Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Caminhada Diaria de John Wesley - Hope Owsley
Caminhada Diaria de John Wesley - Hope Owsley
Temos a absoluta certeza que essa obra enriquecerá 366 dias, a vida
e o ministério de todas as pessoas que terão a oportunidade de
usufruir dessas preciosas lições abrangendo testemunhos de Wesley
em sua rica trajetória de vida.
Uma das razões pelas quais os escritos de Wesley nunca estão fora
de época se dá porque são saturados das Escrituras. Tenho incluído
referência quando possível para apontar este fato, mas reconheço
que isto pode ser uma distração para alguns. Finalmente, anotei
após cada leitura o lugar nos 52 sermões onde se pode-se encontrar
a passagem. XXX, I, 2 significa “sermão 30, sessão 1, parágrafo 2,”
etc.
Minha esperança é que esta ferramenta valiosa não seja apenas
colocada nas mãos de metodistas de fala portuguesa, mas de
cristãos em todo lugar que possam se beneficiar do ensino e
pensamento sólido e bíblico.
Em Cristo,
Hope Owsley
Celebrando a nossa história:
150 anos de metodismo em terras brasileiras.
Oração dos Metodistas para o Ano Novo – Dia 1
Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto
possui, não pode ser meu discípulo.
Lucas 14.33
Não pertenço mais a mim mesmo, mas sou Teu. Coloque-me a fazer
o que Tu queres, mobiliza-me com quem quer que seja, conforme a
Tua vontade; que eu faça o que o Senhor mandar, que eu sofra o
que o Senhor permitir; que eu seja empregado por Ti ou deixado por
Ti; exaltado por Ti, ou humilhado por Tua causa; que eu seja cheio,
que eu seja vazio; que eu tenha todas as coisas, que eu não tenha
nada; livremente, e de coração, cedo todas as coisas para o Teu
querer e à Tua disposição. Amém.
JANEIRO
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós,
é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.
Efésios 2.8-9
17
Corações Corruptos – Dia 4
Fé Salvadora – Dia 5
JANEIRO
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um
cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo. 1 Pedro 1.18-
19
Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele,
para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos
escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado
do pecado.
Romanos 6.6-7
1Mt 1.21 2Jo 3.16 3Gl 3.13 4Cl 2.14 5Rm 8.1
JANEIRO
O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele
se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-
se-á em ti com júbilo. Sofonias 3.17
1 Rm 10.11-12 2Mt 9.2 3Rm 8.16 4Is 55.1 5Is 1.18 6Is 55.7
Por muitos anos avancei, até chegar àquele ponto, como podem
atestá-lo muitos que estão presentes nesta casa, usando de
diligência para fugir a todo mal e para ter a consciência livre de
ofensa; remindo o tempo; aproveitando todas as oportunidades para
fazer todo o bem a todos os homens; constantemente e
cuidadosamente usando de todos os meios de graça, em público e
em particular; esforçando-me por manter constante seriedade de
conduta, em todos os tempos e em todos os lugares; e Deus, diante
de quem me ponho, é minha testemunha, sabendo que eu fazia tudo
isso com sinceridade; tendo um real intento de servir ao Senhor, um
desejo sincero de fazer sua vontade em todas as coisas, de agradar
àquele que me havia chamado para combater o bom combate e
apoderar-me da vida eterna.1 Ainda assim, minha própria
consciência testificava no Espírito Santo, durante todo esse tempo,
que eu era apenas um quase cristão. II,2 I, 13
Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor teu Deus requer de ti,
senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os seus
caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração e de toda a tua alma. Deuteronômio 10.12
JANEIRO
1Lc 10.27 2Lc 1.47 31 Ts 5.18 4Is 26.8 5Sl 73.25 6Gl 6.14 71 Jo 2.16 81 Co
13.4 91 Jo 4.16
Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando
arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os
santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a
profundidade,e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o
entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus.
Efésios 3.17-18
JANEIRO
A Verdadeira Fé – Dia 16
JANEIRO
11 Jo 4.21 2Mc 12.31 3Ef 5.2 4Mq 7.19 5Cl 2.14 6Rm 8.16
1Ef 5.14 2Is 55.6 3Ex 33.19 4Ex 34.6-7 5Rm 5.8 6Jo 20.28 71 Ts 5.17 8Jo
21.17
JANEIRO
1 1 Ts 5.7 2Is 60.2 31 Co 8.2 4Lc 10.42 5Jo 3.3 6Hb 12.14 7Jr 6.14 8Lc 11.21
9Ez 26.20 10Sermão III: Desperta, tu que Dormes
Tendo olhos ele não vê; tendo ouvidos não ouve .3 Não prova e vê
que o Senhor é benigno.4 Ele jamais viu a Deus, nem ouviu sua voz,
nem tocou o Verbo da vida.5 A alma que dorme o sono da morte não
tem percepção de nenhuma coisa dessa espécie. “Como” – pergunta
ele – “podem ser essas coisas? Como pode algum homem saber que
está vivo para Deus?” Do mesmo modo que sabes que teu corpo
está agora vivo. A fé é a vida da alma; se tu tens esta vida palpitante
em ti, não tens necessidade de sinais para evidenciá-la a ti mesmo,
pois aquela divina consciência, o que vale mais do que dez milhares
de testemunhos humanos, testifica da presença de Deus na sua
vida. III, I, 4, 10-11
Visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito
a vida e a piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos
chamou por sua própria glória e virtude; pelas quais ele nos tem
dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por
elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado
da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. 2 Pedro 1.3-4
JANEIRO
1Mt 25.4 2Lc 10.27 3Fp 2.5 42 Co 5.17 52 Co 13.5 61 Co 6.19 7Ef 1.14 8At
19.2
Senhor, Eu Quero te Amar! – Dia 23
1At 10.38 2Tg 1.27 3Cl 1.27 4Rm 14.17 5Fp 4.7 61 Pe 1.8 7Hb 12.14 82 Pe
1.10 9Fp 2.12 10Lc 13.24 11Jo 21.17
há em vós;
1 Pedro 3.15
Esperas ser salvo; mas que razões tens a dar da esperança que há
em ti? Será por que não causaste prejuízo, ou por que fizeste grande
cópia do bem, ou por que não és como os demais homens, mas
sábio, ou erudito, ou honesto e moralmente bom, estimado do povo e
de reputação impecável? Ai! Todas estas coisas jamais te levarão a
Deus. À vista dEle isso é tão vão como a própria vaidade. Não
conheces a Jesus Cristo, a quem Deus enviou? Não te ensinou ele
que pela graça sois salvos pela fé; e isto não vem de vós: é dom de
Deus; não vem das obras, para que nenhum homem se glorie?1
JANEIRO
1Ef 2.8 2Jr 23.29 3Hb 3.15 4Ef 5.14 5Ef 5.14 6Mt 8.22 7At 2.40 82 Co 6.17 9Ef
5.14
1Ef 5.142Is 58.8 32 Co 4.6 4Ml 4.2 5Is 60.1 6Jo 1.9 7Ef 3.17-19 8Ef 2.22 9Cl
1.12
JANEIRO
Agora, àquele que é capaz de fazer muito mais do que tudo quanto
podemos pedir ou pensar, segundo o poder que opera
JANEIRO
em nós, a Ele seja a glória na igreja por Jesus Cristo, em todos os
tempos até a consumação dos séculos. Amém!11 III, III, 14-15
1Hc 3.2 2Mq 6.9 3Sl 105.7 4Is 26.9 5Is 27.13 6Mt 27.8 7Sl 80.14 8Lc 19.44 9Sl
79.9 10Sl 80.18-19 11Ef 3.20-21
ti mesmo.
Lucas 10.27
JANEIRO
1Rm 5.1 2Cl 3.15 3Fp 4.7 4Sl 112.7 5Mt 10.30 6Fp 1.23 7Hb 2.14-15 8Lc 1.46-
47 91 Pe 1.8 10Ef 1.7 111 Pe 1.4
FEVEREIRO
(Love Divine, All Love Excelling – Hino de Charles Wesley – Tradução: Rev.
Antonio de C. Gonçalves, 1960)
43
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver
as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã
estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,e algum de
vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não
derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Tiago 2.14-17
O cristão é profundamente sensível à verdade desta palavra: Sem
mim nada podeis fazer;1 e, consequentemente, sensível à
necessidade de ser corrigido por Deus a cada momento, persevera
diariamente em todas as ordenanças do Senhor, que são os meios
de sua graça revelados ao homem:
FEVEREIRO
1Jo 15.5 2At 2.42 32 Pe 3.18 4Jo 5.17 5Mt 25.35-40 6Mt 16.24 7Mt 25.40
Atos 2.42-44
Não se diga que falo aqui como se todos os que se acham debaixo
de vosso cuidado fossem clérigos. Não. Falo como se todos fossem
cristãos. Mas, que exemplo lhes damos, nós que desfrutamos dos
benefícios de nossos antepassados? Que exemplo é dado pelos
colegas, estudantes, letrados, e mais especialmente por aqueles que
são da mesma condição e dignidade? Produzis em abundância,
irmãos, os frutos do Espírito, em humildade de mente, em
abnegação e mortificação, em seriedade e compostura de espírito,
em paciência, brandura, sobriedade, temperança, e em infatigável,
incansável empenho de fazer toda sorte de bem a todos os homens,
mitigando suas necessidades temporais e levando suas almas ao
verdadeiro conhecimento e amor de Deus? Este é o caráter geral
dos pastores?
FEVEREIRO
11 Tm 4.12 2Gl 1.16 32 Co 3.6 4 1 Co 9.2 5Ef 2.1 6Mt 6.20 7Lc 6.29 8Rm
12.21
Ainda mais: que diremos acerca dos jovens deste lugar? Tens a
forma ou o poder da santidade cristã?1 És humilde, dócil, prudente,
ou obstinado, voluntarioso, impulsivo e presumido? És obediente aos
superiores como aos pais, ou desprezas aqueles a quem deves a
mais sincera reverência? És diligente no desempenho de teus
deveres, realizando teus estudos com todas as tuas energias? Tens
cuidado de nada dever, por princípio, a pessoa alguma? Lembras-te
do dia do Senhor para o santificar2 empregando-o no mais íntimo
culto a Deus? Quando estás em sua casa, consideras que Deus ali
está presente? Portas-te como quem vê o invisível?3 Sabes guardar
teu corpo em santificação e honra?4 A bebedice e a impureza não se
acham entre vós? Entre vós não há quem se glorie em sua própria
ignomínia?5 Não tomais, muitos dentre vós, o nome de Deus em
vão,6 talvez habitualmente, sem remorso, nem temor?
FEVEREIRO
12 Tm 3.5 2Ex 20.8 3Hb 11.27 41 Ts 4.4 5Fp 3.19 6Ex 20.7
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também por um só ato de
justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de
vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos
foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão
feitos justos. Romanos 5.18-19
1Jo 3.16 2Gl 4.4 3Is 53.4,6 4Is 53.5,10 5Is 53.5 6do livro de disciplina da Igreja
Anglicana 7Ef 2.3 8Rm 5.18 9Rm 8.1 10Rm 3.24
FEVEREIRO
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso
Senhor Jesus Cristo.
Romanos 5.1
Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela
fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para
sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da lei,
porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.
