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RESUMO

Este trabalho objetiva analisar o cenário da produção


científica brasileira que versa sobre as repercussões na
dinâmica familiar diante da revelação da orientação sexual
dos filhos. Trata-se de uma pesquisa básica, de natureza
qualitativa, exploratória e procedimento metodológico de
revisão sistemática da literatura dos últimos cinco anos.
Para o seu desenvolvimento, foram feitas análises nas bases
de dados da BDTD e da BVS. Como resultado, obteve-se 15
pesquisas selecionadas. Ao analisar os principais resultados
das publicações, pode-se concluir que a comunicação no
meio familiar sobre sexualidade ainda é falha. As buscas de
A REVELAÇÃO DA informações ocorrem por meio das mídias sociais, dos
amigos e das próprias experiências, sendo que há uma
ORIENTAÇÃO SEXUAL DOS visão negativa sobre os indivíduos que destoam da
FILHOS E SUAS heteronormatividade, contribuindo assim, com o
preconceito e com o aumento da violência. Ressalta-se a
REPERCUSSÕES NA necessidade de elaboração de mais materiais voltados para
o diálogo familiar com os filhos, para o tema da
DINÂMICA FAMILIAR sexualidade, da diversidade e da orientação sexual.
Pesquisas que vão além da interpretação dos termos e seus
significados, mas que possam ampliar o espaço de
discussão e reflexão para essa temática em questão.

PALAVRAS-CHAVE: Gênero; Sexualidade; Diversidade;


Pensamento Sistêmico.

ABSTRACT

This work aims tosmooth out the scenario of Brazilian


scientific production that deals with the repercussions on
family dynamics in the face of the revelation of the sexual
orientation of children. It is a basic,qualitative, exploratory
and methodological procedure for systematic review of the
literature of the last five years. For its development,
analyses were made in the BDTD and VHL databases. As a
result, 15 selected searches were obtained. When analyzing
the main results of the publications, it can be concluded
that communication in the family environment about
sexuality is still flawed. The search for information occurs
Igor Borges Santiago through social media, friends and experiences themselves,
Acadêmico do curso de Psicologia no Centro Universitário and there is a negative view about individuals who dismay
Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA. E-mail: heteronormativity, thus contributing to prejudice and
igorborgessantiago@rede.ulbra.br
increased violence against these individuals. It is
Ana Paula Alves de Lima
emphasized the need to elaborate more materials focused
Ana Paula Alves de Lima, Possui graduação em Psicologia
pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (2021). on family dialogue with children, focused on the theme of
Atualmente é Voluntário da Association Internationale des sexuality, diversity and sexual orientation. Materials that go
Etudiants en Sciences Economiq de Palmas (TO). Tem beyond the interpretation of the terms and their meanings,
experiência na área de Psicologia but that can expand the space of discussion and reflection
Thaís Moura Monteiro for this theme in question.
Psicóloga, professora do curso de Psicologia do Centro
Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).
Mestra em Comunicação e Sociedade pela Universidade
KEYWORDS: Gender; Sexuality; diversity; Systemic
Federal do Tocantins (UFT). Especialista em Atendimento
Thinking’s.
Sistêmico e Redes Sociais pelo CEULP/ULBRA e Gestão
Estratégica de Recursos Humanos pela Faculdade ITOP. E- 162
mail: thais.monteiropsi@gmail.com
INTRODUÇÃO
Por muitas vezes, a falta de representatividade ou informações acaba dificultando
a conversa sobre as orientações sexuais. Segundo Guardarrama e Alfonso (2012), muitos
homens gays relatam que demoram mais a saírem dor “armário” por falta de informação
e discussão sobre a homossexualidade, sendo esse um dos grandes motivos para adiarem
o processo de falar abertamente da sexualidade. Silva e Rodrigues (2012) afirmam que o
“sair do armário” torna-se muito complicado, pois a sociedade molda a identidade do
sujeito, então, o sair do armário pode desenvolver várias tensões pessoais.
Nesse sentido, percebe-se que a comunicação sobre a sexualidade com os jovens
tem sido desafiadora, além disso, é possível verificar as dificuldades do acesso desses
jovens aos serviços de saúde. Com isso, acabam desenvolvendo grande apreensão sobre
a possibilidade que os pais descubram que eles estejam procurando informações
relacionadas à sexualidade. Manu et al. (2015) afirmam em suas pesquisas que os pais
não são as principais fontes para as informações sobre sexualidade.
Nas pesquisas desenvolvidas por Costa e Wagner (2015), os homossexuais
tendem a se abrirem mais facilmente com familiares e amigos que possam encontrar apoio
e refúgio. A família é fundamental para que indivíduos LGBTQIA+ se sintam acolhidos
e amparados e, a partir dela, o sujeito terá força para falar abertamente em outros espaços,
por exemplo, no trabalho e lugares fora do seu núcleo familiar (PALMA et al. 2010;
SABAT; TRUMP; KING, 2014).
Em contrapartida, quando não se dá espaço para debater sobre a sexualidade e a
diversidade dentro do contexto social, acaba-se dificultando o aprendizado e o
crescimento dos filhos. Brasil (2015) ressalta que a sexualidade vai além de uma mera
questão social, pessoal e política, fazendo parte de um processo de aprendizagem.
Partindo desta problemática em questão, esta pesquisa teve como objetivo principal
analisar quais as repercussões na dinâmica familiar diante da revelação da orientação
sexual dos filhos.
Para tanto, realizou-se um levantamento das publicações da Biblioteca Digital de
Tese e Dissertações (BDTD) e da Biblioteca Virtual de Psicologia (Brasil) que
discorressem sobre a dinâmica familiar após a revelação da orientação sexual dos filhos;
assim como buscou acompanhar e verificar como se dá o processo de comunicação sobre
a sexualidade no núcleo familiar; bem como almejou apresentar como se dão as relações
familiares frente às sexualidades tidas como “desviantes” e, por fim, objetivou-se delinear
sobre as contribuições desse debate à psicologia na atuação com a diversidade sexual.
Cabe destacar que esta pesquisa se justifica pela necessidade de levantar dados e
informações sobre a dinâmica familiar após a revelação da orientação sexual dos filhos,
com o intuito de ampliar os espaços de discussão sobre esta temática, principalmente com
os acadêmicos em sua jornada universitária. O interesse neste assunto surgiu como uma
possibilidade de construir e levar conhecimento a sociedade acadêmica sobre as
repercussões na dinâmica familiar diante da revelação da orientação sexual dos filhos.
Nesse sentido, esta pesquisa busca fomentar e sensibilizar o olhar para a pauta do grupo
LGBTQIA+.

