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DESCRITIVO TÉCNICO
MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
2022
INDICE
1. ESCOPO _______________________________________________________________________ 3
2. FINALIDADE DA ESTAÇÃO _________________________________________________________ 3
3. TAREFAS DO OPERADOR __________________________________________________________ 3
4. DESCRIÇÃO DO PROCESSO ________________________________________________________ 3
4.1 SEPARADOR DE EFLUENTE AREIA E ÓLEO____________________________________________ 4
4.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO FÍSICO QUÍMICO ________________________________________ 4
5. PRINCIPAIS VANTAGENS __________________________________________________________ 7
6. BASE DE PROJETO _______________________________________________________________ 8
7. INSUMOS ______________________________________________________________________ 8
8. PARTIDA DA UNIDADE___________________________________________________________ 11
9. LIMPEZA E DESCARTE DE RESÍDUOS ________________________________________________ 12
10. REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA ________________________________________________________ 15
11. PREVENÇÃO E MANUTENÇÃO DOS ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS _____________________ 15
12. NORMAS ENVOLVIDAS _________________________________________________________ 16
13. IMAGENS ILUSTRATIVAS DO EQUIPAMENTO________________________________________ 17
13.1 SEPARADOR DE ÁGUA AREIA E ÓLEO _____________________________________________ 17
13.2 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO ______________________________________ 18
14. ITENS DE FORNECIMENTO _______________________________________________________ 20
15. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL _________________________________________ 20
16. ASSISTÊNCIA TÉCNICA __________________________________________________________ 21
17. GARANTIA ___________________________________________________________________ 21
1. ESCOPO
O objetivo deste Manual é de levar ao conhecimento dos operadores e responsáveis a descrição do
sistema, instruções operativas e considerações teóricas importantes para o bom entendimento do
processo. Além de contemplar instruções de prevenção e manutenção do equipamento em questão.
Pretende-se com isto, que os operadores e os responsáveis estejam em grau, tanto teórico, como
prático, de operar o sistema, a fim de atingir o objetivo fundamental, ou seja, os parâmetros fixados
para a qualidade da água.
2. FINALIDADE DA ESTAÇÃO
Tratar águas provenientes de lavadores de equipamentos, veículos, peças e motores.
Este tratamento, além de ajudar a preservar o meio ambiente, poderá reduzir em até 90% os custos
com águas.
OBS: A água de reuso é ideal para os mesmos fins, ou seja, lavagem de carros, peças, motores, pisos,
jardinagem, descarga de banheiros e fins que não sejam nobres, ou seja, para consumo humano e
animal.
3. TAREFAS DO OPERADOR
A Estação de Tratamento de Efluentes Oleosos irá trabalhar de forma automatizada.
Será de responsabilidade do operador o controle do consumo dos insumos (produtos químicos)
utilizados durante o processo, assim como a correta diluição, conforme especificado no Capítulo 7.;
descarte do lodo formado, operação de retrolavagem do sistema e remoção do excedente de óleo
(detalhes no Capítulo 9.).
O Capítulo 11. deste manual, descreve outras tarefas do operador, voltadas a prevenção e
manutenção do equipamento.
4. DESCRIÇÃO DO PROCESSO
O Sistema de Tratamento de Efluentes Oleosos Alfamec consiste em um Separador de Água Areia e
Óleo, uma Estação de Tratamento Físico-Química, um Filtro de Carvão Ativado e dosagem final de
químicos, conforme demonstrado no fluxo abaixo;
Cloração
O efluente vindo da lavagem dos equipamentos inicia o processo de Tratamento primário realizado,
neste projeto, através dos sistemas de remoção de óleo e areia através do S.A.O.
constante, sobre toda a massa líquida, com a finalidade de dispersar os produtos químicos na água,
garantindo distribuição uniforme, com melhor aproveitamento.
O sistema de dosagem é composto por tinas dos respectivos produtos químicos a serem utilizados
com suas bombas dosadoras eletromagnéticas correspondentes;
O consumo de produtos químicos, que é um fator muito importante e empírico, deverá ser
determinado em fase operativa.
o Floculador
Após a dosagem dos produtos, a água entrará na primeira câmara do equipamento – Câmara de
Floculação.
