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A exploração populacional:
- Esta exploração ocorreu entre 1800-1914 na qual foi registado um
crescimento da população cerca de 80%. Esta acontecimento como foi inédito
na História levou a que se falasse da explosão demográfica (é a aceleração do
crescimento, na qual este fenómeno foi particularmente forte na Europa, na
qual ficou a dever-se à redução drástica da mortalidade e do aumento da
esperança de vida.)
Motivos:
- Redução da mortalidade: este motivo pôs fim ao modelo
demográfico do Antigo Regime. Sendo este explicado por a melhoria da
alimentação, pela evolução da higiene pública e privada e pelos avanços a
medicina;
- Melhoria da alimentação: devido ao aumento da produção
agrícola e a evolução dos meios de transporte fizeram com que as crises de
abastecimento diminuíssem. Com este aumento da produção agrícola fez com
que se pose-se fim à fome;
- Melhoria da higiene e saúde pública: Criaram-se hospitais, e
construíram-se redes de saneamento e de abastecimento de água potável;
- Medicina registou importantes progressos: A vacinação fez com
que as doenças fossem prevenidas, para além disso ouve uma regressão das
doenças infeciosas (varíola, o tifo, a cólera, a raiva e a difteria), criaram-se
também técnicas médicas (termómetro, estetoscópio e o raio X), começaram a
ser efetuadas as operações com anestesia e a prática de desinfeção.
Sociedade de classes
A condição operária
A Revolução Industrial criou as fabricas e isso fez nascer o operário. A
fábrica tal como as máquinas pertencem ao capital.
Condições de trabalho
- Nos séculos XIX, a classe proletária era um grupo heterogéneo
que era constituído por trabalhadores urbanos das fábricas ou minas, a sua
maioria vinha dos camponeses. Homens, mulheres e crianças constituíam uma
mão de obra barata disponível e pouco exigente que era sujeita à
arbitrariedade e à exploração.
-As condições de trabalho eram duríssimas, na qual o dia de
trabalho começava cedo e era iluminado por vezes, a gás, que permitia que
eles trabalhassem pela noite adentro. Trabalhavam 6/7 dias por semana, 12-16
horas por dia, sem férias, feridos e algumas vezes sem descanso dominical.
Para além disso, os horários eram rígidos, com curtas pausas para as refeições
e a vigilância era apertada. Sem normas de saúde ou de segurança, os locais
de trabalho na qual os verões eram quentes e os invernos gelados, ruidosos,
sem alojamento, mal iluminados e sem instalações sanitárias. Nas fábricas e
nas minas, os acidentes sucediam-se como consequência do cansaço, da falta
de supervisão das máquinas, das inundações, do desabamento ou das
explosões.
- Os salários sempre foram muito baixos que estavam
inteiramente à vontade do interesse dos patrões. Em períodos de propriedade
de mão de obra aumentava e os salários também. Por outro lado, em alturas
de crises da indústria os salários eram reduzidos e o desemprego. Os salários
mais baixos eram os das mulheres, estas eram especialmente recrutadas para
trabalhar na indústria têxtil, nas fábricas de fiação e de tecelagem, mas
também trabalhavam nas minas e nas forjas. Elas realizavam os mesmos
trabalhos que os homens e recebiam metade do salário deles.
- As crianças iniciavam muitas vezes a sua vida de trabalho aos 4-
5 anos, porém trabalhavam as mesmas horas que os adultos. Eram mais
requisitados nas fiações onde eram chamadas a recolocar os fios partidos sob
os teares, limpar as bobinas entupidas, ou ficavam encarregadas de
supervisionar. Nas minas, eram responsáveis pela abertura das portas de
ventilação e pelas estreitas galerias que empurravam as pesadas vagonetas
carregadas de carvão e outros materiais.
Condições de vida
- No meio rural a solidariedade aldeã era comum, na qual aos
trabalhadores vivem nas cidades, num quarto miserável. Graças ao alto preço
dos alojamentos urbanos as famílias operárias tinham de viver em pequenos
espaços (caves, sótãos), estes eram compartimento pequenos, escuros,
húmidos, sem água canalizada, sem aquecimento, ou até sem instalações
sanitárias.
- Nos bairros operários iam crescendo para perto das fábricas e
das minas, na qual dava origem à salubridade. As ruas, eram sem
pavimentação, água e os detritos acumulavam-se e ajudavam a criar doenças
(tuberculose, tifo e cólera) e elas se propagarem. Com a ausência de proteção
social aumentou a mendicidade, a prostituição, a delinquência e a
criminalidade.
O movimento operário
Associativismo e sindicalismos
- O movimento operário é o conjunto de ações levadas a cabo
pelos trabalhadores assalariados. O ludismo foi forte entre 1811-1818 na Grã-
Bretanha que levou aos trabalhadores a invadirem as fábricas para destruírem
as máquinas que ameaçavam o seu trabalho e incendiaram também as
habituações dos industriais.
- As primeiras organizações operárias foram sociedade que as
mutualidades ou associações de socorro mútuos. Cada filiado tinha uma
pequena quotização, um fundo comum e uma assistência financeira que em
caso de invalidez, doença, funeral e velhice.
