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Aula 18 - Prof.

Bruno
Klippel
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Direito Constitucional -
2023 (Pré-Edital)

Autor:
Antonio Daud, Equipe Direito
Constitucional Estratégia
Concursos, Bruno Klippel

04 de Abril de 2023

04138661492 - Edgar Barboza Costa


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Sumário

Organização da Justiça do Trabalho ................................................................................................ 3

5.1. Tribunal Superior do Trabalho - TST...................................................................................... 3

5.2. Tribunais Regionais do Trabalho - TRTs ................................................................................ 5

5.3. Juízes do Trabalho ou Varas do Trabalho.............................................................................. 7

Competência da justiça do trabalho .............................................................................................. 10

1 – Diferença entre jurisdição e competência ............................................................................ 10

2 – Critérios de competência...................................................................................................... 11

3 – Critérios Absolutos ............................................................................................................... 19

 Material, pessoal e funcional ............................................................................................ 19

 Relação de emprego x relação de trabalho ..................................................................... 20

 Ações envolvendo o exercício do direito de greve .......................................................... 25

 Ações sobre representação sindical ................................................................................. 27

 Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data ................................................... 28

 Conflitos de competência ................................................................................................. 30

 Ações de indenização por dano moral ou patrimonial ..................................................... 33

 Ações relativas às penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de


trabalho ................................................................................................................................... 34

 Execução das contribuições sociais .................................................................................. 34

 Dissídios coletivos ............................................................................................................. 36

 Ações sobre descumprimento de normas relativas à segurança, higiene e saúde no


trabalho ................................................................................................................................... 38

 Outras competências previstas na CLT – Art. 652 ............................................................ 38

 Reforma trabalhista – Lei 13.467/17 – homologação de acordo extrajudicial ................. 40

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4 – Critério Relativo - Competência Territorial ........................................................................... 42

 Foro de eleição em contratos de trabalho ....................................................................... 45

5 – Perpetuação da competência ............................................................................................... 46

6 – Modificação de competência ............................................................................................... 47

Ministério Público do Trabalho ...................................................................................................... 51

1 – Conceitos iniciais .................................................................................................................. 51

2 – Princípios institucionais ......................................................................................................... 52

3 – Formas de atuação ............................................................................................................... 53

4 – Garantias constitucionais ...................................................................................................... 60

5 – Organização do Ministério Público do Trabalho................................................................... 61

Questões Comentadas .................................................................................................................. 62

Lista de Questões ........................................................................................................................ 108

Gabarito ....................................................................................................................................... 136

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ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

5.1. Tribunal Superior do Trabalho - TST

O órgão surgiu em 1946, ano em que houve a incorporação da Justiça do Trabalho ao Poder
Judiciário. Atualmente previsto no art. 111 da CRFB/88, atua como o órgão de cúpula da Justiça
do Trabalho, representando o denominado terceiro grau da jurisdição trabalhista, tendo por
funções primordiais a uniformização da jurisprudência trabalhista, decidindo, ainda, em última
instância as questões administrativas da Justiça Laboral.

Art. 111 CF. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal


Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III -
Juízes do Trabalho.

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O TST, segundo disposições Constitucionais, é composto por 27 (vinte e sete) Ministros,


escolhidos entre brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) anos e menos de 70 (setenta) anos,
nomeados pelo Presidente de República após aprovação pela maioria absoluta do Senado
Federal, que ocorrerá após sabatina naquele órgão. A idade foi elevada de 65 para 70 anos
através da EC 122/2022, promulgada em 17 de maio de 2022.

Cuidado com a afirmação de que o TST é formado por no mínimo 27 Ministros. O TST é
formado por 27 Ministros, nem menos, nem mais!

Além disso, a idade mínima é 35 (trinta e cinco) anos, diferentemente dos Tribunais Regionais do
Trabalho, cuja idade é 30 (trinta) anos.

Os membros não são denominados de Juízes, e sim, Ministros.

Seguindo-se a regra do quinto constitucional, o TST é formado por membros vindos dos TRTs,
da Advocacia e Ministério Público do Trabalho, sendo que os dois últimos ocuparão 1/5 das
vagas existentes no Tribunal Superior.

O cargo de Ministro do TST, apesar de sua importância dentro do Poder Judiciário, não é
privativo de brasileiro nato, podendo ser ocupado por naturalizado.

Nos termos do art. 65 do Regimento Interno do TST:

Art. 65. São órgãos do Tribunal Superior do Trabalho:

I -Tribunal Pleno;

II –Órgão Especial;

III -Seção Especializada em Dissídios Coletivos;

IV -Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas


subseções; e

V –Turmas;

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Parágrafo único. São órgãos que funcionam junto ao Tribunal


Superior do Trabalho:

I - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de


Magistrados do Trabalho – ENAMAT;

II – Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT;

III - Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e

Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST);

IV - Ouvidoria.”

Lembrando que a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do


Trabalho e Conselho Superior da Justiça do Trabalho – foram criados pela EC nº
45/2004, tendo por funções, respectivamente:

- Regulamentar os cursos oficiais para ingresso na Magistratura do Trabalho e promoção


na carreira.
- Supervisionar a Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus, nos campos administrativo,
orçamentário, financeiro e patrimonial, centralizando nesse órgão tais funções, cujas
decisões são vinculantes.

5.2. Tribunais Regionais do Trabalho - TRTs

Um primeiro ponto a ser destacado é a alteração realizada no art. 112 da CRFB/88, por meio da
EC nº 45/2004, em que foi excluída a obrigação de instalação de um TRT em cada Estado
Federado.

Ocorre que quatro Estados nunca possuíram TRT. São eles: Tocantins, Roraima, Acre e Amapá,
estando submetidos à competência de outros Tribunais Regionais do Trabalho.

Atualmente, o art. 112 da Carta Magna afirma apenas que nas comarcas não abrangidas pela
Justiça do Trabalho, a lei poderá atribuir competência trabalhista para os Juízes de Direito, isto
é, aqueles que compõem a Justiça Comum, com recurso para o TRT competente.

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Assim, se determinada comarca do Estado da Bahia não estiver abrangida na competência do


TRT 5ª Região, poderá a lei conferir competência ao Juízo vinculado ao TJBA para a análise dos
conflitos trabalhistas daquela comarca. Contudo, da sentença proferida caberá Recurso
Ordinário (art. 895 CLT) para o TRT 5ª Região.

Art. 112 CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas
comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de
direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.

Os Tribunais Regionais do Trabalho estão disciplinados no art. 115 da CRFB/88, que assim versa:

“Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no


mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e
nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de
trinta e menos de setenta anos, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade


profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de
dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e


merecimento, alternadamente.

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante,


com a realização de audiências e demais funções de atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de
equipamentos públicos e comunitários.

§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar


descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar
o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.”

A idade foi elevada de 65 para 70 anos através da EC 122/2022, promulgada em 17 de maio de


2022.

Atualmente são 24 (vinte e quatro) Tribunais Regionais do Trabalho, sendo que o único Estado
que possui 2 (dois) Tribunais é São Paulo (2ª Região – Capital e 15ª – Campinas), o que traz
importantes reflexos em matéria de recursos, a serem estudos em momento oportuno.

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Os TRTs são formados por, no mínimo, 7 (sete) Juízes, e não pelo número fixo 7 (sete).

Os componentes são denominados Juízes e não Desembargadores, apesar de alguns Regimentos


Internos previrem tal denominação.

Sobre a competência dos TRTs, essa pode ser originária ou derivada. Será originária quando o
processo tiver início no Tribunal Regional do Trabalho, como ocorre nos dissídios coletivos,
mandados de segurança, ações rescisórias, ações cautelares, dentre outros. Será derivada
quando exercerem função em decorrência de processo já em curso, como ocorre com os
recursos.

Em relação à sua formação, também há o respeito ao quinto constitucional, isto é, 1/5 das vagas
será ocupada por membros da Advocacia e Ministério Público do Trabalho, assim como ocorre
no TST.

- Cuidado com a idade mínima para ser membro de TRT, pois difere do TST. No tribunal
Superior, como já estudado, a idade mínima é de 35 (trinta e cinco) anos, enquanto que
para o TRT a idade mínima é 30 (trinta) anos.
- Além disso, não há sabatina pelo Senado Federal. Porém, a nomeação também é feita
pelo Presidente da República, por tratar-se de Justiça Federal.
- Por fim, o cargo de Juiz do TRT pode ser ocupado por brasileiro naturalizado, não
sendo privativo de brasileiro nato.

5.3. Juízes do Trabalho ou Varas do Trabalho

O primeiro aspecto a ser relevado é que a Constituição Federal de 1988 traz como órgão da
Justiça do Trabalho os “Juízes do Trabalho” e não as Varas do Trabalho. Além disso, o art. 111
da Carta Maior, com redação dada pela EC nº 24/1999, demonstra a extinção da representação
classista na Justiça do Trabalho, que levou à alteração da formação da justiça do trabalho de 1º
grau, passando das Juntas de Conciliação e Julgamento para as Varas do Trabalho.

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Atualmente, as atribuições da Vara do Trabalho, conforme dicção do art. 116 da CRFB/88, são
realizadas por um juiz singular.

Após a EC 24/99, não há mais juízes classistas, representantes dos empregados e


empregadores, e sim, apenas juízes de carreira, isto é, togados.

Art. 116 CF. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por
um juiz singular.

Importante aspecto das Varas do Trabalho toca à existência de comarca fora da jurisdição
trabalhista, ou seja, comarca que não esteja nos limites da atribuição de qualquer Vara do
Trabalho, o que pode ocorrer nos termos do art. 112 da CRFB/88, que assim versa: “A lei criará
varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-
la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

Art. 112 CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas
comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de
direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.

Nessa situação, poderá a lei estabelecer que o Juiz de Direito acumule as


funções de Juiz Trabalhista, julgando as demandas que lhe sejam apresentadas, conforme o
direito processual do trabalho.

Na hipótese, sua competência trabalhista no processo de conhecimento cessa com o


proferimento da sentença, já que o recurso será da competência do TRT da Região, conforme
art. 895, I da CLT.

Em relação ao processo de execução, por ser da competência do primeiro grau de jurisdição,


retornará ao Juiz de Direito para a prática dos atos executórios. Contudo, se for criada Vara do
Trabalho, mesmo no curso daquele tipo de processo, os autos serão remetidos à Justiça do
Trabalho, nos termos da Súmula nº 10 do STJ, por tratar-se de alteração de critério de
competência material, portanto, absoluto, em respeito ao art. 43 do CPC/15.

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Estando a ação trabalhista em curso perante Juiz de Direito e sendo instalada a Vara do
Trabalho, os autos serão imediatamente remetidos ao novo órgão, por tratar-se de alteração de
competência absoluta material. Não há que se aguardar o término do ato processual que está
sendo realizado, muito menos ser proferida sentença.

Súmula 10 STJ - Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento,


cessa a competência do Juiz de Direito em matéria trabalhista,
inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.

Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou


da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou
alterarem a competência absoluta.

Exemplo:Pense que João mora em uma pequena cidade, no interior de um Estado


brasileiro e que nessa localidade haja o fórum da Justiça Estadual, mas não tem Vara do
Trabalho. João pretende ajuizar uma ação trabalhista, mas não sabe a quem, diante da
inexistência da Vara do Trabalho. Procura saber se há aquele órgão em alguma cidade
próxima e a resposta também é negativa. Só fica mais tranquilo quando lê o art. 112 da
CF, pois percebe que naquela localidade as ações trabalhistas eram ajuizadas perante o
Juiz estadual mesmo, que atuaria como se fosse Juiz do Trabalho. Caso João, insatisfeito
com a sentença, viesse a recorrer, aí sim o recurso iria para o Tribunal Regional do
Trabalho daquela região. A ação foi ajuizada, a sentença condenatória proferida, mas
não foi interposto recurso. Com o trânsito em julgado, iniciou-se a execução trabalhista.
Contudo, a Vara do Trabalho foi instalada naquela localidade, o que ocasionou a
remessa do processo do João do Juiz estadual para o Juiz do Trabalho, para que esse
último realizasse a execução da sentença.

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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

1 – Diferença entre jurisdição e competência

É bastante comum confundir os institutos da jurisdição e competência, afirmando que em


determinada situação a demanda será da jurisdição da justiça do trabalho. Em verdade, não há
motivos para o equívoco, já que os conceitos são fáceis e denotam situações totalmente
diferentes.

Em primeiro lugar, analisam-se os conceitos: jurisdição, na acepção do termo, significa dizer o


direito, que é um poder-dever-função do Estado. Poder, pois decorre de sua soberania. Dever,
pois sendo vedada a autotutela, o Estado deve analisar as questões conflituosas. Por fim, função,
pois o Estado deve criar normas (Poder Legislativo), administrar os interesses dele mesmo e dos
cidadãos (Poder Executivo) e dirimir os conflitos (Poder Judiciário).

Jurisdição é o poder-dever-função do Estado de dizer o direito no caso concreto,


quando provocado.

Para o exercício do poder jurisdicional, o Estado atribuiu a determinadas pessoas (juízes) o poder
de atuar no caso concreto, organizando os órgãos judiciários de maneira a que tal mister seja
desenvolvido da maneira mais eficiente possível.

Assim, todos os juízos, ou seja, órgãos jurisdicionais possuem jurisdição, isto é, podem atuar nas
demandas instauradas perante o Poder Judiciário, dizendo o direito, o que representa dizer que,
no caso concreto o Estado aplicará a norma geral e abstrata criada pelo Poder Legislativo. Pode-
se afirmar que todo órgão judiciário possui jurisdição, por ser órgão estatal.

Em uma analogia simples com uma empresa que possui centenas de funcionários, todos estão ali
para trabalhar e assim devem agir. Contudo, será que todos os trabalhadores daquela empresa
podem vender, comprar, atuar no setor de marketing ou no jurídico? A resposta é negativa, pois
apenas os empregados com atribuição para comprar é que comprarão. Apenas os vendedores,
que são aqueles que têm atribuição para vender, é que atuarão nesse setor. No jurídico, apenas
os Advogados contratados com aquela finalidade.

Vejam que no Estado todos os órgãos judiciários podem atuar, julgar, assim como todos os
empregados podem trabalhar. Porém, nas duas situações há uma “divisão de tarefas”, de
ofícios. Há uma organização tendente a fazer com que o labor seja melhor executado.

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Essa “divisão de tarefas” é realizada também no Poder Judiciário por meio das normas de
competência, pois são essas que conferem atribuição ao órgão para atuar em determinado tipo
de conflito, tais como cíveis, criminais, consumidor, etc.

Assim, a competência é tida como a medida da jurisdição, pois demonstra em que


situações pode o Magistrado, representante do Estado, exercer a sua jurisdição.

Todo juízo possui jurisdição, mas nem todo juízo possui competência, pois esta restringe
aquele, já que determina em que situações pode o julgador atuar.

Voltando à nossa analogia com a empresa, essa “divisão de tarefas” é realizada, possivelmente,
com base na especialização e aptidão do empregado. Se é bom de vendas, atuará naquele
departamento. Se é Advogado, trabalhará no setor jurídico.

No Poder Judiciário as normas de competência também levam em consideração determinados


critérios, tais como o tipo de conflito, os entes que estão envolvidos, dentre outros a serem
estudados nos tópicos seguintes.

Exemplo: Moro em uma cidade em que há o Fórum da Justiça Comum Estadual e Vara
do Trabalho. Sei que lá estão trabalhando Juízes (Estadual e Trabalhista). Os dois
foram aprovados em concurso público e exercem suas atividades em nome do Estado.
A função exercida pelos dois é decidir os conflitos que são levados ao Poder
Judiciário. Diversas vezes ao dia o Juiz Estadual se depara com processos de família,
assim como o Juiz do Trabalho lida com ações pedindo o reconhecimento do vínculo
de emprego. Os dois dizem o direito no caso concreto, ou seja, afirmam por meio de
suas decisões qual das partes possui razão no conflito que gerou a ação judicial. Os
dois, portanto, possuem jurisdição, mas cada um possui uma competência, isto é, está
apto a julgar determinado tipo de pedido. Não possui competência o Juiz do
Trabalho para decidir questões relacionadas à família, assim como não possui
competência o Juiz Estadual para julgar pedido de reconhecimento de vínculo de
emprego.

2 – Critérios de competência

Os critérios utilizados pelo legislador para definir a competência dos órgãos judiciários são
de dois tipos: absolutos e relativos. Existem importantes e fundamentais diferenças entre os dois
critérios, abaixo analisadas:

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ABSOLUTOS RELATIVOS

INTERESSE Estado Partes


CRITÉRIOS Material, pessoal e Territorial e valor da
funcional causa
LEGITIMIDADE Juiz de ofício ou partes Somente as partes
a requerimento
MOMENTO A qualquer momento e Até 5 dias a contar do
grau de jurisdição recebimento da
notificação
FORMA Simples petição Exceção de
incompetência
CONSEQUÊNCIAS Remessa dos autos para Remessa dos autos ao
o juízo competente juízo considerado
competente, que no
processo do trabalho é
o local da prestação dos
serviços.
PRECLUSÃO Não há preclusão, por Preclusão pela não
tratar-se de norma de apresentação da
ordem pública exceção de
incompetência,
acarretando
prorrogação da
competência.
AÇÃO RESCISÓRIA Cabe ação rescisória se Não cabe ação
a decisão que transitou rescisória, por ter
em julgado tiver sido havido preclusão ante a
proferida por juízo não apresentação de
absolutamente alegação de
incompetente. incompetência.

 Interesse:

 Critérios absolutos: Ao criar tais critérios, o Estado organizou as atribuições do


Poder Judiciário tendo em vista o seu interesse em melhor julgar, isto é, os critérios
absolutos refletem o interesse público, razão pela qual as partes não podem alterá-
los. Apenas a lei pode determinar eventual mudança nesses critérios.

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 Critérios relativos: Em relação a esses critérios, o legislador levou em consideração o


interesse das partes conflitantes, ou seja, teve por ideal a ser seguido a comodidade
das partes, já que para o Estado tanto faz analisar o dissídio em Vitória/ES ou
Salvador/BA.

 Critérios:

 Critérios absolutos: São critérios absolutos:


o 1. MATERIAL, que define a atribuição do órgão judiciário levando em
consideração o tipo de conflito instaurado entre as partes, isto é, a matéria
que será analisada pelo julgador. Um exemplo desse tipo de critério encontra-
se no art. 114, I da CRFB/88, que afirma ser da competência da Justiça do
Trabalho as demandas relacionadas à relação de trabalho;
o 2. PESSOAL, que determina a competência tendo em vista as partes na
demanda;
o 3. FUNCIONAL, que destaca a competência do órgão jurisdicional com base
de exercício de uma função, isto é, pela relação existente entre dois ou mais
processos. A competência do TRT/ES para analisar recurso ordinário
interposto de sentença proferida por Vara do Trabalho de Vitória/ES é
funcional, pois deixa clara a ideia de continuação no exercício do poder
jurisdicional. Há nítida relação entre as funções exercidas (proferir sentença e
analisar recurso). No CPC/15, tal critério encontra-se no artigo 61, abaixo
transcrito:

Art. 114 da CF: Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar: I as ações oriundas da relação de
trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e
da administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo


competente para a ação principal.

 Critérios relativos: Dois são os critérios relativos:


o 1. TERRITORIAL, que define o local em que será ajuizada a demanda
trabalhista. Seguem-se as regras previstas no art. 651 da CLT que, em regra,

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destaca que o local de trabalho será competente para o ajuizamento da ação


trabalhista;
o 2. VALOR DA CAUSA, que é utilizado para determinar a competência do
órgão jurisdicional conforme o valor atribuído à causa, sendo que tal valor é
determinante para a escolha do procedimento (ordinário, sumaríssimo e
sumário). Na Justiça do Trabalho tal critério não é relevante, pois o mesmo
juízo possui atribuição para processar e julgar demandas em todos os ritos
descritos, isto é, não existem juizados especiais trabalhistas ou Vara do
Trabalho que julguem apenas ações ajuizadas em determinado procedimento.

Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e


Julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local
ou no estrangeiro.

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante


comercial, a competência será da Junta da localidade em
que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e


Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,
desde que o empregado seja brasileiro e não haja
convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova


realização de atividades fora do lugar do contrato de
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços.

 Legitimidade:

 Critérios absolutos: O ferimento às normas de competência absoluta deve ser


declarado de ofício pelo Magistrado, conforme art. 64, §1º do CPC/15. Assim,

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verificando o Juiz do Trabalho que a demanda não é de sua competência, e sim, da


Justiça Comum, determinará a remessa dos autos àquela justiça, reconhecendo a sua
incompetência de ofício, ou seja, sem requerimento. Tal fato decorre do interesse
público na criação de tais critérios.

 Critérios relativos: Diferentemente do que ocorre nos critérios absolutos, em relação


aos critérios relativos o juiz não pode conhecê-los de ofício, nos termos da Súmula
33 do STJ. Nessa situação, somente as partes podem alegar, já que o interesse na
sua criação é privado.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação. § 1o A
incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá
imediatamente a alegação de incompetência. § 3o Caso a
alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo decisão judicial
em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão
proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

Súmula nº 33 do STJ: A incompetência relativa não pode


ser declarada de ofício.

 Momento:

 Critérios absolutos: Não há um momento limite para que seja reconhecida a


incompetência absoluta de um juízo, já que o art. 64, §1º do CPC/15 afirma que a
regra deve ser reconhecida de ofício pelo juiz ou alegada pela parte a qualquer
tempo e grau de jurisdição. Caso o réu não a alegue na contestação (art. 337 do
CPC/15 – preliminares de mérito), poderá alegá-la posteriormente, enquanto o
processo estiver em trâmite.

 Critérios relativos: por tratar-se de interesse privado, das partes, o legislador impôs
que a alegação de incompetência relativa fosse apresentada em até 5 dias após a
notificação, antes da audiência (art. 800, da CLT, pós reforma trabalhista).

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 Forma:

 Critérios absolutos: Tratando-se de critério no qual há nítido interesse público, em


que o Juiz deve conhecer de ofício eventual vício, não há que se impor à parte que
sua alegação seja apresentada por meio formal, como uma petição específica. Assim,
a alegação de incompetência absoluta pode ser feita por simples petição, sendo que
tal expressão denota a total ausência de formalidade, permitindo que seja alegado o
vício inclusive oralmente.