Gálatas 2.16
FEVEREIRO
1Rm 4.5 2Jo 3.18 3Jo 5.24 4Rm 3.22 5Rm 3.28 6Rm 3.31 72 Co 5.19
A Condição de Justificação – Dia 15
1Jo 3.18 2Jo 3.36 3At 4.12 4At 3.16 5Ef 2.12 6Ef 2.3 7Ef 2.8 8Rm 4.5
FEVEREIRO
1Rm 10.9 2Ap 12.4 3Gn 3.5 4Fp 3.9 5Rm 3.22
Romanos 8.1-2
Isaías 64.6
FEVEREIRO
Tiago 4.4
Reconhecermos que nossa vida não tem sido melhor do que nossos
corações, sendo antes ímpia e perversa sob muitos aspectos, de
modo que nossos pecados atuais, tanto em palavras como em obras,
são, pelo número, como as estrelas do céu? Reconhecermos que,
por todos esses motivos, estamos desagradando àquele cujos olhos
são demasiadamente puros para contemplarem a iniquidade,
FEVEREIRO
e que de Deus nada merecemos senão indignação, ira e morte?
Reconhecermos que não podemos, mediante qualquer justiça nossa
(na verdade nenhuma possuímos), nem por qualquer de nossas
obras, apaziguar a ira de Deus ou evitar a punição que justamente
merecemos; sim, que abandonados a nós mesmos, somente
poderíamos ir de mal a pior, afundando-nos cada vez mais
profundamente no pecado, ofendendo a Deus cada vez mais
atrozmente, tanto pela maldade de nossas obras, como pela
tendência má de nossa mente carnal, até que tenhamos preenchido
a medida de nossas iniquidades e façamos cair sobre nós repentina
destruição? Reconhecer a nossa verdadeira condição, tanto de
coração como por palavras, isto é, renunciar à nossa própria justiça,
à justiça que é da lei,1 – é proceder de acordo com a verdadeira
sabedoria. VI, II, 6
1Rm 10.5
1Rm 3.22
justiça.
Romanos 4.2-3
Tu, quem quer que sejas, que tens o desejo de ser perdoado e
restaurado no favor de Deus, não digas em teu coração: “Devo fazer
primeiro isto, devo primeiro dominar todo o pecado, devo eliminar
toda palavra e obra má e fazer todo bem a todos os homens; ou,
devo ir primeiro à igreja, receber a Ceia do Senhor, ouvir mais
sermões e fazer mais orações”. Aí, meu irmão, tu estás
perfeitamente transviado da justa vereda! Tu és ainda ignorante da
justiça de Deus e estás procurando estabelecer tua própria justiça1
como base de tua reconciliação. Não sabes que coisa alguma podes
fazer, senão pecar, até que te reconcilies com Deus? Como, então,
dizes: “Devo fazer isto ou aquilo primeiro e depois crerei?” Nada
faças, senão crer primeiro! Crer no Senhor Jesus Cristo, a
propiciação pelos teus pecados. Lança primeiro este bom
fundamento e depois farás maravilhosamente todas as outras coisas.
VI, III, 1
1Rm 10.3
FEVEREIRO
Nem digas em teu coração: “Não posso ainda ser aceito, porque não
sou ainda bastante bom”. Quem jamais houve que fosse bastante
bom para merecer aceitação por parte de Deus? Houve jamais
dentre os filhos de Adão alguém suficientemente bom para merecer
isto? Haverá, porventura, ainda alguém, até a consumação de todas
as coisas? Quanto a ti, não és bom de forma alguma: em ti não há
nada de bom. E nunca o serás, até que creias em Jesus. Ao
contrário, serás cada vez pior. Mas há necessidade de seres pior
para que sejas aceito? Já não és suficientemente mau? Na verdade
tu o és; Deus o sabe. Tu não podes negá-lo. Então, não te demores.
Todas as coisas já estão dispostas. Levanta-te e lava-te de teus
pecados.1 A fonte está jorrando. Agora é o tempo de te branqueares
no sangue do Cordeiro;2 agora serás purificado como com hissopo e
serás limpo: Ele te lavará e serás mais puro do que a neve.3 VI, III, 2
E para que fim quererias tu esperar por mais sinceridade, antes que
teus pecados sejam cancelados? Para te fazer mais digno da graça
de Deus? Ai! Estás ainda estabelecendo tua própria justiça!1 Ele terá
misericórdia, não porque seja digno dela, mas porque sua compaixão
não tem fim.2 Não porque sejas justo, mas porque Jesus Cristo fez
propiciação pelos teus pecados. Acima de tudo, por quanto tempo
esquecerás que, tudo que fizeres e tudo quanto és, antes que teus
pecados sejam perdoados, reputa-se como nada diante de Deus,
como meio de assegurar o perdão?! Sim, tudo será arrojado para
longe de ti, pisado sob os pés, esquecido, ou nunca acharás graça à
vista de Deus; porque, enquanto não fizeres assim, não poderás
pedir graça como mero pecador, culpado, perdido, arruinado, nada
tendo a alegar, nada a oferecer, a não ser somente os méritos de seu
Bem-Amado Filho, que te amou e se entregou por ti!3 VI, III, 5
FEVEREIRO
1Rm 14.17 2At 21.20 3At 15.1 4Rm 14.17 5Sermão VII: O Caminho do Reino
fé;
Filipenses 3.6-9
FEVEREIRO
Lucas 6.32-36
1Mc 12.31
FEVEREIRO
71
11 Tm 1.15 2Jo 3.16 3Is 53.5 4Mt 9.2 52 Co 5.19 6Gl 2.20 7Cl 1.20
MARÇO
1Is 51.11 2Sl 89.1-2 3Lc 1.46-47 4Ef 1.7 5Rm 8.15 6Fp 3.14 71 Co 2.9 8Rm
5.5 91 Jo 4.19
1 Gl 5.24 2Gl 5.19-21 3Hb 12.15 41 Co 15.57 5Gl 5.2 6Cl 4.6 7Ef 4.29
8Sermão VIII: Os Primeiros Frutos do Espírito
MARÇO
Quando, entretanto, Ele ouvir tua oração e tirar o véu de teu coração,
expondo o seu pecado, então não perca a fé. Humilha-te até o pó.
Vê que és nada, ainda menos que nada. Mas, ainda, não se turbe
teu coração, nem se aflija.1 Resiste ainda, persevera: Eu, eu mesmo,
tenho um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo o justo.2 E como os
céus estão mais elevados do que a terra, assim está seu amor, muito
acima de meus pecados.3 Deus é, pois, misericordioso para contigo,
pecador – e pecador como és! Deus é amor – e Cristo morreu! Por
isso o próprio Pai te ama – tu és seu filho! Assim, Ele de modo algum
te negará qualquer bem!4 É proveitoso que todo o corpo do pecado,
agora crucificado em ti, seja destruído? Será feito! Serás purificado
de toda mancha da carne e do espírito.5 Convém que não
permaneça coisa alguma em teu coração, exceto somente o puro
amor de Deus? Tenha bom ânimo! Amarás o Senhor teu Deus de
todo teu coração, e mente, e alma, e forças.6 Fiel é o que te
prometeu; Ele o cumprirá.7 VIII, III, 4
1Jo 14.1 21 Jo 2.1 3Is 55.9 4Sl 84.11 52 Co 7.1 6Dt 6.5 71 Ts 5.24
O primeiro não teme nem ama a Deus, tem falsa paz e ilusória
liberdade, peca voluntariamente e nem luta, nem conquista vitórias; o
segundo teme a Deus, mas não o ama, anda à luz crepuscular do
inferno, não tem paz, vive em cativeiro, peca sem querer e luta, mas
sem vitória; o terceiro ama a Deus, anda à luz dos céus, tem a
verdadeira paz e liberdade dos filhos de Deus, não peca e é mais do
que vencedor. Visto que nos importa altamente conhecer de que
espírito somos, proponho-me mostrar distintamente: primeiro, o
estado do “homem natural”; segundo, o estado do que se acha
“debaixo da lei”; e, em terceiro lugar, o estado do que se encontra
“debaixo da graça”. IX,1 Introdução
1Lc 16.19
MARÇO
1Hb 12.29 2Rm 2.6 3Mt 12.36 4Gn 6.5 5Hc 1.13 6Hb 10.31
E por isso o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo,
mas você precisa vencê-lo.
Gênesis 4.7
MARÇO
1Rm 6.14 2Rm 8.15 3Sl 107.13 4Ex 33.18 5Ex 33.19 6Ex 34.6
MARÇO
1Zc 12.10 22 Co 4.6 3Hb 11.1 41 Co 2.10 5Jo 20.28 61 Pe 2.24 7Jo 1.29 82
Co 5.19 9Gl 2.20 10Jr 31.13
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais
debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Romanos 6.14
1Sl 112.7 2Jo 19.11 32 Co 5.1 42 Co 5.4 52 Co 3.17 6Rm 6.11 7Rm 6.12 8Rm
6.13 9Rm 6.18
MARÇO
Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça.
Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas
obras da lei.