163
FAMÍLIA NA VISÃO SISTÊMICA
Nas bases históricas, percebe-se a origem da terapia familiar nos Estados Unidos,
desenvolvida a partir de um grupo de pensadores terapeutas (MINUCHIN, 2006, 2007).
Costa (2010) afirma que entre as décadas de 1960 e 1970 começaram então a surgir
diversos métodos e abordagens, sendo que o objetivo inicial era a orientação teórica
aplicada a todas as estruturas humanas, sem diferenciação de cultura ou etnias.
A inclusão da família dentro do contexto clínico ocorreu com a participação dos
terapeutas grupais, movimento esse que se deu de forma lenta, pois só a partir dos anos
de 1960 que a família passou então a ser considerada protagonista dentro do meio clínico.
Desde então, os estudos voltados para esta área passaram a auxiliar e ajudar na
compreensão sobre a dimensão individual do conflito, contribuindo assim para o
desenvolvimento dos modelos sistêmicos da Terapia Familiar (COSTA, 2010).
O conceito de família vem sendo alterado com o passar dos séculos, segundo Dias
(2011), esta conceituação vem ganhando um espaço amplo, permitindo assim novas
maneiras de pensar sobre o que é família e suas organizações. Essa variação de família
desenvolve dinâmicas exclusivas de sua identidade, que são conectadas de certa forma
por laços sanguíneos, afetividade ou interesses irreplicáveis (AMARO, 2006;
ALARCÃO; RELVAS, 2002; GIDDENS, 1999, 2004).
Alarcão e Relvas (2002) dizem que a família contemporânea não tem o mesmo
significado do passado e da construção mental que habitava em cada sujeito, encontra-se
cada vez mais famílias em que as pessoas nem sempre irá compartilhar do mesmo teto ou
os descendentes são filhos dos adultos ou os adultos de sexos diferentes.
Cabe destacar que a família é formada de subsistemas que vão se influenciando
(ex)internamente em um sistema aberto, havendo influências recíprocas (ALARCÃO,
2006; DIAS, 2000). E, seguindo essa linha da Teoria Geral dos Sistemas1, nenhum evento
acontece do nada e de forma isolada e uma situação específica afeta todos os sistemas2
(ANDRADE; MARTINS, 2011).
No olhar sistêmico, a família ascende em dois objetivos, o primeiro é interno que
é a proteção e a segurança psicossocial dos membros do sistema e o externo advém da
acomodação de uma cultura e sua transmissão (DIAS, 2011). A família pode ser
considerada um sistema semelhante a um organismo vivo, devendo assim analisar o todo,
pois os membros é o que é por si mesmo e suas relações que são estabelecidas com o
outro.
Para Amaro (2006), a família é considerada como um todo, uma globalidade, ou
seja, o todo sempre vai ser maior que a parte, considerando então isso como o principal
axioma da Teoria Sistêmica. Esteves de Vasconcellos (2003) ressalta que o indivíduo