 Critérios relativos:A forma adequada para demonstrar a incompetência relativa é por


meio da exceção de incompetência, disciplinada no art. 800, da CLT, que prevê:

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência


territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação,
antes da audiência e em peça que sinalize a existência
desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido
neste artigo.

§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo


e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843
desta Consolidação até que se decida a exceção.

§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz,


que intimará o reclamante e, se existentes, os
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco
dias.

§ 3o Se entender necessária a produção de prova


oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o
excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como
competente.

§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial,


o processo retomará seu curso, com a designação de
audiência, a apresentação de defesa e a instrução
processual perante o juízo competente.

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 Consequências:

 Critérios absolutos: Acaso reconhecida a incompetência absoluta, nos termos do art.


64, §2º do CPC, os autos serão remetidos para o juízo competente, seja para outra
Vara do Trabalho, no caso de incompetência relativa ou para outra justiça, caso seja
incompetência absoluta.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será


alegada como questão preliminar de contestação. § 1o A
incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.§
2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá
imediatamente a alegação de incompetência.

 Critérios relativos:protocolada a petição de exceção o processo será suspenso, e não


será realizada audiência até que se decida a exceção.

 Preclusão:

 Critérios absolutos: Não há preclusão em relação aos critérios absolutos, para as


partes ou juiz, já que o art. 64, §1º do CPC/15 destaca que a qualquer tempo e grau
de jurisdição poderá ser alegado o vício. O fato de o Juiz ter recebido a petição
inicial não o impede de reconhecer a sua incompetência absoluta posteriormente.

 Critérios relativos: No que concerne aos critérios relativos, há preclusão, pois a não
apresentação da exceção de incompetência no prazo previsto no art. 800, da CLT,
ocorrerá a denominada prorrogação de competência, que significa dizer que o juízo
que era incompetente passará a ser competente diante da inércia da parte, nos
moldes do art. 65 do CPC/15. No processo do trabalho a prorrogação da
competência surgirá quando não for apresentada a exceção de incompetência no
prazo de 5 dias a contar do recebimento de notificação.

Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o


réu não alegar a incompetência em preliminar de
contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa
pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em
que atuar.

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 Ação Rescisória:

 Critérios absolutos: Caso a violação às normas de competência absoluta seja


verificada no curso da ação, ou seja, enquanto tramitando o processo, poderá ser
alegada por simples petição ou reconhecida de ofício pelo Magistrado, conforme já
estudado. Caso se verifique tal erro apenas após o trânsito em julgado, poderá a
parte ajuizar ação rescisória, no prazo máximo de 2 (dois) anos (art. 975 do CPC/15),
calcado no art. 966, II do CPC/15.

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado,


pode ser rescindida quando:II - for proferida por juiz
impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois)


anos contados do trânsito em julgado da última decisão
proferida no processo.

 Critérios relativos: No tópico anterior afirmou-se que há preclusão, com a perda da


possibilidade de alegar a incompetência relativa, se não houver a apresentação de
alegação de incompetência. Assim, por óbvio, por ser um vício sanável no curso do
processo, não ensejará o ajuizamento de ação rescisória, já que o art. 966, II do
CPC/15 aduz apenas à incompetência absoluta e a interpretação deve ser restritiva.

Exemplo: Li o art. 114, I da CF/88 e vi que todas as ações relacionadas ao vínculo de


trabalho devem ser ajuizadas perante a Justiça do Trabalho. Por erro, ajuizei uma
reclamação trabalhista em face do meu ex-empregador na Vara Cível, ou seja, na
Justiça Comum Estadual. Quando o Juiz leu a petição inicial e verificou que se tratava
de ação sobre o vínculo de emprego que tive com a empresa ré, ele chegou a
conclusão que a competência era da Vara do Trabalho da cidade. Por se tratar de
competência material, pois vinculado ao problema da ação, o Juiz remeteu a ação
para uma das Varas do Trabalho da cidade, reconhecendo-se incompetente para
analisar o meu pedido. Isso foi possível porque a incompetência era absoluta,
conforme art. 64, §1º do CPC/15. Em outra ação trabalhista, deveria ter formulado
meu pedido em uma das Varas do Trabalho de Vitória/ES, pois foi o local em que

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prestei serviços. Mas como estava residindo em São Paulo/SP, ali ajuizei a ação. O Juiz
do Trabalho de SP leu a minha petição inicial, viu que tinha trabalhado em Vitória/ES e
que, portanto, lá deveria ter ajuizado a ação, mas não remeteu para o local
competente, por tratar-se de incompetência territorial. Aguardou o reclamado
apresentar a exceção de incompetência para julgá-la procedente, determinando a
remessa dos autos a uma das Varas do Trabalho da capital do Espírito Santo.

3 – Critérios Absolutos

 Material, pessoal e funcional

A competência material da justiça do trabalho sofreu importantes alterações com o advento da


Emenda Constitucional nº 45/2004, pois diversos incisos do art. 114 da CRFB/88 foram
modificados/incluídos.

 Competência em razão da matéria – leva em consideração a natureza da relação


jurídica controvertida. Exemplos: art. 114 da CF e 652, da CLT.

 Competência em razão da pessoa - será fixada com base na qualidade que a parte
tem em uma determinada relação jurídica de direito material. Podemos citar como
exemplos os incisos I, III, VII e §3º, do Art. 114, da CLF.

 Competência em razão da função – para ela, o que será levado em consideração


serão as exigências advindas das funções dos magistrados. Na verdade, ela vai

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apurar a competência material de cada órgão para que possa ser definido como
competente em razão da função.

 Relação de emprego x relação de trabalho

A primeira situação a ser analisada está descrita no inciso I do art. 114 da CRFB/88: “as ações
oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios”.

Antes da mencionada emenda constitucional, o dispositivo constitucional em análise fazia


menção à relação de emprego, que é aquela firmada entre empregado e empregador, com a
presença dos requisitos do art. 3º da CLT, quais sejam, pessoa física, pessoalidade,
habitualidade, subordinação e onerosidade. Somente a discussão em torno de direitos oriundos
desse tipo de relação jurídica podia ser levada ao conhecimento da Justiça do Trabalho, o que
excluía os autônomos, eventuais, prestadores de serviços, dentre outros. Naquela época, a
Justiça do Trabalho era tida como Justiça do Empregado, pois somente esse tipo de
trabalhadores tinha acesso ao ramo especializado do Poder Judiciário. A substituição do termo
relação de emprego por relação de trabalho ampliou significativamente a competência daquela
justiça, pois todas as relações de trabalho, tais como aquela firmada pelo autônomo, eventual ou
pelo mero prestador de serviços, passou a ser da competência da justiça laboral.

Relação de trabalho é gênero, no qual encontramos, dentre outras, a relação de


emprego.

Assim, desde que afirmada na petição inicial a existência de vínculo jurídico entre autor e réu e a
prestação de labor, será competente aquela justiça para análise do conflito. Assim, retirou-se o
foco existente no empregado, passando-o para a relação de trabalho, que é um gênero no qual
se inclui a relação de emprego.

Destaca-se na doutrina acerca da competência da Justiça do Trabalho para julgamento de ações


fundadas em relação de consumo. O entendimento majoritário é no sentido de que a Justiça
Laboral não possui competência para tais ações, devendo ser propostas perante a Justiça
Comum.

A Justiça do Trabalho não detém competência para análise de relação de consumo.

No tocante à ação para cobrança de honorários, o STJ editou a Súmula nº 363, afirmando que
“compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional

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liberal contra cliente”. O TST vem entendendo que a Justiça do Trabalho se mostra
incompetente para analisar tais pedidos, por mostrar-se como verdadeira relação de consumo.

Súmula nº 363 do STJ: Compete à Justiça estadual


processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por
profissional liberal contra cliente.

Exemplo: Se fui empregado com carteira assinada ou se buscarei o reconhecimento


do vínculo de emprego (assinatura da CTPS), a competência será da Justiça do
Trabalho, por tratar-se de relação de emprego. Se na qualidade de professor prestei
serviços a uma faculdade (palestra, por exemplo), a competência para cobrança do
valor também é da Justiça do Trabalho, por tratar-se de relação de trabalho. Mas se,
na qualidade de Advogado, fui contratado e não recebi o valor acordado, a
competência para a ação de cobrança não é da Justiça do Trabalho, e sim,da Justiça
Comum estadual, pois a Súmula nº 363 do STJ diz que a ação para cobrança de
honorários de profissional liberal contra cliente não compete à Justiça do Trabalho, e
sim, à Justiça Estadual.

Cumpre aqui registrar que o STF, em julgamento de liminar requerida na ADIN nº 3.395,
suspendeu toda e qualquer interpretação desse inciso que inclua na competência da Justiça do
Trabalho o julgamento de ações envolvendo servidores públicos estatutários. Cabe a ela apenas
o julgamento de ações envolvendo empregados públicos cujo regime de contratação é o
celetista.

Muito embora seja esse o entendimento que vem prevalecendo na Corte Suprema, as bancas de
concurso vêm considerando correta a literalidade do inciso I quando cobrada em suas provas.

 Ações envolvendo acidentes de trabalho

Trata-se de importante tema, que sofreu alterações com o EC nº 45/04, e pode ser dividido em 2
(duas) situações:

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1ª: ação movida pelo empregado em face do empregador, buscando indenização em virtude do
acidente de trabalho: nessa hipótese, a competência é da Justiça do Trabalho.

2ª: ação movida em face do INSS, para que a autarquia previdenciária reconheça a existência de
acidente de trabalho e a incapacidade dele advinda, de forma a que efetue o pagamento das
verbas devidas. Nessa hipótese, a competência é da Justiça Comum Estadual. Nesse mesmo
sentido são as Súmulas 15 do STJ e 235 e 501 do STF. Nessa situação, a ação será distribuída à
Vara de Acidentes de Trabalho, caso exista.

Apesar do INSS ser uma autarquia federal, a competência não é da Justiça Comum
Federal, e sim, da Justiça Comum Estadual, conforme art. 109, I, parte final, da CRFB/88.

Súmula nº 15 do STJ: Compete à Justiça Estadual


processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do
trabalho.

Súmula nº 235 do STF: É competente para a ação de


acidente do trabalho a justiça cível comum, inclusive em
segunda instância, ainda que seja parte autarquia
seguradora.

Súmula nº 501 do STF: Compete a justiça ordinária


estadual o processo e o julgamento, em ambas as
instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que
promovidas contra a união, suas autarquias, empresas
públicas ou sociedades de economia mista.

Se o empregado vier a falecer em decorrência do acidente de trabalho, poderão viúva e filhos


ajuizar a demanda indenizatória? Claro, pois se vislumbra o chamado dano em ricochete, reflexo

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ou indireto. Nessa hipótese, qual órgão será competente? A Súmula nº 366 do STJ previa a
competência da Justiça Comum Estadual, mas foi cancelada pelo Tribunal, fazendo com que o
entendimento majoritário atualmente seja no sentido de reconhecer-se competente a Justiça
Laboral.

Muito se está discutindo acerca do dano em ricochete, pós reforma trabalhista, tendo em vista a
inclusão do art. 223- B, da CLT que dispõe que “causa dano de natureza extrapatrimonial a ação
ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as
titulares exclusivas do direito à reparação”.

Há quem defenda que ao inserir esse dispositivo o legislador estaria então excluindo o dano em
ricochete ao falar em “titulares exclusivos do direito à reparação”. Todavia, para uma outra
parcela da doutrina o dano em ricochete seria o dano do próprio familiar do empregado, por
exemplo, que sofreu dano causado pela perda do ente. Em todo caso, teremos que aguardar o
posicionamento da jurisprudência a respeito do tema.

Outro ponto relevante, que mereceu atenção do STF por meio da edição de
súmula vinculante, é o momento de incidência das alterações que a EC 45/04
empreendeu em matéria de competência material (absoluta).
Dúvidas surgiram acerca da incidência ou não das novas normas nos processos já
sentenciados e naqueles que estavam em curso.
O STJ editou a Súmula nº 367, afirmando que as alterações trazidas pela referida
emenda constitucional não alcançam processos já sentenciados. Por sua vez, o STF
editou a súmula vinculante nº 22, cuja redação segue abaixo transcrita:
“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda
Constitucional nº 45/04”.

Súmula nº 367 do STJ: A competência estabelecida pela EC


n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados.

Por tratar-se de norma de caráter público, já que o critério de competência material é absoluto,
as demandas deveriam ser remetidas para o órgão competente após a EC nº 45/04,

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independentemente do momento processual. Ocorre que o STJ e o STF, no tocante ao tema em


estudo, entenderam por criar um “meio-termo”, que fez com que os processos já sentenciados
permanecessem no órgão que os decidiu, enquanto que as demais demandas seriam remetidas
para novo órgão jurisdicional.

Exemplo 1: Ao fim de um dia de trabalho, estava em um andaime, no 5ª andar da


obra, quando caí por estar sem cinto de segurança (equipamento de proteção
individual). Tive vários machucados, quebrei perna, braço, ficando afastado por 6
meses, até total recuperação. A culpa do meu acidente foi da empresa que não
forneceu os equipamentos de proteção individual. Se vier a ajuizar ação trabalhista em
face da empresa, para pedir danos materiais e morais, por exemplo, terei que ajuizar
perante a Justiça do Trabalho, pois dela é a competência, já que a discussão gira em
torno da relação de emprego existente entre as partes (eu e a empresa).

Exemplo 2: Digamos que, em virtude do acidente acima narrado, eu precise de um


afastamento superior a 15 dias, hipótese de recebimento de auxílio-doença
acidentário, pago pelo INSS. Digamos ainda que a autarquia não reconheça o meu
acidente como de trabalho e negue o benefício. Se vier a ajuizar ação em face do
INSS para que ele seja condenado ao pagamento do auxílio-doença, a competência
será da Justiça Estadual, mesmo o INSS sendo autarquia federal, pois o tema do
processo é acidente de trabalho, hipótese excepcional do art. 109, I da CF/88.

 Competência criminal

Conforme decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, a justiça do trabalho não possui
competência criminal, mesmo após a ampliação da competência daquele ramo do Poder
Judiciário, implementada pela EC nº 45/2004. Assim decidiu o STF:

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações penais.


Processo e julgamento. Jurisdição penal genérica. Inexistência. Interpretação
conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF, acrescidos pela EC nº
45/2004. Ação direta de inconstitucionalidade. Liminar deferida com efeito
extunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituição da República,
acrescidos pela Emenda Constitucional nº 45, não atribui à Justiça do
Trabalho competência para processar e julgar ações penais. (ADI 3684 MC,
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 01/02/2007,

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DJe-072 DIVULG 02-08-2007 PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-2007 PP-00030


EMENT VOL-02283-03 PP-00495 RTJ VOL-00202-02 PP-00609 LEXSTF v.
29, n. 344, 2007, p. 69-86 RMP n. 33, 2009, p. 173-184)

Atualmente, havendo crime contra a organização do trabalho ou nos autos de processo


trabalhista, a competência para o processo criminal será da Justiça Comum Federal, nos termos
do art. 109, VI da CRFB/88.

Exemplo: Nos autos de um processo trabalhista, que tramitava perante a 10ª Vara do
Trabalho de Porto Alegre/RS, uma testemunha, João da Silva, mentiu
deslavadamente, incorrendo no crime de falso testemunho. Apesar do crime ter
ocorrido em processo que tramitava perante a Justiça do Trabalho, a competência
não será dessa Justiça, pois a Justiça do Trabalho não possui qualquer competência
criminal.

 Ações envolvendo o exercício do direito de greve

O art. 114, II da CRFB/88, incluído pela EC nº 45/04, destaca, genericamente, que as ações
envolvendo o exercício do direito de greve são da competência da Justiça do Trabalho. O fato
do texto constitucional ser genérico foi proposital, de forma a retirar qualquer conflito sobre o
tema da justiça comum, uma vez que greve é um tema eminentemente trabalhista.

A competência da Justiça do Trabalho para o tema greve independe desta ser legal ou
ilegal.

Assim, em decorrência do exercício do direito de greve podem ser ajuizadas demandas


individuais e coletivas. No primeiro grupo, podem-se destacar as ações cautelares, visando a
manutenção do mínimo para atendimento à população, ações de indenização por atos realizados
durante o movimento paredista. No segundo grupo, destacam-se os dissídios coletivos, que
segundo dispõe o art. 114, §3º da CRFB/88, pode ser ajuizado pelo MPT, quando a greve se der
em serviço essencial, ou pelas empresas e sindicatos.

Art. 114, §3º da CF: Em caso de greve em atividade


essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio
coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o

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conflito.

Sobre o tema, indispensável a leitura da Súmula Vinculante nº 23 do STF, assim redigida: “A


Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em
decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada”.

Exemplo: é muito comum, durante as paralisações oriundas de greves, a invasão de


empresas, a formação de barricadas na frente das empresas, para que os outros
empregados não possam entrar para trabalhar. Esses instrumentos de pressão são
ilícitos, pois fogem das regras previstas na Lei nº 7783/89, que regulamenta o
exercício do direito de greve. Digamos que tenha havido a invasão da empresa. Essa
poderá ajuizar uma ação possessória (de reintegração de posse) para retirar os
empregados daquela localidade, sendo a competência da Justiça do Trabalho, já que
relacionado à greve. Da mesma forma, será da competência da Justiça do Trabalho
eventual ação de indenização movida pela empresa contra o sindicato ou empregados
que invadiram e lhe geraram danos, materiais ou morais.

Cumpre aqui registrar que o STF, em um julgamento recente, entendeu que será da
competência da Justiça Comum o julgamento de greve de servidor público estatutário e celetista
apenas na situação abaixo descrita. Assim decidiu o STF:

A justiça comum, federal ou estadual, é competente para


julgar a abusividade de greve de servidores públicos
celetistas da Administração pública direta, autarquias e
fundações públicas.

STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o


ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017
(repercussão geral) (Info 871).

Vale a pena aqui registrar que o julgamento em questão discutia caso de abusividade de greve
de guarda municipal, de regime celetista, e o entendimento dos Ministros foi de que por se
tratar de atividade essencial à segurança pública, caso em que o STF já tinha se manifestado no
sentido de não existir direito legal à paralisação dos serviços, a competência seria da Justiça
Comum.

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O Ministro registrou ainda que para outros casos de servidores públicos, com contrato celetista
com administração pública, seria possível admitir a competência da Justiça do Trabalho para
julgar a existência ou não do direito de greve dos funcionários.

 Ações sobre representação sindical

Dispõe o art. 114, III da CRFB/88, também incluído pela EC nº 45/2004, que todas as ações
envolvendo representação sindical, sejam entre sindicatos, sindicatos e empregados e sindicatos
e empregadores, serão da competência da Justiça do Trabalho, o que fez com que diversas
situações que antes eram julgadas pela Justiça Comum Estadual passassem à Justiça Laboral.

Situação bastante comum, atualmente julgada perante a Justiça Laboral, é a disputa por base
territorial, em decorrência do denominado princípio da unicidade, que regula o direito coletivo
do trabalho. Antes da EC 45/04, se dois sindicatos estivessem discutindo a legitimidade para
representar certa categoria, tal litígio seria levado à Justiça Comum Estadual, o que trazia uma
série de inconvenientes, já que os Juízes de Direito, por não atuarem cotidianamente com tal
tipo de demanda, não possuem conhecimentos profundos sobre o tema.

Assim, como exemplos de ações que passaram à competência da Justiça Laboral, têm-se:

 Ações visando a discussão sobre direito de filiação e desfiliação ao sindicato;


 Ações visando a discussão sobre unicidade sindical;
 Ações cujo objeto seja eleição de representante sindical e todas as questões
daí advindas, tais como discussão acerca de estabilidade, convocação de
assembléia, etc.
 Ações envolvendo contribuições devidas ao sindicato, federação e
confederação, bem como ações de consignação e execução das mesmas.

Exemplo: Sabe-se, pela análise do art. 8º da CF/88, que existe o princípio da


unicidade sindical, que impede a existência de mais de um sindicato, na mesma base
territorial, para representar a mesma categoria. Para controlar tal hipótese, é feito o
pedido de registro perante o MTE. Digamos que existam dois sindicatos afirmando
serem legítimos para representar determinada categoria no Estado do Espírito Santo.
Essa discussão, se desaguar no Poder Judiciário, será julgada pela Justiça do
Trabalho, pois os sindicatos estão discutindo o tema “representação sindical”. Se uma
empresa, cobrada por um sindicato, quiser discutir judicialmente que não deve a

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contribuição para aquele ente, e sim, para outro, deverá ajuizar ação na Justiça do
Trabalho, pois novamente o tema é “representação sindical”.

 Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data

Outro importante dispositivo incluído pela EC n 45/04 foi o inciso IV do art. 114 da CRFB/88,
que atribui competência à Justiça do Trabalho para processar e julgar os mandados de
segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à
sua jurisdição.

Em relação ao mandado de segurança, este passou a ser impetrado perante o 1º grau de


jurisdição trabalhista, isto é, a Vara do Trabalho, quando for impetrado em face de ato de
auditor fiscal do trabalho ou delegado do trabalho, e o ato estiver relacionado à fiscalização das
relações de trabalho.

Além disso, também será impetrado MS de competência da Vara do Trabalho quando o ato
questionado for realizado por Membro do Ministério Público do Trabalho, em inquéritos civis
públicos ou outros procedimentos administrativos.

A competência funcional para o mandado de segurança, além da Vara do Trabalho, também


poderá ser do Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, nas seguintes
situações:

 Tribunal Regional do Trabalho: contra ato de Juiz do Trabalho, Juiz de Direito


atuando com competência trabalhista e atos do próprio TRT, em órgãos
monocráticos ou colegiados.
 Tribunal Superior do Trabalho: contra ato do Presidente do TST ou de qualquer dos
Ministros.

Se o ato questionado for de membro do TRT, a competência para o mandado de segurança é do


próprio TRT, com recurso ordinário (art. 895, II CLT) para o TST.

Se o ato questionado for de membro do TST, a competência para o mandado de segurança é do


próprio TST.

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Em relação ao habeas corpus, este será da competência da Justiça do Trabalho quando a


matéria nele discutida envolver matéria sujeita à sua jurisdição. Antes da EC nº 45/04, entendia-
se que do ato de Juiz do Trabalho que restringisse a liberdade ou a locomoção, caberia habeas
corpus de competência da Justiça Comum Federal (TRF).

O exemplo mais utilizado para o cabimento do remédio constitucional em estudo era a prisão do
depositário infiel. Contudo, sobre o tema foi editada a Súmula Vinculante nº 25 do STF, assim
redigida: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do
depósito”.