Romanos 9.31-32
MARÇO
1 Fp 3.14 2Mt 22.37 31 Ts 5.16-18 4Mt 6.10 5Rm 12.2 6Rm 12.1 7Fp 3.13 8
Hb 13.21
Nós o amamos porque ele nos amou primeiro. I João 4.19 Este é
propriamente o testemunho de nosso espírito, ou seja, o testemunho
de nossa consciência, que Deus nos chamou para sermos santos de
coração e santos na conversação. É a consciência de termos
recebido, no espírito de adoção e por este espírito, os
temperamentos citados na Palavra de Deus, como pertencentes a
seus filhos adotivos: um coração amoroso, no trato com Deus e com
toda a humanidade; um coração posto, como a confiança de uma
criança, em Deus, nosso Pai, nada desejando senão a Ele, nele
lançando toda nossa ansiedade,1 e abraçando todo ser humano na
mesma afeição terna e profunda; a consciência de que somos
inteiramente conformados, pelo Espírito de Deus, à imagem de seu
Filho, e que andamos diante dele em justiça, misericórdia e verdade,
fazendo as coisas que sejam agradáveis à sua vista.2 O testemunho
do Espírito é uma impressão íntima feita sobre a alma, pela qual o
Espírito de Deus diretamente testifica a meu espírito que sou filho de
Deus; que Jesus Cristo me amou e deu-se a si mesmo por mim;3 e
que todos os meus pecados são cancelados, e eu, sim, eu, sou
reconciliado com Deus.4 Devemos amar a Deus antes de sermos
santos, visto ser esse amor a raiz de que brota toda a santidade. No
entanto, não podemos amar a Deus enquanto não soubermos que
Ele nos ama. Amamo-lo porque Ele primeiro nos amou.5 E não
podemos
MARÇO
conhecer seu amor perdoador para conosco, até que seu Espírito o
testifique a nosso espírito. X,6 I, 6-8
11 Pe 5.7 21 Jo 3.22 3Rm 8.16 42 Co 5.19 51 Jo 4.19 6Sermão X: O
Testemunho do Espírito, discurso I
X, II, 6
11 Jo 5.3 2Jo 14.21 3Mt 6.10 4Mt 16.24 51 Tm 4.8 6Lc 12.19
Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não
cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do
conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência
espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor,
agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo
no conhecimento de Deus;
Colossenses 1.9-10
11 Jo 5.11 2Rm 8.16 3Gl 5.22 4Ef 4.30 5Sermão XI: O Testemunho do Espírito
2
Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na
verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência
do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a
perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que
possa ganhar a Cristo e seja achado
MARÇO
nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela
fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé; para
conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de
suas aflições, sendo feito conforme a sua
morte;
Filipenses 3.7-10
Filipenses 4.4-7
101
cristão regozija-se sem cessar. Ela não pode ser causada pela posse
de saúde ou bem-estar físico, de resistência ou vigor de constituição,
porque a alegria cristã é igualmente forte na fraqueza e na dor – e
em tais circunstâncias talvez se mostre mais vigorosa. Muitos
cristãos jamais experimentaram alegria que se compare à que lhes
encheu a alma, quando o corpo se achava mais ou menos
consumido de dores ou amesquinhado por penosa doença. Muito
menos pode essa alegria ser atribuída à prosperidade temporal, ao
favor dos homens ou à plenitude de bens terrenos; porque,
justamente quando sua fé foi como que provada pelo fogo, por toda
espécie de aflições exteriores, é que os filhos de Deus se alegraram
melhor naquele que é invisível e a quem amavam, com alegria
indizível. E nunca, certamente, houve homens que se regozijassem
como os que foram tratados como lixo e escória do mundo;1 que
andavam errantes, sofrendo falta de todas as coisas; em fome, frio,
nudez; que padeceram não somente cruéis escárnios, mas ainda
cadeias e prisões;2 que, afinal, não tendo a vida como preciosa a
seus próprios olhos, podiam terminar com alegria a sua carreira.3 XII,
I, 17
ABRIL
Cristo. Não foi pela nossa obediência que alcançamos a vida, a vida
que se contrasta com a morte do pecado: também essa vida nós a
recebemos pela graça de Deus, que nos despertou quando
estávamos mortos em pecados:1 agora vivemos para Deus,
mediante Jesus Cristo Nosso Senhor.2 Mas nós nos regozijamos em
andar segundo a aliança da graça, em santo amor e alegre
obediência. Regozijamo-nos no conhecimento de que, justificados
pela sua graça,3 não recebemos a graça de Deus em vão;4
conhecendo que, tendo Deus livremente nos reconciliado consigo
mesmo,5 corremos, com as forças que Ele nos dá, o caminho de
seus mandamentos. Regozijamo-nos naquele que vive em nossos
corações pela fé, para tomar posse da vida eterna.6 Este é o nosso
regozijo: como Nosso Pai trabalha até agora, assim (não pelo nosso
próprio poder ou sabedoria, mas pelo poder de seu Espírito,
livremente dado em Cristo Jesus), também faremos as obras de
Deus.7 E que Deus possa operar em nós aquilo que é agradável à
sua vista! 8 XII, I, 20
1Ef 2.1 2Rm 6.11 3Rm 3.24 42 Co 6.1 52 Co 5.18 61 Tm 6.12 7Jo 5.17 8Hb
13.21
1Hb 6.12Fp 3.14 3Hb 12.1 4Sermão XIV: O Arrependimento dos Crentes
11 Jo 3.9
Não é raro que, mais cedo do que imaginava, aquele que supunha
que todo o pecado se tivesse ido sinta que ainda há orgulho em seu
coração. Ele percebe, ao mesmo tempo, que, em muitos sentidos,
tem pensado de si mesmo mais altamente do que deveria pensar,1 e
de que aceitou louvores a propósito de algum dom alcançado, nele
se gloriando como se não o houvera recebido do alto; todavia
reconhece que se acha na graça de Deus – e não pode nem deve
lançar fora sua confiança.2 Ainda o Espírito testifica com seu espírito,
que ele é filho de Deus.3 Ao mesmo tempo ele sente obstinação em
sua alma; a vontade própria é uma parte essencial da natureza
humana, da natureza de todo ser inteligente. Nosso bendito Senhor
tinha, como homem, uma vontade própria; se assim não fora, não
seria homem. Mas sua vontade humana estava invariavelmente
subordinada à vontade de seu Pai. Em todos os tempos e em todas
as ocasiões, mesmo nas aflições mais profundas, Ele podia dizer:
Não como eu quero, mas como tu queres.4 Mesmo com o cristão
verdadeiro isto não acontece, entretanto, a todo o momento.
Frequentemente acontece que o cristão exalta sua vontade, pondo-a
em conflito com a vontade de Deus. Deseja alguma coisa por ser
agradável à natureza, sendo, todavia, do desagrado de Deus; às
vezes não quer algo porque é desagradável à sua natureza, embora
seja a vontade de Deus. XIV, I, 3, 4
Endeusamento do Eu – Dia 7
1Jo 5.24 2Is 26.8 3Sl 73.25 41 Jo 2.16 5Rm 1.25 61 Sm 18.1 72 Tm 3.4
ABRIL
poder do pecado interior se reduz a tal ponto, que não mais temos
necessidade de segui-lo ou de sermos conduzidos por ele. Mas não
é certo, de modo nenhum, que o pecado interior seja então
destruído; e que a raiz do orgulho, da obstinação, da ira, do amor ao
mundo, seja extirpada do coração; ou que a mente carnal e a
inclinação do coração para a apostasia sejam inteiramente
removidas. Supor o contrário não é, como alguns podem pensar, um
inocente, inofensivo engano. Não; tal pensamento causa imenso
dano: obstrui inteiramente o caminho para a mudança mais profunda,
porque é manifesto que os sãos não precisam de médico, mas sim
os enfermos.1 Se, pois, pensamos que já nos encontramos
inteiramente sãos, não há lugar para que procuremos mais cura.
Suposto isto, é absurdo esperar libertação adicional do pecado, seja
gradual, seja instantânea. XIV, III, 1
1Mt 9.12
Mateus 24.29-31
Que ocasião de solenidade! Mas, por mais imponente que seja esta
solenidade, outra muito mais tenebrosa se acha às portas. Porque,
ainda um pouco, e nós compareceremos ante o tribunal de Cristo.
Como eu vivo, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim e
toda língua confessará a Deus. E naquele dia cada um de nós dará
contas de si a Deus.2 Se todos os homens tivessem profunda
convicção disto – quão eficientemente conseguiríamos os interesses
da sociedade! Por que, que motivo mais poderoso pode ser
concebido para a prática da moralidade, para a prossecução firme da
virtude verdadeira, para andar sem desvios nas veredas da justiça,
da misericórdia e da verdade? Que poderia melhor fortalecer-nos as
mãos para a prática de todo o bem, para refrear-nos do mal, do que
a firme convicção de que o juiz está à porta3 e que, em breve,
compareceremos diante dele? XV,4 Introdução, 2-3
1Mt 25.31-33 2Rm 14.10-12 3Tg 5.9 4Sermão XV: O Grande Tribunal
2 Timóteo 4.8
ABRIL
E todo homem dará conta de suas próprias obras,1 uma conta clara
e verdadeira de tudo quanto houver feito, seja de bem, seja de mal.
Oh! Que cena se desenrolará então, à vista dos anjos e dos homens!
Não serão apenas as ações de todo filho do homem que se
desvendarão, mas também todas as suas palavras, visto que de toda
palavra ociosa que os homens disseram darão contas no dia do
juízo;2 pois que pelas tuas palavras, tanto como pelas tuas obras,
serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.3 E Deus
não trará também à luz toda circunstância que acompanhou cada
ação ou palavra? E como será isso fácil para Aquele que
esquadrinha o meu andar e o meu deitar e conhece todos os meus
caminhos!4 Sabemos que as trevas não são escuras para Ele, mas a
noite refulge como o dia.5 Além disso, Ele trará à luz não apenas as
obras ocultas das trevas, mas todos os pensamentos e intenções do
coração. E que maravilhoso é! Todas as coisas estão nuas e
descobertas aos olhos daquele a quem temos de dar contas.6 O
inferno e a perdição diante dele estão desvendados; quanto mais o
coração dos filhos dos homens! 7 XV, II, 5-6
1 Rm 14.12 2Mt 12.36 3Mt 12.37 4Sl 139.3 5Sl 139.12 6Hb 4.13 7Pv 15.11
12 Pe 3.13 2Is 65.17 3Ap 21.3 4Ap 21.4 5Ap 21.3-4 6Ap 22.4 7Ap 22.5
E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do
Homem.Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio
comiam, bebiam, casavam e davam-se
ABRIL
12 Pe 3.11 2Rm 14.12 32 Pe 3.14 42 Pe 3.9 5Jo 3.16 6Jo 3.17 7Lc 19.42 8Lc
21.27
1At 2.442At 2.42 3Mt 24.12 41 Tm 1.5 5Lc 10.27 6Sermão XVI: Os Meios de
Graça
ABRIL
1Hb 13.21
ABRIL
118
ABRIL
12 Tm 3.15 22 Tm 3.16-17
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão,
viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu
darei pela vida do mundo. João 6.51
11 Co 11.23ss
Os Limites dos Meios – Dia 22
ABRIL
ABRIL
12 Co 7.1 2Ef 4.23 3Mt 5.48 4Ap 3.17 5Sermão XVII: A Circuncisão do
Coração
12 Co 10.4 21 Co 3.19 3Mc 9.23 4Ef 1.18-19 5Ef 2.5 6Rm 8.11 71 Jo 5.4 8Jó
19.25 91 Jo 2.1-2 10Gl 2.20 11Ef 1.7
Os que são nascidos de Deus, pela fé, também têm forte consolação
na esperança. Esta é a outra qualidade em que implica a circuncisão
do coração, – ou seja o testemunho de seu próprio espírito com o
Espírito, que testifica em seus corações que são filhos de Deus.1 Na
verdade é o mesmo Espírito que neles opera a clara e alegre certeza
de que seu coração é reto para com Deus; aquela boa segurança de
que desde agora praticam, por sua graça, as coisas que são
aceitáveis à sua vista; que se encontram no caminho que leva à vida
e, pela misericórdia de Deus, nele vão perseverar até o fim. É Ele
quem lhes dá um viva expectação de receber das mãos de Deus
todas as boas dádivas, uma jubilosa expectativa daquela coroa de
glória que lhes está reservada nos céus. Por essa âncora o cristão
se guarda
ABRIL
Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para
vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos
no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que
também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. 1 Pedro
4.12-13
ABRIL
1Fp 4.8 2Lc 10.27 3Dt 6.4 4Ex 20.3 5Lc 10.27
1Hb 11.26 2Hb 12.2 32 Co 4.17 4Ef 2.12 51 Pe 1.3-4 6Fp 2.5 71 Co 10.31
1 Gl 3.26 2Jo 1.12-13 31 Jo 5.1 4Jo 13.3 52 Pe 2.4 6Sermão XVIII: Os Sinais
do Novo Nascimento
MAIO
Invocação – Dia 1
Onipotente Rei,
Presente estás à grei
Com teu poder
Governa, vencedor,
Inspira-lhe louvor
Sincero e grato amor,
Em seu viver.
Bondoso Deus e Pai,
Ao céu confiante vai
Nosso coração;
Vem sempre abençoar
E faze prosperar
A quanto semear
A nossa mão.
Vem tu, Consolador!
Sê testificador da salvação.
No templo vem entrar
E a obra completar,
Das manchas, vem lavar
Meu coração.
Ó grande e trino Deus,
Ouve os louvores meus,
Que oferto aqui.
Pureza tu nos dás,
Ao céu nos levarás
E nos colocarás bem junto a ti.
