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FACULDADE DE SAÙDE DO SERTÃO DE PERNAMBUCO-FASPE

CURSO DE BARCHARELADO EM ENFERMAGEM

DISCIPLINA PORTUGUÊS

ANDRÉA CRISLAYNE DOS SANTOS SILVA

Humanização da Saúde Pública (Clown).

FLORESTA/PE
2023
ARTIGO: Humanização da Saúde Pública (Clown).
Resumo:

A Política Nacional de Humanização (PNH), como política


transversal ao SUS passa diferentes ações, Políticas Públicas foi
constituída em 2003 e tem como foco a efetivação dos
princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão,
qualificando a Saúde Pública no Brasil. Portanto, o presente
estudo tem por objetivo descrever e discutir prática do clown
como ação interdisciplinar no atendimento prestado nos
serviços de saúde acerca da Política de Humanização. Como
justificativa para o desenvolvimento do presente estudo,
entende-se que, dentro da sociedade atual, existe um grande
esforço voltado para a humanização da saúde, onde várias
inciativas estão sendo tomadas e que abrangem diversos tipos
de profissionais, e uma delas é a introdução do clown como
política de humanização. Para tanto, inicialmente, a
metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente
estudo trata-se de uma revisão bibliográfica. Esta revisão
bibliográfica se deu por meio de artigos científicos e
publicações. Após a fase de levantamento bibliográfico, foi
realizada uma triagem de todo o material que aborda em
específico o assunto em estudo. A pesquisa é do tipo
exploratória descritiva, caracterizando-se como qualitativa.
Introdução:

Inicialmente, cabe dizer aqui que, na década de 1980, nota-se


dentro da sociedade do Brasil determinados movimentos
direcionados para a melhora da atenção à saúde, que
consideram ações interdisciplinares. Tais movimentos
entusiasmou na atitude de profissionais, bem como da
população de modo geral, e trouxe novos conceitos e enfoques
técnicos para o enfrentamento das desigualdades que nas áreas
da saúde e da cultura restringiam o acesso aos bens culturais e
sociais (BRASIL, 2002). Neste contexto, a Política Nacional de
Humanização (PNH), esta como uma política transversal ao
Sistema único de Saúde (SUS), foi constituída no ano de 2003
possuindo como enfoco a concretização dos princípios do SUS
no dia a dia das práticas de atenção e gestão, qualificando
assim a saúde pública no Brasil (BRASIL, 2006). Com isto,
nasceu entre os gestores e profissionais do campo da saúde o
conceito de humanização da saúde, concebido hoje em dia pela
PNH. Portanto, transversalizar trata-se de reconhecer que as
dessemelhantes especialidades e práticas de saúde se
encontram conectadas na produção do cuidado e podem
dialogar com a experiência daquele que é assistido.
Conjuntamente, estes saberes podem vir a promover a saúde
de maneira corresponsável (ANDRADE et al., 2009). Como
problema da pesquisa, tem-se que a humanização, essa
enquanto uma política pública de saúde, na atualidade, vem
afirmando-se como concepção de espaços que modificam as
maneiras de produzir saúde, tomando como princípios o
aumento do nível de comunicação entre indivíduos e equipes.
Todavia, percebe-se que este movimento se faz com indivíduos
que possam desempenhar sua autonomia de maneira
acolhedora, corresponsável, resolutiva e de gestão
compartilhada dos procedimentos de trabalho. Assim, tem-se a
seguinte questão problema da pesquisa: o clown pode-se
considerado uma ação interdisciplinar viável para o
atendimento nos serviços de saúde acerca da política de
humanização? Como hipótese para tal questionamento,
observa-se que uma das vantagens de se usar o clown na
humanização da saúde, é que ele proporciona uma chance para
entrar em contato e entender a fragilidade humana e o
sentimento do ridículo frente as circunstâncias entendidas
como complexas ou fracassadas. Além do mais, o uso do clown
não acompanha uma norma e um lugar-comum, podendo
então envolver uma terapia, estratégia para verificados
objetivos, além do terapêutico. Portanto, o presente estudo
tem por objetivo descrever e discutir a prática do clown como
ação interdisciplinar no atendimento prestado nos serviços de
saúde acerca da política de humanização. Como objetivos
específicos, busca-se descrever a importância de clown na área
da saúde, tendo como objetivo de pesquisa o trabalho realizado
pelo Palhafasia do Centro Interdisciplinar de Pesquisa e
Atenção à Saúde da UFRGS; identificar os fatores que implicam
na implantação desta Política de Humanização e gerar uma
reflexão e análise sobre o assunto, quanto à inserção deste
serviço à Política Nacional de Humanização. Como justificativa
para o desenvolvimento do presente estudo, entende-se que,
dentro da sociedade atual, existe um grande esforço voltado
para a humanização da saúde, onde várias inciativas estão
sendo tomadas e que abrangem diversos tipos de profissionais,
e uma delas é a introdução do clown como política de
humanização. Para tanto, inicialmente, a metodologia utilizada
para o desenvolvimento do presente estudo trata-se de uma
revisão bibliográfica. Esta revisão bibliográfica se deu por meio
de artigos científicos e publicações. Após a fase de
levantamento bibliográfico, foi realizada uma triagem de todo o
material que aborda em específico o assunto em estudo. A
pesquisa é do tipo exploratória-descritiva, caracterizando-se
como qualitativa.
Conclusão:

Na perspectiva dos profissionais envolvidos, a humanização da


saúde tem relação direta com o bem-estar do paciente e da
própria equipe. Esse processo de humanização através do
clown toma duas direções centrais: entender que existem
diversos meios de tratar o paciente e fazer uso deles no
ambiente acadêmico através da interdisciplinaridade,
compartilhando saberes e estar disposto a provocar mudanças
no processo de trabalho em saúde. A Humanização levando em
consideração a abordagem do clown como um complemento
no processo de atendimento do paciente é uma aposta
metodológica recente, mas que vem mostrando resultados
qualitativos bem significantes. Sobre a sua implementação
embora que sejam notórios todos os problemas do cotidiano do
SUS e dos ambientes acadêmicos, se revelou não ser um
processo difícil, tendo o seu ponto de maior desafio a
capacitação dos profissionais e voluntários no clown e a quebra
de paradigmas dentro do próprio meio acadêmico. Os
profissionais também ressaltaram da prática do clown com a
área de promoção da saúde e a carta de Ottwa, que visava
exatamente ser um documento de intenções que pretendia
contribuir para atingir a Saúde para Todos a partir do ano 2000.

O Palhafasia trabalha com jogos e atividades teatrais que


gradualmente abrem caminho para experiências de expressão
emocional e improvisação individual, pois cada membro é
estimulado a descobrir a personalidade de seu palhaço, cada
clown é único. O grupo também realiza a improvisação de
cenas individuais e em duplas, nas quais além trabalhar a
interação com o público, ainda é preciso que o afásico interaja
e compartilhe atenção com seu parceiro de cena. Nesta
atividade são trabalhadas a atenção compartilhada, empatia,
inciativa, reciprocidade bem como expressão de humor. Todos
os clowns são encorajados a comunicar-se tanto pela linguagem
verbal como pela linguagem não verbal. Durante as sessões
teatrais os componentes do grupo passam a desenvolver vários
canais de comunicação dando atenção especial para os gestos e
expressões faciais. Nesta abordagem as condições de
comunicação dos membros afásicos e não afásicos são iguais,
bem como suas condições de fragilidade que são expressas no
teatro clown de uma forma cômica. A experiência tem
demonstrado o poder da arte como instrumento para a
expressão multimodal de pessoas com dificuldade de
comunicação. Além dos encontros semanais, o Palhafasia se
apresenta pelo menos uma vez ao ano. Para tanto, os
respondentes da pesquisa foram duas profissionais que atuam
como fonoaudiólogas e coordenadoras, duas acadêmicas, uma
atriz. O primeiro questionamento foi sobre “Qual o seu
entendimento do trabalho de humanização na saúde pública”.
“Todos os profissionais relatam que o atendimento baseado no
acolhimento, o respeito, a atenção e de ouvir o paciente, como
o principal em todo processo. ...não só olhar para as pessoas
como um paciente, mas como um indivíduo que tem todas as
questões emocionais que ele carrega (Relato da Coordenadora)
Questionadas sobre os maiores desafios do projeto, os
participantes ressaltaram a dificuldade que a
interdisciplinaridade dessa ação traz consigo, uma vez que
envolvem muitos profissionais de várias áreas, que possuem
conceitos distintos e um pouco mais pragmáticos. A terceira
pergunta: “Qual o seu papel nesta política de humanização?”.
As participantes elencaram alguns propósitos da Política
Nacional de Humanização (HUMANIZASUS) que se baseia em
incentivar as práticas promocionais de saúde, mas ressaltaram
que o acolhimento e acompanhamento do paciente deve ser de
responsabilidade de todas as equipes, sem distinção de área.
Quarta pergunta “Como funciona o clown como prática
interdisciplinar? ” Elas relataram que esta prática tem relação
com a promoção de saúde e ajuda ao empoderamento da
comunidade e ajuda aos profissionais a não considerarem mais
o paciente como objeto, provocando uma empatia na
sociedade e com isso aumentando a qualidade de vida e
autoestima dos afásicos.

Sobre os resultados do palhafasia como política de


humanização, as participantes também citaram inúmeras
melhoras de qualidade de vida dos afásicos, sendo as mais
importantes a própria aceitação de suas fraquezas, fazendo que
se enxerguem como pessoas livres, aprendendo a lidar com as
emoções de não conseguir algo e achar graça de si mesmo,
elevando a sua autoestima. Em relação da possibilidade de
inclusão de fato de projetos como do Palhafasia pela Política de
Humanização do SUS, as respondentes relataram que ainda é
preciso muito mais esforço e desburocratização, mas entendem
que ao mesmo tempo se trata de um sistema bem complexo
que ainda não conseguiu caminhar na mesma velocidade do
surgimento de práticas como esta. Afirmam que apesar dessa
inclusão ainda não ser ideal, ocorreram vários avanços na
humanização da saúde de pública devido a esta política.
...não só olhar para as pessoas como um paciente, mas como um
indivíduo que tem todas as questões emocionais que ele carrega.
(Adréa Crislayne)
Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Cartas dos direitos dos Usuários


da Saúde. Ministério da Saúde: Brasília, 2006. FELL, A; MATTÉ,
F. C; CAMPO, G. B. Humanização da assistência de enfermagem
à pacientes atendidos na emergência em um hospital de
pequeno porte no município de Xaxim – SC (Fundamentado na
teoria de Josephine e. Paterson e Loretta t. Zderad). Chapecó –
SC, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde; Secretaria de Assistência
à Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde; 2002.
ANDRADE, L. M; MARTINS, E. C; CAETANO, J. A; SOARES, E;
BESERRA, E. P. Atendimento humanizado nos serviços de
emergência hospitalar na percepção do acompanhante. Rev.
Eletr. Enf. [Internet]. 2009; 11(1): 151-7.

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