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PROGRAMAS AMBIENTAIS
A partir do conjunto de impactos ambientais identificados para o
empreendimento em questão, foram elaborados os programas ambientais,
que possuem como objetivo principal mitigar, controlar, monitorar, recuperar
ou compensar os impactos negativos e potencializar os impactos positivos
associados à implantação, operação e desativação do empreendimento.
Os programas ambientais serão implantados nas diferentes fases do projeto,
visando garantir a viabilidade da implantação e a qualidade ambiental das
áreas de influência do empreendimento.
Os programas propostos e detalhados neste capítulo apresentam a seguinte
estrutura:
+ Justificativa: descreve a natureza do programa e a contextualização do
mesmo em relação ao empreendimento, justificando sua pertinência;
+ Objetivos: define os objetivos gerais e específicos do programa para
se atingir os resultados esperados;
+ Abrangência e Público-Alvo: define a abrangência, em termos de área,
e as partes interessadas envolvidas no programa;
+ Metodologia e Descrição das Atividades: elenca as ações necessárias à
execução do Programa, e propõe seu acompanhamento ao longo do
projeto;
+ Indicadores Ambientais e Procedimentos para Acompanhamento e
Avaliação: define os indicadores a serem avaliados ao longo de toda a
implantação do empreendimento, bem como a forma de
acompanhamento e periodicidade dos mesmos.
+ Duração e Etapa de Implementação: indica a fase de aplicação do
Programa e ordena a sequência das ações propostas;
+ Responsabilidade: define os responsáveis pela implementação do
Programa;
+ Resultados Esperados: descreve os principais resultados a serem
atingidos com a implementação do programa.
Sendo assim, as medidas propostas estão organizadas em 25 Programas
Ambientais, cujos objetivos e conteúdos básicos foram definidos pela equipe
responsável pela elaboração do EIA e aprovados pelo empreendedor,
apresentados segundo quatro tipologias de ações:
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Quadro 10-1 - Tipologias dos programas ambientais
Programas que definem ações Programas que definem ações Programas cujas ações estão Programas que se destinam
destinadas ao controle das ações destinadas à mitigação dos centradas no estabelecimento de aos impactos ambientais
impactantes ou à mitigação dos impactos ambientais comunicação entre empreendedor e avaliados como negativos,
impactos ambientais avaliados como avaliados como negativos, os segmentos envolvidos. Visa ainda a cuja ocorrência não há
negativos, visando inibir sua visando inibir sua ocorrência sensibilização ambiental e cultural como inibir.
ocorrência ou reduzir sua intensidade. ou reduzir sua intensidade. com intuito de mudar o
Têm como objetivo verificar e comportamento e atitudes em relação
monitorar a eficácia das ações de ao meio ambiente natural e
controle, indicando a necessidade ou construído, no qual a comunidade
não de ajustes. atua.
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A seguir são apresentados os programas de acordo com as tipologias
mencionadas:
Quadro 10-2 – Lista de programas ambientais
Programas Ambientais
Programas de
Programa de Resgate de Germoplasma Vegetal – PRGV
Mitigação
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Programas Ambientais
Programas de
Programa de Compensação Ambiental (PCA)
Compensação
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10.1. Programa de Gestão Ambiental (PGA)
10.1.1. Justificativa
O Programa de Gestão Ambiental (PGA) corresponde ao conjunto de ações
sistematizadas na forma de medidas e procedimentos de gestão de processos
técnicos, que visam a adequada condução e o monitoramento da implantação
dos demais programas ambientais voltados para o monitoramento,
mitigação, controle e potencialização de impactos ambientais decorrentes do
Projeto DM1 – Lavra e Beneficiamento de Minério de Zinco e Chumbo.
Este programa possui um caráter dinâmico por se adequar ao longo do tempo
em função das necessidades identificadas no desenvolvimento dos demais
programas ambientais durante as fases de implantação, operação e
desativação do empreendimento.
Desta forma, para gerenciar os programas ambientais propostos, torna-se
imprescindível a elaboração de uma estrutura gerencial que permita garantir
que a execução dos planos e programas ambientais ocorra de forma integrada
e satisfatória e dentro dos preceitos estabelecidos pela lei e pelos órgãos
ambientais na expedição de suas respectivas licenças.
10.1.2. Objetivos
10.1.4.1. Planejamento
A principal premissa referente ao PGA é a independência de realização do
presente programa em relação ao andamento da obra propriamente dita, o
que garante a efetividade do programa, estando o gerenciamento ambiental
subordinado a um único coordenador, para que possam ser tomadas as
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decisões referentes à execução das ações ambientais com ampla autonomia.
A garantia dessa independência se dá através da vinculação dessa
coordenação diretamente ao empreendedor, ou seja, a fiscalização ambiental
será realizada por empresa a ser contratada pelo empreendedor,
independentemente da construtora.
O planejamento das atividades ambientais a serem desenvolvidas no decorrer
da implantação do empreendimento compreende:
+ Realização de reuniões para definição das estratégias para
concretização das ações previstas nos programas ambientais,
estipulando planos de ação com responsáveis, modo de execução e
prazos.
+ Elaboração de formulários padronizados para relato das observações
de cunho ambiental decorrentes de constatações de campo e
itemização da documentação a ser utilizada como evidência de
atendimento a requisitos legais, procedimentos e instruções de
trabalho, condicionantes de licenças, e outros requisitos.
+ Definição de parâmetros para contratação de empresas executoras das
obras e dos serviços, visando à contratação de empresas capazes de
executar as ações previstas nos programas ambientais.
10.1.4.2. Desenvolvimento
Esta etapa compreende a elaboração e execução das seguintes atividades:
+ Reuniões com os profissionais envolvidos, representantes dos órgãos
ambientais, poder público, comunidade e instituições interessadas, a
respeito do desenvolvimento dos programas ambientais afetos ao
projeto.
+ Contratação de equipes especializadas no período necessário para a
implantação das ações relacionadas ao desenvolvimento dos
programas ambientais.
+ Desenvolvimento de gerenciamento financeiro integrado de todos os
programas ambientais para otimização dos recursos necessários e
disponíveis.
+ Revisão, adequação e complementação, quando necessário, das
atividades que constituem os programas ambientais propostos no
âmbito do presente Estudo de Impacto Ambiental, tendo-se em vista
eventuais modificações no projeto executivo.
+ Reuniões periódicas com os profissionais envolvidos na condução dos
programas ambientais para discussões sobre procedimentos,
propostas e resultados.
+ Monitoramento e avaliação do desenvolvimento dos programas
ambientais, através de acompanhamento de campo e relatórios.
+ Fiscalização das obras para garantir a implementação das medidas e
programas propostos e discussão com o responsável pelas obras, a
respeito das não conformidades ambientais, encaminhando propostas
de ações corretivas pertinentes a cada caso.
+ Emissão de relatórios de inspeção ambiental, avaliando as atividades
e condições da obra quanto às questões ambientais, de saúde e
segurança do trabalho.
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+ Interlocução com órgãos ambientais, respondendo a eventuais
solicitações.
+ Elaboração periódica de relatórios discriminando condições da obra e
andamento dos programas.
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10.1.6. Duração e Etapa de Implementação
O Programa de Gestão Ambiental terá início na fase de planejamento e
prosseguirá por toda a fase de implantação, operação e desativação do
empreendimento, tendo em vista a implementação dos programas de
monitoramento em todas as fases do empreendimento, conforme
cronograma a seguir.
Quadro 10.1.6-1 – Etapa de Implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Gestão
Ambiental (PGA) n n n n
Elaboração: Tetra Mais, 2018.
10.1.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implantação do PGA será do empreendedor, incluindo
sua concepção, detalhamento, montagem e estruturação da equipe técnica.
Este programa deverá ser executado por uma equipe de profissionais
experientes e capacitados a coordenar e supervisionar o desenvolvimento do
presente programa, propiciando a integração dos demais programas
ambientais propostos para o empreendimento.
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10.2. Programa de Controle Ambiental das Obras (PCAO)
10.2.1. Justificativa
Face às intervenções processadas no meio ambiente com potencial poluidor,
decorrentes das atividades da construção do empreendimento, faz-se
necessário a elaboração de um programa que evidencie as ações necessárias
ao gerenciamento ambiental do empreendimento de forma preventiva a fim
de evitar e/ou minimizar os impactos negativos intrínsecos às obras.
Para tanto, o Programa de Controle Ambiental das Obras (PCAO) do Projeto
DM1 foi elaborado compreendendo as atividades e procedimentos para
proporcionar as adequações ambientais, de acordo com a legislação vigente.
Este programa contempla a necessária estruturação e organização de
atividades e tarefas a serem desempenhadas, com a respectiva atribuição de
responsabilidades pela execução e controle destas. Para tanto, deve-se
realizar um planejamento adequado junto às empresas construtoras para se
definir os principais cuidados a serem tomados durante todo o andamento
dos trabalhos, fundamentados pelo atendimento às condicionantes
ambientais e legislação aplicável.
As exigências ambientais impostas pela legislação em vigor requerem do
empreendedor o acompanhamento intensivo das obras, visando prevenir,
controlar ou corrigir eventuais imprevistos que possam surgir durante seu
andamento. Dessa forma, justifica-se a execução do PCAO para que o
empreendimento seja implantado com base nas melhores práticas ambientais
vigentes possibilitando que medidas de recuperação e proteção ambiental
sejam aplicadas de forma eficaz.
O PCAO fornecerá às empreiteiras/contratadas responsáveis pela
implantação do projeto os critérios ambientais e os procedimentos a serem
adotados durante as obras. Caberá às empresas responsáveis pela
construção das estruturas do empreendimento conciliar as atividades
relativas à execução das obras com ações de controle e medidas de mitigação
ambiental, garantindo a minimização dos potenciais impactos previstos nesta
etapa.
10.2.2. Objetivos
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controle dentro dos métodos construtivos, prevenindo e controlando a
ocorrência de impactos negativos associados ao desenvolvimento das
obras.
+ Garantir que os responsáveis pela obra e os trabalhadores tomem
conhecimento de informações técnicas, diretrizes e critérios ambientais
a serem seguidos no desenvolvimento das obras, de forma a promover
conduta ambientalmente adequada.
+ Garantir que as atividades construtivas ocorram somente dentro das
áreas de trabalho, áreas constantes no processo de licenciamento
ambiental e com o acompanhamento técnico ambiental permanente
das obras para que o controle ambiental sistemático das obras seja
desenvolvido com estrita observância à legislação aplicável.
+ Instruir os trabalhadores para que observem as condições de saúde,
segurança e questões ambientais, tendo por objetivo prevenir a
ocorrência de acidentes e impactos ambientais na área de intervenção
do empreendimento e no seu entorno, bem como a disseminação de
doenças de veiculação hídrica e infectocontagiosas.
+ Maximizar o potencial local de contratação de mão de obra e de
insumos;
+ Garantir que a supressão ocorra no polígono determinado evitando a
retirada de cobertura vegetal desnecessária.
+ Prevenir, controlar e conter o desenvolvimento de processos erosivos
e o carreamento de sedimentos.
+ Prevenir, controlar e conter a dispersão de material particulado no
período de obra.
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+ Toda e qualquer operação de remoção de vegetação só poderá ser
iniciada mediante autorização expressa do Gestor Ambiental do
empreendedor;
+ As equipes responsáveis pela supressão da vegetação deverão receber
treinamento;
+ Piqueteamento e demarcação de área de supressão da vegetação local
para garantir que o desmatamento respeite os limites de intervenção
autorizados pelos órgãos ambientais licenciadores;
+ Direcionamento da queda das árvores dentro da área delimitada para
supressão e qualquer árvore ou tronco que cair além do limite pré-
estabelecido será imediatamente removido para evitar acidentes e
obstrução de passagem;
+ Armazenamento adequado da camada orgânica do solo para posterior
utilização em áreas objeto de recuperação ambiental.
O monitoramento e controle de resíduos sólidos durante as obras deverá
seguir as diretrizes para a gestão dos resíduos descritas no Programa de
Gestão dos Resíduos Sólidos, apresentado mais adiante, neste capítulo.
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pluviais como pela ação do vento, para impedir que ocorram processos
erosivos em trechos de solo exposto e/ou assoreamentos do sistema
de drenagem;
+ Acompanhamento, durante o período das obras, das condições de
segurança das encostas. No caso de instabilidade e comprometimento
de segurança operacional, deverão ser avaliadas medidas de
contenção;
+ Plantio de vegetação herbácea nos locais passíveis de apresentar solos
expostos ao final da instalação do canteiro de obra; e
+ Os caminhões basculantes deverão ser cobertos com lonas plásticas,
evitando a queda e o espalhamento dos solos.
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10.2.4.5. Gestão de Mão de Obra e de Fornecedores Locais
As ações propostas sobre gestão de mão de obra e de fornecedores locais
tem como objetivo maximizar o potencial local de contratação, tanto de
trabalhadores, como de fornecedores de insumos. Fazem parte destas ações:
+ Realização de convênios com entidades faculdades locais para
treinamento, capacitação e realocação da mão de obra e dos
fornecedores;
+ Priorização de contratação de trabalhadores e aquisição de insumos
(quando possível) do município de Nova Brasilândia d’Oeste;
+ Absorção, através de processos internos, de mão de obra utilizada
durante a implantação para a fase de operação;
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10.2.4.8. Monitoramento e Controle de Emissão de Ruído
O monitoramento e controle de emissão de ruído durante as obras deverá
seguir as diretrizes específicas descritas no Programa de Controle e
Monitoramento de Ruído, neste capítulo.
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acompanhamento da concretização dos aspectos ambientais e consequente
impacto associado a ele.
Este programa visa assegurar a inserção dos controles ambientais de obra
em 100% das frentes de trabalho associadas à implantação do
empreendimento, por meio e métodos comprovados e eficientes, a
implantação dos controles ambientais bem como a minimização das
alterações previstas associadas aos aspectos elencados no desenvolvimento
das obras.
A meta, sob o ponto de vista temporal, consiste no acompanhamento de
todas as frentes de obra ao longo da etapa de instalação e das atividades de
desmobilização das estruturas de apoio.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Controle
Ambiental das Obras n n
(PCAO)
10.2.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implantação deste programa ficará a cargo da
empreiteira contratada, sendo que a supervisão deverá ser realizada pela
equipe da contratante.
A equipe responsável pelo desenvolvimento do Programa de Gestão
Ambiental estará diretamente envolvida na realização do presente Programa
Ambiental de Controle de Obras. É de responsabilidade da empreiteira a
elaboração dos procedimentos construtivos das obras, que devem ter por
base o disposto neste PCAO e no projeto básico, bem como os critérios a
serem estabelecidos pela contratante no momento da contratação dos
serviços.
A equipe de gerenciamento ambiental da Mineração Santa Elina será
responsável pelo acompanhamento (direto e indireto) das atividades de
construção, além de outras atividades que o desenvolvimento dos programas
ambientais indicarem como necessárias.
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10.2.8. Resultados Esperados
Com a execução do PCAO espera-se:
+ O cumprimento da legislação vigente em todas as atividades a serem
desenvolvidas pelas obras;
+ A manutenção da qualidade ambiental de toda a área potencialmente
afetada pelas obras;
+ A conscientização dos trabalhadores e das empresas envolvidas da
importância do controle ambiental;
+ O controle, prevenção e mitigação dos impactos ambientais negativos.
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10.3. Programa de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS)
10.3.1. Justificativa
O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) consiste no controle e
fiscalização das atividades de coleta, transporte, armazenamento temporário
e destinação final dos resíduos gerados durante as etapas de implantação,
operação e desativação do empreendimento.
Todas as etapas do empreendimento acarretarão na geração de resíduos
sólidos, criando assim uma potencial ocorrência de diversos impactos. Assim
sendo, a busca da prevenção e minimização dos possíveis impactos
ambientais bem como o atendimento às exigências legais, determinam a
necessidade de implementação de um Programa de Gestão de Resíduos
Sólidos.
Em atendimento à legislação ambiental, às normas coorporativas do
empreendedor e às características do empreendimento, é pertinente o
estabelecimento do Programa de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) que
procura evitar, minimizar e/ou mitigar os impactos ambientais durante a fase
de implantação e operação do empreendimento. A definição de
procedimentos ajudará na correta gestão desses resíduos (segregação,
coleta, armazenamento, transporte e destinação final). Assim, será possível
proporcionar práticas ambientalmente adequadas e seguras, de forma a não
caracterizar danos ao meio ambiente, à comunidade, à saúde ocupacional e
à segurança dos empregados e contratados da empresa.
As classes dos resíduos utilizadas na gestão dos resíduos sólidos são
estabelecidas pela norma técnica NBR - ABNT 10.004/04, relacionando sua
origem e seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que
possam ter o gerenciamento adequado.
10.3.2. Objetivos
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10.3.3. Abrangência e Público-Alvo
Este programa deverá ser adotado em todas as áreas do Projeto DM1 que
sofrerão intervenção direta da implantação, operação e desativação do
empreendimento, e ainda, todos os destinatários finais e transportadores dos
resíduos, que por sua vez devem ser licenciados para recebê-los.