1
Trata-se, portanto, de uma teoria interdisciplinar aplicada nas mais diversas áreas do conhecimento, a
Teoria dos Sistemas de Bertalanffy, baseada em seu conhecimento biológico, procurou evidenciar
inicialmente as diferenças entre sistemas físicos e biológicos (ARAUJO; GOLVEIA, 2016, p. 7).
2
É a unidade formada por membros que interatuam entre si tendo assim um vínculo e mantendo
determinadas transações (GIMENO, 2003; AMARO, 2006).

164
tende a separar e desfragmentar as partes para encontrar o problema, dando o exemplo da
família que busca atendimento para determinado integrante, pois ele está doente, na
tentativa de encontrar uma causa que justifique o efeito que nesse caso seria o
adoecimento do membro familiar. Enquanto o indivíduo não perceber sua participação
nos problemas que o rodeiam sempre ficará sem ação, e que a liberdade dele se encontra
no entendimento dos padrões que o prende (MINUCHIN, 1995).
Esteves de Vasconcellos (2003), com a nova visão da ciência como um novo
paradigma, destaca também as novas mudanças nos três pressupostos da ciência tida
como tradicional, fazendo a passagem da estabilidade para instabilidade, tendo a
compreensão que o mundo está em constante mudança e imprevisibilidade; a mudança
da objetividade para intersubjetividade, pois não se tem uma realidade individual apenas
do observador e, por último, a mudança da conjectura da simplicidade para complexidade
buscando então a contextualização do fenômeno.

A IMPORTÂNCIA DO APOIO FAMILIAR PARA O


FORTALECIMENTO DA SAÚDE MENTAL DOS FILHOS
Quando surge midiaticamente e socialmente o assunto sobre a homoafetividade,
gera grandes conflitos e divisão de muitas famílias. Segundo Guimarães et al. (2019, p.
2) “a homoafetividade já foi considerada um transtorno mental, ofensa criminal e violação
dos valores culturais tradicionais, em muitos países. Ao longo dos anos, ocorreram
transformações sociais e mudanças graduais no seu conceito.”
O medo que se instala nos núcleos familiares sobre a homossexualidade, as
agressões para com os indivíduos que destoam de uma sexualidade considerada padrão e
correta, invade os lares através das mídias sociais e televisivas, estando então exposto a
algum tipo de preconceito (ZIMMERMAN et al., 2015).
Quando ocorre a revelação da orientação sexual aos amigos e familiares, pode ser
que desenvolva algum problema nas relações familiares. Para os jovens e adolescentes,
pode haver alguma frustração diante das ações familiares ao receberem essa notícia e ao
terem de certa forma alguma ação negativa (NASCIMENTO; COMIN, 2018).
Também não se pode ignorar a subjetividade dos familiares sobre a revelação
sexual, pois estão envoltos de medo e muitas vezes não se sentem à vontade para
conversar sobre o assunto (ZIMMERMAN et al., 2015). Santos et al. (2007) afirmam que
os familiares podem se sentir durante esse processo traídos pelos próprios filhos, por
pensarem que conhecia seus filhos de forma mais íntima.
Encontra-se, então, um grande questionamento sobre revelar ou não à família e
amigos sobre a orientação sexual. Para Meyer (2003), guardar essa informação pode
desenvolver grandes problemas sociais, psíquicos e comportamentais, limitando assim, a
busca de apoio. Nascimento e Comin (2018, p. 1529) afirmam que “a família é vista como
o maior alicerce para que o sujeito possa revelar sua orientação sexual perante si mesmo
e a sociedade.”

