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RESPOSTA REFERENCIAL – Legislação para fabricação de perfumes

Legislação para fabricação de


perfumes
Informações a respeito da legislação para produção
de perfumes, licença para funcionamento na
vigilância sanitária e necessidade de alvará.

Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR

Abril/2011
Edição atualizada em: 14/10/2020
RESPOSTA REFERENCIAL – Legislação para fabricação de perfumes

Resposta CASTILHOS, Lisiane Fernanda Fabro de


Referencial Legislação para fabricação de perfumes
Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR
8/4/2011
Informações a respeito da legislação para produção de perfumes,
licença para funcionamento na vigilância sanitária e necessidade
de alvará.
Demanda Quero iniciar a confecção artesanal de perfumes exclusivos
(só misturas e manipulação de componentes) com óleos
essenciais. Preciso saber sobre o papel do técnico químico
na perfumaria artesanal, legislação, instalações sanitárias na
própria residência. Se a etiqueta precisa de código de barras.
Se é justificável uma empresa MEI (Micro Empreendedor
Individual) ou um alvará de autônomo.
Assunto Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos
Palavras-chave Cosmético; identificação de produto; legislação; lei; perfume
Atualização Em: 14/10/2020 Por: Mariela Thaiane da Silva

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RESPOSTA REFERENCIAL – Legislação para fabricação de perfumes

Solução apresentada

Introdução

Os perfumes artesanais nada mais são do que uma mistura proporcional de substâncias que
consiste basicamente em álcool de cereais, essência, fixador, água deionizada e
propilenoglicol. As proporcionalidades da mistura determinam a qualidade do perfume. A
quantidade de álcool de cereais varia entre 60 a 70% da mistura, a essência entre 10 a
15%, o fixador de 3 a 10% e o propilenoglicol de 2 a 3%. O tipo de essência é que determina
a proporção de fixador a ser utilizada (ARTESANATO FÁCIL, 2007).

Legislação para fabricação de perfumes

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, as principais legislações


para produzir, fabricar, sintetizar, transformar, embalar, reembalar, importar, exportar,
armazenar, expedir, distribuir e transportar produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes são:

• Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976, dispõe sobre a vigilância sanitária a que


ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos,
cosméticos, saneantes e outros produtos (ANVISA, 1976);

• Portaria PRT n. 295, de 16 de abril de 1998, estabelece os critérios para a inclusão,


exclusão e alteração de concentração de substâncias utilizadas em produtos de
higiene pessoal, cosméticos e perfumes (ANVISA, 1998);

• Resolução RDC n. 108, de 27 de abril de 2005, aprova o Regulamento Técnico para


empresas que exerçam atividade de fracionamento de produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes com venda direta ao consumidor (ANVISA, 2005);

• Resolução RDC n. 15, de 24 de abril de 2015, dispõe sobre os requisitos técnicos


para a concessão de registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes
infantis (ANVISA, 2015a);

• Resolução RDC n. 312, de 10 de outubro de 2019, dispõe sobre o prazo de validade


da regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes (ANVISA,
2019);

• Resolução RDC n. 39, de 14 de agosto de 2013, dispõe sobre os procedimentos


administrativos para concessão da Certificação de Boas Práticas de Fabricação e da
Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem (ANVISA, 2013b);

• Resolução RDC n. 7, de 10 de fevereiro de 2015, dispõe sobre os requisitos técnicos


para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes
(ANVISA, 2015b);

• Resolução RES n. 162, de 11 de setembro de 2001, estabelece a lista de


substâncias de ação conservantes para produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes (ANVISA, 2001);

• Resolução RES n. 48, de 06 de janeiro de 2006, concede os registros, as


revalidações de registro, as inclusões de tonalidade dos produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes, grau de risco 2 (ANVISA, 2006);

• Resolução RES n. 481, de 23 de setembro de 1999, estabelece parâmetros para


controle microbiológico de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes
(ANVISA, 1999);

• Decreto n. 8.077, de 14 de agosto de 2013, regulamenta as condições para o


funcionamento de empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o registro, controle

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e monitoramento, no âmbito da vigilância sanitária, dos produtos de que trata a Lei


no 6.360, de 23 de setembro de 1976 (ANVISA, 2013a).

Conclusões e recomendações

O técnico químico possui habilidades de manipulação laboratorial, conhecimentos sobre


aspectos ambientais, higiene e segurança laboratorial. É qualificado para fazer análises
químicas e físico-químicas e avaliar a qualidade dos perfumes (NICOLÓSI, [200-?]).