O público-alvo corresponde a todos os colaboradores envolvidos direta e
indiretamente com todas as fases do empreendimento, visto que deverão
observar as ações previstas pelo presente programa, aplicadas às etapas de
geração, armazenamento, transporte e destinação final dos resíduos sólidos.
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+ Adotar, sempre que possível, a prática de reutilização/reciclagem de
materiais visando a diminuição de geração de resíduos;
+ No caso daqueles resíduos não passíveis de reutilização, os mesmos
serão armazenados temporariamente nos depósitos intermediários,
previstos para a fase de implantação e de operação, e posteriormente
destinados para tratamento em locais licenciados e que comportem o
recebimento da quantia gerada, conforme autorizações legais de
operação, perante respectivo órgão ambiental;
+ Garantia de transporte interno dos resíduos de forma segura para não
comprometer a segregação realizada;
+ Montagem de agenda com empresas
especializadas/contratadas/cadastradas para a retirada dos resíduos
dos depósitos intermediários, e prévia autorização do responsável pelo
gerenciamento dos resíduos do empreendimento;
+ Arquivamento dos registros para controle interno e apresentação ao
órgão ambiental sempre que solicitado, de forma a complementar o
inventário de resíduos, conforme CONAMA nº 313/2002;
+ Garantia de manipulação dos resíduos sólidos com a utilização de EPIs
(equipamentos de proteção individual);
+ Treinamentos e palestras periódicas aos funcionários durante a
implantação e a operação, visando à correta segregação dos resíduos.
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empreendimento. Os resíduos sólidos gerados na fase de implantação serão
monitorados durante a execução do Programa de Controle de Obras,
conforme cronograma a seguir.
Quadro 10.3.6-1 - Etapa de Implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Gestão de
Resíduos Sólidos n n n
(PGRS)
10.3.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implementação do presente programa e ações acima
descritas será do empreendedor e da empreiteira. Todos os empregados da
Mineração Santa Elina e de suas contratadas receberão treinamentos
específicos e serão encarregados da implantação do mesmo nas suas áreas
de atuação.
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10.4. Programa de Gestão de Efluentes Líquidos
10.4.1. Justificativa
Durante a realização das atividades relacionadas às fases de implantação,
operação e desativação do empreendimento serão gerados efluentes
domésticos, oleosos e drenagem pluvial. Diante disto, o presente Programa
de Gestão de Efluentes Líquidos justifica-se pela necessidade de
monitoramento de possíveis alterações na qualidade dos efluentes gerados
pelo empreendimento.
O programa está voltado para todas as gerações de efluentes líquidos
provenientes da futura implantação, operação e desativação de acordo com
o descrito a seguir:
+ Efluente Sanitário: serão gerados efluentes sanitários/domésticos
provenientes dos sanitários, vestiários e refeitórios.
+ Drenagem pluvial: é prevista a geração de drenagem pluvial que se
caracteriza basicamente pela incidência de precipitação pluviométrica
sobre áreas que apresentam material estéril proveniente da abertura
da cava. Estas águas serão captadas por drenos e direcionadas para
tanques onde serão monitoradas
+ Efluentes oleosos: serão aqueles oriundos da oficina de manutenção
de veículos e equipamentos onde acontecerão atividades como troca
de óleo, manutenção e lavagem de veículos e equipamentos, e ainda,
efluentes oleosos gerados no refeitório e nas atividades industriais.
+ Efluente da mina: a água bombeada da cava durante a operação da
mina será encaminhada para sump (tanque) localizado a jusante da
pilha de estéril noroeste e caracteriza-se um efluente.
10.4.2. Objetivos
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Este programa é aplicável a todas as áreas integrantes do empreendimento
e aos colaboradores em geral. É considerado como público-alvo todo o efetivo
operacional envolvido direta ou indiretamente com as atividades relacionadas
às fases do empreendimento.
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10.4.5. Indicadores Ambientais e Procedimentos para
Acompanhamento e Avaliação
O acompanhamento deste programa, durante a etapa de implantação,
ocorrerá por meio dos relatórios internos de inspeção de coleta dos efluentes
gerados nos banheiros químicos e os efluentes oleosos, e, durante a etapa
de operação, através das análises dos relatórios de monitoramento dos
efluentes, os quais deverão indicar por meio de gráficos e tabelas os
resultados das análises laboratoriais
Também será analisada a qualidade dos efluentes dos sumps, de acordo com
a Resolução CONAMA nº 430/11, para verificar a necessidade de tratamento
para posterior descarte.
Os indicadores a serem observados são descritos a seguir:
+ Resultados analíticos dos sistemas de tratamento.
+ Quantidade de efluente tratado sobre a quantidade de efluente gerado.
+ Número de parâmetros acima do limite permitido na Resolução
CONAMA nº 430/11 por campanha.
+ Número de coletas de efluentes realizadas nos banheiros químicos.
+ Quantidade de efluente oleoso gerados.
+ Número de inspeções realizadas no sistema de drenagem pluvial.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Gestão de
Efluentes Líquidos n n n
Elaboração: Tetra Mais, 2018.
10.4.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implementação do presente programa e ações acima
descritas será do empreendedor, com a possibilidade de estabelecimento de
convênios com entidades públicas e privadas, e contratação de especialistas.
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10.5. Programa de Controle e Monitoramento de Processos
Erosivos, Assoreamento e Controle de Estabilidade das Encostas
Naturais e Taludes
10.5.1. Justificativa
Durante a fase de implantação, operação e desativação do empreendimento
estão previstas atividades que envolvem grande movimentação de terra,
exposição e compactação dos solos, podendo acarretar no desenvolvimento
e/ou intensificação de processos erosivos e consequentemente,
assoreamento dos cursos d’água e nascentes adjacentes ao
empreendimento.
Também estão previstas, principalmente durante a fase de operação,
atividades que que poderão implicar em alterações na geometria natural do
terreno, sendo potenciais agentes deflagradores de processos de
instabilização das encostas naturais e taludes.
Dentre as atividades que possuem potencial para a geração e/ou
intensificação dos processos erosivos e de instabilização de encostas e
taludes durante a fase de implantação, destacam-se a supressão vegetal, o
decapeamento e estocagem do solo, a terraplenagem, a construção de
estradas e acessos, assim como a escavação e a disposição de estéril e
rejeito.
Além disso, o redirecionamento do escoamento das águas pluviais e fluviais
e a movimentação de veículos necessários para a execução do projeto
também acarretarão em mudanças no padrão natural de carreamento de
partículas originais do meio ambiente.
Durante a operação as pilhas de estéril e rejeito bem como a área da cava,
deverão ser as áreas mais propensas aos processos de instabilização e de
carreamento de sedimentos.
Conforme apresentado no diagnóstico ambiental, tanto a AID quanto a ADA
do empreendimento, são cobertas por Argissolos Vermelho-Amarelo, os quais
caracterizam-se pela natureza pouco coesa em superfície e menor
permeabilidade nos horizontes subsuperficiais, o que resulta na elevada
susceptibilidade aos processos do meio físico, sobretudo nas áreas de solo
exposto e/ou cortes de estrada e taludes.
Dessa forma, as intervenções que serão efetuadas deverão considerar os
aspectos relativos à natureza, às dimensões e ao comportamento geotécnico
dos materiais das áreas a serem impactadas, sobretudo no que tange a
exposição dos solos, que devido à baixa resistência natural à erosão pode
contribuir para a deflagração ou aceleração das instabilizações nas encostas
naturais ou taludes artificiais, assim como para a ocorrência de processos
erosivos e de assoreamento.
Diante desse contexto faz-se necessário a implantação de um Programa de
Controle e Monitoramento de Processos Erosivos, Assoreamento e Controle
de Estabilidade das Encostas Naturais e Taludes, visando a manutenção da
qualidade ambiental da área de estudo, através de ações que previnam e
minimizem a ocorrência desses processos.
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10.5.2. Objetivos
310
atividades, além da SEDAM (Secretaria de Estado e Desenvolvimento
Ambiental de Rondônia) e demais órgãos ambientais estaduais e municipais.
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fase de implantação e operação, recuperação de áreas degradadas,
reafeiçoamento e recuperação vegetal da ADA;
+ Prever a aplicação de ações de caráter mitigador na recuperação de
áreas onde o solo encontra-se exposto, como taludes concluídos;
+ Limpeza e manutenção do sistema de drenagem, removendo-se os
sedimentos acumulados nas caixas de decantação, desobstruindo-se
canaletas, valetas e bueiros, porventura, assoreados;
+ Manutenção da pista de rolamento das estradas e acessos;
+ Realização das obras, preferencialmente, durante o período de
estiagem.
As medidas preventivas de controle e monitoramento propostas serão
detalhadas no Plano Básico Ambiental.
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+ Número de intervenções para manutenção e correção de estruturas de
controle da erosão e contenção de sedimentos;
+ Porcentagem de reincidência de processos em áreas manejadas; e
+ Número de monitoramentos realizados por ano e número previsto.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Controle e
Monitoramento de
Processos Erosivos, n n n n
Assoreamento e
Estabilização de
Encostas e Taludes
10.5.7. Responsabilidades
Durante a implantação do empreendimento, a responsabilidade pela
implantação e execução do programa será da empresa contratada para a
realização das obras do empreendimento. No entanto, destaca-se que caberá
ao empreendedor a responsabilidade de gestão do programa. O
empreendedor deverá prover a empresa contratada com todas as instruções
necessárias para o cumprimento deste programa, além de exercer a
fiscalização para que a mesma execute-o da forma correta, havendo,
portanto, corresponsabilidade de ambos na execução do programa.
Já na etapa de operação e desativação, a responsabilidade de execução do
programa será do empreendedor, no caso, a Mineração Santa Elina.
313
10.6. Programa de Monitoramento da Rede Hídrica
10.6.1. Justificativa
Durante a fase de implantação, operação e desativação do Projeto DM1 serão
realizadas atividades que poderão alterar a qualidade das águas superficiais,
além de promover variações das vazões dos cursos d’água presentes na área
do empreendimento.
As alterações da qualidade das águas superficiais estão associadas ao aporte
de cargas difusas transportadas pelos sedimentos e ao aporte de cargas de
origem pontual, representada pela geração de efluentes líquidos e resíduos
sólidos.
A vazão dos cursos d’água poderá ser afetada pela alteração da configuração
hídrica, necessária à implantação do empreendimento, assim como pela
captação de água prevista para ser realizada no Córrego DM1.
O presente programa propõe medidas preventivas e corretivas para os
impactos previstos, que deverão ser adotadas para minimizar a significância
ou mesmo evitar que esses impactos ocorram.
10.6.2. Objetivos
314
10.6.4. Subprograma de Monitoramento da Qualidade da Água
Superficial
Conforme exposto anteriormente, durante as fases de implantação, operação
e desativação do empreendimento serão realizadas atividades que poderão
alterar a qualidade das águas superficiais devido à geração de cargas
pontuais e difusas.
As principais atividades que implicam na geração de cargas difusas estão
relacionadas à supressão de vegetação, ao decapeamento do solo, a
terraplenagem, a abertura de acessos, assim como a presença de estruturas
como pilhas de estéril e rejeitos, cujos sedimentos e/ou partículas sólidas
geradas, podem ser carreadas e depositadas nos cursos d’água e nascentes
adjacentes ao empreendimento.
No que se refere à geração de cargas pontuais, as principais fontes estão
relacionadas à geração de resíduos domésticos e industriais, representados
pelos rejeitos do processo de flotação do minério sulfetado de zinco e
chumbo. Assim como a geração de efluentes de origem doméstica das
instalações sanitárias que deverão ser instaladas em diversas áreas do
empreendimento (planta de beneficiamento de minério, vestiário e
escritórios) e a geração de efluentes industriais da área de oficina e lavagem
de carros e caminhões, da Unidade de Beneficiamento de Minério, além dos
efluentes acumulado nos sumps projetados. Neste caso, a alteração da
qualidade da água superficial poderá ser ocasionada pela manipulação e
armazenamento inadequados dos resíduos e efluentes, com consequente
lixiviação e percolação dos potenciais contaminantes que poderão atingir os
recursos hídricos adjacentes.
O presente subprograma propõe medidas preventivas a fim de minimizar as
alterações que poderão ocorrer nos recursos hídricos superficiais durante a
fase de instalação, operação e desativação do empreendimento.
315
10.6.4.2. Indicadores Ambientais e Procedimentos para
Acompanhamento e Avaliação
Os indicadores de alteração da qualidade da água superficial na área do
empreendimento serão obtidos através dos resultados das medições dos
parâmetros físico-químico, estabelecendo um comparativo com os valores
orientadores da Resolução Conama 357/2005.
Periodicamente deverão ser entregues ao órgão ambiental relatórios e laudos
analíticos. Caso seja detectada alguma alteração significativa nos parâmetros
analisados, deverão ser indicadas medidas emergenciais preventivas e
corretivas, visando a preservação dos recursos hídricos superficiais em
estudo.
Os indicadores de desempenho ambiental deste programa são:
+ Número de registros em desconformidade com os valores orientadores
da Resolução Conama 357/2005;
+ Número de monitoramentos realizados por ano e número previsto.
316
10.6.5.2. Indicadores Ambientais e Procedimentos para
Acompanhamento e Avaliação
Os indicadores de alteração da vazão nos cursos d’água e nascentes da área
do empreendimento serão obtidos através dos resultados das medições do
fluxo d’água.
Periodicamente deverão ser entregues ao órgão ambiental relatórios e laudos
analíticos. Caso seja detectada alguma alteração significativa nas vazões,
deverão ser indicadas medidas emergenciais preventivas e corretivas,
visando à preservação dos recursos hídricos superficiais e a garantia dos usos
múltiplos da água.
Os indicadores de desempenho ambiental deste programa são:
+ Número de registros de vazões do Córrego DM1 abaixo da vazão
sanitária;
+ Número de monitoramentos realizados por ano e número previsto.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Monitoramento da n n n
Rede Hídrica
10.6.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implantação do programa será do empreendedor, o
qual poderá contar com apoio de consultorias ambientais e laboratório de
análises físico-químicas e microbiológicas de água, com corresponsabilidade
dos órgãos ambientais para avaliação e fiscalização do programa.
317
10.7. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
10.7.1. Justificativa
A elaboração de um Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
se justifica devido à necessidade de manter a integridade, estabilidade e
sustentabilidade dos ecossistemas e áreas influenciadas diretamente pelas
obras, de forma a mitigar os potenciais impactos ambientais oriundos da ação
antrópica presente na área. Impactos esses descritos como desconforto
ambiental e alteração da qualidade dos solos e recursos hídricos.
A instalação do empreendimento implica na limpeza do terreno, com
supressão de parte da vegetação existente e retirada do top soil, e de cortes
e aterros, ocasionando uma modificação do sistema de drenagem natural,
devido ao barramento, e ao desvio da drenagem principal e do afluente de
margem esquerda, e da estrutura dos solos.
Estas alterações promovem alterações significativas no uso original das terras
e gera efeitos degradadores que precisam ser contidos e/ou recuperados.
10.7.2. Objetivos
318
10.7.3. Abrangência e Público-Alvo
O programa aqui proposto está relacionado à Área Diretamente Afetada
(ADA) do empreendimento.
O público-alvo são os colaboradores da Mineração Santa Elina, das empresas
terceirizadas e da equipe de meio ambiente que estará frente ao programa
na sua execução e gestão.
319
obrigatoriamente ser descrito, nestes relatórios anuais, de forma sucinta e
objetiva, o foco do programa que é a evolução da recuperação da área
degradada, lembrando-se de explicitar de forma clara o desempenho do
programa.
Os indicadores de desempenho ambiental deste programa são:
+ Mapa com área de lavra delimitada;
+ Razão entre área recuperada por área afetada;
+ Porcentagem de mudas que sobreviveram; e
+ Número de monitoramentos realizados por ano e número previsto.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Recuperação de Áreas n n n
Degradadas - PRAD
10.7.7. Responsabilidades
A execução deste programa será de responsabilidade do empreendedor, que
realizará a coordenação dos trabalhos de campo, a avaliação da aplicação de
medidas mitigadoras, bem como a revisão dos relatórios internos e do
relatório anual.
320
10.8. Plano de Descomissionamento
10.8.1. Justificativa
O planejamento de fechamento de uma mina é primordial para o
estabelecimento de um projeto sustentável e com compromisso junto às
comunidades vizinhas e demais stakeholders para um encerramento seguro
e ambientalmente correto do projeto proposto.
Importante salientar que o planejamento de fechamento também se justifica
como início de uma base futura de gestão de garantia financeira a partir de
provisionamento de recursos para o descomissionamento. Este
provisionamento visará consolidar uma gestão financeira segura, fomentando
ações administrativas internas da empresa em busca de soluções e
otimização dos custos finais de fechamento, com consequente redução de
passivos ao longo de todo processo de produção. Isso permitirá que, ao final
da vida útil do Projeto DM1, os recursos financeiros para conclusão de todas
as atividades durante e pós-fechamento estejam assegurados.
