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Relatório de Projecto
Beja 2007
Resumo
Para prevenir, reduzir ou eliminar a contaminação dos alimentos durante todo o seu
HACCP. A indústria Nova Freixo, onde este trabalho foi realizado, já tinha aplicado o
sistema HACCP.
criticas e contrariedades por parte dos colaboradores. Constatou-se que é visto como
3.2.3 Funções dos operadores ........................ . ....... . .......... . ..... . ....... . .... . .................... 7
3.3 - Descrição dos produtos . . . . . . . . .
.. ...... .... . .
... 8
..................... ... . .. .... .............. ........ ... .....
Ã
4. CONCLUS O . . . . . . . . ............................. ........................... ...... . . . . . . . . ......... :.............. :.... 44
5. BIBLIOGRAFIA . . . . . . . .. . . . . .................. ..................... . . . . . . . . . . . . . ..................................... 46
alimento nem sempre corresponde à sua qualidade. O consumidor quer ter cada vez
mais consciência daquilo que consome e exige ser bem informado. Quer informação
segurança alimentar é cada vez mais reclamada por quem compra. Há uma preocupação
cada vez maior quanto à qualidade e segurança dos alimentos que consumimos. Para
além do cheiro e aspecto agradável e do conteúdo nutritivo é fundamental que os
que é quem compra e consome os alimentos, tem vindo a ganhar grande impacto e força
HACCP passou a ser uma exigência em todas as empresas da área alimentar (Novais,
2006).
higiénica dos géneros alimentares (em qualquer área da cadeia alimentar), cujo principal
ao seu controlo.
produção de alimentos, definindo medidas para o seu controlo. O HACCP pode ser
a sua implementação deve ser orientada pela evidência científica de perigos para a
O Sistema HACCP foi desenvolvido nos anos 60 pela empresa Pillsbury Corporation
da NASA com o objectivo de produzir alimentos seguros para o programa espacial dos
Desde 1980 esta metodologia é recomendada para empresas do sector alimentar por
de Junho a qual foi transposta para o Direito Nacional pelo Decreto-Lei n.0 67/98, de 18
as regras gerais destinadas aos operadores das empresas do sector alimentar no que se
correctivas
O plano HACCP foi elaborado por forma a definir os pontos de referência- decidir qual
codificação seguida.
empresa.
Esta fase do processo teve por objectivo definir a equipa profissional responsável pela
A constituição da equipa foi feita tendo em conta o pessoal com formação específica na
Administração/ Responsável da
Qualidade
I
I I I I
Responsável Responsável Responsável Responsável
Pastelaria Padaria Economato Limpezas: D.
Sr. Vasco D. Carmen Leonor
equipa.
respectivos membros.
3.2.2 Administração
responsável pela selecção da equipa, pela motivação de todo o pessoal da empresa, por
tomar medidas sempre que se verifiquem falhas repetidas e por promover os meios
Quanto aos colaboradores sem responsabilidades de controlo, apesar de não terem uma
v" Saibam o que fazem, corno devem fazer e quando o devem fazer.
principais características.
-.,. Padaria
)> Pastelaria
Broa
Sêmea de trigo
Pão de forma
anexo 2).
O responsável pela qualidade e o responsável da padaria designam qual a quantidade de
ao produto.
O responsável pela qualidade efectua uma ordem de produção todos os dias ( a mesma
Noivinhas
A secção de pastelaria é a secção que tem sofrido mais alterações ao longo do tempo,
wna vez que a empresa tem inovado nos seus produtos e na sua forma de apresentação
ao cliente.
250.a 300 gr consoante o produto ou então em covetes envolvidas por filme transparente
fechado hermeticamente.
A secção de pastelaria fresca atinge o seu pico de produção nas épocas de páscoa, natal
Bolo Rei
Ninho de páscoa
Bolo de ginguba
empresa foram elaboradas fichas técnicas para todos os produtos comercializados pela
empresa.
