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25

sermões
Expositivos

Volume I
Pr. Francisco

1
Quinteros

2
Título do original em castelhano:
25 Sermones Expositivos --
Volume I

Direitos de Publicação e Tradução em


Língua Portuguesa reservados à
FEDERAÇÃO PAULISTANA DA IGREJA
ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
Rua Gabrielle D’Annunzio, 246 -- Campo Belo
04619-000 -- São Paulo -- SP

Primeira Edição
exemplares
1997

Tradutor e Editor
César Luís Pagani

Digitação
César Augusto, Marcel
e André Pagani

Editoração Eletrônica
Editora Lumina Ltda.
570-8520

Capa

3
Prólogo

O manual intitulado 25 Sermões, Volume 1, do Pastor Francisco


Quinteros, aparece como uma contribuição de grande auxílio no campo da
homilética bíblica, tanto para alunos da faculdade de teologia, como, e
principalmente, para os líderes de nossas congregações.
De acordo com os planos do Pastor Quinteros, este é o primeiro de uma
série que se irá incrementando com o correr do tempo, com o propósito de
cobrir as variadas facetas da pregação pastoral. Esta obra, que consta de três
seções decisões, promessas e mordomia , apresenta temário muito sugestivo.
Tem que ver com a determinação do crente de entregar-se a Cristo, com
segurança e fé em Deus, e com a responsabilidade de administrar sabiamente
toda a sua existência para a glória e honra do Criador.
Fundamentalmente, este livro tem como cerne a sistematização de
diversos conceitos bíblicos e teológicos, aplicados de forma temática à realidade
homilético-pastoral de nossas igrejas, e confirmados com citações muito
oportunas do Espírito de Profecia. Inclui, ademais, referências de outros autores
cristãos que complementam as afirmações bíblicas, buscando sua aplicação à
experiência da igreja.
Desejamos que esse primeiro trabalho seja seguido de outros similares,
que satisfaçam a necessidade de esquemas, modelos ou paradigmas
homiléticos, para nossos irmãos comprometidos com a semeadura do
evangelho. Por tal esforço, queremos cumprimentar o Pastor Francisco
Quinteros, professor de teologia da área pastoral, em nossa Universidade União
Incaica, desejando-lhe êxito na difusão desta obra que consideramos oportuna e
necessária.

Dr. Máximo Vicuña Arrieta


Reitor da Universidade União Incaica.

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5
Apresentação
Sentimo-nos gratificados por colocar nas mãos dos membros da
igreja, três séries de sermões para o púlpito adventista. Fazemo-lo com
humildade e súplica pelo poder do Espírito Santo, para que torne eficaz o uso
deste material na edificação da igreja.
Por outro lado, ao publicar este trabalho, intentamos, mesmo que em
parte, satisfazer a tremenda necessidade dos líderes das igrejas locais,
fornecendo-lhes esboços que os orientem em suas pregações.
Esperamos que a presente contribuição ajude aos irmãos em sua
sagrada responsabilidade de preparar e pregar poderosas mensagens da Palavra
de Deus.
Com sincero apreço cristão,

O Autor

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Índice
Indicações gerais................................................................ 8
Primeira Série: DECISÕES

Sermão n. 1 O Pentecostes.............................................. 13Sermão


n. 2 A Conversão de um Militar........................ 27
Sermão n. 3 O Batismo de um Chanceler Etíope............ 33
Sermão n. 4 A Conversão do Carcereiro......................... 45
Sermão n. 5 A Conversão de Nicodemos....................... 55
Sermão n. 6 O Jovem que se Perdeu.............................. 67
Sermão n. 7 A Conversão de um Perseguidor................ 75
Sermão n. 8 O Batismo de Jesus.................................... 85
Segunda Série: PROMESSAS
Sermão n.1 “Virei Outra Vez”...................................... 95
Sermão n.2 Você Receberá Cem Vezes Mais.............. 105
Sermão n.3 “Estarás Comigo no Paraíso”..................... 117
Sermão n.4 “Ainda que Esteja Morto, Viverá.............. 129
Sermão n.5 “Buscareis e Achareis”.............................. 141
Sermão n.6 O que se Humilha Será Exaltado............ 155
Sermão n.7 “Vos Farei Pescadores de Homens”......... 169
Sermão n.8 Grandes Promessas ao Vencedor............. 181
Terceira Série: MORDOMIA

Sermão n.1 Somente Administradores....................... 197


Sermão n.2 Mordomia do Templo.............................. 211
Sermão n.3 Administração dos Talentos..................... 225
Sermão n.4 A Mordomia do Tempo........................... 237
Sermão n.5 A Mordomia das Posses........................... 249
Sermão n.6 Meu Testemunho Sobre Mordomia......... 261
Sermão n.7 Meu Pacto com Deus............................... 271
Sermão n.8 Bênçãos Transbordantes........................... 283
Sermão n.25 Igrejas Pequenas....................................... 295

8
Indicações Gerais
Com o propósito da obtenção do maior proveito neste material,
permita-nos dar algumas sugestões que consideramos oportunas.

1. Dados Prévios
Como informação prévia para cada pregador, estamos expondo antes
de cada sermão:

a. Idéia Homilética. É aquela que o pregador deseja partilhar sobre um tema da


Palavra de Deus. O que pretende passar ao povo.

b. Propósito Específico. É o que o pregador deseja obter como resposta da


igreja. A decisão que espera da parte dos irmãos.

c. Tema. É o assunto ou doutrina básica da mensagem, o foco de seu sermão.

2. Por que fazer sermões em série?

A razão é facilitar a realização de semanas especiais de pregação.


Como exemplo podemos citar as Semanas de Oração” “de Reavivamento
Espiritual”, “De Colheita”, e “de Mordomia”. Todavia, cada sermão foi
estruturado com a possibilidade de ser usado independentemente dos demais.

Como apêndice especial foi incluído o sermão de n.25 sobre igrejas


pequenas, cujo objetivo é motivar a cada membro a apoiar o estabelecimento de
novas filiais, novos grupos e igrejas. Isto quer dizer, realizar uma obra
avançada, de penetração.
3. Esboços que requerem estudo e complementação

Estes sermões foram elaborados segundo a melhor intenção de servir

9
ao Senhor e Sua Igreja. Todavia, a psicologia e a lógica de uma pessoa jamais
podem ser as mesmas de outras mentes. Portanto, é compreensível que o leitor
ou pregador encontre algum vazio nesses esboços.
Do mesmo modo, consideramos necessário assinalar que o pregador
deveria tratar de ilustrar cada tema com suas próprias idéias, e de acordo com
sua experiência cristã. Esse fato contribuirá com uma apresentação mais natural,
mais proveitosa e agradável da verdade em Cristo Jesus.
4. Chave de abreviaturas
Finalmente, indicamos ao pregador as abreviaturas dos livros de
autoria de Ellen G. White e seus respectivos significados.

AA - Atos dos Apóstolos


AFC - A Fim de Conhecê-Lo (castelhano)
CBV - Ciência do Bom Viver
CC - Caminho a Cristo
CS - O Conflito dos Séculos
CSM - Conselhos Sobre Mordomia
DTN - O Desejado de Todas as Nações
E - Educação
EV - Evangelismo
HR - História da Redenção
LA - O Lar Adventista
LPGM - Lições Práticas do Grande Mestre
PP - Patriarcas e Profetas
PVGM - Palavras de Vida do Grande Mestre
SC - Serviço Cristão
TS II - Testemunhos Seletos, vol. II
TS III - Testemunhos Seletos, vol. III
T, I - Testimonies (Inglês), vol. I
T, II - Testimonies (Inglês), vol. II
T, VII - Testimonies (Inglês), vol. VII

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Primeira Série

DECISÕES PARA
A VIDA ETERNA

“Lançai a foice, porque está madura a seara... Multidões,


multidões no vale da decisão! porque o dia do Senhor está
perto, o vale da decisão.” Joel 3:13 e 14.

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Sermão N°. 1

O PENTECOSTES
Dados Prévios

1. Idéia Homilética Mostrar à igreja que cada um de nós


necessita um novo Pentecostes para
concluir a obra de Deus.

2. Propósito Específico Que cada ouvinte decida fruir o


Pentecostes e trabalhar sob a direção
do Espírito Santo, para o término da
obra do Senhor.

3. Tema O Pentecostes.

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O Pentecostes
I. Introdução

1. Saudações

2. Motivação

a. Festa! palavra mágica. Ela é sinônimo de alegria, emoção,


amizade, felicidade e gozo.

b. Há festas nacionais e particulares.

c. Festejam-se aniversários, matrimônios, nascimentos, sucessos e


triunfos.

Teve o povo de Deus alguma festa especial em sua história?

Sim. Uma delas era o Pentecostes, que o povo de Israel celebrava cada
ano. Hoje também o estamos esperando ansiosamente na Igreja de Deus.

3. Proposição

Hoje estudaremos que cada um de nós necessita de um Pentecostes


moderno, para concluirmos a obra de Deus na Terra.

4. Texto-base
Atos 2: 1 a 42.

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O Pentecostes

II - A Chegada do Pentecostes (1 a 13)

1. O que é o Pentecostes?

a. Pentecostes, do grego Penta, é igual a 5 ou 50. Quer dizer,


é o 50º dia depois da Páscoa.

b. Festa das semanas (sete semanas depois da festividade solene da


Páscoa).

c. Segundo o Velho Testamento, esta era uma festa de ação de graças


com a qual se encerrava a época da colheita.

d. Era uma festa de caráter agrícola, celebrada no período que hoje


corresponde ao mês de junho.

e. Durava apenas um dia. Cada adorador trazia dois pães, em sinal de


gratidão e adoração pela colheita obtida.

f. Significado posterior do Pentecostes: celebração da aliança de Deus


com Seu povo no Sinai, por ocasião do recebimento da Lei do Pacto.

2. Pentecostes apostólico

a. Cinqüenta dias após a páscoa. Ou, depois da morte de Cristo, da


celebração da libertação no Mar Vermelho e da escravidão do Egito.

b. Cumprimentos das promessas divinas (Joel 2: 28 a 30 e


Atos 1: 8.

c. Era a manhã do qüinquagésimo (50º) dia.

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25 Sermões Expositivos

1. Um ruído súbito como um vendaval.


2. A casa tremia (o aposento elevado).
3. Línguas de fogo sobre os apóstolos por breves momentos.
4. Os apóstolos falavam em línguas estrangeiras.

d. Os discípulos foram levados pelo Espírito ao átrio do templo.

3. Os apóstolos se prepararam para esse dia.

a. Todos.

1. Pela confissão e arrependimento.


2. Pelo perdão mútuo, reconciliando-se entre si.
3. Amor e santa preocupação pelas almas.

b. Oraram pedindo o Espírito Santo.

c. Examinaram intensamente a Palavra de Deus.

4. Citação

“Esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os


discípulos sentiram sua necessidade espiritual, e suplicaram do Senhor a
santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. Não
suplicaram essas bênçãos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que
lhes cabia nessa obra de salvação de almas.” AA, 37.

“Foi então que o Espírito Santo foi derramado, sendo convertidos


milhares num dia.” SC, 252.

Aplicação

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O Pentecostes

5. Hoje, mais do que nunca, necessitamos do Pentecostes, o derramamento


do Espírito Santo como nos dias apostólicos.

a. Faz-nos muita falta essa festa espiritual de gratidão, de colheita,


louvor e júbilo.

b. Necessitamos a festa do Sinai, de renovação de nosso amor e


lealdade a Deus.

c. Necessitamos trazer nossos “pães” a Deus, nossa colheita; quer dizer,


duas almas para cada adorador.

III - Características da Pregação Pentecostal (14 a 36)

1. Equipada com autoridade espiritual.

a. O Espírito concedeu novo sentido e autoridade às palavras simples


de Seus servos.

b. O Espírito Santo dotou os apóstolos com:

1. Capacidade especial.
2. Valor, intrepidez, coragem.
3. Convicção, segurança.
4. Zelo, paixão pelas almas.

2. Linguagem adequada.

a. Capacidade de falar em outras línguas, idiomas. Produziu-se a


glossolalia.

b. O dom de línguas depende de Deus, não do homem.

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25 Sermões Expositivos

c. Superando barreiras nacionais de comunicação, a verdade chegou a


cada homem.

3. Foi uma mensagem cristocêntrica. O discurso de Pedro:

a. Apresentou a Jesus como aprovado por Deus.

b. Demonstrou que Jesus era o Messias.

c. Que foi crucificado por todos os homens, incluindo aqueles que ali
estavam congregados.

d. Ressuscitado por Deus, entronizado no Céu.

e. Assinalou a responsabilidade do pecador.

Aplicação

4. Hoje também nossa pregação requer o poder, a autoridade e a eficácia


do Espírito Santo, para a conclusão da missão.

5. Nossa pregação deve estar empapada do sangue de Cristo.

6. Citação

“Muitos de nossos ministros têm apenas feito sermões, apresentando os


assuntos por meio de argumentos, e mencionando pouco o poder salvador do
Redentor. Seu testemunho era destituído do sangue salvador de Cristo. Sua
oferta assemelhava-se à de Caim... mas, a virtude da oferta, o sangue do
Cordeiro morto, representando o sangue de Cristo – isso faltava. O mesmo
acontece com os sermões destituídos de Cristo. Os homens não são por eles

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O Pentecostes

aguilhoados até ao coração; não são levados a indagar: Que devo fazer para me
salvar?” EV, 187, 188.

7. Citação

“São estes os nossos temas: Cristo crucificado pelos nossos pecados,


Cristo ressuscitado dentre os mortos, Cristo nosso intercessor perante Deus...”
EV, 187.

IV - Os Frutos do Pentecostes na Igreja (37 a 42)

1. Milhares testificando.

a. Não apenas os apóstolos.

b. Os membros da igreja também.

2. Muitas conversões.

a. Todos os reunidos por ocasião do Pentecostes, milhares e milhares


ouviram sobre Cristo.

b. Todos se sensibilizaram.
“Que faremos, varões irmãos?”
“Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado.”

3. O mundo conhecido de então encheu-se das verdades do evangelho.


a. Atos 1:8: Jerusalém, Judéia, Samária, até os confins da Terra.

b. Atos 5:28. Toda a Jerusalém.

c. Romanos 15:19: “... tenho divulgado o evangelho.”

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25 Sermões Expositivos

4. Crescia a Igreja cada dia.

a. Atos 2: 47.

b. Atos 4: 4.

5. Em toda parte surgiam novas congregações. Qual era uma de suas


práticas eclesiásticas? Congregações em casas, no seio das famílias, por todos
os lugares.

Aplicação

6. Também em nossos dias a chuva serôdia será extraordinária.

a. Os melhores dias da igreja estão chegando; vislumbram-se os grande


prodígios divinos no seio do povo de Deus.

b. Uma fortíssima pregação avizinha-se (Apoc. 18:1).

7. Você e eu necessitamos de entrar nesse Pentecostes hoje. Que opere


prodígios em Sua igreja, conosco, em nós.

8. Citação

“Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa


consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem
do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a
advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e
maravilhas seguirão aos crentes.” EV, 700.

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O Pentecostes

9. Citação

“Aproxima-se o tempo em que haverá tantos conversos em um dia como


houve no dia de Pentecostes, depois de os discípulos haverem recebido o
Espírito Santo.” EV, 692.

V - Conclusão

1. Resumo

Todos estamos conscientes de que a igreja de hoje necessita de um


novo Pentecostes. Você e eu também o necessitamos.
Necessitamos do poder, da capacidade e eficácia do Espírito, para
terminar a obra de Deus.

2. Apelo

Hoje mesmo podemos entrar nessa festa espiritual. Peçamos a chuva


serôdia; consagremo-nos a Cristo; façamos a obra de Deus.

VI - Chamado

1. Persuasão

Eu necessito mais do Espírito Santo. Desejo que o Senhor conclua em


mim Sua obra e me encha de Seu poder, para trazer outras almas à Igreja, à
conversão, à salvação.

2. Decisão

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25 Sermões Expositivos

Há alguém mais que também deseja fazer o mesmo pedido ao nosso


Deus: “Senhor, enche-me do Teu Espírito, termina Tua obra em mim, e ajuda-
me a terminá-la no mundo”? Se assim for, convido-o a colocar-se de pé.

Oremos.

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Sermão N. 2

A CONVERSÃO DE
UM MILITAR
Dados Prévios
1. Idéia Homilética Ensinar que Deus salva àqueles que O
buscam, apesar das barreiras sociais e
preconceitos humanos.

2. Propósito Específico Que cada novo crente decida seguir o


exemplo do centurião romano, que
com sua fé simples recebeu a Cristo e
Sua Palavra, e decidiu batizar-se.

3. Tema A conversão.

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A CONVERSÃO DE
UM MILITAR
I - Introdução

1. Saudações

2. Motivação

Certa vez pediu-se a um soldado que definisse a conversão. Ele respondeu


narrando sua própria experiência assim: “O Senhor me disse: ‘ Alto! Atenção!
Meia-volta, volver! Marche! Isso era tudo o que eu tinha de fazer.”

Sim, isso é conversão.

Há na Bíblia um caso especial de um notável militar convertido a Cristo:


o centurião romano.

3. Proposição

Vamos estudar como Deus faz para salvar Seus fiéis, estejam onde
estiverem, apesar das barreiras sociais e preconceitos humanos.

4. Texto-base: Atos 10: 1 a 48.

II - A Fé Silenciosa de um Militar (1-8)

27
25 Sermões Expositivos

1. Quem era o centurião?

a. Um militar romana destacado em Cesaréia, onde ficava o quartel


general do governo da Palestina.

b. A constituição da organização militar romana era assim:


1. Legião = 6 000 homens (divisão), 10 coortes.
2. Coorte = 600 soldados ou 6 centúrias.
3. Centurião = Chefe militar de uma centúria.

c. Esse nobre servia numa companhia chamada “A Italiana”.

2. “Temente a Deus”.

Não era um prosélito judeu, mas gentio. Cansado de seu estilo de vida, de
seus deuses falsos. Enfastiado das imoralidades, frustrações e de suas crenças
tradicionais, havia aceito a religião judaica.

3. “...de contínuo orava a Deus.”

Uma tarde, enquanto orava, Deus a ele Se revelou e lhe disse como
conhecê-Lo melhor. Ele teve o privilégio de falar com o anjo de Jeová, de ser
instruído por Deus.

4. Um homem generoso.

Destacava-se por sua bondade; permanentemente dava ofertas, esmolas e


fazia dádivas ao povo.

5. Deus foi-lhe propício.

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A Conversão de um Militar

O Senhor indicou-lhe o caminho a seguir. Sua fé e amor a Deus foram


correspondidos.

Aplicação

6. Você pode ser um daqueles que amam a Deus em silêncio, que buscam a
justiça e a verdade de Deus silentemente.

7. Porém, Deus está indicando o caminho a tomar (João 14:6; I João 2: 5).

8. Atendamos a Deus com sinceridade, buscando a verdade de todo o


coração. Deus nos será propício.

III - Deus Rompe Barreiras e Preconceitos (9-33)

1. Enquanto isso, Pedro recebia uma estranha visão no terraço de sua casa
(Relatar a visão de maneira dramática).

2. Pedro ficou perplexo; não entendeu a visão. Depois Deus a fez


compreender.

3. Pedro considerava imundo a todos os não-judeus. O centurião, por


exemplo, e todos os gentios.

4. Pedro tinha preconceitos, barreiras em sua mente e coração.

a. Preconceitos religiosos: judeus versus pagãos.

b. Preconceitos sociais: hebreus versus gentios.

5. Deus o chamou e ele aceitou o chamado e a ordem de ir. Foi até a casa do
centurião romano.

29
25 Sermões Expositivos

6. Pedro explicou a lição que Deus a ele ensinou: não ter como imundo a
ninguém que tem fé em Cristo.

7. Cristo e o cristianismo eliminam as irrazoáveis barreiras e preconceitos


sociais, nacionais, étnicos, religiosos e políticos.

8. Princípio divino: a salvação é para todos os homens (João 3:16; Col. 3:


11).

Aplicação

9. Deus está hoje disposto a demolir todo obstáculo entre os seres humanos.
É indispensável a nossa participação nessa tarefa de amor ao próximo.

10. Nossa fé e amor a Deus nos levarão a eliminar, em nome de Cristo, todo
obstáculo no caminho ao Céu.

11. Sejamos agora niveladores do caminho a Cristo.

IV - Creu, Recebeu o Espírito e Batizou-se (34-48)

1. Ao ser transformado e com mentalidade mais ampla, Pedro pregou Cristo


a todos.

2. Pedro pregou a morte, ressurreição e o juízo vindouro em Cristo.

3. Também pregou sobre o perdão e a salvação em Cristo.

4. O centurião e sua família creram nessa mensagem e aceitaram a Jesus


como Senhor.

30
A Conversão de um Militar

5. A ação do Espírito Santo fez-se notar quando o centurião e os seus


falaram em línguas.

6. Todos os gentios convertidos exaltavam o nome de Cristo.

7. Em seguida, foram batizados em nome de Jesus.

Aplicação

8. Se você crê em Deus; se ama ao Senhor e confia nEle, pode também re-
ceber o Espírito Santo.

9. Possivelmente você não se dê conta, mas o Espírito Santo está


trabalhando em você. A fé e o amor a Deus são frutos do Espírito Santo.

10. Apenas lhe falta uma coisa: batizar-se agora. Poderá alguém impedi-lo?
Não! Ninguém! Batize-se em o nome de Deus.

V - Conclusão

1. Resumo:

Cada um pode ter fé em Deus e amá-Lo secretamente.

a. Lembre-se de que Deus ama você.

b. Deus o está guiando porque ama a todos.

c. Deus o chama agora e convida-o a unir-se a Ele.

2. Apelo

31
25 Sermões Expositivos

Se você ama a Deus, seja Seu amigo, discípulo e filho desde agora e
para sempre.

VI - Chamado

1. Persuasão:

O Espírito de Deus quer tomar-nos tal como somos, guiando-nos e


ensinando-nos a verdade. Louvado seja o Senhor!

2. Decisão:

Há aqui alguém que deseja dar testemunho de como Deus tem guiado
sua vida, e de que neste sábado selará seu pacto com Deus mediante o batismo?

Amém.

32
O Batismo do Chanceler Etíope

Sermão N°. 3

O Batismo do
Chanceler Etíope
Dados Prévios

1. Idéia homilética. Mostrar que nada pode impedir o


batismo de alguém que crê em Cristo
e deseja entregar-se a Ele.

2. Propósito Específico. Que cada novo crente decida entregar-


se a Cristo, batizar-se e servir com
alegria a seu Senhor.

3. Tema A entrega a Cristo.

33
O Batismo do Chanceler Etíope

O Batismo do
Chanceler Etíope
I - Introdução

1. Saudações

2. Motivação

Transcorria o ano de 1967. Era o dia 3 de dezembro. O lugar: a Cidade do


Cabo, na África do Sul. O paciente, Luís Washkansky, com problemas
cardíacos graves. O médico, o Dr. Cristhian Barnard, desconhecido até então.
De que se tratava? De algo nunca antes realizado pela ciência médica: trocar um
coração falido de uma pessoa, por outro sadio de algum cadáver humano. Essa
façanha foi concretizada? Sim, um verdadeiro milagre do século XX.

Washkansky viveu apenas dezoito dias, porém, a ciência médica foi


aperfeiçoando os transplantes cardíacos e, atualmente, é coisa comum falar-se
disso.

Como tudo se iniciou? Com a fé de alguém que creu que poderia ser feito,
que poderia resultar, que era possível. Esse alguém foi o Dr. Barnard.

Na vida cristã a salvação também começa com a fé em Cristo, o Grande


Médico da alma.

3. Proposta

35
25 Sermões Expositivos

Hoje vamos estudar que, se alguém crê em Cristo e deseja recebê-Lo como
seu Senhor e Salvador, nada lhe impede a salvação.

36
25 Sermões Expositivos

4. Texto-base

Atos 8: 26 a 30

II - Um Encontro Missionário no Caminho (26-31)

1. Um anjo de Deus encaminhou Felipe até Gaza, no sul.

2. Quem era Felipe?

a. Diácono fiel.

b. Evangelista leigo.

c. Instrumento obediente ao Senhor.

d. Missionário itinerante.

3. Quem era o etíope?

a. Um eunuco, talvez solteiro por decisão pessoal, sem imposições.

b. Chanceler do reino da rainha Candace.

c. Ministro do tesouro real do império.

d. Temente a Deus.

e. Amante das Sagradas Escrituras.

f. Adorador do Senhor em Jerusalém e também em sua própria casa.

38
O Batismo do Chanceler Etíope

g. Estava voltando de prestar culto a Deus.


h. Lia a Palavra de Deus.

4. No caminho, o Espírito Santo mandou que Felipe acompanhasse a


carruagem do chanceler etíope.

a. Quando se aproximou, ouviu-o ler em voz alta o profeta Isaías,


capítulo 53, versos 7 e 8.

b. “Entendes o que lês?”, perguntou cortesmente o diácono Felipe.

5. “Como poderia entender se alguém não me explicar?”

a. Essa era a oportunidade de Felipe.

b. Deus colocou a ambos numa circunstância especial para salvar o


etíope.

6. O etíope rogou a Felipe que subisse em sua carruagem, se assentasse ao


seu lado e lhe ensinasse a Palavra de Deus. “Ensine-me, por favor. Ajude-me a
entender este livro”.

Tal é o pedido de muitos corações hoje em dia.

7. Felipe fez um maravilhoso trabalho pedagógico, ali mesmo na estrada, no


deserto onde o Senhor o colocou.

Aplicação

39
25 Sermões Expositivos

8. Milhões e milhões de sedentos como esse nobre etíope necessitam de


alguém que os ajude a conhecer a Jesus mediante as Escrituras.

9. Felipes modernos fazem falta.

a. Que se “ juntem ao carro” do viajante que quer aprender.

b. Que “subam ao carro” do faminto pela verdade.


Que andem com ele: que entendam sua forma de pensar.

c. Que se assentem junto ao interessado em Cristo.


Que se ponham em seu lugar (empatia).

10. Se você é um sincero indagador da verdade, encontrará um Felipe em


seu caminho. Deus não o deixará nas trevas.

III. O Etíope Aceitou a Cristo (32-35)

1. Felipe começou a ensiná-lo partindo da realidade em que se achava o


etíope

2. Felipe absorveu cada pergunta do nobre etíope. “ De quem o profeta


disse isto...?”

3. Felipe o ensinou sobre Cristo, incluindo o tema do batismo cristão.

4. Esse fiel diácono ministrou ao etíope , passo a passo, os conhecimentos


básicos com respeito às Escrituras e a Cristo.

5. O etíope creu em Cristo, aceitou-O como seu Senhor e converteu-se.


Tornou-se um cristão.

40
O Batismo do Chanceler Etíope

6. Essa conversão completou-se no caminho deserto, enquanto iam juntos.

Aplicação

7. Todo ensinamento bíblico deve ter como base a Cristo Jesus. Pregar a
Jesus é a obra de todo cristão.
8. Deve-se iniciar, de preferência, onde está o crente potencial e a partir daí
levá-lo passo a passo até o batismo e à santificação.

9. Muitas conversões foram produzidas no caminho, enquanto viajamos.

IV. Batizado Durante a Viagem (36-40)

1. Logo chegaram a um lugar onde havia água (possivelmente um oásis).

2. “Aqui há água. O que impede que eu seja batizado?”

a. O que ou quem poderia impedi-lo? Ninguém.


b. Nada nem ninguém pode impedir a salvação de um crente.
c. Tinha tudo para batizar-se, isto é, tinha a Cristo.

3. Felipe disse: “ É lícito, se crês de todo o coração.”

4. Etíope: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.”


Essa é a chave para a salvação: crer, amar, viver para Jesus.

5. O etíope mandou parar o carro.


a. Desceram ambos da água.

1) Felipe foi o oficiante do rito batismal.


2) O novo converso a Cristo: o etíope.

41
25 Sermões Expositivos

b. Foi batizado por imersão.

c. Subiram logo da água.

6. Felipe foi arrebatado pelo Espírito Santo.

7. O etíope seguiu feliz seu caminho.


a. Tinha paz, felicidade.

b. Tinha a Cristo; tinha tudo.

c. A tradição diz que o etíope foi um eficiente missionário em seu país.

d. Citação

“Deus viu que, quando se convertesse. proporcionaria a outros a luz


que recebera, e exerceria forte influência em prol do evangelho.” AA, 107.

Aplicação

8. Se você crê em Cristo, tem tudo para batizar-se. Crer é fazer as obras de
Jesus.

9. Mesmo quando você está longe da família, ou talvez em viagem, em


negócios, etc. Se crer em Cristo, tudo será possível.