Outro ponto a ser considerado na justificativa deste Plano de
Descomissionamento é que este é o primeiro passo no planejamento de
fechamento do Projeto DM1. Logo, este plano será objeto de atualização
periódica ao longo da vida útil do empreendimento. Isso se justifica devido
às mudanças técnicas, econômicas, ambientais e sociais que poderão ocorrer
e as quais o projeto estará submetido ao longo do período de produção
mineral. Além disso, devem-se levar em conta os anseios de todos os
stakeholders envolvidos no processo durante a elaboração de todas as
versões futuras de atualização deste plano.
10.8.2. Objetivos
321
+ Considerar a avaliação dos impactos, riscos e problemas de cada
alternativa de uso futuro avaliada para o projeto, de forma a se ter
subsídios suficientes para que a alternativa escolhida minimize ao
máximo os impactos socioambientais e reduza os riscos de passivo
ambiental e social;
+ Garantir a participação dos stakeholders durante todo o processo de
fechamento Projeto DM1 de tal forma que todos possam fazer parte da
solução final a ser adotada, desta forma, alcançando e uniformizando
os anseios da maioria;
+ Apresentar todos os programas necessários (físicos, bióticos,
socioeconômicos e de engenharia) para tornar a desativação do
empreendimento alinhada com as perspectivas do Plano de
Fechamento pensado;
+ Garantir o montante financeiro necessário para suprir todas as
necessidades advindas das atividades de fechamento do Projeto DM1,
de preferência, amortizando os custos de fechamento ao longo da vida
útil do empreendimento de tal forma a reduzir ao máximo o valor a ser
desembolsado na etapa de desativação;e
+ Garantir que resíduos sólidos, estéril e rejeito estejam contidos e
estabilizados física e quimicamente, de forma a evitar efeitos negativos
em longo prazo.
Vale ressaltar que os objetivos do descomissionamento do projeto necessitam
ser atualizados sempre ao longo do processo de planejamento de fechamento
do referido projeto, para que possa se adaptar a todas as mudanças que
ocorrerem ao longo da vida útil do empreendimento.
322
10.8.4. Metodologia e Descrição das Atividades
323
Ao aproximar-se do final das operações, todo o sistema de drenagem também
deverá ser revisado, acertando-lhes as geometrias projetadas, para a
máxima distribuição de fluxos e passagem de água por caminhos pouco
inclinados e com substratos mais consistentes, tudo visando à redução de
processos erosivos.
Uma inspeção geral também deverá ser feita nas águas acumuladas,
deixando apenas os sistemas considerados de água corrente e de rápida
infiltração. Isto para evitar focos de criação de mosquitos vetores de doenças
entre outros.
Promovidos todos estes trabalhos de recuperação, a área será cercada, com
proibição de entrada de gado ou equinos até sua completa recuperação
vegetal da área. Após o encerramento da atividade produtiva, o
empreendedor deverá dar manutenção aos serviços implementados, durante
ainda aproximadamente dois anos, finalizando o pós-fechamento após
verificação de que a área ocupada pelo Projeto DM1 adquiriu condições de
auto sustentabilidade.
Enfim, como antes explicado, todos os esforços deverão ser empreendidos no
sentido de deixar a área estável, com bom aspecto paisagístico e com
utilidades biológicas, resgatando, portanto, a função social da terra.
Algumas possibilidades de alternativas preliminares foram levantadas, mas
poderão sofrer alterações e deverão ser detalhadas com o andamento do
referido plano tendo em vista mudanças de engenharia, questões ambientais,
econômicas, tecnológicas ou de anseios dos envolvidos no fechamento do
projeto em questão. Da mesma maneira, também serão detalhadas e mais
bem discutidas durante o planejamento de fechamento. Estas estão descritas
a seguir:
10.8.4.2.A. Cava
Quando da abertura da cava, ela interseccionará o leito do córrego sul-norte
(Córrego DM1), sendo então executado um canal desde o pé do barramento
(dique), que contornará a cava da mina, de forma a desaguar logo a jusante
da cava, retornando as águas ao leito original do córrego, ainda dentro do
empreendimento. O córrego desviado permanecerá dessa forma após o
fechamento da mina, na bancada com El. 285,00.
Com o esgotamento da cava surge a possibilidade de preenchimento da
mesma com o estéril que foi empilhado próximo à cava, facilitando sua
reposição na cava ao fim das operações do beneficiamento.
O preenchimento de estéril na cava será parcial e as pequenas porções
expostas das frentes de lavra serão objeto de reabilitação de áreas
degradadas, não havendo previsão para outro uso futuro. Com a interrupção
das atividades e consequentemente do bombeamento da água subterrânea,
ocorrerá o preenchimento da cava com água, até a formação de um lago.
Conforme figuras abaixo, entre o lago e a bancada 285 da cava experimental
onde o córrego será desviado, haverá uma barreira física composta por solo
local proveniente da pilha de estéril, com objetivo de evitar o contato entre
essas águas. Assim, completa-se o quadro de atendimento às boas práticas
operacionais e de recuperação da área lavrada.
324
Figura 10.8.4-1 - Imagem Ilustrativa do Layout de Descomissionamento - Vista para SE
325
Página em branco
326
Figura 10.8.4-2 - Imagem Ilustrativa do Layout de Descomissionamento - Vista da Pilha de Backfill desde o Interior da Cava
327
Página em branco
328
Figura 10.8.4-3 - Imagem Ilustrativa do Layout de Descomissionamento - Pilha de Rejeitos da Usina Recuperada
329
Página em branco
330
Figura 10.8.4-4 - Imagem Ilustrativa do Layout de Descomissionamento - Vista desde o Topo da Pilha de Rejeitos para NW
331
Página em branco
332
10.8.4.2.B. Pilhas de Estéril
Os materiais estéreis da mina formarão duas pilhas que serão eternizadas
com o encerramento da lavra. Elas serão divididas em pilha norte/noroeste
composta por solo e pilha sul/sudoeste composta em sua maioria por rochas.
Ambas contarão com drenos para direcionamento das águas pluviais até
tanques de contenção.
Para estas estruturas não há previsão de uso futuro da área, para fins
econômicos. Apenas trabalhos de estabilização física serão realizados, com a
área sendo enfim revegetada, para a mais perfeita integração com o
ambiente regional.
O recobrimento vegetal das superfícies diminuirá o impacto visual e a erosão
do material pela água pluvial. O recobrimento vegetal dos taludes
compreende também a incorporação do solo orgânico ora decapeado durante
a etapa inicial das movimentações de terra e espera-se que o banco de
sementes possa corroborar para reintrodução da flora local.
333
Para acompanhamento deste programa serão elaborados relatórios anuais
sintetizando a execução das atividades do Plano de Descomissionamento. A
partir da avaliação de eficácia das ações adotadas eventualmente podem ser
propostas medidas corretivas que se fizerem necessárias e manter aquelas
que comprovarem a sua eficácia. Salienta-se que as ações indicadas poderão
sofrer eventuais ajustes neste planejamento, os quais serão devidamente
informados no relatório anual.
O relatório anual a ser encaminhado ao órgão ambiental abrangerá as ações
realizadas no período do ano anterior.
Os indicadores de desempenho ambiental deste programa são:
+ Número de áreas recuperadas; e
+ Número de áreas que estão sem cobertura vegetal e/ou com solo
exposto.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Descomissionamento n
10.8.7. Responsabilidades
Durante a implantação do empreendimento, a responsabilidade pelas
atividades de fechamento da mina será do empreendedor, no caso a
Mineração Santa Elina.
O empreendedor deverá prover a empresa contratada com todas as
instruções necessárias para o cumprimento deste programa, além de exercer
a fiscalização para que a mesma execute-o da forma correta, havendo,
portanto, corresponsabilidade de ambos na execução do programa.
334
10.9. Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)
10.9.1. Justificativa
Este Programa de Gerenciamento de Riscos foi elaborado para prevenção de
acidentes ampliados nas instalações e atividades que serão realizadas nas
instalações do Projeto DM1, bem como preparo para resposta emergencial
em caso de eventos acidentais internos nas instalações.
10.9.2. Objetivos
335
O escopo deste Programa de Gerenciamento de Riscos abrange tanto o
conteúdo apresentado pela Norma Cetesb P4.261 – Risco de Acidente de
Origem Tecnológica – Método para decisão e termos de referência, como
também a Norma API (American Petroleum Institute) RP 750 –
Recommended Practice - Management of Process Hazards, sendo este:
+ Informações de Segurança do Processo;
+ Revisão dos Riscos de Processo;
+ Gerenciamento de Modificações;
+ Manutenção e Garantia da Integridade de Sistemas Críticos;
+ Procedimentos Operacionais;
+ Revisão de Segurança;
+ Práticas de Trabalho Seguro;
+ Capacitação dos Colaboradores;
+ Investigação de Incidentes;
+ Auditoria do PGR; e
+ Plano de Ação de Emergências.
Os itens que compõem esta diretriz de Programa de Gerenciamento de Riscos
estão desenvolvidos a seguir, devendo estes serem considerados para
implantação deste PGR quando da etapa de Licença de Operação do Projeto
DM1.
336
10.9.4.2. Equipamentos e Processos
Neste item deverão ser apresentadas as principais informações acerca dos
processos que serão realizados no Projeto DM1, assim como a localização dos
fluxogramas de processo, P&IDs, projetos, memoriais descritivos, normas e
códigos, entre outros.
Deverão ser definidos os responsáveis pela manutenção e atualização das
informações de processos, incluindo a documentação aplicada/relacionada
aos mesmos, e as formas de solicitação de revisão destes documentos.
Também deverão estar relacionados os procedimentos e diretrizes que
norteiam a revisão das informações/documentos de processo (memoriais
descritivos, fluxogramas de processo, P&ID, layouts, normas e códigos
aplicáveis às unidades industriais do Projeto DM1, entre outros.
337
Tabela 10.9.4-1 - Relação de substâncias químicas presentes na Unidade
Local de
Quantidade /Forma de
Substância Química Armazenamento /
Armazenamento
Movimentação
338
Tabela 10.9.4-3 - Sistemas de controle de resíduos e efluentes
10.9.4.5.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas para
manutenção das Informações de Segurança do Processo deste Programa de
Gerenciamento de Riscos.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir nesta etapa as responsabilidades que devem ser empregadas a cada
área, setor ou colaborador relativas a este item do Programa de
Gerenciamento de Riscos.
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Disponibilização, manutenção e atualização das FISPQs (Fichas de
Informação de Segurança de Produtos Químicos) das substâncias
armazenadas, manipuladas e/ou geradas, incluso explosivos, nas
operações do Projeto DM1;
+ Disponibilização, manutenção e atualização das Fichas de Emergência
em área, contendo informações sobre os principais riscos, meios de
controle e combate emergencial para as substâncias armazenadas,
manipuladas e/ou geradas, incluso explosivos, nas operações do
Projeto DM1;
+ Manutenção e atualização das informações das substâncias químicas
apresentadas neste PGR;
+ Manutenção e atualização da documentação relativa às instalações e
processos realizados (layouts, descritivos, projetos, fluxogramas,
especificações técnicas, códigos e normas, entre outros);
339
+ Manutenção dos equipamentos e sistemas operando dentro dos limites
operacionais apresentados;
+ Revisão/adequações dos parâmetros de processo, seus limites e
consequências, apresentados neste PGR;
+ Revisão/atualização dos meios de proteção voltados a prevenção e/ou
mitigação dos danos decorrentes dos desvios de processo;
+ Manutenção dos procedimentos e sistemas de controle de resíduos e
efluentes;
+ Avaliação da efetividade dos procedimentos e sistemas voltados ao
controle de resíduos e efluentes do empreendimento.
10.9.4.6.A. Periodicidades
A revisão dos riscos das atividades do empreendimento deverá ser realizada
periodicamente, sendo aplicada com o seguinte critério:
+ Sempre que houver modificações nas instalações, tais como:
+ Adição ou retirada de novos equipamentos;
+ Introdução de novas operações/atividades;
+ Adição, retirada ou paralisação de sistemas de controle emergencial;
+ Modificações nos procedimentos operacionais e instruções de trabalho;
+ Mudança de tecnologia operacional;
+ Armazenamento, transferência e/ou geração de novas substâncias
químicas;
+ Aumento ou diminuição das capacidades de armazenamento de
substâncias.
+ Em caso de retorno de paralisação das instalações, ou de parte do
processo, por período superior a seis meses;
+ Em quaisquer situações em que possa haver imposição de riscos à
instalação, colaboradores, meio ambiente e/ou comunidade, diferentes
àqueles já mapeados;
+ Ao menos a cada 5 anos, quando não houver incidência de nenhuma
das condições apresentadas anteriormente; e
+ A revisão dos riscos deverá ser realizada, preferencialmente, enquanto
a modificação encontrar-se em fase de planejamento, com o objetivo
de avaliar os riscos antes da implantação da modificação.
340
10.9.4.6.B. Procedimento para Realização de Revisões dos
Riscos
A revisão dos riscos das atividades do Projeto DM1 deverá ser realizada com
base na Análise de Riscos já elaborada para avaliação dos riscos decorrentes
de acidentes ampliados durante a etapa de operação (apresentada em
relatório a parte) ou por meio das técnicas de identificação de perigos.
Alterações que impliquem na possibilidade de aumento dos riscos de
processo, tais como introdução de novas substâncias perigosas, incluso
explosivos e acessórios, aumento de inventário, aumento de capacidade
produtiva, ampliação dos limites de processo, uso de outros equipamentos
ou sistemas de transporte não previstos para a etapa de operação, entre
outros, deverão ser precedidas da elaboração ou revisão da Análise de Riscos.
Já alterações de procedimentos, introdução de novos sistemas de segurança,
avaliação de tarefas ocupacionais, desativação de equipamentos operacionais
e unidades produtivas, entre outros, deverão ser precedidas de, pelo menos,
uma identificação dos perigos.
Na Análise de Riscos de acidentes ampliados elaborada foram identificadas
oportunidades de melhorias para os processos, instalações e capacitação, as
quais se consideradas/adotadas certamente trarão condições mais seguras.
As oportunidades de melhorias estão apontadas diretamente no relatório de
Análise de Riscos.
Toda Análise Preliminar de Riscos (APR) e/ou Análise de Riscos elaborada
deverá permanecer atualizada e disponibilizada para consultas e
conhecimento dos colaboradores. Para isto deverá ser designado uma
área/setor/colaborador responsável pela atualização e disponibilização dos
mesmos.
Processos de revisão dos riscos iniciados a partir do procedimento de gestão
de modificações da unidade deverão ser conduzidos conforme as diretrizes
estabelecidas no item Gerenciamento de Modificações, deste PGR.
Já processos de revisão dos riscos, motivados por outros meios que não o
gerenciamento de modificações, deverão ser iniciados e registrados pela
área/setor/colaborador responsável pela atualização e disponibilização
destes.
Neste caso cabe a este responsável dar início ao processo de revisão dos
riscos, reunindo as partes interessadas em um Grupo de Trabalho com
representantes operacionais e de manutenção das áreas envolvidas nos
processos analisados, o responsável/encarregado pela realização dos serviços
analisados e um colaborador da área/setor de meio ambiente e saúde e
segurança ocupacional, devendo a realização desta reunião constar em ata.
Toda situação de risco classificada como não aceita somente poderá existir
na instalação após a implantação de medidas/meios de mitigação e avaliação
e registro da efetividade das mesmas.
Caberá a equipe responsável pela revisão dos riscos o estabelecimento das
medidas e avaliação e registro em relação à efetividade destas.
Toda situação nova de risco identificada, ou implantação de medidas/ações
de redução, deverá ser divulgada a todas as áreas/setores/colaboradores
341
envolvidos com as atividades realizadas, devendo os mesmos estarem cientes
de seu potencial de danos.
A divulgação destas informações deverá ser realizada por meio de murais de
aviso, documentos para conhecimento, correios eletrônicos, avisos por meio
de sistemas de gestão de documentos, reuniões operacionais e/ou de
segurança, entre outros, ficando esta a cargo dos responsáveis pelas áreas
envolvidas/afetadas.
Toda situação de risco identificada deverá ser avaliada em relação a
necessidade de adequação do Plano de Ação de Emergências da do
empreendimento.
10.9.4.6.C. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas para
assegurar a manutenção/atualização da identificação e avaliação dos riscos
de processos no Projeto DM1.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado, não é possível
definir nesta etapa as responsabilidades que devem ser empregadas a cada
área, setor ou colaborador, relativas a este item do Programa de
Gerenciamento de Riscos.
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Identificação da necessidade de elaboração, atualização e revisão de
Estudos de Análise de Riscos e Análises Preliminar dos Riscos;
+ Acompanhamento da realização de Análise de Riscos nas
áreas/instalações do empreendimento;
+ Elaboração dos Planos de Ação contendo as medidas identificadas nos
processos de revisão dos riscos;
+ Implantação e avaliação da efetividade de medidas mitigadoras
apontadas nos Planos de Ação;
+ Mapeamento dos riscos ocupacionais;
+ Gestão dos riscos ocupacionais, com acompanhamento da implantação
e efetividades das medidas mitigadoras apontadas nos levantamentos
realizados.