Esta câmara possui um floculador mecânico axial que fará a agitação do meio, fazendo com que os
produtos adicionados na etapa anterior entrem em ação.
Os produtos irão realizar a aglutinação das partículas sólidas, junto com a ação do floculador,
formando os flocos.
A agitação é realizada de maneira a aumentar os flocos que vão se formando. Esta terá uma
velocidade adequada a ponto de não quebrar os flocos e não permitir que eles decantem.
Com os flocos formados, a água passará para a próxima câmara – Câmara de decantação.
o Decantador
Nesta câmara irá ocorrer o processo de separação das partículas sólidas presentes na água.
As partículas mais pesadas que a água, podem manter-se permanentemente suspensas pela ação de
forças relativas à turbulência das águas em movimento. Essas partículas, tendo peso maior que a da
água, precipitam com determinada velocidade (velocidade de sedimentação). Diminuindo-se ou
anulando-se a velocidade de escoamento das águas os efeitos de turbulência passam a ser reduzidos
e as partículas passam a se depositar. No decantador procura-se obter um movimento tranquilo e
com isto neutralizam-se os efeitos da turbulência, permitindo a separação dinâmica dos sedimentos
presentes na água. Para isso a câmara de decantação Alfamec possui geometria diferenciada – fundo
cônico – e módulos tubulares, a fim de facilitar o processo de separação dos sólidos já formados.
Quando se utilizam módulos tubulares de decantação, é possível evitar a formação de correntes –
turbulência – que prejudicam a decantação e aumentam o tempo de detenção necessário.
As principais vantagens do decantador com módulos tubulares são: o tempo, pois este tipo de
decantador permite taxas de escoamento superficial superiores a convencionais, o que acarretará na
utilização de equipamentos mais compactos e eficientes; e a altura da sedimentação, que ocorre na
pequena altura dos módulos, isto porque os sólidos se depositam na superfície inferior do módulo,
onde, devido ao regime do escoamento laminar, a velocidade da água na periferia do módulo tende
a zero. Por este motivo, como os módulos são inclinados em ângulo de 60°, os sólidos deslizam para
o fundo do decantador.
Os módulos são constituídos por tubos de seção retangulares montados e colados paralelamente
entre si.
Os sólidos sedimentados durante o processo serão encaminhados para o leito de secagem, através
de um coletor, que fará a distribuição do lodo por igual na superfície do leito. No leito o lodo úmido
se transformará numa torta seca, enquanto a água que escoa volta para o tanque inicial de água
bruta, retornando ao processo.
o Filtro
A água que sai do decantador ingressa num coletor para ser distribuída na terceira e última câmara
do equipamento – Câmara de Filtração.
Classificação:
o De acordo com a taxa de filtração: filtro rápido;
o Quanto à pressão: de gravidade;
o Quanto ao sentido do fluxo: Descendente.
Elemento filtrante:
o Pedregulho classificado – utilizado para suportar a areia – granulometria: 2,0 a 3,76 mm;
o Areia Classificada - Areia lavada de forma arredondada de procedência dos leitos dos rios,
classificada em diversas granulometrias - 0,6 a 1,2 mm;
o Carvão Antracito - carvão mineral de cor negra. Sua massa específica e da ordem de 1,4 a 1,6
g/cm3 – inferior à da areia.
O objetivo da filtração é principalmente a retenção de partículas suspensas e coloides, que não
foram removidas no decantador, através da coagem e absorção, isto é, adesão das impurezas nos
grãos do meio filtrante. A água entra pela parte superior dos filtros, de forma descendente e desta
forma a passa pelos materiais filtrantes: carvão antracito, areia e pedregulho.
Na parte inferior dos filtros crepinas com aberturas previamente especificadas retêm os materiais
filtrante, dando passagem somente para a água.
À medida que as impurezas vão penetrando no elemento filtrante (colmatação), ocorre o aumento
de perda de carga no leito, tendo como efeito um aumento de nível progressivo dentro da câmara de
filtração. Quando este nível atingir uma determinada altura, acionará um indicador de nível e este
dará início a retrolavagem do filtro. Para este processo a bomba de retrolavagem será acionada e a
de alimentação será desarmada. A água será recalcada do reservatório de água limpa e entrará no
filtro em fluxo contrário de operação – ascendente. A água com as sujidades do filtro será enviada
para o tanque de água bruta e retornará para o tratamento. Ao final da operação, a bomba de
alimentação é acionada e a de retrolavagem será desarmada, voltando assim no processo normal de
operação.