165
Oksal (2008) diz sobre os estudos voltados para o processo de aceitação dos filhos
diante da orientação sexual, os quais são perceptíveis que homossexuais que obtém o
apoio e suporte familiar conseguem lidar serenamente com sua sexualidade e todas as
questões que rodeiam isso. Nas pesquisas de Lomando et al. (2011), nota-se a importância
da família e dos amigos. Para esses autores, os meios de comunicação que se tem
atualmente têm facilitado bastante os pais a elaborarem a realidade dos filhos.
Nascimento e Comin (2018) afirmam sobre a grande importância da aceitação
familiar, pois contribuem para construção da autoestima de indivíduo LGBTQIA+, sendo
também grande suporte e apoio social, melhorando assim, a saúde mental de modo geral.
Então, o apoio da família é extremamente importante para pessoas do meio LGBTQIA+,
pois acaba protegendo então o indivíduo de uma futura depressão, utilização de álcool e
outras drogas, evitando assim, o comportamento de riscos e a ideação suicida
(FEINSTEIN et al. 2014).
Apesar de diversos estudos apontarem os benefícios do apoio familiar, nem
sempre o sujeito encontrará esse suporte. Segundo Nascimento e Comin (2018, p. 1536),
a “aceitação pode não acontecer na família e mesmo diante desta possibilidade, cabe ao(à)
homossexual lidar com a sexualidade e [...] familiar de modo que não se anule, geralmente
é um processo difícil que pode acarretar desgaste físico e emocional.”
Diamond e Shpigel (2014) destacam que caso seja constatado que o seio familiar
atue de forma agressiva, o ficar no armário será a melhor opção e deve-se buscar outras
formas de apoio, como amigos ou comunidade LGBTQIA+. Então, o preconceito que
ocorre dentro dos lares pode levar a rupturas nos laços e vínculo entre pai e mãe, com
possíveis afastamentos temporários ou definitivos, até mesmo a expulsão de casa
(CEBALLOS-FERNÁNDEZ, 2014; PERUCCHI; BRANDÃO; VIEIRA, 2014;
SANTOS; FERNANDES, 2009). Para Nascimento e Comin (2018), o lar acaba se
tornando algo contraditório, pois esperava receber apoio, aceitação frente às
discriminações da sociedade.
Nascimento e Comin (2018) revelam que quando o assunto é a revelação da
orientação sexual, na maioria dos casos, pode desenvolver diversos conflitos, para quem
faz a revelação quanto para quem recebe a informação. As preocupações e as culpas
podem ser dissolvidas através de conversas e buscas de apoio familiar, amigos, até mesmo
instituições que possam tirar dúvidas como ONGs e casas de apoio a comunidade
LGBTQIA+.
Diante do exposto, foi possível identificar que o apoio familiar aos indivíduos
LGBTQIA+ é importante para melhorar o desenvolvimento da saúde mental,
contribuindo assim para o fortalecimento da autoestima. Vale ressaltar que ainda que ter
a base familiar como suporte, o enfrentamento social não se torna mais fácil, mas a
maioria das vezes torna-se tolerável, tendo como fonte de energia o seu núcleo de família
e de amigos. A seguir, tem-se a apresentação do percurso metodológico desta pesquisa.