342
+ Alterações de matérias-primas ou de fornecedores, contemplando os
inventários presentes e as formas de recebimento destas;
+ Alterações dos meios de controle dos processos (softwares e
equipamentos de controle);
+ Alterações dos processos realizados na instalação;
+ Implantação e/ou retirada de equipamentos da instalação;
+ Alterações nas ações preconizadas nas instruções de trabalho e
procedimentos de operação, manutenção e segurança da unidade;
entre outras ações que possam acarretar, diretamente ou
indiretamente, no aumento ou redução dos riscos impostos pelas
instalações e/ou atividades desenvolvidas.
O gerenciamento de modificações estabelece as ações que devem ser
desencadeadas quando da realização de alterações/modificações temporárias
ou permanentes ou no modo operacional, buscando minimizar ao máximo
eventuais situações de risco que possam ser geradas pelo desconhecimento
da situação presente.
Sendo assim, este item do PGR estabelece:
+ Solicitação e registro das alterações;
+ Divulgação das alterações;
+ Armazenamento da documentação;
+ Obtenção de licenças junto aos órgãos ambientais.
343
PGR, bem como os limites de cada parâmetro operacional dos equipamentos
da instalação, as possíveis consequências de seus desvios e os meios de
controle existentes, a serem registrados e mantidos atualizados no item
“Informações de Segurança do Processo” do PGR.
Quando autorizada uma alteração/modificação, esta deverá ser programada
junto ao encarregado/responsável pela respectiva área/setor, devendo ser
providenciada a revisão ou elaboração dos procedimentos e instruções
operacionais e documentos de engenharia (layouts, fluxogramas, memoriais
descritivos, projetos de hidráulica, mecânica, civil e elétrica, entre outros) e
a capacitação/treinamento dos colaboradores envolvidos com a operação e
manutenção do novo sistema/equipamento/instalação.
Além disso, para o início/retorno das operações deverá ser observado o
atendimento do item Revisão de Segurança, deste PGR.
No caso de alterações/modificações em equipamentos, sistemas ou
instalações que tenham sido realizadas sem o devido registro de solicitação
e/ou autorização, estas devem ser avaliadas quanto a sua aplicabilidade e
riscos envolvidos, com a devida segurança operacional, retomando a
condição anterior de operação em caso de inadequação.
344
autorização, ou não, da implantação da alteração/modificação solicitada, pela
avaliação da efetividade do sistema, equipamento ou instalação proposto e
pelo arquivamento e manutenção dos documentos/formulários de registro
dos processos de gerenciamento de modificações.
Estes documentos deverão ser disponibilizados, quando solicitado, para
consulta dos demais colaboradores, assim como o andamento do processo
deverá ser informado ao proponente da alteração/modificação sempre que
solicitado.
No caso de alterações temporárias, a documentação relativa à condição
passageira deverá ser mantida somente enquanto da duração desta, devendo
esta ser arquivada como encerrada após o retorno da condição original.
10.9.4.7.E. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas para
assegurar a adoção e manutenção dos processos de gerenciamento de
modificações na Mineração Santa Elina.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir nesta etapa as responsabilidades que devem ser empregadas a cada
área, setor ou colaborador, relativas a este item do Programa de
Gerenciamento de Riscos.
Desta forma, são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados:
345
+ Realização da gestão dos processos de gerenciamento de modificação
originados na instalação, incluindo a abertura, registro,
acompanhamento e finalização destes;
+ Avaliação da solicitação de alteração/modificação realizada;
+ Acompanhamento do fluxo de informações dos processos de
gerenciamento de modificação;
+ Autorização da implantação da alteração/modificação analisada;
+ Avaliação da efetividade da alteração/modificação implantada;
+ Capacitação dos colaboradores com atribuição operacional ou de
manutenção nas áreas/setores afetados pelas alterações/modificações
implantadas;
+ Revisão e/ou elaboração de procedimentos e instruções operacionais e
documentos de engenharia (layouts, fluxogramas, memoriais
descritivos, projetos de hidráulica, mecânica, civil e elétrica, entre
outros);
+ Atendimento ao item “Revisão de Segurança” do PGR;
+ Avaliação quanto a necessidade de renovações/atualizações de
licenças e certificados da Mineração Santa Elina;
+ Atendimento às exigências técnicas constantes das licenças e
certificados da Mineração Santa Elina.
346
+ Inspeção e manutenção periódica de tanques e sistemas de filtração,
incluindo dispositivos de segurança;
+ Verificação periódica do sistema de detecção e equipamentos de
combate a incêndio;
+ Verificação periódica do sistema de proteção contra descarga
atmosférica com medição do aterramento, incluindo a análise de
integridade das malhas e das subestações;
+ Verificação periódica de equipamentos e sistemas eletroeletrônicos
presentes em áreas classificadas;
+ Controle de pontos de aquecimento no sistema de energia elétrica
através de análise termográfica;
+ Análise de óleo isolante de transformadores;
+ Análise de óleos lubrificantes em equipamentos;
+ Análise de vibração em equipamentos rotativos;
+ Troca de óleos lubrificantes de equipamentos, máquinas e veículos;
+ Calibração dos sistemas de monitoramento de materiais particulados e
efluentes gasosos;
+ Calibração dos instrumentos e das malhas de controle do sistema
supervisório das operações;
+ Sistema que será aplicado para gerenciamento dos serviços de
manutenção, incluindo abertura e encerramento de ordens/solicitações
de serviços de reparo/manutenção corretiva e disponibilização de
cronogramas de manutenção preventiva e preditiva com
lançamento/emissão de relatórios de manutenção;
+ Indicação clara das informações relativas aos tipos de manutenção
aplicados nos equipamentos e instalações do Projeto DM1, tal como
local/sistema para acesso dos cronogramas e procedimentos de
manutenção, responsabilidades durante a manutenção e lógica do
funcionamento do sistema de gerenciamento de manutenção aplicado
à instalação;
+ Procedimentos para realização de manutenção preventiva e preditiva,
quando aplicável;
+ Check-lists ou listas de verificação de itens críticos e sistemas de
segurança;
+ Procedimentos de segurança para realização dos serviços de
manutenção, dentre eles a análise prévia dos riscos do trabalho, a
definição de equipamentos específicos para o trabalho, a permissão de
trabalho em condições específicas (trabalhos em altura, serviços a
quente, espaços confinados, etc.), entre outros;
+ Definição de diretrizes para contratação de serviços de manutenção
especializada (empresas terceirizadas), contemplando as questões de
integração e segurança com as mesmas;
+ Indicação das necessidades de treinamento que deverão ser atendidas
pelos colaboradores que realizarão os serviços, sendo as especificações
dos treinamentos (conteúdos programáticos), forma de programação
e cronogramas de treinamentos abordados no item Capacitação dos
Colaboradores, deste PGR; entre outras ações que sejam identificadas
como necessárias para o sistema de gestão de manutenção das
instalações, sistemas e equipamentos da Mineração Santa Elina.
347
10.9.4.8.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas a cada
área/setor/colaborador com atuação na Manutenção e Garantia da
Integridade de Sistemas Críticos da instalação.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir nesta etapa as responsabilidades que devem ser empregadas a este
item do Programa de Gerenciamento de Riscos.
Desta forma, são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Revisão/atualização dos critérios para definição das manutenções, e
suas respectivas periodicidades, aplicadas aos equipamentos e
sistemas de segurança e controle da unidade em função da criticidade
destes;
+ Elaboração e revisão dos procedimentos, ações e instruções para
realização dos serviços de manutenção;
+ Controle do sistema de gerenciamento de serviços de manutenção
adotado;
+ Acesso ao sistema de gerenciamento de serviços de manutenção
adotado;
+ Emissão de ordens/solicitações de serviços de manutenção;
+ Baixa/fechamento das ordens/solicitações de serviços de manutenção;
+ Realização dos serviços de manutenção corretiva, preventiva e
preditiva;
+ Aplicação dos check-lists ou listas de verificação dos sistemas críticos
e/ou dos sistemas de segurança da instalação;
+ Realização dos serviços de manutenção preventiva/testes dos sistemas
de combate a incêndios;
+ Reposição/recarga dos extintores de incêndio;
+ Acompanhamento de serviços de manutenção;
+ Aprovação dos serviços de manutenção;
+ Emissão de permissões de trabalho/serviços;
+ Contratação de serviços terceirizados;
+ Acompanhamento/controle de índices de manutenção;
+ Avaliação da necessidade de treinamento/capacitação dos
colaboradores das áreas/setores de manutenção.
348
Atividades que requerem acompanhamento/monitoramento do processo,
equipamento ou sistema deverão ter os parâmetros operacionais, e ou de
controle de processos, estabelecidos com os seus respectivos limites,
devendo estes serem observados pelos colaboradores para assegurar o seu
correto funcionamento.
Tais parâmetros deverão estar indicados nos procedimentos ou instruções
operacionais aplicados ao processo, equipamento e/ou sistemas em questão.
Os procedimentos emergenciais de parada das instalações, controle de
desvios operacionais, início das instalações e de paralisação programada
deverão fazer parte dos procedimentos operacionais da Mineração Santa
Elina.
Todas as operações relacionadas a inícios de operação ou retorno operacional
após alterações/modificações de sistemas e/ou equipamentos deverão seguir
os procedimentos de revisão de segurança definidos no item Revisão de
Segurança, deste PGR.
Os procedimentos e ações de combate emergencial deverão ser
abordados/apresentados no Plano de Ação de Emergências da Mineração
Santa Elina.
Sendo assim, recomenda-se que quando estabelecidos os procedimentos
operacionais e/ou instruções de trabalho para atividades e/ou instalações da
unidade sejam observadas as seguintes necessidades:
+ Disponibilização da relação dos procedimentos e instruções
operacionais que serão adotados para realização das
operações/atividades a todos os colaboradores envolvidos com estas;
+ Estabelecimento de procedimentos e instruções operacionais voltados
a paralisações programada;
+ Estabelecimento de procedimentos e instruções operacionais para
parada emergencial e controle de desvios operacionais;
+ Os procedimentos e instruções operacionais deverão conter,
minimamente:
+ Número de identificação;
+ Nome/título do procedimento;
+ Revisão e data do documento;
+ Roteiro/ações para realização da atividade;
+ Parâmetros/limites operacionais que devem ser observados;
+ Equipamentos/ferramentas necessários para realização da atividade;
+ Equipamentos de proteção necessários para realização da tarefa;
+ Procedimentos de segurança para início e término da atividade;
+ Restrições operacionais, quando necessário;
+ Necessidades de sinalização ou isolamento de área, quando aplicável;
+ Responsáveis pela execução da tarefa (área, setor ou
função/colaborador);
+ Responsáveis pela elaboração e revisão do documento;
+ Responsáveis pela aprovação do documento.
+ Informações sobre o sistema de gerenciamento de informações (se
implementado), tais como forma de acesso, restrições de acesso,
349
modo de uso, permissões para alterações de documentos, entre
outras;
+ Informações acerca de centros de controle operacional ou salas de
operações, tais como localização, abrangência do processo, limitações,
jornada de trabalho e áreas/setores responsáveis pelos mesmos;
+ Informações relativas aos tipos e periodicidades de amostragens e
análises aplicadas às substâncias químicas (matérias-primas, insumos
e/ou substâncias geradas ao longo do processo) para assegurar a
qualidade ao longo do processo;
+ Indicação das necessidades de treinamento que deverão atendidas
pelos colaboradores que realização as atividades, sendo as
especificações dos treinamentos (conteúdos programáticos), forma de
programação e cronogramas de treinamentos abordados no item
Capacitação dos Colaboradores deste PGR; entre outras ações que
sejam identificadas como necessárias para o sistema de gestão
operacional da Mineração Santa Elina.
+ Para os casos em que seja necessária a alteração/modificação dos
documentos operacionais é importante que:
+ Toda modificação/revisão nos documentos operacionais aplicados à
instalação deverá seguir o conteúdo preconizado no item
Gerenciamento de Modificações do PGR, devendo ser acompanhada de
uma avaliação dos riscos impostos pela mesma, conforme o item
Revisão dos Riscos de Processo, buscando identificar condições
inseguras que possam ocorrer durante as etapas de implantação e
operação;
+ Tais alterações/modificações deverão levar em consideração manobras
operacionais para execução de manutenções preventivas, preditivas e
corretivas nos equipamentos e sistemas;
+ Todos os colaboradores envolvidos com a atividade em questão sejam
re-capacitados/re-treinados, quando necessário.
10.9.4.9.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas a cada
área/setor/colaborador com atuação operacional da Mineração Santa Elina.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir nesta etapa as responsabilidades que devem ser empregadas a este
item do Programa de Gerenciamento de Riscos.
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Realização das atividades segundo as ações preconizadas nos
procedimentos e instruções operacionais;
+ Elaboração e revisão dos procedimentos e instruções operacionais;
+ Controle e acesso ao sistema eletrônico de gerenciamento de
informações, se implementado;
+ Solicitação de apoio a demais áreas, setores ou colaboradores para
avaliação dos riscos impostos por alterações operacionais, quando
necessário;
350
+ Divulgação e disponibilização de revisões/atualizações nos
procedimentos e instruções operacionais, quando necessário;
+ Solicitações de revisão dos procedimentos e instruções operacionais;
+ Avaliação da necessidade de treinamento/capacitação dos
colaboradores dos setores/áreas operacionais;
+ Solicitação de re-treinamento/re-capacitação dos colaboradores
operacionais, quando da modificação/revisão nos documentos
operacionais ou por necessidades identificadas em área/atuação;
+ Emissão de permissões de trabalho/serviços;
+ Realização de amostragens e análises das substâncias químicas
utilizadas como matérias-primas e/ou geradas nas etapas dos
processos.
351
registradas, discutidas e regularizadas antes do início das operações do
equipamento/sistema em análise.
Nenhum equipamento ou sistema da unidade, novo ou que tenha sido
submetido à alterações/modificações, deverá ser operado/atuado sem que
antes tenha sido realizada a revisão de segurança do mesmo, tendo o registro
sido emitido pelo Grupo de Trabalho.
Os documentos elaborados para revisão de segurança da instalação deverão
atender aos padrões estabelecidos, e apresentados, no item Procedimentos
Operacionais deste PGR.
10.9.4.10.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas às
áreas/setores/colaboradores com atuação na revisão de segurança da
Mineração Santa Elina.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir nesta etapa as responsabilidades que devem ser empregadas a este
item do Programa de Gerenciamento de Riscos.
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Elaboração e revisão das listas de verificação e/ou
procedimentos/instruções de trabalho;
+ Definição dos Grupos de Trabalho para realização da revisão de
segurança nas instalações;
+ Regularização de situações não conformes;
+ Arquivamento das listas/procedimentos/instruções aplicadas durante
os processos de revisão de segurança.
352
+ Permissões de Trabalho/Serviço para realização de trabalhos a quente,
trabalhos em altura, trabalhos em espaços confinados, trabalhos de
soldagem em ambientes com atmosfera controlada;
+ Permissões de Trabalho/Serviço para realização de manutenções em
equipamentos de processo ou sistemas de controle e/ou segurança;
+ Controle de fontes de ignição em áreas contendo substâncias químicas
inflamáveis;
+ Procedimentos de segurança a serem seguidos antes do início das
operações, tal como isolamento de área, adoção de calços nas rodas
dos veículos sempre que realizadas operações de recebimento,
aterramento de veículos e equipamentos antes do início de operações,
adoção de etiquetas de segurança para isolamento de equipamentos
elétricos, colocação de raquetes/tampos em linhas para realização de
manutenções, entre outros.
+ Os documentos voltados ao estabelecimento de práticas de trabalho
seguro deverão conter, minimamente:
§ Número de identificação;
§ Nome/título;
§ Revisão e data do documento;
§ Início de permissão do trabalho e validade da permissão
emitida;
§ Checklist/lista de verificação de itens de segurança;
§ Equipamentos/ferramentas necessários para realização da
atividade;
§ Equipamentos de proteção necessários para realização da
tarefa;
§ Restrições operacionais, quando necessário;
§ Responsáveis pela execução da tarefa (área, setor ou
função/colaborador);
§ Responsáveis pela elaboração e revisão do documento;
§ Responsáveis pela aprovação do documento.
+ Entre outras ações que sejam identificadas como necessárias para o
estabelecimento de condutas voltadas a práticas seguras na Mineração
Santa Elina.
Além disso, toda modificação/revisão nos documentos voltados ao
estabelecimento de práticas de trabalho seguro deverá seguir o conteúdo
preconizado no item Gerenciamento de Modificações deste PGR, devendo ser
acompanhada de uma avaliação dos riscos conforme o item Revisão dos
Riscos de Processo, com o objetivo de identificar condições inseguras que
possam ser proporcionadas pelas mesmas.
10.9.4.11.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas a cada
área/setor/colaborador que desempenhem atividades/ações para as quais
são estabelecidas condutas voltadas a práticas seguras na instalação.
353
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir, já nesta etapa, as responsabilidades que devem ser empregadas a
este item do Programa de Gerenciamento de Riscos.