Após receber o tratamento físico-químico, o efluente verterá para um reservatório de transferência,
para posterior tratamento no filtro de carvão ativado.
o Dosagem de Cloro
Ao final do processo, para que se mantenha a qualidade da água, será dosado, através de bombas
eletromagnéticas, uma quantidade mínima de cloro para que a água possa ser reutilizada no
processo novamente.
5. PRINCIPAIS VANTAGENS
Separador de Efluente Areia e Óleo
o Grande capacidade de tratamento;
o Ocupam uma área muito menor que sistemas convencionais;
o Eliminam fatores hidráulicos, tais como passagens diretas extra circuito e turbulência;
o Eliminam fatores, tais como variações de temperatura, efeitos de ventos na superfície;
o Simplicidade de operação;
o Totalmente inatacável por agentes corrosivos;
Estação de Tratamento Físico-Químico
o Economia de até 90% na Conta de Água;
o Trata 100% do efluente captado. Portanto podemos considerar como perda de processo
apenas água de evaporação e água que se deposita nas latarias dos carros lavados;
o Pode ser instalada em ambiente aberto por ser constituída de materiais resistentes e peças
eletromecânicas a prova de água e calor intenso, considerando cenários encontrados em
postos de abastecimento em diferentes ambientes do país;
o Adequação Ambiental;
o Pequena Área Ocupada;
o Fácil de Instalar.
6. BASE DE PROJETO
Para o dimensionamento deste sistema foram considerados os seguintes dados da água bruta;
7. INSUMOS
A ALFAMEC dispõe de uma linha de insumos para venda aos clientes que adquirem suas estações,
com o objetivo de garantir a qualidade e estabilidade do tratamento.
A definição dos insumos e a quantidade de uso são realizadas após teste de tratabilidade ou na
partida da ETEO, pois há variação de características de efluentes.
Com intuito de estabelecer uma relação de parceria com os clientes, a Alfamec se dispõe a analisar e
orientar o uso de insumos que venham ser adquiridos na região a qual a estação será instalada.
Em linhas gerais os insumos utilizados são Coagulantes, Floculantes, Polímero e Bactericidas. Os
tipos de insumos são facilmente encontrados pelo país, porém vale reforçar que cabe uma boa
avaliação da qualidade para que o tratamento seja estável e de boa qualidade.
Todos Coagulantes e Floculantes utilizados, orgânicos ou inorgânicos, não necessitam de licenças,
fato que não se aplica a alguns Neutralizantes de pH e Bactericidas requeridos em determinados
processos, por exemplo, a Barrilha Leve e o Hipoclorito de sódio, estes, por sua vez, necessitam de
licenças nos órgãos de fiscalização, como polícia civil, militar e exercito.
Para o preparo dos produtos o operador deverá desligar a Estação e somente ligar quando ocorrer à
correta homogeneização dos produtos.
Se tratando das bombonas de 50 litros, o operador deverá verificar se estas ainda possuem produto
para efetuar a troca.
o Alfafloc 5
O Alfa Floc 5 será utilizado auxiliar na remoção de cor e turbidez da água. Ajuda também na
coagulação/ floculação de impurezas no sistema, pois faz com que os flocos se tornem mais pesados.
O produto terá a concentração de 10% e será dosado no sistema a no máximo 15ppm.
Especificação do Produto – Carbonato de Sódio (Barrilha Leve)
Na2CO3 min. 98%
Na2O máx.58%
Densidade aparente 0,85 – 0,95
pH 11 (solução a 5%)
Solubilidade Solúvel em água
Do tipo pó branco inodoro
o Alfa Poli A
O Alfa Poli A possui como principal objetivo aumentar o tamanho dos flocos formados no processo
de tratamento dos efluentes, conseguindo desta forma reduzir a turbidez e cor presente. Produto
terá a concentração entre 0,15 – 0,2% e será dosado no efluente a no máximo 2ppm.