131
1Fp 3.4 2Fp 3.9 3Lc 7.42 4Rm 3.19 5Mt 20.28 6Mt 5.17 7Jo 1.13
O Fruto da Fé – Dia 3
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que
não vos deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação
dará também o escape, para que a possais suportar.
1 Coríntios 10.13
MAIO
1Hb 9.14 2Rm 6.2 3Rm 6.11-12 4Rm 6.14 5Rm 6.18
Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
João 16.33
Outro fruto dessa fé viva é a paz. Porque, justificados pela fé, tendo
todos os nossos pecados cancelados, temos paz com Deus
mediante nosso Senhor Jesus Cristo.1 Essa mesma paz o próprio
Senhor, na véspera de sua morte, solenemente legou a todos os
seus seguidores: A paz – disse Ele – voz deixo (a vós que credes em
Deus e credes também em mim), minha paz vos dou. Eu vo-la dou,
não como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração nem se
atemorize.2 E outra vez: Estas coisas vos digo para que tenhais
paz.3 Esta é aquela paz de Deus que excede toda a compreensão,4
aquela serenidade de alma que o homem natural não pode conceber
e que mesmo ao homem espiritual não é possível produzir. É uma
paz que todos os poderes reunidos da terra e do inferno são
impotentes para tirar do cristão verdadeiro. Ondas e tempestades
rugem em torno dela, sem que a possam abalar, porque está
fundada sobre a rocha. Essa paz guarda os corações e as mentes
dos filhos de Deus, em todas as ocasiões e em todos os lugares.
Quer estejam em abundância ou em necessidade, na saúde ou na
doença, em fartura ou em falta, de qualquer modo sentem-se felizes
em Deus.5 Aprenderam a estar contentes em qualquer condição, a
dar graças a Deus por Cristo Jesus, estando bem certos de que,
“seja o que for que venha, sempre será o melhor”6, desde que essa
seja a sua vontade; de modo que, em todas as circunstâncias da
vida, seu coração permanece firme, confiando no Senhor.7 XVIII, I, 7
Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna
e para que creiais no nome do Filho de Deus.
1 João 5.13
MAIO
1 Rm 8.16-17 2 Rm 8.14-16
MAIO
nosso próximo, – a toda alma que Deus criou, até mesmo os nossos
inimigos, e também os que precedem maliciosamente para conosco
e nos perseguem;4 um amor que nos leve a amar a todo homem
como a nós mesmos, como a nossa própria alma. Ademais, nosso
Senhor expressou esse amor de modo ainda mais profundo,
ensinando-nos a amarmos uns aos outros assim como Ele nos
amou.5 Nisto percebemos o amor de Deus, em que Ele deu sua vida
por nós. Devemos, pois, dar nossa vida pelos irmãos.6 Se nos
sentirmos dispostos a isso, então verdadeiramente amamos ao
próximo. XVIII, III, 1, 3
Quem ama Deus de todo seu coração não pode deixar de o servir
com todas as suas forças. Um dos frutos do amor de Deus é a
obediência total àquele a quem amamos e a concordância com sua
vontade; obediência a todos os mandamentos de Deus, interior e
exterior; obediência de coração e de vida, em todo caráter, em toda
maneira de conversação. Uma das atitudes de caráter que mais
obviamente se inclui nessa disposição é ser o homem zeloso de
boas obras,1 ter fome e sede de fazer o bem, de toda a espécie
possível, a todos os homens; regozija-se em consumir-se e ser
consumido por amor deles,2 por todos os filhos dos homens, não
visando qualquer recompensa neste mundo, mas somente na
ressurreição dos justos.3
Nascido de Deus é todo aquele que é nascido do Espírito.4 É crer de
tal modo em Deus, através de Cristo, que alcança a condição de
quem não comete pecado.5 Nascer de novo significa experimentar,
em todas as situações, a paz de Deus que excede toda a
compreensão.6 É de tal modo esperar em Deus mediante o Filho,
que não só tem o testemunho de uma boa consciência, mas também
– O Espírito de Deus testifica com vosso espírito que sois filhos de
Deus.7 É amar a Deus de tal modo, que vos amou, como jamais
amastes a qualquer criatura, sendo, pois, constrangidos a amar8 a
todos os homens como a vós mesmos, com um amor que não
apenas abrasa vossos corações, mas flameja em todas as vossas
ações e conversações, e fazendo de toda a vossa vida um trabalho
de amor,9 uma contínua obediência aos seus mandamentos. XVIII,
III, 4, 5; IV, 1
Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a
justiça é nascido dele. 1 João 2.29
1 1 Jo 3.9
Ouvi, agora, isto, ó povo louco e sem coração, que tendes olhos e
não vedes, que tendes ouvidos e não ouvis. Jeremias 5.21
MAIO
ouve; seus ouvidos estão surdos, de modo que ele não ouve a voz
do encantador.2 Não percebe as coisas do Espírito de Deus, visto
estarem cerrados os olhos de seu entendimento, trevas espessas
cobrindo-lhe a alma e cercando-a por todos os lados. É verdade que
tal homem pode ter algum fraco lampejo de vida, algum minúsculo
começo de movimento espiritual; como, porém, não possui sentidos
espirituais capazes de discernir as coisas espirituais, – não discerne
as coisas do Espírito de Deus; não as pode conhecer, porque elas se
discernem espiritualmente.3 XIX, I, 3, 6
1 Sl 139.3 2 Sl 139.5
Também guarda o teu servo dos pecados intencionais; que eles não
me dominem! Então serei íntegro, inocente de grande transgressão.
Salmo 19.13
MAIO
É fácil, pois, compreender como qualquer filho de Deus podia ter sido
abalado em sua firmeza. Ele não se guardou a si mesmo,1 mediante
aquela graça de Deus que seria suficiente: deste modo caiu, pouco a
pouco, primeiro em pecado de omissão, interior, não despertando o
dom de Deus que nele estava,2 não vigiando em oração;3 depois em
pecado de comissão, interior, inclinando o coração para a maldade,
dando lugar a algum mau desejo ou tendência
MAIO
Davi não queria, entretanto, ouvir: olhou outra vez, não para Deus,
mas para o objetivo proibido, e a natureza, tornando-se superior à
graça, acendeu em sua alma a cobiça. Os olhos de sua mente
fecharam-se de novo e Deus se dissipou de sua vista. A fé, a divina
e sobrenatural comunhão com Deus, assim como o amor de Deus,
cessaram ao mesmo tempo: então ele correu como um cavalo para a
batalha e conscientemente praticou o pecado exterior. XIX, II, 8
1 1 Jo 5.18 2 Is 30.21
MAIO
Não por obras de justiça que tivéssemos feito, mas por sua própria
misericórdia nos salvou.1 Pela graça sois salvos mediante a fé
– não por obras, para que ninguém se glorie,2 mas totalmente e
exclusivamente através de tudo que Cristo fez e sofreu por nós.
Somos justificados livremente por sua graça, através da redenção
que há em Jesus Cristo.3 E este é o meio não somente de obter o
favor de Deus, mas de nossa perseverança nesse favor. Por esse
meio é que primeiro nos achegamos a Deus; pelo mesmo processo é
que continuamos depois achegados a Ele. Andamos pelo novo e vivo
caminho;4 até que nosso espírito volte para Deus. Estas coisas
devem concorrer necessariamente em nossa justificação: da parte de
Deus, sua grande misericórdia e graça; da parte de Cristo, a
satisfação da justiça de Deus; e, de nossa parte, fé nos méritos de
Cristo. XX,5 II, 5, 6
1 Tito 3.5 2 Ef 2.8 3 Rm 3.24 4Hb 10.20 5Sermão XX: O Senhor Nossa Justiça
Justiça Própria – Dia 21
Você pode perguntar: Não devemos, entretanto, abrir mão dos trapos
imundos de nossa própria justiça,1 antes que possamos revestir-nos
da imaculada justiça de Cristo? Certamente que devemos
arrepender-nos, antes que possamos crer no Evangelho. Devemos
romper com toda dependência de nós mesmos antes que
verdadeiramente possamos depender de Cristo. Devemos lançar
fora toda confiança em nossa própria justiça, ou não poderemos ter
verdadeira confiança na justiça de Cristo. Enquanto não nos
libertarmos da confiança em qualquer coisa que façamos, não
poderemos perfeitamente confiar no que Cristo fez e sofreu. Você
pergunta: Não crês na justiça
MAIO
pessoal? Sim, desde que ela se coloque em seu próprio lugar, não
como fundamento de nossa aceitação por parte de Deus, mas como
fruto dessa aceitação; não em lugar da justiça imputada, mas como
consequência desta. Creio que Jesus Cristo foi feito por Deus nossa
santificação,2 assim como também nossa justiça; Deus santifica,
assim como justifica, a todos os que nele creem. Àqueles a quem é
imputada a justiça de Cristo tornam-se justos pelo Espírito de Cristo;
são renovados à imagem de Deus, segundo a semelhança com que
foram criados, em justiça e verdadeira santidade.3 XX, II, 11-12
Mas, que dará um pobre pecador em troca de sua alma,1 que está
entregue à justa vingança de Deus? Com que se apresentará
perante o Senhor?2 Como pagará àquele o que deve? Pudesse ele,
a partir deste momento, guardar perfeita obediência a todos os
mandamentos de Deus, isto ainda não faria expiação por um único
pecado. Vê-se, pois, a si mesmo, profundamente impotente no que
toca à propiciação de seus pecados passados; ele é perfeitamente
incapaz de se reconciliar com Deus e de resgatar sua própria alma.
Mas se Deus lhe perdoasse todo o seu passado, sob a única
condição de que ele não mais pecasse, bem sabe tal homem que
isso de modo nenhum lhe aproveitaria, visto nunca lhe ser possível
cumprir semelhante condição. Ele sabe e sente que não é capaz de
obedecer sequer aos mandamentos da lei de Deus, certo como é
que essa obediência não pode ser guardada enquanto o coração
permanece em seu estado natural de pecado e corrupção, tanto mais
se considerarmos que a árvore má não pode dar bons frutos.3 Não
pode, porém, o tal purificar o próprio
MAIO
XXI, I, 6
Eu, porém, vos digo que não resistais ao perverso; mas, se qualquer
te bater na face direita, oferece-lhe também a
outra; Mateus 5.39
MAIO
ainda dirá: “Isto não é o de que preciso: dai-me justiça, ou então
morrerei!” XXII, II, 3
1Mt 5.6 2Fp 2.5
158
Vem Jesus, Tão Desejado – Dia 1
1Ef 4.5 2Ef 4.4 3Ef 4.1-3 4Sermão XXIII: Sobre o Sermão do Monte, Discurso
III
Mas a vós, que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos
que vos aborrecem. Lucas 6.27
JUNHO
ordem, todos os seus poderes e faculdades de corpo e de alma, toda
sua fortuna, seus interesses, sua reputação; apenas desejando que,
quando seu Senhor vier, possa Ele dizer: Bem está, servo bom e fiel!
