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A SOCIEDADE

DO SÉCULO XIX

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SÉCULO XIX

A População no séc. XIX

O crescimento populacional, que se verificara já na segunda metade do século


XVIII, atingiu no século XIX um ritmo espantoso em consequência da revolução
industrial.
Diminuição da Mortalidade, devido a:
•Mais higiene
•Progressos na medicina
•Desenvolvimento dos transportes e do comércio
•Melhoria das condições de vida

Revolução Demográfica

Maior Empobre- Desenvol- Emigração


Consumo cimento vimento e
das cresciment
camadas o das
populares cidades EUA
Maior Canadá
Produção Austrália
Nova
Zelândia
2 Argentina
Brasil
SÉCULO XIX

Desenvolvimento das cidades

Nova Iorque

Coimbra
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SÉCULO XIX

A sociedade de classes
• Acontecimentos:

• o triunfo das revoluções liberais em ambos os lados do Atlântico


• a igualdade de todos os cidadãos perante a lei
• a universalização do direito de voto

• Implicaram:

• o desaparecimento do Antigo Regime


• o fim da sociedade de classes estabelecidas por nascimento

• Surge uma nova sociedade de classes:

• teoricamente mais aberta e dinâmica


• em que a mobilidade social ascendente era possível.

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SÉCULO XIX

A sociedade de classes

 A posição pessoal de um indivíduo na sociedade depende dos seus


méritos próprios - é a sociedade da oportunidade.

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SÉCULO XIX

A classe burguesa do séc XIX

A nova ideologia permitiu sobretudo a ascensão da burguesia, em


especial dos empresários ligados à indústria e à atividade financeira que,
até aos princípios do século XIX, exerceram uma indiscutível supremacia
nos planos social e político.

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SÉCULO XIX

O novo modo de vida ditado pela burguesia


O modo de vida passa a ser o do ”Self-Made Man”:

• em que o homem se faz a si próprio,


apoiado no seu esforço individual

• e utiliza o trabalho e a poupança


como mecanismos para alcançar:

• o êxito individual

• a fortuna

• a posição social

Caricatura de Self-Made Man

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SÉCULO XIX

O escalonamento social da burguesia


Novas bases de afirmação social:

o dinheiro, a cultura, e o prestígio.

determinam novas classes no seio da burguesia

Sociedade Burguesa

Alta Burguesia Média Burguesia Pequena Burguesia

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SÉCULO XIX

Alta Burguesia

Ligada ao grande comércio, indústria ou banca.


Culta e requintada.
Tinha um estilo de vida sumptuoso:
 belas residências;
 inúmeras propriedades;
 cultivava as aparências;
 era metódica e organizada;
Desenvolveu uma vida familiar e social sofisticada:
 rodeava-se de conforto no lar;
 fornecia aos filhos uma educação superior;
 organizava grandes recepções, bailes e outras festas;
 viajava com frequência.
Controlava o poder económico e político.

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SÉCULO XIX

Alta Burguesia

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SÉCULO XIX

Média burguesia

Média Burguesia
 constituída por elementos de profissões liberais:
 pequenos industriais
 altos quadros do Estado - “colarinhos brancos”
 professores do ensino médio e superior
 militares de carreira
 culta, interessava-se pela ciência, história e arqueologia
conservadora, perconceituosa, puritana e com uma moral rígida.
 respeito pela hierarquia, instituições, dinheiro, poder e religião
 com grande ambição e procurando ascender à alta burguesia
 defendia os valores e as virtudes da burguesia tradicional
 respeito pela família como baluarte da sociedade

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SÉCULO XIX

Média burguesia

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SÉCULO XIX

Pequena Burguesia

Pequena Burguesia

 constituída por:
 pequenos comerciantes
 baixo funcionalismo
 professores primários
seguia o modelo da média burguesia
temia a decadência que a proletarizaria
invejava e criticava a alta burguesia

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SÉCULO XIX

Pequena Burguesia

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SÉCULO XIX

O Proletariado industrial

• Os proletariados:
 permaneciam nos centros industriais,
onde encontravam trabalho;
 eram os operários que formaram
uniões profissionais para propor justiça
social e uma melhor distribuição da
riqueza nas sociedades.