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METODOLOGIA
A pesquisa realizada é uma pesquisa básica, de natureza qualitativa, exploratória
e procedimento metodológico de revisão sistemática da literatura. Segundo Galvão e
Pereira (2014), a revisão sistemática trata-se de uma investigação com questões bem
definidas e limitadas, com o intuito de identificar, avaliar, sintetizar, selecionar as
evidências mais relevantes disponíveis.
De acordo com Sampaio e Mancini (2007, p. 84) “uma revisão sistemática
depende da qualidade da fonte primária”, considerando então fontes primárias, os artigos
que expõem resultados de pesquisa de primeira mão definindo então sua importância para
o estudo. Ou seja, esse método tende a ser mais rigoroso, pois está relacionado com a
definição das estratégias de coleta de dados, como por exemplo a análise da qualidade
dos estudos, os critérios de seleção, identificação e comparação dos resultados.
Os critérios de inclusão desta revisão foram materiais indexados nas bases de
dados BDTD e BVS, dos últimos 5 anos, que apresentarem relação com o tema
sexualidade e família, orientação sexual e família. Foram excluídos desta pesquisa
trabalhos duplicados e incompletos, ou seja, não disponíveis na íntegra.
Os resultados foram coletados nas bases de dados por meio dos descritores
“sexualidade e família”, “orientação sexual e família”. Após reunir os materiais
selecionados, realizou-se a leitura das pesquisas, sendo excluídas aquelas que não se
adequavam aos objetivos deste estudo. Para que se tornar uma pesquisa com resultados
mais fidedignos, como esse método de pesquisa exige, a coleta de dados foi realizada por
avaliadores independentes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a finalização do levantamento de dados e a filtragem dos materiais
encontrados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, chega-se então ao seguinte
resultado: 732 materiais pré-selecionados pela pesquisadora A e 748 trabalhos pelo
pesquisador B. Após uma análise mais minuciosa dos materiais, foram identificadas 4
publicações repetidas e 16 foram excluídas por não se encaixarem nos critérios desta
pesquisa. Totalizando, dessa forma, 15 pesquisas selecionadas ao final, sendo 4 artigos,
6 dissertações e 5 teses.
Em relação aos anos de publicação, foi possível identificar em 2016 e 2018 a
existência de 3 trabalhos em cada ano, houve um aumento em 2017 com 4 trabalhos e
2019 com 5 pesquisas e uma queda considerável no ano de 2020. Um dos fatores que
pode ter contribuído para a diminuição de produção e publicação de materiais científicos
nesse ano, pode ser em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, momento de
muitas restrições, sendo muitas vezes considerado como um ano atípico.
Foi possível identificar 2 pesquisas na região Nordeste, 2 na região Sul, 3 na região
Centro-Oeste, sendo que o Sudeste obteve destaque com 8 publicações. Verifica-se que a
região Norte não apresentou nenhuma publicação nas bases de dados pesquisadas, os
dados podem estar relacionados à plataforma em que a busca é realizada, visto que pode

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haver publicações em outras bases de dados. Outra hipótese que justifica o resultado pode
estar relacionada aos tipos de materiais estudados - artigos, dissertações e teses. Outros
fatores que contribuem para esse resultado são os critérios de inclusão e exclusão deste
trabalho. Sendo visível o grande índice de publicação e materiais encontrados na região
Sudeste.
Além de ter uma grande quantidade de estudos qualitativos, verificou-se que a
psicologia está à frente para esse tipo de pesquisa e temática. Para melhor visualização
do leitor sobre as áreas do conhecimento que estudam sobre a orientação sexual dos filhos
e os reflexos na dinâmica familiar, tem-se o gráfico a seguir.
Gráfico 1 área do conhecimento

12
10
8
6
10
4
2 3
0 1 1
ANTROPOLOGIA CIÊNCIAS PSICOLOGIA SOCIEDADE, CULTURA
E FRONTEIRAS

Fonte: Próprios autores.