Ocorre que outras situações podem gerar a utilização do habeas corpus, como, por exemplo:
restrição de liberdade do empregado pelo empregador em razão de pagamento de uma dívida.

Não é mais cabível a decretação de prisão do depositário infiel, qualquer que seja o
motivo, ante o disposto na Súmula Vinculante nº 25 do STF.

Nessas situações, a competência poderá ser, em tese, de qualquer órgão da Justiça


Trabalhista, a saber:

 Vara do Trabalho: quando o ato ilegal que viola o direito de locomoção for realizado
por particular (empregador, por exemplo).
 Tribunal Regional do Trabalho: quando o ato ilegal for realizado por Juiz do
Trabalho.
 Tribunal Superior do Trabalho: quando o ato ilegal for realizado por Juiz do Tribunal
Regional do Trabalho.

Por fim, o habeas data, que também pode ser utilizado em sede trabalhista, nunca em face
do empregador, e sim, em face de ato de autoridade pública. Em sede trabalhista, será utilizado
nas seguintes hipóteses:

 Servidor celetista em face do Estado, para ter acesso às informações constantes em


seu prontuário.
 Empregador não tem acesso a lista de “mau empregadores” do MTE.

Exemplo: é muito comum a impetração de mandado de segurança contra ato de Juiz


do Trabalho, quando esse profere decisão interlocutória ilegal, como aquela que
determina penhora em salário ou que indefere a reintegração de empregada que foi
demitida grávida. Diante dessa decisão judicial ilegal, impetra-se mandado de
segurança. A competência para esse MS será do TRT, pois o ato ilegal é da Vara do
Trabalho, órgão de 1º grau de Justiça do Trabalho. Essa ação (mandado de
segurança) terá início no TRT, por ser uma ação de competência originária daquele

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tribunal. Da decisão proferida no MS (acórdão do TRT), caberá recurso ordinário (art.


895, II da CLT) para o TST.

Lembrando que de acordo com a Constituição Federal, não é permitido habeas data em face de
empregador privado, uma vez que seus bancos de dados são privados e não públicos.

 Conflitos de competência

O art. 114, V da CRFB/88, estabelece a competência da Justiça do Trabalho para julgar os


conflitos de competência apenas entre os órgãos que possuírem competência trabalhista.
Situação excepcional decorre do art. 102, I, “o” da CRFB/88, que afirma a competência do STF
para os conflitos de competência envolvendo os tribunais superiores, isto é, STF, STJ e TST.

Segundo dispõe o art. 66 do CPC/15, existem 3 (três) espécies de conflitos de


competência:

1. Conflito positivo, que decorre da declaração de competência entre dois ou mais


juízos;

2. Conflito negativo, que decorre da declaração de incompetência entre dois ou mais


juízos;

3. Conflito na reunião ou separação de processos, quando surge controvérsia entre


dois ou mais juízos em decorrência daqueles fatos.

Sobre a legitimidade para iniciar o conflito, tem-se a aplicação dos artigos 953 do CPC/15 e 805
da CLT, que destacam que o procedimento pode ser iniciado pelo juiz, de ofício, pelas partes e
pelo Ministério Público, sendo que os artigos 952 do CPC/15 e 806 da CLT destacam a
impossibilidade da parte que apresentou alegação de incompetência, suscitar também o conflito
de competência.

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Art. 952. Não pode suscitar conflito a parte que, no


processo, arguiu incompetência relativa. Parágrafo único.
O conflito de competência não obsta, porém, a que a
parte que não o arguiu suscite a incompetência.

Art. 953. O conflito será suscitado ao tribunal: I - pelo


juiz, por ofício; II - pela parte e pelo Ministério Público,
por petição. Parágrafo único. O ofício e a petição serão
instruídos com os documentos necessários à prova do
conflito.

Art. 805 da CLT: Os conflitos de jurisdição podem ser


suscitados: a) pelos Juízes e Tribunais do Trabalho; b)
pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da
Justiça do Trabalho; c) pela parte interessada, ou o seu
representante.

Art. 806 da CLT: É vedado à parte interessada suscitar


conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa
exceção de incompetência.

Sobre a competência para julgamento dos conflitos, devem ser seguidas as regras abaixo
destacadas, afirmando-se desde logo que as Varas do Trabalho não possuem competência para
o julgamento destes procedimentos.

 TRT: quando os juízos em conflito forem Varas do Trabalho da mesma região ou quando o
conflito se instalar entre Juízes de Direito investidos na competência trabalhista na mesma
região ou entre Varas do Trabalho e Juízes de Direito investidos na competência
trabalhista da mesma região. Assim, se Vara do Trabalho de Vitória estiver em conflito
com Vara do Trabalho de São Mateus, por estarem ambas vinculadas ao TRT/ES, a
competência será daquele órgão.

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Atentar que aos Juízes de Direito, conforme já estudado, pode ser atribuída
competência trabalhista.
O TRT terá competência para processar e julgar o conflito de competência quando as
varas em conflito foram da mesma região. Se estiverem vinculadas à TRTs de regiões
distintas, a competência será do TST.

 TST: quando o conflito for instaurado entre Tribunais Regionais do Trabalho, entre
Tribunais Regionais do Trabalho e Varas de Trabalho (ou juízes de direito) de regiões
diferentes e entre Varas do Trabalho ou Juízes de Direito investidos na competência
trabalhista, em regiões diferentes. Nesta hipótese, se Vara do Trabalho de Vitória estiver
em conflito com Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, por estarem vinculadas a TRTs de
regiões diferentes, a competência será do TST.

 STJ: quando o conflito for instaurado entre Vara do Trabalho ou TRT e Juízo de Direito
não investido na competência trabalhista.

 STF: quando o TST estiver em conflito com qualquer outro órgão do Poder Judiciário
como, por exemplo, TJ, TRF, STJ, STF.

Por fim, vale a pena destacar a Súmula nº 420 do TST, que menciona a inexistência de conflito
de competência entre Vara do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho, a que está vinculado.

Súmula nº 420 do TST: Não se configura conflito de


competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara
do Trabalho a ele vinculada.

Exemplo: Muitos conflitos de competência surgiram a partir de 2004, ano em que


entrou em vigor a Emenda Constitucional nº 45, que trouxe várias ações que antes
eram ajuizadas na Justiça Comum, para a Justiça do Trabalho. Imaginem a seguinte
situação: Juiz do trabalho que recebe uma ação em que o autor é um profissional
liberal cobrando os seus honorários de um cliente. O Juiz do Trabalho, conforme
Súmula nº 363 do STJ, determina a remessa dos autos para a Justiça Comum. Essa
ação chegando a uma Vara Cível, encontra um Juiz Estadual que diz que a
competência não é dele, e sim, da Justiça do Trabalho. Como ele não pode devolver a
ação, será iniciado um conflito negativo de competência, porque os dois se dizem
incompetentes para analisar e julgar o pedido. Como temos uma Vara do Trabalho e
uma Vara Cível, a competência para julgamento do conflito será do STJ.

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 Ações de indenização por dano moral ou patrimonial

Talvez um dos temas mais estudados sobre competência da Justiça do Trabalho seja o dano
moral decorrente da relação de trabalho, em virtude da inclusão do inciso VI do art. 114 da
CRFB/88, por meio da Emenda Constitucional nº 45/2004.

Contudo, o TST já se inclinava por reconhecer a competência daquela justiça especializada, para
processar e julgar as demandas envolvendo dano moral, quando decorrente da relação de
trabalho, mesmo que a ação fosse proposta por sucessor ou dependentes, conforme alteração
realizada em 2015. Tal tendência firmou-se com a edição da Súmula nº 392.

Súmula nº 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da


Constituição da República, a Justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar ações de indenização
por dano moral e material, decorrentes da relação de
trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e
doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

Assim, o que o Legislador Constituinte fez foi incluir no art. 114 da CRFB/88 um tema já
pacificado na Justiça do Trabalho, dando-lhe respaldo constitucional.

Contudo, alguns temas devem ser estudados, principalmente no que concerne ao dano moral
que surge em decorrência de acidente de trabalho.

Já foram estudadas as normas sobre competência em caso de acidente de trabalho,


ficando claro que:

 Se a ação for ajuizada em face do INSS (lide previdenciária), a competência será da


Justiça Comum Estadual.
 Se a ação for ajuizada em face do empregador, a competência será da Justiça do
Trabalho.

Exemplo: Eu e João somos velhos conhecidos. Ano passado comecei a trabalhar na


empresa de João. Ocorre que em um final de semana prolongado, viajamos com
nossas famílias para uma praia e, naqueles dias, alguns desentendimentos surgiram
entre nós dois. Numa dessas discussões, João me agrediu e eu saí da briga com um
olho roxo, bem como um braço quebrado. Essa situação poderia gerar o pedido de
condenação de João ao pagamento de danos morais e materiais. Como não há

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qualquer vínculo entre a briga e o trabalho, a competência é da Justiça Comum


Estadual. Diferente seria se eu fosse agredido no trabalho, em virtude dele. Se em
uma discussão envolvendo o trabalho que exerço na empresa de João, tivéssemos
dano moral e material, a competência seria da Justiça do Trabalho, haja vista que o
dano decorre do vínculo de emprego que existe entre nós.

 Ações relativas às penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de


trabalho

Trata-se de uma das competências mais importantes da Justiça do Trabalho, se verificarmos as


provas de concursos, uma vez que as bancas incluem em suas questões a afirmação de que cabe
à justiça especializada a discussão acerca das penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho, conforme consta expressamente no art. 114, VII da CF/88, incluído
pela Emenda Constitucional nº 45/04.

O principal órgão de fiscalização das relações de trabalho é o Ministério do Trabalho, através


dos Auditores Fiscais do Trabalho. Digamos que uma determinada empresa tenha recebido a
fiscalização daquele órgão e tendo sido constatado o descumprimento de alguma norma de
proteção ao trabalhador, tenha sido autuada e multada. Querendo anular a autuação, a empresa
deverá ajuizar ação perante a Justiça do Trabalho, conforme afirma o inciso VII do art. 114 da
CF, uma vez que se trata de ação sobre penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho.

VII as ações relativas às penalidades administrativas


impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho;

 Execução das contribuições sociais

A EC nº 45/04 incluiu o inciso VIII ao art. 114 da CRFB/88, afirmando a competência da Justiça
do Trabalho para executar as contribuições sociais decorrentes das sentenças que proferir.

Assim, sendo proferida uma sentença condenatória ou homologado acordo, sobre as parcelas
de cunho salarial incidirá a contribuição social prevista no art. 195, I, a e II da CRFB/88, devidas à
União. Tais valores, que antes eram executados pelo INSS, passaram a ser devidos à União,
devido à criação da Receita Federal do Brasil, por meio da Lei nº 11.457/2007.

Ponto importante a ser destacado é a alteração do parágrafo único do art. 876 da CLT, assim
redigido:

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“A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais


previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da
Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto
da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos
que homologar”.

Com a reforma trabalhista foi excluída a expressão“inclusive sobre os salários pagos durante o
período contratual reconhecido”, reafirmando o entendimento do TST, que por meio de sua
Súmula nº 368, I, já afirmava não ter competência para executar as contribuições devidas no
curso do contrato de trabalho, e sim, apenas aquelas incidentes sobre o valor que compõe a
condenação, ou seja, apenas incidentes sobre sentenças condenatórias.

Exemplo: Um determinado empregado trabalhou sem receber o adicional de


periculosidade, que é uma verba com natureza salarial e, portanto, incide contribuição
previdenciária (INSS). Como o empregador não efetuou o pagamento do adicional,
também não fez o recolhimento mensal do INSS incidente. Como o empregado
ajuizou ação trabalhista, o empregador foi condenado ao pagamento de R$10.000,00,
além das contribuições previdenciárias devidas à União. Como não houve o
pagamento das quantias, foram iniciadas as execuções do valor devido ao empregado
e à União, no mesmo processo. O Juiz determinou a penhora de bens da empresa
para o pagamento das duas verbas – adicional de periculosidade e contribuição
previdenciária.

O mesmo entendimento foi firmado na Súmula Vinculante nº 53 do STF, que será analisada na
aula sobre execução trabalhista.

Outro ponto bastante controverso é a realização de acordo após o trânsito em


julgado. Caso a sentença tenha condenado o reclamado ao pagamento de
R$10.000,00 (dez mil reais) em parcelas de natureza salarial, sobre as quais incide a
aludida contribuição, e após o trânsito em julgado for realizado acordo no importe de
R$5.000,00 (cinco mil reais), sobre qual valor será devida a contribuição? R$10.000,00
ou R$5.000,00?

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A OJ 376 da SBDI-1 do TST firmou entendimento que a contribuição incidirá tendo por
base o valor do acordo homologado, mesmo que formulado após o trânsito em julgado
da decisão.

OJ nº 376 da SDI-1 do TST: É devida a contribuição


previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e
homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial,
respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas
de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão
condenatória e as parcelas objeto do acordo.

Todavia, o TST vem entendendo que a natureza das verbas descritas no acordo devem
respeitar, proporcionalmente, aquelas deferidas em sentença transitada em julgado. Ou
seja, não pode terem sido deferidas verbas de natureza salarial e em acordo constar que
“todas as verbas têm natureza indenizatória”.

 Dissídios coletivos

A competência atribuída à Justiça do Trabalho para dirimir os conflitos coletivos, isto é, entre
categorias, encontra sustentação no art. 114, §2º da CRFB/88, que afirma, em síntese, que se as
partes não chegarem ao término do conflito de maneira conciliatória, bem como não for
estabelecida a arbitragem, o conflito coletivo será decidido pelo Poder Judiciário, que fixará as
normas jurídicas a serem aplicadas para aquelas categorias em conflito, por determinado
período de tempo.

Art. 114, §2º da CF: Recusando-se qualquer das partes à


negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho
decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas
legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.

Atentar que o TST editou em maio de 2011, o Procedente Normativo nº 120, afirmando que a
sentença normativa produzirá efeitos por até quatro anos se não for substituída por acordo
coletivo, convenção coletiva ou outra sentença normativa.

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PN nº 120 do TST: A sentença normativa vigora, desde seu


termo inicial até que sentença normativa, convenção coletiva
de trabalho ou acordo coletivo de trabalho superveniente
produza sua revogação, expressa ou tácita, respeitado,
porém, o prazo máximo legal de quatro anos de vigência.

Em tópico próprio serão analisados todos os aspectos relacionados aos dissídios


coletivos, mas algumas notas sobre o tema serão tecidas:

 Classificação: segundo o Regimento Interno do TST, os dissídios podem ser


classificados em econômicos, jurídicos e de greve.
 Natureza Jurídica da sentença normativa: será constitutiva ou declaratória, a
depender da espécie de dissídio coletivo. Porém, nunca será condenatória. A
sentença normativa não possui carga condenatória, pois apenas cria a norma
jurídica (direito) ou interpreta norma preexistente.
 Prazo máximo: a sentença normativa terá vigência máxima de 4 (quatro) anos,
sendo que após 1 (um) ano poderá ser revista, através de dissídio econômico
revisional.
 Competência: Os dissídios coletivos nunca serão julgados pela Vara do
Trabalho, e sim, pelos Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do
Trabalho, pois possuem competência originária para tais dissídios, a depender
da amplitude das categorias em conflito.
 Ação de cumprimento: havendo o descumprimento de alguma norma constante
da sentença normativa, não é cabível a ação de execução, já que a natureza
jurídica daquele ato judicial é constitutiva ou declaratória, e nunca
condenatória. Nessas situações, caberá o ajuizamento de ação de
cumprimento, de competência da Vara do Trabalho.

A ação de cumprimento é da competência da Vara do Trabalho, enquanto o dissídio coletivo é da


competência do TRT ou TST.

Exemplo: É muito comum, em algumas cidades, as greves de determinadas


categorias, como os rodoviários, ou seja, motoristas e trocadores do serviço público
de transporte. Quando os sindicatos dos empregados e empregadores não chegam a
um consenso sobre salários e outros benefícios, temos a greve. Para colocar um fim a

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greve, as categorias podem continuar discutindo ou podem ajuizar a ação de dissídio


coletivo de trabalho, que será julgada pelo Poder Judiciário Trabalhista, de forma a
que venham a ser criadas as regras que serão aplicadas naquele caso concreto, como
reajuste salarial, jornada de trabalho, dentre outros. Quando a Justiça do Trabalho
decide o dissídio coletivo, ela profere uma sentença normativa, que cria os direitos e
deveres. Caso alguma norma ali contida não seja respeitada, o titular do direito terá
que ajuizar outra ação para demonstrar o desrespeito (não concessão do reajuste
salarial, por exemplo), sendo que essa ação recebe o nome de “ação de
cumprimento”.

 Ações sobre descumprimento de normas relativas à segurança, higiene e saúde no


trabalho

A questão mostra-se totalmente pacificada por meio da Súmula nº 736 do STF, que afirma ser da
competência da Justiça do Trabalho as demandas que contenham pedidos baseados no
descumprimento das normas relativas à segurança, higiene e saúde no trabalho, já que se trata
de obrigação do empregador cumpri-las, em especial, no que toca à entrega e fiscalização da
utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Súmula 736 do STF: Compete à Justiça do Trabalho julgar


as ações que tenham como causa de pedir o
descumprimento de normas trabalhistas relativas à
segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

Exemplo: pode ser que o Sindicato da categoria ou o Ministério Público do Trabalho


verifique que uma determinada empresa não esteja cumprindo as normas de
segurança, higiene e saúde no trabalho, por não estar fornecendo os EPIs ou
concedendo os intervalos para descanso e alimentação. Qualquer ação que tenha por
finalidade impor o respeito às regras ou que visem a condenação por danos
decorrentes do descumprimento, será da competência da Justiça do Trabalho.

 Outras competências previstas na CLT – Art. 652

Em algumas questões, a FCC se vale do art. 652 da CLT, principalmente para dizer que a Justiça
do Trabalho possui competência para as ações entre trabalhadores portuários (avulsos) e o
Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO, conforme inciso V do dispositivo, destacado a seguir:

“Art. 652 - Compete às Varas do Trabalho:

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a) conciliar e julgar:

I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da


estabilidade de empregado;

II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e


indenizações por motivo de rescisão do contrato individual
de trabalho;

III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas


em que o empreiteiro seja operário ou artífice;

IV - os demais dissídios concernentes ao contrato


individual de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos
para apuração de falta grave; c) julgar os embargos
opostos às suas próprias decisões; d) impor multas e
demais penalidades relativas aos atos de sua competência;

e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)

V - as ações entre trabalhadores portuários e os


operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-
Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;

b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta


grave;

c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;

d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de


sua competência; (Redação dada pelo Decreto-lei nº
6.353, de 20.3.1944)

e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)

f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial


em matéria de competência da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os


dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que
derivarem da falência do empregador, podendo o
Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir
processo em separado, sempre que a reclamação também
versar sobre outros assuntos”.

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 Súmula nº 454 do TST (Maio de 2014) – Seguro de Acidente de Trabalho (SAT):

SÚMULA Nº 454. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.


EXECUÇÃO DE OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO
SEGURO DE ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E
195, I, “A”, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) Compete à Justiça do
Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro
de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição
para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se
destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da
Lei nº 8.212/1991)

 Reforma trabalhista – Lei 13.467/17 – homologação de acordo extrajudicial

A reforma trabalhista incluiu mais uma competência material para a Justiça do Trabalho, no seu
art. 652, “f” da CLT, que é a possibilidade do Juiz do Trabalho homologar acordo extrajudicial.

Assim, as partes podem formular acordo extrajudicialmente, levando o mesmo para


homologação do Juiz, que proferirá sentença aceitando o mesmo, para que produza todos os
efeitos legais e a situação nele verificada não pode mais ser discutida.

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: f) decidir quanto à


homologação de acordo extrajudicial em matéria de
competência da Justiça do Trabalho.

O procedimento para a homologação judicial encontra-se disciplinado no art. 855-B da


CLT, sendo que podem ser destacados os seguintes pontos:

 O acordo deve ser apresentado por petição conjunta;


 As partes devem estar representadas por Advogado, ou seja, não se aplica o
jus postulandi na hipótese;

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 Os Advogados das partes devem ser diferentes, ou seja, não pode ser um
Advogado comum a elas;
 O trabalhador pode ser representado por Advogado do Sindicato.

O fato das partes terem celebrado o acordo e levado à apreciação judicial não afasta a
incidência do art. 477, §6º da CLT, que trata do prazo para pagamento das verbas rescisórias,
incidindo a multa do §8º do mesmo artigo caso não haja o pagamento no prazo.

Acerca do procedimento, destaca-se o que segue:

 Apresentada a petição requerendo a homologação do acordo, o Magistrado


terá 15 dias para analisá-lo, podendo:

o Marcar audiência, caso entenda necessário (para ouvir o empregado, por


exemplo);
o Proferir sentença:

 Homologando o acordo e extinguindo o feito com resolução do


mérito;
 Negando a homologação do acordo, já que a Súmula 418 do TST
afirma ser faculdade do Magistrado a homologação do mesmo.

Durante o procedimento, o prazo de prescrição ficará suspensopara que não haja qualquer
prejuízo para o trabalhador, principalmente na hipótese de negativa na homologação do acordo.
Assim, havendo a negativa de homologação por sentença, poderão as partes recorrer, mas em
um determinado momento haverá o trânsito em julgado da sentença e o prazo de prescrição
voltará a fluir no dia útil seguinte.

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4 – Critério Relativo - Competência Territorial

O critério de competência territorial define o local do ajuizamento da ação. No direito


processual do trabalho não se segue a regra geral do CPC, que versa que a ação sobre direito
pessoal ou real sobre móveis será ajuizado no foro do domicílio do réu.

Visando a proteção do empregado, hipossuficiente na relação jurídica firmada com o


empregador, bem como na colheita de provas e facilitação da busca pela verdade real, o
legislador criou normas diversas, previstas no art. 651 da CLT, que afirmam ser o local da
prestação dos serviços, o competente para processar e julgar a reclamação trabalhista. Mesmo
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que o empregado tenha sido contratado em outro local, a competência será da comarca em que
efetivamente trabalhou e, se houve transferência(s), o local em que se deu o encerramento do
liame jurídico, isto é, no último local da prestação dos serviços.

O acesso ao Poder Judiciário é a principal razão que levou o legislador a definir como
competente o local da efetiva prestação dos serviços.

