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História

A exploração populacional:
- Esta exploração ocorreu entre 1800-1914 na qual foi registado um
crescimento da população cerca de 80%. Esta acontecimento como foi inédito
na História levou a que se falasse da explosão demográfica (é a aceleração do
crescimento, na qual este fenómeno foi particularmente forte na Europa, na
qual ficou a dever-se à redução drástica da mortalidade e do aumento da
esperança de vida.)
Motivos:
- Redução da mortalidade: este motivo pôs fim ao modelo
demográfico do Antigo Regime. Sendo este explicado por a melhoria da
alimentação, pela evolução da higiene pública e privada e pelos avanços a
medicina;
- Melhoria da alimentação: devido ao aumento da produção
agrícola e a evolução dos meios de transporte fizeram com que as crises de
abastecimento diminuíssem. Com este aumento da produção agrícola fez com
que se pose-se fim à fome;
- Melhoria da higiene e saúde pública: Criaram-se hospitais, e
construíram-se redes de saneamento e de abastecimento de água potável;
- Medicina registou importantes progressos: A vacinação fez com
que as doenças fossem prevenidas, para além disso ouve uma regressão das
doenças infeciosas (varíola, o tifo, a cólera, a raiva e a difteria), criaram-se
também técnicas médicas (termómetro, estetoscópio e o raio X), começaram a
ser efetuadas as operações com anestesia e a prática de desinfeção.

O crescimento das cidades


- A expansão demográfica foi acompanhada pela expansão
urbana, na qual as cidades cresceram em número, superfície e em densidade
populacional.
- Ao crescimento natural das populações foram-se aparecendo os
efeitos do êxodo rural, aconteceu particularmente na Europa em 1850.
- O desemprego aumento, devido as máquinas agrícolas e
também à decadência das pequenas oficias, isto fez com que famílias inteiras
fossem para a cidade, sendo estas atraídas pela possibilidade de emprego e
melhores salários nas fábricas, portos, caminhos de ferro, nos grandes
armazéns e nas casas burguesas.
- A imigração foi também um fator do crescimento urbano, sendo
este proveniente do mundo rural, nacional ou estrangeiro estes procuravam na
cidade além de emprego, a promoção. Essas pessoas queriam ser bem-
sucedidas profissionalmente, socialmente e pessoalmente.
- A emigração foi a consequência da pobreza tanto como o
regresso da navegação e o apelo de novos mundos. Para além das razões
democráticas e políticas houve também razões políticas. Na Rússia uma das
razões foi a perseguição aos judeus então muitos deles emigraram. O principal
país que mais se destacou como destino dos emigrantes foi os Estados
Unidos, pois oferecia liberdade, abundância de terras e facilidade de trabalho.

Unidade e diversidade da sociedade oitocentista:

Sociedade de classes

- As transformações do século XIX alteraram as hierarquias


sociais, tal como retiraram à nobreza os privilégios de nascimento; a afirmação
do capitalismo industrial e financeiro deu força à burguesia, que se impõe no
mundo dos negócios e ascende aos quadros superiores da política; as
migrações maciças transformavam muitos camponeses em assalariados; o
crescimento da administração pública e do setor terciário fez com que
nascessem novas profissões.
- A sociedade de classes permitiu a mobilidade social. As
alavancas da ascensão social eram: o esforço, o trabalho, a poupança, o
investimento e a educação.
- Na sociedade oitocentista distinguiam-se duas grandes classes
sociais: o proletariado (eram aqueles que possuíam nada mais que a sua força
de trabalho) e a burguesia (era possuidora dos meios produtivos e de outros
bens próprios). Porém estas duas grandes classes sociais não eram
homogéneas, pois a burguesia era constituída por grupos muito diversos que
ocupavam lugares diferentes na hierarquia desta sociedade.