10. Decida-se! Pare o carro de sua vida, desça e sele seu pacto com Cristo.

V. Conclusão

1. Resumo

42
O Batismo do Chanceler Etíope

Citação

“... Muitos há que estão lendo as Escrituras sem compreender-lhes o


verdadeiro significado. Em todo o mundo homens e mulheres olham
atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz, de graça, do Espírito Santo,
sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do reino
esperando somente serem recolhidos.” AA, 109.

2. Apelo

Pode ser que você esteja no limiar da vida eterna. Não vacile, dê o passo
que lhe assegure a salvação.

VI. Chamado

1. Persuasão

Eu sei que aqui há vários crentes em Jesus e que, todavia, ainda não se
entregaram a Cristo mediante o santo batismo.

2. Convite

Em nome de Jesus, eu o convido a batizar-se e entrar na vida eterna no


próximo sábado.

Amém.

43
Sermão Nº. 4

A conversão
do carcereiro
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Ensinar que Deus está a nosso lado,


mesmo nas piores circunstâncias da
vida. Somente devemos confiar nEle e
a Ele nos convertermos.

2. Propósito Específico: Que cada ouvinte decida depositar


toda sua confiança e amor em Cristo.

3. Tema Confiança em Cristo e conversão.

45
A conversão
do carcereiro
I. Introdução

1. Saudações

2. Motivação

Você já cantou um dueto com um amigo, à meia-noite, num lugar


completamente escuro, solitário, ou na cadeia?

Paulo e Silas passaram por essa experiência. Foi terrível. Porém, mais
terrível mesmo foi estarem amarrados de pés e mãos. Nessas circunstâncias,
Deus fez um grande milagre. Foi uma noite inesquecível. Ali se produziu à
maravilhosa conversão de um carcereiro.

3. Propósito

Estudaremos os frutos da confiança em Deus e a conversão do carcereiro.

4. Texto-base

Atos 16: 26 a 34.

II - Vitórias nas Provas da Vida (23-28)

1. Paulo e Silas foram muito açoitados.

47
25 Sermões Expositivos

a. Golpes, feridas. Tudo por causa de Cristo.

b. Ultrajes, humilhação.

2. Encarcerados numa cela de segurança máxima.

3. Postos num tronco, um torturante instrumento de madeira que produzia


imobilização quase que total dos pés.

4. Paulo nunca murmurou, nem maldisse sua sorte. Apenas confiou em Cristo.

5. Cantavam e oravam mesmo na obscuridade mais densa. Todos os presos os


ouviam.

6. O que nunca pode se tirar de um cristão é a presença de Cristo.

7. Qual foi a resposta de Deus?

a. Um terremoto! Tudo se movia, até mesmo os sólidos alicerces do


cárcere.

b. As cadeias e os troncos se romperam.

c. As portas do cárcere se abriram.

d. A liberdade espalhou-se pela prisão.

8. Deus estava ali no cárcere com seus missionários. Ele operou aquele milagre
inesperado à meia-noite.

48
A Conversão do Carcereiro

9. Havia triunfado a fé e fracassaram o pessimismo e a derrota. Fracassaram os


inimigos da verdade.

Aplicação

10. Se estivermos com Cristo, se nos apegarmos a Ele, mesmo sob as mais
terríveis situações em a vida nos reserva, Jesus nunca nos abandonará.

11. Sal 50: 15; 91: 15. Ele nos livrará nos momentos em que mais
necessitarmos.

12. Aprendamos a confiar em Cristo. Cantemos e oremos mesmo nas crises da


vida. Ele cuidará sempre de Seus filhos.

III. Que Devo Fazer Para Ser Salvo (23-32)

1. O carcereiro prostrou-se aos pés de Paulo e Silas.

a. Reconheceu-os como mensageiros do Céu, como ministros de Deus.

b. Reconheceu que foi Deus quem operou aqueles milagres, por amor de
Seus servos.

2. Paulo havia salvo aquele homem desesperado do suicídio.

3. “Que devo fazer para ser salvo?”

a. É a grande pergunta de cada coração através dos tempos.

b. O carcereiro sabia que Paulo tinha uma resposta de Deus para ele.

49
25 Sermões Expositivos

c. Somente Deus tem uma resposta para você e para mim.

4. Qual foi a resposta de Paulo?

“Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa.”

a. João 11: 25 -- Aquele que crê em Cristo, mesmo que esteja morto,
viverá.

b. Marcos 9: 23 -- Ao que crê, tudo é possível.

c. João 7: 38 -- “Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu


interior fluirão rios de água viva.”

5. Em seguida, Paulo e Silas explicaram-lhe a Palavra do Senhor.

a. O ato de crer em Deus cresce com o estudo da Bíblia.

b. Mesmo à meia-noite ou de madrugada, esses servos de Deus não


deixaram de ensinar a verdade, os caminhos de Deus, de fazer brilhar a luz
celestial.

6. O carcereiro e sua família compreenderam seu dever e amor para com


Deus. Para sua salvação decidiram batizar-se.

7. O avançado da noite não foi obstáculo para descer às águas da salvação.

a. Marcos 16:16 -- Quem crer e for batizado, será salvo.

b. A salvação dessa família teve lugar às altas horas da noite.

50
A Conversão do Carcereiro

Aplicação

8. Eis aqui os passos básicos de nossa salvação:

a. Crer, ter fé em Cristo.

b. Instrução da Palavra de Deus.

c. Batismo.

d. Santificação, crescimento cristão.

9. Está você já nesse caminho?

a. Sim, se já crê em Cristo, se já O ama.

b. Sim, se já O está conhecendo cada dia mais, mediante o estudo de


Sua Palavra, a fé e a oração.

c. Apenas lhe falta selar um pacto com Cristo e aceitá-Lo como seu
Senhor e Dono de sua vida.

Decida-se hoje para sua plena felicidade.

IV - A Cortesia e a Bondade do Carcereiro (33 e 34)

1. Anônimo: “Se nosso cristianismo não nos faz bondosos, não é


cristianismo o que professamos.”

2. O carcereiro, que no início mostrou-se hostil com os apóstolos,


colocando-os na cela mais profunda e imobilizando-os no cepo, depois tornou-
se muito amável e cortês.

51
25 Sermões Expositivos

3. Lavou-lhes as feridas e aplicou-lhes curativos.

4. Ofereceu-lhes alimentos e o calor de sua hospitalidade.

5. O fato de crer e sua conversão transformaram-no num verdadeiro filho de


Deus.

6. II Pedro 1: 5 a 10 -- Fazendo assim você jamais cairá.

7. Mateus 7: 12 -- Tudo o que você quiser que os homens lhe façam, faça
também a eles.

Aplicação

8. Você e eu, como cristãos, não podemos viver sem produzir frutos de
salvação.

Citação

“O cristianismo torna as pessoas bem-educadas. Cristo era cortês, mesmo


com os Seus perseguidores; e os Seus verdadeiros seguidores devem manifestar
o mesmo espírito.” LA, 425.

V - Conclusão

1. Resumo

Temos um Deus poderoso para nos proporcionar bons e nos socorrer nos
maus momentos, mesmo nas “trevas da meia-noite”.

2. Apelo

52
A Conversão do Carcereiro

Em qualquer tempo ou circunstância, a vida pode ser de paz e felicidade


em Cristo. Somente temos de obedecê-Lo e viver com Ele.

V- Chamado

1. Persuasão

Se você já sentiu a Deus próximo, uma ou mais vezes, protegendo-o,


guiando-o e salvando-o, por que retardar a entrega e a conversão a Ele?

O segredo é: “Crê em Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.:

2. Convite

Eu sei que há aqui mais de uma pessoa que, nesta oportunidade, deseja
agradecer a Deus por Sua proteção e preparar-se para o santo batismo. Que elas
se acheguem aqui à frente. Vamos orar em sinal de consagração.

Amém.

53
Sermão Nº. 5

A CONVERSÃO
DE NICODEMOS
Dados Prévios

1. Idéia Homilética Explicar em que consiste a conversão


e o novo nascimento, e quais devem
ser seus frutos.

2. Propósito Específico Que cada ouvinte decida experimentar


diariamente o novo nascimento, a
conversão, por obra do Espírito Santo.
Que os novos crentes decidam batizar-
se como testemunho da transformação
espiritual.

3. Tema A conversão.

55
A CONVERSÃO
DE NICODEMOS
I. Introdução

1. Saudações

2. Motivação

Ter passaporte, visto do consulado e dinheiro são, pelo menos, três


elementos indispensáveis para se viajar a outro país.

O passaporte e o visto são como a carta de apresentação do viajante.

Qual será a carta de apresentação pessoal do viajante à pátria celestial?


O novo nascimento, a conversão a Cristo.

3. Proposta

Vamos estudar o que significa o nascimento espiritual e quais os seus


frutos.

4. Texto-base

João 3: 1 a 10.

57
25 Sermões Expositivos

II - Visita Noturna

1. Quem era Nicodemos?

a. O nome Nicodemos significa “Vencedor do Povo”.

b. Fariseu: filiação religiosa e política.

1. Apegado à lei mosaica.

2. Nicodemos buscava a salvação pelas obras.

c. Principal: um dos 70 membros do Sinédrio Judaico.

1. Pertencia ao conselho governamental da nação.

2. Era uma autoridade influente do alto escalão.

3. Destacado entre os fariseus.

d. Era um homem rico.

e. Erudito, conhecedor das Escrituras, mestre em Israel.

f. Homem adulto, maduro.

g. Insatisfeito com sua teologia, sentia um vazio espiritual em si.

h. Alto dignitário, homem de leis, porém espiritualmente pobre.

2. Conhecia algo sobre Jesus? Sim.

58
A Conversão de Nicodemos

a. Havia presenciado alguns de Seus milagres.

b. Ouvira algumas de Suas pregações.

c. Presenciou a expulsão dos mercadores do átrio do templo.

d. Estava convencido de que Jesus procedia de Deus. (João 3: 2)

e. Reconheceu em Jesus um Mestre vindo do Céu. (João 3: 2)

3. Veio de noite a Jesus.

a. Conhecia o lugar de retiro de Jesus, o Jardim das Oliveiras.

b. Preferiu as horas quietas da noite para vir ter com Jesus.

c. Que razões teve para ir ver o Mestre nas horas escuras?

1. Medida de precaução, de segurança para si. Seus companheiros não


deveriam vê-lo.

2. Era o melhor momento, instantes de tranqüilidade para estudar a


lei.

3. Era muito cioso de sua reputação.

d. Um dia, Nicodemos venceu seus preconceitos. Sua sede espiritual


pôde mais que as barreiras sociais.

Aplicação

59
25 Sermões Expositivos

4. Há no mundo muitas pessoas que amam a Jesus, conhecem a Bíblia e a


verdade, porém tomam cuidado com o que seus amigos vão dizer, não
querendo expor-se ao ridículo perante eles.

5. Porém, um dia vencem todos os preconceitos e decidem ir a Jesus,


aprender da Bíblia e estabelecer uma relação com Deus.

Essa é a sua oportunidade de ouro, de salvação.

6. Um dia, essas pessoas tornam-se felizes, encontram a paz, realizam-se, e


um gozo supremo invade sua alma.

7. A alma humana é como um vaso oco, que só se enche com a verdade,


com Deus.

8. João 6: 35 -- “... O que vem a Mim , jamais terá fome; e o que crê em
Mim jamais terá sede.” (Ver também João 7: 37 e 38)

III - Tinha de Nascer de Novo (3 a 10).

1. Nicodemos iniciou o diálogo:

a. “Rabi”, Excelência – tratamento diplomático.

b. Exaltou a Cristo como mestre da lei, da justiça e da verdade.

c. Aí tentou uma discussão de segunda ou terceira importância.

2. Jesus não enveredou pela linha de Nicodemos.

a. Foi diretamente ao ponto vital.

60
A Conversão de Nicodemos

b. Trouxe o rumo da conversa para a necessidade real de Nicodemos: sua


salvação.

3. “Se você quiser entrar ou ver o reino de Deus, precisa nascer de novo.”

a. Não se tratava de um nascimento natural, físico.

b. O cerne da questão era uma experiência espiritual, interna.

c. Essa fato se evidencia no “nascimento pela água”.

4. Nascimento espiritual, conversão, por obra do Espírito Santo.

a. Significava arrependimento de uma vida de pecado.


b. Abandono ou rompimento com essa vida.
c. Seguir a Jesus, ser Seu discípulo.
d. Fazer as obras de Jesus, com fé e amor.
e. Mudança interna total.
f. Receber a Cristo no coração, na alma.
g. Tomar a Jesus como modelo de vida, de filosofia, de atitudes.
h. Amar Sua Igreja, atuar nela.
i. Amar Sua segunda vinda e preparar-se para esse evento glorioso.

5. II Coríntios 5: 17; Gálatas 6: 15.

6. Nascimento da água: o batismo significa:

61
25 Sermões Expositivos

a. Ser submerso na água como testemunho externo e objetivo da entrega


a Cristo.
b. Selamento do pacto de propriedade e discipulado do Senhor.
c. Sinal do início de uma nova vida com Cristo.
d. Marcos 16: 16. Crer, batizar-se, salvar-se.
7. “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabe donde vem nem
para onde vai...”

a. A obra transformadora do Espirito Santo é progressiva, quase


insensível, porém real.
1. É efetivo, milagre.
2. Exemplos: Paulo, carcereiro, etíope, centurião, etc.
b. Qual é a chave? Desejá-Lo, entregar-se a Cristo. Orar pedindo a
Cristo.
8. Como isso pode acontecer?

a. O problema de Nicodemos era que necessitava de um novo


nascimento. Porém, não sabia como fazê-lo

b. Deus tem a solução para cada caso espiritual. É obra do Espírito, é


obra da graça, do amor de Deus.

c. Gálatas 5: 22-25. Os frutos do Espírito Santo.

Aplicação

9. Você e eu necessitamos desse nascimento cada dia.

a. Cada dia devemos tomar a Jesus como nosso Senhor, guia, líder e
amigo.

62
A Conversão de Nicodemos

b. Paulo disse “cada dia morro” (I Coríntios 15:31).

10. Peçamos a Deus a transformação total de nosso ser, o batismo espiritual,


cada dia.

IV. Evidências da Conversão de Nicodemos (João 7:45-52;19:38-42)

1. Será que Nicodemos converteu-se a Cristo? Como o sabemos?

2. Defendeu a Jesus e Sua causa perante o Sinédrio Judaico?


(João 7: 45-52)

a. Atuou com justiça frente à intransigência do Sinédrio, apesar de ser


um deles.
b. “Julga, acaso, nossa lei a um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o
que fez?”
c. Estava convencido da verdade. Estava confessando implicitamente a
Cristo.
d. O Espírito Santo estava atuando em seu coração.

3. Finalmente esse homem identificou-se com Cristo e sua causa. (João


19:38-42)

a. Acompanhou José de Arimatéia para conseguir permissão do governo e


sepultar a seu Mestre.

b. Retirou Jesus da cruz.

c. Aplicou bálsamos ao corpo inanimado de Jesus. Ofereceu a seu Mestre


100 libras de aloés e mirra.”

63
25 Sermões Expositivos

d. Sepultou amorosamente a seu Senhor.

e. Havia-se convertido a Cristo.

f. Tenha fé na ressurreição.

4.Citação

“ Nicodemos ocultou a verdade no coração, e por três anos pouco foi,


aparentemente, o fruto.
“ Durante algum tempo, Nicodemos não reconheceu publicamente a
Cristo, mas observava-Lhe a vida e ponderava-Lhe os ensinos. Repetidamente,
no concílio do sinédrio, frustrou os planos dos sacerdotes para O destruir... A
luz daquela secreta entrevista iluminou a cruz do Calvário, e Nicodemos viu em
Jesus o Redentor do mundo”. DTN, 157.

5. Dedicou todos seus recursos na causa.

Citação

“Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos foram dispersos pela


perseguição, Nicodemos tomou ousadamente a dianteira. Empregou sua fortuna
na manutenção da igreja infante, que os judeus haviam esperado fosse extirpada
com a morte de Cristo. No tempo de perigo aquele que tão cauteloso e duvidoso
fora, mostrou-se firme como a rocha, animando a fé dos discípulos, e
fornecendo meios para levar avante a obra do evangelho.” DTN, 157

Aplicação

6. Sim. Nicodemos havia nascido de novo.

64
A Conversão de Nicodemos

7. O mesmo pode ocorrer com você, comigo e com todos nós.

8. Por que esperar até o último momento para entregar-se a Cristo e fazer Suas
obras? Decidamos fazê-lo agora!

V. Conclusão

1. Resumo

Peça a Cristo um novo nascimento. Seja corajoso e entregue-se a Ele.

2. Apelo

O pregador deve utilizar uma experiência que conheça.

VI. Chamado

1. Persuasão

Quero nascer de novo cada dia. Desejo ver pessoalmente o reino de Deus.

2. Convite
a. Há alguém aqui que pensa da mesma forma? Que sente que o Espirito
Santo o está tranformando e deseja entregar-se a Cristo e ser batizado?

b. O batismo será no próximo sábado.


Amém.

65
Sermão N.º 6

O JOVEM QUE SE PERDEU


Dados Prévios
1. Idéia Homilética: Ensinar quais os passos que se deve
seguir para não perder a vida eterna.

2. Propósito Específico: Que cada ouvinte decida corrigir o


caminho errado e fazer as obras da
salvação.

3.Tema: A salvação.

67
O JOVEM QUE SE PERDEU
I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

O japonêsYoshiaki Tsutsumi, de 53 anos de idade, esbelto, ativo,


presidente do grupo empresarial Seibu, é o homem mais rico do mundo.

O grupo Seibu conta com 27 campos de golfe, pistas de esqui, 56 hotéis,


várias linhas ferroviárias e um dos principais estádios japoneses de beisebol. As
terras de Tsutsumi, segundo cálculos extra-oficiais, somam aproximadamente
150km²; o que equivale à quarta parte da cidade de Tóquio.

Yoshiaki Tsutsumi, apesar de ser dono de uma fortuna considerada em mais


de 21.000.000 de dólares, não permite a dispersão de recursos em suas
empresas. Leva uma vida metódica e disciplinada. Seus amigos mais íntimos
dizem que sua grande riqueza se deve em grande parte às sábias decisões que
toma.

Sim, a vida está repleta de decisões. Sempre estamos decidindo para nosso
bem ou mal.

Algumas vezes acertamos e outras erramos. Muitas decisões levam-nos à


ruína; outras. à salvação.

A melhor decisão que podemos fazer na vida é a de ser cristão ou


consagrado a Cristo.

69
25 Sermões Expositivos

3. Proposição

Nesta manhã estudaremos acerca dos passos para a salvação, através da


experiência de alguém que poderia, mas não chegou a ser salvo.

4. Texto-base:
Marcos 10: 17-23

II. Veio a Jesus (17-18)

1. Prostrou-se perante Ele.

2. Reconheceu-O como Salvador, Mestre vindo de Deus.

3. Queria e buscava a salvação.

4. “O que devo fazer para ser salvo?”

a. A mesma pergunta do carcereiro, e da multidão no Pentecostes.


b. A sua e a minha pergunta é: “O que devo fazer para não me perder?”
5. Jesus o amou, Ele o compreendeu, quis salvá-lo, deu-lhe uma acolhedora
recepção.

6. João 6:37: “...o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora.”

7. João 6:35 “...o que vem a Mim, jamais terá fome; e o que crê em Mim,
jamais terá sede.”

8. Se você recebe a Jesus, Ele jamais o desprezará, mesmo que esteja errado
ou em pecado.

70
O Jovem que se Perdeu

9. Hebreus 4:16. Acheguemo-nos confiadamente a Cristo.

III. Jesus mostra-lhe o caminho (19-21)

1. Fez-lhe compreender o seu legalismo: “Sabes os mandamentos?”

2. Buscava a salvação por seus méritos, a justificação por obras. Esse era um de
seus problemas.

3. “Tudo isto tenho observado desde minha juventude”. Sim, por obrigação,
como uma carga!

4. “Uma coisa te falta”: desfazer-se das riquezas materiais e de seus méritos.

5. Seu segundo problema consistia na idolatria das coisas materiais, de suas


posses.

6. Sua verdadeira confiança e segurança estavam nos bens materiais e não em


Cristo. Por isso sentia-se vazio, insatisfeito, sem fundamento na vida.

7. Jesus queria ensinar-lhe a depender de Deus, de seu Salvador.

“Vende tudo, dá-o aos pobres e segue-Me e terás tesouro no céu.”

8. Jesus queria que ele deixasse a justificação pelas obras e buscasse a


justificação pela fé.

9. Jesus traçou-lhe o verdadeiro caminho da paz, da autêntica felicidade.

Aplicação

71
25 Sermões Expositivos

10. Se você busca a verdade, quer dizer, a Cristo, não se decepcionará; irá
encontrá-la.

11. Mas isso não basta. Deves segui-la, amá-la, vivê-la.

IV. Retirou-se Triste, Perdeu-se (22-23)

1. Este é um dos textos mais lamentáveis da Bíblia. “Retirou-se... perdeu-se”.

2. Tinha muitas posses:

a. Propriedades
b. Riquezas
c. Amigos
d. Compromissos
e. Relações sociais, comerciais e outras.
3. Afligido, desiludido, sem Cristo, perdido, desapareceu. Assim acabou essa
história.

4. Teve sua oportunidade, Cristo o amou, mas ele se decidiu.

5. Prov.14:12: “ Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em


caminhos de morte.”

6. A salvação e a vida eterna dependem de nossa decisão em favor da verdade,


da fé, da obediência, do amor de Cristo.

7. Mateus 13:44: Vendeu tudo para comprar aquele campo – a salvação.

Aplicação

72
O Jovem que se Perdeu

8. Deus não nos força, nem violenta a nossa vontade se não nos decidirmos.

9. Ele nos deixa ao livre arbítrio pessoal, ao nosso critério, ao nosso raciocínio.
Nunca nos impõe nada, nem nos coage.

10. Por isso podemos dizer como Paulo: “Eu sei em quem tenho crido”.

11. Deus nos ajuda a decidir para alcançar a vida eterna.

a. Se você a buscar e desejar, te-la-á em Cristo.


b.Aceitá-Lo, amá-Lo, servi-Lo. Será feliz para sempre

V. Conclusão

1. Resumo

O jovem rico, amado por Jesus, perdeu-se porque pesou mais em sua
decisão o amor às coisas passageiras, ao terreno.

2. Apelo

Escolha hoje a vida!

Deut. 30:19 – Deus hoje lhe diz: “ Escolha hoje a vida para você e sua
descendência.”

VI. Chamado

1. Persuasão

73
25 Sermões Expositivos

Assim como muitos personagens bíblicos se perderam, há também


muitos outros que se salvaram. Exemplos: Josué, José, João, Pedro, Daniel,
Ester, Noemi e Débora.

2. Convite

Eu o convido em nome do doce Rabi da Galiléia a seguir ao Mestre. Ele o


ama, contempla e oferece-lhe a vida eterna.
Há alguém que deseja, junto comigo, escolher a vida eterna a partir deste
momento?
Amém.

74
Sermão Nº. 7

A CONVERSÃO
DE UM PERSEGUIDOR
Dados Prévios
1. Idéia Homilética Mostrar que os perseguidores da
igreja são inimigos de Cristo, mas
podem ser alcançados por Sua graça.

2. Propósito Específico: Conseguir que todo aquele que for


incrédulo, opositor, inimigo ou perse-
guidor da igreja e da verdade, decida
entregar-se a Cristo.

3. Tema: A conversão.

75
A conversão
de um perseguidor
I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Miguel Angel Urbina Hernándes, um caçador que vivia em Yoro,


Honduras, foi morto por seu próprio cachorro em 20 de setembro de 1987, com
um disparo de escopeta.
Esse fato sem precedentes na história, sucedeu de forma acidental quando
Miguel Angel, ao retornar ao lugar onde deixara sua escopeta calibre 12, bem
na porta de sua casa. O cachorro deu um salto, pressionando o gatilho e a arma
disparou. A bala foi alojar-se em seu abdômen e provocou sua morte meia hora
depois. “Cachorro assassino matou seu próprio dono”, assim os jornais
anunciaram esse acidente incomum.
Saulo de Tarso um dia também estava a ponto de matar seu próprio Dono. Ia
pelo caminho perseguindo. Porém o Senhor o deteve, e o transformou e
converteu em um de seus mais ardentes discípulos.
Você já leu a história da mais espetacular conversão a Cristo? Sucedeu numa
zona deserta, enquanto o Sol estava em seu zênite.
Nessa ocasião, Jesus conquistou um de seus mais terríveis perseguidores.

77
25 Sermões Expositivos

3. Proposição
Estudemos como Deus transforma um inimigo em fervoroso discípulo.
4.Texto-base

Hebreus 9:1-22.

II. Um Perseguidor Encontra a Cristo (1-9)

1. Quem era Saulo de Tarso?

a. Judeu de raça, romano de nacionalidade.


b. Fariseu de religião.
c. Membro de Sinédrio.
d. Inimigo da igreja, de Cristo e da verdade.
e. Estava presente no apedrejamento de Estevão.
f. Respirava ameaças, ódio contra os discípulos de Cristo.

3. Entre Jerusalém e Damasco havia 230km, o que exigia vários dias de


viagem. Indo-se a pé de uma cidade a outra, levava-se uma semana,
aproximadamente.

4. Saulo estava indo para Damasco com alguns companheiros de viagem, sem
nenhum soldado de escolta, nem guarda especial.

5. Tenha muita ânsia de capturar os seguidores de Jesus em Damasco.

6. De repente, na metade do último dia de viagem, em plena luz solar, o Senhor


lhe deu uma visão.

78
A Conversão de um Perseguidor

a. Uma luz muito intensa o cega e o atira ao solo. Era Cristo. (1 Cor. 15:8)
b. Uma voz celestial reprova sua atividade equivocada: “ Saulo, Saulo, por
que Me persegues?”
c. Perseguir a igreja e os crentes é perseguir ao próprio Cristo (Zac.2:8).
7. Subitamente a consciência de Paulo é iluminada por Cristo.
Saulo está em frente a Jesus de Nazaré. “Quem é Senhor?” Chamou-O
“Senhor” porque reconheceu a presença da Divindade.

8. A resposta divina foi: “Eu sou Jesus a quem tu persegues.”

a. O Grande “ Eu Sou” do Antigo Testamento é Jesus.


b. Saulo resistira até ali aos apelos divinos do Espírito Santo.

9. Tremendo e temendo perguntou a Jesus: “O que devo fazer, Senhor?”


Saulo estava rendido a Cristo.

10. “Levanta-te, entra na cidade e te dirão o que deves fazer.”

Jesus podia orientá-lo pessoalmente, porém, deixou que Sua igreja tomasse
parte ativa na salvação das pessoas (por exemplo: Ananias).

11. Seus acompanhantes de viagem ouviram a voz, mas não viram nada nem
ninguém. A visão teve como alvo a Saulo.

12. Quão diferente foi a chegada de Paulo a Damasco; quão diversa da que
estava planejada! Havia encontrado a Cristo. Jesus mudou a situação.

13. Cristo transformou totalmente a Saulo às portas de Damasco.

Aplicação

79
25 Sermões Expositivos

14. Se você encontra com Jesus, algo muda. Nada pode prosseguir da mesma
forma depois de Cristo.

Se será melhor ou pior, depende de você.

15. Você e eu necessitamos desse encontro com Cristo a cada dia.


16. Em algum momento, todos necessitamos ter nosso “Damasco”. Peçamo-lo
a Deus!

III. Entrega Total e Batismo (10-19)

1. O que sucedeu em Damasco?

a. Saulo chegou humilhado.


b. Cego, guiado por amigos.
c. Não sabia exatamente o que o esperava, que juízo adicional teria que
enfrentar.
d. Chegou disposto a obedecer a Deus.

2. Três dias de agonia, de análise e arrependimento.

a. Jejum total.

b. Oração e exame.

c. Humilhação de espírito.

d. Estudo das Escrituras, das profecias messiânicas.

80
A Conversão de um Perseguidor

e. Teve nova visão divina. O Senhor mostrou-lhe a obra de um leigo em seu


favor, a de Ananias.
3. Ananias foi um instrumento de Deus para ajudar a Saulo:

a. A imposição das mãos.


b. Caíram-lhe como escamas de seus olhos.
c. Recobrou a visão, a visibilidade.
d. Foi cheio do Espírito Santo.

4. Saulo entregou-se a Cristo e assim tornou-se Paulo.

5. Foi batizado por Ananias, possivelmente no rio Baradá, que atravessava


Damasco.