3 XXIII, II, 4
1Lc 1.792Hb 12.12 3Hb 12.13 4Mt 7.13 5Hb 12.1 62 Tm 1.12 7 2 Tm 1.6 8Mt
5.10
JUNHO
1Is 11.6
Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem
os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os
vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos
também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso
Pai, que está nos céus. Mateus 5.46-48
JUNHO
que vos odeiam :6 que vossas ações demonstrem que sois tão
genuínos no amor quanto eles o são no ódio. Retribua o mal com o
bem. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.7 (4)
Se nada mais puderdes fazer, pelo menos orai por aqueles que vos
odeiam e vos perseguem.8 XXIII, III, 13
1Mt 5.43 2Lv 19.18 3 Mt 5.44 4Lc 6.28 5Mt 5.11 6Mt 5.44 7Rm 12.21 8Mt 5.44
Isaías 58.7-8
JUNHO
Assim como uma luz é difícil de esconder, o amor não pode ser
escondido, especialmente se ele refulge através da ação, quando
vos exercitais em trabalhos de caridade, em obras de beneficência
de toda espécie. Tanto podem os homens pensar em esconder uma
cidade como em esconder um cristão; realmente, se eles puderem
ocultar uma cidade situada sobre um monte,1 poderão ocultar o
santo, zeloso e ativo amante de Deus e dos homens. É verdade que
os homens, que amam mais as trevas do que a luz porque as suas
obras são más,2 fazem todo o possível para provar que a luz que há
em vós são trevas. Eles dirão mal, toda a forma do mal, falsamente,3
do bem que há em vós. E vossa paciente perseverança no fazer o
bem, vossa mansidão no suportar todas as coisas por amor de Deus,
vossa calma humilde alegria em meio da perseguição, vosso
constante empenho de vencer o mal com o bem,4 – tudo vos tornará
mais visíveis do que o éreis antes.
1Mt 5.14 2Jo 3.19 3Mt 5.11 4Rm 12.21 5Mt 5.14
Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, como lhe restaurar o
sabor? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser
pisado pelos homens. Mateus 5.13
JUNHO
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar,
mas cumprir.1 A lei ritual ou cerimonial, entregue por Moisés aos
filhos de Israel, lei que continha todas as recomendações e
ordenanças relacionadas com os antigos sacrifícios e com o serviço
do templo, Cristo veio, de fato, para destruí-la, invalidar e abolir
completamente. Dão testemunho disto todos os apóstolos: não
somente Barnabé e Paulo, que veementemente resistiram os que
ensinavam que os cristãos deviam guardar a lei de Moisés;2 não
somente Pedro, que qualificou a insistência nesse ponto, isto é, a
observância da lei ritual, como tentar a Deus e colocar sobre os
discípulos um jugo que nem nossos pais – disse ele
– nem nós, somos capazes de suportar;3 mas todos os apóstolos,
anciãos e irmãos, reunidos de comum acordo,4 declararam que,
mandar que os discípulos guardassem essa lei, seria transtornar
suas almas,5 e que pareceu bem ao Espírito Santo e a eles6 não
lançar semelhante fardo sobre os ombros daqueles discípulos. Este
escrito de dívida que era contra nós e que constava de ordenanças,
nosso Senhor removeu-o inteiramente, encravando-o em sua cruz.7
Mas a lei moral, contida nos Dez Mandamentos e reforçada pelos
Profetas, Ele não a aboliu. XXV,8 I, 1
1Mt 5.17 2At 15.5 3At 15.10 4At 15.22 5At 15.24 6At 15.28 7Cl 2.14 8Sermão
XXV: Sobre o Sermão do Monte, Discurso V
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir. Mateus 5.17
Cristo não aboliu a lei moral. Não era objetivo de sua vinda a
revogação de qualquer parte dessa lei. Esta é a Lei que jamais
poderá ser quebrada, permanecendo como fiel testemunho nos
céus.1 O fundamento da lei moral é totalmente diferente da lei
cerimonial, que fora estabelecida como um corretivo temporário de
um povo desobediente e de dura cerviz; enquanto que aquela existia
desde o começo do mundo, tendo sido escrita não em tábuas de
pedra, mas nos corações de todos os filhos dos homens,2 ao saírem
das mãos do Criador. E, conquanto as letras escritas outrora pelo
próprio dedo de Deus3 agora estivessem em grande parte
desfiguradas pelo pecado, não foram, todavia, totalmente destruídas,
uma vez que temos certa consciência do bem e do mal. Cada parte
dessa lei deve permanecer em inteiro vigor em relação a toda a
humanidade e em todos os tempos, não dependendo ela de épocas
ou de lugar, ou de quaisquer outras circunstâncias sujeitas a
mudança, mas da natureza de Deus e da natureza do homem, e sua
recíproca relação imutável. XXV, I, 2
Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa
obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo.
Filipenses 1.6
JUNHO
1Mt 19.26 2Rm 8.4 3Jr 31.33 41 Ts 5.16-17 51 Pe 1.16 6Lc 1.38
Jó 1.8
12 Co 3.6 2Mt 23.25 3Mt 3.10 4Mt 5.3 5Mt 5.5 6Mt 5.6 7Mt 5.8
JUNHO
1Mt 6.5ª 2Mt 6.5b 3Sermão XXVI: Sobre o Sermão do Monte, Discurso VI
Lucas 11.1
JUNHO
“Pai nosso”: se Ele é Pai, então é bom; então trata seus filhos com
amor e carinho. E aí está o primeiro e grande fundamento da oração,
Deus deseja abençoar: peçamos a bênção, “Pai nosso” – nosso
Criador; o Autor de nosso ser; o que nos levantou do pó da terra; que
infundiu em nós o sopro da vida, fazendo-nos almas viventes.1 Mas,
se Ele nos fez, peçamos, e Ele não recusará nenhum bem à obra de
suas mãos.2 “Pai nosso” – nosso Preservador, que, dia após dia,
sustenta a vida que nos deu; de cujo amor constante recebemos
agora, e a cada momento, a vida, o alento e todas as coisas. Assim,
com liberdade e confiança, acheguemo-nos a Ele e alcançaremos
misericórdia, e acharemos graça para socorrer-nos em tempos de
necessidade.3 Acima de tudo – nosso Pai nos justifica livremente por
sua graça, pela redenção que há em Jesus;4 o que apagou todos os
nossos pecados e curou todas as nossas enfermidades;5 Assim,
sabemos que Ele nos ouve sempre; assim, a Ele oramos sem
cessar.6 Oramos, porque amamos; e amamo-lo, porque Ele primeiro
nos amou.7 XXVI, III, 4
1Gn 2.7 2Sl 84.11 3Hb 4.16 4Rm 3.24 5Sl 103.3 61 Ts 5.17 71 Jo 4.19
1Is 6.1 2Is 40.22 3At 15.18 4Sl 90.1 5 Rm 11.33 6Ap 19.16 7Sl 65.6 8Sl 115.3
9Sl 26.8 10Jr 23.24 11Citação do Livro de Oração Comum
JUNHO
Ele fez a terra pelo seu poder; ele estabeleceu o mundo por sua
sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.
Jeremias 10.12
Mateus 26.39
JUNHO
“O pão nosso de cada dia nos dá hoje.” Nas três primeiras petições
oramos por toda a humanidade. Chegamos agora ao momento de
orarmos mais particularmente pelas nossas próprias necessidades.
Por “pão” devemos entender todas as coisas necessárias tanto ao
corpo como à alma
– as coisas pertinentes à vida e à piedade:1 devemos entender não
meramente o pão exterior, que nosso Senhor chama a comida que
perece, mas mui especialmente o pão espiritual, a graça de Deus, o
alimento que subsiste para a vida eterna.2 “O pão nosso de cada dia”
– a expressão aí traduzida como “cada dia” tem sido explicada de
modos diversos pelos diferentes comentadores: o que basta para
este dia, e assim, para cada dia que se for sucedendo. “Hoje”:
porque não devemos nos preocupar com o dia de amanhã.3 Para
este mesmo fim, nosso sábio Criador dividiu a vida em pequenas
frações de tempo, tão nitidamente separadas umas das outras, que
podemos encarar cada dia como uma nova dádiva de Deus, uma
outra “vida” que devemos devotar à sua glória. XXVI, III, 11-12
JUNHO
1Mt 18.24 2Mt 18.28 3Lc 15.13 4Mt 18.34 5Lc 7.42
1Mt 6.14-15
Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas fiel é Deus
e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo
contrário, com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a
possais suportar. 1 Coríntios 10.13
JUNHO
Alegres adorai
Ao Redentor Jesus,
Louvor e graças dai a
Quem venceu na cruz.
Em alta voz,
Ao vosso Deus cantai,
Ao Pai de amor louvai.
O vosso Redentor
Sofreu humilhação;
Na cruz mostrou o amor
Que aos homens dá perdão.
Em alta voz,
Ao vosso Deus cantai,
Ao Pai de amor louvai.
Na terra ou céu além
Jesus dominará.
E a glória que ele tem
Aos crentes mostrará.
Em alta voz
Ao vosso Deus cantai,
Ao Pai de amor louvai.
1Jo 14.30 2Ef 2.2 3Lc 18.7 4Sl 145.13 5Sl 135.6 6Sl 103.22 7Mt 6.13
JULHO
1 Rm 10.3 2 Sl 27.8
Se os teus olhos forem bons, fixos em Deus, todo o teu corpo será
luminoso.1 Todo o teu corpo significa tudo que é orientado pela
intenção, como o corpo o é pelos olhos; tudo quanto és; tudo que
fazes; teus desejos, tendências, afeições; teus pensamentos,
palavras e obras. Tudo isso será luminoso, cheio do verdadeiro,
divino conhecimento. Esta é a primeira coisa que podemos entender
pela palavra luz. Em sua luz tu verás a luz.2 Aquele que outrora
mandou a luz brilhar em meio às trevas,3 brilhará em teu coração:
Ele alumiará os olhos de teu entendimento4 com o conhecimento da
glória de Deus.5 Seu Espírito te revelará as coisas profundas de
Deus.6 A inspiração do Santo dar-te-á compreensão e em secreto te
fará conhecer a sabedoria.7 Sim, a unção que dele recebeste
habitará em ti, ensinando-te todas as coisas.8 Como a experiência
confirma isto! Mesmo depois que Deus abriu
JULHO
1Tessalonicenses 3.12-13
Ó SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus
nem embaixo na terra, que guardas a aliança e a misericórdia a teus
servos que de todo coração andam diante
A luz que pervade aquele que tem os olhos bons1 implica tanto na
felicidade como na santidade. Verdadeiramente, a luz é doce, e
agradável coisa é ver o sol.2 Quão melhor é, entretanto, ver o Sol da
Justiça3 continuamente brilhando sobre a alma! E se há alguma
consolação em Cristo, algum conforto de amor,4 alguma paz que
exceda toda a compreensão,5 algum regozijo na esperança da glória
de Deus,6 tudo isso pertence àquele cujos olhos são bons. Assim é
todo o seu corpo cheio de luz.7 Ele anda na luz como Deus está na
luz,8 regozijando-se sobremodo, orando sem cessar e em tudo
dando graças, comprazendo-se na vontade de Deus,9 não importa
qual seja, a ele concernente em Cristo Jesus. Mas, se teus olhos
forem maus, todo o teu corpo ficará às escuras.10 Se teus olhos
forem maus: vemos que não há meio-termo entre olhos bons e olhos
maus. Se teus olhos não forem bons, então eles serão maus. Se a
intenção, em tudo que fizermos, não for unicamente para Deus, se
outra coisa buscarmos, então nossa mente e nossa consciência se
acham poluídas.