A alta burguesia empresarial e financeira


- Era composta por grandes proprietários, empresários industriais,
banqueiros e gestores das grandes companhias de transportes.
- O seu poder económico se perpetuava na família.
- Nos estados unidos as personagens que representavam a alta
burguesia era John Pierpont Morgan, John Rockefeller. Na Alemanha, tínhamos
Thyssen, os Siemens e os Krupp. Na França, Schneider e os Wendel. Na Itália,
Agnelli e Pirelli.
- Os grandes empresários chegavam a ser deputados, ministros e
até presidentes da República. Eles procuravam controlar os mercados, atenuar
a cagar fiscal, impedir o sucesso das reivindicações operárias.
- Esta elite burguesa assegurava também o poder social e
cultural: os seus filhos beneficiavam de um sistema de ensino elitista, lançavam
a moda, difundiam os seus gostos e valores e influenciam a opinião pública.
Comportamentos e valores:
- As elites burguesas, investiam na compra de grandes
propriedades onde se recolhiam durante uma parte do ano, distraindo-se com
caçadas, bailes, receções. Nas cidades eles vivam nas suas confortáveis
residências que eram localizadas nos novos bairros, que cumpriam certas
exigências como o conforto, luxo e tranquilidade. Durante o seu quotidiano
urbano eles lanchavam nos cafés da moda, inauguravam exposições,
compareciam nas corridas de cavalos e assistiam a óperas.
- O seu estilo de vida era marcado pelos padrões de vida
aristocráticos, a alta burguesia assumiu-se como um grupo autocrático. Ao
contrário da velha aristocracia, que beneficiavam dos privilégios ao nascerem,
nasciam num berço de ouro. A estas virtudes burguesas juntou-se a
importância do estudo, da disciplina moral (respeito, honestidade,
solidariedade) que no seio da família se reforçavam e consolidavam.

A proliferação do terciário e o incremento das classes


médias
-As classes médias existem num mundo heterogéneo. Sem
contacto com o trabalho manual e também sem controlarem os grandes meios
de produção.
- As classes médias ilustram bem a mobilidade ascensional da
nova sociedade de classes. Na composição das classes médias integram-se os
pequenos industriais bem como os pequenos proprietários de terras. Porém ao
desenvolver-se o setor terciário as classes médias deveram o seu incremento.
As profissões ligadas ao comércio e os serviços conheceram um crescimento
extraordinário.
- Nos empregados de escritório registou-se uma taxa de
crescimento mais significativo. Nessa altura foram conhecidos os colarinhos
brancos, que se encontravam colocados nas repartições estatais, nas grandes
firmas industriais, nos bancos e nas companhias de seguros.
- As profissões liberais (advogados, médicos, farmacêuticos,
engenheiros, notários, intelectuais, artistas), pouco cresceram desde 1870-
1880 valorizaram-se o saber científico que lhes conferia uma autoridade e
estatuto. Estas profissões liberais tinham vantagens materiais que lhes
advinham da gestão de bens, lucros ou honorários.
- Os professores foram uma profissão de sucesso em finais do
século XIX, estes eram do campesinato que representava a mobilidade social
tão cara às classes médias e à sociedade burguesa. O seu ordenado era
modesto, mas o seu saber era-lhe elogiado.

O conservadorismo das classes médias


- As classes médias assumiram como sua ideia de que o mérito
era a chave de uma vida digna e de ascensão social. O gosto pelo trabalho,
pelo estudo e o sentido da responsabilidade. Procuravam gerir o seu
património, contendo-se nos gastos, isto fazia com que eles tivessem uma
estabilidade financeira com uma boa casa ou uma boa escola para os filhos.
- Eram muito conservadores, pois valorizavam o estatuto de cada
um e respeitavam as hierarquias, as convenções e a ordem estabelecida.
- O seu quotidiano repartia-se entre o trabalho e a família, na qual
impunham uma moral austera. A modéstia, a regularidade dos hábitos de vida,
a vigilância dos cerimoniais sociais e religiosos, o cumprimento das regras de
educação e de cortesia, a compostura e recato no vestir, agir e falar, o respeito
pelo chefe de família e pelas virtudes domésticas que faziam com que estes
traços comportamentais fossem marcantes.
- Destes valores afirmou-se acima de todo a consciência de
classe da burguesia que fazia que os seus membros tivessem uma identidade
própria.

A condição operária
A Revolução Industrial criou as fabricas e isso fez nascer o operário. A
fábrica tal como as máquinas pertencem ao capital.