Ingredientes
Validade
Utilização
Consumidor alvo
As fichas técnicas encontram-se disponíveis para quando solicitadas por algum cliente e
fabrico, uma vez que, estes descrevem o processamento dos diferentes produtos e
No entanto, como referido anteriormente a Nova Freixo possui uma grande variedade de
produtos pelo que não se tomou viável a criação de um fluxograma para cada produto.
(padaria, pastelaria e pastelaria fresca) sendo que, o processo de fabrico é similar para
l
Pesagem e dosagem
Mistura de
ingredientes e
amassadura
Divisão e
modelagem da
massa
Fermentação
Cozedura
Arrefecimento
l
Acondicionamento e
embalamento
l
Expedição
rotação de stocks, FIFO e os FEFO (FIFO - First in first out; FEFO- first expired first
out) por forma a garantir que se estão a utilizar primeiramente os produtos com data de
validade inferior e evitar que decorra perda de matéria-prima por data de validade
expirada.
doseados.
realizados ao produto.
cada tipo de produto. O responsável de padaria coordena e controla todo este processo.
produtos (pão do tipo cacete, tipo pada, tipo bico) e colocada em tabuleiros.
•!• Fermentação
Os tabuleiros são colocados na estufa onde permanecem durante algum tempo para que
Após fermentação a massa pode seguir directamente para o forno onde se irá processar
o seu cozimento ou então é colocada na câmara de refrigeração onde permanece até
futura utilização.
•!• Arrefecimento
De seguida o pão é retirado do forno e permanece nos tabuleiros durante alguns minutos
para arrefecer de forma a facilitar o seu manuseamento e embalamento.
Recepção de matérias-primas
Recepção de material de Sistema de distribuição de
(farinha, açúcar, ovos,
acondicionamento água
margarina, sal, aroma de limão)
_. _..x,7.
__ _,
mazenagem Armazenagem Armazenamento
sem fiio com fiio
l
Pesagem e dosagem
..
Mistura de
ingredientes e
amassadura
Divisão e
modelagem
Cozedura
Arrefecimento
Acondicionamento e ..,.1�1-------l
embalamento
Expedição
rotação de stocks, FIFO e os FEFO (FIFO - First in first out; FEFO- first expired first
out) por forma a garantir que se estão a utilizar primeiramente os produtos com data de
validade inferior e evitar que decorra perda de matéria-prima por data de validade
expirada.
doseados.
•:• Arrefecimento
De seguida os bolos são retirados do fomo e permanecem nos tabuleiros durante alguns
As argolas são embalados em sacos de plástico próprios para a indústria alimentar com
•!• Expedição
mercadorias.
Pesagem e dosagem
Mistura de
ingredientes
Divisão e
modelagem
Cozedura
Ir
Arrefecimento
Acabam,ento (corte,
recheio e decoração) looi�I-----J
Acondicionamento e Expedição
embalamento
pastelaria.
na horizontal para que no seu interior lhe seja colocado o recheio (doce de ovos moles),
mercadorias.
Nesta parte são definidos os potenciais perigos associados ao género alimentício, que
É então necessário enumerar todos ao perigos que é possível, razoavelmente prever que
para produzir um alimento seguro: muitas das medidas identificadas fazem parte
nos alimentos;
Uma vez identificados os perigos, tendo em conta o conhecimento das suas fontes
preventivas e de controlo.
inactivados pelo processo de cozedura, outros podem ser controlados por práticas
tempo).
Entende-se por perigo fisico qualquer material tisico que normalmente não é encontrado
no alimento e que quando presente pode causar danos para o consumidor do produto.
como por exemplo vidro (com origem em lâmpadas, relógios, etc.), metal, plástico,
Várias são as situações que podem resultar em perigos fisicos no produto final:
Matérias-primas contaminadas;
A avaliação dos perigos foi feita através do grau de significância dos perigos, assim:
Somente as etapas onde os perigo s tem média ou alta significância devem ser
posteriormente ser considerados para avaliação de PCC.
que possam ser aplicadas a cada perigo. Estas medidas são qualquer acção e actividade
que possam ser utilizadas para evitar ou eliminar um perigo ou que possam reduzi-lo a
um nível aceitável. Mais de uma medida pode ser necessária para controlar um
determinado perigo, e mais de um perigo pode ser controlado por uma medida
específica.