Art. 651 da CLT: A competência das Juntas de Conciliação e


Julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local
ou no estrangeiro.

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante


comercial, a competência será da Junta da localidade em
que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e


Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário.

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova


realização de atividades fora do lugar do contrato de
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação
no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços.

Assim, se for contratado em Vitória/ES para trabalhar no Rio de Janeiro/RJ, a competência


territorial será desta última cidade. Se for contratado em Vitória/ES, transferido para São
Paulo/SP e posteriormente para o Rio de Janeiro/RJ, sendo neste último local dispensado, a
competência será da última cidade em que laborou, ou seja, Rio de Janeiro/RJ.

Lembre-se que a competência territorial é relativa, não podendo ser reconhecida de


ofício pelo Magistrado (Súmula nº 33 STJ), razão pela qual a parte interessada deve
apresentar alegação de incompetência.

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O art. 651 da CLT possui uma regra geral, já analisada, e algumas exceções, a seguir analisadas:

 Agente ou viajante comercial - §1º do art. 651 CLT: A análise do dispositivo deve ser
realizada com bastante cuidado, pois muitos são os detalhes. As regras de
competência territorial, nessa hipótese, devem observar a seguinte ordem:
o Local da agência ou filial a que o empregado está subordinado.
o Caso não haja agência ou filial ou o empregado não esteja subordinado
àquela, o local competente será o domicílio do empregado ou a localidade
mais próxima, à escolha do empregado-reclamante.

 Dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro- §2º do art. 651 CLT: Se o


empregado for brasileiro e sendo contratado no Brasil para trabalhar no exterior,
poderá ajuizar a demanda trabalhista em nosso país. Ponto importante é a
necessidade da empresa reclamada possuir sede ou filial no Brasil para o
ajuizamento da reclamação trabalhista, esse vem sendo o entendimento majoritário
adotado pela doutrina e jurisprudência. Todavia,há entendimentos contrários, de
que não há tal necessidade, já que a citação poderia ser realizada por meio de carta
rogatória, para o país estrangeiro no qual a empresa possui sede ou filial.

 Empregador que promova a realização de atividades fora do lugar do contrato de


trabalho - §3º do art. 651 CLT: nessa hipótese, o viajante é o empregador, ou seja, o
mesmo contrata o empregado em um local, mas promove a sua atividade em locais
diversos, tais como os circos. Nessa situação, poderá o empregado escolher o
ajuizamento de sua reclamação no local da celebração do contrato ou no local da
prestação dos serviços. Não há ordem preestabelecida, e sim, possibilidade de
escolha pelo autor.

Exemplo 1:João, que reside em Vitória/ES, foi contratado nessa localidade para
trabalhar para uma empresa em Salvador/BA. Na cidade baiana trabalhou durante 2
anos e foi demitido. Apesar de sempre ter residido em Vitória e de ter retornado para
essa cidade, a ação deve ser ajuizada em Salvador, por ter sido o local da prestação
dos serviços.

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Exemplo 2:João foi contratado e trabalhou para a filial de uma grande empresa em
Vitória/ES, sendo transferido para Maceió/AL e, por último, para Belém/PA, local em
que trabalhou por 3 anos antes de ser demitido. Apesar de ter trabalhado em vários
locais, deverá ajuizar ação em Belém/PA, por ser o último local da prestação dos
serviços.

 Foro de eleição em contratos de trabalho

O foro de eleição significa a escolha do local do ajuizamento da ação pelas partes em


determinado negócio jurídico, tal como um contrato. João e Maria, em contrato firmado entre
ambos, podem estabelecer como foro competente para as ações oriundas daquele contrato,
qualquer local dentro do território brasileiro.

Previsto no art. 63 do CPC/15, não é aplicável ao processo do trabalho, ante a


possibilidade de ser ferido o princípio da proteção, uma vez que o empregador
poderia impor situação desfavorável ao empregado, “elegendo” local distante para o
ajuizamento das ações, por saber que o empregado não teria condições de deslocar-
se até o local. Se aplicável, poderia ser imposta a seguinte situação: João, contratado
para trabalhar para a empresa Alfa S/A, em Vitória/ES, teria em seu contrato cláusula
prevendo que eventual reclamação trabalhista seria ajuizada na cidade de São
Luis/MA ou Rio Branco/AC. Certamente o obreiro não teria condições econômicas
para deslocar-se para local tão distante.

Art. 63. As partes podem modificar a competência em


razão do valor e do território, elegendo foro onde será
proposta ação oriunda de direitos e obrigações. § 1o A
eleição de foro só produz efeito quando constar de
instrumento escrito e aludir expressamente a
determinado negócio jurídico. § 2o O foro contratual
obriga os herdeiros e sucessores das partes. § 3o Antes da
citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode
ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará
a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da
cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de
preclusão.

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Além disso, tal fato prejudicaria certamente a produção de provas, já que em São Luis/MA ou
Rio Branco/AC não estariam as provas da relação de trabalho ou as testemunhas que poderiam
depor sobre os fatos narrados na inicial.

5 – Perpetuação da competência

O tema também é conhecido como perpetuação da jurisdição e está previsto no art. 43 do


CPC/15, sendo indispensável na análise do tema competência. A regra prevista no Código de
Processo civil afirma que a competência é fixada no momento do ajuizamento da ação, sendo
irrelevantes determinadas alterações, o que significa dizer que uma vez ajuizada a ação, alguns
fatos não modificam a competência que foi fixada no órgão judicial. Caso seja ajuizada
reclamação trabalhista e distribuída para a 5ª Vara do Trabalho de Vitória/ES, a alteração do
domicílio do autor não interfere na competência daquele órgão jurisdicional, que se mantém, em
regra, até o término da demanda. O Código de Processo Civil afirma que “as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas” são irrelevantes, tais como a mudança de endereço,
emprego, interdição, dentre outras.

Art. 43. Determina-se a competência no momento do


registro ou da distribuição da petição inicial, sendo
irrelevantes as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência
absoluta.

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Porém, há exceções, que são as alterações em critérios de competência absoluta (material,


pessoal e funcional) ou a supressão do órgão jurisdicional.

Assim, se um mandado de segurança tramita perante o TRT/ES em virtude de norma de


competência material e essa vem a ser alterada, determinando a tramitação perante Vara
do Trabalho (1º grau de jurisdição), aquela demanda será remetida de imediato para uma
das varas do trabalho da localidade, já que o critério alterado é absoluto, isto é, de
interesse do Estado.

A alteração deve ser em critério absoluto, isto é, critérios absoluto, funcional ou pessoal ou na
hipótese de supressão do órgão jurisdicional.

Tal fato ocorreu com a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 45/04, pois essa norma
alterou a competência material da Justiça do Trabalho, trazendo as lides sobre acidente de
trabalho (com exceção daquelas movidas em face do INSS) da Justiça Comum para a
especializada. As lides acidentárias que tramitavam nas Varas de Acidente de Trabalho foram
encaminhadas à Justiça do Trabalho, salvo aquelas nas quais já havia sentença proferida, de
acordo com a Súmula Vinculante nº 22 do STF.

Súmula Vinculante nº 22 do STF: A Justiça do Trabalho é


competente para processar e julgar as ações de indenização
por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente
de trabalho propostas por empregado contra empregador,
inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da
Emenda Constitucional nº 45/04.

6 – Modificação de competência

A modificação de competência está descrita no art. 54 do CPC/15 e está relacionada apenas aos
critérios relativos, isto é, territorial e valor da causa. Como já estudado, o valor da causa no
direito processual do trabalho não é relevante para a definição da competência, e sim, para a

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determinação do procedimento. Assim, o que será visto a partir de agora são as situações em
que a competência territorial sofrerá modificações.

Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela


conexão ou pela continência, observado o disposto nesta
Seção.

São três as hipóteses de modificação de competência:

 Inércia do réu: a inércia do réu consiste na falta de apresentação da exceção de


incompetência territorial, que segundo será estudado compõe a defesa do réu, que
deve ser apresentada antes da audiência. O fato do réu se mostrar inerte na
apresentação de tal peça de defesa, importa na prorrogação da competência, isto é,
o juízo que era incompetente passa a ser competência por não se arguir o vício.

A exceção de incompetência devera ser apresentada nos termos do art. 800 da CLT, antes
da audiência.

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial


no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da
audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção,
seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não


se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta
Consolidação até que se decida a exceção.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que


intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para
manifestação no prazo comum de cinco dias.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo


designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de

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suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo


que este houver indicado como competente.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o


processo retomará seu curso, com a designação de audiência,
a apresentação de defesa e a instrução processual perante o
juízo competente.

 Conexão: Dispõe o art. 55 do CPC/15 que duas ou mais ações são conexas quando
tiverem a mesma causa de pedir ou o mesmo pedido. Nessas situações, as ações
serão reunidas de acordo com o art. 58 do CPC, o que significa dizer que a
competência poderá alterar-se após o ajuizamento da demanda, se verificar-se que
em outro juízo há uma demanda conexa. A reunião das ações tem por finalidade
evitar o proferimento de sentenças contraditórias. Aqui, diferentemente da
continência não há a necessidade da identidade das partes (mas elas podem ser as
mesmas)

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações


quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.§
1o Os processos de ações conexas serão reunidos para
decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
sentenciado.

Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-


se-á no juízo prevento, onde serão decididas
simultaneamente.

 Continência: A mesma ideia serve para a continência. A diferença existe na


conceituação do instituto. Segundo o art. 56 do CPC/15, “Dá-se a continência entre
2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de
pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais”. Se duas
ou mais ações forem continentes, poderão ser reunidas pelo juiz, evitando-se, como
já dito, decisões contraditórias. Importante frisar os efeitos da continência, que são

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diversos a depender da ordem de ajuizamento das ações continente (maior) e


contida (menor). Vejamos:

Se a ação continente tiver sido ajuizada antes da contida, a última será extinta.
Na hipótese oposta, haverá a reunião das ações.

Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações


quando houver identidade quanto às partes e à causa de
pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange
o das demais.

Exemplo 1: João trabalhou em Vitória/ES para determinada empresa, mas ajuizou


ação no Rio de Janeiro/RJ, seu novo domicílio, apesar do correto ser o ajuizamento
em Vitória/ES, local da prestação dos serviços, conforme art. 651 da CLT. Como a
incompetência é territorial, o Juiz nada pode fazer a não ser aguardar eventual defesa
da empresa com alegação de incompetência da cidade do Rio de Janeiro/RJ. Ocorre
que não foi apresentada, pela empresa, a alegação de incompetência, razão pela qual
a Vara do Trabalho do Rio de Janeiro que não era competente para a ação, passou a
ser, já que houve a prorrogação da competência. Ninguém mais poderá alegar a
incompetência e esse processo tramitará até o seu final no RJ.

Exemplo 2: João sofreu um acidente de trabalho quando trabalhava para a empresa


“A” na cidade de Vitória/ES. Ajuizou a ação “1” pedindo danos materiais, tendo sido
distribuída para a 2ª Vara do Trabalho de Vitória. Depois, ajuizou a ação “2”, pedindo
danos morais pelo mesmo acidente, tendo sido distribuída a ação para a 10ª Vara do
Trabalho de Vitória/ES. As duas ações tratam do mesmo acidente de trabalho, mesmo
tendo pedidos diferentes. As duas ações são conexas. Assim, deverá ser verificado
quem recebeu a primeira ação (no nosso exemplo a 2ª VT de Vitória), determinando-
se a remessa da ação “2” que está na 10ª VT para a 2ª VT.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

1 – Conceitos iniciais

Doutrina majoritária afirma que o Ministério Público possui sua origem na ordenança francesa,
de 1302, ocasião em que o rei francês Felipe IV, “o belo” impôs aos seus procuradores o dever
de defender apenas os interesses da majestade, impedindo-os de defender quaisquer outros.
Assim, eram agentes do rei, atuando no seu interesse.

A CRFB/88, em seu art. 127, conceituou o Ministério Público como instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos direitos sociais e individuais indisponível, estando desvinculado dos demais
poderes, agindo de forma a controlar os demais e estando impedido de atuar em favor das
entidades públicas.

Art. 127 da CF: O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis. § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. § 2º Ao Ministério Público é assegurada
autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao
Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por
concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira;
a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998) § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a
respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias,
o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na
forma do § 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º Se a proposta
orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados
na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 6º
Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares
ou especiais.

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Ao dizer que se trata de função essencial à função jurisdicional do Estado, a CRFB/88 deixou
claro que o Ministério Público (parquet) age de forma a garantir a aplicação da lei, isto é, atua
como fiscal da lei.

2 – Princípios institucionais

Com o intuito de garantir a autonomia e independência do Ministério Público, o Legislador


Constituinte dotou o órgão de diversos princípios, que permitem a sua atuação em prol do
cumprimento da lei. Tal aspecto mostra-se indispensável à consecução do seu mister, já que a
existência do referido órgão é um dos pilares da democracia, uma vez que não existe
democracia sem lei e o parquet age para que haja o fiel cumprimento das normas jurídicas.

Dentre os princípios institucionais, destacam-se:

 Unidade: o princípio da unidade demonstra que todos os membros do Ministério


Público integram um único órgão, que deve agir dentro dos limites impostos pela
CRFB/88, visando ao mesmo objetivo. A atuação dos membros do MP é sempre no
sentido de serem cumpridas as funções institucionais. Porém, tal unidade é verificada
dentro de cada ramo do Ministério Público, não havendo unidade administrativa
entre os diversos órgãos, por exemplo, MPT e MPF.

 Indivisibilidade: a indivisibilidade significa a inexistência de vinculação dos membros


do Ministério Público aos processos em que atuam, já que a atuação não é de João
ou José, e sim, do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Federal, etc.

 Independência funcional: quando do exercício de suas funções, os membros do


Ministério Público possuem independência funcional, isto é, estão vinculados apenas
à lei, e não ao entendimento de qualquer outro poder constituído. A independência
funcional permite ao membro do MP a autonomia própria da imparcialidade, já que
vinculado apenas ao seu entendimento. Claro que existe a subordinação
administrativa, vinculada aos ditames legais, devendo-se seguir as recomendações e
normas dos órgãos colegiados do MP.

 Promotor natural: encontra respaldo no art. 5º, LIII da CRFB/88, analisado quando do
estudo do princípio do juiz natural. A norma impede designações arbitrárias dos

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membros do MP para atuação em determinadas situações, privilegiando a atuação


imparcial, baseada nos preceitos legais e em critérios objetivos.

Art. 5º, LIII da CF: ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente.

3 – Formas de atuação

Os artigos 127 a 129 da CRFB/88 elencam diversas atividades a serem desempenhadas pelo
Ministério Público, sendo que ali estão previstas formas de atuação judicial como, por exemplo,
a ação civil pública, instrumento processual extremamente utilizado pelo MP, bem como atuação
extrajudicial, como ocorre no inquérito civil, que precede, quase sempre, a ação civil pública, por
possuir iminente caráter investigatório, assim como o inquérito policial.

Adentrando no direito processual do trabalho, vale a pena destacar a atuação judicial do MPT
(Ministério Público do Trabalho). Nos termos do art. 83 da Lei Complementar nº 75/93, aquele
órgão deverá:

 Intervir em processos trabalhistas em que haja interesse público;


 Ajuizar a ação civil pública;
 Ajuizar ações declaratórias de nulidade de cláusulas que violem os direitos
trabalhistas;
 Promover ações que visem resguardar os direitos dos menores, incapazes e índios;
 Interpor recursos nos feitos de competência da Justiça do Trabalho;
 Participar dos julgamentos colegiados dos Tribunais Trabalhistas;
 Ajuizar a ação de dissídio coletivo em caso de greve em atividades essenciais;
 Ajuizar mandado de injunção e outras ações constitucionais.
 Atuar como árbitro em demandas de competência da Justiça do Trabalho;
 Requerer diligências para se alcançar a melhor solução para as demandas em que
intervier;

Verifica-se claramente que o dispositivo acima referido trata de situações em que o Ministério
Público é autor da demanda, bem como outras em que apenas intervém para auxiliar na solução
dos conflitos, notadamente quando há interesse público evidenciado.

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Art. 128 da CF: O Ministério Público abrange: I - o Ministério Público da União, que compreende: a) o
Ministério Público Federal;

b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal
e Territórios; II - os Ministérios Públicos dos Estados. § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira,
maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. § 2º - A destituição do Procurador-
Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta do Senado Federal. § 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e
Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de
seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos,
permitida uma recondução. § 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios
poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva. § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade,
após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) c) irredutibilidade de subsídio, fixado na
forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob
qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de
sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função
pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) § 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95,
parágrafo único, V.

Art. 129 da CF: Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a
ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua
garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social,
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade
ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V
- defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos
procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los,
na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da
lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração
de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer
outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. § 1º - A legitimação do Ministério
Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo
o disposto nesta Constituição e na lei. § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da
instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º O ingresso na carreira do
Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da

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Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três
anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no
art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º A distribuição de processos no
Ministério Público será imediata.

Art. 83 LC 75/93: Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos
órgãos da Justiça do Trabalho: I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e
pelas leis trabalhistas; II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do
juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção; III -
promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando
desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos; IV - propor as ações cabíveis para
declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as
liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores; V - propor as
ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das
relações de trabalho; VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto
nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão
dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; VII - funcionar nas sessões
dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender
necessário, sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as
requisições e diligências que julgar convenientes; VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a
defesa da ordem jurídica ou o interesse público assim o exigir; IX - promover ou participar da instrução e
conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando
obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos
firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à
Constituição Federal; X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do
Trabalho; XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da
Justiça do Trabalho; XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos
processos e para a melhor solução das lides trabalhistas; XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos
nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de
Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional.

 Atuação como parte:

Trata-se da atuação mais importante do Ministério Público a partir da CRFB/88, haja vista a sua
função constitucional de defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos.

Dentre os diversos instrumentos de atuação, destaca-se a ação civil pública, rotineiramente


ajuizada pelos membros do Ministério Público, principalmente no combate ao trabalho escravo,
trabalho infantil, fraudes trabalhistas que atinjam contingente significativo de pessoas, meio
ambiente do trabalho, moralidade administrativa e outros que evidenciam o interesse público.

Além da ação civil pública, que será estudada em tópico apartado, destacam-se igualmente a
ação de dissídio coletivo, a ser ajuizada pelo MPT nas hipóteses de greve em serviços essenciais;

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ação anulatória de cláusulas convencionais, quando a cláusula ferir interesses difusos, coletivos e
individuais homogêneos; mandado de segurança contra ato judicial; ação rescisória, conforme
Súmula nº 407 do TST, etc.

Súmula nº 407 do TST: A legitimidade "ad causam" do Ministério Público para propor ação
rescisória, ainda que não tenha sido parte no processo que deu origem à decisão rescindenda,
não está limitada às alíneas "a", "b" e "c" do inciso III do art. 967 do CPC de 2015 (art. 487, III,
"a" e "b", do CPC de 1973), uma vez que traduzem hipóteses meramente exemplificativas (ex-OJ
nº 83 da SBDI-2 - inserida em 13.03.2002).

Exemplo: vendo que uma empresa está reduzindo os salários de centenas de


empregados, o MPT resolve ajuizar uma ação civil pública, para condenar a empresa a
restabelecer os antigos salários, bem como pagar as diferenças salariais dos meses em
que houve o pagamento reduzido. Vejam que os titulares do direito são os empregados,
mas o autor da ação é o MPT. Essa é uma situação típica em que o MPT atua como autor
da ação, com legitimidade extraordinária.

 Atuação como Fiscal da lei

O Ministério Público poderá atuar também como fiscal da lei, conforme artigos 177 a 181 do
CPC/15, atuando quando houver interesse de incapazes e interesse público, não sendo possível
o recurso do órgão ministerial quando o interesse for privado, nos termos da Orientação
Jurisprudencial nº 237 da SDI-1 do TST.

Quando houver a intervenção do órgão como fiscal da lei, essa ocorrerá em todos os órgãos e
instâncias, sendo o MP intimado de todos os atos processuais, constituindo a ausência do ato em
nulidade absoluta.

Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições
constitucionais.

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como
fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos
que envolvam: I - interesse público ou social; II - interesse de incapaz; III - litígios coletivos pela
posse de terra rural ou urbana. Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não
configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.

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Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá
vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá
produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá
início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. § 1o Findo o prazo para
manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e
dará andamento ao processo. § 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.

Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir
com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

OJ nº 237 da SDI-1 do TST: I - O Ministério Público não tem legitimidade para recorrer na defesa
de interesse patrimonial privado, inclusive de empresas públicas e sociedades de economia
mista.II – Há legitimidade do Ministério Público do Trabalho para recorrerde decisão que declara a
existência de vínculo empregatício com sociedadede economia mista ou empresa pública, após a
ConstituiçãoFederal de 1988, sem a prévia aprovação em concurso público, poisé matéria de
ordem pública

Conforme disposição contida no art. 179 do CPC/15, o Ministério Público:

o Será intimado de todos os atos processuais, deles podendo recorrer (art. 996 do CPC/15),
tendo vista dos autos depois das partes, de forma a controlar a atuação daquelas, bem
como do Juiz;

Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo
Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.Parágrafo único. Cumpre ao
terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação
judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto
processual.

o Poderá juntar documentos e certidões, com o intuito de demonstrar a verdade dos fatos
discutidos em juízo;

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o Produzir prova em audiência, isto é, participar do interrogatório das partes e inquirição de


testemunhas, podendo inclusive arrolar testemunhas a serem ouvidas;

o Requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade, assim como


requerer a expedição de ofícios, juntada de documentos, etc.

Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá
vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II - poderá
produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

Exemplo: em um determinado processo trabalhista, o Juiz do Trabalho determinou a


penhora em meu salário. Diante dessa situação, impetrei um mandado de segurança. O
MPT não é parte, nem autor, nem réu, mas deve ser ouvido, pois é fiscal da lei no
mandado de segurança. Temos que ouvir a opinião, o parecer daquele órgão, por tratar-
se de mandado de segurança.

 Atuação extrajudicial:

Prevista no art. 84 da Lei Complementar nº 75/93, a atuação extrajudicial do MP consiste,


principalmente, na condução do inquérito civil público, conceituada como uma investigação
administrativa que visa colher provas mínimas para o ajuizamento da ação civil pública ou a
formalização do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O inquérito civil público, assim como
o inquérito policial, não é indispensável ao ajuizamento da demanda principal, sendo, portanto,
facultativo.

