trajeto sobre o mar
quentes – sistema frontal (C).
É menos frio que o polar continental e
relativamente húmido
Quando duas massas de ar diferentes entram
em contacto não se misturam ou misturam
Ar Tropical Marítimo
lentamente.
Provém das regiões tropicais
Quando não se misturam conseguem alguma
oceânicas
estabilidade (estacionária).
É muito quente e muito húmido
Entre elas fica uma superfície de
descontinuidade que se designa por
Ar Tropical Continental superfície frontal.
É proveniente das regiões tropicais, Uma das massas de ar consegue empurrar a
do interior dos continentes outra e gera-se uma situação de
É muito quente e seco perturbação da frente polar.
Frontogénese – processo que leva à
Ar Polar Continental perturbação de uma frente.
O ar fica instável.
representação cartográfica do espaço
por ser mais leve, o que causa algumas fortes formando frentes oclusas. Quando uma frente
pancadas de chuva na região em questão. deixa de se mover, designa-se por frente
Frentes quentes – é quando uma massa de estacionária.
ar quente apresenta uma pressão atmosférica É uma zona de transição onde uma massa de
mais elevada e provoca o recuo da massa de ar quente e húmida está a substituir uma
ar frio. O ar quente, menos denso, acende na massa de ar fria. Deslocam-se do Equador
atmosfera em forma de “rampa”, barra a para os polos. Como o ar quente é menos
continuidade do ar frio e provoca chuvas mais denso que o ar frio, a massa de ar quente
brandas e contínuas por vários dias. sobe por cima da massa de ar mais frio e
geralmente ocorre precipitação.
Frentes frias
É a borda dianteira de uma massa de ar fria, Superfícies frontais e frentes
em movimento ou estacionária. Em geral a
massa de ar frio apresenta-se na atmosfera
como um domo de ar frio sobre a superfície.
O ar frio, relativamente denso, introduz-se
sob o ar mais quente e menos denso,
provocando uma queda rápida de
temperatura junto ao solo, seguindo-se
tempestades e também trovoadas. A chuva
Setor de ar frio posterior
para abruptamente após a passagem da
frente. As frentes frias chegam a deslocar-se Melhoria progressiva do tempo
a 64 km/h. Diminuição da nebulosidade
É uma zona de transição onde uma massa de Aguaceiros dispersos
ar frio e seco (polar, movendo-se para o Temperatura relativamente baixa
Equador) está a substituir uma massa de ar
mais quente e húmido (tropical, movendo-se Frente fria
para o polo). Nuvens de deslocamento vertical
Deslocam-se dos polos para o Equador. Vento mais forte
Predominantemente de Noroeste, no Diminuição da tempestade
Hemisfério Norte, e de Sudoeste no Chuvas fortes e curtas
Hemisfério Sul. Não estão associadas a um
processo suave: as frentes frias movem-se Setor de ar quente
rapidamente e forçam o ar quente a subir. Melhoria temporária do tempo
Quando uma frente fria passa, a temperatura Curtos períodos de chuva
pode baixar mais de 5ºC só durante a Temperatura relativamente elevada
primeira hora. Quando uma frente deixa de se Baixa pressão atmosférica
mover, designa-se frente estacionária.
Frente quente
Céu muito nublado
Frentes quentes Vento fraco
É a parte dianteira de uma massa de ar Aumento da temperatura
quente em movimento. O ar frio é Chuvisco de longa duração
relativamente denso e o ar quente tende a
dominá-lo, produzindo uma larga faixa de Setor de ar frio anterior
nuvens e uma chuva fraca e persistente e às
Aumento da nebulosidade
vezes nevoeiro esparso.
Agravamento do tempo
Estão associadas nuvens às frentes quentes.
Tendem a deslocar-se lentamente e podem
Antes À Após a
ser facilmente alcançadas por frentes frias,
da passagem passag
representação cartográfica do espaço
A irregularidade Interanual
3. Precipitações convectivas – chuva
resultante do aquecimento do ar
devido ao seu contacto com uma
superfície quente. Ocorrem quando a
superfície terrestre sofre um intenso
aquecimento, de tal modo que o ar em
contacto aquece, torna-se menos
denso e eleva-se. Ao subir expande-
se e arrefece até atingir o ponto de Justifica-se por deslocação em latitude de:
orvalho, a que se segue a centros barométricos, massas de ar,
condensação e precipitação. perturbações frontais, etc.
Este tipo de processo provoca
geralmente a formação de nuvens A quantidade de precipitação que anualmente
com forte desenvolvimento vertical, o atinge o nosso país apresenta diferenças de
que torna as precipitações violentas ano para ano, devido à variação dos
(aguaceiros) mas de fraca duração, as comportamentos e posições dos centros
precipitações são normalmente barométricos.
acompanhadas de fortes trovoadas. Se o Anticiclone dos Açores persistir no
Formam-se geralmente nas regiões outono e no inverno centrado muito para
quentes e húmidas (regiões tropicais) Norte relativamente à sua posição normal, o
ou no interior dos continentes das tempo permanece mais quente e seco, não
regiões temperadas durante o Verão. só pela influência que o centro de altas
pressões exerce sobre o território, mas
Diversidade Climática Regional também pelo facto de bloquear a descida
em latitude das depressões das regiões
(Portugal) temperadas.
Precipitação e Temperatura
Precipitação: a irregularidade
Variação intra-anual da Precipitação
interanula (ao longo dos anos)
O modo de variação anual das precipitações
A distribuição espacial da precipitação
não é idêntico em todo o território nacional,
em Portugal
caracterizando-se por fortes contrastes
O papel do relevo e da latitude
sazonais.
A duração e rigor do período seco Os valores máximos de precipitação
estival ocorrem em novembro e março devido à
representação cartográfica do espaço
A duração e rigor do período seco Linhas isotérmicas – linha que, num mapa
estival geográfico, passa pelos pontos de igual
Normalmente, considera-se mês seco aquele temperatura média anual ou mensal, reduzida
cuja precipitação total, expressa em ao nível do mar.
milímetros, é inferior ao dobro da temperatura Janeiro – as isotérmicas dispõe-se
média desse mês, expressa em graus obliquamente à linha da costa:
Celsius. Valores mais altos – a sudoeste
Dá-se o nome de período seco estival ao Valores mais baixos – a nordeste
número de meses secos. A representação
gráfica do período seco é demonstrada Julho – as isotérmicas são quase paralelas á
através de um gráfico pluviométrico, em linha da costa, evidenciando-se mais a
que a escala da precipitação é dupla da
representação cartográfica do espaço
Vento de Levante
Braga
Clima temperado mediterrâneo de
influência marítima (norte atlântico)
Temperaturas amenas ao longo do
ano
Amplitude térmica fraca
Precipitação abundante
Dois meses secos (período estival)
Faro
Clima temperado mediterrâneo
acentado (sul)
Temperaturas suaves no inverno e
altas no verão
Amplitude térmica moderada
Precipitação fraca quatro a seis meses
secos
Bragança