Verifica-se um número maior por parte da Psicologia, isso não significa que essa
temática específica não esteja dentro ou fuja das realidades das outras áreas, outra
hipótese que justifica o resultado e a falta de publicações de outras áreas do
conhecimento pode estar relacionada aos critérios de inclusão e exclusão deste trabalho
específico.
Tabela 1- objetivos e principais resultados dos trabalhos
ID OBJETIVOS PRINCIPAIS RESULTADOS

1 Compreender o fenômeno da inclusão da Sugerem a existência de diferenças consideráveis na forma


diversidade sexual na Universidade pela de lidar com os/as estudantes LGBTI, que são acomodados
perspectivados/as estudantes representantes no ambiente universitário, mas, ao mesmo tempo,
deste universo, e que estão cursando, ou já marginalizados com base em sua orientação sexual,
cursaram o ensino universitário, e também dificultando sua prosperidade neste ambiente.
dos/das docentes universitários/as que tiveram
experiência, estão a ou experimentando tais
estudantes em suas turmas, passamos a
apresentar o primeiro capitulo: "Horizontes da
compreensão de gênero e da diversidade sexual
na contemporaneidade".
2 Compreender através de uma pesquisa A dinâmica foi bastante eficiente, uma vez que despertava o
qualitativa como o tema da diversidade sexual se interesse e participação dos alunos, ao mesmo tempo em que
apresenta no contexto da Escola considerando a abordava os conteúdos biológicos associados ao tema
ótica de seus atores neste contexto institucional
a partir de situações vividas no cotidiano.
3 Estudar as conjugalidades homossexuais A qualidade conjugal se desenvolve positivamente a partir do
femininas na fase de aquisição do ciclo vital momento em que os casais homossexuais se percebem
familiar. apoiados e aceitos em suas conjugalidades. Diversos relatos
das participantes enfatizaram pontos de satisfação com a

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relação e esforço para mantê-la, apesar das dificuldades de
aceitação social, especialmente por membros da família.
4 Estudar a interface entre os desafios de jovens Apontam que o sentimento de medo como denominador
homossexuais masculinos em relação a assumir comum e um dos principais desafios em assumir para si e em
e revelar a homossexualidade. diferentes contextos sociais.
5 Compreender como casais que se autodefinem Apresentados sob as perspectivas dos pais gays mães
como homoafetivos, isto é, casais de gays e lésbicas, professores e autoavaliação das crianças e
lésbicas que mantêm relação estável, vivenciam adolescentes, revelaram que não há diferenças substanciais
o cotidiano da vida familiar e o exercício da quanto ao desenvolvimento psicossocial da criança e
parentalidade. adolescente quando comparados às de pais heteroparentais.
6 Compreender a vivência de adolescentes A análise dos depoimentos permitiu a elaboração de
homossexuais frente as relações com seus categorias que representam as características típicas da
familiares. vivência dos adolescentes homossexuais: aquele que, desde
a infância, percebe-se com uma orientação sexual diferente
das pessoas do mesmo sexo. A revelação ou não da
homossexualidade aos familiares desencadeou dúvidas,
inseguranças, gerando um relacionamento conflituoso no
seio familiar. Em meio à diversidade vivida em âmbito
familiar, eles têm como expectativa ter a orientação sexual
aceita pela família, conquistar independência financeira e
manter os laços familiares.
7 Apresentar uma revisão abrangente da literatura Indica que a homossexualidade vem ganhando mais espaço
científica para compreender o impacto da e força na literatura científica nos últimos seis anos, este fator
revelação da orientação sexual nas relações nos mostra que, na literatura internacional, a revelação da
familiares de jovens gays adultos. orientação sexual na família já está sendo pesquisada há mais
tempo e há mais estudos acerca da temática.
8 conhecer a percepção destes grupos acerca do Permitiam a construção de casos múltiplos, nota-se que, em
coming out na família. alguns casos, a família já havia percebido e, em outros casos,
não haviam imaginado essa possibilidade.
9 Apresentar os sentidos e efeitos do silêncio As reconfigurações das relações em que o tempo exerce uma
vivenciado no cotidiano da casa após a revelação agência, possibilitando a colocação em discurso no espaço
da orientação homossexual para a família, doméstico de experiências inicialmente situadas no limiar do
considerando como este integra disputas indizível
micropolíticas
10 descrever o caminho construído por homens Quando ocorre uma discordância entre a identidade social
homossexuais que decidiram tornar pública uma virtual e a identidade social real o resultado é um atributo
orientação sexual marcada por estigmas, depreciativo, um estigma, uma vez que, ao perceber que o
preconceitos e violências. indivíduo
11 Analisar a formação em Psicologia atravessada Possam estar imbricados com a ampliação das discussões e
pelos marcadores gênero, sexualidade, família e produção de conhecimento acerca da diversidade humana, no
religião de docentes e discentes de Psicologia e que tange ao gênero, à sexualidade, à família e considerando
seus desdobramentos para as/os discentes. ainda as multiplicidades religiosas
12 O estudo visa propiciar maior familiaridade com Apontam que se faz necessário urgente, abrangente e
conceitos, atitudes e reflexões que possibilitem permanente discussão e reflexão acerca dos estigmas das
o processo constitutivo de identidades de jovens sexualidades humana. E que o caminho inicial para essa
do ensino médio de uma escola da rede pública abordagem é a educação de gêneros e sexualidades de forma
de Salvador ampla e não apenas a cerca de estudos sobre anatomia de
sistemas reprodutores e Infecções Sexualmente
Transmissíveis – ISTs, como é feito na maioria dos casos nas
escolas, nas aulas de ciências biológicas que deixa claro que
o tema deverá ser inserido na escola perpassando todas as
disciplinas, rumo ao exercício pleno da cidadania.
Estabelecer de forma mais extensiva e possibilitar maiores
debates acerca da negatividade do preconceito sexual é a
diretriz que oportunizará uma convivência mais harmoniosa,
diversa, socialmente igualitária e justa.
13 Apresentar alguns aspectos referentes ao diálogo Apontam para a importância de que as conversas sobre
sobre sexualidade entre pais e adolescentes, a sexualidade não se reduzam às questões preventivas, e
partir do ponto de vista de mulheres que destacam a necessidade de que ambos os genitores assumam
possuem filhos(as) adolescentes