Mesmo sem o inquérito civil público, poderá o MP ajuizar a ação civil pública, buscando
provas da ocorrência de ilegalidades na fase instrutória da demanda

Art. 84 da LC 75/93: Incumbe ao Ministério Público do Trabalho, no âmbito das suas


atribuições, exercer as funções institucionais previstas nos Capítulos I, II, III e IV do

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Título I, especialmente: I - integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que


lhes sejam pertinentes; II - instaurar inquérito civil e outros procedimentos
administrativos, sempre que cabíveis, para assegurar a observância dos direitos sociais
dos trabalhadores; III - requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos
órgãos de proteção ao trabalho, a instauração de procedimentos administrativos,
podendo acompanhá-los e produzir provas; IV - ser cientificado pessoalmente das
decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas causas em que o órgão tenha intervido
ou emitido parecer escrito; V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por
lei, desde que compatíveis com sua finalidade.

Ainda sobre o inquérito, destaque para a discussão sobre a necessidade ou desnecessidade de


garantir-se o contraditório durante aquele procedimento. Corrente majoritária ainda defende a
desnecessidade, deixando para um momento posterior (ação civil pública) o direito ao
contraditório e ampla defesa, em sua integralidade.

O segundo instrumento de atuação extrajudicial do MP é o termo de ajustamento de conduta


(TAC) como o ajuste feito entre aquele órgão e determinada empresa para fazer cessar o
descumprimento à legislação trabalhista, impondo ao descumpridor sanções como multas, que
serão executadas caso o mesmo não seja cumprido, haja vista que o art. 876 da CLT prevê o
acordo em exame como um título executivo extrajudicial.

O termo de ajustamento de conduta (TAC) é considerado pela lei como um título executivo
extrajudicial (art. 876 CLT).

Art. 876 da CLT: As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com
efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados
perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as
Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo.

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4 – Garantias constitucionais

As garantias constitucionais dos Membros do Ministério Público estão dispostas no art. 128, §5º,
I da CRFB/88, sendo as mesmas dos Magistrados, conforme art. 95 da CF, já estudado.

Art. 128, §5º, I da CF: Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria

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absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004) c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

5 – Organização do Ministério Público do Trabalho

Antes de tratarmos da organização do Ministério Público do Trabalho, temos que lembrar que a
Constituição Federal dividiu a instituição em ramos, a saber:

o Ministério Público dos Estados;


o Ministério Público da União;
o Ministério Público Federal;
o Ministério Público Militar;
o Ministério Público do DF e Territórios;
o Ministério Público do Trabalho;

O Ministério Público da União é chefiado pelo Procurador-Geral da República, que é


nomeado pelo Presidente da República, após sabatina do Senado Federal, sendo o
“chefe” de todos os ramos do Ministério Público da União.

Já o Ministério Público do Trabalho, objeto de nosso estudo, é chefiado pelo


Procurador-Geral do Trabalho, nomeado pelo Procurador-Geral da República, n
processo descrito no art. 88 da LC 75/93.

Acerca da carreira no MPT, podemos dizer que são quatro os níveis, a saber:

 Procurador do Trabalho: realiza atos processuais, em regra, nas ações de


competência das Varas do Trabalho.
 Procurador Regional do Trabalho: atua nos processos perante os Tribunais Regionais
do Trabalho.
 Subprocurador-geral do Trabalho: oficia junto ao Tribunal Superior do Trabalho.
 Procurador-Geral do Trabalho: chefia o Ministério Público do Trabalho.

Por fim, resta falar sobre o Conselho Nacional do Ministério Público, que é um órgão de controle
externo, incluído pela EC nº 45/04, através do art. 130-A da CF/88. Ao referido conselho cabe o

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controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e o cumprimento os deveres


funcionais dos seus membros. Vejamos:

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I o Procurador-Geral da República, que o preside; II
quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
III três membros do Ministério Público dos Estados; IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal
Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça; V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil; VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. § 1º Os membros do Conselho oriundos do
Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. § 2º Compete ao
Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: I zelar pela autonomia
funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua
competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou
mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério
Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos
Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da
instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções
administrativas, assegurada ampla defesa; IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; V
elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério
Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

O próprio Conselho Superior do Ministério Público, valendo-se da prerrogativa do §3º do art.


130-A da CF, escolherá dentre os seus membros o Corregedor Nacional, que receberá
reclamações e denúncias, realizará inspeções e correições e, por fim, requisitará e designará
membros do MP para a prática de atos.

QUESTÕES COMENTADAS

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1. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa

O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade administrativa contra
certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção à saúde e à segurança do
trabalhador. A empresa pretende propor ação para impugnar o ato administrativo que lhe impôs
a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse caso, a ação deverá ser proposta perante o

a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante o
juizado especial estadual.

b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante
o juizado especial estadual.

c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.

d) órgão da justiça do trabalho competente.

e) órgão da justiça federal competente.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A situação é bastante explorada nos concursos


públicos, estando prevista no art. 114, VII da CF, que trata da competência material da Justiça
do Trabalho, para as ações contra penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho. Qualquer ação que tenha por finalidade discutir penalidades impostas por
tais órgãos, como o que ocorre na hipótese em tela. As alternativas “a”, “b” e “c” trazem órgãos
da justiça estadual, que não possuem competência, assim como a justiça comum federal.
Atenção sempre para o art. 114 da CF/88, pois os concursos trabalhistas sempre cobram as
informações sobre a competência material.

2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda


Constitucional n° 45 de 2004, considere:

I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de


Trabalho, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado
decorrente de infortúnio no trabalho.

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II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-
empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de trabalho.

III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por instituição
financeira privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva categoria, por meio da
qual se busca garantir o livre acesso de empregados e de clientes à sua agência bancária em
decorrência de movimento grevista.

IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela esposa de
empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando dano moral
ocasionado pela morte do trabalhador.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) I e III.

c) I, II e IV.

d) II, III e IV.

e) III.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Apenas as assertivas I e III estão corretas, conforme
análise a seguir realizada:

I. Correta, pois a Súmula nº 454 do TST afirma ser da competência da Justiça do Trabalho a
execução do SAT – Seguro de Acidente de Trabalho.

II. Errada, pois a OJ 26 da SDI-1 do TST também afirma ser da competência da Justiça do
Trabalho o pedido de complementação de pensão, já que deriva do contrato de trabalho.

III. Correta, pois em conformidade com a Súmula Vinculante nº 23 do STF que diz ser da
competência da Justiça do Trabalho as ações possessórias em hipóteses de greve.

IV. Errada, pois a competência é da Justiça do Trabalho, conforme Súmula nº 392 do TST.

3. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho

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Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Súmulas


do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:

a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o


empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro, desde que seja o autor da ação.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,
na falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou a da localidade mais próxima.

c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência para


processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, ainda que haja
convenção internacional dispondo em contrário.

d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições


previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integram o salário de contribuição, inclusive, no caso de
reconhecimento de vínculo empregatício, quanto aos salários pagos durante a contratualidade.

e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por


danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente
de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas pelos dependentes, desde que
habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou sucessores do trabalhador falecido.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A informação que consta na letra “B” está totalmente
de acordo com o §1º do art. 651 da CLT, que prescreve as regras de competência territorial na
hipótese de agente ou viajante comercial. Em primeiro lugar, a ação deverá ser ajuizada no local
em que está a sede ou filial a que está subordinado o empregado. Na falta, será competente a
vara do trabalho do domicílio ou localidade mais próxima. As demais assertivas estão erradas.
Vejamos:

A) errada, pois o caput do art. 651 da CLT fala que a competência será do local da prestação dos
serviços, sendo o empregado reclamante ou reclamado.

C) errada, pois a §2º do art. 651 da CLT exclui a competência caso haja convenção em sentido
contrário.

D) errada, pois não possui competência a Justiça do Trabalho para recolher as contribuições
incidentes sobre período contratual reconhecido, nos termos da Súmula nº 368 do TST.

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E) errada, pois não há necessidade de habilitação perante o INSS, sendo que o tema se encontra
na Súmula 392 do TST.

4. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa

A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material da Justiça


do Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar

a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e


entre sindicatos e empregadores.

b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado


envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do Instituto


Nacional do Seguro Social.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui competência criminal,
em qualquer situação, como já decidiu o STF, assim como não cabe à justiça especializada o
julgamento de ações contra o INSS para discussão acerca de acidente de trabalho. As demais
situações são de hipóteses de competência material da Justiça do Trabalho, conforme art. 114
da CF, conforme análise a seguir:

A) de acordo com o inciso III do art. 114 da CF/88.

B) em conformidade com o inciso IV do art. 114 da CF/88.

C) de acordo com o inciso VI do art. 114 da CF e Súmula 392 do TST.

D) em conformidade com o inciso VII do art. 114 da CF/88.

5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Área
Judiciária

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Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi contratado


na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu Informática S/A, para trabalhar
como programador, na filial da empresa no Município de Campo Grande. No contrato de
trabalho as partes convencionaram como foro de eleição a comarca de São Paulo. Após dois
anos de contrato, Asclépio foi dispensado por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória,
retornando para Manaus. Não concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador
resolveu ajuizar reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de
competência territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho
de

a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.

b) Brasília, por ser o local da contratação.

c) Manaus, local de seu domicílio.

d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.

e) São Paulo, foro de eleição contratual.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Aplica-se a regra geral do caput do art. 651 da CLT, que
diz que as ações trabalhistas devem ser ajuizadas no local da prestação dos serviços, que na
hipótese é Campo Grande. Num primeiro momento não é importante o domicílio do
empregado, a sede da empresa, o local da contratação, assim como não é possível no processo
do trabalho o foro de eleição, previsto e aplicável apenas no processo civil (art. 63 do CPC).

6. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador

A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram regras sobre
organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a compõem. Em
observância a tais normas,

a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa para


anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho, por
inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.

b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, interpretou ser


da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas entre o Poder Público e seus

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servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo.

c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos dentre


brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples
do Senado Federal.

d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados


exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização por dano
moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda Constitucional n°
==24ef==

45/2004, visto que o texto original da Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do


Tribunal Superior do Trabalho não admitiam o processamento de tais ações na Justiça
Especializada.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A situação mais comum em concursos trabalhistas que
cobram a matéria “competência da justiça do trabalho”, que consta principalmente no art. 114
da CF, é aquela descrita no inciso VII do dispositivo constitucional. Diz o inciso que será da
competência trabalhista as ações que visam discutir penalidades administrativas impostas pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho, sendo que o principal órgão é o Ministério do
Trabalho através dos seus Auditores Fiscais do Trabalho. Assim, está correta a letra “a”. As
demais estão totalmente erradas, conforme será visto a seguir:

B) O STF decidiu o contrário, ou seja, que a Justiça do Trabalho não possui competência para a
análise de lides envolvendo os estatutários.

C) o TST é formado por 27 minutos, com pelo menos 35 anos e máximo de 65 anos, após
aprovação por maioria absoluta do Senado Federal, conforme art. 111 da CF.

D) os TRTs compõem-se de pelo menos 7 juízes, recrutados preferencialmente na mesma região,


tendo pelo menos 30 anos e no máximo 65 anos, conforme art. 115 da CF.

E) A Justiça do Trabalho já possuía competência, tanto que a Súmula 392 do TST foi criada em
2003, tratando do assunto.

7. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador

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A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado brasileiro
através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na Turquia, lugar onde
prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o empregado retorna ao Brasil,
pretendendo acionar o seu empregador em razão de créditos trabalhistas que entende devidos.
Nessa situação, conforme regra prevista na Consolidação das Leis do Trabalho,

a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação trabalhista,


que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.

b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o competente para
conhecer da reclamação trabalhista.

c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do


empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da demissão.

d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no País em que
o empregado foi contratado.

e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da reclamação


trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em contrário.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A situação consta expressamente no art. 651, §2º da
CLT, que trata do ajuizamento da ação no Brasil pelo brasileiro que trabalhou no exterior, desde
que não haja convenção internacional em sentido contrário. O mais importante é verificar a
existência ou não de convenção internacional sobre o assunto. Este é o detalhe mais importante
para as questões nos concursos trabalhistas. Além disso, lembre-se que não cabe a eleição de
foro no processo do trabalho, isto é, a cláusula em contrato sobre o local do ajuizamento da
ação não é válida, não produz efeitos.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de
Justiça

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Brasília e demais cidades-


satélite do Distrito Federal resolve interpor dissídio coletivo de greve, sendo que a competência
para conhecê-lo será

(A) da Vara do Trabalho situada na área do dissídio coletivo.

(B) da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.

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(C) do Ministério Público do Trabalho, junto à Procuradoria Geral do Trabalho.

(D) da Comissão de Conciliação Prévia intersindical da categoria no Distrito Federal.

(E) do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Distrito Federal, com sede em Brasília.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”.A competência será do TRT da 10ª região, Distrito
Federal, com sede em Brasília, uma vez que o dissídio coletivo está concentrado na área de
abrangência daquele Tribunal, uma vez que se trata de um Sindicato de empresas do Distrito
Federal.

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de
Justiça

Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de Janeiro. Há
alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo efetuados pelos
trabalhos realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou um Advogado para ajuizar
ação em face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o operador portuário, demanda esta que
deverá ser proposta perante a

(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo sem vínculo
de emprego com o órgão de mão de obra.

(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.

(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de vínculo de
emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.

(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo e, portanto,
de ordem nacional.

(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria de relação
de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.A competência é da Justiça do Trabalho em virtude do


art. 652, V da CLT, que trata das ações entre trabalhadores e OGMO – órgão Gestor de Mão de
Obra, mesmo que entre eles não exista vínculo de emprego. Vejamos:

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Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:

V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários


ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de
trabalho;

10. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por danos
morais em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio moral. Conforme
previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação deverá ser proposta na Vara
do Trabalho do local

(A) da sua contratação.

(B) do seu domicílio.

(C) da matriz do Banco empregador.

(D) da prestação dos serviços.

(E) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”.Trata-se de uma questão bem simples sobre a


competência territorial no processo do trabalho, isto é, sobre o local do ajuizamento da ação
trabalhista. Conforme previsto no art. 651 da CLT, a ação deverá ser ajuizada no local da
prestação dos serviços.

11. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Poseidon prestou concurso público e foi aprovado tomando posse como agente de fiscalização
sanitária no combate ao “mosquito da dengue”, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado de
Sergipe, pelo regime jurídico estatutário. Decorridos dezoito meses de serviço, houve atraso no
pagamento de salários e a inadimplência da verba denominada adicional de insalubridade.
Inconformado com a situação, Poseidon pretende ajuizar ação cobrando seus direitos, sendo
competente para processar e julgar a

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(A) Justiça Federal, porque embora o servidor seja estadual, a matéria envolve questão de
natureza sanitária de repercussão nacional, relacionada à epidemia do “mosquito da dengue”.

(B) Justiça Comum Estadual, porque envolve todo servidor público estadual, independente do
seu regime jurídico de contratação.

(C) Justiça do Trabalho, porque se trata de ação oriunda da relação de trabalho, abrangido ente
de direito público da Administração pública direta estadual.

(D) Justiça do Trabalho, porque independente do ente envolvido, a matéria discutida relaciona-
se com salários e adicional de insalubridade, portanto direitos de natureza trabalhista.

(E) Justiça Comum Estadual, porque a relação de trabalho prevista no artigo 114, I da CF, não
abrange as causas entre o Poder Público e servidor regido por relação jurídica estatutária.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”.A situação decorre da decisão do STF na ADI 3395-6,
que decidiu por excluir os estatutários da competência da Justiça do Trabalho. Assim, a ação
deve ser ajuizada na Justiça Comum, sendo a Estadual competente na hipótese pois o servidor é
estadual (Estado de Sergipe). Se o servidor fosse celetista, a competência seria da Justiça do
Trabalho. Mas sendo estatutário, está excluída a competência trabalhista.

12. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da Orquestra
do Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu domicílio. No contrato de
trabalho foi estipulado como foro de eleição para propositura de demanda trabalhista o
Município de Aracaju/SE. O banco possui agências em todos estados do Brasil e a sua sede está
localizada em Brasília/DF. Durante os oito meses em que foi empregada do Banco, Hera exerceu
suas funções apenas no Município de Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em
face de seu ex-empregador, deverá propor em

(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços.

(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.

(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.

(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.

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(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como reclamante.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão trata da competência territorial para o


ajuizamento da ação trabalhista, o que está previsto no art. 651 da CLT. Apesar de inúmeras
informações sobre local da contratação, foro de eleição, existência de filiais e sede, a questão é
mais simples do que se imagina: como o empregado trabalhou apenas em Aracaju/SE, este foi o
local da prestação dos serviços, devendo a ação ser ajuizada naquele local, conforme regra geral
do art. 651 da CLT.

13. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi dispensado por justa
causa diante da alegação de desídia no desempenho das suas funções. O trabalhador pretende
ajuizar reclamatória trabalhista questionando o motivo da rescisão e postulando o pagamento de
verbas rescisórias e horas extraordinárias não remuneradas. No caso, trata-se de empregador
que promove realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho. De acordo com as
regras de competência territorial Apolo deverá ingressar com a ação:

a) Somente no local da prestação de serviços.

b) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

c) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, poderá escolher
qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio.

d) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.

e) Na sede da empresa ou na capital do Estado em que ocorreu a contratação.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.a situação em que o empregador promove a realização


dos serviços fora do local do contrato de trabalho é especial, previsto no §3º do art. 651 da CLT,
dispositivo celetista que trata da competência territorial no processo do trabalho. Na hipótese, a
ação poderá ser ajuizada no local da contratação ou no local da prestação dos serviços.

14. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa

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Os órgãos do Poder Judiciário possuem competência própria fixada na lei, seja em relação à
matéria ou quanto às pessoas. Assim, a Justiça do Trabalho é competente para apreciar e julgar

a) ações que envolvam direito de greve.

b) execuções de contribuições de Imposto de Renda dos trabalhadores que não declararam seus
rendimentos salariais durante o contrato de trabalho.

c) ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por invalidez.

d) as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de


descumprimento de tratado internacional.

e) crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-


financeira.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”.As ações relacionadas ao exercício do direito de greve


constam no inciso II do art. 114 da CF/88, como da competência da Justiça do Trabalho. As
demais situações não se enquadram naquele dispositivo legal, não possuindo a Justiça do
Trabalho competência criminal ou para discussão sobre benefícios previdenciários.

15. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova: Direito

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas na Consolidação


das Leis do Trabalho aplicáveis a matéria,

a) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde o


empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.

b) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado tenha domicílio,


como regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador.

c) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da Vara do Trabalho
será determinada pelo local onde está sediada a matriz da empresa.

d) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de contratos de


empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

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e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão Gestor de


Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não estão abrangidas na
competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum Federal.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”.A informação sobre a competência territorial no


processo do trabalho está em conformidade com o art. 651 da CLT, que prevê o local da
prestação dos serviços como o competente para julgar as ações trabalhistas, mesmo que a
contratação tenha sido realizada em outro lugar, até mesmo no estrangeiro.

16. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário

A competência é considerada como medida da jurisdição. Em se tratando de competência


territorial das Varas do Trabalho, a regra geral prevista na Consolidação das Leis do Trabalho é
fixada

a) pelo local onde foi realizada a contratação.

b) pelo domicílio eleitoral do empregado.

c) pelo domicílio civil do empregador, quando esse for pessoa física.

d) pela matriz da empresa pública, na capital do Estado onde é a sede do Tribunal Regional.

e) pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao


empregador.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra sobre o local do ajuizamento da ação, ou seja,
da competência territorial, encontra-se prevista no art. 651 da CLT, sendo o local da prestação
dos serviços, o que está previsto expressamente na letra “E”. Vejamos:

“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro”.

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17. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária. Os normativos constitucionais NÃO atribuem competência
material à Justiça do Trabalho para processar e julgar

a) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

b) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em atividade
essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.

c) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo retenção


dolosa de salários e contribuições previdenciárias.

d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

e) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e


entre sindicatos e empregadores.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O STF já decidiu, após a EC 45/04, que o TST não
possui competência criminal, em sede da ADI nº 3684, cuja ementa segue abaixo:

EMENTA: COMPETÊNCIA CRIMINAL. Justiça do Trabalho. Ações


penais. Processo e julgamento. Jurisdição penal genérica. Inexistência.
Interpretação conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF,
acrescidos pela EC nº 45/2004. Ação direta de inconstitucionalidade.
Liminar deferida com efeito extunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e
IX, da Constituição da República, acrescidos pela Emenda Constitucional
nº 45, não atribui à Justiça do Trabalho competência para processar e
julgar ações penais. (ADI 3684 MC, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO,
Tribunal Pleno, julgado em 01/02/2007, DJe-072 DIVULG 02-08-2007
PUBLIC 03-08-2007 DJ 03-08-2007 PP-00030 EMENT VOL-02283-03 PP-
00495 RTJ VOL-00202-02 PP-00609 LEXSTF v. 29, n. 344, 2007, p. 69-86
RMP n. 33, 2009, p. 173-184)

18. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

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Há previsão legal atribuindo aos órgãos judiciais as questões que devem estar afetas ao seu
julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm traçados em lei os seus poderes
para conhecer e solucionar as lides. Sobre o tema, conforme ordenamento jurídico é
INCORRETO afirmar:

a) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.

b) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO, decorrentes
da relação de trabalho, por envolver questão estratégica nacional.

c) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as ações relativas às
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho.

d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou
patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

e) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios resultantes de


contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.A letra “B” traz uma informação incorreta sobre a
competência da Justiça do Trabalho, ao afirmar que as ações envolvendo o OGMO seriam da
Justiça Comum, o que contraria o art. 652 da CLT. Tais ações são da competência da Justiça do
Trabalho, mesmo que os trabalhadores são sejam empregados do OGMO – órgão gestor de
mão de obra.

19. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar e julgar

a) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em razão de não
concessão de aposentadoria por invalidez.

b) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que alega ser


proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da respectiva categoria econômica.

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c) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

d) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de sociedades


anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas.

e) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão de não ter sido
autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”.A hipótese prevista no inciso VII do art. 114 da CF/88 é a
mais cobradas em concursos. Trata-se da competência da Justiça do Trabalho para processar e
julgar as ações que visam impugnar as penalidades administrativas impostas pela fiscalização do
trabalho, como o Ministério do Trabalho.

20. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária Conforme previsão legal, uma ação de indenização por danos
materiais e morais em razão de acidente de trabalho sofrido pelo empregado, por
negligência do empregador, que tenha lhe ocasionado sequelas, deve ser proposta na Vara

Parte superior do formulário

a) Acidentária da Justiça Estadual da comarca em que o autor tem o seu domicílio.

b) Acidentária da Justiça Federal da comarca em que a empresa tem a sua sede.

c) do Trabalho da comarca em que foi celebrado o contrato de trabalho.

d) do Trabalho da comarca onde houve a prestação dos serviços.

e) Acidentária da Justiça Estadual ou do Trabalho da comarca em que se situa a sede da


empresa, a critério do autor interessado.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A competência material é da Justiça do Trabalho, tendo


em vista que a ação é movida por empregado em face de empregador, sendo que o art. 114, VI
da CF/88 prevê a Justiça do Trabalho como competente. Além disso, a ação será movida na Vara
do Trabalho do local da prestação dos serviços, conforme regra prevista no art. 651 da CLT, que
trata da competência territorial.

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21. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária. O viajante comercial Odin pretende mover ação trabalhista em
face da sua empregadora Empresa Pública Delta S/A, por entender que o seu gerente
cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos
morais no valor de R$ 100.000,00, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de
comissões ajustadas no valor de R$ 5.000,00. Segundo regras contidas em legislação própria
quanto à competência territorial, a ação deve ser proposta na Vara

a) do local onde foi celebrada a sua contratação.

b) da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja


subordinado.

c) do foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.

d) da Justiça Federal da Capital do Estado onde a ré tenha sede, por se tratar de empresa
pública.

e) do foro de celebração do contrato ou no foro de domicílio do gerente que lhe ofendeu, em


razão de ser esse o principal pedido do autor.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Na qualidade de viajante comercial, aplica-se o §1º do


art. 651 da CLT, que é o local da agência ou filial a que está subordinado o empregado. Vejam
que a resposta não é “local da prestação dos serviços”, porque não estamos na regra geral, mas
em uma exceção que é o viajante comercial. Vamos ao dispositivo legal:

“§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a


competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima”.

22. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária. Conforme normas contidas na Constituição Federal brasileira, a
competência da Justiça do Trabalho abrange

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a) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre


autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União.

b) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira que possam interferir nas relações de
trabalho.

e) as ações que visam dirimir conflitos fundiários, por meio de Varas especializadas com
competência exclusiva que serão criadas pelo Tribunal competente.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Talvez um dos pontos mais cobrados em concursos da
FCC sobre a competência da Justiça do Trabalho, que está contida no art. 114, VII da CF,
incluído pela EC 45/04, que trata das ações em se discutem as penalidades impostas pelos
órgãos de fiscalização das relações de trabalho, como o MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego). Vejamos:

“VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”;

23. TRT/SP – 2013: Mateus, residente na cidade de São Bernardo do Campo, foi contratado em
Diadema para trabalhar como Auxiliar Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja
matriz está sediada em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da
empresa em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao empregador que está
em vias de se aposentar. Mateus decidiu ajuizar reclamação trabalhista requerendo sua
reintegração ao em- prego por estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do
Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de

(A) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços.

(B) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora.

(C) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado.

(D) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador.

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(E) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A questão é bem simples. Geralmente a FCC traz
diversas informações que não servem para nada, tais como: domicílio do trabalhador, sede da
empresa, local da contratação, etc. O que interessa mesmo, conforme dicção do art. 651 da CLT,
é o local da prestação dos serviços, que na situação posta foi São Paulo. Vejam a parte que
interessa da questão:

“Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa em São Paulo”;

Se o trabalho foi prestado em São Paulo, nos termos do art. 651 da CLT, a ação deve ser
proposta naquele local, assim como consta na letra “A”.

24. TRT/SP – 2013: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

I. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e


entre sindicatos e empregadores.

II. a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados,
e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou
sejam direta ou indiretamente interessados.

III. os conflitos e atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre


autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União.

IV. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.

Está correto o que consta em

(A) I e III, apenas.

(B) I, apenas.

(C) II e IV, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

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COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. As questões sobre competência material da Justiça do


Trabalho, nos termos do art. 114 da CF, antes mais comuns, ainda continuam a ser exigidas nas
provas, como a que agora se analise. Pelo gabarito da FCC, estão corretas as assertivas I e IV.
Vejamos abaixo a análise individual:

Correta, pois a ação é da competência da Justiça do Trabalho, conforme inciso III do art. 114 da
CF/88.

Errada, pois nesse caso a competência será do STF, conforme art. 102, I, “n”, da CF.

Errada, pois os conflitos entre órgãos administrativos não são da competência da Justiça do
Trabalho, que se encarrega apenas dos conflitos entre órgãos judiciários.

Correta, pois de acordo com o art. 114, VII da CF/88.

25. TRT/GO – 2013: Lucas, residente em Brasília, foi contratado pela empresa Thor Industrial, em
sua filial da cidade de Catalão, para trabalhar como viajante comercial. Durante o contrato
de trabalho prestou serviços em várias cidades do Estado de Goiás e no Distrito Federal,
sempre subordinado à diretoria comercial regional de Catalão. A sede da empresa está
localizada na cidade de Goiânia. Após quatro anos, foi dispensado sem receber saldo
salarial, férias vencidas e verbas rescisórias. A competência territorial para o ajuizamento da
reclamação trabalhista é de

(A) Catalão, por ser a cidade da filial em que ele esteve subordinado.

(B) qualquer cidade onde ele tenha trabalhado, exceto Brasília por pertencer ao Distrito Federal.

(C) Brasília, por ser a Capital Federal do Brasil.

(D) Goiânia, por ser a sede da empresa empregadora.

(E) Goiânia, Catalão ou Brasília, sendo que a escolha será da empresa empregadora.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A regra sobre competência territorial no processo do


trabalho encontra-se no art. 651 da CLT. Em relação ao agente ou viajante comercial, há norma
explícita no §1º do mencionado artigo, dispondo que a demanda trabalhista será ajuizada no
local em que houver agência ou filial e a ela estiver subordinado o empregado. No exemplo, a

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subordinação existia com a diretoria de Catalão, razão pela qual ali deve ser ajuizada a ação
trabalhista. Transcreve-se o §1º do art. 651 da CLT:

“Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a


competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima”.

26. (Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Segundo normas legais contidas na Consolidação
das Leis do Trabalho sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é
INCORRETO afirmar:

a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes
da relação de trabalho.

b) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da


prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho.

c) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se pelo local
onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a escolha ao
sindicato da categoria econômica.

d) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em que tem
sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

e) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios resultantes de


contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

COMENTÁRIOS:

A alternativa INCORRETA É A LETRA “C”. A competência para o julgamento de dissídio


coletivo, que poderá ser do TRT ou do TST, é definida pela extensão do mesmo, ou seja, se as
categorias em dissídios abrangem área relativa a um TRT ou superior. Quando se tem, por
exemplo, greve nacional dos Correios, o dissídio coletivo é da competência do TST, pois
superior à competência dos TRTs. Não há que se falar em definição de competência em dissídio
coletivo pela sede da empresa envolvida, pois essa informação é irrelevante para a definição do
tribunal competente.

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27. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização
de natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho
verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A
empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da
competência material da Justiça

a) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

b) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do
Trabalho.

c) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou
dispositivo específico prevendo essa matéria.

d) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.

e) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de


agente público.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão vivenciada aqui se encontra disposta no art.
114, VII da CF/88, que trata da competência material da Justiça do Trabalho para “as ações
relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização
das relações de trabalho”. Na hipótese afirmada pela FCC, a empresa sofreu autuação da
Delegacia Regional do Trabalho, que é o órgão incumbido da fiscalização das relações de
trabalho. As ações que busquem a discussão acerca da autuação, se correta ou não, são da
competência da Justiça do Trabalho, já que a Emenda Constitucional nº 45/04, criou o
dispositivo acima mencionado, tudo em conformidade com a letra “C” da questão.

28. TRT/BA – 2013: Joana foi contratada em Salvador (BA) pela empresa Moça Bonita Indústria
de Confecções Ltda., para prestar serviços em Juazeiro (BA). Considerando que Joana reside
em Petrolina (PE), eventual reclamação trabalhista que Joana pretenda ajuizar deverá ser
distribuída para uma das Varas do Trabalho de

(A) Salvador, que é o local da contratação.

(B) Juazeiro, que é o local da prestação dos serviços.

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(C) Petrolina ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local do domicílio do empregado ou no


da prestação dos serviços.

(D) Salvador ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local da contratação ou no da prestação


dos serviços.

(E) Petrolina, que é o local do domicílio da trabalhadora.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Segue a regra do art. 651 da CLT, de que a ação
trabalhista é ajuizada no local da prestação dos serviços, independentemente do local da
contratação ou domicílio do reclamante. No caso em tela, o trabalho foi desenvolvido em
Juazeiro/BA, que é o único local competente, conforme letra “B”. Geralmente nessas questões
são inseridos dados como local da contratação e domicílio apenas para confundir o candidato.
Mantenha-se firme e marque o local da prestação dos serviços.

29. TRT/BA – 2013: A competência da Justiça do Trabalho foi ampliada pela Emenda
Constitucional 45/2004, tendo sido definidas pelo legislador constituinte hipóteses que, até
então, geravam diversas discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação
da competência material da Justiça do Trabalho as ações

(A) envolvendo o exercício do direito de greve.

(B) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em
relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento.

(C) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho.

(D) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

(E) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Um dos temas mais cobrados em concursos da FCC
sobre competência material da Justiça do trabalho é o inciso VII do art. 114 da CF/88, assim
redigido:

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“as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.

Percebam que a Justiça do Trabalho possui competência para as ações em que se discuta
eventual penalidade administrativa imposta por órgão de fiscalização das relações de trabalho,
como o MTE. A questão diz que a competência seria para ações em que se discuta penalidade
imposta pelo INSS em relação às contribuições previdenciárias devidas. A Justiça do Trabalho
não possui competência para tanto. Trata-se de uma “boa pegadinha”.

30. TRT/BA – 2013: Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar
na filial da empresa Ao Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de
Santana. Considerando que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras
sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o ajuizamento de
reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador é de uma das Varas do
Trabalho de

(A) São Paulo.

(B) Feira de Santana.

(C) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando.

(D) Camaçari.

(E) Salvador.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A resposta aqui era simples: bastava lembrar que a ação
trabalhista é proposta no local da prestação dos serviços, independentemente do local da
contratação. No exemplo, o trabalho ocorreu em Feira de Santana, razão pela qual esse é o local
competente, conforme letra “B”. A regra encontra-se no art. 651 da CLT, que precisa ser lido e
relido para as provas.

31. TRT/AL – 2013: Ricardo foi contratado pela empresa “Fazenda Ltda.”, para exercer a função
de montador de estande em feiras agropecuárias. Considerando que Ricardo reside em
Marechal Deodoro e que a sede da empresa é em Maceió, local da celebração do contrato,
bem como que as feiras agropecuárias não ocorrem na referida capital e sim em diversas

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cidades interioranas, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, eventual reclamação


trabalhista, no tocante à competência territorial deverá ser ajuizada

(A) obrigatoriamente em Marechal Deodoro.

(B) obrigatoriamente em Maceió.

(C) obrigatoriamente no local em que prestou serviços em último lugar.

(D) em Maceió ou Marechal Deodoro.

(E) em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra acerca da competência territorial, neste caso
específico, será a que consta no art. 651, §3º da CLT, haja vista que a empresa desenvolve as
atividades em diversos lugares, ou seja, fora do local da contratação. Vejamos o dispositivo legal:

“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades


fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços”.

O contrato foi celebrado em Maceió e os serviços prestados em vários locais. Assim, poderá a
ação ser ajuizada em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços, conforme letra
“E” da questão.

32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi
contratada em Londrina para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa
de Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após dois anos de
contrato prestado na filial da empresa em Curitiba, foi dispensada, embora tenha avisado o
seu empregador que estava grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista
postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No presente caso, a Vara do
Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de

a) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.

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b) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.

c) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.

d) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.

e) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra acerca da competência territorial no processo


do trabalho encontra-se no art. 651 da CLT, que prevê ser competente a Vara do Trabalho do
local da prestação dos serviços. Pouco importa o local da contratação, da sede da empresa ou
do domicílio do empregado, pois a regra geral leva em consideração o local da prestação dos
serviços, apenas. Na hipótese, a ação deverá ser ajuizada em Curitiba, pois a questão afirma que
a obreira trabalhou dois anos naquela cidade, antes de ser demitida injustamente. Transcreve-se
o dispositivo da CLT, pois sempre é cobrado nas provas da FCC.

“Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é


determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local
ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência


será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o
empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da
localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
(Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de
1988)

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida


neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção
internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988) § 3º -
Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do
lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços”.

As demais assertivas, como tratam do mesmo assunto, não precisam ser analisadas em separado.

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33. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa /
Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Conforme normas legais que regulam a
matéria, a competência da Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações

a) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre


sindicatos e empregadores.

b) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

c) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização


das relações de trabalho.

d) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais, decorrentes da


relação de trabalho.

e) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo trabalho escravo e
trabalho infantil irregular.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A Justiça do Trabalho não possui competência criminal,
mesmo paras os crimes contra a organização do trabalho, trabalho escravo e trabalho infantil. O
STF decidiu na ADI nº 3684 que a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, de
forma alguma, para nenhum crime.

Letra “A”: correto, nos termos do art. 114, III da CF/88.

Letra “B”: correto, nos termos do art. 114, I da CF/88.

Letra “C”: correto, nos termos do art. 114, VII da CF/88.

Letra “D”: correto, nos termos do art. 114, VI da CF/88.

34. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto à organização e competência da Justiça do
Trabalho, conforme previsões contidas na Constituição Federal e na Consolidação das Leis
do Trabalho, é correto afirmar que

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a) compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar originalmente o pedido de


medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

c) não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades


administrativas impostas às empresas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

d) não compete à Vara do Trabalho processar e julgar os conflitos resultantes de contratos de


empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice e não discuta verbas da relação de
emprego.

e) em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do


contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro de celebração
do contrato ou naquela da prestação dos respectivos serviços.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A regra geral acerca da competência territorial


encontra-se prevista no art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos serviços. Contudo,
o §3º daquele dispositivo versa que:

“Em se tratando de empregador que promova realização de atividades


fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da
prestação dos respectivos serviços”.

Percebe-se que se trata da redação da letra “E”, considerada correta. Nessa hipótese, em que
se encaixa o Circo como empregador, o empregado poderá optar pelo local da contratação ou
prestação dos serviços para ajuizamento da reclamação trabalhista, já que a empresa se desloca
como um todo enquanto há a prestação dos serviços.

Letra “A”: incorreto, pois se cabe ao STF o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade,
também cabe àquele Tribunal o julgamento da ação cautelar, pois ser acessória àquela primeira.

Letra “B”: incorreto, pois o art. 115 da CF/88 não fala em aprovação pelo Senado Federal.

Letra “C”: incorreto, pois essa competência está inserida no art. 114, VII da CF/88.

Letra “D”: incorreto, pois o art. 652, III da CLT confere tal competência para a Justiça do
Trabalho.

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35. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Minerva, domiciliada no município de Duque de
Caxias, foi contratada no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no município de Friburgo,
sede da sua empregadora. Após três anos de labor, Minerva foi dispensada. Para receber as
verbas rescisórias que não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de
reclamação trabalhista é a do município de

a) Resende, porque é o local onde foi firmado o contrato de trabalho.

b) Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.

c) Duque de Caxias, porque é o local do domicílio da reclamante.

d) Rio de Janeiro, porque, além de ser a Capital do Estado, é a sede do Tribunal Regional do
Trabalho da 1a Região.

e) Duque de Caxias, Resende ou Friburgo, pois não há regra na CLT - Consolidação das Leis do
Trabalho regulando a competência territorial.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Mais uma questão que leva em consideração a regra do
art. 651 da CLT, que trata do local da prestação dos serviços como o competente para o
ajuizamento da reclamação trabalhista. Pouco importa o local da contratação ou o domicílio do
empregado, e sim, o local da prestação dos serviços, que na hipótese é Friburgo. As demais
alternativas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo assunto.

36. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados /
Direito Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; ) Sobre
a organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da legislação
vigente, é correto afirmar que

a) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da
relação de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a competência é da Justiça
Federal.

b) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado,


reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local onde prestou seus
serviços ao empregador.

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c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.

d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre


brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo
Presidente da República após aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional.

e) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de ofício, das
contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes das sentenças que
proferir.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A resposta correta da FCC encontra-se no art. 112 da
CF/88, sendo esse um dos artigos mais cobrados em provas de concursos trabalhistas, quando o
assunto é organização/competência da Justiça do Trabalho. Transcreve-se o mesmo, que deve
ser decorado:

“A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não


abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso
para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

Percebe-se que, apesar do Juízo que proferiu a decisão ser da justiça comum estadual, o recurso
será dirigido ao TRT.

Letra “A”: incorreto, pois tal competência está expressa no art. 652, V da CLT.

Letra “B”: incorreto, pois o art. 651 da CLT diz que a competência é da Vara do Trabalho do
local da prestação dos serviços.

Letra “D”: incorreto, pois o art. 111-A da CF fala em maioria absoluta do Senado Federal.

Letra “E”: incorreto, pois o art. 114, VIII da CF/88 não inclui a execução do imposto de renda.

37. ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa /
Direito Processual do Trabalho / Competência; ) A Constituição Federal e a Consolidação
das Leis do Trabalho NÃO inserem na competência das Varas do Trabalho a apreciação e
julgamento dos dissídios e ações

a) em que se pretenda estabilidade no emprego.

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b) coletivas de natureza econômica e jurídica, originalmente.

c) resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

d) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores.

e) para a execução de contribuições previdenciárias decorrentes de suas sentenças


condenatórias.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. As ações coletivas de natureza econômica e jurídica a


que se refere a FCC, são os dissídios coletivos. Tais ações realmente não são da competência
das Varas do Trabalho, e sim, dos Tribunais, podendo ser de competência originária dos TRTs ou
do TST, a depender da extensão das categorias em conflito.

Letra “A”: errada, pois o art. 652, I da CLT prevê tal competência.

Letra “C”: errada, pois o art. 652, III da CLT prevê tal competência.

Letra “D”: errada, pois o art. 114, III da CF traz tal competência.

Letra “E”: errada, pois o art. 114, VIII da CF e a Súmula nº 368, I do TST narram tal competência.

38. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado
em Angra dos Reis para trabalhar na empresa Beta & Gama Produções, localizada no
município do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi dispensado sem justa causa.
Na presente situação, a competência territorial para ajuizar reclamação trabalhista
questionando o motivo da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do
município

a) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por danos


morais.

b) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.

c) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.

d) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.

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e) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua
conveniência.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Uma vez mais a questão se refere ao local do
ajuizamento da ação trabalhista, qual seja, o da prestação dos serviços, conforme art. 651 da
CLT. Na questão, o local da prestação dos serviços foi o Rio de Janeiro, razão pela qual ali
deverá ser ajuizada a demanda, independentemente do local da contratação ou do domicílio do
empregado. As demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual não precisam ser
analisadas individualmente.

39. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Nos termos das previsões da Constituição Federal
e da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) as demandas que envolvam as questões relativas aos benefícios da Previdência Social, sendo
partes o trabalhador e o INSS.

b) as contas prestadas anualmente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, mediante parecer


prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

c) originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou


estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de


Mão de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A competência para julgar as demandas envolvendo


trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o OGMO está descrita no art. 652, V da
CLT, nos seguintes termos:

“Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: (Vide


Constituição Federal de 1988) a) conciliar e julgar: (...)

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V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários


ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de
trabalho; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)”.

Letra “A”: tais demandas estão inseridas na competência da Justiça Comum Federal, conforme
art. 109, I da CF/88.

Letra “B”: a prestação de contas do Ministro do Trabalho não se insere na competência da


Justiça do Trabalho (art. 114 da CF/88 e Art. 652 da CLT)

Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência para as ações do controle concentrado
de constitucionalidade.

Letra “D”: nos termos da ADI 3684 do STF, a Justiça do Trabalho não possui competência
criminal.

40. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
É da competência da Justiça do Trabalho:

a) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição.

b) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.

c) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria trabalhista.

d) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho.

e) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades tributárias e administrativas impostas
aos empregadores por órgãos de fiscalização.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para o habeas corpus e habeas data
estão insertas no art. 114, IV da CF/88, assim redigido:

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“os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o


ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição”;

Letra “B”: as demandas envolvendo estatutários não são da competência da Justiça do Trabalho,
conforme ADI 3395-6 do STF.

Letra “C”: o conflito com o STJ será julgado pelo STF.

Letra “D”: o mandado de injunção não se encontra na competência estabelecida no art. 114 da
CF/88.

Letra “E”: as penalidades tributárias não são da competência da Justiça do Trabalho.

41. Prova: FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Carmem Lúcia, moradora da cidade satélite Gama, foi contratada
pela Sede da empresa especializada em cerimônia matrimonial “Casar Ltda.”, em Brasília,
para exercer a função de costureira. Após a sua contratação, Carmem Lúcia exerceu
primeiramente suas atividades na filial da empresa na cidade de Vitória - Espírito Santo. Após
1 ano, foi transferida para a cidade satélite Palmas e, há 5 anos, foi novamente transferida
para outra filial da empresa na cidade satélite Taguatinga, local em que exerce suas funções.
Porém, Carmem Lúcia vem sofrendo assédio moral praticado pelo seu superior hierárquico
no ambiente de trabalho. Tal assédio está tornando insustentável a manutenção do contrato
de trabalho. Assim, Carmem Lúcia pretende ajuizar Reclamação Trabalhista visando à
rescisão indireta do seu contrato de trabalho. De acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho, Carmem Lúcia deverá ajuizar tal ação

a) em Brasília ou na cidade satélite Taguatinga.

b) em Brasília.

c) na cidade satélite Gama ou em Brasília.

d) tanto em Vitória, como nas cidades satélites de Palmas ou Taguatinga.

e) na cidade satélite Taguatinga.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Como vocês já sabem, a regra do art. 651 da CLT
prescreve que a ação trabalhista será ajuizada no local da prestação dos serviços. Na hipótese da

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questão, a empregada prestou serviços em mais de uma localidade, sendo transferida por
diversas vezes. O último local de prestação dos serviços foi Taguatinga, razão pela qual ali
deverá ser ajuizada a demanda. Esse é o entendimento majoritário: havendo transferências, a
ação será ajuizada no último local da prestação dos serviços.