� Perigos químicos
- Controlo do processo;
manipulação.
� Perigos fisicos
estejam presentes;
- Controlo do processo;
que não ocorra a contaminação física do alimento através do edifício, das instalações,
que é possível prever que ocorram em cada fase do processo produtivo, desde a
recepção das matérias-primas até ao consumidor final e que pela sua análise tenham
A determinação de um PCC nos sistema HACCP pode ser facilitada pela aplicação de
uma árvore de decisão que indica uma abordagem fundamentada pela lógica.
A árvore de decisão deve ser deve ser utilizada como orientação na determinação dos
PCC's.
Descrição do Medidas I
Fase do processo Causas Risco Severidade Significância
perigo Preventivas
das matérias-primas.
pvc)
(chumbo)
I
-Deficiente higiene Moderada Moderada Média - Formação dos
limpeza I
Físico: Presença de -Incorrectas práticas de Baixo Moderada Baixa
estranhos.
monocytogenes) - Exames
Divisão e
microrganismos e utensílios higienização I
patogénicos - Cumprir o MBP
modelagem
I
(Salmonel/a spp, E. -Deficiente higiene dos - Formação dos
monocytogenes)
Biológico: Não -Deficiente binómio Moderada Alta Alta -Inspecção visual do
Coli) manipuladores
Coli, clostridium
perfringens)
--�-----� -- -- -- - -- --� -
---
Significâ Medidas
Fase do processo Descrição do perigo Causas Risco Severidade
ncia Preventivas
Recepção das Biológico: Presença de -Deficiente qualidade Moderado Alta Alta - Estabelecer
armazenamento e - Inspecção
- Boletins
analíticos das
matérias-primas
Recepção e Químico: resíduos de tinta, -Más condições de Baixo Baixo Baixa - Inspecção
pvc)
- - - --c______
para testar a
eficácia da
higienização.
manipuladores
- Exames
microbiológicos
Biológico: Contaminação -Deficiente higiene do Moderado Moderado Média -Cumprir o
com microrganismos equipamento, bancadas programa de
patogénicos (Salmonella spp, e utensílios higienização
Divisão e
E. Coli, listeria - Cumprir o
modelagem
monocytogenes) -Deficiente higiene dos MBP
manipuladores
manutenção do
equipamento
e embalamento
E. Coli) -Más práticas de higiene - Cumprir o I
e fabrico MBP
- Fonnação dos
manipuladores
- Formação dos
manipuladores
-
Fase do processo Descrição do perigo Causas Risco Severidade Significância Medidas Preventivas
Recepção e Físico - presença de corpos -Deficientes Moderado Baixa Baixa - Controlo da temperatura
armazenamento das
matérias-primas
estranhos na matéria-prima condições de fabrico
e higiene e
de transporte
transporte. matérias-primas
conservação
- - - - - - - - -- - ·
- - - -- - - -- --
Biológico: Contaminação -Deficiente higiene Moderada Moderada Média -Formação dos operadores
dos manipuladores
Biológico: Não destruição de Deficiente binómio Moderada Alta Alta -Inspecção visual do
do equipamento
'----- --- -'----- -- --- - -L___ -- - _c_ - - - - - -
higiene e fabrico
embalamento
E. Coli) manipuladores - Formação dos
temperatura
ambiente
higiene e fabrico
temperatura
ambiente
------
Após a identificação dos perigos, causas, medidas preventivas e a significância o passo a seguir na elaboração do sistema HACCP foi a identificação dos
pontos críticos de controlo, recorrendo à aplicação da arvore de decisão (ver Anexo 3).