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Emissão de Permissões de Trabalho/Serviço;
+ Fiscalização dos trabalhos realizados em área;
+ Arquivamento e manutenção/revisão das Permissões de
Trabalho/Serviço;
+ Definição de áreas com necessidade de controle de fontes de ignição,
e promover o controle de fontes de ignição nas mesmas;
+ Definição dos procedimentos de segurança a serem desempenhados
antes da realização de atividades na Mineração Santa Elina;
+ Avaliação periódica da efetividade dos procedimentos de segurança,
revisando e atualizando estes sempre que necessário;
+ Acompanhamento e fiscalização do desempenho dos procedimentos de
segurança em área.
354
Deverão ser previstos, dentre os treinamentos operacionais a serem
realizados, cursos de capacitação com abrangência nos seguintes temas:
+ Prevenção de riscos químicos, com abordagem aos tipos de riscos à
vida e a saúde associados às substâncias (incluso explosivos e
acessórios) que serão armazenadas, manipuladas e/ou geradas da
Mineração Santa Elina ou pela combinação acidental das mesmas,
formas de prevenção dos riscos, formas de manuseio e disposição das
substâncias, equipamentos de proteção e incompatibilidades,
reatividades e perigos inerentes às substâncias. Este treinamento é
recomendado aos colaboradores dos setores/áreas de manutenção,
operação (beneficiamento, estação de tratamento de efluentes e
abastecimento de máquinas e equipamentos), oficinas e
estoque/almoxarifado e paiol de explosivos;
+ Prevenção e combate a incêndios, com abordagem teórica e prática
aos tipos de fogo e respectivos meios extintores e aos equipamentos
de proteção necessários para atuação em área. Este treinamento é
recomendado aos colaboradores que farão parte da brigada de
emergências;
+ Primeiros socorros, com abordagem teórica e prática às ações de
prestação de primeiros socorros em vítimas de acidentes envolvendo
situações físicas, substâncias químicas e choques/queimaduras
elétricos. Este treinamento é recomendado aos colaboradores que
farão parte da brigada de emergências;
+ Prevenção e combate a vazamentos, com abordagem teórica e prática
aos meios de combate a vazamentos e aos equipamentos de proteção
necessários para atuação em área. Este treinamento é recomendado
aos colaboradores dos setores/áreas de manutenção, operação e aos
colaboradores que irão compor a brigada de emergências;
+ Recolhimento e disposição de químicos, com abordagem teórica dos
meios para recolhimento e disposição de substâncias químicas,
equipamentos de proteção necessários para atuação em área e
legislação aplicável e boas práticas à disposição das diferentes
substâncias químicas presentes. Este treinamento é recomendado aos
colaboradores que farão parte da brigada de emergências e aos
colaboradores dos setores/áreas de manutenção, operação e oficinas.
Treinamento específico em relação ao recolhimento e manuseio de
explosivos e acessórios deverá ser ministrado a brigada de
emergências e colaboradores que operarão o paiol de explosivos;
+ Legislação ambiental, com abordagem teórica da aplicação da
legislação ambiental estadual e federal. Este treinamento é
recomendado aos gestores dos setores/áreas de operação e meio
ambiente e saúde e segurança ocupacional;
+ Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), com abordagem
às responsabilidades e atribuições da equipe de CIPA. Este treinamento
é recomendado aos colaboradores que farão parte da CIPA.
+ Simulados emergenciais com exercícios teóricos e práticos de combate
emergencial em área, paralisação e evacuação de setores/áreas,
evacuação do empreendimento, acionamento de recursos e órgãos
externos e alerta e evacuação das comunidades. Estes treinamentos
deverão ser realizados de forma contínua, e deverão envolver os
355
colaboradores que farão parte da brigada de emergências e os gestores
dos setores/áreas de operação, manutenção e meio ambiente e saúde
e segurança ocupacional e os demais colaboradores que farão parte da
equipe de atuação emergencial do Plano de Ação de Emergências.
Quando aplicáveis, estes treinamentos deverão ser adequados/adotados para
a etapa de operação da Mineração Santa Elina.
Além dos treinamentos listados acima deverão ser previstos os devidos
treinamentos para capacitação operacional e manutenção, com conhecimento
nos desvios de processos, equipamentos de proteção, sistemas de proteção
e controle e ações emergenciais para normalização de situações de desvio.
Caberá a área/setor de recursos humanos a elaboração e aplicação das
diretrizes de treinamentos contemplando:
+ Treinamentos mínimos necessários;
+ Modo de realização dos treinamentos;
+ Modo de avaliação da eficácia do treinamento;
+ Responsáveis pela solicitação de novos treinamentos;
+ Responsáveis pela contratação de treinamentos externos;
+ Política para realização de treinamentos internos;
+ Responsáveis pela elaboração e divulgação do cronograma de
treinamentos da unidade;
+ Forma de divulgação dos treinamentos;
+ Registro dos treinamentos, com listas presenciais ou fotos;
+ Atualização do prontuário/registro do colaborador;
+ Realização de treinamentos não previstos no cronograma de
treinamentos;
+ Entre outras informações aplicáveis à política de treinamentos a ser
adotada na Mineração Santa Elina.
Deverá ser responsabilidade dos responsáveis de cada setor/área a
programação e indicação/determinação dos colaboradores que realizarão os
treinamentos necessários para as funções desempenhadas, atendendo a
periodicidade e necessidade estabelecidas.
Todo treinamento/simulado emergencial deverá ser organizado pelo
Coordenador do Plano de Ação de Emergências juntamente com o setor/área
de recursos humanos.
Nos casos em que houver necessidade de paralisações de setores/áreas,
evacuações de setores/áreas e/ou evacuações do empreendimento e área de
apoio, a programação do treinamento deverá envolver os gestores e/ou
responsáveis pelos setores/áreas envolvidos no exercido simulado.
10.9.4.12.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas a cada
área/setor/colaborador em relação a política de capacitação dos
colaboradores adotada na Mineração Santa Elina.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir, já nesta etapa, as responsabilidades que devem ser empregadas a
este item do Programa de Gerenciamento de Riscos.
356
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Elaboração e manutenção das diretrizes de capacitação/treinamentos
dos colaboradores;
+ Elaboração do programa e do cronograma de treinamentos;
+ Análise a aprovação dos programas de treinamento;
+ Divulgação do Cronograma/Plano de Treinamentos nos setores/áreas;
+ Programação e realização dos treinamentos nas periodicidades
estabelecidas;
+ Programação e indicação/determinação dos colaboradores que
realizarão os treinamentos divulgados;
+ Solicitação de novos treinamentos, não previstos no cronograma de
treinamentos;
+ Autorização de novos treinamentos não previstos em
Cronograma/Plano;
+ Gestão dos treinamentos obrigatórios;
+ O acompanhamento e avaliação do desempenho dos colaboradores
capacitados;
+ O registro do treinamento, com armazenamento/arquivo do meio
utilizado para registro (lista de presença, fotos, entre outros);
+ O registro da capacitação no prontuário do colaborador.
357
colaboradores envolvidos, sendo o processo de investigação realizado em
parceria por estes.
O encarregado/responsável imediato do colaborador deve encaminhar este
ao atendimento apropriado, quando necessário, e deverá tomar as devidas
ações imediatas para normalizar/paralisar a situação em andamento.
O procedimento de investigação de incidentes criado deverá ser
disponibilizado a todos os colaboradores, em meio físico, eletrônico ou por
meio de sistemas de gerenciamento de informações, se implementados.
A seguir estão apresentadas as diretrizes das informações que deverão
compor este item do Programa de Gerenciamento de Riscos da Mineração
Santa Elina, e que deverão ser desenvolvidas para o início da fase de
operação. São estas:
+ Definição de acidentes e incidentes;
+ Criação de Grupos de Trabalho para investigação do incidente;
+ Criação de formulário para investigação do incidente;
+ Definição de classes/graus de gravidade do evento;
+ Definição de meios para avaliação e adoção/implantação de medidas
para redução das causas dos incidentes já ocorridos na instalação;
+ Definição dos meios para divulgação dos resultados da investigação do
incidente;
+ Definição de diretrizes para realização de treinamento/capacitação dos
colaboradores com o objetivo de divulgar as causas e consequências
dos incidentes ocorridos;
+ Definição de diretrizes para tratamento de incidentes envolvendo
fatalidades, lesões permanentes ou perdas consideráveis ao
patrimônio e/ou ao meio ambiente;
+ Definição das responsabilidades envolvidas em cada etapa do processo
de investigação do incidente;
+ Emissão da CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho) no prazo de
até 24 horas após a ocorrência do incidente.
10.9.4.13.A. Responsabilidades
Este item tem por objetivo definir as responsabilidades empregadas durante
a aplicação do processo de investigação de incidentes na Mineração Santa
Elina.
Como o empreendimento ainda não se encontra instalado não é possível
definir, já nesta etapa, as responsabilidades que devem ser empregadas a
este item do Programa de Gerenciamento de Riscos.
Desta forma são apresentadas a seguir apenas a relação de
responsabilidades, sendo que, quando da consolidação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos, deverão ser definidos os responsáveis pela
manutenção e controle de cada um dos itens relacionados.
+ Elaboração e manutenção das diretrizes/procedimento para
investigação de incidentes ocorridos na instalação (operações);
+ Encaminhamento do colaborador acidentado ao pronto atendimento;
+ Adoção de ações imediatas para normalizar/paralisar a situação
acidental em andamento;
358
+ Início do processo de investigação e análise do incidente;
+ Definição do Grupo de Trabalho para o processo de investigação do
incidente;
+ Implantação e análise da efetividade das medidas mitigadoras
propostas;
+ Divulgação dos resultados do processo de investigação;
+ Capacitação/treinamento dos colaboradores em relação às causas e
consequências dos eventos acidentais ocorridos da Mineração Santa
Elina;
+ Emissão da CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho).
359
Caberá ao Coordenador do PGR a responsabilidade pelo acompanhamento da
implantação das ações corretivas apontadas, devendo ser verificada a
efetividade desta durante a realização da auditoria seguinte.
Ações corretivas que impliquem em gerenciamento de modificações deverão
seguir o procedimento apresentado no item Gerenciamento de Modificações
deste PGR.
Os formulários ou registros de auditoria do PGR e os planos contendo as ações
corretivas deverão permanecer arquivados e disponibilizados para consultas
dos colaboradores da instalação, devendo ser indicado quando da
implementação do PGR a área/setor/colaborador responsável por esta
atribuição.
10.9.4.14.A. Responsabilidades
Caberá ao Coordenador do PGR:
+ Programar e realizar as auditorias periódicas do PGR;
+ Indicar um colaborador interno para realização das auditorias do PGR;
+ Preencher o plano de ação, ou documento equivalente, com as ações
corretivas a serem adotadas para adequação das não conformidades
apontadas nas auditorias;
+ Identificar o investimento para adoção das medidas mitigadoras
propostas, e reportar o mesmo ao responsável pela instalação;
+ Acompanhar a implantação das ações corretivas e avaliar a efetividade
destas ações.
10.9.5.1. Justificativa
O Plano de Ação de Emergências é um documento voltado ao estabelecimento
das ações necessárias para o desencadeamento de ações emergenciais nas
instalações e áreas de apoio da Mineração Santa Elina, durante a etapa de
operação do empreendimento.
Neste estão estabelecidos a estrutura organizacional de emergência, os
procedimentos de acionamento do plano e de combate às situações
emergenciais, os recursos presentes, além de outras informações essenciais
para o desenvolvimento de um combate emergencial bem sucedido.
As diretrizes para desenvolvimento do Plano de Ação de Emergências da
unidade estão apresentadas nos itens a seguir, sendo recomendado que,
quando elaborado, componha um único documento a parte deste PGR,
facilitando assim a consulta e a disponibilização do mesmo às áreas, setores,
colaboradores envolvidos com as ações emergenciais na unidade e às
entidades externas de apoio tais como o Corpo de Bombeiros, órgão
ambiental e a Defesa Civil.
Embora o Plano de Ação de Emergências permaneça em documento a parte
ao Programa de Gerenciamento de Riscos é importante que este seja
submetido às mesmas premissas estabelecidas ao longo deste PGR, uma vez
que é parte integrante da estrutura deste.
360
10.9.5.2. Objetivos do PAE
O Plano de Ação de Emergência - PAE deverá estabelecer, passo a passo, o
conjunto de ações que devem ser desencadeadas no momento em que
ocorrer uma situação emergencial nas instalações e/ou áreas de apoio da
Mineração Santa Elina, ou que seja ocasionado por esta, colocando em risco
os colaboradores, os equipamentos, o meio ambiente ou a população que
possa estar presente nas proximidades da instalação.
Os procedimentos apresentados neste plano deverão estar fundamentados
nas ações operacionais realizadas na instalação.
Além da definição dos procedimentos emergenciais, o presente PAE deverá
possuir uma estrutura específica de forma a:
+ Definir as responsabilidades dos envolvidos na resposta a situações
emergenciais, por meio de uma estrutura organizacional específica
para o atendimento a acidentes.
+ Promover a integração das ações de resposta às emergências com
outras instituições, possibilitando assim o desencadeamento de
atividades integradas e coordenadas, de modo que os resultados
esperados possam ser alcançados.
+ Relacionar a estrutura da empresa presente para combate emergencial
nas instalações.
361
Vazamento: Perda parcial ou total do produto seja esta por derrame, por
perda de contenção ou por liberação acidental;
PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos: Documento que estabelece as
diretrizes para manutenção das condições operacionais seguras em uma
instalação;
PAM – Plano de Auxílio Mútuo;
EPI – Equipamento de Proteção Individual (máscara de elemento filtrante,
botas de segurança, luvas, capacete, óculos de segurança, etc...).
362
A seguir estão relacionadas as responsabilidades que devem ser
definidas/delegadas aos colaboradores que irão compor as equipes
integrantes da estruturada organizacional de atendimento emergencial.
+ Avaliação do tipo de ocorrência;
+ Determinação quanto a necessidade de acionamento do PAE;
+ Acionamento de entidades externas de apoio, tais como Defesa Civil,
Corpo de Bombeiros, Órgão Ambiental, Hospitais, Equipes de Pronto
Atendimento, Polícia Rodoviária, Planos de Auxílio Mútuo, entre outros;
+ Determinação da necessidade de evacuação da instalação e/ou da
região;
+ Reposição dos recursos utilizados durante o atendimento emergencial;
+ Análise do incidente para proposição de meios de mitigação das
causas;
+ Relação com a imprensa e público externo;
+ Repasse de informações ao apoio externo solicitado quanto à situação
emergencial em andamento;
+ Coordenação das ações de combate emergencial;
+ Combate emergencial a incêndios;
+ Combate emergencial a vazamentos;
+ Remoção de vítimas;
+ Prestação de primeiros socorros;
+ Liderança durante a evacuação de áreas da unidade;
+ Paralisação das áreas operacionais;
+ Desenvolvimento de serviços de manutenção durante cenários
emergenciais;
+ Entre outras que sejam necessárias para a eficiência do combate à
situação emergencial em andamento e proteção dos colaboradores,
comunidades e meio ambiente.
363
Identificada a Situação Informar à Sala de Controle
Emergencial da Unidade
Avaliação em área em
conjunto com o Líder da
Brigada de Emergências
Situação Sim
facilmente Fim da Emergência Registro da Ocorrência
normalizada?
Relação de Entidades Externas:
Corpo de Bombeiros – 193
Defesa Civil – 199
Não
Polícia Civil – 197
SAMU – 192 Situação Sim Acionamento imediato do
envolvendo
Corpo de Bombeiros
incêndio?
Não
Situação
envolvendo Sim Realização da auto-denúncia
vazamento de junto a órgão ambiental
substâncias?
Não
A Brigada de Emergência se
Acionamento da Brigada de
dirige diretamente para a área
Emergências
envolvida
Sim
Mobilização de recursos
Evacuação e Salvamento
materiais adicionais
Não Situação
Normalizada?
Sim
Registro da ocorrência e
Fim da Emergência início do processo de
investigação do incidente
364
10.9.5.4.G. Equipamentos para Proteção no Combate
Emergencial
Neste item deverão ser apresentados os equipamentos de proteção a serem
utilizados durante o combate às possíveis situações emergenciais nas
instalações da Mineração Santa Elina.
Para os casos em que a situação emergencial em andamento requer
equipamentos específicos, como é o caso de combate a incêndios e combate
a vazamentos envolvendo substâncias ácidas e/ou corrosivas, os
equipamentos de proteção deverão ser discriminados por tipo de cenário
emergencial.
365
sob a forma de anexo deste documento, facilitando assim a consulta e a
atualização dos mesmos.
Biruta
Direções
Preferenciais
Vento
366
hospital mais próximo para avaliação e acompanhamento médico
especializado.
367
Treinamento Interno de Primeiros Socorros
Periodicidade: trimestral
Equipes envolvidas: brigadistas de emergência, sob coordenação da área de
segurança do trabalho
Objetivo: realização de exercícios práticos de aplicação de procedimentos de
primeiros socorros em vítimas, incluso vítimas de descargas elétricas.