Condições de trabalho
- Nos séculos XIX, a classe proletária era um grupo heterogéneo
que era constituído por trabalhadores urbanos das fábricas ou minas, a sua
maioria vinha dos camponeses. Homens, mulheres e crianças constituíam uma
mão de obra barata disponível e pouco exigente que era sujeita à
arbitrariedade e à exploração.
-As condições de trabalho eram duríssimas, na qual o dia de
trabalho começava cedo e era iluminado por vezes, a gás, que permitia que
eles trabalhassem pela noite adentro. Trabalhavam 6/7 dias por semana, 12-16
horas por dia, sem férias, feridos e algumas vezes sem descanso dominical.
Para além disso, os horários eram rígidos, com curtas pausas para as refeições
e a vigilância era apertada. Sem normas de saúde ou de segurança, os locais
de trabalho na qual os verões eram quentes e os invernos gelados, ruidosos,
sem alojamento, mal iluminados e sem instalações sanitárias. Nas fábricas e
nas minas, os acidentes sucediam-se como consequência do cansaço, da falta
de supervisão das máquinas, das inundações, do desabamento ou das
explosões.
- Os salários sempre foram muito baixos que estavam
inteiramente à vontade do interesse dos patrões. Em períodos de propriedade
de mão de obra aumentava e os salários também. Por outro lado, em alturas
de crises da indústria os salários eram reduzidos e o desemprego. Os salários
mais baixos eram os das mulheres, estas eram especialmente recrutadas para
trabalhar na indústria têxtil, nas fábricas de fiação e de tecelagem, mas
também trabalhavam nas minas e nas forjas. Elas realizavam os mesmos
trabalhos que os homens e recebiam metade do salário deles.
- As crianças iniciavam muitas vezes a sua vida de trabalho aos 4-
5 anos, porém trabalhavam as mesmas horas que os adultos. Eram mais
requisitados nas fiações onde eram chamadas a recolocar os fios partidos sob
os teares, limpar as bobinas entupidas, ou ficavam encarregadas de
supervisionar. Nas minas, eram responsáveis pela abertura das portas de
ventilação e pelas estreitas galerias que empurravam as pesadas vagonetas
carregadas de carvão e outros materiais.

Condições de vida
- No meio rural a solidariedade aldeã era comum, na qual aos
trabalhadores vivem nas cidades, num quarto miserável. Graças ao alto preço
dos alojamentos urbanos as famílias operárias tinham de viver em pequenos
espaços (caves, sótãos), estes eram compartimento pequenos, escuros,
húmidos, sem água canalizada, sem aquecimento, ou até sem instalações
sanitárias.
- Nos bairros operários iam crescendo para perto das fábricas e
das minas, na qual dava origem à salubridade. As ruas, eram sem
pavimentação, água e os detritos acumulavam-se e ajudavam a criar doenças
(tuberculose, tifo e cólera) e elas se propagarem. Com a ausência de proteção
social aumentou a mendicidade, a prostituição, a delinquência e a
criminalidade.

O movimento operário
Associativismo e sindicalismos
- O movimento operário é o conjunto de ações levadas a cabo
pelos trabalhadores assalariados. O ludismo foi forte entre 1811-1818 na Grã-
Bretanha que levou aos trabalhadores a invadirem as fábricas para destruírem
as máquinas que ameaçavam o seu trabalho e incendiaram também as
habituações dos industriais.
- As primeiras organizações operárias foram sociedade que as
mutualidades ou associações de socorro mútuos. Cada filiado tinha uma
pequena quotização, um fundo comum e uma assistência financeira que em
caso de invalidez, doença, funeral e velhice.
- No sindicalismo (vertente do movimento laboral que se organiza
através de sindicatos). Consistiu na criação de associações de trabalhadores
para defesa dos seus interesses. Os operários contribuíram nas necessárias
quotas e os sindicatos propunham lutar pela melhoria dos salários e das
condições de trabalho, mesmo que fosse necessário o recurso à greve.
- A legalização dos sindicatos e a influência das doutrinas
socialistas concorreram para a força crescente do sindicalismo. Em 1874 as
Trade Unions britânicas eram já organizações com mais de 1 milhão de
aderentes. O dia de trabalho passou a 8 horas, os salários melhoraram e
começou a existe descanso semanal.