Mistura de Biológico: Contaminação com microrganismos patogénicos Sim Não Sim Sim Não
ingredientes (Salmonella spp, E. Coli, listeria monocytogenes)
Divisão e Biológico: Contaminação com microrganismos patogénicos Sim Não Sim Sim Não
modelagem da (Salmonella spp, E. Coli, listeria monocytogenes)
massa
Cozedura Biológico: Não destruição de bactérias patogénicas (E. Coli, S. Sim Sim - -
Sim
Aureus)
- -- -
Mistura de ingredientes Biológico: Contaminação com microrganismos Sim Não Sim Sim Não I
I
'
patogénicos (Salmonel/a spp, E. Coli, listeria
monocytogenes)
Divisão e modelagem da Biológico: Contaminação com microrganismos Sim Não Sim Sim Não
massa patogénicos (Sa/monella spp, E. Coli, listeria
monocytogenes)
ou não.
legislação nacional ..
crítico esteja sob controlo e desta forma seja possível evitar futuras adversidades.
Pela observação das tabelas anteriores verifica-se que o ponto crítico de controlo
A frequência de controlo será sempre que se processe a cozedura pois irá ser efectuado
como o previsto, no caso de apresentar alguma falha, o produto não deverá ser retirado
Etapa do processo Tipo de Perigo Medida de PCC Limite Crítico Frequência de Acção Responsável
I
Controlo Controlo correctiva
Cozedura Microbiológico Controlo do PCC - Tempo � 3 min Sempre que Se o produto Responsável
tempo e - Temperatura �85°C não atingir a
ocorra a de produção
temperatura temperatura
da cozedura cozedura adequada,
continuar a
cozedura até
se obter a
temperatura
- �------
�s�jada _
- -- -----
regulamentares;
2 2 2 2 4
A frequência dos procedimentos de verificação deverá ser suficiente para confirmar que
consultaria Biopção foi realizado com sucesso, tendo resultado num trabalho
A empresa Nova Freixo dispõe agora das ferramentas necessárias para apresentar aos
uma vez que foi notória a ausência de sensibilidade das pessoas para a necessidade deste
sistema preventivo. Foi possível verificar que os colaboradores viam o HACCP não
como um sistema preventivo e de ajuda mas sim como meramente um requisito legal.
Apesar de toda a formação que já lhes tinha sido ministrada e da política de segurança
de uma forma aleatória e obrigatória introduzindo apenas os valores que a priori sabiam
que estavam correctos. A maior <;tificuldade encontrada, e não totalmente superada, foi
o que mudou para que agora seja necessário um controlo tão rigoroso. Actuavam de
componente prática e útil do sistema HACCP. Outro método a aplicar seria uma
2004 relativo à higiene dos géneros alimentícios. Jornal Oficial da União Europeia L
1 3 9 de 30 de Abril de 2004.
Fichas técnicas
FICHAS TÉCNICAS
Embalagem
Distribuição
Produto Bolo de Neve
Embalagem
Embalagem Comercial
Armazenagem
Distribuição
.
ANEX0 2
Ordem de produção
.
. ,_
P.eceltaf Ptodu,ão
a � ,_ - -------------
lta 13-03·2007
i] !Bolo Neve
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129
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llntidade
I 2
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de produção
ANEX0 3
Arvore de decisão
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para o per.go .�e ntrt1cado?
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Modjfic.1.r � eta pa .
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O c o n � ro t o nest.a et.apa e
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NÃO
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03 . A cont a m i nação do p @rigo id êntit•cado
p oderá o c o rre'!'" a c im .i! de nive1s a.ce.eã.vels ou
podera aum entar até níVeis inaceitáveis?
. ..
'T
Controlo de
tempo/temperatura
.FREIXO
Doe. 20/0
ANEXO S
r �
Plano anual de colheitas para análise Ano
2007
Controlo a: Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Manipuladores --
Equipamentos
I
I
Utensillos -- --
I;
Alimentos -- �-
-- -- -
Água
-- -'----- - -- -- - I
Manipuladores
Equipamentos
Utensílios
Alimentos
Agua -- -
Doe 009/0