Assim, o proletariado é uma condição económica-social cujos membros


possuem como único meio de subsistência a sua força de trabalho e não
necessitam de uma aprendizagem prolongada, pois ficavam escravizados a
uma máquina.
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SÉCULO XIX

Os salários
• os salários dos operários eram baixos, o que os manteve no limiar do
mínimo de sobrevivência;

• os operários que se encontravam numa situação de emprego com contrato


periódico recebiam salários ainda menores.

A necessidade de sobreviver generalizou o emprego às mulheres e às


crianças, cuja força de trabalho, passou a ser preferida pelos patrões pois:

 usavam-na para diminuir os custos de produção, visto que estas recebiam


salários inferiores aos masculinos.
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SÉCULO XIX

As condições de trabalho desumanas:

• Grande parte das indústrias funcionava


em espaços degradados e impróprios,
como caves ou barracões
improvisados;

• Os operários aglomeravam-se às
dezenas nesses espaços frios e
húmidos, mal iluminados e arejados,
12 horas seguidas.

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SÉCULO XIX

As condições de vida

 Os salários de miséria que os operários


recebiam não lhes servia para muito face à
subida constante do custo de vida.
 Assim, os operários viram afastados das
refeições os bens alimentares mais caros. E
sendo sujeitos a esforços físicos e a pouco
descanso, os seus organismos enfraqueciam
com rapidez, originando doenças.
 A situação agravava-se com as más condições
de habitação:

• O alto preço de alojamento e a ausência de


construções especificas para operários levou-os
para velhos prédios improvisados e degradados.
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SÉCULO XIX

Os alojamentos sem condições:

 Os compartimentos eram escuros e muitos sem ventilação direta para o


exterior;

 Não permitiam a privacidade do casal em relação aos filhos; dos irmão em


relação às irmãs, dos vizinhos entre si;

 Raramente possuíam fornecimento direto de água ou de gás, de


iluminação e de aquecimento;

 As instalações sanitárias, quando existiam, eram comuns a várias famílias


e colocadas no exterior dos apartamentos;
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SÉCULO XIX

A degradação familiar

As más condições de vida e de trabalho alteraram os hábitos e


costumes dos operários e determinaram a destruição das relações
familiares:

 os esposos maltratavam-se;
 as ligações conjugais desfaziam-se com
facilidade;
 a taxa do abandonou infantil era
elevada;
 e o desrespeito dos filhos pelos pais
acentuou-se.
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SÉCULO XIX

Os vícios

A má vida que as famílias operárias levavam permitiu a presença


de vários vícios:

 o alcoolismo;
 a prostituição;
 a vagabundagem;
 a mendicidade;
 a marginalidade;
 e o crime.

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A miséria humana chamou a atenção de:

que mencionavam a miséria nas suas


obras, que contribuíram para uma
 Artistas
 Escritores crescente tomada de consciência dos
 Poetas desníveis sociais.

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Novas teorias socialistas

 Igualdade de oportunidades das classes trabalhadoras.


 Igualdade no tratamento jurídico, político.
 Regalias de caracter social.
 Solidariedade operária.

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Aparecimento de novas ideologias

• A classe operária tomou consciência de que tinha de lutar e se organizar.


Apareceram os primeiros:

Sindicatos

• A Inglaterra foi o primeiro País pioneiro a criar as chamadas “Trade Unions”


e as primeiras associações de trabalhadores, que posteriormente se
expandiram por toda a Europa.
- Estes lutavam por melhores salários e por melhores condições de
trabalho.
- E pela dignidade da condição do trabalhador.

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Alguns marcos importantes:
Contudo, todo este esforço não foi em vão, pois algumas vitórias foram alcançadas nas
suas manifestações, nas suas greves e nas suas negociações, tendo conseguido alguns
marcos importantes:

• Direito à negociação de contratos coletivos de trabalho (férias, faltas,


horários, descanso semanal, assistência em caso de doença ou
acidente de trabalho).
• Direito à higiene e salubridade nos locais de trabalho.
• Direito a um sistema de segurança social.
• Direito à greve.
• Aparecimento das primeiras leis de proteção ao trabalho feminino e
infantil.
Adaptado de Ana Fraga, Mafalda Coutinho e
Mariana Peixoto.

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