6. Cristo disse de Paulo: “Instrumento escolhido é este”.

7. Sim. Cristo o transformou de perseguidor em um ardente discípulo Seu.

Aplicação

8. Nossa entrega a Cristo deve ser como a de Paulo  total, completa.

9. Cristo pode fazer de você e de mim seus mais fervorosos discípulos,


assim como fez com Paulo.

VI. Um Pregador Extraordinário ( 19-22)

1. Heb. 9:15. A grandeza da missão de Paulo, apóstolo de Jesus:

81
25 Sermões Expositivos

a. Apóstolo para os gentios.

b. Para os reis, enquanto investidos de autoridade

c. Para os judeus, a “casa de Israel.”

2. Padeceria muito, porém Cristo sempre estaria com ele. (Gál 2 :20;
Fil.1:21)

3. Qual foi o tema de sua mensagem? Precisamente o que tanto combateu e


odiou com todas as suas forças:

a. Cristo.

b. O Filho de Deus.

c. O Messias, o Salvador

d. I Tim. 3:16.

4. Onde começou? Em Damasco, passando depois para Jerusalém e o resto


do mundo próximo.

5. Paulo exerceu um dos mais brilhantes ministérios para Cristo:

a. O maior pregador depois de Cristo.

b. Autor de mais da metade dos livros do Novo Testamento (14 dos 27


livros).

c. Testificou diante dos réus presos e multidões

82
A Conversão de um Perseguidor

6. 1 Cor. 9:16 “Ai de mim se não anunciar o evangelho...”

Aplicação

7. Peçamos a Deus que nos faça pregadores como Paulo. Consagrados, fiéis
e poderosos.

8. Ganhemos mais almas, edifiquemos mais igrejas e preguemos mais de


Cristo.

VI. Conclusão

1. Resumo

Se você era incrédulo, inimigo da verdade e de Cristo, lembre-se de


Paulo. Deus pode alcançá-lo, transformá-lo e salvá-lo.

2. Apelo

a. Não prossiga mais resistindo ao “aguilhão” celestial.

b. Não prossiga sofrendo solidão, sem Jesus

c. Peça a Cristo sua graça e seu perdão.

VI. Chamado

1. Persuasão

Quero agradecer a Deus porque um dia me chamou e eu respondi.

83
25 Sermões Expositivos

2. Convite

Há alguém mais que quer decidir-se agora?

Há alguém mais que tenha tomado a decisão de batizar-se?

Amém.

84
Sermão Nº. 8

O Batismo de Jesus
Dados prévios
1. Idéia Homilética: Demonstrar que cada crente deve
seguir o exemplo de Jesus em sua
decisão de batizar-se.

2. Propósito Específico: Que cada novo crente decida batizar-


se, confirmar sua decisão mediante o
ato batismal.

3. Tema: O batismo.

85
O Batismo de Jesus
I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação
Creio que admiramos os grandes homens da humanidade. Muitas vezes
queremos imitar seus serviços, proezas e êxitos, contudo, isso nem sempre é
possível

Homens como Sócrates, Platão, Darwin, Kennedy, Pelé e Maradona nos


deslumbram; porém quantas vezes nos sentimos frustrados a seu respeito.

Não acontece assim com Cristo, o Filho de Deus, O Filho do Homem.

Todo aquele que segue a Cristo jamais se arrependerá.

3. Proposição

Nesta ocasião estudaremos como seguir o exemplo de Jesus no santo


batismo.

4.Texto- Base:

Mateus 3: 13-17.

87
25 Sermões Expositivos

II. Veio Para Ser Batizado (13 e 14)

1. Veio desde a Galiléia até João, ao rio Jordão, especialmente para ser
batizado.

a. À pessoa indicada.

b. Ao lugar revelado por Deus.

2. Veio voluntariamente, por decisão pessoal, sem pressões, nem a favor


nem contra.

3. Ninguém podia impedi-lo, nem João.

4. Mat.3:14. “João se opunha...”

5. Ninguém pode obrigar, tampouco impedir a conversão, a salvação do ser


humano, a vida eterna. A decisão é pessoal.

Aplicação

6. Se você está sentindo no coração a atração do amor divino, batiza-se


asem hesitações.

7. Vá hoje às águas batismais como Jesus foi ao Jordão.

8. Ninguém pode impedi-lo. Deus o está chamando agora.

88
O Batismo de Jesus

III. Assim Convém Cumprir Toda a Justiça (15)

1. Necessitava Jesus se batizar? Não!

2. Porém para chegar em todo nosso Salvador e nosso exemplo assim o fez.
(João. 13:15)

3. “Deixa, assim convém cumprir toda a justiça”.

4. Cristo foi exemplo de:

a. Humildade (Fil. 2:6,7.)

b. Obediência (Fil. 2:8.)

c. Como batizar-se? Por submersão ou imersão, que simboliza sepultura.

d. Confiança e entrega pela fé.

5. Depois Jesus estabeleceu a pauta do pacto com Cristo. (Mr. 16:16)

Aplicação

6. Graças a Deus milhões e milhões de pessoa seguiram o exemplo de


Cristo.

7. Paulo, o centurião, o carcereiro, o etíope e muitos outros, quando hoje, em


nossos dias.

8. Só falta você. Hoje toca a ti.

89
25 Sermões Expositivos

9. Vem assim como veio Jesus ao Jordão. Segue o exemplo de teu Senhor.

VI. A Aprovação do Pai Celestial (16 e17)

1. Por ocasião de Seu batismo, Jesus orou, consagrou-Se ao Pai.

2. “Os céus lhe foram abertos.” O Senhor aprovou Seu batismo.

3. Desceu o Espírito Santo sobre Ele. A Trindade estava presente.

4. “Este é Meu filho amado, e ele tem complacência.”

5. O batismo, a consagração e a entrega a Cristo agradam a Deus e nos


fazem verdadeiramente felizes.

Aplicação

6. Deus também aprovará nesta oportunidade o batismo que vamos realizar.

7. Luc. 15:7. Haverá festa no céu.

8. Todos os que nós batizamos em Cristo somos selados com seu Espírito
Santo. (Ef. 4:30).

V. Conclusão

1. Resumo

Jesus nos deu exemplo. Veio a João, no Jordão, foi batizado e teve
alegria celeste..

2. Apelo

90
O Batismo de Jesus

Sigamos o exemplo de Cristo.

VI. Chamado

1. Persuasão

a. Ninguém pode impedir a salvação que Cristo hoje está oferecendo a


você.

b. O Senhor lhe diz: “Venha bendito de Meu Pai.”

2. Decisão

Há alguém que todavia ainda não se decidiu, e neste momento está


tendo uma luta íntima com Cristo em seu coração para batizar-se?

Venha. O convite é de Cristo e não de um mero homem. Venha assim


como Jesus foi às águas do santo batismo.

Amém

91
Segunda Série

PROMESSAS
DIVINAS PARA
HOJE

“... Nos deu grandes e preciosas promessas, para que por elas
chegásseis a ser participantes da natureza divina, havendo
fugido da corrupção que há no mundo por causa da
concupiscência.” II Pedro 1:4.

93
Sermão Nº. 1

“Virei Outra Vez”


Dados prévios
1. Idéia Homilética: Ensinar que a segunda vinda de Cristo
é segura e iminente.

2. Propósito Específico: Persuadir cada ouvinte a tomar a


decisão de amar mais a Jesus e a
preparar-se todos os dias para Sua
vinda.

3. Tema: A segunda vinda de Cristo

95
25 Sermões Expositivos

“Virei Outra Vez”


I. Introdução

1. Saudação.

2. Motivação.

Não se preocupe, mamãe, uma vez que haja cumprido meu tempo de
serviço à pátria, voltarei a casa. Eu prometo!.

Enquanto Alfonso caminhava até a escada do avião militar que o


levaria à cidade de Iquitos, para engajar-se no serviço militar obrigatório, sua
mãe ficou imóvel ali na pista do aeroporto, murmurando com seus lábios e
coração uma prece ao Todo-Poderoso em favor de seu filho.

“Não se preocupes, mãezinha,... voltarei, prometo... prometo!” Essas


palavras animariam a fé e a esperança dessa amorosa mãe, enquanto seu filho
estivesse longe do lar.

Passou-se o tempo e num calorento dia de agosto, Alfonso voltou ao lar.


Havia cumprido sua promessa!

Jesus também voltará logo. Essa é a grande e milenar promessa, a


promessa dos séculos, que dentro de pouco tempo se cumprirá.

3. Proposição.

96
“Virei Outra Vez”

Hoje teremos o privilégio de estudar uma das mais preciosas promessas


de Jesus, a Seus filhos de todas as eras  a segunda vinda.

4. Texto-base:

João. 14:1-3.

I. “Na Casa de Meu Pai há Muitas Moradas (14:1 e 2)

1. Esse discurso foi pronunciado por Cristo no cenáculo, depois da ceia


pascoal e antes dEle se encaminhar ao Getsêmani.

2. “Não se turbe o vosso coração...”


a. Jesus havia falado de Sua morte e pronta partida, da iminente separa-
ção de Seus discípulos.

b. Havia razão suficiente para a tristeza dos amados apóstolos. Eles


estavam desacoroçoados.

c. Um amigo íntimo, seu Mestre, seu Senhor, os deixaria em breve.

3. “Credes em Deus, crede também em Mim...”.


a. “Assim como vocês crêem no Pai, creiam também em Mim, em
Minha palavra e em Minha promessa...”

b. “Não duvidem, em absoluto!”

4. “Na casa de Meu Pai....”

97
25 Sermões Expositivos

a. Casa, em sentido figurado, quer dizer Céu.

b. Onde Deus mora, onde Ele está.

c. Casa equivale a lar celestial, à Nova Jerusalém.

5. “Há muitas moradas...”

a. Em grego Mose) significa morada, lugar.

b. No Céu há lugar para todos os redimidos.

c. II Ped. 3:9. “Deus não quer que ninguém pereça...”

6. “Se assim fosse Eu vo-lo teria dito...”

a. Jesus sempre foi honesto com Seus discípulos.

b. Jamais ocultou a cruz, a perseguição, o sofrimento.

c. Ninguém pode dizer que foi logrado para converter-se.

d. Cristo também nunca ocultou a glória, a recompensa, a vida eterna.

7. “Vou preparar lugar para vós outros...”

a. A função de Cristo hoje é preparar-nos um lugar, passando pelo Juízo


Investigativo, pela intercessão e proteção diária.

98
“Virei Outra Vez”

b. Jesus é nosso precursor. Foi adiante de nós ao Céu. Sigamo-Lo


diariamente. Ele é nosso guia.

8. Essas maravilhosas verdades deveriam os discípulos crer e viver, embora


não as entendessem plenamente.

9. Há momentos críticos na vida quando devemos aprender a confiar em


algo, em alguém, apesar de não entendermos bem o que crer. Isso é fé.

10. Fé é avançar sem avistarmos o caminho, contanto que vislumbremos a


Cristo.
11. Romanos 8:32. “Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, antes O
entregou por todos nós, porventura não nos dará graciosamente com ele
todas as coisas?”

12. Atos 1:9-11. Chegou o dia de Sua partida e desde o Monte das Oliveiras
ascendeu ao céu. Assim como foi, voltará.

Aplicação

13. Aprendamos a crer cada dia na promessa de Cristo. Não nos turbemos,
confiemos em Deus.

14. Ajudemos os nossos amigos, irmãos e nosso próximo a confiar mais em


Cristo e na Sua segunda vinda.

III. Virei Outra Vez (14:3 p.p.)

1. “E se Eu for...” A tradução mais correta é: “Quando Eu for”, “Quando


estiver ali”.

99
25 Sermões Expositivos

2. “Vos prepararei um lugar...”

a. “Quando tudo estiver pronto, vocês irão também.”

b. Quando o Juízo Investigativo estiver concluído.

3. “Virei outra vez...”

a. Pela segunda vez, como Rei ,como Senhor.

b. Não como menino indefeso, pobre, humilde.

4. Como virá Jesus?

a. Pessoal e literalmente ——— Atos 1:11

b. Visivelmente ——— Apoc. 1:7

c. Audivelmente ——— Mat. 24:31

d. Gloriosamente ——— Lucas. 9:26

e. Repentinamente ——— I Tess. 5:2,3

f. Acontecimento universal ——— Daniel 2:34,35,44

g. Com todos os Seus anjos ——— Mat. 24:31

5. Será um rapto secreto? Não, absolutamente!

100
“Virei Outra Vez”

a. Repentinamente é muito diverso de arrebatamento secreto dos


redimidos

b. Em nenhuma parte da Bíblia encontramos qualquer evidência de


arrebatamento secreto com referência à vinda de Jesus.

6. Propósitos da vinda de Jesus.

a. Levar Seus redimidos para o Céu (I Tess. 4:13, 17)


b. Premiar a cada um segundo as suas obras (II Cor. 5:10).

7. Citação

“Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e


inumerável multidão, acompanham-No em Seu avanço. O firmamento parece
repleto de formas radiantes  milhares de milhares, milhões de milhões.
Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta
para conceber seu esplendor. Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos
os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora
desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa
fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano.”
CS, 646, 647.

Aplicação

8. O que devemos fazer diante dessa maravilhosa esperança?

a. Lucas. 12:37. Vigiar.

b. Mat. 24:13, 42-44. Perseverar.

101
25 Sermões Expositivos

9. Alegremo-nos Jesus vem por ti e por mim.

VI - Vocês Estarão Onde Eu estiver. (14:3 ú. p.)

1. “Vos levarei para Mim mesmo...”

a. “Vocês estarão onde Eu estiver.”

b. Estarão Comigo e viverão Comigo.

2. I Tess. 4:1. Seremos elevados às nuvens e assim “estaremos para sempre


com o Senhor”.

3. I Cor. 2:9. “Coisas que olho não viu nem ouvido ouviu, Deus preparou
para os que O amam.”

4. Que faremos no Céu?

a. Apoc. 20:4. Reinaremos com Cristo.

b. Revisaremos o juízo de Deus sobre os ímpios.

5. Citação

“... Nesse tempo os justos reinam como reis e sacerdotes de Deus... É nesse
tempo que, conforme foi predito por São Paulo , ‘os santos hão de julgar o
mundo’ (I Cor. 6:2) Em união com Cristo julgam os ímpios, comparando seus
atos com o código  a Escritura Sagrada , e decidindo cada caso segundo as
ações praticadas no corpo.” CS, 666.

102
“Virei Outra Vez”

Aplicação

6. Você e eu estaremos ali caminhando pelas calçadas de ouro e mar de


cristal. Se tão-somente perseverarmos, se tão-somente vencermos, lá
chegaremos.

7. Oh, quão gloriosa será a recompensa celestial que nos espera!

V. Conclusão

1. Resumo.

Citação

“ Uma das verdades mais solenes, e não obstante mais gloriosas,


reveladas na Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo para
completar a grande obra da redenção... A doutrina do segundo advento é
verdadeiramente a nota tônica das Sagradas Escrituras.” CS, 299.

2. Apelo
Como você considera seu estado de preparo espiritual para
encontrar-se com Cristo?

a. Excelente _______

b. Bom _______

c. Regular _______

103
25 Sermões Expositivos

d. Deficiente _______

e. Péssimo _______

VI. Chamado

1. Persuasão

Há alguém, neste momento, que sente o desejo de pedir a Cristo Sua


graça para preparar-se melhor?

2. Decisão

Quer vir até à plataforma, expressando assim sua decisão? Graças a


Deus! Oremos.

104
Sermão Nº. 2

Receberá
Cem Vezes Mais
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Ensinar que a entrega total a Cristo


tem recompensa divina na Terra e
no reino de Deus.

2. Propósito específico: Conseguir que cada ouvinte decida


deixar tudo para consagrar-se a
Cristo e encontrar a verdadeira
felicidade na vida presente e na
vindoura
3. Tema: Recompensa divina.

105
Receberá
Cem Vezes Mais
I. Introdução

1. Saudação.

2. Motivação.

“Mamãezinha, que tal a quantidade de presentes? Este é o meu natal


mais feliz!”

Todos os convidados haviam trazido presentes para Katty, uma linda


menina, a caçula dos cinco filhos da família Anderson. Os tios, os irmãos
maiores, inclusive algumas amiguinhas do bairro e sua professora da escola,
trouxeram lindos pacotes, feitos com papel brilhante e multicolorido.

Muito emocionada e feliz, no dia seguinte exclamou em sua


inocência: “Papai, ontem eu recebi mais de cem presentes!”

Cristo tem para você muitos tesouros, bem mais do que você
imagina, “coisas que o olho não viu, nem o ouvido ouviu”.

107
25 Sermões Expositivos

3. Proposição

Nesta oportunidade vamos a estudar como Deus recompensa a fé e a


entrega pessoal do crente.

4. Texto-base:

Mat.19:29.

II. Qualquer Que Tenha Deixado Tudo

1. A todo aquele que se achega a Cristo e deseja ser cristão, o Senhor


convida a deixar de lado tudo o que possa ocupa o lugar de Deus no
coração.

2. Às vezes temos de deixar bens materiais como casas e terras.

3. Outras vezes temos de abrir mão da fama, honras terrenas e riquezas


pessoais obtidas mediante custoso esforço.

4. Também há situações que nos levam a desligar-nos de certos laços


familiares, quando não é possível ser cristão e manter nossas relações
parentais.

5. Não se trata do abandono ou do esquecimento das responsabilidades


filiais ou conjugais, pelo fato de ser cristão. Mas Cristo e Seu serviço têm
de ser a suprema tarefa da vida, a verdadeira razão de ser.

108
Receberá Cem Vezes Mais

6. Mat. 10:37 e 38. A chave está na resposta a esta pergunta: A quem


amamos mais na vida?

7. Todas as lealdades devem render-se ante a realidade suprema, o amor


a Cristo.

8. Luc. 14:26 e 27. Se não dermos o primeiro lugar a Cristo em nossa


vida, não poderemos pretender ser Seus discípulos.

9. “Por causa de Meu nome.”, quer dizer pela Pessoa, pela doutrina, pela
vontade de Cristo.

10. Sem cruz não há coroa. Jesus primeiro ofereceu a cruz e depois a
coroa da vitória ao vencedor.

11. O “aborrecer” à própria vida, diz respeito àquele que não põe em
segundo lugar seus interesses particulares por amor a Cristo.

12. Ilustração

“Devemos extrair-lhe o rim esquerdo, para você continuar vivendo”,


disse o médico ao paciente. O doente replicou: “Não é possível encontrar
outra solução, doutor?”

“Não! Esta é a alternativa: o rim ou a vida.”

Aquele homem teve que ceder, ou “aborrecer” seu rim canceroso


para salvar sua vida.
Aplicação

109
25 Sermões Expositivos

13. Deseja você realmente “aborrecer” a tudo para seguir a Cristo? Oxalá
possa responder sim, a partir desta noite.

14. Aprendamos cada dia a entregar a Cristo nosso


coração, nossa vida.

III. Receberá Cem Vezes Mais Neste Mundo

1. De que maneira se recebe 100 vezes mais da parte de Deus? É válida


ainda essa promessa? Sim.

2. Cem vezes mais equivale a 10,000%.

3. A recompensa de que Cristo fala não é de caráter material. Sobretudo,


trata-se de uma recompensa espiritual, de ordem eclesiástica e de relação
com Deus.

4. Quando chegamos a ser cristãos, estamos entrando em um


relacionamento de verdadeira fraternidade humana e de intimidade com
Cristo.

5. O grau da felicidade que o cristão alcança em Jesus e em Sua igreja, é


muito maior do que a felicidade secular sem Cristo.

6. João 6:67-69. “Para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna.”


Os discípulos haviam começado a saborear, a gozar a amizade do Mestre.

7. Por que “com perseguições”?

110
Receberá Cem Vezes Mais

a. Jesus quis dizer que a vida cristã não é fácil. Muitas vezes, o
discipulado é pago com a vida, com sofrimento e sob terríveis
perseguições.

b. Entretanto, nossa atitude deve ser cautelosa, tratando de evitá-las e


não atraí-las propositadamente.

8. Jesus nunca apresentou o caminho ao Céu sem provações, mas o


anunciou como um desafio. Nas perseguições e angústias conhece-se
melhor a verdadeira piedade dos fiéis.

9. Resumo.

Cem vezes mais, como? Mediante:

a. Paz, perdão, gozo, cristianismo multiplicado.

b. Segurança da vida eterna.

c. Propósito elevado para a vida pessoal e familiar.

10. Paulo assim se expressou: “Nada tendo, mas possuindo tudo.” (2 Cor.
6 :10).
11. Ilustração

Receberam os discípulos cem vezes mais? Claro que sim.

a. João, o discípulo amado, disse: “Aquele que não ama não conhece
a Deus, porque Deus é amor.” ( I João 4:8)

111
25 Sermões Expositivos

b. João havia sido transformado de “filho do trovão” em um amoroso


filho de Deus.

c. Tomé, já transformado de incrédulo em um crente feliz, exclamou:


“Senhor meu e Deus meu” ( João20:28).

d. Paulo estimou todas as coisas terrestres como refugo em


comparação com a excelência e beleza do amor de Cristo. (Fil. 3: 7 e 8)
Aplicação

12. Se tivermos a Cristo, você e eu teremos tudo (Fil. 3: 21).

13. Vivamos felizes porque somos de Cristo.

14. A verdadeira vida cristã vale 10.000 vezes mais que a vida terrena
sem Deus.

IV. Receberá a vida eterna no século vindouro

1. Ninguém deseja morrer. Amamos a vida, apesar das dificuldades.

2. A recompensa de Deus para Seus fiéis não somente abrange esta vida,
mas também a celestial.

3. Além de 10.000% nesta vida, prometeu também a vida eterna, a vida


superior. Esse é o verdadeiro destino do homem.

4. 2 Cor. 4:17. Paulo a definiu assim: “Um mais excelente e eterno peso
de glória.”

112
Receberá Cem Vezes Mais

5. 2 Ped. 1:11. Pedro ensinou que cada um de nós receberá um reino


eterno.

6. 1 Cor. 2:9. “Nem os olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou no coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O
amam.”

7. No dia 2 de abril de 1988, a revista Somos, do diário O Comércio,


informou que um médico de Riverside, USA, ao examinar o certificado de
óbito de Dora Kent, de 84 anos, que por muito tempo sofrera de paralisia
cerebral, observou que estava devidamente preenchido. Porém, havia algo
incomum: o lugar de sepultamento era uma empresa de refrigeração.

Obtida a ordem judicial, o médico dirigiu-se ao local acompanhado


de dois policiais. No interior do edifício, encontrou uma série de células
frigoríficas destinadas a abrigar seres humanos. Umas delas estava ocupada
por um indivíduo falecido dois anos antes, que havia assinado uma série de
notas promissórias no valor de 170 milhões de dólares, com vencimentos
regulares até o ano 2015.

Aparentemente nada de estranho. O processo de criogenia, ou a prática


de conservação de cadáveres em células com tratamento especial e
destinadas a abrigar seres humanos à espera de futura ressurreição, não é de
ontem. Calculou-se que, em 1988, havia pelo menos 200 cadáveres
congelados em diferentes laboratórios norte-americanos, esperando o
avanço da ciência médica, para que dentro de 50 ou 100 anos, essa possa
curar as enfermidades que lhes causaram a morte.

Porém, o que o médico constatou foi muito mais surpreendente. Parecia


uma cena de filme de terror. Em uma única célula, bem alinhadas, havia

113
25 Sermões Expositivos

seis cabeças humanas separadas de seus corpos que haviam sido


incinerados. Entre elas, a de Dora Kent.

O diretor titular da Alcor Life Foundation, uma empresa para


prolongamento da vida humana, admitiu que os indivíduos decepados
esperavam que a ciência descobrisse no futuro uma maneira de colocar suas
cabeças sobre corpos novos e sãos.

Todos esperavam uma vida nova, superior.

Aplicação

8. O único que pode dar a vida eterna é Cristo.

9. Creia, confie nEle, ame-O, e você viverá feliz e eternamente.

V. Conclusão

1. Resumo

A bendita recompensa da glória de Jesus sobrepuja toda imaginação do


pensamento humano (Isaías 55: 8 e 9).

2. Apelo

Cristo entregou-Se completamente para tornar possível nossa salvação.


O que você Lhe dará em troca?

VI. Chamado

114
Receberá Cem Vezes Mais

1. Persuasão

Neste momento, quero entregar novamente tudo a Cristo, em gratidão e


louvor porque Ele me dá tudo, porque me dá a vida eterna.

2. Decisão

Sei que alguém mais aqui deseja entregar-se completamente a Deus.


Gostaria de convidá-lo, em nome de Cristo, a vir aqui adiante em sinal de
entrega feliz e gozosa a Cristo Jesus.

Amém, oremos.

115
Sermão Nº. 3

“ESTARÁS COMIGO
NO PARAÍSO”
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Ensinar que todo aquele que se


arrepende, confia em Cristo e
entrega o coração a Ele, será salvo.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte ligue-se


a Cristo com todo o coração e alma,
para sua salvação.

3. Tema: Como confiar em Cristo.

117
“ESTARÁS COMIGO
NO PARAÍSO”
I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Vida Eterna
Se a hora negra e sombria obscurece-te a vida,
Se a dor de teus fardos de amargura é pesante,
Não te detenhas, vai adiante, alma aguerrida.
Segue avante na densa noite ou no claro dia.
Porque tua jornada longa, penosa e fatigante,
Não é tão dura, irmão, quando Jesus te guia.

Não, não te detenhas, segue o teu caminho.


Quando correres, percebe que a teu lado,
Muitos desejam amor, atenção e carinho,
Que de Jesus Cristo, por ti, lhes é ofertado.

Segue o teu caminho e tua alma convence,


Pois não combates solitário na negra noite,
Ou à plena luz do Sol. A vitória te pertence.
Teu Mestre vela teu andar e teu pernoite
E todos os caminhos sobrepuja, vence

119
25 Sermões Expositivos

Segue, valente peregrino, os caminhos teus.


Busca a coroa eterna, que receberão,
Aqueles que seguem o Cordeiro de Deus,
Que em suas bocas têm louvor e gratidão
Ao Criador dos céus, Terra e mar.
Vai, vai, vai a vida eterna alcançar.

Sônia Cristina de Villanueva

Somente se contemplarmos a Cristo poderemos encontrar a salvação.

3. Proposição

Neste ensejo vamos estudar como Deus salva, mesmo que seja no
último momento da vida, a todo o que se apega e se entrega a Cristo pela fé.

4. Texto-base:

Lucas 23:39-43.

II. Reconheceu Sua Culpa (39-41a)

1. Um dos malfeitores reconheceu a Jesus.

a. “Não é tu o Messias? Então, salva-Te e salva-nos.”

b. Sua lógica humana era correta, embora estivesse teologicamente


equivocado.

120
“Estarás Comigo no Paraíso”

2. O outro ladrão agiu diferentemente. Repreendeu ao primeiro.

“Nem ao menos temes a Deus estando sob a mesma condenação.”

a. “Nem sequer estando no final de tua vida te arrependes?”

b. “Nem estando sob a mesma agonia, temes a Deus?”

c. “Acaso não tens compaixão de outro que, como tu, está condenado
a morrer nesta situação?”

3. O segundo ladrão reconheceu seu pecado.

a. “Nós na verdade justamente padecemos”.

b. “Recebemos o que mereciam nossos atos”.

c. Aceitou o sofrimento como justa retribuição por seus crimes.

d. Arrependeu-se.

4. O primeiro passo no caminho da salvação é o reconhecimento de


nossos erros e pecados e o arrependimento.

5. Citação

121
25 Sermões Expositivos

“Quando virdes vossa pecaminosidade, não espereis até que vos


tenhais melhorado. Quantos há que julgam não ser suficientemente bons
para ir a Cristo!... Não devemos esperar persuasões mais fortes, melhores
oportunidades ou um temperamento mais santo. De nós mesmos nada
podemos fazer. Temos de ir a Cristo exatamente como nos achamos”. CC,
31.

6. Malaquias 3:7...“Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós


outros...”.

Aplicação

7. Alcançarão perdão somente aqueles que dão o corajoso passo do


reconhecimento de sua real condição, tal como Deus a vê, e busquem a
Cristo com verdadeira humildade.

8. Você já se arrependeu de todos os pecados? Vive uma vida limpa


diante de Jesus?

III. Teve Fé em Cristo (41b-42)

1. Viu em Cristo um homem justo, perfeito. “Mas Este nenhum mal


fez.”

2. Teve a coragem de abrir-Lhe seu coração.

a. Chamou-o “Senhor”; mais que um profeta.

b. O trato de Senhor equivale a Deus.

122
“Estarás Comigo no Paraíso”

c. O ladrão reconheceu, pela ação do Espírito Santo, que Jesus era


Deus.

3. Teve fé na salvação de Cristo.

a. Fez o grande pedido do coração humano. “Lembra-Te de mim...”

b. O ladrão fez um depósito de fé para “aquele” dia.