As propostas socialistas
- Tinham como objetivos comuns a denuncia dos excessos da
exploração capitalista, a eliminação da miséria operária e a procura de uma
sociedade mais justa e igualitária.

O socialismo utópico
- Distingue-se pelas suas propostas de reforma económica e
social na qual recusava a violência e criou as cooperativas de produção e de
consumo ou pela entrega dos assuntos do Estado a uma elite de homens.
- Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc e Robert Owen foram
alguns pensadores sociais.
- P.-J Proudhon defendia a abolição da propriedade privada.
Originar-se-ia, uma sociedade igualitária de pequenos produtores, capazes de
assegurarem a melhoria das condições sociais sem luta de classes ou
intervenção do Estado.

O marxismo
- O socialismo marxista provem do nome do alemão Karl Marx
que juntamente com Friedrich Engels, em 1848 publicaram “O manifesto
do Partido Comunista”, esta obra marcou de forma profunda o
socialismo e a História que foi portadora de uma nova conceção de
sociedade e deu origem a inúmeros movimentos revolucionários. O
marxismos acrescento aos princípios doutrinários um programa
minucioso de ação.
- Este concluiu que a assente sucessão de modos de produção
diferenciados (o esclavagismo, o feudalismo e o capitalismo) tinham um
modo de produção na qual se deveu à luta de classes entre os
opressores e os oprimidos.
- O modo de produção capitalista, Marx ao analisar este ele
reparou que o salário do operário não correndo ao valor do seu trabalho,
mas sim ao valor dos bens que ele necessita para sobreviver. Desta
forma ele trata da luta de classes que ia ser entre o proletariado e os
burgueses que conduziriam à eliminação do capitalismo. Para este efeito
tornou-se necessário que o proletariado se organiza-se em sindicatos e
em partidos (este conquistavam o poder político e exerciam a ditadura
do proletariado).
- Isto foi na verdade mais uma etapa a anteceder o comunismo,
que era uma sociedade sem classes, sem propriedades privadas e sem
“exploração do homem pelo homem”.

As Internacionais operárias

- Karl Marl e Engels apelavam à união e à solidariedade do


proletariado, isto veio a concretizar-se na criação de associações
internacionais de trabalhadores que ficaram conhecidas por
“Internacionais operárias”, ou simplesmente “Internacionais”. A estas
cabiam-lhe coordenar a luta para o derrube do capitalismo e das
sociedades de classes.
- A I Internacional foi fundada em Londres (1864), a partir da ideia
de que a “emancipação da classe operária será obra dos próprios
trabalhadores”, na qual a greve geral era forma de luta. Contribuiu para a
formação de resistência, para os nacimentos dos partidos operários que
passaram a atuar em numerosos países da Europa. As ideias marxistas
foram uma contradição, que deram origem a diversas visões do
socialismo.
- A II Internacional foi fundada em Paris (1899), Marx já tinha
falecido e F. Engels mantinha-se, os anarquistas foram afastados e esta
propôs o restauro da unidade dos trabalhadores, outra tendência
ideológica se evidenciou (o revisionismo, criado por Eduard Bernstein
em 1850-1932).
- O revisionismo foi baseado na realidade alemã na qual o estado
Burguês foi capaz de proporcionar aos trabalhadores uma legislação
social eficaz. Bernstein defendia o papel da atuação parlamentar e
sindical na consecução. Na qual propõe a evolução pacífica, gradual e
reformista do capitalismo para o socialismo, substituindo a ditadura do
proletariado e a luta de classes por um clima de entendimento entre
todos. Este entendimento fez com que os Estados do mundo ocidental
aperfeiçoassem o seu sistema representativo liberal.
- O direito de voto foi inicialmente restrito a quem estivesse
determinado grau de fortuna e foi alargado a todos as classes
trabalhadoras, dando origem ao sufrágio universal (direito de todos os
cidadãos votarem em eleições). Os parlamentos ganharam força e
consolidaram o sistema político que persiste até aos nossos dias, o
demoliberalismo.
- Em 1914, a II Internacional desapareceu numa conjuntura em
que os apelos ao internacionalismo cediam lugar à defesa das nações.