368
Divulgação do PAE
Este plano deve ser disponibilizado para consulta por parte de todos os
colaboradores da instalação e demais colaboradores que desempenhem
serviços na Mineração Santa Elina.
É recomendado que após finalizado o PAE da Mineração Santa Elina uma cópia
seja mantida/disponibilizada na portaria para eventuais consultas de órgãos
externos no momento de uma ocorrência.
Quando da revisão do mesmo a Coordenação do PAE deverá informar e
atualizar os documentos distribuídos na instalação, ou então indicar um
colaborador para isto.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Gerenciamento de n n n
Riscos
10.9.5.7. Responsabilidades
A Coordenação do Programa de Gerenciamento de Riscos tem como
atribuição principal gerenciar a aplicação das informações, o uso das
ferramentas e o cumprimento das responsabilidades definidas neste
programa, por parte dos setores e/ou áreas envolvidas com a manutenção e
operação das instalações.
Quando do desenvolvimento e implantação deste Programa de
Gerenciamento de Riscos deverá ser determinado o responsável pela
implantação e acompanhamento da sistemática de gestão dos riscos
apresentado neste.
Caberá ao Coordenador do PGR delegar as devidas atribuições aos
responsáveis envolvidos com cada item deste programa, para manutenção
deste. Esclarece-se que além da coordenação deste programa o Coordenador
do PGR deve ser responsável por demais atribuições conferidas a ele,
relativas ao cargo/função.
369
Um fato importante que deve ser destacado é o de que a aplicação e
manutenção de todos os itens relacionados neste PGR deve ser realizada de
maneira a evitar que haja descontinuidade operacional no Projeto DM1 a.
Desta maneira, o sucesso da implementação dos itens preconizados neste
documento é função do planejamento, organização e conscientização dos
colaboradores envolvidos com as atividades operacionais e dos
coordenadores de suas respectivas áreas de atuação.
Toda documentação envolvida no gerenciamento dos riscos da instalação
deve estar continuamente disponível aos colaboradores da unidade, devendo
ser disponibilizada, sempre que necessário, para consulta dos órgãos
competentes.
Por este motivo recomenda-se que toda documentação de registro de
inspeções, atividades, alterações e operações, contempladas neste
programa, sejam arquivadas por, pelo menos, 3 (três) anos.
Caso a unidade venha a utilizar ferramentas para gestão de informações
(sistemas de gestão de informações e documentos), estas deverão ser
apresentadas e descritas neste item quando do desenvolvimento e
implantação do PGR, sendo relacionados os documentos (procedimentos e
diretrizes) que norteiam o uso, manutenção e responsabilidades atribuídas
aos gestores do sistema.
370
10.10. Plano de Contingência Socioambiental (PCSA)
10.10.1. Justificativa
Este Plano de Contingência Socioambiental (PCSA) foi elaborado para
preparação a resposta emergencial em caso de cenários acidentais que
possam impor risco direto e imediato à sociedade presente na região de
entorno do Projeto DM1. Este plano não substitui o Plano de Ação de
Emergências do empreendimento, sendo complementar a este.
10.10.2. Objetivos
371
+ Formação de Grupo de Trabalho;
+ Definição dos Cenários Acidentais (Cenários de Risco);
+ Recursos e Capacidade de Resposta;
+ Ações e Procedimentos; Aprovação,
+ Implantação e Divulgação; e
+ Revisões.
Os itens que compõem esta diretriz de Plano de Contingência Socioambiental
estão desenvolvidos a seguir, devendo estes serem considerados para
implantação deste plano quando da etapa de Licença de Operação do Projeto
DM1.
372
Tabela 10.10.4-1 - Grupo de Trabalho
373
Tabela 10.10.4-2: Cenário Acidental
Capacidades e
Ameaça Vulnerabilidade Risco
Recursos
Cava para
Alagamento da cava contenção primária
Chuvas excepcionais com lesões e/ou da água
fatalidade de extravasada
Falha estrutural colaboradores
devido a erro de Treinamento da
projeto ou Alagamento em áreas comunidade e
construção a jusante, com entidades de
mortandade de resposta
Inundação Bloqueio dos vegetação e emergencial
sistemas de espalhamento de
drenagem (topo sujidade Abrigos
e/ou fundo) temporários para a
Alagamento de casas população
Falha estrutural por presentes na
removida das
abalo sísmico proximidade das áreas
áreas alagadas.
Equipe de limpeza
374
+ Infraestrutura de Transporte: trata-se de recursos governamentais,
privados e de empresas contratadas, sendo este composto por:
ambulâncias e veículos de socorro e transporte de vítimas e veículos
para transporte em massa da comunidade (ônibus, micro-ônibus,
vans).
É recomendado que a relação dos recursos seja atualizada nas seguintes
situações:
+ Alterações nas instalações que impliquem na criação de novos cenários
de risco ou alterações nos cenários de risco;
+ Ocorrência de desastres; e
+ Ao menos 1 vez ao ano, caso não ocorra nenhuma das situações
indicadas acima.
375
de vítimas nas áreas atingidas. Deverão ser mapeados os centros
médicos locais e regionais com informações sobre a localização,
distância, vias de acesso a estes, capacidade de resposta,
especialidade, horário de funcionamento e contatos. A remoção e
socorro às vítimas deve ser feita por entidade especializada (SAMU,
hospitais, centros médicos);
+ Assistência às Vítimas: objetiva assegurar as condições necessárias
para manutenção das vítimas durante o período do cenário de risco
(período de ocorrência e pós ocorrência), com ações de fornecimento
de abrigo, mantimentos, segurança pública, água potável, higiene,
limpeza vestimentas, banheiros, entre outros, assim como manejo e
disposição de cadáveres (humanos e animais) e apoio logístico aos
recursos humanos e materiais (fornecimento de mantimentos).
Embora a responsabilidade inicial pela assistência às vítimas esteja
centrada no município, esta deve ser compartilhada com demais
agentes para suportar a necessidade de recursos materiais e humanos
e com o empreendedor;
+ Reestabelecimento de Serviços Essenciais: objetiva possibilitar o
retorno seguro às áreas atingidas, com avaliações estruturais das
edificações potencialmente afetadas, segurança pública,
reestabelecimento de sistemas de água, esgoto, energia elétrica e
transporte público, limpeza de vias e edificações e desobstrução de
vias (retirada de escombros). Embora a responsabilidade inicial pelo
reestabelecimento dos serviços essenciais esteja centrada no
município, esta deve ser compartilhada com demais entidades de apoio
e com o empreendedor.
É essencial que no Grupo de Trabalho estejam definidos claramente os
responsáveis pela coordenação dos recursos (humanos e materiais)
envolvidos em cada ação, assim como seus suplentes em caso de ausência
destes.
10.10.4.5.A. Aprovação
Toda revisão deste Plano de Contingência Socioambiental deve passar por
aprovação do Grupo de Trabalho, em reunião oficial com leitura do
documento final e assinatura de folha de revisões.
Após a aprovação deve ser disponibilizada uma via impressa e cópia
eletrônica da última versão completa aos membros do Grupo de Trabalho
A responsabilidade por disponibilização das vias atualizadas é da Mineração
Santa Elina.
10.10.4.5.B. Implantação
A implantação deste Plano de Contingência Socioambiental é realizada por
meio de exercícios simulados envolvendo os coordenadores das ações /
procedimentos e demais membros do Grupo de Trabalho. Cabe a estes a
decisão, durante o planejamento do exercício simulado, de quais entidades
e/ou comunidades serão envolvidas adicionalmente.
376
O exercício simulado deve ser realizado ao menos 1 vez ao ano, e deve
envolver as etapas de alerta, alarme e remoção e socorro às vítimas, devendo
o desenvolvimento dos exercícios simulados ser realizado de forma gradual,
sendo proposto inicialmente nestas diretrizes:
+ 1º exercício simulado
§ Ações de alerta das entidades envolvidas.
+ 2º exercício simulado
§ Ações de alerta das entidades envolvidas e alarme para
acionamento de ações com contato com as comunidades
envolvidas, sem que haja remoção.
+ 3º exercício simulado
§ Ações de alerta das entidades envolvidas, alarme para
acionamento de ações e remoção das comunidades envolvidas
(com ou sem o uso de transporte em massa, a depender da
extensão do cenário), com determinação de áreas de socorro e
de assistência/abrigo das vítimas.
A programação, planejamento e execução dos exercícios simulados são de
responsabilidade dos membros do Grupo de Trabalho, com suporte da
Mineração Santa Elina.
A realização de cada exercício simulado deve ser procedida de uma avaliação
das ações desencadeadas neste simulado. Esta avaliação deve ser realizada
pelo Grupo de Trabalho, logo após a realização do exercício simulado para
que seja possível capturar o máximo de informação possível, e abranger
todas as etapas/ações desenvolvidas no simulado, incluso disponibilidade de
recursos humanos, materiais e entidades de apoio (hospitais, abrigos,
transporte, entre outros).
Caso haja recomendações relativas a melhorias e/ou correções/adequações
das ações desenvolvidas, estas deverão ser discutidas e registradas, sendo
estabelecidos responsáveis pela implantação destas. Os resultados da
avaliação do exercício simulado devem ser registrados em documento
assinado por todos os integrantes do Grupo de Trabalho.
É importante que durante o processo de avaliação do exercício simulado seja
lido o registro da avaliação do exercício simulado anterior, de forma que
sejam identificados problemas ou necessidades de melhorias similares,
permitindo assim uma avaliação da eficácia da ação implementada
anteriormente.
Além disso, a Mineração Santa Elina deve implantar uma sistemática de
inspeção e registro da integridade do dique da barragem principal, assim
como das demais barragens, sendo estabelecido critério claro e objetivo para
julgamento da necessidade de acionamento deste Plano de Contingência
Socioambiental por meio da ação de alerta.
377
10.10.4.5.C.Divulgação
A divulgação deste Plano de Contingência Socioambiental deve ser feita a
todos os membros do Grupo de Trabalho, com disponibilização de vias
impressas e cópias digitais deste plano.
A forma de divulgação dos exercícios simulados à demais entidades que não
fazem parte do Grupo de Trabalho e/ou a população deve ser discutida e
planejada pela Grupo de Trabalho quando da implantação deste Plano de
Contingência Socioambiental, podendo para isto serem utilizados panfletos
autoexplicativos e/ou realizados eventos sociais com este objetivo. A
responsabilidade pelo fornecimento dos recursos para esta finalidade é da
Mineração Santa Elina.
10.10.4.6. Revisões
A revisão deste Plano de Contingência Socioambiental deve ser realizada na
ocorrência das seguintes situações:
+ Atualização/mudanças em telefones e contatos de emergência;
+ Atualização de membros ou entidades do Grupo de Trabalho;
+ Atualização de recursos disponíveis, incluindo transporte e recursos de
terceiros com atuação no plano;
+ Atualização de recursos voltados a remoção, socorro e assistência às
vítimas (hospitais, clínicas, locais de abrigos, pontos de encontro, vias
de acesso e remoção de vítimas, áreas de socorro às vítimas, suporte
para fornecimento de água, alimentação e instalações sanitárias,
remoção e destinação de corpos, entre outros);
+ Alterações nas instalações que impliquem na criação de novos cenários
de risco ou alterações nos cenários de risco;
+ Ocorrência de desastres;
+ 1 vez ao ano, caso não ocorra nenhuma das situações indicadas acima.
+ Após a revisão, este plano deve passar pela aprovação do Grupo de
Trabalho, conforme estabelecido no item anterior.
378
10.10.6. Duração e Etapa de Implementação
O Plano de Contingência Socioambiental não possui duração, sendo contínuo
após implantação e início das operações do empreendimento, conforme
cronograma a seguir.
Quadro 10.10.6-1 - Etapa de Implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Plano de
Contingência n n n
Socioambiental
10.10.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implantação e manutenção deste Plano de
Contingência Socioambiental é do empreendedor.
Durante a implantação será formado um Grupo de Trabalho com membros
de entidades de apoio, sociedade civil e da própria Mineração Santa Elina para
os quais serão delegadas atribuições de coordenações de ações específicas.
379
10.11. Programa de Monitoramento da Dinâmica e da Qualidade
das Águas Subterrâneas
10.11.1. Justificativa
Durante as fases de implantação, operação e desativação do
empreendimento serão realizadas atividades que poderão alterar a qualidade
das águas subterrâneas e promover variações dos níveis estáticos dos
aquíferos presentes presente na ADA e entorno imediato.
A geração de cargas potenciais de contaminação está ligada prioritariamente
à operação dos sistemas de controle e operação da mina e à operação das
instalações industriais. Secundariamente, com menor significância, a geração
de cargas pontuais passíveis de contaminação, representadas por resíduos
sólidos e efluentes líquidos, está relacionada às atividades de limpeza e
preparação do terreno, remoção da vegetação, obras de terraplenagem,
implantação e operação do canteiro de obras e das frentes de obras,
implantação das instalações industriais, implantação e melhoria de acessos e
implantação dos sistemas de controle e operação da mina.
As áreas sujeitas à elevação ou rebaixamento do nível d’água dos aquíferos
correspondem àquelas próximas a área da cava, às pilhas de rejeito e estéril
e ao reservatório de água pelo barramento no córrego DM1. De modo geral,
as variações do nível d’água dos aquíferos quando significativas poderão
provocar, com o rebaixamento do nível d’água, a extinção de nascentes e
comprometimento no abastecimento por poços, além de diminuir a vazão dos
rios.
Conforme descrito no Diagnóstico Ambiental, na área ocorre o Aquífero do
Embasamento, fraturado, compreendido pela Sequência Metavulcano-
Sedimentar Nova Brasilândia (CPRM, 1998), na qual localmente ocorrem mica
quartzo xistos. Entretanto, em escala local, conceitualmente pode-se
considerar sobre este Aquífero do Embasamento a ocorrência de um Aquífero
Raso, no nível freático, de porosidade granular, composto por uma camada
de solo de silte arenoso a silte argiloso, com espessuras de 2 a 4 metros e
uma camada de saprolito siltoso de espessura métrica a decamétrica.
O cruzamento da informação de vulnerabilidade natural do aquífero de nível
médio, com o potencial elevado para gerar uma carga contaminante no
subsolo, demonstra o risco de contaminação, evidenciando, portanto, a
importância do controle de efluentes lixiviados pela atividade da mina, bem
como o monitoramento adequado da qualidade das águas do aquífero.
O presente programa propõe medidas preventivas e corretivas para os
impactos previstos, que deverão ser adotadas para minimizar a significância
ou mesmo evitar que esses impactos ocorram. Este plano tem execução
contínua, ou seja, as principais áreas nas quais ocorrerão as atividades
listadas acima serão monitoradas até a fase de desativação do
empreendimento ou, caso seja constatada uma contaminação remanescente,
até que o órgão competente considere-as devidamente remediadas.
Destaca-se que no Diagnóstico Ambiental detectou-se a ocorrência de
concentrações de Alumínio, Ferro e Manganês na água subterrânea. Entre as
duas campanhas de amostragem realizadas, em agosto de 2017 e janeiro de
2018, o pH aumentou nos poços PM03, PM04 e PM05, porém diminuiu nos
380
poços PM01 e PM02. Os resultados analíticos das amostras de água
mostraram um aumento na concentração de Alumínio, Ferro e Manganês da
primeira para a segunda campanha de amostragem. Os resultados analíticos
das amostras de água durante a segunda campanha de amostragem
apresentaram concentrações acima do valor de referência para o Alumínio
(PM01, PM02 e PM03), o Ferro (PM01, PM02 e PM03) e o Manganês (PM02).
Nos poços de monitoramento, foram realizadas medições de nível d’água na
estação seca e na estação chuvosa e notou-se uma gradativa subida do nível
d’água entre agosto e fevereiro. Entretanto, pontualmente houve uma queda
do nível d’água no PM05, localizado no extremo sudoeste da ADA. Para o
PM03 houve também uma queda pontual do nível d’água no mês de janeiro.
10.11.2. Objetivos
O Programa de Monitoramento da Dinâmica e da Qualidade das Águas
Subterrâneas objetiva o monitoramento dos níveis da água subterrâneas e
da qualidade das águas dos aquíferos, bem como, apontar medidas
preventivas e corretivas necessárias à preservação dos mesmos, em função
de impactos previstos decorrentes de atividades realizadas durantes a
implantação, operação e desativação do empreendimento.
O monitoramento da dinâmica das águas subterrâneas visa avaliar as
variações dos níveis estáticos dos diferentes aquíferos existentes na ADA, e
entorno imediato, de forma a acompanhar os movimentos da água
subterrânea para a adoção de medidas relacionadas aos impactos esperados.
O monitoramento da qualidade das águas subterrâneas visa avaliar a
qualidade dos recursos hídricos subterrâneos, monitorando os parâmetros
específicos descritos na legislação federal vigente e concernentes aos
possíveis agentes poluidores presentes.