JULHO
Nossos olhos são maus se, em qualquer obra que fizermos, nosso
alvo tenha tendência para outro fim que não seja Deus. XXVIII, I, 5
Mas, se teus olhos forem maus, todo o teu corpo ficará às escuras.1
Se tivermos outro objetivo à parte do conhecer e amar a Deus, servir
e agradar-lhe em todas as coisas, se tivermos qualquer outro
desígnio que não seja o de termos prazer somente em Deus, sermos
felizes nele, agora e para sempre, então nossos olhos são maus.2
Não há paz, nem sossego, nem sólido descanso para os que não
conhecem a Deus. Não há verdadeiro contentamento, nem
contentamento duradouro, para os que não buscam a Deus de todo
o seu coração. Enquanto aspiras qualquer coisa que perece, tudo
quanto vem é vaidade,3 e não apenas vaidade, mas é correr atrás do
vento,4 tanto no ardor do desejo como na decepção do prazer.
Andas, na verdade, atrás de uma sombra vã e te inquietas em vão.
Andas em trevas tão espessas que se podem apalpar. Dormes, mas
não repousas. Os sonhos da vida podem gerar sofrimento, o que
bem sabes; tranquilidade, porém, eles não podem dar. Neste mundo
não há descanso – nem no mundo vindouro, a não ser em Deus.
XXVIII, I, 8
JULHO
manutenção própria, quando o chefe se vai deste mundo e não mais
é visto. Quando digo – a manutenção – quero falar das necessidades
singelas da vida e não de comidas e bens extravagantes ou
desnecessários, porque o homem não é obrigado a providenciar para
os seus, nem para si mesmo, de meios de luxúria e ociosidade. Se,
porém, o homem não cuida de seus próprios filhos (assim como das
viúvas de sua parentela, de quem primariamente tratava Paulo nas
bem conhecidas palavras a Timóteo), praticamente tem negado a fé
e é pior do que o descrente,1 ou pagão. Finalmente, por aquelas
palavras não nos é proibido juntar, de tempos em tempos, os fundos
necessários ao custeio de negócios seculares, na medida e grau
necessários pelos fins previstos, de maneira tal que, primeiro, não se
deva nada a pessoa alguma;2 em segundo lugar, procure o homem
aquilo que é necessário à vida; e, em terceiro lugar, forneça aos de
sua própria casa o necessário enquanto viver, e os meios com que
se possam prover, quando tiver ido para Deus. XXVIII, 1, 11
1 1 Tm 5.8 2 Rm 13.8
Ouvi isto, todos vós que habitais o mundo e amais o mundo em que
tendes morada! Podeis ser altamente apreciados pelos homens, mas
sois abominação à vista de Deus.1 Até quando vossas almas se
apegarão ao pó?2 Quando despertareis e vereis que os pagãos
estão mais perto do reino dos céus do que vós? Quando vos
persuadireis a escolher a parte melhor, a parte que vos não será
tirada?3 Quando procurareis apenas ajuntar tesouros nos céus,4
renunciando, temendo, aborrecendo aos demais? Se ambicionais
ajuntar tesouro na terra,5 não somente estais perdendo vosso tempo
e gastando vosso rigor em troca daquilo que não é pão6 – porque,
qual será o fruto, se fordes bem-sucedidos? Tens assassinado a
vossa própria alma! Extinguistes a última faísca de vida espiritual que
nela havia! Agora, na verdade, em meio da vida, estais mortos! Sois
um homem vivo, mas
JULHO
um cristão morto! Porque, onde estiver vosso tesouro, aí estará
também o vosso coração.7 XXVIII, I, 13
1Lc 16.15 2 Sl 119.25 3 Lc 10.42 4 Mt 6.20 5 Mt 6.19 6 Is 55.2 7 Mt 6.21
JULHO
JULHO
1Cl 3.2
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a
esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que
abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;
que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa
mente e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um
bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida
eterna.
1 Timóteo 6.17-19
JULHO
Como é vão alguém tentar servir a dois senhores! É fácil prever qual
seja a consequência inevitável de semelhante tentativa. Aborrecerá a
um e amará o outro, ou apegar-se-á a um e desprezará o outro.1 As
duas partes dessa frase, embora separadamente enunciadas, devem
ser entendidas em conjunto, pois a última decorre da primeira.
Naturalmente se apegará o servo àquele a quem ama. Tão
estreitamente se ligará a ele, que lhe prestará serviço fiel, diligente e
de boa vontade, enquanto que, em relação ao senhor a quem
aborrece, despreza-o, a ponto de negar atenção às suas ordens e,
se de algum modo lhe obedece em qualquer coisa, fá-lo de maneira
negligente e descuidada. Assim, todos os homens de senso
concluirão: Não podemos servir a Deus e a Mamon.2 Mamon era o
nome de um dos deuses pagãos, que se acreditava ser o padroeiro
das riquezas, como tais compreendidos os valores em espécie, como
ouro e prata, ou, em geral, dinheiro e, por extensão, as coisas
adquiridas pelo dinheiro, como bem-estar, honras e prazeres
sensuais. Que deveremos entender por servir a Deus e por servir às
riquezas? Não podemos servir a Deus sem crermos nele. Crer é o
único fundamento verdadeiro do serviço a Deus. XXIX, I, 3-4
JULHO
Aquele que diz que está nele também deve andar como ele
andou.1 João 2.6
Eis aqui o homem que não pôs a Deus por sua fortaleza; antes,
confiou na abundância das suas riquezas e se fortaleceu na sua
maldade. Salmo 52.7
JULHO
1Mt 6.24
Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor;
andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda
bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao
Senhor. Efésios 5.8-10
JULHO
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; pois teu é o
reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!
Mateus 6.13
Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu
próximo, executai juízo nas vossas portas, segundo a verdade, em
favor da paz; Zacarias 8.16
215
Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que
muitos procurarão entrar e não poderão. Lucas 13.24
Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após
mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz
e siga-me; Mateus 16.24
Esforçai-vos , portanto por entrar pela porta estreita.1 Para isto, põe
em teu coração, e deixa-o para sempre impresso em teus
pensamentos, que, se estás trilhando estrada larga, estás no
caminho que leva à perdição. Se os que vão contigo são muitos, tão
certo como Deus é verdadeiro, que, tanto eles como tu, estais
seguindo rumo ao inferno! Se estás andando segundo anda a
generalidade dos homens, estás seguindo para o abismo insondável!
Vão muitos sábios, muitos ricos, muitos poderosos, ou muitos
nobres, transitando contigo pela mesma estrada? Só por esse sinal
tu conheces que ela não conduz à vida. Aí está uma regra certa,
clara e infalível. Em qualquer profissão a que estejas devotado,
deves ser único ou estar perdido. O caminho que leva ao inferno
nada tem de solitário em si; mas a estrada que conduz aos céus é
toda solidão. Se tu moves um passo em direção a Deus, já não és
como os outros homens são. Não se preocupe com isso. É muito
melhor estar sozinho do que cair no abismo. Corre então, com
paciência, a carreira que te está proposta,2 embora sejam poucos os
teus companheiros. Estes nem sempre serão assim. Ainda um pouco
e chegarás a uma inumerável companhia de anjos, à assembleia
geral e igreja dos primogênitos e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados.3 XXXI, III, 4
Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está
longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que
são preceitos dos homens. Mateus 15.8-9
1Mt 7.24-27
AGOSTO
Numa palavra: seja tua religião a religião do coração. Que ela resida
no mais íntimo de tua alma. Sê pequeno, humilde, apagado e vil a
teus próprios olhos; seja surpreendido e humilhado até o pó pelo
amor de Deus que é em Cristo Jesus. Sê sério. Que toda a torrente
de teus pensamentos, palavras e atos defluam da mais profunda
convicção de que permaneces à borda do grande abismo, tu e todos
os filhos dos homens, na iminência de deslizar, quer para a glória
eterna, quer para o fogo eterno! Encha-se tua alma de mansidão,
cordialidade, paciência, longanimidade para com todos os homens;
ao mesmo tempo em que tudo que há em ti tenha sede de Deus, do
Deus vivo, aspirando adquirir sua semelhança e ficar então satisfeito.
Ame a Deus e toda a humanidade. Neste espírito faze e sofre todas
as coisas. Mostra, assim, tua fé pelas tuas obras; faze a vontade de
teu Pai que está nos céus!1 E, tão certo como andas agora, na terra,
com Deus, também reinarás com Ele em glória!2 XXXIII, III, 12
1Mt 6.9-10 2 2 Tm 2.12
Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da
lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
Romanos 3.20
A lei tem três características. Ela é santa, justa e boa.1 Primeiro, a lei
é santa. Por esta expressão o apóstolo não fala ao que parece, de
seus efeitos, mas antes de sua natureza: como
AGOSTO
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar,
mas cumprir. Mateus 5.17
A lei é boa, além de ser justa. Isto podemos facilmente inferir da
fonte de que ela procede. O que é ela, senão a bondade de Deus? A
que outro Ser podemos atribuir a concessão ao homem do mesmo
resumo de sua própria natureza? E que outra força, senão a do
amor, poderia constrangê-la1 a manifestar sua vontade ao homem
decaído – seja Adão, ou qualquer outro de sua semente, que, à
semelhança dele, carecem da glória de Deus?2 Não foi puro amor
que o moveu a publicar sua lei, depois que o entendimento dos
homens se tornara obscuro? E enviar seus profetas para
proclamarem aquela lei aos cegos, imprudentes, filhos dos homens?
Foi sua bondade que, quando as trevas tinham coberto a terra, e
densas trevas coberto o povo,3 deu uma lei escrita a Moisés e,
através dele, à nação escolhida. Foi o amor que explicou esses
oráculos vivos, por intermédio de Davi e de todos os profetas que se
seguiram; até que, vindo a plenitude do tempo,4 Ele mandou seu
Unigênito Filho, não para destruir a lei, mas para cumpri-la, dela
confirmando todo jota e todo til;5 de modo que, tendo-a escrito no
coração de todos os seus filhos e posto todos os seus inimigos
debaixo de seus pés,6 Ele entregará o seu reino mediador ao Pai,
para que Deus seja tudo em todas as coisas.7 XXXIV, III, 10
AGOSTO
Admitindo, pois, que o crente nada mais tem com a lei, a lei
cerimonial dos judeus, ou de toda a dispensação mosaica, (porque
Cristo pôs fora de cogitação essas coisas); admitindo mais que nada
temos com a lei moral, encarada como meio de assegurar-nos a
justificação, porque somos justificados livremente por sua graça,
mediante a redenção que há em Jesus;1 mas, em outro sentido,
temos de atentar para essa lei, porque ela é de imensurável proveito,
primeiro, para convencer-nos do pecado que permanece em nossos
corações e vidas, mantendo-nos, assim, em união com Cristo, a fim
de que seu sangue nos purifique a cada momento; em segundo
lugar, recebendo a força de Cristo, pelo meio ao qual Ele nos
capacita a fazer o que sua lei exige; e, em terceiro lugar, confirmando
nossa esperança de recebermos graça sobre graça,2 até que
estejamos de posse da plenitude de suas promessas, realizando
então tudo quanto Ele ordena e que não tenhamos ainda conseguido
cumprir.