As transformações políticas
A evolução democrática do sistema representativo, os excluídos da
democracia representativa
- A primeira metade do século XIX caracterizou-se, politicamente,
por um liberalismo moderno. A maioria das constituições vieram por fim ao
poder absoluto dos monarcas na qual reservou o direito de votos aqueles que
tinha um grau de riqueza, ou seja, instituíram o sufrágio censitário.
- O tratamento desigual fez com que a riqueza fosse uma
condição de cidadania. O liberalismo foi caminhando no sentido de uma
participação política mais alargada, na maioria era representado por os
governantes liberais. A evolução foi mais a nível democrático implicou que se
criassem reformas do sistema eleitoral: as restrições financeiras aos exercícios
da cidadania foram então levantadas, a idade do voto reduziu para os 21 anos,
instituiu-se o voto secreto que era mais livre e independente.
- O direito de voto passou a ser igual tanto para pobres como
ricos, porém ainda só os homens podiam votar, porém as mulheres (exceto na
Finlândia em 1906; Noruega 1907) ainda não nem os negros (exceto nos EUA
em 1869) , isto foi considerado que se atingiu o sufrágio universal. O sufrágio
abrangia as classes médias e o proletariado e uma nova classe política surgia.
Os “notáveis”, eram recrutados nas elites burguesas e aristocráticas, eram
substituídos por membros das profissões liberais e até por operários. Os
menos abastados ocupavam lugares na governação, foi então instituída a
remuneração dos cargos políticos através da atribuição de subsídios aos
deputados.

As aspirações de liberdade nos estados autoritários


A Autocracia
- Apesar da publicação das constituições liberais (na Alemanha
em 1871 e na Áustria-Hungria em 1867) e da institucionalização de parlamento
(1905 na Rússia, o Czar Nicolau II) os imperadores mantinham-se como
soberanos autocráticos, ou seja, demitiam os governos quando entendiam,
anulavam as leis e substituição por decretos imperiais, apoiavam-se no exército
para dominar. O poder do Imperador não conhecia limites.
A submissão das nacionalidades
- Os três impérios albergavam no seu seio múltiplos povos:
Império alemão- polacos e dinamarqueses
Império Russo-polacos, bielorrussos, finlandeses,
arménios, georgianos
Império Austro-húngaro- húngaros, romenos, checos,
eslovacos, sérvios e croatas.
- A estes povos não era reconhecido o direito de autonomia. Os
impérios apontando em manter a grandeza e a unidade dos seus territórios,
estes governos imperiais esforçavam-se por contrariar as aspirações de
liberdade dos povos submetidos em contestações e revoltas nacionalistas e
procuravam diluir a cultura e identificar as minorias.
- Na região dos Balcãs o nacionalismo entre os povos
recentemente libertados do Império Turco ( a Bósnia não aceitava a anexação
pela Áustria- Hungria, a Sérvia recusava o enclave resultante da criação da
Albânia e os macedónios caminharam para uma situação política explosiva.)
Em 1914 o arquiduque Francisco Fernando da Áustria foi assassinado por um
nacionalista sérvio, isto fez com que ascendesse a 1º Guerra Mundial.

Os movimentos de unificação nacional


- O nacionalismo alimentou as aspirações de liberdade dos povos
submetidos pelos impérios da Europa Central, na segunda metade do século
XIX, os movimentos de unificação da Itália e da Alemanha. Como um povo
unido por laços étnicos, linguísticos, culturais e por uma história comum,
Italianos e Alemães lutaram para formar um estado: a Itália unificou-se em
1861, sob a liderança de Vitor Emmanuel II; na Alemanha o projeto de Otto Von
Bismark do 2º império foi concluído 1 década mais tarde (1871) com o Kaiser
Guilherme I como rei.