381
preventivas, de controle e recuperação propostas ao empreendimento são
apresentadas no Programa de Controle Ambiental das Obras – PCAO, no
Programa de Gestão de Resíduos Sólidos – PGRS; no Programa de Gestão de
Efluentes Líquidos – PGEL; no Programa de Monitoramento da Rede Hídrica e
no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD.
No âmbito do Plano Básico Ambiental serão definidos e detalhados os
seguintes itens:
+ Rede Amostral;
+ Plano de instalação de poços de monitoramento de qualidade e de
monitoramento do nível d’água;
+ Levantamento de todos os poços existentes nas propriedades
localizadas no entorno do empreendimento para monitoramento de
nível d’água;
+ Frequência de amostragem;
+ Procedimentos de coleta e análise das amostras;
+ Procedimentos para leituras do nível d’água nos poços de
monitoramento; e
+ Forma de apresentação dos dados e relatório técnico.
382
Quadro 10.11.6-1 - Cronograma do Programa de Monitoramento da
Dinâmica e da Qualidade das Águas Subterrâneas
Fases do Empreendimento
Diretrizes/Ações
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Monitoramento da
Dinâmica e
n n n n
Qualidade das
Águas
Subterrâneas
10.11.7. Responsabilidades
A execução do Plano de Monitoramento da Qualidade da Água deverá ficar a
cargo da Santa Elina, com a possibilidade de estabelecimento de convênios
com entidades públicas e privadas, podendo contratar serviços especializados
de terceiros para sua execução.
383
10.12. Programa de Controle e Monitoramento de Ruído
10.12.1. Justificativa
O Projeto DM1 terá a maior parte de suas instalações a céu aberto, com
atividades que apresentam possibilidade de gerar ruído a grandes distâncias.
No entorno do empreendimento existem algumas propriedades que podem
ser impactadas pelo aumento de ruído.
Durante a elaboração do EIA foram medidos níveis de ruído em receptores
críticos localizados no entorno da área do empreendimento e em todos os
pontos e em ambos os períodos de medição, o Lra superou o NCA, e, desse
modo, o Lra assumiu a função de NCA, tornando-se o limite de referência
para futuras comparações com os níveis sonoros gerados nas fases de
implantação, operação e desativação do empreendimento.
Dessa forma, torna-se necessário avaliar e monitorar a propagação sonoro e
estimar os níveis de ruído a serem gerados, bem como os possíveis
incômodos à comunidade.
10.12.2. Objetivos
384
10.12.4. Metodologia e Descrição das Atividades
A realização das campanhas de medição de ruído deverá ser norteada pelas
ações estabelecidas a seguir.
385
identificar e registrar o horário destas ocorrências e respectiva
periodicidade.
+ As campanhas deverão ocorrer com periodicidade trimestral durante o
primeiro ano de execução, podendo passar a ser semestral caso nos
próximos anos não haja relatos de incômodos dos receptores
potenciais durante entrevistas;
+ Não deverão ser efetuadas medições na existência de interferências
audíveis advindas de fenômenos da natureza (por exemplo: trovões e
chuvas fortes);
+ Durante as medições sonoras também deverão ser registrados os
valores de temperatura, umidade, velocidade e direção do vento,
coordenadas dos pontos de medição (GPS); e fotografados os pontos
de medição com os equipamentos instalados no local para o devido
registro fotográfico e fornecimento ao órgão licenciador; e
+ Todas as medições sonoras deverão ser efetuadas em modo contínuo
de monitoramento, registrando Níveis Sonoros Equivalentes Contínuos
(Leq), na curva de ponderação A, de um em um segundo, durante todo
o intervalo de medição.
+ Os relatórios técnicos de cada campanha deverão conter:
§ Marca, tipo ou classe e número de série de todos os
equipamentos de medição utilizados;
§ Data e número do último certificado de calibração de cada
equipamento de medição;
§ Desenho esquemático e/ou descrição detalhada dos pontos da
medição;
§ Horário e duração das medições do ruído;
§ Temperatura, umidade, velocidade e direção do vento durante
as medições;
§ Valores registrados de um em um segundo durante os períodos
de medição de ruído;
§ Níveis sonoros estatísticos, L10, L90, bem como os valores de
Leq;
§ Coordenadas geográficas dos pontos monitorados;
§ Fotografias dos equipamentos posicionados em cada um dos
locais de medição.
+ Deverão ser utilizados como referência os níveis sonoros
recomendados pela norma da ABNT, NBR 10.151 – “Avaliação do ruído
em áreas habitadas visando o conforto da comunidade”, apresentados
a seguir.
386
Quadro 10.12.4-1- Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto
da comunidade
Fonte: ABNT, NBR 10.151 - “Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da
comunidade”.
387
10.12.6. Duração e Etapa de Implementação
O programa de monitoramento deve ser realizado durante as fases de
implantação, operação e desativação do empreendimento, uma vez que todas
as referidas etapas apresentam atividades emissoras de ruídos, conforme
cronograma a seguir.
Quadro 10.12.6-1 – Etapas da Implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Controle
e Monitoramento de n n n
Ruído
10.12.7. Responsabilidades
O empreendedor é responsável pela implementação do programa e execução
das ações propostas.
388
10.13. Programa de Manejo de Fauna Terrestre
10.13.1. Justificativa
A supressão da vegetação para a implantação do empreendimento exercerá
impacto negativo sobre as populações e comunidades de fauna terrestre nas
áreas de influência do empreendimento.
Esse impacto deverá acontecer de duas formas distintas, sendo na potencial
perda de indivíduos da fauna durante a supressão, assim como na potencial
alteração sobre parâmetros biológicos das populações e comunidades como
um todo, em função da eliminação de habitats para os organismos.
Visto que tais impactos tendem a ter abrangências espaciais e temporais
distintas, é necessário que a implementação do Programa de Manejo da
Fauna Terrestre contemple essas distinções a partir de ações de mitigação e
monitoramento focadas em cada aspecto negativo do impacto.
A perda de indivíduos por injúrias causadas principalmente durante as
atividades de supressão da vegetação pode ser mitigada através de ações
que visem afugentar animais desses locais, assim como prover atendimento
médico-veterinário a exemplares eventualmente machucados. Exemplares
com menor capacidade de deslocamento poderão ser capturados e
translocados para os locais indicados como possíveis áreas de soltura visando
a translocação dos mesmos. Cabe ressaltar que tais atividades estão
vinculadas a autorizações do órgão ambiental.
10.13.2. Objetivos
389
10.13.3. Abrangência e Público Alvo
Este programa será implantado em todas as áreas onde será efetuada a
retirada da cobertura vegetal para a implantação do empreendimento, bem
como áreas na AID onde haja remanescentes de vegetação nativa, bem como
áreas onde não há previsão de ocorrência de alterações das comunidades da
fauna terrestre por consequência da implantação do empreendimento e que
serão utilizadas como áreas-controle para este programa.
Este programa tem como público alvo o empreendedor, bem como o órgão
ambiental licenciador do empreendimento, população local e instituições
científicas.
390
+ Orientação da supressão da vegetação, de forma que o sentido da
supressão favoreça o afugentamento passivo dos animais;
+ Para animais que possuem baixa capacidade de deslocamento, deverá
ser feita a captura dos indivíduos com posterior soltura em áreas
preservadas da AID; e
+ Encaminhamento de animais que vierem a óbito a instituições
competentes, capazes de depositar os espécimes em coleções
científicas.
Programa de
Manejo da
n n
Fauna
Terrestre
10.13.7. Responsabilidades
A responsabilidade pela implantação deste programa é do empreendedor. O
empreendedor poderá contratar empresa especializada, no entanto deverá
prover a empresa contratada com todas as instruções necessárias para o
cumprimento deste programa, além de exercer a fiscalização para que a
mesma execute-o da forma correta, havendo, portanto, corresponsabilidade
de ambos na execução do programa.
391
10.13.8. Resultados Esperados
Com a implantação desse programa espera-se atingir os seguintes
resultados:
+ Diminuição do número de exemplares da fauna silvestres injuriados
e/ou mortos durante as atividades de supressão vegetal; e
+ Translocação de espécimes de baixa capacidade de locomoção para
áreas que não sofrerão alterações com o objetivo de salvaguardar os
mesmos;
+ Avaliação das possíveis alterações e/ou aumento do conhecimento
das comunidades faunísticas da área de influência do
empreendimento.
392
10.14. Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar
10.14.1. Justificativa
O Projeto DM1 possui atividades que deverão gerar emissões atmosféricas, e
nesse contexto, foi elaborado o referido programa para avaliar os efeitos do
empreendimento na qualidade do ar da região, bem como monitorar a
eficácia das medidas mitigadoras adotadas para reduzir a concentração de
poluentes liberados para a atmosfera.
As atividades de implantação e operação geram um acréscimo significativo
da quantidade de material particulado emitido para a atmosfera, que pode
alterar a qualidade do ar local. No Diagnóstico Ambiental foi realizada
medição de qualidade do ar na área do empreendimento, na estação seca,
considerada mais crítica, onde constatou-se que, na maior parte das
amostras não ocorreu ultrapassagem do limite estabelecido nos dias
amostrados.
10.14.2. Objetivos
393
10.14.4. Metodologia e Descrição das Atividades
Paralelamente ao monitoramento do material particulado devem ser
efetuadas medições dos parâmetros meteorológicos locais, especificamente:
velocidade do vento, direção do vento, quantidade de precipitação,
temperatura do ar, umidade relativa e radiação solar.
As medições devem ser efetuadas nas habitações mais próximas, localizadas
no entorno do empreendimento que podem ser impactadas pelas atividades
do empreendimento.
No âmbito do Plano Básico Ambiental serão definidos os seguintes itens:
+ Rede Amostral;
+ Detalhamento dos métodos de monitoramento dos referidos
parâmetros (metodologias, equipamentos, critérios para localização de
equipamentos de amostragem e especificidades relacionadas às
amostragens e análises das mesmas);
+ Tempo e amostragem e frequência das campanhas;
+ Análise dos dados e relatório técnico, incluindo análise dos resultados
obtidos à luz dos padrões legais vigentes.
Legenda:
394
10.14.6. Duração e Etapa de Implementação
O programa de monitoramento deve ser realizado durante as fases de
implantação, operação e desativação do empreendimento, uma vez que todas
as referidas etapas apresentam atividades emissoras de material particulado,
conforme cronograma a seguir.
Quadro 10.14.6-1 - Etapa de Implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Monitoramento
da Qualidade n n n n
do Ar
10.14.7. Responsabilidades
O empreendedor é responsável pela implementação de medidas de mitigação
em face de alterações na qualidade do ar no entorno do empreendimento.
395
10.15. Programa de Monitoramento da Biota Aquática
10.15.1. Justificativa
O presente programa justifica-se pela necessidade de avaliar e monitorar os
eventuais impactos decorrentes da implantação do empreendimento sobre as
comunidades de biota aquática. Tais acompanhamentos foram considerados
devido à interferência do projeto no Córrego DM1.
10.15.2. Objetivos
396
Serão utilizadas diferentes artes de pesca para a coleta, prevista para o
monitoramento de ictiofauna, no entanto, o esforço de coleta deverá ser
padronizado, compondo uma amostragem quantitativa. A fim de evitar a
perda de informação taxonômica, amostragens qualitativas adicionais
deverão ser realizadas adicionalmente em conjunto com as amostragens
quantitativas. É indicada ainda a análise do estádio de maturação gonadal
das espécies capturadas.
Portanto, as principais ações de monitoramento compreendem:
+ Obtenção da autorização para a coleta de fauna;
+ Definição da equipe;
+ Definição de áreas/pontos de amostragem;
+ Definição dos grupos a serem amostrados;
+ Seleção de indicadores para os grupos;
+ Definição de metodologias de amostragem por grupo;
+ Elaboração de relatórios.
10.15.4.2.A. Fitoplâncton
Em cada ponto de amostragem, serão tomadas amostras qualitativas
(composição taxonômica) e quantitativas do fitoplâncton (densidade),
segundo metodologia preconizada pelo Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater, 22ª ed., 2012.
Em laboratório, a quantificação do fitoplâncton seguirá o método de
sedimentação em câmaras de Utermöhl. A identificação taxonômica do
fitoplâncton será realizada ao nível de gênero ou espécie baseada em
bibliografia para cada grupo de algas e de cianobactérias, como Tremarin
(2005), Bicudo & Menezes (2006), Tucci et al. (2006), Oliveira (2008),
Rodrigues et al. 2010 e Sant’Anna et al. (2012).
A densidade numérica do fitoplâncton será expressa em termos de número
de indivíduos (org./mL) e também por meio de células de cianobactérias
(cél./mL) em atendimento à Resolução Conama 357/05.
10.15.4.2.B. Zooplâncton
Em campo, as amostras qualitativas (composição taxonômica) e quantitativas
(densidade) do zooplâncton serão tomadas, em cada ponto de amostragem,
seguindo a metodologia recomendada pelo Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater, 22ª ed., 2012.
Em laboratório, as amostras serão analisadas de acordo com a metodologia
proposta pelo Standard Methods (2012, op. cit.). Os indivíduos serão
identificados com auxílio de microscópio ótico, sempre que possível ao nível
de espécie, e contados em câmara de Sedgewick-Rafter. Para identificação,
serão utilizadas as seguintes referências: Gauthier-Leèvre et al. (1958),
Koste (1978), Reld (1985), Elmoor-Loureiro (1997), Souza (2008), Neves
(2011), entre outras. A densidade numérica será expressa em organismos
por metro cúbico (org./m³).
10.15.4.2.C.Invertebrados bentônicos
397
Em cada ponto de coleta, serão tomadas amostras qualitativas (composição
taxonômica) e quantitativas de invertebrados bentônicos (densidade),
segundo metodologia preconizada pelo Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater, 22ª ed., 2012.
Em laboratório, as amostras serão triadas em placas de Petri quadriculadas,
sob estereomicroscópio com aumento de 40 vezes. Posteriormente, será
realizada a identificação dos organismos de acordo com o grupo taxonômico,
utilizando-se como referência Pérez (1988), Trivinho-Strixino & Strixino
(1995), Merritt & Cummins (1996), Melo (2003), Costa et al. (2004), Pes et
al. (2005), Dominguez et al. (2006), Simone (2006), Segura et al. (2011),
Neiss (2012), entre outras.
Os resultados de densidade numérica de invertebrados bentônicos serão
expressos em organismos por metro quadrado (org./m²).
398
Fases do Empreendimento
Diretrizes/Ações
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Monitoramento da
Dinâmica e
n n
Qualidade das
Águas
Subterrâneas
10.15.7. Responsabilidades
A responsabilidade de implantação do presente Programa é do empreendedor
e da empresa de consultoria contratada para a sua realização.
399
10.16. Programa de Controle da Supressão de Vegetação
(PCSV)
10.16.1. Justificativa
O Programa de Controle da Supressão Vegetal (PCSV) é destinado ao
planejamento e execução da supressão de vegetação (remoção total ou
parcial da vegetação) de áreas necessárias à implantação do
empreendimento (áreas de lavra, pilhas de estéril e rejeito, unidade de
beneficiamento e áreas de apoio).
O principal diploma legal que dispõe sobre a gestão florestal no uso
alternativo do solo, licenciados pela SEDAM (Secretaria de Estado e
Desenvolvimento Ambiental de Rondônia) é o Decreto Estadual n°
19.467/2015.
Este programa relaciona-se também, direta ou indiretamente, com o
Programa de Resgate de Germoplasma, Programa de Afugentamento e
Manejo de Fauna durante a Supressão de Vegetação com os quais deverá
haver diferentes níveis de interação.
10.16.2. Objetivos
400
10.16.4. Metodologia e Descrição das Atividades
O desmatamento ou corte raso da vegetação poderá ser realizado de maneira
semi-mecanizada, sendo apresentado de acordo com a sequência
operacional:
+ Treinamento das equipes de campo;
+ Delimitação das áreas de supressão;
+ Salvamento de Germoplasma Vegetal;
+ Construção de acessos para escoamento dos produtos;
+ Método semi-mecanizado:
+ Seleção das árvores comerciais;
+ Instalação dos pátios de madeira temporários e definitivos;
+ Abertura de caminhos de fuga;
+ Broque (limpeza do sub-bosque);
+ Corte seletivo (árvores com DAP ≥ 30 cm);
+ Traçamento e desgalhamento (livrar o fuste do sistema radicular e
copa);
+ Arraste (condução das toras até os pátios de estocagem);
+ Determinação de madeira comercial e não comercial (avaliação de
DAP, formação de fuste, característica da madeira);
+ Empilhamento e romaneio (obtenção do volume) da madeira em pátios
definitivos nas laterais do pátio;
+ Retirada das árvores remanescentes, corte raso e destoca;
+ Transporte de material proveniente de desmatamento;
+ Estocagem e destinação final da madeira.
A supressão deve ser realizada utilizando técnicas de corte que favoreça o
direcionamento da queda, visando minimizar os danos no fuste, facilitar o
arraste, além de proporcionar maior segurança para os trabalhadores.
401
10.16.6. Duração e Etapa de Implementação
Este programa deverá ser executado a partir da fase de implantação,
conforme cronograma a seguir.