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes
e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Gálatas 5.1
Os que esperam ser dirigidos por Deus, seja nas coisas espirituais,
ou na vida comum, de maneira justamente chamada extraordinária
estão especialmente sujeitos a fanatismo: quero dizer por visões ou
sonhos, por fortes impressões ou súbitos impulsos experimentados
pela mente. Não nego que Deus tenha, nos tempos antigos,
manifestado sua vontade dessa maneira, ou que Ele possa fazê-lo
ainda hoje: creio que Deus o fará em casos raros. Quão
frequentemente os homens se enganam, todavia, neste ponto! Como
se enganam por orgulho, por uma imaginação ativa, atribuindo tais
impulsos ou impressões, sonhos ou visões, a Deus, quando essas
coisas são totalmente indignas dele! Tudo isso é puro fanatismo; tão
longe de religião, como de verdade e de moderação.
11 Ts 4.3
AGOSTO
Um Só Coração – Dia 20
Por isto conhecemos o amor, porque Cristo deu a sua vida por nós; e
nós devemos dar a vida pelos irmãos.1 E outra vez: Amados,
amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus. Quem não
ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor.2 O amor consiste,
não em termos nós amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós
e enviou a seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus assim nos amou, devemos também amar-nos uns
aos outros.3 Todos os homens aprovam isto; mas não todos os
homens o praticam. A experiência diária mostra isso. Onde estão os
cristãos que se amam uns aos outros como Ele nos ordenou?4 Os
dois grandes empecilhos gerais são: primeiro não poderem todos os
homens pensar do mesmo modo; e, em consequência disto, não
poderem eles, em segundo lugar, agir de modo igual; mas embora a
diferença de opiniões ou de formas de culto possa nos separar
exteriormente, local e igreja, podemos ser unidos de coração, deve
tal diferença impedir nossa unidade de sentimentos? Embora não
pensemos do mesmo modo, não podemos amar de maneira igual?
Não podemos ter um só coração, ainda que não tenhamos uma
opinião só? Sem dúvida alguma que podemos. Nisto todos os filhos
de Deus podem unir-se, não obstante aquelas diferenças
secundárias. XXXIX, Introdução, 2-4
AGOSTO
Mas, o que se acha implícito nesta questão: Teu coração é reto para
com Deus? Crês em sua existência, em suas perfeições? Sua
eternidade, imensidade, sabedoria, poder? Sua justiça, misericórdia
e verdade? Crês que Ele sustenta todas as coisas pela palavra de
seu poder,1 e que Ele governa mesmo as coisas mínimas, as mais
nocivas, para sua glória e para o bem dos que o amam?2 Tens a
divina evidência, a
AGOSTO
Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no
céu. Mateus 6.10
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira,
porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o
Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se
tiver sede, dá-lhe de beber; Romanos 12.19-20
AGOSTO
AGOSTO
1Ef 4.14
11 Sm 23.16 2 1 Co 3.12-15
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos
céus. Mateus 5.48
AGOSTO
Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas
minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o
Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e
de revelação. Efésios 1.16-17
Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas
que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E
o filho do homem, para que o visites?
Salmo 8.3-4
AGOSTO
245
Juízo Imperfeito – Dia 2
Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da
eternidade. Amém! 2 Pedro 3.18
Fi lhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus
Cristo, o Justo. 1 João 2.1
Assim, cumpre o Senhor as coisas que Ele falou pelos seus santos
profetas, que surgiram desde que o mundo começou: por Moisés, em
particular, dizendo: Circuncidarei teu coração, e o coração de teus
filhos, para que ames o Senhor teu Deus de todo teu coração e de
toda tua alma;1 por Davi, clamando: Cria em mim um coração puro e
renova em mim um espírito reto;2 e mais notavelmente por Ezequiel,
naquelas palavras: E derramarei sobre vós uma água pura, e sereis
purificados: de todas as vossas impurezas, e de todos os vossos
ídolos, Eu vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei um
novo espírito em meio de vós; e farei que vós andeis nos meus
preceitos, e que guardeis as minhas ordenanças e que as pratiqueis.
E vós sereis para mim o meu povo, e Eu serei para vós o vosso
Deus. E também vos salvarei de todas as vossas impurezas.3 Tendo,
pois, estas promessas, bem-amados, purifiquemo-nos a nós mesmos
de toda imperfeição da carne e do espírito, aperfeiçoando a
santidade no temor de Deus,4 clamando a Ele dia e noite, até que
também sejamos redimidos do jugo da corrupção para a gloriosa
liberdade dos filhos de Deus.5 XL, II, 29-30
1Dt 30.6 2 Sl 51.10 3 Ez 36.25-29 4 2 Co 7.1 5 Rm 8.21
11 Pe 5.8
SETEMBRO
não são maus?” Eles são perturbadores e, nesse sentido, são maus;
mas não são pecaminosos. Não sei se ele tenha falado a nosso
Senhor em voz audível; talvez tivesse falado somente a seu coração,
ao dizer: Todas estas coisas te darei se, prostrado, me adorares.1
Mas, quer tivesse falado no seu interior ou exteriormente, nosso
Senhor indubitavelmente ouviu o que lhe disse o maligno. Teve, pois,
pensamentos correspondentes àquelas palavras. Mas, esses
pensamentos foram pecaminosos? Sabemos que não foram. Nele
não havia pecado,2 nem em ação, nem em palavra ou pensamento.
Nem há pecado em milhares de pensamentos da mesma espécie,
que Satanás pode inculcar em qualquer dos seguidores de nosso
Senhor. Somente então, quando dormirmos no pó, seremos
libertados dos pensamentos inconstantes ocasionados por aquilo
que vemos e ouvimos, em meio daqueles que nos rodeiam. Para
evitar isto seria necessário sairmos do mundo, porque, enquanto
permanecermos nele, e homens e mulheres estiverem à volta de
nós, tivermos olhos para ver e ouvidos para ouvir, as coisas que
vemos e ouvimos diariamente, por certo, nos afetarão a mente,
quebrarão e interromperão a sequência de nossos pensamentos.
XLI, III, 6; IV, 5
SETEMBRO
1Hb 12.14
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a
salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu
Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual
diante do nosso Deus os acusava de dia e
SETEMBRO
SETEMBRO
como alvo. A dúvida, por assim dizer, enlameia a alma, de modo que
esta fique presa no mais espesso barro. Por isso, na mesma
proporção em que medo e dúvida prevalecem, nosso crescimento
em santidade estará prejudicado. XLII, I, 7
1 2 Pe 3.18
Como suspira a cor ça pelas correntes das águas, assim por ti, ó
Deus, suspira a minha alma! A minha alma tem sede de Deus, do
Deus vivo; Salmo 42.1-2
Quanto mais fores tentado a lançar fora o teu escudo de fé,1 tua
confiança no amor de Deus, maior cuidado ponhas em conservar
aquilo a que tenhas atingido2 e mais ainda reavives o dom de Deus
que há em ti.3 Não permitas que se aparte de ti esta palavra: Tenho
um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo;4 A vida que
agora vivo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e
entregou-se a si mesmo por mim.5 Seja esta tua glória e tua coroa de
regozijo;6 e vê que ninguém tome a tua coroa.7 Conserva esta
crença: Sei que meu Redentor vive e no último dia estará sobre a
terra;8 e: Agora tenho redenção em seu sangue e o perdão de
pecados.9 Assim, cheio de toda a paz e alegria dos crentes,
prossegue, na paz e na alegria da fé, rumo à renovação de toda tua
alma segundo a imagem daquele que te criou! Entretanto, clama a
Deus sem cessar, para que possas ver o prêmio de tua alta
vocação,10 não como Satanás o representa, de maneira horrível,
mas em sua genuína e original beleza; não como alguma coisa que
deva acontecer (isto é, a santificação), sem o que irás para o inferno,
mas como alguma coisa que possa acontecer, para conduzir-te ao
céu. Encara-o como o mais desejável dom que se acha em todos os
tesouros das ricas misericórdias de Deus. Considerando-o sob este
verdadeiro ponto de vista, dele terás fome cada vez maior; toda tua
alma estará sedenta de Deus e dessa gloriosa conformidade com
sua imagem; e, tendo recebido uma boa esperança de alcançá-la e
uma forte consolação através da graça, jamais estarás cansado ou
abatido em tua mente, mas prosseguirás até que o alcances. XLII, II,
3
SETEMBRO
SETEMBRO
Romanos 6.8-11
SETEMBRO
OUTUBRO
obras agora discernimos certa mistura do mal; algo que não poderia
suportar o reto juízo de Deus, se Ele fosse ao extremo de apontar o
que se faz erroneamente. Onde menos esperamos, aí achamos um
traço de orgulho, de obstinação, de incredulidade, ou idolatria, de
modo que nos envergonhamos mais agora de nossas melhores
ações do que anteriormente o faríamos em face de nossos piores
pecados; e daí não podemos deixar de sentir que elas estão tão
longe de ter em si mesmas qualquer coisa de meritório, sim, tão
longe estão de ser capazes de suportar o olhar da divina Justiça, que
em razão delas também nós seríamos culpados diante de Deus, se
não tivessem por si o sangue da nova aliança. XLIII, III, 7
Jeremias 24.7
Somente Má – Dia 8
Salmo 139.23-24
Vemos, quando Deus nos abre os olhos, que estávamos antes sem
Deus, ateus no mundo.1 Não temos, por natureza, conhecimento de
Deus; nenhuma relação temos com Ele. Não tendo conhecimento de
Deus, não podemos ter amor a Ele: não podemos amar àquele a
quem não conhecemos. Deste modo, todos os homens são “ateus no
mundo”. Mas o próprio ateísmo nos não isenta da idolatria. Em seu
estado natural, todo homem que nasce no mundo se qualifica como
idólatra. Talvez que, na verdade, não o sejamos no sentido vulgar da
palavra. Não prestamos culto, à maneira dos pagãos idólatras, a
imagens fundidas ou esculpidas. Não nos encurvamos diante de um
tronco de árvore, diante da obra de nossas próprias mãos. Não
rogamos aos anjos ou aos santos do céu nem o fazemos aos santos
da terra. Mas, que tem isso? Estabelecemos nossos ídolos em
nossos corações e perante eles nos encurvamos e lhes damos culto:
cultuamo-nos a nós mesmos, quando tributamos à nossa pessoa o
culto que somente é devido a Deus. Portanto, todo orgulho é
idolatria; é atribuir a nós mesmos aquilo que só é devido a Deus. Por
meio de orgulho defraudamos a Deus, roubando-lhe o direito
inalienável, idolatradamente lhe usurpamos a glória. XLIV, II, 7
1 Ef 2.12
1 Is 14.13
OUTUBRO
Eles fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois
trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,e
amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras cadeiras nas
sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos
homens: – Rabi, Rabi.
Mateus 23.5-7
Outro sintoma desta doença fatal – o amor do mundo,1 que está tão
profundamente arraigado em nossa natureza,
– é a vaidade da vida,2 o desejo de louvor, da honra que vem dos
homens. Isto os maiores admiradores da natureza humana
confessam ser estritamente natural; tão natural como a visão ou a
audição, ou qualquer outro dos sentidos externos.
OUTUBRO
Marcos 1.40-41
1 Rm 12.2 2 Mt 23.25
OUTUBRO
OUTUBRO
Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que tenho
proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a
vida, para que vivas, tu e a tua semente.