Os afrontamentos imperialistas: o domínio da Europa sobre o


mundo
Imperialismo e colonialismo
- A partir dos meados do século XIX, a Europa consolidou o seu
poder sobre o mundo. A nova fase da expansão europeia ficou conhecida como
imperialismo, que era um domínio completo de extensos territórios, as colónias;
controlo político indireto, pelo estabelecimento de protetorados; controlo
económico, através de concessões, em troca de execução de grandes
trabalhos públicos. Territórios noutros continentes eram possuídos por os
impérios, formando-se assim o colonialismo.
- Motivos económicos, culturais e políticos explicam este novo
surto imperialista. A ocupação e exploração económica dos novos territórios
garantiam a produção de matérias-primas baratas, necessárias à indústria e à
criação de novos mercados. O novo expansionismo assume também uma “
missão civilizadora” vistas como “primitivas” e “inferiores” a quem as nações
colonizadoras desejavam proporcionar os benefícios da ciência e da instrução
e da evangelização.
- A extensão dos territórios coloniais e alargamento das áreas de
influência tinham como objetivos das grandes nações afirmar o seu poder e
superioridade no mundo.
- O continente africano foi especialmente cobiçado 1884-1885 na
Conferência de Berlim, as grandes potências definiram entre si as regras
da partilha de África. A conferência consagrou o princípio da ocupação efetiva
do território. O imperialismo europeu atingiu também a ásia onde os ingleses
dominavam o extenso território do Indostão, os Franceses (Indochina), os
Holandeses (Indonésia).

As rivalidades Imperialistas
-África: os Ingleses e Franceses chocavam com os alemães, pois
a ocupação do Sudoeste Africano estava ocupada pelos alemães estava a
impedir a realização do sono dos britânicos que era “unir o Cairo ao Cano”, a
França contrariou os alemães ao quererem dominar quase todo o Magrebe
(Marrocos que era partilhado com Espanha, Argélia e Tunísia);
- Ásia: Os russos alcançaram o Extremo Oriente onde se
confrontaram com o império japonês. A disputa pelos territórios da Manchúria e
da Coreia fez com que acontecesse uma guerra (1904-1905) onde a Rússia
saiu derrotada e humilhada;
- Balcãs: Os russos e os Autro-Húngaros disputavam entre si os
territórios do Império Otomano;
- Em 1914 a Europa dominava o mundo, na qual algumas zonas
de influência japonesa, norte-americana e otomana se encontraram submetidas
à Europa. As rivalidades imperialistas e os nacionalistas fomentavam crises e
punham em causa a segurança mundial, viviam-se com o efeito de um clima de
paz armada que em 1914 foi destruída pela 1ª Guerra Mundial.

A questão colonial e o Ultimato Britânico


- Na segunda metade do século XIX, os progressos da Revolução
Industrial deram um novo impulso ao imperialismo europeu. Sobre vastas
regiões do mundo proporcionava as tão desejadas matérias-primas e abria-lhe
grandes mercados. Ter colónias tornou-se, nesta altura, sinónimo de poder e
prestígios, desencantando uma autêntica corrida aos territórios da África que
se encontravam ainda por explorar.
- O intenso colonialismo atingiu Portugal que procurou proteger os seus
territórios. Organizaram-se missões de exploração e reconhecimento do
território africano. A sociedade de Geografia de Lisboa elaborou um projeto de
ocupação do território africano que ligava, numa faixa contínua, Angola a
Moçambique.
- O mapa cor-de-rosa e que os governos e do rei D.Luís se esforçaram
por concretizar as pretensões inglesas de dominar uma faixa contínua no
sentido norte-sul, “do Cabo ao Cairo”. Em 11 de janeiro de 1890, o governo
britânico enviou a Portugal um Ultimato em que impunha, sob pena de corte
diplomático, a retirada portuguesa das áreas em disputa. O governo e o
conselho de Estado reuniram-se de imediato com o jovem rei D. Carlos, este
temendo dar à Inglaterra a oportunidade de conseguir pela força de territórios
mais vasto, então decide ceder às exigências britânicas. Esta notícia ao ser
divulgada, a opinião do povo mobilizou-se como nunca tinha acontecido,
sucedendo-se de manifestações anti-inglesas. A Pátria estava de “luto” então
espalhou-se a ideia de que só a República podia salvar, como tal começou a
ideia de um movimento militar para a substituição do regime começando a ter
corpo entre os republicanos. No Porto, dia 31 de janeiro de 1891, a primeira
tentativa de derrubar a monarquia aconteceu, foi mal-organizada precisavam
de apoios financeiros e sem a cooperação das elites republicanas e dos
quadros superiores do exército, a revolta acabou por fracassar.

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