4. Desejava o reino de Deus.

a. Creu que Jesus estabeleceria um novo reino.

b. Embora, possivelmente, não conhecesse toda a escatologia bíblica,


sabia que podia ser salvo.

5. Esse ladrão arrependido finalmente alcançou a paz de Cristo;


entregou-se a seu Senhor.

6. Citação

“O Espírito Santo ilumina-lhe a mente, e pouco a pouco se liga a cadeia


de provas. Em Jesus ferido, zombado e pendente na cruz, vê o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo. Num misto de esperança e de agonia em
sua voz, a desamparada, moribunda alma , atira-se sobre o agonizante
Salvador. “Senhor, lembra-te de mim , quando vieres no Teu reino.” DTN,
720.

123
25 Sermões Expositivos

7. O ladrão converteu-se realmente no último momento da sua vida.

Aplicação

8. Não espere até o último momento de sua vida. Ela não lhe pertence.

9. Entregue-se hoje mesmo ao Senhor. Peça-lhe: “Lembra-Te de mim


quando vieres em Teu reino.”

VI. Cristo Prometeu-lhe a Salvação (43)

1. “.Em verdade te digo...” Que significava isto?

a. É a palavra segura; significava que assim ocorreria.

b. Segurança absoluta, total. Promessa de Deus.

2. “... Te digo hoje...”

a. Não se tratava de que, nesse mesmo dia, estaria com Jesus


ressuscitado, porque Jesus não foi para o Céu nessa sexta-feira, nem no
sábado.

b. A promessa foi feita nesse dia para cumprimento futuro: “Eu estou
prometendo hoje que serás salvo”.
3. “... estarás Comigo no paraíso:”

124
“Estarás Comigo no Paraíso”

a. “Paraíso” do grego, paradisos, significa parque,


jardim, lugar cercado.

b. Sinônimo de céu, salvação, vida eterna.

c. Essa foi a mais bela promessa na vida desse ladrão arrependido, na


hora undécima de sua existência.

4. Com toda segurança o veremos no Céu, entre os redimidos, entre os


justos de todos os tempos.

5. Citação

“Ao proferir Ele as palavras de promessa, brilhante, vívido clarão


penetrou a escura nuvem que parecia envolver a cruz. Ao ladrão contrito
sobreveio a perfeita paz da aceitação de Deus. DTN, 721.

6. Aquele pária da sociedade, que por tanto tempo viveu sem Deus,
finalmente morreu em Cristo.

7. Porém o outro ladrão morreu sem Cristo, morreu em sua lei, perdeu-
se em seus pecados.

8. Citação

“Muitos se perderão enquanto esperam e desejam ser cristãos. Não


chegam ao ponto de render a vontade a Deus. Não escolhem agora ser
cristãos. CC. 48.

9. Heb. 4:16. Aproximemo-nos confiantemente de Jesus.

125
25 Sermões Expositivos

Aplicação

10. Nossa entrega deve ser agora (Heb. 3:7,8). Busquemos a Jesus tais
como estamos e somos. Ele não nos desapontará.

11. Não se decidir por Cristo é colocar-se em terreno perigoso. É melhor


buscar a Jesus. Ele é o mais excelente, único e verdadeiro caminho.

V. Conclusão

1. Resumo

Reconhecer nossos pecados, arrependermo-nos, pedir-Lhe que nos dê


a salvação, são os passos capitais para nossa redenção.

“Estarás Comigo no paraíso”, será a bendita resposta de Deus à nossa


súplica.

2. Apelo

Quando você se entregará definitivamente a Cristo?

VI. Chamado

1. Persuasão

Não quero deixar passar este momento para renovar minha


consagração a Jesus e entregar-lhe outra vez meu coração.

126
“Estarás Comigo no Paraíso”

2. Decisão

Você quer fazer o mesmo?

Venha aqui à frente, em sinal de união com Cristo. Ele o aceita tal
como você é.

Oremos.

127
Sermão Nº. 4

Embora Mortos, Viverão


Dados prévios
1. Idéia Homilética: Ensinar que a fé em Cristo é o
segredo da salvação. Ela conduz à
ressurreição e à vida eterna.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte decida


unir-se cada vez mais a Cristo. Que
faça de Jesus seu amigo e Salvador.

3. Tema: Fé em Cristo para a ressurreição .

129
Embora Mortos, Viverão
I. Introdução

1. Saudação.

2. Motivação.

“Morreu depois de viver 19 anos com o coração transplantado”. Esse


foi o título de vários periódicos do mundo quando, no dia 11 de maio de
1987, faleceu Emanuel Vitra, um francês de 67 anos que em 1968 recebeu
por transplante o coração de um jovem de 20 anos.

Vitra, apelidado de “o indestrutível” por seu médico e amigos,


morreu vitimado por violenta parada cardíaca.

Finalmente o cardiologista que o atendeu, Jean Roual Monties, disse:


“Se conseguir decifrar o mistério de Vitra, poderei salvar outros seres
humanos.”

Só Cristo pode dar a vida depois da morte!

3. Proposição.

Vamos estudar hoje a verdade de que a fé em Cristo é o segredo da


salvação, da ressurreição e da vida eterna.

131
25 Sermões Expositivos

4. Texto-base:

João 11:25, 26.

II. Jesus Cristo é a Vida

1. Há muitos cânticos exaltando a vida e o amor.

2. Muitas vezes um namorado diz a sua noiva frases bonitas como “você
é a minha vida”, “você é meu céu”, ou “você é meu amor”.

3. Por outro lado, todos os seres humanos buscam a vida a todo custo.
Ninguém quer morrer.

4. Todos os caminhos na vida e do amor, sem Cristo, são insuficientes e


falsos.

5. Prov. 14:12. Há caminhos aparentemente seguros, mas em seu termo


há somente a morte.

6. Prazeres, esportes, vícios e todo tipo de diversão proclamam a vida


plena, mas ao final de tudo fica somente o vazio, a frustração.

7. Só Cristo satisfaz a alma. Ele é a vida. (João 14:6). Ele é o único


caminho ao céu.

8. Por que Cristo é a vida?

a. Porque Ele é Deus, infinito, eterno.

132
Embora Mortos, Viverão

b. Atos 3:15. Ele é o Autor da vida.

c. É o Criador.

d. João 1:4. NEle está a vida.


e. João 5:26. Ele tem vida em Si mesmo.

9. Quem recebe a Cristo em sua alma entra na posse da vida eterna. (I


João 5:12)

10. Os apóstolos de Jesus receberam a vida; viram-na, tocaram-na,


ouviram-na.(I João 1:1,2)

11. O pecado traz a morte, mas Cristo gratuitamente concede o dom da


vida eterna.

12. Jesus dá vida abundante como “rios de água viva” (João 7 :37,38).
Gozo, paz, bênçãos, felicidade, novos ideais, verdade.

Aplicação

13. Que devemos fazer agora? Buscar a Cristo, beber gratuitamente da


água da vida. tomá-la em abundância.. Cristo é o único que pode acalmar
sua sede.

III. Jesus Cristo e a Ressurreição

1.Ressurreição: “Na doutrina cristã, o surgir para uma nova e definitiva


vida, distinta e, em certa medida, oposta à existência terrestre...” Novo
Dicionário Aurélio.

133
25 Sermões Expositivos

2. Jesus declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida.”

3. Ressurreição = Jesus.
Vida = Jesus.
Vida Eterna = Jesus.
Verdade = Jesus.

4. Apoc. 1:18. Jesus tem as “chaves”, o domínio sobre tudo.

5. Jesus ressuscitou ao terceiro dia por obra do Espírito Santo e pelo


poder do Pai ( Heb. 13:20).

6. Como Jesus ressuscitará os mortos?

a. Ressuscitarão para a vida (João 5:28,29).

b. Ressuscitarão da condenação, da morte.

7. Como será a ressurreição para a vida eterna?

a. I Tess. 4:16. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.

b. I Cor. 15:51-54. Ressurreição, transformação, incorruptibilidade,


vida eterna.

c. Esta é a primeira, a maior, a que vale a pena, a verdadeira.

8. Como será é a ressurreição para a morte?

134
Embora Mortos, Viverão

a. Apoc. 20: 4 e 5. Depois de milênio.

b. Ressurreição por breve tempo.

c. Os ímpios serão destruídos juntamente com Satanás.

9. Assim como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão


vivificados.

10. Qual será a nossa natureza na ressurreição?

a. Corpos glorificados.

b. Semelhantes a Cristo ressuscitado.

11. Citação

“ A ressurreição de Cristo era um símbolo da final ressurreição de


todos quantos nEle dormem. O semblante do Salvador ressuscitado, Sua
maneira, Sua linguagem, tudo era familiar aos discípulos. Como Jesus
ressurgiu dos mortos, assim hão de ressuscitar os que nEle dormem.
Reconheceremos os nossos amigos, da mesma maneira que os discípulos a
Jesus... No rosto, glorioso da luz que irradia da face de Cristo,
reconheceremos os traços daqueles que amamos.” DTN, 768.

Aplicação

11. Que mensagem nos deixou? “Aquele que crê em Mim, ainda que
esteja morto, viverá”?

135
25 Sermões Expositivos

a. Ela. Porventura, não o inspira?

b. Não o impulsiona à felicidade?

c. Anime-se! Deus o salvará, mesmo que você conheça as trevas da


morte.

12. Você gostaria de elevar uma oração e um cântico de alegria e


gratidão a Jesus?

13. Apoc. 20:6.

VI. Se Crer Viverá

1. Há somente uma possibilidade para se obter a salvação: crer, ter fé.

2. João 11:26. Aquele que crê, que vive crescendo e morre crescendo,
não morrerá eternamente.

3. Marcos 9: 23 “... Se podes! Tudo é possível ao que crê.”

4. Lucas 8:50 “... Não temas, crê somente, e ela será salva.”

5. Crer e ter fé em Cristo possui, basicamente, dois aspectos:

a. Confiança em Seu poder, em Seu amor, em Seus milagres. ( João


4: 46- 54)

b. Entrega de nossa vida a Ele; comunicação, conversação. ( João:


17, 35-38)

136
Embora Mortos, Viverão

6. Se crer viverá.

a. Todo aquele que crê tem a vida eterna ( João 3: 16 ).

b. Creia e você passará da morte para a vida ( João 5: 24 ).

c. Terá a vida eterna e será ressuscitado ( João 6: 40 ).

d. Jesus dá a vida eterna a Suas ovelhas ( João 10: 28 ).

7. Tudo depende de crer.

8. Citação

“Não porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, devemos nós
crer. Temos de Lhe confiar nas promessas. Quando a Ele nos chegamos
com fé, toda súplica penetra o coração de Deus. Tendo pedido Suas
bênçãos, devemos crer que as receberemos, e dar-Lhe graças porque as
temos recebido. Então, vamos ao cumprimento de nossos deveres, certos de
que a bênção terá lugar quando mais dela necessitarmos.” DTN, 178.

Aplicação

9. Você e eu temos de crer em Cristo e viver com Ele.

10. O Senhor nos dirá prontamente: “A tua fé te salvou.”

137
25 Sermões Expositivos

V. Conclusão

1. Resumo

Todo aquele que aceita a verdade de que Jesus é a vida e a ressurreição;


se vive essa verdade e espera a salvação em Cristo, será salvo.

2. Apelo

Firme-se em Cristo, viva com Cristo, morra com Cristo e Ele lhe dará a
vida eterna.

VI. Chamado

1. Persuasão

Descansar em Cristo é a experiência mais feliz que pode viver um ser


humano. Eu a vivi e vivo cada dia.

Louvado seja meu Deus!

2. Decisão

a. Convido a todos a virem aqui adiante, àqueles que


experimentaram e experimentam o prazer de caminhar e viver com Jesus.

b. Quero convidar também os que, por alguma razão, ainda não


viveram essa experiência mas desejam-na e querem pedi-la a Cristo.
Amém, oremos.

138
Sermão Nº. 5

“BUSCAI E
ACHAREIS”
Dados Prévios

1.Idéia Homilética: Ensinar que a verdadeira oração tem


até três fases: pedir com fé, buscar
com perseverança, e clamar com
agonia ao Pai Celestial.
2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte decida
orar com verdadeira fé, segurança
absoluta e confiança nas promessas
de Deus para alcançar a vitória.

3. Tema: Fé e oração.

139
“BUSCAI E ACHAREIS”

I. Introdução

1. Saudação.

2. Motivação.

Cecília Silva Flores tinha somente sete anos quando foi levada por
seus pais ao hospital, para receber uma dose de vacina como parte de um
tratamento preventivo.

No entanto, para sua infelicidade, a vacina produziu em seu


organismo uma reação contrária, que a fez perder as capacidades auditiva e
fonética. Em conseqüência, a menina não podia ouvir nem falar.

Desde então seus pais recorreram a quantos especialistas havia para


curar a menina, que cada dia aprendia de seus pais, com espírito indômito,
coragem e perseverança.

Assim, com paciência e boa disposição, empenhando-se tenazmente


cada dia, no transcorrer os anos Cecília conseguiu finalmente o que se
propunha e parecia impossível: recuperou sua capacidade de falar!

141
25 Sermões Expositivos

Não necessitava de mais nada, pois aprendera a ler lábios, rostos e


corações. No entanto, a história não termina aqui. O mais gratificante para
ela, seus pais, familiares e amigos aconteceu no dia 21 de novembro de
1987: Cecília Silva Flores graduava-se em psicologia pela Universidade
Inca Garcilazo de La Vega, na cidade de Lima.

Desta maneira, Cecília foi recompensada por sua perseverança, valor


e confiança no Ser Supremo.
3. Proposição

Iniciaremos agora o estudo das três atitudes da oração eficaz, à luz


das promessas de Deus.

4. Texto-base:

Lucas 11:9.

II. “Pedi e Dar-se-vos-á...”

1. Orar é falar, dialogar com nosso Amigo e Senhor, numa relação


pessoal íntima, de fé, amor e poder.

2. Há vários tipos de oração:

a. De gratidão e louvor, como a oração de Jesus (João 17).

b. De adoração.

c. De intercessão.

142
“Buscai e Achareis”

d. De súplica. (Jonas 3)

e. Petições. (Lucas 11:9)

3. Qual é a promessa de Deus a respeito da oração? “Todo aquele que


pede, recebe...”

4. Deus conhece nossas necessidades antes mesmo de as revelarmos a


Ele.

5. Então, por que pedir e seguir pedindo?

a. Para aprender a depender do Pai celestial.

b. Para conhecer melhor nossas necessidades.

c. Para que aprendamos a ter fé, a crer e amar a Jesus.

6. Citação

“Quanto mais fervorosa e constante for nossa oração, tanto mais


íntima será nossa união espiritual com Cristo. Receberemos bênçãos
acrescentadas, porque teremos uma fé acrescentada”. PVGM, 111, 112.

7. Na realidade, Deus em sua sabedoria e amor nos apresenta certos


requisitos para responder às nossas orações.

a. Fé, absoluta certeza (Tiago 1:6).

b. Crer, orar, pedir (Mateus 21:22).

143
25 Sermões Expositivos

c. Permanecer em Cristo, em Sua Palavra e mandamentos (João


15:7).

d. Toda oração deve ser feita em nome de Cristo (João 16:23,24).

e. Pedir tudo o que é necessário, útil, justo e o verdadeiro, com uma


consciência limpa (Tiago 4:3).

f. Deve-se orar conforme a vontade de Deus (I João 5:14 e 15).

8. Uma forma de provar em nós mesmos e nos demais a validade de


nossas orações, é perguntar-nos se realmente podemos fazê-la em nome de
Cristo.

9. Outra maneira de conhecer a legitimidade de uma oração é se


podemos deixar à vontade do Senhor os resultados; deixar a critério do
Senhor nosso pedido.

10. Pedir é a primeira classe de oração, a mais simples.

Aplicação

11. Tenhamos fé em Cristo. Peçamos-Lhe aquilo que necessitarmos.


(Filipenses 4:19).

12. Você e eu podemos gozar a verdadeira experiência de receber o que


pedimos com fé.

III. “Buscai e Achareis”

1. A segunda fase de uma oração consiste em buscar.

144
“Buscai e Achareis”

2. A promessa de Jesus é “o que busca, acha”.

3. Se num primeiro momento o Senhor não lhe parece propício, você


deve aprender a buscá-Lo melhor.

Se o primeiro ato de pedir não obtém resposta, passe para a outra


etapa, mais persistente, mais profunda. Busque com afinco e agonia.

4. Lamentações 3:25. Bom é o Senhor àqueles que O buscam.

5. O que significa buscar?

a. Indagar, inquirir, investigar a causa ou a razão de algo.

b. Encontrar algo dentro ou fora de nós mesmos.

6. “Buscai e achareis” é a promessa de que permanece na oração.

a. Buscar as melhores coisas de Deus.

b. Buscar as coisas que realmente necessitamos, não as supérfluas.

c. Buscar a razão da demora das bênçãos de Deus e deixar o mal.

d. Buscar o ponto de vista de Deus sobre nossas petições.

e. Buscar a fidelidade, a pureza, a santidade, a paz do Senhor.

145
25 Sermões Expositivos

f. Buscar em primeiro lugar o reino de Deus porque as outras


coisas serão acrescentadas. (Mateus 6:33).

7. Colossenses 3: 1 e 2. Buscar as coisas de cima, pôr sob mira as coisas


do alto.

8. Citação

“Porém, muitos não têm uma fé viva. Esta é a razão pela qual não
vêem mais o poder de Deus. Sua debilidade é resultado da incredulidade.
Têm mais fé em seu próprio desempenho do que no trabalho de Deus em
favor deles. Eles se encarregam de cuidar de si mesmos. Fazem planos e
projetos, mas oram pouco e têm pouca confiança verdadeira em Deus.
Pensam que têm fé, no entanto é só impulso do momento...” PVGM 111.

9. Se pedir é uma forma simples de orar, buscar é uma forma mais aguda
e profunda, mais notável de orar.

10. Buscar não é orar descuidada e apressadamente. Buscar com


diligência é orar a Deus com todo o ser, com toda a alma.

11. Buscar é suplicar, insistir, lutar com Deus, é lançar-se à conquista


das bênçãos divinas com todo o coração.

12. Jer. 29:13. “Buscar-Me-eis, e Me achareis, quando me buscardes de


todo o vosso coração”.

13. Como buscar de todo coração ao Senhor?

a. Com toda a alma.

146
“Buscai e Achareis”

b. Com todo o ser.

c. Com todas as nossas faculdades.

d. Com toda a nossa vida.

e. Com humildade (II Crônicas 7:14, p.p.).

f. Com conversão (II Crônicas 7:14 ú.p.).

14. Amós era um profeta de oração:

a. Amós 5: 4. “Buscai-me e vivei.”

b. Amós 5: 6. “Buscai ao Senhor e vivei.”

c. Amós 5: 8. “Buscai Aquele que fez as Plêiades e o Órion.

d. Amós 5: 14. “Buscai o bem e não o mal, buscai o Senhor.”

15. Isaías 55:6. “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-


O enquanto está perto.”

16. Hebreus 11: 6. O Senhor é o galardoador dos que O buscam com


santa veemência, apaixonadamente.

Aplicação

17. Orar não só é pedir, pedir e pedir. Também é empregar-se numa


busca incessante de Deus.

147
25 Sermões Expositivos

18. Você e eu devemos aprender a buscar ao Senhor até que O achemos,


até que nos abençoe.

19. Sigamos o exemplo da viúva perante o juiz (Lucas 18:1-7).

IV. “Batei e Abrir-se-vos-á”

1. A terceira atitude para conseguir a bênção do Senhor está em


“bater”.

2. Bater, clamar, gritar, chamar, pedir auxílio, pedir socorro, esse é o


terceiro passo eficaz.

3. “... a quem bate, abrir-se-lhe-á...” Essa é a segura promessa de Deus.

4. Lutar, insistir com Deus por nossa necessidade, por Seu perdão, por
Sua ajuda.

5. Jacó é um exemplo de insistência, de luta, de vitória com Deus


(Gênesis 32).

a. Jacó orou pedindo (32:9 e 10).

b. Jacó estava buscando, insistindo.

c. Jacó agonizou (32:4 e 25).

d. Estava disposto a arriscar tudo perante Deus.

148
“Buscai e Achareis”

6. Deus o abençoou.

a. “Deixa-me, solta-me, já raia a alva”.

b. A luta foi grande, a agonia foi terrível, mas valeu a pena.

c. Jacó lutou com os homens, com Deus e venceu. (32:28).

d. Peniel foi o lugar da vitória de Jacó. (32:30).

7. Em o Novo Testamento encontramos uma mulher simples que


também lutou com Deus e venceu. Conhecida como a mulher cananita ou
siro-fenícia (Mateus 15:22-28).
a. Pediu a bênção.

b. Insistiu, suplicou.

c. Agonizou, apesar do aparente repúdio de Cristo.

d. Clamou por sua necessidade e venceu.

8. Isa. 55:6 – Buscar ao Senhor, gritando, clamando, chorando,


agonizando, pois Ele “está perto”.

9. Citação

“As maiores vitórias da igreja de Cristo ou do cristão, não são as que


são ganhas pelo talento, a educação, a riqueza ou o favor dos homens. São
as vitórias que se alcançam na câmara de audiência de Deus, quando a fé

149
25 Sermões Expositivos

ardente e agonizante lança mão do poderoso braço da Onipotência.” PP,


201, 202.

10. Citação

“Quando a vontade do homem coopera com a vontade divina, chega a


ser onipotente. Qualquer coisa que se deva fazer por ordem Sua, pode ser
realizada em Sua força. Todas as Suas ordens são habilitações.” PVGM,
268.

Aplicação

11. Você e eu devemos aprender a agonizar diante de Cristo. Essa é a


forma mais segura de encontrar a resposta.
12. O que nos dá o direito de clamar, de lutar com Deus e vencer, é a
nossa necessidade, apresentada a Deus com confiança na graça de Jesus
Cristo.

V. Conclusão

1. Resumo.

A maneira mais simples de orar é fazer pedidos a Deus. A segunda


atitude da oração é aquela que nos leva a buscar ao Senhor de todo o nosso
coração, com plena fé em suas promessas e bênçãos. A terceira atitude é a
oração que agoniza, que clama, que grita, chora e pede socorro em suas
necessidades.

2. Apelo

150
“Buscai e Achareis”

Aprendamos a oração de Jesus no Getsêmani ( Luc. 22:44 ) e no


Gólgota. ( Mat. 27:46 ).

VI. Chamado

1. Persuasão

Quero pedir a Deus, nesta oportunidade, que me ensine a orar com


poder e com toda a alma. Quero pedir-lhe que responda às minhas súplicas
e atente à minha agonia diante Ele.

2. Invocação

Há algum irmão aqui que queira fazer esse pedido a Deus? Poderia
ficar de pé?

Amém.

151
Sermão Nº. 6

O Que Se Humilha
Será Exaltado
Dados Prévios
1. Idéia Homilética: Ensinar à igreja em que consiste a
verdadeira humildade, como praticá-
la e qual a recompensa que ela
contém.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada irmão decida


viver a autêntica humildade cristã.

3.Tema: A humildade

153
O QUE SE HUMILHA
SERÁ EXALTADO
1. Introdução

1. Saudação.

2. Motivação.

Na Pérsia, um pastor de ovelhas chamado Dora foi elevado, pelo


favor do rei, a uma posição administrativa de grande importância no reino.
Periodicamente, costumava a ir a um lugar afastado e regressava depois de
algumas horas. A maledicência dos inimigos espalhou o boato de que ele
estava desviando as riquezas do reino.

Inteirado da denúncia, o rei ordenou que se investigasse a


procedência das acusações. Um funcionário, a quem se encomendou a
investigação, informou ao rei que Dora, ao chegar a um lugar do bosque,
tirava o baú de um esconderijo. Em seu interior encontravam-se roupas
velhas. Dora as tomava em suas mãos, examinava-as, tornava a pô-las no
baú, e escondia-o colocava novamente.

Interrogado pelo rei acerca das razões pelas quais se dirigia


periodicamente a esse afastado lugar, Dora respondeu que ia ver as roupas
que usava quando era um simples pastor para não esquecer nunca sua
humilde origem, de modo que jamais se deixasse vencer pela presunção e o
orgulho.

155
25 Sermões Expositivos

“A lembrança do que seríamos se não fosse pela graça infinita do Rei


celestial, constitui um estímulo constante para cultivar todos os dias a
virtude da humildade.” Revista Adventista, junho de 1980, pág. 12, artigo
“Um pastor humilde”.

3. Proposição.

Neste ensejo vamos estudar em que consiste a verdadeira humildade e


qual é a promessa de Deus ao humilde de coração.

4 .Texto-base:

Lucas 14:7-11.

II. O Que se Exalta Será Humilhado (14:7-10)

1. Segundo o Talmude, livro de tradições e leis judaicas, os primeiros


assentos eram aqueles que estavam junto ao anfitrião.

2. As pessoas retratadas na parábola de Jesus escolheram os primeiros


lugares. O que significava isso? Orgulho, desejo de destaque, de exaltar-se
sobre os demais.

3. O orgulho, juntamente com o egoísmo, é a raiz de todo pecado.

4. Como é na realidade um orgulhoso? Vocês conhecem alguém egoísta,


orgulhoso, que busca sempre exaltar a si mesmo? Poderiam, em caso
positivo, levantar a mão?

5. Descrevamos um orgulhoso e egoísta:

156
O Que se Humilha Será Exaltado

a. Põe em primeiro lugar seus interesses pessoais, pospondo os


interesses dos outros.

b. Vê aos demais como elos para seu progresso, ou considera-os


obstáculos, empecilhos.

c. Anseia o poder, o cargo, mas não a responsabilidade e o serviço;


espera ser servido pelos outros.

d. Está disposto a fazer qualquer coisa, ainda que ilícita, para


conseguir seu objetivo, não importando se se opõe à vontade de Deus.

e. Nunca tem verdadeira paz em sua alma.

f. Não pode ser um cristão verdadeiro.

g. Irrita-se com facilidade se as coisas não saem como quer ou pensa.

h. Nunca se alegra quando os outros progridem.

6. Como teve início o sentimento de orgulho e egoísmo no mundo? É


um mistério em sua origem, mas a Bíblia nos revela que Satanás foi o
iniciador.

7. Explicar Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:12-19.

8. A origem da luta entre o orgulho e a humildade acha-se na própria


raiz do grande conflito entre o bem e o mal.

9. Citação.

157
25 Sermões Expositivos

“Houvesse na verdade Lúcifer desejado ser semelhante ao Altíssimo,


e nunca teria perdido o lugar que lhe fora designado no Céu; pois o espírito
do Altíssimo manifesta-se em abnegado ministério. Lúcifer desejava o
poder de Deus, mas não o Seu caráter. Buscava para si mesmo o mais alto
lugar, e toda criatura que é movida por seu espírito fará o mesmo... O reino
de Satanás é um reino de força; todo indivíduo considera todos os outros
como obstáculo no caminho de seu próprio progresso, ou um degrau sobre
o qual pode subir para chegar a uma posição mais elevada.” DTN, 420,
421.

10. O que aconteceu com Lúcifer? Caiu, fracassou. Não durou muito sua
vaidade.

11. Lucas 14:11 – O que se exalta será humilhado. Essa é a história triste
e final de todo egoísta, vaidoso, orgulhoso, a menos que se converta, a
menos que se humilhe perante Cristo.

Aplicação

12. Irmão, se você sente que algumas vezes o orgulho, a vaidade e o


egoísmo o vence, peça a Deus que o faça humilde, manso, simples.

13. Somente se deixarmos o orgulho e o egoísmo teremos verdadeira paz,


seremos verdadeiros cristãos.

III. O Que se Humilha Será Exaltado (14:11)

1. A grande promessa de Jesus é: “O que se humilha será exaltado.”

158
O Que se Humilha Será Exaltado

2. Segundo o Grande Dicionário Brasileiro, da Editora Melhoramentos,


humildade é “a virtude com que manifestamos o sentimento de nossa
fraqueza”.

3. A humildade tem sido sempre a característica dos grandes homens.


Somente os pequenos se sentem importantes.

4. Para ajudar-nos a entender a verdadeira humildade, Jesus a comparou


com a atitude de um menino (Mat. 18:4). “Portanto, aquele que se humilhar
como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.”

5. Características da criança:

a. Humildade. As crianças nunca buscam a proeminência, preferem


o anonimato. Somente quando já são juvenis e maiores, abandonam sua
modéstia natural.

b. Dependência. De seus pais e sua família. Esse lhes é um estado


natural. Nunca pensam em enfrentar a vida sozinhos. Sentem-se seguros ao
depender de quem os ama e se preocupa com eles.

c. Confiança. Estão certos de que seus pais satisfarão todas as suas


necessidades. Nunca duvidam de que serão alimentados, vestidos, curados
por seus pais e protegidos dos perigos.