Deuteronômio 30.19
Embora tivesse o homem sido feito à imagem de Deus, ele não foi
feito, todavia, imutável. Isto teria sido inconsistente com o estado de
prova em que foi do agrado de Deus colocá-lo. Foi criado com
capacidade de permanecer de pé, e, no entanto, também sujeito a
cair. E isto, o próprio Deus lhe deu a conhecer e fez-lhe a tal
propósito uma solene advertência. Não obstante, o homem caiu de
sua alta condição. Ele comeu da árvore a respeito da qual o Senhor
lhe havia recomendado, dizendo: tu não comerás dela.1 Por esse ato
voluntário de desobediência a seu Criador, por essa franca rebelião
contra seu Soberano, o homem abertamente declarou que não mais
queria que Deus o governasse; que desejava ser governado pela sua
própria vontade, e não pela vontade daquele que o criara; e que não
pretendia buscar sua felicidade em Deus, mas no mundo, nas obras
de suas mãos. Ora, Deus lhe havia dito antes: No dia em que
comeres daquele fruto, certamente morrerás.2 E a palavra do Senhor
não pode falhar.3 Consequentemente, naquele dia ele morreu:
morreu para Deus – a mais tremenda de todas as mortes. XLV, I, 2
OUTUBRO
diabo; e de apetites e desejos sensuais, à semelhança dos animais
que perecem. XLV, I, 2
1 Ef 4.18 2 Gn 3.8
Antes de a criancinha nascer neste mundo, ela tem olhos, mas não
vê; tem ouvidos, mas não ouve. Não tem conhecimento de qualquer
coisa do mundo nem tem qualquer entendimento natural. Mas, tão
logo nasce, começa a ver a luz e os objetos com que esteja em
contato. Então se lhe abrem os ouvidos e ouve os sons que
sucessivamente batem sobre eles. Ao mesmo tempo todos os outros
órgãos dos sentidos começam a exercitar-se no campo apropriado a
cada um. Ele próprio respira e vive de maneira totalmente diversa da
vida que tivera até então. Como o paralelo exatamente se verifica em
todos esses exemplos! Enquanto o homem se encontra no estado
meramente natural, antes que seja nascido de Deus, possui, em
sentido espiritual, olhos, e não vê; possui ouvidos, mas, não ouve; é
profundamente surdo a tudo que mais lhe interessa ouvir. Seus
demais sentidos espirituais estão paralisados. Daí não ter
conhecimento de Deus, nenhum contato com Ele: o homem natural
não se relaciona com Deus de modo nenhum. Não tem verdadeiro
conhecimento das coisas de Deus, nem das coisas espirituais ou
eternas; por isso, embora seja um homem vivo, é um cristão morto.
XLV, II, 4
OUTUBRO
Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida. Romanos 6.3-4
OUTUBRO
1 Pv 13.12 21 Tm 6.10
OUTUBRO
num momento, ou, pelo menos, em muito curto espaço de tempo: ela
depois cresce gradualmente até atingir a estatura de um homem. De
modo semelhante um filho nasce de Deus num curto tempo, senão
num momento. Mas é por degraus vagarosos que ele depois cresce
à medida da perfeita estatura de Cristo.2 A mesma relação, portanto,
que há entre nosso nascimento natural e nosso crescimento, há
também entre nosso novo nascimento e nossa santificação. XLV, IV,
3
1 Ef 4.15 2 Ef 4.13
1Jo 3.3
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas
e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos
céus. Mateus 5.20
1 Jo 3.7
OUTUBRO
Nada O Substitui – Dia 30
300
Súplicas – Dia 1
NOVEMBRO
Agora não tem aquele zelo pelas almas dos homens e o forte desejo
de ver seu bem-estar; aquele fervente, incansável, e ativo desejo de
sua reconciliação com Deus. Não sentem aquela misericórdia pelas
ovelhas perdidas – aquela terna compaixão pelos ignorantes e pelos
que estão desviados do caminho.2 Outrora eles foram bondosos
para com todos os homens,3 mansamente instruindo aos que se
opõem à verdade; e, se alguém era surpreendido em falta,
restauravam o tal num espírito de mansidão:4 mas, depois de uma
pausa, a ira começou a recuperar seu poder; sim, a impertinência e a
impaciência voltaram até que algumas vezes fossem levados a
retribuir o mal com o mal, a injúria com a injúria.5 XLVI, I, 2
1 Fp 4.7
NOVEMBRO
NOVEMBRO
1 Cl 3.2 22 Co 4.4
Filipenses 2.12-13
NOVEMBRO
paz com Deus, o que não se pode dar sem frutos dignos de
arrependimento.9 XLVI, III, 2-3
1 Is 55.7 2 Nm 6.25 3 Ap 3.2 4 Is 55.3 5 Hb 3.15 6 Is 30.21 7 Hb 3.15 8 At
26.19 9 Mt 3.8
2 Pedro 1.5-6
NOVEMBRO
que deve necessariamente resultar da graça e da paz que reinam no
coração. XLVII, I, 6
11 Pe 1.5 21 Pe 1.14 31 Pe 1.15 41 Pe 1.19 51 Pe 1.22 61 Pe 1.2
Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior
se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso
eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se
veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são
temporais, e as que se não
11 Pe 1.6 2 Lc 21.19
NOVEMBRO
1 1 Pe 5.8
Daí aprendemos que o primeiro e grande fim que Deus tem em vista,
permitindo as tentações que afligem a seus filhos, é a prova de sua
fé que é experimentada por meio delas, assim como o ouro o é pelo
fogo.1 Ora, sabemos que o ouro, submetido ao fogo, é por ele
purificado, separando-se de suas escórias. Assim acontece com a fé
exposta ao fogo da tentação: quanto mais é provada, mais se
purifica; sim, e não somente se purifica, mas também se fortalece,
confirma-se, aumenta-se abundantemente, por outras tantas
evidências de sabedoria e do poder, do amor e da fidelidade de
Deus. Este, portanto, é um gracioso fim que Deus tem em vista,
permitindo aquelas múltiplas tentações aumentar-nos a fé.
Regozijam-se ainda mais, porque as provações que lhes aumentam
a fé e a esperança, também lhes aumentam o
NOVEMBRO
amor – quer sua gratidão para com Deus, em face de todas as suas
misericórdias, quer sua boa vontade para com toda a humanidade. E
isto – o aumento de seu amor – é outro fim para o qual Deus permite
venham sobre eles as tentações. XLVII, IV, 2, 4
11 Pe 1.7
1 Tessalonicenses 4.3-5
Romanos 5.3-4
Todas as aflições terminam naquele grande fim: para que nossa fé,
esperança, amor e santidade possam resultar em louvor1 da parte do
próprio Deus, e honra da parte dos homens e dos anjos. Assim,
todas essas provações são lucros indizíveis. Por muitos modos,
aquelas aflições, que duram só um momento, operam em nosso
favor um mui excessivo e eterno peso de glória! 2 Adicionai a tudo
isso a vantagem que outros podem tirar, contemplando-nos em
nossas aflições. Verificamos pela experiência que o exemplo
geralmente produz mais funda impressão sobre nós do que o
preceito. O exemplo de uma alma tranquila e serena em meio das
tempestades; triste, e, contudo, regozijando-se sem cessar;3
aceitando humildemente o que quer que seja da vontade de Deus,
por mais penoso que isso possa ser à natureza; dizendo, na
enfermidade e na dor: A taça que meu Pai me deu, não a beberei?4
– dizendo, nos prejuízos e nas faltas: O Senhor o deu, o Senhor o
tirou; bendito seja o nome do Senhor! 5 XLVII, IV, 6-7
NOVEMBRO
11 Pe 1.8 22 Pe 1.2
11 Pe 1.6 22 Co 4.17
324
Caminhada Diária - 366 reflexões inspiradas nos textos de John Wesley
DEZEMBRO
1 Lc 9.23 22 Tm 3.5
E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de
mim. Mateus 10.38
DEZEMBRO
1 Sl 100.3 2 Sl 51.5
1 Mc 8.34
Mateus 5.29-30
DEZEMBRO
1 Pedro 5.10
1 Hb 12.10 2 Mt 5.30
DEZEMBRO
1 Ef 2.1 2 Mt 16.24
A Fé Naufragada – Dia 10
Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua
língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
1 Pedro 3.10
Não faleis mal de homem algum ,1 diz o apóstolo Paulo, o que vem a
ser um mandamento tão evidente como não matarás.2 Quem,
entretanto, mesmo entre os cristãos, dá importância a esse
mandamento? Sim, quão poucos são os que chegam mesmo a
compreendê-lo! O que é maledicência? Não é, como alguns supõem,
o mesmo que a mentira ou a calúnia. Tudo quanto o homem diz pode
ser verdadeiro como a Bíblia, e ainda seu falar constituir
maledicência. Porque maledicência é, nem mais, nem menos, do que
dizer mal de uma pessoa ausente, referindo alguma falta que
houvesse sido realmente praticada ou dita por alguém que não se
encontre presente quando se faz a referência. Suponhamos que,
tendo visto um homem embriagado, ou ouvi-lo blasfemar ou xingar,
eu refiro o fato quando ele se encontre ausente: isto é maledicência.
Em nossa linguagem familiar isto é também chamado, e com
extrema propriedade, “falar pelas costas”. Nem há qualquer diferença
material entre isto e o que usualmente chamamos “contar histórias”.
Se a história for contada de modo simples e sereno – talvez com
expressões de boa vontade para com a pessoa – e com esperança
de que as coisas não sejam inteiramente tão más, então chamamos
a isto de cochicho. Mas, qualquer que seja
DEZEMBRO
DEZEMBRO
salário”.
Lucas 3.14
1 Mc 12.31 2 Rm 3.8
DEZEMBRO
11 Jo 2.16
A Honra que Deus Dá – Dia 20
Nada pode ser mais certo do que isto. Gratificar a cobiça dos olhos e
a vaidade da vida1 é só aumentá-las. Quanto mais são permitidos,
mais eles crescem. Todas as vezes, pois, que despendei alguma
coisa para agradar a vosso paladar ou a outros sentidos, estais
contribuindo na mesma proporção para a sensualidade. Quando
gastais dinheiro para agradar a vossos olhos, contribuis para o
aumento da curiosidade por um mais forte apego aos prazeres que
perecem pelo uso. Se comprais alguma coisa que os homens
costumam aplaudir,
DEZEMBRO
11 Jo 2.16 21 Tm 6.10
DEZEMBRO
Deuteronômio 8.17-18
Deus nos confia nossos bens sob esta condição: que os usemos
somente como bens de nosso Senhor, e de acordo com a direção
especial que Ele nos deu em sua Palavra. Sob tais condições Deus
nos confiou nossas almas, nossos corpos, nossos bens e quaisquer
outros talentos que houvermos recebido; mas, para imprimir esta
verdade em nossos corações, é necessário que desçamos aos
pormenores. Primeiro, Deus nos constituiu administradores de nossa
alma, um espírito imortal, feito à imagem de Deus, com todos os
seus poderes e faculdades, entendimento, imaginação, memória,
vontade e um conjunto de afeições, nestas se incluindo ou delas
dependendo outros sentimentos, amor e ódio, alegria e tristeza, no
tocante ao bem ou ao mal presente; desejo e aversão, esperança e
temor, no tocante às coisas vindouras. Tudo isso o apóstolo Paulo
resume em duas palavras, quando diz: A paz de Deus guardará
vossos corações e mentes.1 Talvez que, na verdade, a última palavra
– mentes – melhor se traduza por pensamentos, contanto que
tomemos este vocábulo em seu sentido mais amplo, como toda
percepção da mente, ativa ou passiva. LI, I, 1-2
1 Fp 4.7
DEZEMBRO
1Hb 13.21
DEZEMBRO
1 Mt 25.23
DEZEMBRO