Não há necessidade de analisar as demais alternativas, pois tratam do mesmo assunto.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual
do Trabalho / Competência; ) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) as ações que envolvam exercício do direito de greve.

b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da
Previdência Social).

c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e seus
acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período de vínculo
empregatício reconhecido por sentença.

d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal.

e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e sindicatos e


empregadores.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. As ações que decorrem do exercício do direito de greve
são da competência da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 114, II da CF/88. Além disso,
temos também a Súmula Vinculante nº 23 do STF, que possui a seguinte redação:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação


possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve
pelos trabalhadores da iniciativa privada”.

Letra “B”: não se incluem as penalidades impostas pelo Ministério da Previdência Social, e sim,
apenas do Ministério do Trabalho e Emprego, pois esse é o órgão de fiscalização das relações
de trabalho.

Letra “C”: o período do vínculo empregatício reconhecido por sentença não compete à Justiça
do Trabalho, nos termos da Súmula nº 368, I do TST.

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Letra “D”: está incompleta, pois é omissa em relação aos Municípios, conforme art. 114, I da
CF/88.

Letra “E”: a única “questão sindical” que é da competência da Justiça do Trabalho é sobre
“representação sindical”, ou seja, mais restrito.

43. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As exceções de impedimento ou suspeição do juiz
de Vara do Trabalho serão julgadas pelo

a) juiz do trabalho especialmente indicado pela Corregedoria Geral do respectivo Tribunal


Regional do Trabalho.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

d) Tribunal Superior do Trabalho.

e) Corregedor Geral do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. As exceções de suspeição e impedimento opostos em


face de Juiz do Trabalho serão julgadas pelo Tribunal a que ele se vincula, ou seja, o respectivo
Tribunal Regional do Trabalho, conforme art. 146, §1º do CPC/15, assim redigido:

§ 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição,


o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto
legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e,
no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de
documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa
do incidente ao tribunal.

As demais alternativas, por tratarem do mesmo tema, não precisam ser analisadas em separado.

44. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Márcio laborava para a empresa XWZ na função de
auxiliar administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa empregadora não
efetuou corretamente o pagamento das verbas rescisórias, Márcio pretende ingressar com a

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respectiva reclamação trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado
quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da empresa XWZ fica na cidade de
Maceió; que Márcio foi contratado na filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas
atividades em Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com
a CLT, Márcio deverá ingressar com a reclamatória em

a) Atalaia ou Maceió.

b) União dos Palmares.

c) Maceió.

d) Atalaia.

e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. O último local da prestação dos serviços por Márcio foi
União dos Palmares, razão pela qual ali deve ser ajuizada a demanda trabalhista. Nos termos do
art. 651 da CLT, cabe o ajuizamento da ação trabalhista no local da prestação dos serviços. Se
houve transferência, será o último local da prestação dos serviços, como já dito.

As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois tratam do mesmo assunto.

45. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As competências em razão da pessoa, da função e
da matéria são de natureza

a) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.

b) relativa.

c) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.

d) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.

e) absoluta.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Os três critérios de competência narrados – pessoal,


funcional e material – são absolutos, ou seja, criados no interesse do Estado, podem ser

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reconhecidos de ofício pelo Magistrado. Insere-se quadro abaixo diferenciando os critérios


absolutos e relativos de competência:

INTERESSE Estado Partes


CRITÉRIOS Material, pessoal e Territorial e valor da
funcional causa
LEGITIMIDADE Juiz de ofício ou partes Somente as partes
a requerimento
MOMENTO A qualquer momento e Prazo de defesa
grau de jurisdição
FORMA Simples petição Exceção de
incompetência
CONSEQUÊNCIAS Remessa dos autos para Suspensão do processo
o juízo competente, pela apresentação da
com anulação dos atos exceção de
decisórios incompetência e
remessa dos autos ao
juízo competente.
PRECLUSÃO Não há preclusão, por Preclusão pela não
tratar-se de norma de apresentação da
ordem pública exceção de
incompetência,
acarretando
prorrogação da
competência.
AÇÃO RESCISÓRIA Cabe ação rescisória se Não cabe ação
a decisão que transitou rescisória, por ter
em julgado tiver sido havido preclusão ante a
proferida por juízo não apresentação de
absolutamente exceção de
incompetente. incompetência.

As demais assertivas não precisam ser analisadas em separado.

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46. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados /
Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto às regras aplicáveis a jurisdição e
competência, é INCORRETO afirmar:

a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é dividido
em 24 (vinte e quatro) regiões.

b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes
da relação de trabalho.

c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de


empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a realização


dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação.

e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação do


empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos serviços ao
empregador.

COMENTÁRIOS:

A alternativa INCORRETA É A LETRA “E”. Sabe-se que a regra do art. 651 da CLT é de que a
competência das Varas do Trabalho é determinada pelo local da prestação dos serviços e não da
contratação ou domicílio do empregado. Transcreve-se o art. 651, caput da CLT:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada


pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local
ou no estrangeiro”.

Letra “A”: correto, de acordo com o art. 674 da CLT.

Letra “B”: correto, em conformidade com o art. 652, V da CLT.

Letra “C”: correto, de acordo com o art. 652, III da CLT.

Letra “D”: correto, pois em conformidade com o art. 680 da CLT.

47. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário - Área Administrativa /
Direito Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; )

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Quanto à organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO


afirmar que

a) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da
relação de trabalho.

b) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou


domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado,
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.

c) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações


sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.

d) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um
quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante
promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

e) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja
principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada
Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

COMENTÁRIOS:

A alternativa INCORRETA É A LETRA “B”. Provando ser uma das informações mais cobradas
pela FCC nos concursos mais recentes, o art. 651 da CLT, acerca da competência territorial,
aparece mais uma vez. A assertiva “B” está incorreta, pois independe o lugar da contratação ou
domicílio do empregado, e sim, tão somente o local da prestação dos serviços. As demais
assertivas estão corretas pelos seguintes motivos:

Letra “A”: correto, pois em conformidade com o art. 652, V da CLT.

Letra “C”: correto, pois de acordo com o art. 114, III da CF/88.

Letra “D”: correto, de acordo com os artigos 94 e 115 da CF/88.

Letra “E”: perfeito, pois de acordo com os artigos 713, 714 e 715 da CLT.

48. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência;
) Em relação à competência territorial da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

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a) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ou pela


cláusula do foro de eleição.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do
Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede.

c) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do Trabalho da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,
na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.

d) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial
no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional
dispondo em contrário.

e) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do


contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da extinção
do contrato de trabalho.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A afirmação contida na assertiva “B” está em


conformidade com o §2º do art. 651 da CLT, que trata dos trabalhadores brasileiros no exterior.
Nos termos do dispositivo, temos:

“A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida


neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja
convenção internacional dispondo em contrário”.

Letra “A”: não se admite a cláusula de eleição de foro no direito do trabalho, não produzindo
efeitos se inserida no contrato.

Letra “B”: errado, pois o §1º do art. 651 da CLT diz o seguinte: “Quando for parte de dissídio
agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa
tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a
Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima”.

Letra “C”: para o avulso, a competência também é do local da prestação dos serviços, conforme
art. 651 da CLT.

Letra “E”: errado, pois o §3º do art. 651 da CLT diz em local da contratação ou prestação dos
serviços, e não da extinção do contrato.

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49. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) De acordo com a CLT, com relação à competência
em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou
filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação
trabalhista a Vara

a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.

b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.

c) do domicílio do reclamante, apenas.

d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.

e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Essa é a hipótese descrita no §1º do art. 651 da CLT,
assim redigido:

“Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a


competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima”.

Como não há subordinação à agência ou filial, ou inexistindo aquelas, a competência será da


Vara do Trabalho do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

As demais não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do mesmo assunto.

50. ( Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência;
) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

b) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.

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c) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda


Constitucional no 45, de 2004.

d) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o


ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores
públicos estatutários.

e) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente
das relações de trabalho.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência material da Justiça do Trabalho


encontra-se no art. 114 da CF, sendo que o inciso VII afirma:

“as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos


empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho”.

Perceba que é exatamente a situação descrita na letra “A”, que pode ser ilustrada com uma
ação visando a desconstituição de uma multa aplicada pelo Fiscal do Trabalho.

Letra “B”: os honorários advocatícios, desde que não sejam de sucumbência, são cobrados na
Justiça Comum, conforme Súmula nº 363 do STJ.

Letra “C”: a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, conforme decidiu o STF na
SDI 3684.

Letra “D”: Os servidores estatutários não são da competência da Justiça do Trabalho, conforme
decidiu o STF na ADI 3395-6.

Letra “E”: o art. 114, VI da CF/88 diz que os danos devem decorrer de relação de trabalho.

51. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) O conflito positivo de jurisdição entre um Juiz do Trabalho e um Juiz de
Direito, este no exercício da jurisdição trabalhista, na forma do artigo 668 da Consolidação
das Leis do Trabalho, deverá ser julgado pelo

a) Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer hipótese.

b) Superior Tribunal de Justiça, em qualquer hipótese.

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c) Tribunal Regional do Trabalho, se a competência geográfica de ambos estiver afeta a um


mesmo Tribunal Regional do Trabalho.

d) Tribunal de Justiça do Estado em que se situar a Vara Cível.

e) Tribunal Regional Federal em que se situarem as unidades judiciárias conflitantes.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O art. 112 da CF/88 diz que a lei pode atribuir
competência trabalhista aos Juízes de Direito, que atuarão como se fossem Juízes do Trabalho.
Assim, se surge um conflito de competência entre Vara do Trabalho e Juízo de Direito investido
de jurisdição trabalhista, é o mesmo que dizer que o conflito está ocorrendo entre duas Varas do
Trabalho. Se esses juízos estiverem vinculados ao mesmo Tribunal Regional do Trabalho, caberá
a ele o julgamento do conflito. Se estiverem vinculados a TRTs distintos, caberá ao TST. As
demais alternativas não precisam ser analisadas em separado, pois tratam do mesmo assunto.

52. ( Prova: FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2 / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) Após o advento da Emenda Constitucional nº 45/04, ocorrendo violação a
direito líquido e certo do empregador, por ato do Delegado Regional do Trabalho, em
matéria de disciplina de horário de trabalho, o mandado de segurança e eventual recurso
cabível de decisão desfavorável, serão da competência do

a) juiz federal comum e do Tribunal Regional Federal.

b) Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

c) juiz do trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.

d) Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.

e) juiz federal comum e do Tribunal Regional do Trabalho.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. Nos termos do art. 114, IV da CF, o mandado de
segurança nessa hipótese será da Justiça do Trabalho. Como não há qualquer prerrogativa do
tribunal, o MS será impetrado perante a Vara do Trabalho. Da sentença proferida nesse
mandado de segurança, será interposto o recurso ordinário, conforme art. 895 da CLT, sendo da
competência do Tribunal Regional do Trabalho. As demais assertivas tratam do mesmo assunto,
razão pela qual não precisam ser analisadas separadamente.

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53. ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Execução; Competência; ) Detém a competência para a execução
de título executivo extrajudicial:

a) o juiz que teria competência para conhecer do litígio.

b) o Presidente do Tribunal.

c) as Turmas do Tribunal.

d) a Seção Especializada em Dissídios Individuais.

e) o juiz auxiliar das execuções.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A competência para a execução de título executivo


extrajudicial encontra-se prevista no art. 877-A da CLT, assim redigido:

“É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz


que teria competência para o processo de conhecimento relativo à
matéria”.

Em outras palavras, a competência é do Juízo que teria competência para conhecer do litígio.

54. ( Prova: FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior de Procuradoria / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Após a vigência da Emenda Constitucional nº 45, definiu-se a
competência da Justiça do Trabalho para as ações

a) movidas por servidores públicos contra a entidade estatal a que serviram, mesmo se sujeitos a
regime estatutário, quando a lide versar sobre seus vencimentos ou proventos de aposentadoria.

b) de indenização decorrentes de acidente do trabalho movidas pelos segurados contra o INSS -


Instituto Nacional do Seguro Social.

c) de cobrança decorrentes de qualquer contrato de prestação de serviços.

d) de cobrança de qualquer benefício previdenciário.

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e) de indenização decorrente de acidente do trabalho movidas pelo empregado contra o


empregador.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A EC nº 45/04 em muito alterou o art. 114 da CF/88,
trazendo em seu inciso VI a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar “as
ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho”.
Assim, mostra-se correta a letra “E”. Além disso, A Súmula Vinculante nº 22 do STF e a Súmula
nº 367 do STJ também tratam do tema. Transcreve-se a Súmula Vinculante para conhecimento:

“A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de


indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas
que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04”.

Letra “A”: O STF decidiu na ADI 3395-6, que a competência da Justiça do Trabalho não alcança
os servidores públicos estatutários. Apenas os celetistas.

Letra “B”: As demandas ajuizadas pelos segurados em face do INSS por acidente de trabalho
são da competência da Justiça Comum, nos termos do art. 109, I da CF.

Letra “C”: As cobranças decorrentes de contratos de prestação de serviços são da competência


da Justiça Comum Estadual, conforme Súmula nº 363 do STJ.

Letra “D”: cobrança de benefício previdenciário, em regra, cabe à Justiça Comum Federal, por
ser parte o INSS.

LISTA DE QUESTÕES

1. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa

O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade administrativa contra
certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção à saúde e à segurança do
trabalhador. A empresa pretende propor ação para impugnar o ato administrativo que lhe impôs
a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse caso, a ação deverá ser proposta perante o

a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante o
juizado especial estadual.

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b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento perante
o juizado especial estadual.

c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.

d) órgão da justiça do trabalho competente.

e) órgão da justiça federal competente.

2. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda


Constitucional n° 45 de 2004, considere:

I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de


Trabalho, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado
decorrente de infortúnio no trabalho.

II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-
empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de trabalho.

III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por instituição
financeira privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva categoria, por meio da
qual se busca garantir o livre acesso de empregados e de clientes à sua agência bancária em
decorrência de movimento grevista.

IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela esposa de
empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando dano moral
ocasionado pela morte do trabalhador.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) II e IV.

b) I e III.

c) I, II e IV.

d) II, III e IV.

e) III.

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3. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TST Prova: Juiz do trabalho

Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Súmulas


do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:

a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o


empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no
estrangeiro, desde que seja o autor da ação.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,
na falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou a da localidade mais próxima.

c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência para


processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, ainda que haja
convenção internacional dispondo em contrário.

d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições


previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores,
objeto de acordo homologado, que integram o salário de contribuição, inclusive, no caso de
reconhecimento de vínculo empregatício, quanto aos salários pagos durante a contratualidade.

e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por


danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente
de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas pelos dependentes, desde que
habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou sucessores do trabalhador falecido.

4. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa

A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material da Justiça


do Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da Justiça do Trabalho para
processar e julgar

a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e


entre sindicatos e empregadores.

b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado


envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

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d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do Instituto


Nacional do Seguro Social.

5. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Área
Judiciária

Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi contratado


na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu Informática S/A, para trabalhar
como programador, na filial da empresa no Município de Campo Grande. No contrato de
trabalho as partes convencionaram como foro de eleição a comarca de São Paulo. Após dois
anos de contrato, Asclépio foi dispensado por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória,
retornando para Manaus. Não concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador
resolveu ajuizar reclamação trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de
competência territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho
de

a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.

b) Brasília, por ser o local da contratação.

c) Manaus, local de seu domicílio.

d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.

e) São Paulo, foro de eleição contratual.

6. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador

A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram regras sobre
organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a compõem. Em
observância a tais normas,

a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa para


anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho, por
inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.

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b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, interpretou ser


da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas entre o Poder Público e seus
servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo.

c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos dentre


brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria simples
do Senado Federal.

d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, recrutados


exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre
brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

e) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de indenização por dano
moral decorrentes da relação de emprego somente a partir da Emenda Constitucional n°
45/2004, visto que o texto original da Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho não admitiam o processamento de tais ações na Justiça
Especializada.

7. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS) Prova: Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador

A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado brasileiro
através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na Turquia, lugar onde
prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o empregado retorna ao Brasil,
pretendendo acionar o seu empregador em razão de créditos trabalhistas que entende devidos.
Nessa situação, conforme regra prevista na Consolidação das Leis do Trabalho,

a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação trabalhista,


que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.

b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o competente para
conhecer da reclamação trabalhista.

c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do


empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da demissão.

d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no País em que
o empregado foi contratado.

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e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da reclamação


trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em contrário.

8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de
Justiça

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Brasília e demais cidades-


satélite do Distrito Federal resolve interpor dissídio coletivo de greve, sendo que a competência
para conhecê-lo será

(A) da Vara do Trabalho situada na área do dissídio coletivo.

(B) da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.

(C) do Ministério Público do Trabalho, junto à Procuradoria Geral do Trabalho.

(D) da Comissão de Conciliação Prévia intersindical da categoria no Distrito Federal.

(E) do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Distrito Federal, com sede em Brasília.

9. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário -Oficial de
Justiça

Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de Janeiro. Há
alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo efetuados pelos
trabalhos realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou um Advogado para ajuizar
ação em face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o operador portuário, demanda esta que
deverá ser proposta perante a

(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo sem vínculo
de emprego com o órgão de mão de obra.

(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.

(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de vínculo de
emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.

(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo e, portanto,
de ordem nacional.

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(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria de relação
de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

10. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por danos
morais em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio moral. Conforme
previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação deverá ser proposta na Vara
do Trabalho do local

(A) da sua contratação.

(B) do seu domicílio.

(C) da matriz do Banco empregador.

(D) da prestação dos serviços.

(E) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

11. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Técnico Judiciário

Poseidon prestou concurso público e foi aprovado tomando posse como agente de fiscalização
sanitária no combate ao “mosquito da dengue”, vinculado à Secretaria de Saúde do Estado de
Sergipe, pelo regime jurídico estatutário. Decorridos dezoito meses de serviço, houve atraso no
pagamento de salários e a inadimplência da verba denominada adicional de insalubridade.
Inconformado com a situação, Poseidon pretende ajuizar ação cobrando seus direitos, sendo
competente para processar e julgar a

(A) Justiça Federal, porque embora o servidor seja estadual, a matéria envolve questão de
natureza sanitária de repercussão nacional, relacionada à epidemia do “mosquito da dengue”.

(B) Justiça Comum Estadual, porque envolve todo servidor público estadual, independente do
seu regime jurídico de contratação.

(C) Justiça do Trabalho, porque se trata de ação oriunda da relação de trabalho, abrangido ente
de direito público da Administração pública direta estadual.

(D) Justiça do Trabalho, porque independente do ente envolvido, a matéria discutida relaciona-
se com salários e adicional de insalubridade, portanto direitos de natureza trabalhista.

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(E) Justiça Comum Estadual, porque a relação de trabalho prevista no artigo 114, I da CF, não
abrange as causas entre o Poder Público e servidor regido por relação jurídica estatutária.

12. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 20ª Região (SE) Prova: Analista Judiciário

Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da Orquestra
do Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu domicílio. No contrato de
trabalho foi estipulado como foro de eleição para propositura de demanda trabalhista o
Município de Aracaju/SE. O banco possui agências em todos estados do Brasil e a sua sede está
localizada em Brasília/DF. Durante os oito meses em que foi empregada do Banco, Hera exerceu
suas funções apenas no Município de Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em
face de seu ex-empregador, deverá propor em

(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços.

(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.

(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.

(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.

(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como reclamante.

13. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi dispensado por justa
causa diante da alegação de desídia no desempenho das suas funções. O trabalhador pretende
ajuizar reclamatória trabalhista questionando o motivo da rescisão e postulando o pagamento de
verbas rescisórias e horas extraordinárias não remuneradas. No caso, trata-se de empregador
que promove realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho. De acordo com as
regras de competência territorial Apolo deverá ingressar com a ação:

a) Somente no local da prestação de serviços.

b) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

c) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, poderá escolher
qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio.

d) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.

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e) Na sede da empresa ou na capital do Estado em que ocorreu a contratação.

14. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Técnico Judiciário - Área
Administrativa

Os órgãos do Poder Judiciário possuem competência própria fixada na lei, seja em relação à
matéria ou quanto às pessoas. Assim, a Justiça do Trabalho é competente para apreciar e julgar

a) ações que envolvam direito de greve.

b) execuções de contribuições de Imposto de Renda dos trabalhadores que não declararam seus
rendimentos salariais durante o contrato de trabalho.

c) ações de natureza previdenciária relativas ao benefício da aposentadoria por invalidez.

d) as causas em face da União relativas a direitos humanos cuja violação decorre de


descumprimento de tratado internacional.

e) crimes contra organização do trabalho, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-


financeira.

15. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova: Direito

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas na Consolidação


das Leis do Trabalho aplicáveis a matéria,

a) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela localidade onde o


empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.

b) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado tenha domicílio,


como regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador.

c) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da Vara do Trabalho
será determinada pelo local onde está sediada a matriz da empresa.

d) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de contratos de


empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

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e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o órgão Gestor de


Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não estão abrangidas na
competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum Federal.

16. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário

A competência é considerada como medida da jurisdição. Em se tratando de competência


territorial das Varas do Trabalho, a regra geral prevista na Consolidação das Leis do Trabalho é
fixada

a) pelo local onde foi realizada a contratação.

b) pelo domicílio eleitoral do empregado.

c) pelo domicílio civil do empregador, quando esse for pessoa física.

d) pela matriz da empresa pública, na capital do Estado onde é a sede do Tribunal Regional.

e) pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao


empregador.

17. TRT/MT – 2016: Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária. Os normativos constitucionais NÃO atribuem competência
material à Justiça do Trabalho para processar e julgar

a) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

b) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em atividade
essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.

c) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo retenção


dolosa de salários e contribuições previdenciárias.

d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

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e) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e


entre sindicatos e empregadores.

18. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

Há previsão legal atribuindo aos órgãos judiciais as questões que devem estar afetas ao seu
julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm traçados em lei os seus poderes
para conhecer e solucionar as lides. Sobre o tema, conforme ordenamento jurídico é
INCORRETO afirmar:

a) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.

b) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de Obra − OGMO, decorrentes
da relação de trabalho, por envolver questão estratégica nacional.

c) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as ações relativas às
penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das
relações de trabalho.

d) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou
patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

e) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios resultantes de


contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

19. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: Analista Judiciário

Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar e julgar

a) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em razão de não
concessão de aposentadoria por invalidez.

b) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que alega ser


proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da respectiva categoria econômica.

c) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

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d) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de sociedades


anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas.

e) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão de não ter sido
autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS.

20. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária Conforme previsão legal, uma ação de indenização por danos
materiais e morais em razão de acidente de trabalho sofrido pelo empregado, por
negligência do empregador, que tenha lhe ocasionado sequelas, deve ser proposta na Vara

Parte superior do formulário

a) Acidentária da Justiça Estadual da comarca em que o autor tem o seu domicílio.

b) Acidentária da Justiça Federal da comarca em que a empresa tem a sua sede.

c) do Trabalho da comarca em que foi celebrado o contrato de trabalho.

d) do Trabalho da comarca onde houve a prestação dos serviços.

e) Acidentária da Justiça Estadual ou do Trabalho da comarca em que se situa a sede da


empresa, a critério do autor interessado.

21. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária. O viajante comercial Odin pretende mover ação trabalhista em
face da sua empregadora Empresa Pública Delta S/A, por entender que o seu gerente
cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos
morais no valor de R$ 100.000,00, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de
comissões ajustadas no valor de R$ 5.000,00. Segundo regras contidas em legislação própria
quanto à competência territorial, a ação deve ser proposta na Vara

Parte superior do formulário

a) do local onde foi celebrada a sua contratação.

b) da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja


subordinado.

c) do foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as partes.

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d) da Justiça Federal da Capital do Estado onde a ré tenha sede, por se tratar de empresa
pública.

e) do foro de celebração do contrato ou no foro de domicílio do gerente que lhe ofendeu, em


razão de ser esse o principal pedido do autor.

22. TRT/PR – 2015: Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: Analista
Judiciário - Área Judiciária. Conforme normas contidas na Constituição Federal brasileira, a
competência da Justiça do Trabalho abrange

Parte superior do formulário

a) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre


autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro, ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União.

b) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira que possam interferir nas relações de
trabalho.

e) as ações que visam dirimir conflitos fundiários, por meio de Varas especializadas com
competência exclusiva que serão criadas pelo Tribunal competente.

23. TRT/SP – 2013: Mateus, residente na cidade de São Bernardo do Campo, foi contratado em
Diadema para trabalhar como Auxiliar Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja
matriz está sediada em São Caetano do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da
empresa em São Paulo, foi dispensado, mesmo tendo informado ao empregador que está
em vias de se aposentar. Mateus decidiu ajuizar reclamação trabalhista requerendo sua
reintegração ao em- prego por estabilidade pré aposentadoria. No presente caso, a Vara do
Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de

(A) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços.

(B) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora.

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(C) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado.

(D) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador.

(E) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador.

24. TRT/SP – 2013: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

I. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e


entre sindicatos e empregadores.

II. a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados,
e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou
sejam direta ou indiretamente interessados.

III. os conflitos e atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre


autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União.

IV. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho.

Está correto o que consta em

(A) I e III, apenas.

(B) I, apenas.

(C) II e IV, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

25. TRT/GO – 2013: Lucas, residente em Brasília, foi contratado pela empresa Thor Industrial, em
sua filial da cidade de Catalão, para trabalhar como viajante comercial. Durante o contrato
de trabalho prestou serviços em várias cidades do Estado de Goiás e no Distrito Federal,
sempre subordinado à diretoria comercial regional de Catalão. A sede da empresa está
localizada na cidade de Goiânia. Após quatro anos, foi dispensado sem receber saldo
salarial, férias vencidas e verbas rescisórias. A competência territorial para o ajuizamento da
reclamação trabalhista é de
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(A) Catalão, por ser a cidade da filial em que ele esteve subordinado.

(B) qualquer cidade onde ele tenha trabalhado, exceto Brasília por pertencer ao Distrito Federal.

(C) Brasília, por ser a Capital Federal do Brasil.

(D) Goiânia, por ser a sede da empresa empregadora.

(E) Goiânia, Catalão ou Brasília, sendo que a escolha será da empresa empregadora.

26. (Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Segundo normas legais contidas na Consolidação
das Leis do Trabalho sobre competência das Varas e dos Tribunais do Trabalho é
INCORRETO afirmar:

a) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes
da relação de trabalho.

b) O empregado poderá apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da


prestação dos respectivos serviços quando o empregador promover a realização de atividades
fora do lugar do contrato de trabalho.

c) A competência dos Tribunais Regionais nos casos de dissídio coletivo determina-se pelo local
onde este ocorrer ou pela sede da empresa envolvida no conflito, cabendo a escolha ao
sindicato da categoria econômica.

d) A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange todo o território da Comarca em que tem
sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal.

e) As Varas do Trabalho são competentes para processar e julgar os dissídios resultantes de


contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

27. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) A empresa Delta Participações sofreu fiscalização
de natureza trabalhista, ocasião em que o agente fiscal da Delegacia Regional do Trabalho
verificou irregularidade e lavrou auto de infração com aplicação de multa administrativa. A
empresa resolveu questionar judicialmente essa penalidade administrativa, sendo da
competência material da Justiça

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a) Comum Estadual, por cuidar de questionamento de ato de Delegacia Regional do Trabalho.

b) Federal, por se tratar de discussão sobre ato de autoridade federal, vinculada ao Ministério do
Trabalho.

c) do Trabalho, por força de Emenda Constitucional que lhe atribuiu novas competências e criou
dispositivo específico prevendo essa matéria.

d) Federal, porque não se discute relação de emprego entre empregador e empregado.

e) Estadual em Vara Especializada da Fazenda Pública, por se tratar de discussão de ato de


agente público.

28. TRT/BA – 2013: Joana foi contratada em Salvador (BA) pela empresa Moça Bonita Indústria
de Confecções Ltda., para prestar serviços em Juazeiro (BA). Considerando que Joana reside
em Petrolina (PE), eventual reclamação trabalhista que Joana pretenda ajuizar deverá ser
distribuída para uma das Varas do Trabalho de

(A) Salvador, que é o local da contratação.

(B) Juazeiro, que é o local da prestação dos serviços.

(C) Petrolina ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local do domicílio do empregado ou no


da prestação dos serviços.

(D) Salvador ou Juazeiro, indiferentemente, ou seja, no local da contratação ou no da prestação


dos serviços.

(E) Petrolina, que é o local do domicílio da trabalhadora.

29. TRT/BA – 2013: A competência da Justiça do Trabalho foi ampliada pela Emenda
Constitucional 45/2004, tendo sido definidas pelo legislador constituinte hipóteses que, até
então, geravam diversas discussões. NÃO se inserem, porém, nesse contexto de ampliação
da competência material da Justiça do Trabalho as ações

(A) envolvendo o exercício do direito de greve.

(B) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em
relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento.
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(C) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de
trabalho.

(D) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

(E) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo.

30. TRT/BA – 2013: Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar
na filial da empresa Ao Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de
Santana. Considerando que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras
sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o ajuizamento de
reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador é de uma das Varas do
Trabalho de

(A) São Paulo.

(B) Feira de Santana.

(C) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando.

(D) Camaçari.

(E) Salvador.

31. TRT/AL – 2013: Ricardo foi contratado pela empresa “Fazenda Ltda.”, para exercer a função
de montador de estande em feiras agropecuárias. Considerando que Ricardo reside em
Marechal Deodoro e que a sede da empresa é em Maceió, local da celebração do contrato,
bem como que as feiras agropecuárias não ocorrem na referida capital e sim em diversas
cidades interioranas, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, eventual reclamação
trabalhista, no tocante à competência territorial deverá ser ajuizada

(A) obrigatoriamente em Marechal Deodoro.

(B) obrigatoriamente em Maceió.

(C) obrigatoriamente no local em que prestou serviços em último lugar.

(D) em Maceió ou Marechal Deodoro.

(E) em Maceió ou no local da prestação dos respectivos serviços.


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32. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Athenas, residente na cidade de Apucarana, foi
contratada em Londrina para trabalhar como secretária da Diretoria Comercial da Empresa
de Turismo Semideuses Ltda., cuja matriz está sediada em Cascavel. Após dois anos de
contrato prestado na filial da empresa em Curitiba, foi dispensada, embora tenha avisado o
seu empregador que estava grávida. Athenas decidiu ajuizar ação reclamatória trabalhista
postulando a sua reintegração por estabilidade de gestante. No presente caso, a Vara do
Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de

a) Londrina, porque foi o local da contratação da trabalhadora.

b) Cascavel, em razão de ser a matriz da empresa empregadora que é ré na ação.

c) Curitiba, porque nesse caso a comarca competente é a Capital do Estado.

d) Apucarana, por ser o local da residência da trabalhadora.

e) Curitiba, por ser o local da prestação dos serviços.

33. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa /
Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Conforme normas legais que regulam a
matéria, a competência da Justiça do Trabalho EXCLUI a análise e julgamento de ações

a) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre


sindicatos e empregadores.

b) oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

c) relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores por órgãos de fiscalização


das relações de trabalho.

d) de indenizações por danos morais e também danos materiais ou patrimoniais, decorrentes da


relação de trabalho.

e) penais para apuração de crimes contra a organização do trabalho, incluindo trabalho escravo e
trabalho infantil irregular.

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34. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto à organização e competência da Justiça do
Trabalho, conforme previsões contidas na Constituição Federal e na Consolidação das Leis
do Trabalho, é correto afirmar que

a) compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar originalmente o pedido de


medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.

b) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.

c) não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades


administrativas impostas às empresas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

d) não compete à Vara do Trabalho processar e julgar os conflitos resultantes de contratos de


empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice e não discuta verbas da relação de
emprego.

e) em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do


contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro de celebração
do contrato ou naquela da prestação dos respectivos serviços.

35. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Minerva, domiciliada no município de Duque de
Caxias, foi contratada no município de Resende para trabalhar na empresa Olimpo
Empreendimentos. Durante todo o contrato de trabalho trabalhou no município de Friburgo,
sede da sua empregadora. Após três anos de labor, Minerva foi dispensada. Para receber as
verbas rescisórias que não foram pagas, a comarca competente para o ajuizamento de
reclamação trabalhista é a do município de

a) Resende, porque é o local onde foi firmado o contrato de trabalho.

b) Friburgo, porque é o local da prestação dos serviços da trabalhadora.

c) Duque de Caxias, porque é o local do domicílio da reclamante.

d) Rio de Janeiro, porque, além de ser a Capital do Estado, é a sede do Tribunal Regional do
Trabalho da 1a Região.

e) Duque de Caxias, Resende ou Friburgo, pois não há regra na CLT - Consolidação das Leis do
Trabalho regulando a competência territorial.

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36. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados /
Direito Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; ) Sobre
a organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, nos termos da legislação
vigente, é correto afirmar que

a) a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da
relação de trabalho, visto que por envolver trabalho marítimo a competência é da Justiça
Federal.

b) a competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado,


reclamante ou reclamado, foi contratado, independentemente do local onde prestou seus
serviços ao empregador.

c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.

d) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre


brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo
Presidente da República após aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional.

e) a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar a execução, de ofício, das
contribuições sociais previdenciárias e de imposto de renda, decorrentes das sentenças que
proferir.

37. ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa /
Direito Processual do Trabalho / Competência; ) A Constituição Federal e a Consolidação
das Leis do Trabalho NÃO inserem na competência das Varas do Trabalho a apreciação e
julgamento dos dissídios e ações

a) em que se pretenda estabilidade no emprego.

b) coletivas de natureza econômica e jurídica, originalmente.

c) resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

d) sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores.

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e) para a execução de contribuições previdenciárias decorrentes de suas sentenças


condenatórias.

38. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Hércules, morador de Nova Iguaçu, foi contratado
em Angra dos Reis para trabalhar na empresa Beta & Gama Produções, localizada no
município do Rio de Janeiro. Após oito meses de trabalho foi dispensado sem justa causa.
Na presente situação, a competência territorial para ajuizar reclamação trabalhista
questionando o motivo da rescisão contratual e postular indenização por danos morais é do
município

a) do Rio de Janeiro, porque é a Capital do Estado e há pedido de indenização por danos


morais.

b) de Nova Iguaçu, porque é o local do domicílio do reclamante.

c) de Angra dos Reis, porque é o local onde o trabalhador foi contratado.

d) do Rio de Janeiro, porque é o local da prestação dos serviços do empregado.

e) de Nova Iguaçu ou Angra dos Reis, sendo opção do reclamante por atender a sua
conveniência.

39. ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Nos termos das previsões da Constituição Federal
e da Consolidação das Leis do Trabalho, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) as demandas que envolvam as questões relativas aos benefícios da Previdência Social, sendo
partes o trabalhador e o INSS.

b) as contas prestadas anualmente pelo Ministro do Trabalho e Emprego, mediante parecer


prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

c) originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou


estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

d) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

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e) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de


Mão de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

40. ( Prova: FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência; )
É da competência da Justiça do Trabalho:

a) Habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição.

b) Demanda envolvendo servidor público estatutário e exercício do direito de greve.

c) Mandado de segurança quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
conflito de competência com o Superior Tribunal de Justiça em matéria trabalhista.

d) Mandado de injunção quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição e
ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho.

e) Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores e ações relativas às penalidades tributárias e administrativas impostas
aos empregadores por órgãos de fiscalização.

41. Prova: FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Carmem Lúcia, moradora da cidade satélite Gama, foi contratada
pela Sede da empresa especializada em cerimônia matrimonial “Casar Ltda.”, em Brasília,
para exercer a função de costureira. Após a sua contratação, Carmem Lúcia exerceu
primeiramente suas atividades na filial da empresa na cidade de Vitória - Espírito Santo. Após
1 ano, foi transferida para a cidade satélite Palmas e, há 5 anos, foi novamente transferida
para outra filial da empresa na cidade satélite Taguatinga, local em que exerce suas funções.
Porém, Carmem Lúcia vem sofrendo assédio moral praticado pelo seu superior hierárquico
no ambiente de trabalho. Tal assédio está tornando insustentável a manutenção do contrato
de trabalho. Assim, Carmem Lúcia pretende ajuizar Reclamação Trabalhista visando à
rescisão indireta do seu contrato de trabalho. De acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho, Carmem Lúcia deverá ajuizar tal ação

a) em Brasília ou na cidade satélite Taguatinga.

b) em Brasília.

c) na cidade satélite Gama ou em Brasília.

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d) tanto em Vitória, como nas cidades satélites de Palmas ou Taguatinga.

e) na cidade satélite Taguatinga.

42. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual
do Trabalho / Competência; ) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

a) as ações que envolvam exercício do direito de greve.

b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da
Previdência Social).

c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e seus
acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período de vínculo
empregatício reconhecido por sentença.

d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da


administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal.

e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e sindicatos e


empregadores.

43. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As exceções de impedimento ou suspeição do juiz
de Vara do Trabalho serão julgadas pelo

a) juiz do trabalho especialmente indicado pela Corregedoria Geral do respectivo Tribunal


Regional do Trabalho.

b) Conselho Nacional de Justiça.

c) respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

d) Tribunal Superior do Trabalho.

e) Corregedor Geral do respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

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44. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) Márcio laborava para a empresa XWZ na função de
auxiliar administrativo, tendo sido dispensado sem justa causa. A empresa empregadora não
efetuou corretamente o pagamento das verbas rescisórias, Márcio pretende ingressar com a
respectiva reclamação trabalhista. Dessa forma, considerando que Márcio foi dispensado
quando laborava em União dos Palmares; que a matriz da empresa XWZ fica na cidade de
Maceió; que Márcio foi contratado na filial da empresa em Atalaia e que exerceu suas
atividades em Arapiraca nos 2 primeiros anos de sua contratação, de acordo com
a CLT, Márcio deverá ingressar com a reclamatória em

a) Atalaia ou Maceió.

b) União dos Palmares.

c) Maceió.

d) Atalaia.

e) União dos Palmares, Maceió ou Arapiraca.

45. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) As competências em razão da pessoa, da função e
da matéria são de natureza

a) absoluta, absoluta e relativa, respectivamente.

b) relativa.

c) relativa, absoluta e absoluta, respectivamente.

d) absoluta, relativa e absoluta, respectivamente.

e) absoluta.

46. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Execução de Mandados /
Direito Processual do Trabalho / Competência; ) Quanto às regras aplicáveis a jurisdição e
competência, é INCORRETO afirmar:

a) Para efeito de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, o território nacional é dividido
em 24 (vinte e quatro) regiões.

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b) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações entre trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO decorrentes
da relação de trabalho.

c) Compete às Varas do Trabalho conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de


empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.

d) Compete aos Tribunais Regionais do Trabalho determinar às Varas do Trabalho a realização


dos atos processuais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação.

e) A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade da contratação do


empregado, reclamante ou reclamado, independente do local da prestação dos serviços ao
empregador.

47. ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Técnico Judiciário - Área Administrativa /
Direito Processual do Trabalho / Organização da Justiça do Trabalho; Competência; )
Quanto à organização, jurisdição e competência da Justiça do Trabalho, é INCORRETO
afirmar que

a) a Justiça do Trabalho é competente, para processar e julgar as ações entre trabalhadores


portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra decorrentes da
relação de trabalho.

b) a competência das Varas do Trabalho, em regra, é determinada pelo local da contratação ou


domicílio do empregado, ainda que tenha sido diversa a localidade onde o empregado,
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador.

c) conforme previsão constitucional compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações


sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores.

d) os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de, no mínimo, sete juízes, sendo um
quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e os demais mediante
promoção de Juízes do Trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.

e) nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um distribuidor, cuja
principal competência é a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada
Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados.

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48. ( Prova: FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência;
) Em relação à competência territorial da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) A competência é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ou pela


cláusula do foro de eleição.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do
Trabalho da localidade em que a empresa tenha sede.

c) Quando for parte de dissídio trabalhador avulso, a competência será da Vara do Trabalho da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e,
na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a
localidade mais próxima.

d) A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial
no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional
dispondo em contrário.

e) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do


contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da extinção
do contrato de trabalho.

49. ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Competência; ) De acordo com a CLT, com relação à competência
em razão do lugar, não estando o empregado viajante comercial subordinado a agência ou
filial, mas à matriz da empresa empregadora será competente para apreciar reclamação
trabalhista a Vara

a) onde está localizada a matriz ou qualquer uma das agências ou filiais da empresa.

b) do local da última prestação de serviços realizada pelo reclamante.

c) do domicílio do reclamante, apenas.

d) do local da primeira prestação de serviços realizada pelo reclamante.

e) do domicílio do empregado ou a localidade mais próxima.

50. ( Prova: FCC - 2010 - PGE-AM - Procurador / Direito Processual do Trabalho / Competência;
) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar

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a) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de


fiscalização das relações de trabalho.

b) ações postulando cobrança de honorários advocatícios.

c) ações penais decorrentes das relações de trabalho, a partir do advento da Emenda


Constitucional no 45, de 2004.

d) os mandados de segurança, individuais ou coletivos, habeas corpus, habeas data, quando o


ato questionado envolver matéria relacionada às relações de trabalho, inclusive de servidores
públicos estatutários.

e) ações de indenização por dano moral ou patrimonial, ainda que não decorrentes diretamente
das relações de trabalho.

51. ( Prova: FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) O conflito positivo de jurisdição entre um Juiz do Trabalho e um Juiz de
Direito, este no exercício da jurisdição trabalhista, na forma do artigo 668 da Consolidação
das Leis do Trabalho, deverá ser julgado pelo

a) Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer hipótese.

b) Superior Tribunal de Justiça, em qualquer hipótese.

c) Tribunal Regional do Trabalho, se a competência geográfica de ambos estiver afeta a um


mesmo Tribunal Regional do Trabalho.

d) Tribunal de Justiça do Estado em que se situar a Vara Cível.

e) Tribunal Regional Federal em que se situarem as unidades judiciárias conflitantes.

52. ( Prova: FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2 / Direito Processual do Trabalho /
Competência; ) Após o advento da Emenda Constitucional nº 45/04, ocorrendo violação a
direito líquido e certo do empregador, por ato do Delegado Regional do Trabalho, em
matéria de disciplina de horário de trabalho, o mandado de segurança e eventual recurso
cabível de decisão desfavorável, serão da competência do

a) juiz federal comum e do Tribunal Regional Federal.

b) Tribunal Regional Federal e do Superior Tribunal de Justiça.

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c) juiz do trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.

d) Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.

e) juiz federal comum e do Tribunal Regional do Trabalho.

53. ( Prova: FCC - 2006 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Judiciária / Direito
Processual do Trabalho / Execução; Competência; ) Detém a competência para a execução
de título executivo extrajudicial:

a) o juiz que teria competência para conhecer do litígio.

b) o Presidente do Tribunal.

c) as Turmas do Tribunal.

d) a Seção Especializada em Dissídios Individuais.

e) o juiz auxiliar das execuções.

54. ( Prova: FCC - 2009 - PGE-RJ - Técnico Superior de Procuradoria / Direito Processual do
Trabalho / Competência; ) Após a vigência da Emenda Constitucional nº 45, definiu-se a
competência da Justiça do Trabalho para as ações

a) movidas por servidores públicos contra a entidade estatal a que serviram, mesmo se sujeitos a
regime estatutário, quando a lide versar sobre seus vencimentos ou proventos de aposentadoria.

b) de indenização decorrentes de acidente do trabalho movidas pelos segurados contra o INSS -


Instituto Nacional do Seguro Social.

c) de cobrança decorrentes de qualquer contrato de prestação de serviços.

d) de cobrança de qualquer benefício previdenciário.

e) de indenização decorrente de acidente do trabalho movidas pelo empregado contra o


empregador.

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GABARITO

1. D 19. C 37. B
2. B 20. D 38. D
3. B 21. B 39. E
4. E 22. C 40. A
5. D 23. A 41. E
6. A 24. D 42. A
7. E 25. A 43. C
8. E 26. C 44. B
9. B 27. C 45. E
10. D 28. B 46. E
11. E 29. B 47. B
12. A 30. B 48. D
13. B 31. E 49. E
14. A 32. E 50. A
15. A 33. E 51. C
16. E 34. E 52. C
17. C 35. B 53. A
18. B 36. C 54. E

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