Recomenda-se a leitura integral das legislações citadas nesta Resposta que constam na
lista de fontes consultadas para obter os detalhes a respeito das exigências que devem ser
cumpridas para fabricação de perfumes. Para obter mais detalhes a respeito das exigências
a serem cumpridas para o registro do produto, recomenda-se o contato com o Centro de
Vigilância Sanitária Estadual ao qual pertence o município em que o empreendimento será
estabelecido:

CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL – PARANÁ


Rua Carmelo Rangel, 195, Batel - CEP: 80440-050 – Curitiba – PR
Telefone: (41) 3244-1938 / 3343-6826
E-mail: sms@sms.curitiba.pr.gov.br
Site: <www.saude.curitiba.pr.gov.br>. Acesso em: 06 out. 2020.

Recomenda-se o contato com o SEBRAE mais próximo em sua região, para melhor orientá-
lo a respeito de documentação para abertura de empresa, sobre a forma jurídica mais
indicada para o empreendimento, como montar um plano de negócio, como fazer a gestão
financeira do negócio, cursos, palestras e consultoria:

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE/PR


Rua Caeté, 150 – Prado Velho - CEP: 80220-300 – Curitiba – PR
Telefone: (41) 3330-5800 / (41) 3330-5761
Site: <https://www.sebraepr.com.br/>. Acesso em: 06 out. 2020.

O SBRT possui em seu banco de informação, Respostas Técnicas e Dossiês que abordam
o tema em questão e que complementam os dados aqui prestados. Para visualizar esses
arquivos, acesse o site <www.respostatecnica.org.br> com seu login e senha e realize a
Busca Avançada utilizando as palavras chave a seguir para encontrar os arquivos
recomendados para leitura: perfumaria; perfume; produto de higiene pessoal.

Fontes consultadas

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Decreto n. 8.077, de 14 de agosto de


2013. Regulamenta as condições para o funcionamento de empresas sujeitas ao
licenciamento sanitário, e o registro, controle e monitoramento, no âmbito da vigilância
sanitária, dos produtos de que trata a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 ago. 2013a. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8077.htm>. Acesso em:
06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Lei n. 6.360, de 23 de setembro de


1976. Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos, as Drogas,
os Insumos Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e Outros Produtos, e dá
outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1976. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6360.htm>. Acesso em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria PRT n. 295, de 16 de abril de


1998. Institui como Regulamento Técnico "Critérios para Inclusão, Exclusão e Alteração de
Concentração de Substâncias utilizadas em Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e
Perfumes". Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 abr. 1998. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1998/prt0295_16_04_1998.html>. Acesso
em: 06 out. 2020.

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AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n. 108, de 27 de abril


de 2005. Aprova o Regulamento Técnico para empresas que exerçam atividade de
fracionamento de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes com venda direta
ao consumidor. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 abr. 2005. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2005/rdc0108_27_04_2005.html>. Acesso
em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n. 15, de 24 de abril


de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a concessão de registro de produtos de
higiene pessoal, cosméticos e perfumes infantis e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 27 abr. 2015a. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2015/rdc0015_24_04_2015.pdf>. Acesso
em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n. 39, de 14 de agosto


de 2013. Dispõe sobre os procedimentos administrativos para concessão da Certificação de
Boas Práticas de Fabricação e da Certificação de Boas Práticas de Distribuição e/ou
Armazenagem. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 ago. 2013b. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0039_14_08_2013.html>. Acesso
em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n. 7, de 10 de


fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de
higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 11 fev. 2015b. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2015/rdc0007_10_02_2015.pdf>. Acesso
em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n. de 10 de outubro de


2019, dispõe sobre o prazo de validade da regularização de produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes, e altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n. 7, de 10 de
fevereiro de 2015, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 out.
2019. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2019/rdc0312_10_10_2019.pdf>. Acesso
em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RES n. 162, de 11 de


setembro de 2001. Aprova a lista de conservantes permitidos para produtos de higiene
pessoal, cosméticos e perfumes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set. 2020.
Disponível em: <http://saudelegis.saude.gov.br/saudelegis/secure/norma/listPublic.xhtml>.
Acesso em: 06 out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RES n. 48, de 06 de janeiro


de 2006. Concede os registros, as revalidações de registro, as inclusões de tonalidade dos
produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, grau de risco 2. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 09 jan. 2006. Disponível em: <http://e-
legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=20357&mode=PRINT_VERSION>. Acesso em: 06
out. 2020.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RES n. 481, de 23 de


setembro de 1999. Estabelece os Parâmetros de Controle Microbiológico para os Produtos
de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 set.
1999. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/res0481_23_09_1999_rep.html>.
Acesso em: 06 out. 2020.

ARTESANATO FÁCIL. Fórmula genérica de perfume. [S.I.], 2007. Disponível em:


<http://artesanatofacil.blogspot.com/2007/11/frmula-genrica.html>. Acesso em: 06 out. 2020.

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