Especificação do Produto – Polieletrólito Aniônico
Viscosidade 300,0 cps a 25°C
Densidade relativa 1,04 a 15,6°C
Solubilidade em água Emulsificável
Do tipo líquido branco leitoso de odor suave
o Alfa Clor
O Alfa Clor tem como principal objetivo oxidar a matéria orgânica presente no efluente, eliminando-a
e estabilizando-a. Possui característica biocida eliminando os microrganismos da água,
proporcionando uma água de reuso segura aos usuários. Terá concentração de 12% de cloro ativo e
será dosado no efluente a no máximo 20ppm.
Especificação do Produto – Hipoclorito de Cálcio
pH (solução 1%) 5,0 – 7,0
Densidade > 0,74 g/cm³
Solubilidade Solúvel em água
Do tipo sólido granulado branco com odor característico de cloro
8. PARTIDA DA UNIDADE
Antes da operação a ETEO, os equipamentos – separador de água areia e óleo e estação físico-
química – deverão ser preenchidos com água.
Separador de Água Areia e Óleo
Após iniciar a utilização do equipamento, observe que o efluente na saída estará com quantidades
pequenas de sólidos sedimentáveis e óleos, pois os mesmos deverão ficar retidos dentro das caixas
separadoras;
algumas semanas ou meses, dependendo do volume de águas oleosas que passa pelo
equipamento;
o Bombas centrífugas – verificar se todas estão funcionando corretamente;
o O nível interno da água e do óleo irá variar conforme a vazão de entrada da água. Quando o
sistema estiver em descanso o nível ficará baixo e ao entrar em operação irá aumentar
proporcionalmente a vazão da água;
o Este equipamento comporta a vazão máxima descrita na placa de identificação. O
recebimento de vazões maiores poderá causar transbordo.
Definição Segundo NBR-10004:2004 – resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semissólido, que
resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em
face à melhor tecnologia disponível.
1) Estancar o sistema;
2) Remover os sólidos acumulados na Caixa Separadora de Água e Areia;
o Por sucção ou pelo dreno que se encontra na parte inferior do equipamento.
3) Remover a água do interior do equipamento
o Por sucção ou pelos drenos que se encontram na parte inferior do equipamento.
4) Lavar com água;
5) Remoção da s placas coalescentes
o Somente quando houver a presença de sólidos no SAO;
o Para colocação das placas seguir as seguintes orientações:
Errado Certo
6) Limpeza do SAA
o Remoção da areia (sólidos) retido no fundo do equipamento;
7) Reiniciar a operação do equipamento
o Preencha a caixa separadora com água limpa.
o Caso o operador sinta forte odor da água tratada, ele deverá verificar quantos ciclos já
foram feitos assim como a dosagem de produto Químico bactericida.
o No caso de saturação da água, esta deverá ser descartada; Se o problema não for a
saturação da água o operador deverá aumentar a dosagem de bactericida direto na
bomba dosadora até que o odor desapareça.
9) Realizar a limpeza do Separador de Areia Água e Óleo
o A prevenção e manutenção do equipamento em questão estão relacionadas a limpeza.
Assim, se esta for realizada conforme descrito no capítulo anterior, não haverá
problemas com a operação do equipamento.
__________________________________________________________________________________
NOTA: O desempenho de uma etapa irá interferir substancialmente na próxima etapa. A eficiência
da unidade de floculação dependerá do desempenho da unidade de mistura rápida, a qual é
influenciada por fatores como tipo de coagulante, pH de coagulação (6,5 – 7,5), temperatura da água
e concentração da solução de coagulante, e irá interferir na unidade de decantação, pois quanto
maiores os flocos formados, maior a velocidade de decantação que é proporcional ao peso do floco.
A unidade de decantação tendo eficiência efetiva fará com que o filtro remova uma quantidade
mínima de sólidos, polindo a água e deixando-a em melhor qualidade.
17. GARANTIA
A ALFAMEC garante este produto pelo período de doze meses contra defeitos de materiais e de
fabricação, a partir da data de entrega, comprovada pela nota fiscal de compra, desde que usado em
condições normais.
Durante a vigência desta garantia, a empresa compromete-se em substituir ou consertar
gratuitamente as peças defeituosas, quando seu exame revelar à existência de defeitos de material
ou de fabricação.
Quanto à vida útil das estações, estimam-se um prazo de 20 anos, salvo itens de desgaste natural por
conta do uso, tais como: rolamentos, selos das bombas, contatores do painel, etc...