Quadro 10.16.6-1 – Etapa de implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Controle da n
Supressão Vegetal
10.16.7. Responsabilidades
A responsabilidade de implantação e execução do programa será da empresa
contratada para a realização das obras do empreendimento. No entanto,
destaca-se que caberá ao empreendedor a responsabilidade de gestão do
programa.
402
10.17. Programa de Comunicação Social (PCS)
10.17.1. Justificativa
O Programa de Comunicação Social (PCS) do Projeto DM1 é pautado em
alguns pressupostos básicos:
+ A comunicação é fundamental para o esclarecimento e sensibilização
da população e outras partes interessadas quanto ao projeto;
+ A comunicação é essencial para que a população e outras partes
interessadas compreendam o empreendimento e as alterações que a
sua chegada acarretará no cotidiano da região;
+ A comunicação favorece o diálogo, ao levar informações relevantes e
de forma transparente para a comunidade que será impactada pelo
empreendimento;
+ A comunicação é a melhor ferramenta para o estabelecimento de
interface próxima entre a Mineração Santa Elina e a população local.
De modo geral, a implantação de empreendimentos minerários cria na
população e nos demais atores envolvidos expectativas e inseguranças (reais
ou não) que precisam ser compreendidas e trabalhadas no sentido de
esclarecer o que ocorrerá de fato. O Programa de Comunicação Social (PCS)
deve possuir ferramentas de respostas adequadas e articuladas a estes
anseios. Sua implementação consiste no estabelecimento de um conjunto de
canais de informações e de relacionamento entre o empreendedor e a
população afetada, direta ou indiretamente pelo empreendimento, além do
envolvimento das demais partes interessadas com o Projeto DM1.
As ações a serem implementadas, para transmitir segurança à comunidade
envolvida, deverão ser constantes e ocorrer não apenas para o cumprimento
de exigências para o licenciamento ambiental do empreendimento em
questão. Deverão também, fundamentalmente, buscar o diálogo com as
partes interessadas.
Suas ações básicas estão centradas na definição do público e dos meios para
que a comunicação entre empreendedor e as partes interessadas se
estabeleça. É através do presente programa que as informações sobre a
natureza, importância estratégica, implantação do empreendimento,
atividades relativas à sua operação e desativação e suas implicações
ambientais serão compartilhadas.
De modo geral, essas ações permitirão o gerenciamento dos possíveis
conflitos gerados pelo empreendimento ao longo de toda sua vida útil e o
exercício da cidadania, uma vez que a divulgação de informações permite
uma análise coerente sobre os impactos positivos e negativos e quais as
atitudes a serem tomadas pela população e pelo empreendedor.
Dessa forma, este programa trata de processos que favorecem a participação
efetiva dos grupos de interesse envolvidos que têm a possibilidade de
participar e contribuir para o projeto em aspectos específicos da sua natureza
e andamento. Com essa finalidade, o Programa de Comunicação Social (PCS)
procura consolidar as atividades de comunicação que servirão de suporte aos
demais Programas Ambientais do Projeto DM1.
403
10.17.2. Objetivos
404
10.17.4. Metodologia e Descrição das Atividades
A abordagem aqui proposta está centrada no reconhecimento da diversidade
e pluralidade cultural, buscando contextualizar todas as ações e atividades
previstas. É importante destacar que o reconhecimento da pluralidade e da
diversidade cultural são condições para o exercício da cidadania e para a
participação social, pois, na medida em que os grupos sociais constroem e
atualizam no cotidiano suas referências e suas condições de sobrevivência,
delimitam suas identidades ou conjunto de referências sociais.
Serão construídas formas de comunicação/diálogo inerentes aos processos
de planejamento, de implantação, de operação e de desativação, com três
linhas de ação, a saber:
+ Relacionamento com os públicos institucionais no repasse de
informações sobre o empreendimento, divulgando as ações aos órgãos
do poder público local e junto aos organismos não governamentais,
agentes políticos, entidades representativas da sociedade civil,
entidades de classe e a população em geral;
+ Repassar à população de Nova Brasilândia D’Oeste, informações
permanentes em consonância com as frentes de trabalho e com as
atividades de cada fase do empreendimento; diminuir dúvidas,
denunciar problemas com interferência das obras e das atividades
operacionais, segurança e outros;
+ Desenvolver junto aos trabalhadores envolvidos nas diferentes fases
do empreendimento, atividades de comunicação social para informar a
todos os empregados quanto à necessidade da conservação ambiental
e respeito aos grupos sociais pertencentes às áreas de influência do
empreendimento.
Deverão ser elaborados materiais informativos que serão utilizados para levar
informações para a população interessada sempre que houver fatos que
justifiquem as suas divulgações, tais como:
+ Oportunidades de emprego oferecidas;
+ Informações referentes às fases do empreendimento (normas e
políticas sociais e ambientais adotadas; informações sobre as obras;
esclarecimentos sobre insumos e utilidades necessários à produção,
impactos sociais e ambientais);
+ Condução dos programas ambientais em execução e ao esclarecimento
das principais dúvidas da comunidade local;
+ Comunicar previamente os moradores locais (propriedades rurais
vizinhas) quando da ocorrência de atividades de maiores incômodos.
De forma a garantir o maior contingente da população local informado, os
materiais informativos e canais de comunicação deverão ser variados, tais
como:
+ Visitas diretas às propriedades do entorno imediato;
+ Publicações impressas: cartilhas, artigos, manuais e boletins
informativos;
+ Anúncios em rádios locais, ou por meio de carro de som.
+ Manutenção de conta de email específica para o recebimento de
manifestações da comunidade local.
405
Ainda deverão ser realizadas reuniões de comunicação junto à população de
Nova Brasilândia D’Oeste e instituições governamentais e não
governamentais, onde se julgar conveniente, elucidando-se aspectos não
suficientemente claros para as instituições e para a população, podendo se
darem nas instituições, comunidades ou em locais que facilitem a participação
dos públicos em questão.
406
10.17.6. Duração e Etapa de Implementação
Este programa deverá ser implementado de maneira contínua desde a fase
de planejamento, incluindo a fase de implantação, operação e desativação.
Quadro 10.17.6-1 - Etapa de Implementação
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de
Comunicação Social n n n n
10.17.7. Responsabilidades
O Programa de Comunicação Social é de responsabilidade do empreendedor
que deverá realizá-lo com a interação entre os outros programas ambientais,
de maneira a promover a comunicação e interação dos grupos de interesse
envolvidos. Entretanto, a sua execução supõe a participação ativa e constante
dos diversos atores envolvidos.
407
10.18. Programa de Educação Ambiental de Trabalhadores
(PEAT)
10.18.1. Justificativa
A Educação Ambiental, como determina a Política Nacional de Educação
Ambiental (Lei 9.795/99) e o Decreto 4.281/02 que a regulamenta, é um
importante instrumento para a implementação de quaisquer
empreendimentos que, de alguma forma, afetem o meio ambiente e, por
consequência, a qualidade de vida das populações.
O Programa aqui apresentado tem o intuito de contribuir para uma mudança
de valores e atitudes, formando indivíduos que sejam capazes de identificar
as questões socioambientais da sua região e agir sobre elas.
A Instrução Normativa nº 2, de março de 2012 “Estabelece as bases técnicas
para programas de educação ambiental apresentados como medidas
mitigadoras ou compensatórias, em cumprimento às condicionantes das
licenças ambientais emitidas pelo IBAMA.
(...) neste contexto, torna-se necessária a implementação de um componente
de Educação Ambiental voltado para capacitação continuada dos
trabalhadores envolvidos direta e indiretamente com a atividade objeto do
licenciamento, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de
trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio
ambiente", conforme prevê o Inciso V do art. 3º da Lei 9.795/99, como
incumbência das "empresas, entidades de classe, instituições públicas e
privadas.
Assim, o presente programa foi concebido considerando as orientações do
IBAMA e as necessidades identificadas nas etapas de Diagnóstico Ambiental
e de Avaliação de Impacto do Projeto DM1, frente às alterações previstas
para sua área de inserção. O PEAT tem como princípio informar e capacitar o
público alvo como forma de promover o desenvolvimento de conhecimento,
de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da
qualidade ambiental.
10.18.2. Objetivos
408
possibilitando o desenvolvimento contínuo e permanente da educação
ambiental;
+ Incentivar a prática de atitudes responsáveis na empresa e no
cotidiano dos trabalhadores e terceirizados, expandindo essas práticas
para suas famílias;
+ Trabalhar as questões relacionadas à propagação de doenças
infectocontagiosas, parasitárias e crônicas; a possibilidade de aumento
de conflitos sociais e violência e a pressão sobre os equipamentos e
serviços públicos.
409
os objetivos propostos foram alcançados e os resultados obtidos, mas da
mesma maneira, avaliar o processo como um todo.
Por se tratar de um Programa de Educação Ambiental de Trabalhadores julga-
se importante avaliar aspectos que incluem desde a sensibilização, motivação
e participação das pessoas envolvidas, bem como a construção de novos
conhecimentos, novas habilidades e o despertar de novos valores. Dessa
forma, se os resultados da avaliação intermediária forem diferentes do
esperado, os conteúdos a serem abordados e as estratégias metodológicas
poderão ser revistos.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Educação
Ambiental de n n n n
Trabalhadores (PEAT)
10.18.7. Responsabilidades
A implementação desse Programa de Educação Ambiental de Trabalhadores
é de responsabilidade do empreendedor, no caso a Mineração Santa Elina.
410
10.19. Programa de Resgate de Germoplasma Vegetal (PRGV)
10.19.1. Justificativa
De acordo com os dados do Diagnóstico Ambiental, na ADA ocorrem áreas de
Campo de várzea, Floresta de terra firme e Floresta de várzea.
Com base nisso, o Programa de Resgate de Germoplasma (PRG) visa
minimizar a perda de diversidade genética nas populações existentes ao
longo da ADA, possibilitar suporte à fauna e constituir um banco de
germoplasma que será utilizado na reintrodução de espécies nas áreas
degradadas a serem reabilitadas na própria região.
Este Programa tem uma inter-relação direta com o Plano de Gestão
Ambiental, com o Programa de Controle de Obras Construção, Programa de
Afugentamento e Manejo de Fauna durante a Supressão de Vegetação e o
Programa de Controle da Supressão Vegetal.
10.19.2. Objetivos
411
§ Para cada espécie é fundamental conhecer os procedimentos de
coleta e beneficiamento visando manter as sementes na melhor
condição possível;
+ Coleta de Germoplasma (sementes, plântulas e/ou indivíduos das espécies
selecionadas)
§ Deverá ocorrer antes e durante a supressão da vegetação;
§ Não é recomendável coletar sementes de indivíduos da mesma
espécie e muito próximos, devido à redução da diversidade
genética;
§ Preferencialmente, coletar frutos não atacados por doenças ou
herbívoras;
§ As sementes deverão se acondicionadas, quantificadas,
identificadas e armazenadas de forma a evitar a quebra de
dormência;
+ Triagem e Processamento do Material Coletado
§ Após pré-beneficiamento, o material coletado, deverá ser
direcionado ao viveiro de produção das mudas para
armazenagem, propagação, manutenção ou despacho;
+ Plantio, replantio e/ou relocação das formas de propagação obtidas
§ A escolha do local para a relocação dos indivíduos considerará a
luminosidade, umidade, fitofisionomia, estágio de degradação e
outros parâmetros ecológicos equivalentes ao local de onde os
exemplares foram retirados;
+ Manutenção dos espécimes resgatados em viveiros ou nas áreas de plantio
§ Sugere-se a utilização de um viveiro de mudas projetado para a
melhor acomodação das mudas, plântulas, epífitas e sementes.
412
Os dados referentes aos locais de resgate, diversidade de espécies,
germinação e sobrevivência deverão ser tabulados, propiciando uma
avaliação por família. Para facilitar o processo de monitoramento, ele deverá
ser feito em áreas amostrais.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Resgate
de Germoplasma
n n
10.19.7. Responsabilidades
A responsabilidade de implantação e execução deste programa é do
empreendedor. Cabendo a ele, em cada etapa, executar e/ou supervisionar
as atividades.
413
10.20. Programa de Plantio Compensatório
10.20.1. Justificativa
O Programa de Plantio Compensatório atua de forma complementar ao
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, e ao Programa de Resgate
de Germoplasma, visando a mitigação e compensação dos impactos gerados
a partir da supressão de vegetação.
Encontrando-se embasado nas medidas existentes no Artigo 5º da Resolução
Conama 369/2006, o presente programa, prevê a recomposição das Áreas
de Preservação Permanente afetadas pela instalação do Projeto DM1, de
modo a restabelecer, ainda que parcialmente, forma e função da vegetação
ciliar, relacionadas ao seu papel como corredor de fluxo gênico e de proteção
dos recursos hídricos, além de preservar as espécies da flora, restringir os
processos erosivos e manter a qualidade ambiental dos trechos de mata ciliar.
10.20.2. Objetivos
414
10.20.4. Metodologia e Descrição das Atividades
A restauração das APPs afetadas pelo empreendimento deverá ocorrer
imediatamente após a liberação de cada área pelas obras de engenharia.
Desta forma, a definição da técnica de restauração de cada área deve-se
basear nas condições do entorno, no uso do solo e tamanho da área a ser
restaurada.
Dentre as atividades que serão realizadas entre o pré e pós-plantio
encontram-se:
+ Seleção e delimitação da área do plantio compensatório;
+ Análise do solo das áreas receptoras para determinação da
necessidade de calagem, adubação química e orgânica;
+ Escolha de espécies para plantio adequando-se às características
específicas da região;
+ Limpeza do terreno;
+ Isolamento das áreas de plantio, evitando predação e pisoteio devido
à entrada de animais;
+ Combate a formigas cortadeiras no pré-plantio e pós-plantio;
+ Plantio das mudas;
+ Atividades de tratos culturais: manutenção de coroas, irrigação, roçada
do terreno, replantio, adubação de cobertura.
415
10.20.6. Duração e Etapa de Implementação
Este programa deverá ser executado durante as fases de implantação e
operação, conforme cronograma abaixo.
Quadro 10.20.6-1 - Etapa de implementação
Elaboração: Tetra Mais, 2018.
Execução do Programa
Programa
Planejamento Implantação Operação Desativação
Programa de Plantio
Compensatório
n n
10.20.7. Responsabilidades
A responsabilidade de implantação e execução deste programa é do
empreendedor. Cabendo a ele, em cada etapa, executar e/ou supervisionar
as atividades.
416
10.21. Programa de Compensação Ambiental (PCA)
Segundo a Lei Federal 9.985/2000, todo empreendimento com significativo
impacto ambiental deve destinar recursos financeiros voltadas ao
fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC),
cujo montante deve ser calculado conforme procedimento especificado no
Decreto 6.848/09.
10.21.1. Definições
De acordo com o decreto nº 6.848/2009, o valor da compensação ambiental
será determinado pela seguinte fórmula:
•• = !" # $%
onde:
CA = Valor da Compensação Ambiental;
VR = somatório dos investimentos necessários para implantação do
empreendimento (não incluídos os investimentos referentes aos planos,
projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental
para mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os
encargos e custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento,
inclusive os relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de
seguros pessoais e reais); e
GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, que pode atingir valores de 0 a
0,5%, e pode ser calculado da seguinte forma:
GI = ISB + CAP + IUC
onde:
ISB = Impacto sobre a Biodiversidade;
CAP = Comprometimento de Área Prioritária; e
IUC = Influência em Unidades de Conservação.
O ISB pode variar entre 0 e 0,25%, e pode ser calculado pela fórmula a
seguir:
417
%&' = %( # %' (%* + %,)/140
onde:
IM = Índice Magnitude;
IB = Índice Biodiversidade;
IA = Índice Abrangência; e
IT = Índice Temporalidade.
O Comprometimento de Áreas Prioritárias pode ser calculado pela seguinte
fórmula:
.*2 = %( # %.*2 # %,/70
onde:
IM = Índice Magnitude;
ICAP = Índice Comprometimento de Área Prioritária; e
IT = Índice Temporalidade.
A seguir são apresentados os cálculos para a determinação de cada
componente das formulas mencionadas e o cálculo final do valor da
compensação.
Valor Atributo
418
recursos já se apresentam em grande parte comprometidos por atividades
antrópicas pretéritas.
Valor Atributo
Valor Atributo
419
Os impactos previstos para o empreendimento estão contidos na bacia do
córrego DM1, considerada uma bacia de 1ª ordem. Desta forma o IA recebeu
valor 3.
Valor Atributo
Valor Atributo
420
Conforme apresentado no item relacionado às Áreas Protegidas e de
Interesse para Conservação, os impactos do empreendimento têm potencial
de afetar a área denominada Corredor Pacaás - Guaporé - Ricardo Franco,
que tem prioridade extremamente alta, sendo atribuído valor 3 ao ICAP.
Valor Atributo
421
2( = !3+ + $%& + !5$ = 0,17%
Finalmente, considerando o valor do investimento em R$ 78.000.000,00,
tem-se o valor da compensação:
•• = 68 # 9! = R$ 133.714,29
422