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A tecelã do universo.

Tecer fios, tecer sonhos, criar novas realidades, ver para além da
teia da ilusão, este é o arquétipo da aranha. A aranha é a energia feminina da força
criativa e por isto mesmo está relacionada com a energia da mulher.

A Aranha mostra-nos que o mundo físico, como o vemos, é apenas o mundo aparente,
uma teia de ilusões, e que é preciso olhar para além do horizonte, do que é aparente ou
visível.

O seu corpo tem a forma de um 8 e tem 8 patas, com as quais cria as possibilidades
infinitas de manifestação de vida. Está ligada com os 4 ventos de mudança e com as 4
direções (cada uma das direcções ligada a 4 corpos: o espiritual, emocional, físico e
mental), o que dá 8. 8 é o número do infinito.

A aranha chama-nos para olharmos para a nossa roda da vida.


Será que estamos equilibrados entre todos os aspectos da nossa vida? Ou estaremos
presos no nosso mental e emocional, na teia da ilusão, e o fuso da tecelã deixou de
rodar?

A roda da vida é como um apanha sonhos tecido pelo fio da aranha!


Será a nossa vida a manifestação dos nossos sonhos, ou dos nossos pesadelos?

A aranha mostra-nos que podemos mudar em qualquer altura, podemos tecer novos fios
e novos caminhos para a nossa vida. A aranha diz que realidade é apenas um palco da
criação e nós os criadores do nosso teatro, drama, ou filme, que nada mais é que isso…
um filme, uma ilusão da mente.

Os padrões que a aranha tece na sua teia mostram-nos os padrões que tecemos na nossa
vida. Será que estamos a tecer um apanha sonhos? Ou estaremos consumidos pelos
medos e limitações, presos na teia das ilusões e pesadelos?
Se não usarmos a nossa capacidade criativa para criar a nossa vida, esta fica presa,
emaranhadamente destrutiva e frustrante. Colocamos um travão nos nossos sonhos e
ficamos ressentidos. Esse ressentimento transforma-te numa viúva negra e acaba por
nos consumir por dentro, ficando ressequidos como insectos na teia, e viramos jantar de
aranha.
Torna-se fácil tecer criticas ao outro, quando este consegue criar e avançar em novas
possibilidades. Cair na destruição do outro alimenta o nosso ego, pois através do ataque
ao outro, sentimos-nos melhor conosco mesmos. Mas esse ataque ao outro é apenas um
reflexo de algo que odiamos sobre nós mesmos, e viramos jantar de aranha.

Mas, também acontece que, por vezes ficar envolvido atrás dos nossos sonhos, numa
busca constante, de espada em punho, é fácil ficarmos presos nos nós e nos pormenores.
A excessiva proximidade da teia também nos emaranha e deixamos de ver bem, e
viramos jantar de aranha.

Estaremos a contabilizar e a ver tudo de bom que criamos na nossa vida? Olha bem e vê
para além da auto-crítica, se algo já não deu fruto? Escreve e reescreve, vê e revê, cria e
recria!

A aranha convida-te sempre a ligares-te com a tua energia criativa. Semeia, para dar
fruto, e semear é dar uso ao potencial infinito de uma semente… é criar!

Liga-te às infinitas possibilidades de manifestação do universo, vê para além da teia da


ilusão que é a aparência e procura novas alternativas ao caminho presente.
Traz os sonhos até à realidade, cria uma nova teia e apanha os teus sonhos, tece a tua
própria vida. Cria! Tece!

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