6. I Pedro 5:5-7. Revistam-se de humildade. Humilhem-se sob a direção


de Deus. Ele os exaltará quando for o tempo.

7. Col. 3:12-14. Revestidos de humildade e misericórdia.

8. Prov. 15:33. A humildade vem antes da honra.

159
25 Sermões Expositivos

9. Como manter a humildade permanentemente?

a. Estando conscientes de nossa limitação.

1) Por muito que saibamos, é pouquíssimo a frente ao total de


conhecimentos disponíveis.

2) Por muito que consigamos, sempre teremos feito pouco quando


comparados com o acúmulo de realizações no mundo.
3) Por mais importantes que sejamos, quando a morte nos alcançar
ou nos retirarmos de nossa posição na sociedade, a vida e o trabalho
continuarão sem nós.

b. Comparando-nos com o Modelo Perfeito.

1) Se você se sente muito sábio, importante, santo, suficiente e


perfeito, compare-se com Cristo.

2) Nossa vida comparada com a Sua é nada.

10. Há vários exemplos de humildade na Bíblia:

a. João Batista (Mat. 9:7-11).

b. José foi exaltado desde o cárcere até o palácio de Faraó (Gên.


39:20-23; 41:37-45).

11. Qual é a chave da humildade prática?

160
O Que se Humilha Será Exaltado

a. Estimar a cada pessoa como superior a si mesmo. Dedicar-lhe


respeito, consideração e cortesia.

b. Procurar o bem dos demais antes do nosso.

c. Ser paciente, manso e tolerante, por amor a Cristo.

12. Qual é a recompensa? Deus o exaltará!

Aplicação

13. Reconheçamos nossas limitações, sejamos humildes, assim


estaremos seguros de ser honrados por nosso Deus.

14. Citação

“Para ocupar um elevado cargo diante dos homens, o Céu escolhe o


obreiro que, como João Batista, assume posição humilde em face de Deus.
O mais infantil dos discípulos é o mais eficiente no trabalho para Deus.”
DTN, 421.

IV. O Supremo Exemplo de Humildade (Fil. 2:5-11)

1. Quem foi o homem que mais se humilhou na terra? Jesus, o Rei dos
reis.

2. Quais as cenas de humildade que recordamos da vida de Cristo?

a. Rito de lavar os pés a Seus discípulos.

161
25 Sermões Expositivos

b. Açoitado, cuspido, crucificado.

c. Nascido em um estábulo

d. Fez-Se homem.

e. Crucificado entre ladrões.

3. Paulo proclamou a humildade de Cristo como modelo para você e


para mim. (Fil. 2:5-11)

a. Sendo Deus.

b. Despojou-Se a Si mesmo.

Do grego Kenosis, despojar-se, esvaziar-se.

Renunciou a Seus direitos divinos para ser como nós.

c. Humilhou-Se, foi manso, simples, servo.

d. Fez-Se obediente, submisso, escravo.

e. Até a morte. Permitiu que O matassem.


f. Sofreu a morte de cruz, a mais vergonhosa para um malfeitor.

4. Mat. 20:28. Veio para servir e não para ser servido.

a. Seu exemplo.

162
O Que se Humilha Será Exaltado

b. Seu amor.

c. Seus ensinos.

d. Sua vida.

e. Sua morte pelos nossos pecados.

5. Paulo escreveu: “Haja em vós o mesmo sentimento que houve em


Cristo Jesus...” Mat. 5:48: Perfeitos como nosso Pai Celestial.

6. Promessa divina: “O que se humilha será exaltado.”


Cristo a cumpriu? Sim.

7. Fil. 2:9-11. Por isso foi exaltado.

a. Foi exaltado até ao máximo, ao cume da honra.

b. Seu nome:Kirios: Senhor, amo, dono.

c. Todos devem adorá-lo, “todo joelho se dobre”.

d. Toda língua confesse Seu Nome.

8. Jesus é o caminho da humildade, exaltação e glória.

9. Somente Ele pode dizer com autoridade: “Aprendei de Mim, que sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas
almas.”(Mat. 11:29)

163
25 Sermões Expositivos

Aplicação

10. O orgulhoso, o egoísta e o vaidoso não conhecem a paz, o verdadeiro


gosto da vida. Seu coração está cerrado a essas doces sensações do Espírito
de Cristo.

IV. Conclusão

1. Persuasão.

Afirma-se que a grande contribuição de Isaac Newton à matemática


foi igual a de todos os outros matemáticos que viveram antes dele.

Porém, isso jamais levou Newton a uma exagerada opinião sobre si


mesmo. À medida que estudava e compreendia mais amplamente as
profundidades das ciências, disse: “Parece-me que eu mesmo tenho sido
como um menino que buscava seixos e conchas na orla do mar, enquanto o
grande oceano da verdade se achava inexplorado diante de mim.”

Um grande exemplo de humildade!

2. Apelo.

O que devemos fazer para termos humildade?

Imitar a Newton; porém, especialmente, a nosso Amigo e Senhor,


Jesus Cristo.

3. Persuasão.

164
O Que se Humilha Será Exaltado

Neste momento, sinto um grande desejo de ser mais humilde, mais


manso, simples e fiel a Cristo. Por isso eu peço esta graça a Deus.

4. Convite.

Quantos dos presentes também querem pedir a Deus que lhes faça
humildes, mansos e simples? Venham aqui à frente. Vamos orar.

165
Sermão N.º 7

“VOS FAREI PESCADORES


DE HOMENS”
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Ensinar que Cristo deseja que todos


os Seus filhos sejam
evangelizadores, ganhadores de
almas para o Céu.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte decida


aprender de Jesus como converter-se
em pescador de homens.

3. Tema: Trabalho missionário.

167
“VOS FAREI
PESCADORES
DE HOMENS”
I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Era o dia 20 de julho de 1969. Todo o mundo estava emocionado. A


expectativa reinava em toda parte. Mais de 600 milhões de pessoas estavam
em frente de suas televisões para acompanhar um acontecimento nunca
visto e esperado.

Enquanto isso, o que sucedia na Lua?

Nada menos que três homens estavam realizando a maior conquista


de todos os tempos. Sim, a conquista da Lua pelo homem foi indubitável,
espetacular.

Os astronautas norte-americanos Collins, Armstrong e Aldrin


passaram para a história como heróis nacionais.

169
25 Sermões Expositivos

Porém, há outra conquista, a maior de todos os tempos, que todo


cristão pode alcançar até a vinda de Jesus Cristo: ganhar almas para Ele.

170
25 Sermões Expositivos

3. Proposição

Hoje estudaremos como realizar a mais sublime das tarefas que nos
cabem, por amor a Jesus.

4. Texto-base:

Lucas 5:1-10.

II. Lançai as Redes (5:1-4)

1. Onde pescaram os quatros discípulos Pedro, André, Tiago e João? No


mar da Galiléia.

2. Características do mar da Galiléia.

a. Chamado também Mar de Tiberíades e Lago de Genesaré.

b. Tem aproximadamente 20km de comprimento, no sentido norte-


sul, e 13km de largura, de leste a oeste.

c. Clima tropical. Aproximadamente 200m abaixo do nível do mar.

d. Na época de Cristo havia nove cidades ao redor desse imenso lago,


com não menos de 15 000 habitantes cada uma.

3. Havia peixes? Sim, em abundância.

172
O Que se Exalta Será Humilhado

Citação

“No mar da Galiléia existiam cardumes fabulosos que cobriam o mar


como um sólido manto de mais de meio hectare de superfície...” Barclay,
Lucas, pág. 59.

4. No entanto, aqueles quatro pescadores nada haviam pescado na noite


anterior. O que aconteceu? A causa é desconhecida.

5. Esse trabalho infrutífero possivelmente ocorreu para que se


manifestasse as obras de Deus. (João 11:4)

6. A ordem de Jesus foi: “lançai vossas redes”.

7. Há uma riqueza imensa que os espera, aproveite-a, é vossa. Este é seu


trabalho.

8. Hoje Jesus também deseja que Sua igreja volte ao mar, à multidão,
para pescar.

9. Vemos o paralelismo entre a pesca marinha e a evangelização:

a. O mar, as muitas águas, representa a multidão, os habitantes do


mundo inteiro.

b. A rede de pescar representa o evangelho e os métodos de


evangelização.

c. O pescador representa a cada discípulo de Cristo.

173
25 Sermões Expositivos

10. Ali estava o mar, aos pés dos pescadores. Hoje, aqui está a multidão,
o mar de gente para a pescaria do reino dos céus.

Aplicação

11. Temos características e condições para pescar?

a. Paciência. Esperar até que o peixe morda a isca. Devemos ter


paciência com nossos interessados, nossos ouvintes.

b. Perseverança. Nunca se desencorajar. Sempre tentar mais uma


vez. Mais um estudo, uma conferência, uma visita, um chamado.

c. Coragem. O pescador deve estar disposto a correr riscos e


enfrentar a fúria do mar e dos ventos bravios, até com perigo da própria
vida. A obra de salvar almas requer muita coragem, valentia e esforço.

d. Conhecimento do momento exato. Todo bom pescador conhece


quando há momentos inúteis para pescar. Sabe quando lançar a rede e
quando ficar em casa. Desenvolvamos convenientemente nossos métodos
de trabalho missionário.

e. Adequar a isca à classe de peixes. A cada espécie corresponde


uma classe determinada de isca. Na evangelização as coisas acontecem da
mesma forma. Certos métodos funcionam em determinadas esferas sociais e
em outras não.

f. Manter-se oculto. Afastar-se da vista dos peixes, mesmo a nossa


sombra deve ser ocultada de seus olhos. O ganhador de almas deve ocultar-
se atrás de Cristo. Esse é um dos segredos do êxito nessa santa tarefa.

174
O Que se Exalta Será Humilhado

III. Trabalhar Sem Cristo é Inútil (5:5-6)

1. “... Toda a noite temos trabalhado, nada temos pescado...”

2. Esse quatro homens haviam estado sem Cristo, essa era a razão de seu
fracasso.

3. Pregar, evangelizar, dar estudos bíblicos sem Cristo, Seu poder, Seu
Espírito, é inútil. (João 15:5)

4. Citação

“Durante aquela triste noite no lago, enquanto separados de Cristo, os


discípulos foram duramente premidos pela incredulidade, e cansaram-se
num infrutífero labor. Sua presença, porém, lhes ateou a fé, e trouxe-lhes
alegria e bom êxito. O mesmo se dá conosco; separados de Cristo, nosso
trabalho não dá fruto, e fácil se torna desconfiar e murmurar. Quando Ele
está perto, porém, e trabalhamos sob Sua direção, regozijamo-nos nas
demonstrações de Seu poder...” DTN, 225.

5. Ainda que você tenha as características e a técnica de um hábil


pescador como aqueles discípulos, sem Cristo no coração, nada poderá
conseguir. Ele é a solução.

6. Citação

“... A primeira coisa a ser aprendida por todos os que desejam tornar-
se coobreiros de Deus é a desconfiança de si mesmos; acham-se então
preparados para lhes ser comunicado o caráter de Cristo...” DTN, 226.

175
25 Sermões Expositivos

7. “ Porém, sob Tua palavra lançarei a rede.” Pedro e seus amigos


uniram sua vontade à ordem de Cristo.

8. Fórmula infalível.

> VD + VH = ÊXITO

Vontade divina, mais vontade humana, é igual a êxito.

9. Grande quantidade de peixes, a rede se rompia, os dois barcos


afundavam.

10. Qual é o segredo? Trabalhar com Cristo.

Aplicação

11. Como se pode ter Jesus em nós e conosco?

a. Consagrando-nos cada dia a Ele (Gálatas 2:20).

b. Orando diária e secretamente a Jesus.

c. Estudando, alimentando-nos cada dia de Sua Palavra.

d. Amando-O, servindo-O, sendo Seu amigo.

IV. Vos Farei Pescadores de Homens (5:8-11)

176
O Que se Exalta Será Humilhado

1. Pedro caiu de joelhos: “Senhor, aparta-te de mim... porque sou


pecador”.

2. O temor apoderou-se deles.

3. Seu espírito tornou-se sensível, humilde, manso.

4. Isaías 6:5-9. O profeta evangélico também sentiu o mesmo há 25


séculos. Sentimento de indignidade perante o Deus onipotente e amoroso.

5. Esse é o verdadeiro espírito cristão para se chegar a ser pescadores de


homens.

6. “Não temas, desde agora sereis pescadores de homens...”

7. O segundo ponto para converter-se num eficiente pescador de almas é


permitir que o Espírito Santo opere em nossa vida, transformando-a.
Dependência dEle.

8. Citação

“Não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio


eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na alma, e vive uma vida
de inteira consagração a Deus.” DTN, 227.

9. O terceiro aspecto é entregar-se totalmente a Jesus.

10. “E deixando-o tudo O seguiram...”

11. Citação

177
25 Sermões Expositivos

“Homem algum pode ser bem-sucedido no serviço de Deus, a menos


que nele ponha inteiro o coração, e repute todas as coisas por perda pela
excelência do conhecimento de Cristo. Ninguém que faça qualquer reserva
pode ser discípulo de Cristo, e muito menos Seu colaborador.” DTN, pág.
251.

12. A utilidade do servo de Deus na causa de Cristo não depende tanto


de um intelecto brilhante, sinal da consagração a Jesus e a tarefa que nos
devemos realizar.

13. Citação

“A conversão das almas é a obra mais elevada e nobre em que os


seres humanos podem participar.” Testimonies, vol. VII, pág. 52.

14. “Todas os empreendimentos do mundo são de pouca ou nenhuma


importância, quanto comparadas com a tarefa de ganhar almas. As coisas
terrenas não duram, mas custam muito. Porém, uma alma ganha brilhará no
reino dos céus pela eternidade.” Testimonies, vol. II, pág. 336.
Aplicação
15. O Senhor deseja fazer de você e de mim eficientes pescadores de
homens, ganhadores de almas. Você está disposto?

16. Então, o que devemos fazer?

a. Consagrar nossa vontade a Deus

b. Começar agora mesmo.

178
O Que se Exalta Será Humilhado

c. Contar aos demais o que Cristo fez por nós.

d. Oferecer-lhes um favor, um serviço amigável.

e. Oferecer-lhes um curso bíblico, estudar a Bíblia com eles.

f. Convidá-los a ir à igreja.

g. Ajudá-los, prepará-los para o batismo.


h. Guiá-los em seu crescimento cristão, até a perfeição de Cristo

17. Citação

“A mais elevada de todas as ciências é a de salvar almas. A maior


obra a que podem aspirar criaturas humanas, é a obra de atrair homens, do
pecado para a santidade.” CBV, 398.

V. Conclusão

1. Resumo

Deus nos pede que sejamos pescadores, que lancemos a rede do


evangelho. Alerta, porém; trabalhar sem Cristo é fracasso certo. Somente
Ele nos dá o sucesso. Somente a entrega a Cristo converte-nos em
verdadeiros pescadores.

2. Apelo

Entreguemo-nos hoje a Jesus. Peçamos que Ele nos transforme em


eficazes pescadores.

179
25 Sermões Expositivos

VI . Chamado

1. Persuasão

Desejo pedir a Jesus que me faça um pescador como Pedro e os


demais discípulos.

2. Convite

Há alguém mais que deseja fazer o mesmo pedido? Oremos.

180
Sermão N.º 8

GRANDES PROMESSAS
AO VENCEDOR
Dados Prévios
1. Idéia Homilética: Explicar que somente os cristãos
perseverantes e vitoriosos herdarão
as grandes promessas de Jesus
Cristo.

2. Propósito Específico: Fazer com que cada ouvinte decida,


pela graça de Deus, converter-se em
um cristão vitorioso e feliz herdeiro
das preciosas promessas de Cristo.

3. Tema: Triunfo e recompensa.

181
GRANDES PROMESSAS
AO VENCEDOR
I. Introdução

1. Saudação.

2. Motivação.

Robert Schuller, em seu famoso livro intitulado Você será o que


quiser ser, editado em Miami em 1977, na pág. 60, apresenta quatro
qualidades dinâmicas que caracterizam os vencedores. Quais são?

a. Imaginação
O vencedor deve imaginar hoje a pessoa que quer chegar a ser.

b. Entrega
É incalculável o poder de uma pessoa totalmente dedicada e
comprometida com seu ideal.

c. Afirmação
Ter certeza do triunfo. Atuar nessa direção, falar em vitória, viver
nesse sentido.

183
25 Sermões Expositivos

d. Jamais Recuar

184
25 Sermões Expositivos

Nunca, nunca, nunca jamais se dar por vencido.

Finalmente, Schuller afirma há uma palavrinha com tal poder, que é


capaz de transformar tudo: Posso!
Somente vencem na vida os que podem, os positivos, os valentes.
Assim também, apenas os cristãos vitoriosos receberão como troféu o
reino de Cristo.

3. Propósito.

Desejamos hoje conhecer qual a promessa que o Senhor tem para


aqueles que triunfam na vida cristã, para os heróis de Cristo.

4. Texto-Base:

Apoc. 3:21

II. Há Uma Única Condição Para o Prêmio: Vencer

1. Que significa vencer? Superar as dificuldades, render ou submeter


o inimigo.

2. O Senhor quer que todos os cristãos, através dos tempos, sejam


vitoriosos.

3. Que significa ser vencedor em Cristo? Caminhar com Cristo, sair


triunfante das tentações, superar as dificuldades que o inimigo coloca em
nosso caminho.

4. Somente os perseverantes, os valentes, os decididos, os íntegros, os


fiéis e leais a Cristo serão reconhecidos como vencedores.

186
Grandes Promessas ao Vencedor

5. Eis aqui alguns exemplos bíblicos:


a. José aparentemente fracassou por ser íntegro. Ficou no
cárcere. Porém o Senhor o exaltou até o cume do êxito no império egípcio
(Gên. 39:8 e 9; 41:39-45).

b. Daniel apesar do decreto baixado pelo rei, permaneceu ao


lado da verdade. Triunfou. O rei Dario, a Babilônia e a Medo-Pérsia o
reconheceram (Dan. 6:10, 27-28).

c. Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a


fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada...” (2 Tim. 4:7 e 8)

d. Jesus jamais conheceu o fracasso. Ele foi e é o verdadeiro e


maior vencedor de toda a história ( Apoc. 3:21).

1. “... Assim como Eu venci, e Me assentei com meu Pai no Seu


trono...”.

2. “... E Ele saiu vencendo e para vencer...” (Apoc. 6:2).

6. Os segredos do vitorioso em Cristo os encontramos na epístola aos


Efésios (Efés. 6:11 a 18).

a. Cingidos com a verdade.

b. Vestidos com a justiça.

c. Calçados com o evangelho.

d. A Palavra de Deus.

187
25 Sermões Expositivos

e. A oração.

7. Citação

“Deus dá as oportunidades; o êxito depende do aproveitamento das


mesmas.” PP, 224.

8. Fil. 4:13. “Tudo posso nAquele que me fortalece.”

Aplicação

9. Quem é o vencedor em Cristo?

a. O íntegro, fiel e leal a Cristo.

b. O que persevera, que se esforça.

c. O que se consagra e utiliza toma as armas cristãs na luta espiritual.

10. Você e eu podemos e devemos ser vencedores (Rom. 8:37).

III. Grandes Promessas Aos Vencedores

1. A Palavra de Deus apresenta inúmeras promessas e bênçãos a cada


cristão e a toda a Igreja.

2. Apenas em dois capítulos encontramos várias delas (Apoc. 2 e 3).

188
Grandes Promessas ao Vencedor

3. Apoc. 2:7 - “...dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida...”


Aquela árvore que está no meio da cidade de Deus (Apoc. 22:2).

4. Apoc. 2:11 “... de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.”,


quer dizer, não participará da destruição dos ímpios, por ocasião da terceira
vinda de Cristo. (Apoc. 20:7-10).

5. Apoc. 2:17 - “... dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe


darei uma pedrinha branca... um nome novo...”

a. Comer do maná escondido e receber uma pedrinha branca


como a do peitoral dos sumos sacerdotes do Altíssimo, ensina que todos os
vencedores serão “reis e sacerdotes” do Senhor.

b. O nome novo também representa transformações, vida nova no


Novo Céu e na Terra renovada.

6. Apoc. 2:26 e 28 - “... Eu lhe darei autoridade sobre as nações... dar-


lhe-ei ainda a estrela da manhã.”

a. Confirmarão os justos juízos de Deus no céu.

b. A estrela da manhã é o próprio Cristo.

Jesus, em pessoa, estará com eles, e eles com Jesus por toda a
eternidade (Apoc. 21:3).

189
25 Sermões Expositivos

7. Apoc. 3:5 - “... será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo


nenhum apagarei o seu nome do livro da vida; pelo contrário, confessarei
seu nome diante de Meu Pai...”

a. Será vestido da alva justiça de Cristo. Terá o caráter de Cristo.

b. Seu nome nunca será eliminado da lista dos redimidos.

c. O Senhor Jesus sentir-Se-á gratificado ao apresentar perante o


Pai os fiéis, tal como Deus Se sentiu quando se referiu a Jó (Jó 1:8).

8. Apoc. 3:12 - “... fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí


jamais sairá...”

a. “Coluna” é sinônimo de importância. O vencedor ocupará um


lugar importante na família de Deus.

b. Permanecerá com Jesus para sempre.

9. Apoc. 3:21 “... dar-lhe-ei sentar-se Comigo no Meu trono...” Reinará


com Jesus para sempre, por toda a eternidade.

10. Ilustração

A revista Seleções, do mês de março de 1988, traz um artigo de


Michael Korda com o título: “Dez passos para vencer antes dos quarenta”.
A última parte destaca uma louvável virtude, a lealdade, desta forma:

“Se você alcança os 40 anos sem ter feito nenhuma reputação de


absoluta lealdade, isso lhe pesará pelo resto da vida”.

190
Grandes Promessas ao Vencedor

11. A lealdade a Cristo é o caminho para triunfar, para vencer na carreira


cristã.

Aplicação

12. Sejamos leais a Cristo, essa é nossa segurança absoluta.

13. Todos nós podemos ser leais a Cristo. Todos podemos triunfar.

IV. A Última Promessa Apocalíptica

1. Qual foi a última promessa de graça feita por Jesus a Sua igreja? Foi
triste, vaga, insegura? Não!

2. Apoc. 22:20 “... Certamente venho sem demora...”

3. Essa é a mais doce, mais segura, mais bela e poderosa esperança a


encher nossa alma.

4. “Virei em breve” significa agora mesmo; iminência, urgência, pressa.

5. Apoc. 22:12 - “E eis que venho sem demora, e comigo está o


galardão que tenho para retribuir a cada um segundo a suas obras.”

6. Essa é a suprema esperança que todo filho de Deus guarda com zelo,
paixão e amor até à morte.

Seis grandes acontecimentos ocorrerão por ocasião da vinda de Cristo:

a. Ressurreição dos vencedores.

191
25 Sermões Expositivos

“...os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.” (I Tess. 4:16)

b. Transformação dos vencedores ressuscitados. Em quanto


tempo? “... num momento, num abrir e fechar dos olhos... ressuscitarão
incorruptíveis...” (I Cor. 15:52)

c. Transformação dos vencedores vivos após a imortalização dos


ressuscitados (I Cor. 15:52 ú.p.).

d. A multidão de vencedores será levada ao céu, triunfalmente,


num passeio espacial (I Tess. 4:17). Assim reinarão com Cristo (Apoc.
20:6).

e. Os perdidos que permanecerem até a segunda vinda serão


mortos por Cristo.

f. Os incrédulos mortos assim ficarão até a terceira vinda de Jesus,


depois do milênio (Apoc. 20:4 e 5).

7. Poesia do autor colombiano Gilberto Bustamante:

À Espera de Cristo

Pressinto do fim a proximidade,


Para cumprir o mistério oculto.
Maravilhas virão à claridade.
A prometida hora ganha vulto.
É do divino Mestre a vinda,
Seu eterno desígnio se finda.

192
Grandes Promessas ao Vencedor

Virá mudar dos crentes a existência.


Novos rumos dará à nossa consciência
A nós, humanos, um novo destino,
Sem dúvidas ou aflições... tudo novo.
Terá como bandeira o nome divino
Da estirpe de Davi, o precioso Renovo

Haverá paz, amor e ventura.


A espera compensada com fartura.
Mitigada será nossa ansiedade,
E novamente nos destinos certos.
Sem temores, livres de tropeços e apertos,
Caminhará para Sião a humanidade.
O Messias, Ilustre anunciado,
Há de voltar, pois foi profetizado.
El’ deu a vida pela caída humanidade,
Trar-nos-á, então, o edênico paraíso,
Receber-nos-á na Pátria com divino sorriso,
Se nEle tivermos fé, em Sua bondade.

Ele, a fonte de luz e esperança.


Ele, fonte de amor e bonança,
A paz espiritual concederá.
A nós outros, Sua terna doçura.
Há de guiar-nos radiantes à altura,
Onde a pátria celestial está.

8. Essa é a promessa das promessas, aquela que você e eu amamos mais


do que todas as coisas.

193
25 Sermões Expositivos

Aplicação

9. Alegre-se, irmão, cobremos novas forças, decidamos ser vencedores


por amor a Cristo.

10. Você e eu estaremos logo ao lado de Jesus, nas nuvens do céu.

V. Conclusão

1. Resumo.

Há uma só condição para o prêmio – vencer. Há preciosas e


grandíssimas promessas para você que luta legitimamente e vence.

A recompensa verdadeira não consiste em coisas como objetos. A


maior recompensa é Cristo.

2. Apelo final.

Paulo disse que estimava tudo como perda, como lixo, por amor a
Cristo. Ele havia deixado todas as coisas para ganhar a Cristo. Somente
assim é possível vencer.

VI. Chamado

1. Persuasão

Neste momento decido, pela graça de Deus, ser um digno vencedor,


um legítimo vitorioso em Cristo. Quero viver com Ele pela eternidade.

194
Grandes Promessas ao Vencedor

2. Convite

Quero hoje convidar, em nome de Cristo, a todos os irmãos presentes a


tomarem a mesma decisão: ser vencedores em Jesus.

Há alguém que deseja hoje ser um verdadeiro vencedor com Cristo?

Amém.

195
Terceira Série

MORDOMIA
CRISTÃ DA VIDA

“... Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre
o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor.” Mateus
25:21.

197
Sermão Nº. 1

SOMENTE
ADMINISTRADORES
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Ensinar que o verdadeiro


proprietário de todos os bens da
terra é Deus, e
que o homem é somente um
administrador e usuário.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte


reconheça sua condição de
administrador e encarregado das
propriedades do Senhor, e decida ser
um mordomo fiel.

3. Tema: Mordomia cristã.

199
SOMENTE
ADMINISTRADORES

I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Enrique Chaij, eminente pastor e destacado escritor adventista,


menciona em seu livro Felicidade e Harmonia no Lar, à página 67, o que
pensa o filho sobre o pai durante as diferentes etapas de sua vida. Chaij
destaca que normalmente um filho:

a. Aos 5 anos, pensa: “Tenho o maior pai do mundo”.

b. Aos 10 anos diz: “Meu papai é um gênio”.

c. Aos 15 anos, pondera: “Meu pai não é tão genial quanto pensava”.

d. Aos 20 anos, conclui: “Papai vive no século passado”.

e. Aos 25, deduz: “Papai tem razão em algumas coisas, mas...”

f. Aos 30 anos, reflexiona: “Agora compreendo, papai tinha razão...”

201
25 Sermões Expositivos

g. Aos 40 anos, já falecido o pai, diz: “Que bom seria ter papai como
conselheiro!”

Possivelmente essa descrição seja uma realidade em muitos casos. O


citado trecho reflete o produto da relação entre pais e filhos.

Qual é nossa relação com Deus, com nosso Pai celestial?

3. Proposição

Nesta manhã vamos estudar que a verdadeira relação que existe entre
Deus e os seres humanos, é uma relação de mordomia.

4. Texto-base:

5. Salmo 8:3-9.

II. O Que é Mordomia?

1. Latim: Mor = Maior e Domus = Casa

a. O mordomo é o maioral da casa, o servo de maior confiança e


lealdade.

b. Mordomia é a administração pelo maioral da casa, da fazenda ou do


império.

202
Somente Administradores

2. Em teologia, mordomia é a administração cristã da vida em todos seus


aspectos.

3. Um exemplo da relação de mordomia no Antigo Testamento é


Eliezer, servo de Abraão. (Gên. 24:1a 4; 15:2)

4. Gên. 2:15 ensina que Deus designou ao ser humano a tarefa de “lavrar
e guardar” o jardim do Éden.

5. Gên. 1:26 ensina que o Criador do Universo outorgou o senhorio, ou


o domínio de Sua criação ao homem.