- No sindicalismo (vertente do movimento laboral que se organiza
através de sindicatos). Consistiu na criação de associações de trabalhadores
para defesa dos seus interesses. Os operários contribuíram nas necessárias
quotas e os sindicatos propunham lutar pela melhoria dos salários e das
condições de trabalho, mesmo que fosse necessário o recurso à greve.
- A legalização dos sindicatos e a influência das doutrinas
socialistas concorreram para a força crescente do sindicalismo. Em 1874 as
Trade Unions britânicas eram já organizações com mais de 1 milhão de
aderentes. O dia de trabalho passou a 8 horas, os salários melhoraram e
começou a existe descanso semanal.
As propostas socialistas
- Tinham como objetivos comuns a denuncia dos excessos da
exploração capitalista, a eliminação da miséria operária e a procura de uma
sociedade mais justa e igualitária.
O socialismo utópico
- Distingue-se pelas suas propostas de reforma económica e
social na qual recusava a violência e criou as cooperativas de produção e de
consumo ou pela entrega dos assuntos do Estado a uma elite de homens.
- Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc e Robert Owen foram
alguns pensadores sociais.
- P.-J Proudhon defendia a abolição da propriedade privada.
Originar-se-ia, uma sociedade igualitária de pequenos produtores, capazes de
assegurarem a melhoria das condições sociais sem luta de classes ou
intervenção do Estado.
O marxismo
- O socialismo marxista provem do nome do alemão Karl Marx
que juntamente com Friedrich Engels, em 1848 publicaram “O manifesto
do Partido Comunista”, esta obra marcou de forma profunda o
socialismo e a História que foi portadora de uma nova conceção de
sociedade e deu origem a inúmeros movimentos revolucionários. O
marxismos acrescento aos princípios doutrinários um programa
minucioso de ação.
- Este concluiu que a assente sucessão de modos de produção
diferenciados (o esclavagismo, o feudalismo e o capitalismo) tinham um
modo de produção na qual se deveu à luta de classes entre os
opressores e os oprimidos.
- O modo de produção capitalista, Marx ao analisar este ele
reparou que o salário do operário não correndo ao valor do seu trabalho,
mas sim ao valor dos bens que ele necessita para sobreviver. Desta
forma ele trata da luta de classes que ia ser entre o proletariado e os
burgueses que conduziriam à eliminação do capitalismo. Para este efeito
tornou-se necessário que o proletariado se organiza-se em sindicatos e
em partidos (este conquistavam o poder político e exerciam a ditadura
do proletariado).
- Isto foi na verdade mais uma etapa a anteceder o comunismo,
que era uma sociedade sem classes, sem propriedades privadas e sem
“exploração do homem pelo homem”.
As Internacionais operárias
As transformações políticas
A evolução democrática do sistema representativo, os excluídos da
democracia representativa
- A primeira metade do século XIX caracterizou-se, politicamente,
por um liberalismo moderno. A maioria das constituições vieram por fim ao
poder absoluto dos monarcas na qual reservou o direito de votos aqueles que
tinha um grau de riqueza, ou seja, instituíram o sufrágio censitário.
- O tratamento desigual fez com que a riqueza fosse uma
condição de cidadania. O liberalismo foi caminhando no sentido de uma
participação política mais alargada, na maioria era representado por os
governantes liberais. A evolução foi mais a nível democrático implicou que se
criassem reformas do sistema eleitoral: as restrições financeiras aos exercícios
da cidadania foram então levantadas, a idade do voto reduziu para os 21 anos,
instituiu-se o voto secreto que era mais livre e independente.
- O direito de voto passou a ser igual tanto para pobres como
ricos, porém ainda só os homens podiam votar, porém as mulheres (exceto na
Finlândia em 1906; Noruega 1907) ainda não nem os negros (exceto nos EUA
em 1869) , isto foi considerado que se atingiu o sufrágio universal. O sufrágio
abrangia as classes médias e o proletariado e uma nova classe política surgia.
Os “notáveis”, eram recrutados nas elites burguesas e aristocráticas, eram
substituídos por membros das profissões liberais e até por operários. Os
menos abastados ocupavam lugares na governação, foi então instituída a
remuneração dos cargos políticos através da atribuição de subsídios aos
deputados.
As rivalidades Imperialistas
-África: os Ingleses e Franceses chocavam com os alemães, pois
a ocupação do Sudoeste Africano estava ocupada pelos alemães estava a
impedir a realização do sono dos britânicos que era “unir o Cairo ao Cano”, a
França contrariou os alemães ao quererem dominar quase todo o Magrebe
(Marrocos que era partilhado com Espanha, Argélia e Tunísia);
- Ásia: Os russos alcançaram o Extremo Oriente onde se
confrontaram com o império japonês. A disputa pelos territórios da Manchúria e
da Coreia fez com que acontecesse uma guerra (1904-1905) onde a Rússia
saiu derrotada e humilhada;
- Balcãs: Os russos e os Autro-Húngaros disputavam entre si os
territórios do Império Otomano;
- Em 1914 a Europa dominava o mundo, na qual algumas zonas
de influência japonesa, norte-americana e otomana se encontraram submetidas
à Europa. As rivalidades imperialistas e os nacionalistas fomentavam crises e
punham em causa a segurança mundial, viviam-se com o efeito de um clima de
paz armada que em 1914 foi destruída pela 1ª Guerra Mundial.