6. A mordomia cristã possui princípios básicos:

a. Deus é dono de todo o Universo.

1) Porque é Criador. (Sal. 24:1e2)

2) Porque é Sustentador ( Col. 1:17, Isa. 41:10).

3) Porque é Redentor ( I Ped. 1:18-20).

b. O homem é somente um administrador, um usuário dos bens de


Deus. A autoridade que exerce é-lhe delegada (Gên. 2:15).

c. Somente sob a direção de Deus pode ele exercer sábia mordomia. A


Bíblia é o manual infalível para o exercício da administração dos bens de
Deus (Isa. 55:8,9; Tiago 1:5; João 15:5).

d. Deve-se colocar a Deus em primeiro lugar.

203
25 Sermões Expositivos

1) Seus requerimentos e mandados têm prioridade sobre nossos


interesses pessoais, familiares ou terrenos (Marcos 10:21-23).

2) Se assim fizermos, as outras coisas virão em conseqüência.

3) O problema do jovem rico era esse. Amava mais as riquezas do


que a Deus.

e. A base de uma mordomia fiel, íntegra e leal é o amor de Deus.

1) Todo aquele que ama, dá. O governo de Deus está baseado no


amor. (João 3:16; Atos 20:35)

2) “Pode-se dar sem amar, porém não se pode amar sem dar”.

7. Citação
“‘Deus criou o homem a Sua imagem’ (Gên. 1;27), e era Seu intento
que quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse esta
imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador.” Ed, 15.

8. Antes do pecado havia uma perfeita relação entre Deus e Sua criatura,
o homem. Tudo era harmonia entre Deus e Sua criação.

DEUS (Dono)

HOMEM (Administrador)

9. Depois da entrada do pecado introduziu-se a desordem:

a. O homem cogita que é dono de tudo.

204
Somente Administradores

b. Esquece-se de Deus; coloca-O em segundo lugar.

c. Olvida-se de sua dependência dEle e de Suas instruções.

d. Conseqüências: caos, desordem, anarquia.

1) Sofrimento da humanidade.

2) Má administração, pecado.

10. Ilustração

Carlos era um engenheiro civil. Levado pelas atrações da vida secular


afastou-se da igreja. Tornara-se um ex-adventista. Como profissional
ganhou muito dinheiro, viveu como quis. Passou-se muito tempo. Um dia,
ele apareceu na igreja e assistiu ao cultos de sábado.

O pastor aproximou-se para saudá-lo e perguntou-lhe amavelmente:


“O que o influenciou para voltar à igreja?”

Carlos respondeu: “Provei todos os caminhos, todos os prazeres e


tudo o que o mundo podia me oferecer; porém nunca fui feliz. Quero
reencontrar a felicidade de antes. Quero voltar a Cristo.”

11. A vida sem Cristo, a mordomia sem Cristo não são verdadeiras.

12. O sublime princípio da mordomia e seu maior exemplo é Cristo.

13. Citação

205
25 Sermões Expositivos

“O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O abnegado amor de


Cristo é revelado na cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, deu Ele
tudo quanto possuía, e em seguida Se deu a Si mesmo. A cruz de Cristo
apela para a beneficência de todo seguidor do bendito Salvador. O princípio
ali ilustrado é dar, dar. Isto levado a efeito em real beneficência e boas
obras é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos é
adquirir, adquirir, e assim esperam conseguir felicidade; mas, levado a
efeito em todos os seus aspectos, o fruto é miséria e morte.” CSM, 14.
Aplicação

14. Demos graças a Deus por havermos sido constituídos mordomos Seus.
Sejamos fiéis na administração de Seus tesouros.

15. Somente a direção divina provê sabedoria suficiente para se exercer


uma administração correta.

III. Áreas da Mordomia Cristã

1. O que o homem tem para administrar? Muitíssimo!

2. O homem deve administrar a sua própria vida. Pode ser por pouco ou
muito tempo, como 10, 20, 50 ou 90 anos.

3. Por isso Moisés pediu sabedoria a Deus (Sal. 90:12).

4. De que se compõe a vida? De quatro áreas principais:

a. Templo do corpo, nossa saúde (I Cor. 6:19 e 20).

206
Somente Administradores

1. Cada órgão, nervo e célula pertencem a nosso Criador.

2. Cada segundo de vida que temos é devido à graça de Deus.

3. Cada pensamento pertence a Deus.

b. Talentos e habilidades (Efés. 1:8; Tia. 1:17). Cada capacidade,


habilidade natural ou adquirida, é devida ao Senhor.

c. Tempo. É a única dádiva de Deus distribuída por igual,


diariamente, a cada ser humano (Êxo. 20: 8 a 11).

d. Bens materiais, conhecidos como tesouros (Sal. 8: 3 a 9).

1. Deus honrou sobremaneira ao homem.


2. Somente nos resta louvar a nosso amoroso Senhor.

5. Qual é o propósito das muitas dádivas do Criador?

Citação

“A única maneira que Deus ordenou, para fazer avançar Sua causa, é
abençoar os homens com propriedades. Dá-lhes Sua luz do Sol e a chuva;
faz a vegetação medrar; dá saúde e habilidade para adquirir meios. Todas as
nossas bênçãos provêm de Suas munificentes mãos. Por sua vez, deseja que
os homens e mulheres mostrem sua gratidão devolvendo-Lhe uma parte em
dízimos e ofertas – em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo
pecado.” TS, vol. 2, pág. 41.

Aplicação

207
25 Sermões Expositivos

6. Peçamos a Deus sabedoria para administrar cada área de nossa vida.


(Salmos 90:12)

7. Digamos como Paulo : “...a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé
do Filho de Deus...” Essa é a boa e legítima atitude cristã!

IV. Recompensa da Mordomia Fiel

1. Mateus 25:14-30 ensina-nos preciosas lições.

2. O termo talento tem aqui pelo menos dois significados:

a. bens materiais.

b. Capacidades naturais ou espirituais.

3. Ocupar-nos-emos agora do sentido do vocábulo em termo de posses


materiais.

4. Essa parábola ensina que todos os homens recebem dádivas da parte


de Deus, conforme sua capacidade para administrar e segundo a sabedoria
celestial.

5. Também aprendemos outra lição desse texto:

Deus pedirá contas exatas de Suas dádivas, do uso que lhes havemos
dado.

6. A quarta lição que encontramos é que os negligentes e ociosos


receberão a penalidade segundo suas obras e atitudes.

208
Somente Administradores

7. A quinta é a mais extraordinária lição: Deus recompensará a


mordomia fiel.

8. Há aqui alguns aspectos da recompensa de Deus para Seus fiéis


mordomos:
a. Aprovação do Criador. “Bem está, servo bom e fiel...”

b. Maiores honras e responsabilidades: “...foste fiel no pouco, sobre


muito te colocarei...”

c. Gozo, felicidade eterna: “... entra no gozo do teu Senhor...”


9. Qual é a recompensa na Terra?

a. Deus supre cada uma de nossas necessidades (Fil. 4:19).

b. Dará bênçãos em abundância. (Mal. 3:10)

c. Proteção contra o inimigo. (Mal. 3:12)

d. Segurança absoluta da proteção divina. (Sal. 91:1-16)


10. Citação

“Nesta vida alguns receberão cem vezes tanto e a vida eterna no


futuro. Porém, há quem não receberá tanto aqui porque não poderia
suportar a carga. Caso se lhes oferecesse muito, converter-se-ião em
mordomos imprudentes.
“O Senhor retém-lhes os recursos para seu bem, todavia, o tesouro no
céu está-lhes assegurado.” Testimonies, vol. 1, pág. 226

209
25 Sermões Expositivos

Aplicação

11. Aprendamos a confiar em Cristo, em Seu amor e justiça. Ele tem


uma preciosa recompensa para você e para mim.

12. Não nos cansemos de fazer o bem, de administrar bem. “...porque a


seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” (Gál. 6:9)

V. Conclusão

1. Resumo

Citação

“Um mordomo se identifica com os interesses de seu amo. Os


interesses de seu amo se convertem nos seus próprios... Cada cristão é um
administrador de Deus, que tem a seu cargo os bens do seu Senhor...”
AFC, 222.

2. Apelo

Você se identifica com os interesses do seu Senhor? Que tipo de


mordomo você se considera? Deus permita que possamos escutar de Jesus
estas palavras: “Bem está, servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor.”

VI. Chamado

1. Persuasão

210
Somente Administradores

Louvo a Deus por fazer-me Seu mordomo. Neste momento, quero


pedir-Lhe que me ajude a ser leal e a identificar-me com Seus interesses.

2. Convite

Alguém mais quer agradecer a Deus por torná-lo um mordomo Seu, e


decide hoje seguir todas as Suas orientações para administrar corretamente
os bens do Senhor?

Amém.

211
Sermão Nº. 2

MORDOMIA DO TEMPLO
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Explicar como administrar


sabiamente nosso corpo, que é o
templo do Espírito Santo.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte decida


seguir os conselhos da Palavra de
Deus no cuidado do seu corpo.

3. Tema: Mordomia do corpo.

213
MORDOMIA DO TEMPLO

I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

No dia 30 de março de 1988, o diário O Comércio informou que por


100 yenes (uns 80 centavos de dólar) os japoneses podiam tomar oxigênio
puro em um bar chamado “Bar da Energia”, instalado dentro de um dos
grandes shoppings de Tóquio.

Respirar oxigênio a 95%, dizia a nota, é refrescante depois de


exercícios pesados como aeróbica ou futebol, e revitalizador após um
cansativo dia de trabalho. Marasu Kageyama, o proprietário do único bar de
oxigênio até então, afirmou que a maioria dos clientes, que oscilava entre
40 e 50 por dia, eram pessoas com afinidades esportivas e preocupadas com
a saúde.

Sim, a saúde é um tesouro incalculável. Todos a buscamos e tratamos


de conservá-la a qualquer custo.

215
25 Sermões Expositivos

3. Proposição

Hoje vamos estudar, á luz da Sagrada Escritura, como exercer um


sábio cuidado de nossa saúde, de nosso corpo, que é o templo de Deus.
4. Texto-base: I Coríntios 6:16-20

II. Mediante uma Alimentação Adequada

1. III S.João 2. “Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e
saúde...”

2. O propósito de Deus é que vivamos sãos, que tenhamos saúde, que


sejamos vigorosos e felizes.

3. Deus não criou a enfermidade. Ela é conseqüência do pecado e da


desobediência ás leis da saúde.

4. Citação

“Ao sair Adão das mãos do Criador era de nobre estatura e perfeita
simetria. Tinha mais de duas vezes o tamanho dos homens que ora vive
sobre a terra, e era bem proporcionado. Suas formas eram perfeitas e cheias
de beleza. Sua cútis era nem branca ou pálida, mas rosada, reluzindo com a
rica coloração de sua saúde”... HR, 21

5. Nosso Deus deseja que alcancemos um dia esse ideal de


desenvolvimento, de saúde, de perfeição natural. Por que estamos hoje
decaindo em nosso desenvolvimento? Por causa do pecado.

216
Mordomia do Templo

6. Como podemos começar a reconstrução desse templo semidestruído?


Seguindo sempre a orientação divina.

7. Gênesis 1:28-30. Devemos ter uma alimentação vegetariana.

a. Vegetariana 100%.

b. Nunca foi o plano do Senhor que comêssemos carne.

c. No plano de Deus não existia a morte de pessoas, animais e


plantas.
d. A causa da morte é o pecado. A origem do consumo da carne
como alimento foi o pecado. Comer carne é comer um dos frutos do pecado
(Rom. 6:23).

8. Depois do dilúvio, pela escassez de vegetais para a alimentação


humana e a degradação do organismo humano, Deus permitiu, em um ato
de tolerância, o uso da carne. (Gên. 9:2-4)

9. A partir de então a carne somente poderia ser comida como medida


excepcional, de auxílio, porém não a regra.

10. E mais, dentro dessa exceção o Senhor fez separação entre carnes
limpas e imundas. (Lev. 11: 1 -19 )

a. Animais limpos ( explicar ).

b. Animais imundos ( explicar).

217
25 Sermões Expositivos

11. Praticar o maravilhoso princípio da temperança. Que é temperança? O


“uso moderado do que é bom e abstinência total do que é danoso.

a. Moderação, cautela com o que é bom.

b. Abandono, dispensar o que não edifica.

12. Conselhos práticos de saúde:


a. Abstenção de bebidas alcoólicas, drogas, estupefacientes, etc.
b. Açúcar: uso moderado.

c. Adornos: uso mínimo.

13. Uso de condimentos?

Citação

“... Os condimentos são prejudiciais em sua natureza. A mostarda, a


pimenta, as especiarias, os pickles, e coisas semelhantes, irritam o estômago
e tornam o sangue febril e impuro. O estado de inflamação do estômago do
bêbado é muitas vezes pintado para ilustrar os efeitos das bebidas
alcoólicas. Condição semelhante de inflamação é produzida pelo uso de
condimentos irritantes. Dentro em pouco a comida comum não satisfaz o
apetite. O organismo sente necessidade, forte desejo de alguma coisa mais
estimulante. CBV, 325

14. Uso do chá e café? Cuidado!

Citação

218
Mordomia do Templo

“O chá atua como estimulante, e, até certo grau, produz intoxicação.


A ação do café, e de muitas outras bebidas populares, é idêntica. O primeiro
efeito é estimulante. São excitados os nervos do estômago; estes
comunicam irritação ao cérebro, o qual, por sua vez, desperta para
transmitir aumento de atividade ao coração e uma fugaz energia a todo o
organismo. Esquece-se a fadiga; parece aumentar a força. Desperta o
intelecto, torna-se mais viva a imaginação... Mas é um engano... Uma vez
dissipada a influência do estimulante, abate-se a força não natural, sendo o
resultado um grau correspondente de languidez e fraqueza”. CBV. 326

15. A dieta balanceada inclui somente o saudável, o indispensável, que


consiste em:

a. Proteínas.

b. Carboidratos.

c. Sais minerais.

d. Vitaminas

e. Gorduras de origem vegetal.

16. O corpo de um adulto requer em média 2.500 a 3.000 de calorias.

Aplicação

17. A alimentação vegetariana é a melhor.

219
25 Sermões Expositivos

18. Pode-se deixar a carne com oração e substituindo adequadamente.

19. Citação

“Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma


variedades de cereais, nozes, verduras, e frutas, os quais serão a um tempo
nutritivos e apetitosos. Isto se necessita especialmente no caso de pessoas
fracas, ou carregadas de contínuo labor... Devemos, porém, considerar a
situação do povo e o poder de um hábito de toda a vida, sendo cautelosos
em não insistir indevidamente, mesmo quanto a idéias justas. Ninguém
deve ser solicitado a fazer abruptamente a mudança. O lugar da carne deve
ser preenchido com alimento são e pouco dispendioso. A esse respeito,
muito depende da cozinheira...

Em todos os casos, educai a consciência, aliciai a vontade, supri


alimento bom, saudável, e a mudança se efetuará rapidamente,
desaparecendo em breve a necessidade de carne.” CBV, 316, 317.

III. Obedecendo às Leis de Saúde

1. Devemos prestar atenção aos oito conhecidos princípios de saúde,


também chamados de oito remédios naturais. São eles: exercício, repouso,
ar puro, luz solar, confiança em Deus, alimentação natural, temperança e
água.

2. Trabalho, exercício físico.

a. II Tess. 3:10. Quem não trabalha, não coma.

220
Mordomia do Templo

b. O exercício físico fortalece os músculos, a saúde, o corpo.

c. As caminhadas e os esportes também proporcionam melhor saúde.

d. Prov. 6:6-9.

3. Repouso, sono suficiente.

a. O descanso depois de um árduo trabalho é fundamental.

b. Deve-se dormir o suficiente: oito horas em média para as crianças


e adultos entre cinco e oito horas.

c. O correto é ter um horário regular para dormir o tempo necessário.

4. Ar puro. Deve-se procurar sempre o ar mais puro para garantir uma


excelente purificação do sangue de nosso organismo. Devemos aprender a
respirar corretamente. A respiração diafragmática é a mais adequada.

5. Confiança em Deus. É uma medicina efetiva para a alma, para nossa


saúde. (Salmo 23)

6. Desfrutar a luz solar. É a maravilhosa fonte de vitamina para a saúde.

7. Água. O banho diário e os tratamentos hidroterapêuticos são


verdadeiros tonificantes. Ingerir 8 copos diariamente produz boa digestão e
saúde em geral.

8. A abstinência e o jejum. Isto significa ter domínio-próprio, moderação


e equilíbrio. Usar o sentido comum, a razão. (Rom. 12: 1, 2; Mat 4: 2, 4)

221
25 Sermões Expositivos

9. Alimentação natural e equilibrada. Recordamos que a alimentação


original, e a melhor, é vegetariana. Carne só em caso de emergência.

10. III João 2 “ Amado acima de tudo faço votos para sua prosperidade e
saúde...”

Aplicação

11. Peçamos a Deus sabedoria para vivermos saudavelmente. Ele pode


e quer que seu filhos sejam forte e sadios.

12. Se colaborarmos com o seu plano para nós eu e você sempre


estaremos bem de saúde.

VI. Buscando a Glória de Deus em Tudo

1. I Cor. 6: 12; 10: 23.


a. Frente às coisas temos de usar o bom senso, devemos deixar-nos
guiar pelo Espírito de Cristo.

b. Conclusão: nem todas as coisas lícitas edificam a vida cristã.

2. Qual é o melhor critério?

I Cor. 10: 31  Buscar a glória de Deus em tudo, não a glória


humana.

3. O que é temperança?

222
Mordomia do Templo

a. Uso moderado do bom.

b. Abstinência total do danoso.

4. Outro principio é o da dedicação

a. Cristo de maneira prática. (Rom. 12: 1, 2)

5. O domínio próprio é uma virtude fundamental do processo do


crescimento espiritual. ( II Ped. 1: 5, 6 ).


Virtude
Conhecimento
Domínio
Próprio
Piedade
Paciência

6. Fil. 4:13 – “Posso todas as coisas nAquele que me fortalece.”

7. “ A saúde é uma bênção cujo valor poucos apreciam; não obstante,


dela dependem sobremaneira a eficácia de nossas faculdades mentais e
físicas. Nossos impulsos e paixões tem sua sede no corpo, e esse deve
conservar-se na melhor condição física e sob as influências espirituais, a fim
de que possa propiciar o melhor uso de nossos talentos.” LPGM, 316.

Aplicação

223
25 Sermões Expositivos

8. Você e eu temos o sagrado dever de cuidar de nossa saúde da melhor


maneira. Essa é uma graciosa oferenda de amor a nosso Criador.

9. Cuidar da saúde proporciona felicidade e paz nesta vida. Também


produz harmonia com Deus.

V - Conclusão

1. Resumo

O Senhor deseja que gozemos o melhor estado de saúde. Deu-nos a


alimentação original. Deu-nos todas as indicações adicionais, mesmo em
nossos dias, através do Espírito de Profecia. Portanto, não temos desculpas
para destruir o templo do Espírito, que somos cada um de nós. (I Cor. 3:17)

2. Apelo

O que você fará a partir de hoje? Obterá, com a ajuda de Deus, um


bom estado de saúde. Ou, seguindo seus próprios caminhos, a arruinará
mais e mais?

224
Mordomia do Templo

VI - Chamado

1. Persuasão

Em nome de Deus quero, neste momento, convidar a todos os


presentes a tomarem a decisão de cooperar com nosso Deus para nossa
salvação, cuidando de nosso corpo, mantendo-o sadio.

2. Decisão

Quantos desejam alcançar e manter uma boa saúde pela graça de


Deus?

Amém.

225
Sermão Nº. 3

Administração
dos talentos
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Ensinar que cada capacidade, habili-


dade ou destreza, natural ou
adquirida, são dádivas de Deus,
pelas quais
Ele nos pedirá contas.

2. Propósito específico: Conseguir que cada ouvinte decida


consagrar todos os seus talentos a
Deus.

3. Tema: Mordomia dos talentos.

227
ADMINISTRAÇÃO
DOS TALENTOS
1. Introdução

1. Saudações

2. Motivação

Alguém disse certa vez: O talento com que nascemos é um presente


de Deus para nós. A forma como o utilizamos é nosso presente a Deus.

Na revista Seleções, de janeiro de 1989, à pág. 33, foi publicada esta


frase que ilustra o uso de nossos talentos:

“São poucos, entre nós, os que utilizam ao máximo suas capacidades.


Somos como pessoas que possuem mansões, mas só habitam no sótão.”

Evidentemente, pouquíssimas pessoas conseguem desenvolver todo o


seu potencial natural. Entretanto, é plano divino que progridamos, que
cresçamos, que sejamos “cabeça e não cauda”.

229
25 Sermões Expositivos

3. Proposição

Hoje vamos analisar à luz da Palavra de Deus, como exercer bem a


mordomia dos talentos que o Senhor nos concedeu.

4. Texto-base:

Mateus 25: 14 a 30.

II - Deus Concede Talentos a Seus Filhos

1. O termo talento, nesta parábola, tem duas acepções: 1ª) bens


materiais
2ª) capacidades ou habilidades.

2. A partir de agora nos referiremos a ele como capacidade ou


habilidade.

3. Essa parábola ensina que Deus distribui os dons naturais segundo Sua
sabedoria e nossas possibilidades de desenvolvimento. (Fil. 2:19)

4. Que dons naturais concede Deus? Muitos. Habilidades físicas,


mentais, espirituais, sociais e outras.

5. Faculdades físicas:

a. Forças.

b. Vigor natural, vitalidade.

c. Saúde.

230
Administração dos Talentos

d. Dom da fala.

e. Visão.

f. Tato.

6. Faculdades mentais

a. Inteligência.

b. Memória.

c. Conhecimento.

d. Experiência.

e. Raciocínio.

f. Intuição.

g. Visão.

h. Projeção.

7. Faculdades espirituais

a. Fé.

231
25 Sermões Expositivos

b. Amabilidade.

c. Amor.

d. Paciência.

e. Cortesia.

f. Bom caráter.

8. Faculdades sociais.

a. Influência.

b. Autoridade.

c. Responsabilidade.

d. Graças sociais.

e. Cultura.

f. Amizade, capacidade de fazer amigos, etc.

232
Administração dos Talentos

9. I Cor. 12:11. O Senhor reparte essas faculdades segundo Sua graça,


amor e poder.

10. “A verdadeira educação é a preparo das faculdades físicas, mentais e


morais para a execução de todo dever; é o adestramento do corpo, da mente
e da alma para o serviço divino. Esta é a educação que perdurará pela vida
eterna.” PVGM, 265.

11. Deut. 8:17-18. Jeová é quem concede poder de adquirir riquezas, para
realizar as coisas.

12. Deus pedirá contas de todos os talentos que nos concedeu, do uso que
fizemos deles. Que tipo de conta você Lhe prestará?

13. II Cor. 5:10. Deus trará a juízo toda obra, quer seja boa quer seja má.

a. Se você estiver executando bem sua mordomia, ótimo. Continue.

b. Se está fazendo mau uso das dádivas de Deus, detenha-se, mude de


rumo e Deus o abençoará.

Citação

“...O desenvolvimento de todas as nossas faculdades é o primeiro dever


que temos para com Deus e nosso próximo. Ninguém que não cresça
diariamente em capacidade e utilidade, está cumprindo o propósito da vida.
Ao fazermos uma profissão de fé em Cristo, assumimos o compromisso de
nos desenvolvermos, na medida plena de nossa capacidade, como obreiros
para o Mestre, e devemos cultivar toda faculdade até o mais elevado grau
de perfeição.” PVGM, 264, 265.

233
25 Sermões Expositivos

Aplicação

16. Oremos a Deus para que nos ajude a crescer cada dia em eficiência,
verdade e capacidade.

17. Você e eu devemos alcançar o máximo desenvolvimento em Jesus


Cristo.

18. Desenvolva o máximo suas potencialidades!

II. Qual é o Propósito de Deus em Dar-nos Talentos?

1. A felicidade de Seus filhos, sejam eles cristãos ou não.


2. Citação

“Muitos a quem Deus tem qualificado para fazer um excelente


trabalho, realizam muito pouco porque pouco empreendem. Muitos passam
pela vida como se não tivessem objetivo definido pelo qual viver, nem
norma a alcançar.” PVGM, 266.

3. Outro propósito de Deus para é a nossa perfeição (Mat. 5:48).


“Portanto, sede, vós perfeitos, como perfeito é vosso Pai Celeste.”

4. O terceiro propósito dos talentos é a capacitação para a obra do


ministério (Efés. 4:12 e 13).

5. Nosso dever como pessoas, como cristãos, como igreja do Senhor, é


concluir a obra, completar a missão (Mat. 24: 14).

234
Administração dos Talentos

6. Em quarto lugar, podemos entender que os talentos e a habilidades


que Deus nos dá são para servir nosso semelhante.

a. Como profissionais: médicos, enfermeiros, professores.

b. Como bom vizinho, amigo e companheiro de trabalho.

c. Como trabalhador exemplar, empregado, servidor público ou


privado, como um fiel cristão.

7. Mat. 5:13 e 14 – Esse é o plano de Deus para a utilização dos talentos.

a. Que sejamos luz para todos.

b. Que sejamos o sal da Terra.

8. Citação

“Muitos que, mediante labor diligente poderiam haver sido uma


bênção para o mundo, ficaram arruinados por causa da ociosidade. A falta
de utilização e de um propósito determinado, abre a porta a milhares de
tentações.” PVGM, 281.

Aplicação

9. Colaboremos com Jesus Cristo em Seus santos propósitos para nossos


talentos.

235
25 Sermões Expositivos

10. Você e eu podemos, pela graça de Cristo, elevar-nos a maiores níveis


de perfeição, felicidade e fidelidade.

VI - Bênçãos do Sábio Uso dos Talentos

1. Tudo se torna possível pela graça de Deus.

2. Citação

“Quando a vontade do homem coopera com a vontade divina, chega


a ser onipotente. Qualquer coisa que se deva fazer por ordem Sua, pode ser
conseguida com a força de Deus. Todos os Seus mandamentos são
habilitações.” PVGM, 286.

3. Exemplos bíblicos maravilhosos:

a. Daniel e seus companheiros em Babilônia e Medo-Pérsia.


1) Uniram sua vontade à de Deus. (Dan. 1: 8).
2) Mais robustos que os outros ( Dan. 1: 15 ).
3) Foram achados 10 vezes mais sábios que os outros.(Dan. 1: 20).

b. José no Egito consagrou todos os seus talentos e coração a Deus,


foi íntegro. Deus o exaltou desde a cárcere e ao cume do êxito no palácio de
Faraó, na liderança do império. ( Gên. 41: 39- 43 )

c. Paulo consagrou suas capacidades, inteligência, fé, todo seu ser a


Cristo. (Gál. 2: 20).
1) Paulo escreveu mis de 50% dos livros do Novo Testamento.
2) Pregou muito.
3) Aconselhou, orientou, ensinou muito.

236
Administração dos Talentos

4) Organizou muitas igrejas.


5) Foi o pastor e mestre da igreja. Um exemplo da verdade viva.

d. Jesus uniu sua vontade à do Pai. Ele é nosso modelo perfeito.


( Heb. 12: 2, 3 ) O Pai O exaltou ao máximo.

4. Dedicar a Deus os talentos, consagrar-nos e viver para Ele é a


melhor e a maior obra que podemos realizar.

5. Quais as tarefas que podemos cumprir na igreja?

a. Pregador, conferencista.

b. Estudos bíblicos, classes bíblicas e batismais.

c. Cargos diversos na igreja, com responsabilidade e esmero.

d. Música de diferentes maneiras.

e. Diversas tarefas mais.

Aplicação

6. A verdadeira felicidade do cristão consiste em dedicar seus talentos


a Deus. Se temos poucos ou muitos talentos, dediquemo-los a Deus e Ele
os multiplicará e aprimorará.

VI. Conclusão

1. Resumo

237
25 Sermões Expositivos

Deus reparte múltiplos talentos. Também os deu a Lúcifer que os


malverteu, para sua própria glória, para seus próprios interesses. Um dia
Lúcifer voltou-se contra Deus e fracassou.

João 15: 5 ensina que separados de Cristo nada podemos fazer.

2. Apelo

A quem você dedica seus talentos?

VI. Chamado

Convido-o a dedicar a Jesus tudo o que você é e tudo o que tem de


valor.

2. Decisão

Há aqui alguém que está disposto a dedicar toda sua vida e talentos
a Cristo?

Amém

238
Sermão N°. 4

A MORDOMIA DO TEMPO
Dados Prévios

1. Idéia homilética: Ensinar como administrar


sabiamente o dom que Deus nos
concede.

2. Propósito específico: Conseguir que cada ouvinte decida


consagrar a Deus o dia do sábado, e
administrar com sabedoria os outros
dias da semana.

3. Tema: Mordomia do tempo.

239
A MORDOMIA DO TEMPO
I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Uma antiga oração irlandesa diz assim:

Tome tempo para trabalhar; é o preço do êxito.


Tome tempo para pensar; é a origem do poder.
Tome tempo para amar e ser amado; é o privilégio dos deuses.
Tome tempo para brincar; é o segredo da eterna juventude.
Tome tempo para ler; é o fundamento da sabedoria.
Tome tempo para sonhar; é como prender seu carro a uma estrela.
Tome tempo para fazer amigos; é o caminho da felicidade.
Tome tempo para olhar ao redor; o dia é curto para ser egoísta.
Tome tempo para rir; é a música da alma.”

Seleções, janeiro de 89, pág. 58

Sim, tome tempo para tudo isso, porém, antes de tudo, separe tempo
para se relacionar com Jesus.

241
25 Sermões Expositivos

3. Propósito

Hoje vamos analisar a sagrada responsabilidade que temos de


administrar sabiamente o precioso dom do tempo que o Senhor nos
concede.

4. Texto-base :

Salmos 90: 12

II. Tempo Para Uso Próprio

1. Que é tempo?
a. Material que está feito a vida.

b. Período, espaço que media entre o nascimento e a morte.

c. Talento igualmente repartido ao ser humano, cada dia.

2. O êxito na vida depende do sábio uso dos talentos, particularmente do


tempo.

3. Como distribuiu Deus o tempo em relação ao homem?

a. 85,7% para o uso do homem.

b. 14,3% para uso exclusivo no serviço de Deus.

242
A Mordomia do Tempo

4. Esses 85,7% para o homem equivalem aos seis dias da semana , de


domingo à sexta-feira.

5. O Senhor ordenou: “Seis dias trabalharás e farás toda tua obra...”


(Êxodo 20:9). Esse é o plano de Deus.

6.Que significa isso na vida de cada pessoa?

a. Se você vive só 25 anos, terá 9.495 dias para administrar.


b. Se você chega a 50 anos, terá tido 18.980 dias para administrar.

c. Se você vive 80 anos, terá administrado 29.200 dias.

7. Aqui se vê a transcendência da oração de Moisés: (Salmo 90:12).

a. Ensina-nos a contar os nossos dias.

b. Dá-nos sabedoria, alegria ao coração.

8. Como se faz uma administração sábia? Planificando o uso de cada um


dos dias sob a direção de Deus. Tal planejamento inclui:

a. Tempo para a devoção pessoal na primeira hora do dia. (Mar.


1:35)

b. O culto familiar. (Jó. 1:5)

c. Trabalho cotidiano. (Êxo. 20:9)

243
25 Sermões Expositivos

d. Tempo para a aprimoramento pessoal.

e. Tempo para a recreação.

f. Tempo para a família.

g. Tempo para o testemunho de nossa fé. (Mar. 5:20)

9. Citação

“Nosso tempo pertence a Deus. Cada momento é seu, e nos achamos


sob a mais solene obrigação de aproveitá-lo para sua glória. De nenhum
outro talento que nos haja dado, requererá Ele a mais estreita conta do que
nosso tempo.” PVGM, 277

Aplicação

10. Aproveitemos devidamente o tempo de graça que Deus nos outorga


cada dia.

11. Rendamos a Deus uma parte de cada dia para estar em comunhão
com Ele.

III. Tempo Exclusivo Para Deus (Êxo. 20:8, 10-11)

1. Só os 14,3% do tempo que desfrutamos pertence exclusivamente a


Deus.
a. Isto equivale ao dia do sábado.

244
A Mordomia do Tempo

b. O sábado equivale a 14.3% do total tempo que temos.

2. “Lembra-te” cada semana desse privilégio. Dedique-se unicamente a


Deus nesse dia.

3. Quais são as razões dessa exclusividade? (Êxo. 20:11)

a. A Criação.

b. O repouso.

c. A bênção que Deus pôs sobre o sábado.

d. A santificação divina desse dia.

4. Como se deve administrar o sábado? Eis aqui uma magnífica sugestão


:

a. Recepção do sábado ao pôr-do-sol da sexta-feira. Culto familiar


ou pessoal.

b. Culto de consagração no templo ou uma reunião familiar de


dedicação a Jesus, na impossibilidade de se ir à igreja.

c. Deitar-se cedo, sono prazenteiro.

5. Quais devem ser as outras atividades do dia do Senhor?

245
25 Sermões Expositivos

a. Assistência ao Conselho de Professores ou de crianças.


b. Assistência á Escola Sabatina e ao Culto Divino. ( Salmo 122:1)

6. Lucas 4:16-18. Jesus tinha o costume de ir à igreja cada sábado. Lá


Ele lia a Bíblia.

7. O que fazer nas tardes de sábado? Devemos usar nossos talentos ao


máximo para o serviço de Deus:

a. Dando estudos bíblicos.


b. Fazendo trabalho missionário.
c. Cantando em corais, quartetos, conjuntos, etc.
d. Participando de escolas sabatinas filiais.
e. Participando do programa dos Jovens Adventistas.
f. Despedindo-se do sábado na igreja ou em casa.

8. Marcos 2:27-28. Jesus é o Senhor do sábado. Ele nos deu o exemplo


assistindo costumeiramente aos serviços do templo.

9. Citação

“Os pais deveriam ensinar a seus filhos o valor e o devido uso do


tempo. Ensine-se-lhes que vale a pena lutar para fazer algo que honre a
Deus e beneficie a humanidade. Mesmo com pouca idade podem ser
missionários para Deus.” PVGM, 280

246
A Mordomia do Tempo

Aplicação

10. Aprendamos de Cristo, cada dia, o uso adequado do tempo.

a. Trabalhemos diligentemente nos seis dias da semana.

b. Descansemos no sábado como Jesus o fez.

11. Somente assim prestaremos boas contas a nosso Deus.

IV. Como Remir o Tempo?

1. Muitas vezes desperdiçamos o tempo inutilmente.

a. Dedicando-nos a coisas sem importância.


b. Milhões de seres humanos passam pela vida sem objetivos.
c. A ociosidade é o maior perigo que persegue os seres humanos e os
conduz ao pecado.

2. Rom. 13:11. Paulo exorta a igreja de hoje.

a. Conhecendo o tempo, levantemo-nos do sono, já é hora.


b. Nossa salvação está mais próxima do que antes, que quando
cremos.

3. Col. 4:5 Paulo exortou aos colossenses e agora o faz a cada um de


nós: “Andai sabiamente ... remindo o tempo...”

247
25 Sermões Expositivos

4. É possível resgatar o tempo perdido? De modo nenhum! Porém,


lembre-se desta orientação:

Citação

“Somos admoestados a remir o tempo. Porém, o tempo desperdiçado


jamais pode ser recuperado. Não podemos fazer retroceder um momento
sequer. A única maneira na qual podemos redimir nosso tempo é
aproveitando o máximo o que nos resta, colaborando com Deus em seu
grande plano de redenção.” PVGM, 277

5. Sim, o melhor que podemos fazer é aproveitar os poucos dias de graça


que nos restam na Terra

Citação

“ Não temos senão uns poucos dias de graça para nos prepararmos
para a eternidade. Não temos tempo a perder, nem a dedicar aos prazeres
egoístas ou para entregar-nos ao pecado... O homem que aprecia o tempo
como seu ‘dia de trabalho’, preparar-se-á para a mansão e vida imortais.
Valerá a pena que haja nascido.” PVGM, 277

6. A revista Seleções, do mês de fevereiro de 1976, à página. 60, traz as


palavras de Somerset Maugham que diziam: “É errado crer que o gênio está
sempre em ação... o gênio conhece a importância do momento (tempo) e o
aproveita, enquanto os demais o desperdiçam.”

7. 1 Cor. 7:29. Paulo disse que o tempo é curto. Dediquemos o tempo


que nos resta a operar nossa salvação, a vida eterna.

Aplicação

248
A Mordomia do Tempo

8. Você e eu devemos pedir a Deus sabedoria para remir o tempo.

9. Citação

“De nenhum outro talento que nos deu requererá Ele a mais estrita
conta do que de nosso tempo.” PVGM, 277

V. Conclusão

1. Resumo

João 9:4. Jesus nos ensinou o dever de trabalhar durante o dia, e


mesmo à noite.

O cristão fiel não pode ser ocioso. Há tempo para Deus e para o
homem (Ecles. 3:1-8).

2. Apelo

Peçamos a direção divina para administrar sabiamente o dom do tempo.

VI. Chamado

1. Persuasão

Quero dedicar a Deus seis dias da semana que Ele me dá, para utilizá-
los conforme Sua vontade.

Quero dedicar o dia do sábado a Seu serviço, honra e glória.

249
25 Sermões Expositivos

2. Decisão

Há aqui algum irmão que quer fazer o mesmo pacto com Deus?

Amém.

250
Sermão Nº. 5

A MORDOMIA
DAS POSSES
Dados Prévios

1. Idéia Homilética: Explicar que, de todas as possessões


que Deus outorga a Seus filhos, Ele
reserva para Sua obra 10%, e mais
as ofertas regulares, as de gratidão e
os pactos de fé.

2. Propósito Específico: Conseguir que cada ouvinte decida


devolver fielmente ao Senhor os
dízimos, as ofertas de louvor e
cumprir as promessas de fé.

3. Tema: A Mordomia das posses ou bens.

251
A MORDOMIA
DAS POSSES
I. Introdução

1. Saudações

2. Motivação

“IBM, a companhia mais poderosa dos Estados Unidos.” Assim titulou


O Comércio, no dia 30 de maio de 1988, o fato de, pelo quarto ano
consecutivo, a International Business Machines, IBM, estar à testa das 500
empresas economicamente mais poderosas dos Estados Unidos.

Em 1988 estimava-se que o valor das ações da IBM estivesse na casa


dos 69.000 milhões de dólares, cifra não superada por nenhuma empresa
na América do Norte. Assim, a IBM era a mais rica dos USA.

Porém, o poder dessa empresa é limitado. Nós sabemos que o único


Todo-Poderoso é Jeová, porque é o verdadeiro Amo, Senhor e dono dos
céus e da terra, do universo inteiro. Ele é o Criador.

253
25 Sermões Expositivos

Deus concede dons a Seus filhos sob certas condições de amor e para
nossa felicidade.

3. Proposição

Agora vamos estudar que, de tudo o que o Senhor nos outorga, Ele se
reserva exclusivamente os dízimos, as ofertas regulares, as de gratidão e os
pactos de fé.

4. Texto-base:

Levítico 27:30

II. As Riquezas Pertencem a Deus

1. Salmos 50:12. De Jeová é a Terra e sua plenitude.

a. Ele a criou.

b. Ele a resgatou.

c. Ele a mantém.

2. Porém, todos os Seus tesouros, bens e possessões os entregou ao


homem, para sobre eles exercer domínio. (Gên. 2:15-16).

3. Salmos 8:3-9. Tudo colocou a seus pés, sob seu senhorio.

4. Deus determinou esta distribuição:

254
A Mordomia das Posses

a. Dez por cento exclusivamente para Sua obra, como rendimentos


do evangelho.

b. Noventa por cento para o uso do homem.

c. Desses 90%, o Senhor também reservou as ofertas de gratidão.

d. Os pactos ou votos espontâneos também são fundos do evangelho.

5. Mal. 3:8,9. O Senhor é muito zeloso dos fundos de Sua causa.

a. Quem deles se apodera é considerado como ladrão.

b. As ofertas, promessas e votos também são parte do zeloso cuidado


do Senhor.
6. Deve-se ter cuidado com os votos e promessas ao Todo-Poderoso.

a. O caso de Ananias e Safira é mencionado. (At. 5:1-11)

b. Ecles. 5:4-6. Cumprir as promessas, os votos.

7. Prov. 3:9,10. Deve-se pôr a Deus em primeiro lugar em nossas


prioridades, e em segundo lugar os nossos interesses e necessidades.

8. Qual é o destino dos fundos do Senhor?

a. Os dízimos são para manter os ministros do evangelho, incluindo


os professores de Bíblia. (Heb. 7:5-6)

255
25 Sermões Expositivos

b. As ofertas e pactos cobrem outros gastos do evangelho. (Mat. 3:8-


10) “... para que haja mantimento em Minha casa...”

9. Todas as coisas que estão em nosso poder são propriedade de Deus


(Sal. 8:3-9).
10. Devolvamos com pontualidade e fidelidade os dízimos, ofertas e
pactos ao Criador.

11. Como está sua fidelidade a Deus?

III. Como Dar?

1. Sigamos o maravilhoso exemplo do “pai da fé”, “o amigo de


Deus”, Abraão (Gên. 14:17-20).

a. Entregou o dízimo de tudo.

b. Melquisedeque representava a Cristo.

c. Melquisedeque abençoou a Abraão.

2. Exemplo de como dizimar:

a. Dízimo de dinheiro.

b. Dízimo de objetos.

c. Como calcular o que se ganha e os dízimos nos negócios.

256
A Mordomia das Posses

3. A fidelidade no pouco capacita para a fidelidade em coisas maiores.


(Mat. 25:21).

4. Exemplo de como ofertar.

a. As ofertas são tiradas dos 90% destinados ao homem.


b. Com gozo, amor e gratidão. (2 Cor. 9:7).
c. Com sacrifício, porém com alegria.
d. Mar. 12:41-44. Seguindo o exemplo da viúva elogiada por Jesus.
1) Deu tudo o que tinha.
2) Jesus a louvou.

5. As ofertas podem consistir em uma quantia equivalente a:

a. Um segundo dízimo.

b. Uma porcentagem menor, por exemplo, 6%.

c. Nossa generosidade baseia-se na vontade de agradar a Deus. (2


Cor. 9:6).

6.Quando ofertamos sistematicamente uma porcentagem fixa, à


semelhança do dízimo, chamamo-la “pacto”.

7. As promessas ou votos são quantias fixas de dinheiro ou objetos, que


ocasionalmente se oferece e promete a Deus (Ecles. 5:4-6).

8. Mat. 6:19-20 “...ajuntai tesouros no céu...”

257
25 Sermões Expositivos

9. Citação

“ A riqueza entesourada não é meramente inútil, é uma maldição...


uma cilada para alma, pois aparta as afeições do tesouro celestial...”
PVGM, 286.

Aplicação

10. Façamos progredir a causa de Cristo entregando com prontidão nossos


dízimos e ofertas.

11. Você e eu temos o privilégio de construir nossas mansões no Céu.

IV. Propósito da Administração das Posses

1. Em Sua sabedoria Deus tem grandes ideais para Seus filhos, ao


encarregá-los da administração de Seus bens.

2. Um de Seus grandes propósitos é o desenvolvimento de nosso caráter


em sua plenitude, à semelhança do caráter de Cristo. (Efés. 4:13)

a. Cristo foi sempre muito generoso.

b. O homem deve chegar a esse sublime ideal.

3. O segundo propósito do Senhor é que aprendamos a viver por fé, a


depender dEle em confiança. Mal. 3:10-12: “...provai-Me nisto..”

258
A Mordomia das Posses

4. Outro propósito do Senhor é que o homem aprenda a obediência, a


lealdade, como Abel. (Heb. 11:4)

5. Que o homem aprenda a gratidão, a adoração, como resposta às


dádivas de Deus.

6. A administração dos tesouros também faz parte de nossa preparação


para viver no céu. (Mat. 5:48)

7. Citação

“...O homem que rouba a Deus cultiva traços de caráter que o hão de
excluir de ser admitido na família celestial.” TS III, 42.

8. O sexto propósito de Deus, ao permitir-nos administrar Suas


propriedades, é que experimentemos a verdadeira felicidade e gozo de fazer
a Sua vontade.

9. Outro propósito de Deus é que aprendamos a servir aos nossos


semelhantes, colocando-nos em seu lugar. ( Atos 20:35)

10. Citação

“O sistema dos dízimos e ofertas destinava-se a impressionar a mente


dos homens com uma grande verdade, verdade de que Deus é a fonte de
toda bênção a Suas criaturas, e de que a Ele é devida a gratidão do homem
pelas boas dádivas de Sua providência.” PP, 558.

259
25 Sermões Expositivos

Aplicação

11. Peçamos com alegria e simplicidade que Deus cumpra Seus propósitos
em nossa vida.

12. Peçamos a Deus que nos faça mais semelhantes a Ele cada dia.

V. Conclusão

1. Resumo

Todas as nossas posses pertencem a Deus. Ele nos pede 10% de tudo.
Devemos entregá-los com amor e alegria. Além do dízimo, também as
ofertas e os pactos.

2. Apelo

Como está sua mordomia dos tesouros? É ela fiel a Deus?

VI. Chamado

1. Persuasão

Desejo pedir a Deus que me faça fiel nos dízimos, ofertas e pactos.

2. Convite

Em nome de Cristo quero convidá-lo a vir aqui à frente, junto ao altar


de Deus, em sinal da consagração dos tesouros que Ele confiou a você.

260
A Mordomia das Posses

Oremos.

261
Sermão N°. 6

MEU TESTEMUNHO
SOBRE MORDOMIA
Dados Prévios
1. Idéia homilética: Apresentar lições objetivas através
de experiências pessoais nas
diferentes áreas da mordomia cristã,
relatadas pelos próprios membros.

2. Propósito específico: Que cada ouvinte comprove


praticamente que Deus realmente
abençoa a Seus filhos, e decidam,
pela graça divina, fazer um
compromisso de fidelidade com
Deus.

3. Tema: Testemunhos de mordomia.

4. Explicação prévia: A idéia básica deste sermão é


selecionar com antecedência três ou

263
25 Sermões Expositivos

quatro testemunhos interessantes dos


membros da igreja em que vamos
pregar.
Seria bom apresentar um
testemunho para cada área da vida,
isto é, acerca dos 4 “Ts”.
O pregador deveria ser o
primeiro a apresentar um dos
testemunhos. Recomenda-se que
cada participante escreva
previamente o que vai dizer, para
não ter de improvisar.
Sugerimos que seja seguida esta
ordem e tempo para os
testemunhos:
Um minuto para a história
prévia do milagre de Deus.
Três minutos para a intervenção
da fé do crente.
Três minutos para a intervenção
de Deus.
Um minuto para a lição
aprendida.
(8 a 10 minutos aproximadamente)

264
MEU TESTEMUNHO
SOBRE MORDOMIA

I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

O Senhor sempre está pronto a abençoar, salvar e cuidar de Seus filhos


o quais nEle confiam. (Isa. 41:10,13) Por isso, meditemos na letra dessa
poesia:

GRATIDÃO

Senhor, eu nunca me acheguei a Ti com minhas penas e dor,


Sem que dissesses a minha atribulada alma, uma doce palavra de amor.

Nunca permitiste que viesse com olhos tristes, e com tristes olhos me fosse.
Sempre curaste minhas feridas, minha amargura fizeste doce.

Quando falei Contigo na solidão, abrindo meu íntimo lamentoso,


Nunca Te cansaste, mas ouviste-me o coração queixoso.
Foste-me mais que um irmão nas dores, mais que amigo nos prantos
Sempre pondo uma canção, um lírio, uma estrela em meus desencantos
Senhor, por isso é que Te busco, mais e mais em oração,

265
25 Sermões Expositivos

Porque sem Ti o caminho é triste e solitário, um tormento e desilusão.

266
25 Sermões Expositivos

3. Proposição

Estudaremos lições objetivas mediante experiências pessoais, e


veremos como Deus abençoa aos filhos que nEle confiam.

4. Texto-base:

Marcos 5:19.

II. O Testemunho do Pregador

O testemunho que se segue é a experiência pessoal do autor, e diz


respeito a uma área da mordomia: a administração dos tesouros.

1. História introdutória

“Comecei a trabalhar quando tinha 17 anos. Meu primeiro trabalho foi


em uma empresa de contabilidade de diversos estabelecimentos comerciais
e industriais. Levei dois anos trabalhando ali e estava alcançando notável
êxito quando conheci a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Como filho mais velho eu era em grande parte o arrimo da economia


familiar. Portanto, cada fim de mês entregava fielmente a minha mãe tudo o
que ganhava. Ela estava agradecida a Deus por meu apoio na administração
do lar.

2. Intervenção da fé do crente

Quando conheci e entendi a Palavra de Deus e o sagrado privilégio de


dizimar e ofertar o que ganhamos, senti uma enorme responsabilidade e

268
Meu Testemunho Sobre Mordomia

aflição. Por um lado tinha perante mim o claro pedido de Deus, e por outro,
nossa pobreza, nossa clamorosa necessidade de mais dinheiro.

Eu não podia dizer para minha mãe que no mês seguinte não lhe traria
todo o dinheiro, porque devolveria os dízimos e as ofertas. Estava numa
encruzilhada!

Voltei a ler a Bíblia e a examinar com mais intensidade os textos sobre


os dízimos e as ofertas. De súbito surgiram em minha mente muitas
perguntas. É necessário ter de entregar 10% do que ganhamos a Deus? Por
que não pode ser menos? Por que as ofertas? Que vantagem obtém quem é
fiel? Será Deus tão rigoroso em coisas materiais?

Passaram os dias e minha consciência foi impressionada pelas


palavras proféticas do último livro do Antigo Testamento: Malaquias 3:10:
“...fazei prova de mim... se Eu não derramar sobre vós uma benção tal, que
dela vos advenha a maior abastança...”

O Espirito Santo desafiou-me a provar a Deus.

Decidi em meu coração que de qualquer maneira separaria meu


primeiro dízimo e mais ofertas de gratidão.

Isto ocorreu em 1970, quando eu tinha 20 anos de idade.

O que aconteceu ao fim do mês? Entreguei à tesouraria do Senhor


meu primeiro dízimo e a minha primeira oferta.

O que aconteceu em casa? Minha mãe não gostou muito e ameaçou


castigar-me duramente caso repetisse minha atitude.

269
25 Sermões Expositivos

Ela não entedia absolutamente os princípios bíblicos. Eu pedi


desculpas, mas não mudei em nada a situação. O mesmo ocorreu no mês
seguinte e no terceiro. Eu confiava na bênção de Deus. Estava em meu
“primeiro amor”. Deus me guiava realmente.

3. A Intervenção de Deus (Milagre)

Uma bela manhã, meu chefe me chamou a seu escritório. Atendi à


ordem. Fez-me algumas perguntas porque, segundo disse, havia notado
algumas diferenças em minhas atitudes; que havia melhorado em meu
trabalho e deveria seguir assim. Finalmente disse: “Decidimos aumentar seu
salário em dobro do que está recebendo até hoje.”

Não cabia em mim de alegria. Ali estava a bênção do Senhor. Separei


o dízimos e as ofertas e levei o resto do salário para casa.

O que aconteceu em casa? Mamãe tampouco podia crer o que havia


acontecido.

4. Lição aprendida

Essa experiência ensinou-me que Deus cumpre Suas promessas.


Provar a Deus e confiar em Suas promessas resulta em benção. Desde
aquele tempo em que aprendi a confiar em Deus, o Senhor nunca me faltou.
(Fil. 4:19)

Aplicação

5. Você e eu podemos aprender a confiar em Cristo. Ele nunca falha.

270
Meu Testemunho Sobre Mordomia

6. Muitas vezes não experimentamos mais bênçãos porque não


decidimos provar a Deus.

III. O Testemunho N.° 2

Escolha outro testemunho, de preferência sobre diferente área de


mordomia. (Escreva a história antes de contá-la)

1. História introdutória

2. Intervenção da fé do crente

3. A intervenção de Deus

4. Lição aprendida

Aplicação

5. Você e eu podemos aprender a confiar em Cristo. Ele nunca falha.

6. Muitas vezes não experimentamos mais bênçãos porque não


decidimos “provar” a Deus.

IV. O Testemunho N.° 3

Escolha um testemunho relacionado a uma terceira área, diversa das


anteriores.

1. História introdutória

2. Intervenção da fé do crente

271
25 Sermões Expositivos

3. Intervenção de Deus

4. Lição aprendida

Aplicação

5. Você e eu podemos aprender a confiar mais em Cristo cada dia. Ele


nunca falha. Se não experimentamos maiores bênçãos é porque não temos
provado a Deus.

V. Conclusão

1. Resumo

Para prover-nos o necessário, o Senhor tem várias maneiras das quais


nada sabemos. (Salmo 103:1-5; Fil.4:19)

2. Apelo

A única coisa que nos resta é fazer um compromisso de fidelidade com


Deus.

VI. Chamado

1. Persuasão

Quero agora renovar meu pacto com Deus, e reafirmar minha


consagração e confiança nEle.

2. Convite

272
Meu Testemunho Sobre Mordomia

Há alguém mais que deseja confiar em Cristo e renovar seu pacto com
Deus.

Amém.

273
Sermão N°. 7

MEU PACTO COM DEUS


Dados Prévios
1. Idéia homilética: Explicar a razão do pacto das
quatros áreas da vida, como efetuar
nosso pacto com Deus e quais são as
bênçãos para os fiéis.

2. Propósito específico: Conseguir que cada ouvinte decida


efetuar seu pacto de fé e amor com
Deus, nas quatros áreas da vida.

3. Tema: O pacto da mordomia.

275
MEU PACTO COM DEUS

I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Eram dois grandes amigos. Estavam selando um solene compromisso


de sérias conseqüências. Um deles disse: “Prometo..., juro a você..., juro
por Deus..., juro pela minha vida!” Passou um momento e selaram seu
pacto com aquelas ousadas palavras que expressavam sua mútua segurança.

Através do tempo, o homem tem-se valido dessas expressões, algumas


vezes atrevidas, para dar confiabilidade às suas intenções.

Porventura, a Bíblia fala de algum caso de juramento de Deus? Sim,


vários casos. Deus foi o primeiro na história que fez um pacto com a
criatura, com o homem.

3. Proposição

A seguir vamos rever como Deus fez um pacto com a humanidade e


como o homem também pode pactuar por amor a Deus.

277
Meu Pacto Com Deus

4. Texto-base:

Mateus 26:27-28.

II. O Pacto de Deus Com o Homem

1. O que é um pacto?

a. Um acordo, uma aliança.

b. Um compromisso solene e formal entre duas ou mais partes.

c. Um contrato sério, regulado por certas cláusulas.

2. Em que consiste o pacto que Deus fez com o ser humano?

a. Salvação do pecado e suas conseqüências.

b. Concessão da vida eterna.

c. Dedicação de amor eterno.

3. Quais as evidências que temos dessa aliança?

a. Gên. 3:15. O primeiro anúncio do pacto.

b. I Pedro 1:18-20. A antiguidade do pacto.

c. João 3:16. Jesus garantiu o pacto.

279
25 Sermões Expositivos

4. Confirmações do pacto na história.

a. Gên. 6:18. Renovado com Noé e sua descendência.

b. Gên. 15:18. Confirmado a Abraão e sua geração.

c. Gên. 26:3,4. Renovado com Isaque.

d. Gên. 28:13,14. Renovado com Jacó.

e. Exôdo 6:4. Renovado com o povo escolhido.

f. Exô. 20:3-17. Concretizado em preceito.

g. Jer. 31: 31-33. Deus prometeu gravar o pacto e Suas leis no


coração do homem, pelo poder do Espírito Santo.

5. Jesus veio até nós, viveu e morreu para garantir-nos as promessas do


pacto de amor, de salvação, de vida eterna. (Mat. 26:27-28)

6. Salmo 103:1-14. Apesar do sacrifício de Jesus, Deus nunca deixou de


nos proteger e sustentar.

7. Lam. 3:22-24. Nunca prescreveram as misericórdias divinas, novas


são a cada manhã.

8. Diante de tantas bênçãos de Deus, não temos outra coisa a fazer senão
repetir as palavras do salmista: “Que darei ao Senhor por todos os Seus
benefícios para comigo?” (Salmos 116:12)

280
Meu Pacto Com Deus

9. O maravilhoso pacto de amor de Deus continua vigindo. (Heb. 9:22)


Aplicação

10. Sim. Cristo morreu por você e por mim.

11. Há uma pergunta que cada um deve levar em seu coração e


consciência: O que posso fazer para responder ao pacto de amor de Deus
para comigo?

12. Será que, à semelhança de Deus, posso eu também fazer um pacto de


fidelidade e amor com Ele?

III. O Pacto do Homem Com Deus

1. Há pelo menos duas classes de pactos que o homem pode fazer com
Deus.

2. O primeiro, o mais importante, a base de toda nossa relação com


Jesus, é o pacto de entrega de nossa vida quando nos convertemos. (II Cor.
5:17)

3. Esse primeiro pacto é selado mediante o batismo. ( Marcos16:16)

4. O pacto de conversão a Deus necessita ser renovado e confirmado


cada dia. (I Cor.15:31)

5. Como podemos renovar o pacto de nossa entrega a Deus?


Consagrando nosso corpo, talentos, tempo e tesouros, vale dizer, toda a
nossa vida.

281
25 Sermões Expositivos

6. Pacto do Templo (I Cor. 6:19-20)

Como fazê-lo? Prometendo a Deus:

a. Evitar comidas imundas. Não prepará-las nem vendê-las. (Lev.


11:3-23)

b. Praticar e promover os oitos remédios naturais: ar puro, sol, água,


exercício físico, alimentos naturais, temperança, repouso e confiança em
Deus.

c. Aprender cada dia como cuidar melhor do corpo e da saúde para a


glória de Deus.

7. Pacto do tempo

Quais os passos a dar? Prometendo a Deus:

a. Guardar reverentemente o dia do sábado (Lev. 23:32)

b. Consagrar cada dia parte de nosso tempo à comunhão com Deus.

1) À devoção pessoal. (Marcos 1:35); ao estudo da Bíblia, do


Espírito de Profecia e a oração.

2) Culto familiar manhã e tarde. (Jó 1:5)

c. Dedicar tempo ao testemunho de nossa fé em Cristo (Marcos 5:20).

8. Pacto de talentos

282
Meu Pacto Com Deus

Como devemos pactuar com Deus os talentos que Ele nos deu?
Prometendo servi-Lo e à Sua igreja, em um ou vários destes trabalhos:

a. Como instrutor bíblico.

b. Como pregador.

c. Colaborando nas tarefas das Dorcas.

d. Visitando presos, enfermos e necessitados.

e.. Como professor da escola sabatina de adultos, juvenis, ou


crianças.

f. Dirigindo filiais ou classes batismais.

g. Integrando ao clube dos Desbravadores ou colaborando com seus


dirigentes.

h. Participando nos diferentes setores da igreja.

9. Pacto de tesouros:

Entregando fielmente ao Senhor:

a. Os santos dízimos. (Lev. 27:30)

283
25 Sermões Expositivos

b. As ofertas voluntárias a Deus, ou como um pacto de porcentagem


definida entregue à tesouraria da igreja. Por exemplo 6%.

c. Cumprindo com pontualidade nossos votos ou promessas a Deus.

Aplicação

10. Escrevamos nosso pacto nos formulários que temos à mão.

11. Demos graças a Deus pelo privilégio de pactuar com o Senhor.

IV. Conclusão

1. Resumo

Nosso amoroso Pai celestial fez o primeiro pacto com Seus filhos. Um
pacto de amor e salvação. Hoje temos o maravilhoso privilégio de imitar a
Deus fazendo com Ele um pacto de amor.

2. Apelo

Não deixe passar esta oportunidade de fazer seu pacto com Deus.

V. Chamado

1. Persuasão

Eu quero ser o primeiro a fazer meu pacto com o Senhor. (O pregador


coloca no altar o seu pacto – o formulário antecipadamente preenchido – na
presença dos irmãos da igreja.).

284
Meu Pacto Com Deus

2. Convite

Convido a igreja a colocar no altar seu pacto com Deus. (A igreja


deposita seu pacto no altar, enquanto o pregador faz a oração de
consagração.)

285
Sermão n.º 7

bêNÇÃOS
transbordantes

Dados Prévios
1. Idéia Homilética: Ensinar que a fidelidade a Deus e a
administração de todas as áreas da
vida não produzem outra coisa
senão a verdadeira felicidade, paz, e
segurança da vida eterna.

2. Propósito Específico: Que cada cristão finalmente decida


agradar a Deus em todas as coisas,
para sua verdadeira felicidade e a
glória de Deus.

3. Tema: As bênçãos de Deus.

287
BÊNÇÃOs
transbordantes
I. Introdução
1. Saudação
2. Motivação

O livro Guiness dos Records publicou, em 1982, a lista parcial dos


homens mais altos do mundo, em ordem ascendente. Ei-los:

1. Gabriel Estêvão Monjane, Moçambique, 2,43m.


2. Sulaiman’Ali Nashnush, Líbia, 2,45m.
3. Patrick Cotter O’Brien, Irlanda, 2.46m.
4. Vaino Myllirine, Finlândia, 2,47m.
5. Bernard Coine, USA, 2,48m.
6. Don Kochler, USA, 2,48m.
7. Muhammad Alam Chann, Paquistão, 2,51m.

289
25 Sermões Expositivos

8. John William Rogers, USA, 2,59m. 9. John Carrol, USA,


2,63m.

Frente a essa plêiade de gigantes, exclamamos admirados:


“Bênçãos
transbordantes!”

Quem chegou a ser considerada a mulher mais alta (pelo menos até
1982)? A norte-americana Sandy Allen. Ela alcançou 2,31m. “Bênçãos
transbordantes”.

Assim é Deus. Ele concede preciosas bênçãos que transbordam! Não


somente na estatura, não só nas coisas materiais, como também em tudo o
que necessitamos para nossa felicidade.

3. Propósito

Estudaremos a verdade de que nosso Senhor concede toda sorte de


bênçãos abundantes, contanto que sejamos fiéis.

4. Texto-base:

Malaquias 3:10 ú.p.

II. Descrição da Bênção Que Excede

1. Jeová é dono de tudo. Ele pode dar quanto quiser a Seus filhos. Ele
não tem limitações, nem pobreza, nem miséria. (Sal. 24:1,2).

a. O que pode limitar a Deus?

290
Bênçãos Transbordantes

b. Somente nosso egoísmo.

c. Somente nossa incapacidade de administrar.

2. Ele deseja fazer-nos transbordar de saúde.

a. Renovando nossa forças, multiplicando nosso vigor (Sal. 103,


Deut. 8:17 e 18).

b. Dando-nos vida longa (Êxo. 20 :12 ú.p.).

c. E anos de satisfação e felicidade.

d. Vida abundante, rios de água viva (João 7:36, 37).

O segredo? Cumprir as leis da saúde que Ele estabeleceu.

3. Talentos multiplicados:

a. A parábola dos talentos ensina que ao bom administrador se dará


mais, até que exceda.( Mat. 25:28).

b. Há maior uso de talentos, maior desenvolvimento de todas as


capacidades, maior progresso.

c. Ilustração

Uma ferramenta que não se usa, enferruja. O mesmo acontece com


os talentos naturais ou adquiridos.

291
25 Sermões Expositivos

d. Deus deseja que sejamos “cabeça e não cauda”, que aspiremos a


excelência, o máximo, o melhor. Que não nos conformemos com a
mediocridade. (Deut. 28:13)

Qual é o segredo? Consagrar-nos ao Senhor; servir a Deus e à


humanidade.

4. Tempo que se dilata.

a. Sob a direção de Deus o tempo rende mais. Desaparece a sovada


desculpa: “não tenho tempo”.

b. Deus pode fazer milagres com o tempo a Ele consagrado. Por


exemplo, o caso de Josué. (Jos. 10:13)

Qual é o segredo? Seguir as regras de Deus (Êxo. 20:8-11). Assim


sobrará tempo para tudo.

c. Ilustração

Após vários meses de sua conversão a Cristo, Raul dizia a seu amigo:
“Isto é maravilhoso. Antes não tinha tempo para tudo o que agora faço.
Desde que me tornei cristão, tenho tempo suficiente para várias atividades”.

Aplicação

5. Deus pode abençoar de forma transbordante todas as áreas da vida.

6. Confie em Cristo, entregue-se a Ele e nunca se decepcionará.

III. Promessas de Proteção e Fama (Mal. 3:10-12)

292
Bênçãos Transbordantes

1. “Abrirei as janelas dos céus e derramarei bênçãos.”

a. Não somente as janelas, mas também as portas dos “armazéns do


céu”.

b. Rom. 8:32. “...porventura não nos dará...todas as coisas?”

c. O Senhor nos prometeu “chuvas de graça”. (Zac. 10:1)


d. Exemplo: Jó, o homem fiel e mais rico dos orientais (Jó 42:12).

e. Deut. 28:1-4. Grandes promessas, superabundância máxima.

2. “Repreenderei ao devorador...”

a. Deus nos guarda e não permitirá que os inimigo nos atinja.

b. Defender-nos-á tal como o fez com Seus fiéis do passado.

c. Zac. 3:1-4. Defendeu a Josué.

3. “Vossa vida não será estéril”.

a. Tudo quanto você semear frutificará.

b. Tudo o quanto empreender prosperará.

c. Tudo irá bem se você confiar em Deus.

4. “Vos chamarão bem-aventurados”

293
25 Sermões Expositivos

a. Você será conhecido pelas bênçãos de Deus. Tornar-se-á “cabeça e


não cauda”.

b. Mat. 5: 14-16: “Assim brilhe a vossa luz...”

1) “... glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.”

2) Você será luz para o mundo.

Aplicação

5. Você e eu podemos, com a graça de Deus, ser “cabeças e não caudas”.

6. Sendo fiéis a Jesus, Ele nos fará transbordar no que realmente


necessitamos.

IV. Segredo da superabundância

1. Quase todas as coisas têm seu segredo, sua maneira de fazer.

Até aqui podemos sintetizar tudo é dizer que o segredo da


superabundância em Deus está em:

2. Entregar tudo ao Senhor (João 6:8-9).

a. O garoto entregou tudo, pães e peixes.

b. Jesus tomou o pouco do garoto e o multiplicou


c. Lição: O pouco do homem nas mãos de Deus multiplica-se.

294
Bênçãos Transbordantes

d. Não se deve amesquinhar as coisas. Deus “não poupou nem a Seu


próprio filho”..

3. Provar a Deus, aceitar Seu desafio. Esse é o segredo.

a. “Provai-Me nisto...”

b. Todo aquele que já provou ao Senhor com fé vigorosa, jamais foi


decepcionado.

c. O Senhor muitas vezes nos diz: “Se podes, tudo é possível ao que
crê” ( Mar. 9:23)

4. Ter fé em Cristo. (Heb. 11:1)

a. A fé move montanhas. (Mat. 17:20)

b. Tudo na vida exige de fé e amor. Assim também ocorre no


relacionamento com Deus.

c. Muitas vezes Jesus disse: “Faça-se conforme a tua fé.” Você


“transbordará” “conforme a ... fé”.

Aplicação

5. Peçamos fé ao Pai celestial para alcançar as transbordantes bênçãos


celestiais.

6. A fé é a chave-mestra que abre os tesouros do céu.

295
25 Sermões Expositivos

V. Conclusão

1. Resumo

“ Quando a vontade do homem coopera com a vontade de Deus chega


a ser onipotente. Qualquer coisa que se deva fazer por ordem Sua, pode ser
realizada com Sua força. Todos seus mandatos são habilitações.” PGVM,
268.

2. Apelo

Unamos nossa vontade, fé, amor e toda nossa vida a Cristo, então
sentiremos as superabundâncias de Deus.

VI. Chamado

1. Persuasão

Desejo alcançar as superabundâncias materiais e espirituais de Deus


por Sua graça e quero consagrar-me a Ele.

2. Convite

Há alguém mais que deseja reconsagrar-se a Cristo e alcançar Suas


superabundâncias?

Se houver alguém que quer unir sua vontade a de Deus, que venha à
frente. Vamos orar dedicando-nos uma vez mais, com alegria, fé e amor a
Deus.

296
Bênçãos Transbordantes

Amém.

297
Sermão Nº. 25

IGREJAS PEQUENAS
Dados Prévios

1. Idéia homilética: Mostrar à igreja a necessidade


urgente de estabelecer congregações
pequenas, como um método
expansão da igreja, para concluir a
obra de Deus.

2. Propósito específico: Fazer com que cada irmão batizado


decida apoiar o estabelecimento de
novas congregações pequenas, co-
mo um dos métodos para a
terminação da obra de Deus.

3. Tema: Métodos para a pregação.

299
IGrejas Pequenas

I. Introdução

1. Saudação

2. Motivação

Faz poucas semanas, tive em minhas mãos uma espiga de milho.


Levado pela curiosidade comecei a contar quantos grãos possuía. Comecei
a operação. Aquele fruto tinha oito fileiras de grãos; algumas delas tinham
41 grãos, outras 42 e umas poucas 43. Multipliquei as oito fileiras por 41 e
obtive a cifra média de 328 grãos.

Se o agricultor semear essa quantidade de sementes e Deus abençoar


a produção, ao final de quatro ou cinco meses terá nada menos que 328
novas espigas, com aproximadamente 98 400 novos grãos (328 x 300
grãos). E se mais uma vez for feita a semeadura das novas sementes, ao
final de dez ou onze meses, terá mais de 29 000 000 novos grãos.

Na realidade, cada semente apresenta imensas possibilidades de


reprodução e prolongamento da espécie. Louvado seja o Senhor por Sua
criação!

Muitas vezes o Senhor Jesus aplicou as realidades da semeadura e


colheita à vida espiritual e missionária.

301
25 Sermões Expositivos

Um cristão convertido é semente fértil que dará muito fruto para o


reino de Deus (João. 15:8).

302
25 Sermões Expositivos

Citação

“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como


missionário.” SC, 9.

3. Propósito

Agora vamos estudar um dos métodos neotestamentários para a


terminação da obra de Deus.

4. Texto-Base:

Mateus 18:20.

II. Uma Prática Missionária da Igreja Cristã

1. Em primeiro lugar, esclareçamos que a missão da igreja é a pregação


a “toda tribo, nação, língua e povo.”

2. Mat. 24:14. Quando concluída essa tarefa, o Senhor virá.

3. Atos 1:8. O Senhor prometeu amplo poder para a missão e cumpriu


Sua promessa. ( Atos 2:1-42)

4. Muitos se converteram pela pregação apostólica; milhares uniram-se à


igreja.

a. Cada dia aumentava o número de conversos.

304
Igrejas Pequenas

b. Atos 2:41. Três mil em um só dia.

c. Atos 4:4. Quase 5 000 na segunda pregação.

5. Onde se congregavam os crentes da era apostólica?

a. Atos 2:46. No templo e nas casas dos fiéis.

b. Pregavam e ensinavam no templo e nas casas dos irmãos.

6. Em o Novo Testamento fala-se de algumas casas de fiéis que


hospedaram a infante igreja de Cristo.

a. Col. 4:15. A igreja na casa de Ninfa.


b. Fil. 1:2. Na casa de Filemon.
c. I Cor. 16:19. Na casa de Áquila e Priscila, em Éfeso.
d. Atos 10:22-30. Na casa de um gentio convertido a Cristo.
e. Atos 28:23, 30 e 31. Paulo pregou em uma casa alugada em Roma.

7. O Senhor esteve ministrando à igreja nas casas.

a. Mar.14:12-16. A ceia do Senhor ocorreu numa casa.

b. Hebreus 2:1,2. O Pentecostes aconteceu num ambiente doméstico


conhecido como o cenáculo.

305
25 Sermões Expositivos

8. Indubitavelmente, essa é uma das razões porque a igreja apostólica


subsistiu apesar das perseguições e da dispersão.

9. Sem o concurso da casa dos fiéis, o templo e as sinagogas teriam sido


insuficientes para abrigar os milhões de novos conversos daquele tempo.

10. O surgimento e a consolidação de novas congregações, cada vez


mais numerosas em o Novo Testamento, baseou-se prática de congregar-se
em casas.

11. O Novo Testamento não registra nem uma só referência à construção


de templos, mas faz muitas menções a igrejas reunidas em casas.

Aplicação

12. É bom e louvável construir e congregar-se em belos templos; porém,


não é impróprio nem fora de lugar que uma ou mais famílias cedam com
amor e alegria sua casa, seu quintal, sua garagem ou uma parte de sua
propriedade para que ali se inicie uma nova congregação, uma futura igreja
organizada.

13. Somente na cidade de Lima, Peru, há mais de 60 famílias adventistas


que estão abrigando, há vários anos, uma igreja, um grupo ou uma filial em
sua casa,

14. Com gratidão a Deus e a generosidade de nobres irmãos, permita-se-


nos mencionar algumas famílias que seguem o exemplo de famílias
bíblicas já referidas.

a. A família Mendoza, em Vitarte, que hospeda a igreja de


Benjamim Doig e o grupo da Glória.

306
Igrejas Pequenas

b. A família Quinto que abriga duas igrejas organizadas:


Magdalena, em Lima, e Porto Novo, em Nana.

c. A família Victorio, que recebe os grupos de Ramon Castilla, em


Callao, e Huaycán 2”, em Ate Vitarte.
Louvado seja Deus por esses milagres!

II. Igrejas Pequenas (Luc. 12: 32)

1. Quais são as características de uma igreja pequena?

2. Em primeiro lugar, a quantidade de membros com que conta, que


pode variar de 3 até 5, e mesmo chegar a 50 ou 70.

3. Geralmente os membros fundadores são poucos, porém valentes e


decididos, com o firme propósito missionário de concluir a obra de Deus na
Terra.

4. Os membros pioneiros da nova congregação decidem fazer uma obra


ousada, de maneira espontânea ou planejada, segundo a sugestão da
comissão da igreja-sede ou do pastor distrital.

5. A finalidade desse trabalho não é outro senão testemunhar em novos


territórios, implantar a bandeira de Cristo onde não é conhecida e ajudar a
concluir a tarefa designada por Deus (Mat. 24:14).

6. Fundamento Bíblico:

a. Mat. 18:20. O núcleo mínimo de uma congregação: dois ou três.

307
25 Sermões Expositivos

b. Mat. 16:18-19. Jesus fundou Sua igreja com base nos doze
discípulos.

c. Atos 19:1-7. A congregação de Éfeso que Paulo encontrou contava


12 membros.

d. Atos 8:4-8; 11:19-30. A descentralização da igreja em Jerusalém

7. Testemunhos do Espírito de Profecia

a. Citação

“A formação de grupos pequenos como base do esforço cristão,


foi-me apresentada por Um que não pode errar”. SC, 72.

b. Citação

“Formemos em nossas igrejas, grupos para o serviço. Unam-se


membros vários trabalhar para trabalhar como pescadores de homens.
Procurem arrebatar almas da corrupção do mundo Para a salvadora pureza
do amor de Cristo.” SC, 72.

c. Citação

“Se há na igreja grande número de membros, convém que se


organizem em pequenos grupos para trabalhar, não somente pelos membros

308
Igrejas Pequenas

da própria igreja , mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver


apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de
obreiros.” SC, 72

d. Citação

“Não é desígnio de Deus que Seu povo forme colônias ou que se


agrupe em grandes comunidades. Os discípulos de Cristo são
representantes Seus na Terra, e Deus tem por desígnio que se disseminem
por todo o país, nas cidades e vilas, como luzes em meio às trevas do
mundo.” SC, 178.

e. Citação

“Muitos dos membros de nossas igrejas grandes relativamente


nada fazem. Poderiam eles realizar um bom trabalho se, em vez de se
aglomerarem , se dispersassem em lugares ainda não atingidos pela
verdade. As árvores plantadas junto demais, não se desenvolvem. São elas
transplantadas pelo hortelão a fim de terem espaço para crescer, e não
ficarem mirradas e débeis. O mesmo procedimento daria bons resultados
em nossas igrejas grandes. Muitos estão morrendo espiritualmente por falta
desse mesmo trabalho. Transplantados que fossem, teriam espaço para
crescer fortes e vigorosos. SC, 184.

f. Citação

“Quando os israelitas entraram em Canaã, não cumpriram o desígnio


de Deus, de tomarem posse de toda a terra. Depois de fazer uma conquista

309
25 Sermões Expositivos

parcial, estabeleceram-se comodamente para gozar os frutos de suas a


vitórias. Em sua incredulidade e amor ao comodismo, congregaram-se nas
partes já conquistadas, em vez de avançar a ocupar um novo território.
Assim começaram a afastar-se de Deus. Por seu fracasso em executar Seu
propósito, tornaram-lhe impossível cumprir para com eles a promessa de
abençoa-los. Não está a igreja hoje fazendo a mesma coisa? Tendo ante si o
mundo todo me necessidade do evangelho, os professos cristãos
congregaram-se onde eles mesmos possam gozar os privilégios do
evangelho. Não sentem a necessidade de ocupar um novo território, levando
as mensagens de salvação para as regiões do além”. SC, 185.

Aplicação

8. Você e eu podemos e devemos apoiar essa estratégia missionária para


a terminação da obra de Deus.

9. Você pode ser o instrumento de Deus para facilitar um maior avanço


da evangelização.

10. Citação

“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como


missionário.” SC, 9.
IV. Bênçãos Especiais das Igrejas Pequenas

1. São conhecidas as vantagens e comodidades que encontramos nas


igrejas grandes ou numerosas, com 300, 500, 1 000 ou mais membros.

310
Igrejas Pequenas

a. Templo amplo e cadeiras almofadadas.

b. Cuidados especiais do pastor e dos dirigentes da igreja.

c. Ouvem-se excelentes sermões, assiste-se a programas variados e


outros benefícios mais.

2. Todavia, costumam acontecer nessas grandes congregações claras


desvantagens que podemos resumir num só ponto: a porcentagem dos
membros que participam dos empreendimentos missionários da igreja é
mínima. Quase sempre é maior o número de inativos, de espectadores.
Quase sempre se cumpre a afirmação: “Quanto maior a congregação,
menor o cuidado missionário.”

3. Portanto, convém examinar algumas bênçãos que encontramos nas


congregações pequenas:

a. Presença da igreja em mais lugares. Mais tochas luminosas de


Cristo ardendo em toda parte. Em vez de ceder à fascinação de fixar-se
num só lugar, numa só grande igreja, os membros estabelecem igrejas
pequenas de 30 ou 50 crentes, e podem assim contar com 3, 5, ou mais
congregações onde antes só havia uma.

b. Desenvolvem-se mais os talentos e evolui o dom de liderança, ou


seja, implicitamente há mais membros capacitando-se como líderes. Em
congregações pequenas a porcentagem de membros que participam de
atividades internas e externas é maior.

c. Nas congregações de 30, 50 ou 60 membros geralmente se


evidencia maior camaradagem, maior companheirismo e unidade entre os

311
25 Sermões Expositivos

crentes. Quase todos se conhecem. Quase todos pertencem ao mesmo bairro


ou zona.

d. Portanto, costuma ser reduzido o índice de apostasias. É mais fácil


realizar a Operação Resgate. É mais fácil notar a ausência ou esfriamento
de um membro. O auxílio chega logo após a detecção do problema..

e. Percentualmente, as congregações pequenas geralmente ganham


mais almas que as igrejas grandes.

f. Para o pastor distrital e dirigentes locais, é mais fácil pastorear


congregações pequenas. O funcionamento da igreja é mais fluído, mais
efetivo e menos burocrático.

g. Comumente encontramos nas igrejas pequenas maior motivação


de crescimento, progresso, avanço. Há menos estagnação em termos gerais.

h. Resumindo, estabelecer igrejas pequenas por toda parte permite


avançar mais rapidamente na terminação da obra, porque:

1) Realizam-se mais trabalhos de penetração em novos lugares.

2) Envolvem-se mais membros na missão da igreja.

3) Promove-se mais o uso de talentos e o preparo de mais líderes.


4) Estabelecem-se mais congregações e futuras igrejas
organizadas.

5) Testifica-se em muito mais frentes geográficas, etc.

Aplicação

312
Igrejas Pequenas

4. Em 1988, produziu-se um extraordinário fenômeno missionário de


descentralização missionária na igreja principal Vitarte, na Urbanização
CERES, em Lima. Essa congregação-mãe contava com 200 membros
aproximadamente.
Por ocasião da Semana Santa, essa igreja desenvolveu quatro
programas de evangelização com notável êxito. Concluídos esses
programas no mês de maio, os membros que neles trabalharam já tinham de
voltar à igreja- sede, com os novos conversos e simpatizantes. Todavia, por
obra do Espírito de Deus, produziu-se a descentralização.

a. Aproximadamente 40 membros decidiram ficar em seu bairro e


congregar-se ali. A família Cusi ofereceu sua casa para a continuidade das
reuniões e formação de um novo grupo. Dessa maneira, a nova
congregação pôde capitalizar melhor o interesse despertado mediante o
programa de conferências. Trabalhou arduamente seu território.
Depois de um ano e meio, foi organizada como igreja, com uns 70
membros e, atualmente, tem sua própria capela construída em um terreno
doado pela família Benavente, seus membros.
E mais: essa nova igreja já gerou uma nova congregação, o grupo
de Micaela Bastidas que conta, aproximadamente, 30 membros.
b. Do mesmo modo, 35 irmãos que realizaram as conferências
evangelísticas em outra zona de Vitarte, conhecida como o Bairro
Fortaleza, também decidiram frutificar em seu território. A família Mamani
ofereceu sua casa para fundar um novo grupo adventista.
Em dezembro de 1989, foi organizada como igreja, sob o nome
de Igreja de Fortaleza , com uns 60 membros. Atualmente essa igreja

313
25 Sermões Expositivos

realiza seus cultos de adoração numa capela em construção, num terreno


cedido pela família Rodriguez.
c. Os irmãos que realizaram as conferências evangelísticas no bairro
de San Gregorio, contagiados pelos dois exemplos anteriores, também
decidiram estabelecer um novo grupo adventista em seu distrito. A família
Salvador ofereceu o ambiente no segundo andar de sua casa.
Esse é um dos muitos “aposentos altos” ou cenáculos que abrigam
a igreja de Deus desde os tempos apostólicos.
O grupo já tem uma filial no bairro limítrofe conhecido como San
Antonio, com oito membros batizados.
Pretende-se que logo o grupo de San Gregorio também seja
constituído como igreja. Tem ao redor de 40 membros.
d. O que aconteceu com a igreja central de Vitarte? No mês de maio
de 1988, como conseqüência da descentralização missionária,
permaneceram aproximadamente 100 membros batizados. Todavia, essa
perda aparentemente não os entristeceu ou desanimou. Longe de lamentar-
se ou aborrecer-se por isso, esses fiéis filhos de Deus decidiram recompor
sua igreja. O Espírito Santo os motivou a desenvolver maior zelo
missionário e, hoje, o templo está repleto novamente. A igreja central “de
Vitarte conta com 160 membros que ali assistem cada sábado.

Resumindo, temos este quadro:

1) Até 1988, havia apenas uma congregação com 200 membros.

314
Igrejas Pequenas

2) A descentralização missionária de 1988 produziu, pela graça de


Deus, até novembro de 1991, duas novas igrejas organizadas, dois novos
grupos e uma filial.
3) Onde antes havia uma congregação, agora contamos com seis.
Louvado seja o Senhor!
4) Onde cada sábado pregava um só, no culto de adoração, agora
contam com seis oradores.
Onde se ministrava para a congregação uma diretoria de
Escola Sabatina, agora o fazem seis.
5) Em 1988, testemunhava-se em apenas uma frente geográfica,
agora a igreja de Cristo firma sua presença em pelo menos seis lugares.
Amém!
6) Evidentemente, devido a esses fatos e a outras circunstâncias
mais, a Associação Peruana Central, sob a direção de Deus, estabeleceu, a
partir de 1990, o novo distrito missionário de Vitarte. Amém!

V. Conclusão

1. Resumo.
As igrejas em casas foram uma prática eclesiástica espontânea e
missionária da igreja apostólica.
As congregações pequenas (grupos ou igrejas) têm respaldo bíblico e
do Espírito de Profecia e, evidentemente, permitem cumprir mais
eficazmente a missão bíblica

2. Apelo.

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25 Sermões Expositivos

Apoiemos o estabelecimento de mais filiais, mais grupos, mais


igrejas pequenas em muitos lugares. Descentralizemos as congregações
numerosas.

3. Demonstração.

Como podemos apoiar esse trabalho? De várias maneiras:

a. Decidindo voluntariamente motivar os irmãos de nossa igreja-


sede”, de nossa igreja-mãe, que operem em seu bairro ou zona, e se unam
para implantar uma nova filial ou grupo.

b. Cedendo, provisória ou temporariamente, sua casa ou algum


ambiente de sua propriedade para a igreja do Senhor, como muitos já
fizeram e fazem, por amor a Cristo

c. Tomando parte ativa nessas pequenas congregações, no trabalho


evangelizador, para que logo cheguem a organizar-se como igrejas.

d. Superando com espírito otimista e cristão, as “moléstias ou


incômodos” que todo nascimento de novas congregações adventistas
costumam significar.

VI. Chamado

1. Persuasão

Desejo já apoiar o estabelecimento de novas filiais, grupos e igrejas


em cada bairro, zona ou cidade, para a breve término da bendita obra do
Senhor.

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Igrejas Pequenas

2. Convite

Há alguém mais que deseja apoiar essa prática eclesiástica de


avançar?

Amém e amém!

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