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ativamente seus papéis com relação ao diálogo sobre o tema
com filhos(as) adolescentes.
14 Apresentar a evolução da família visando A família não deve ser tomada no singular, pois as formas de
questionar o que dela pode ser variável e sua apresentação se modificam ao longo do tempo
singular.
15 Identificar situações de vulnerabilidade Os jovens homoafetivos vivenciam vulnerabilidades
vivenciadas pelo jovem no decorrer do processo individuais e sociais. Na dimensão individual, estão expostos
de descobrir-se, aceitar-se e assumir sua aos sentimentos de medo, insegurança e não aceitação. Na
orientação sexual dimensão social, destaca-se a exposição à violência, expressa
de diversas formas, nos âmbitos familiar e social. Como meio
de enfrentamento das vulnerabilidades, a família foi
evidenciada como uma entidade importante.

Fonte: Próprios autores.

Como foi apresentado no decorrer desta pesquisa, sobre a importância do apoio


familiar para aceitação da sexualidade dos filhos, o autor Oksal (2008) destaca que o
acolhimento contribuirá para que os indivíduos possam lidar de forma mais simples sobre
as questões envoltas de sua sexualidade. E que atualmente os meios de comunicação têm
se tornado um dos protagonistas que facilitam essa troca de informações e corroboram
bastante para que os pais consigam processar e entender mais esse processo em que os
filhos passam (LOMANDO et al., 2011).
Constatou-se que apesar do avanço dos estudos científicos para essa temática,
ainda sim são visíveis o descaso e o preconceito social com os sujeitos que compõem a
comunidade LGBTQIA+. Mata (2016) ressalta que embora haja as representações
sociais, ainda emergem grandes conflitos, medo e insegurança por parte dos indivíduos
que destoam da heteronormatividade.
Sobre o falar ou não com a família em relação à orientação sexual, segundo
Oliveira (2019), esse processo de falar abertamente sobre a sua sexualidade aos seus
familiares faz com que o sujeito saia do seu espaço privado/individual e o torne público.
Soliva (2010) afirma que ao “sair do armário” há uma quebra brusca de forma imediata
nos sonhos construídos pelos pais aos filhos, sonhos esses nutridos diariamente por anos,
pois a visão de criação dos pais para com seus filhos é baseada em suas próprias
expectativas, com tentativa de realização de suas próprias projeções.
Quando os progenitores encontram essa resistência para aceitar que os filhos
destoam de uma sexualidade que não é considerada como ideal para a sociedade, abre
espaço para o desenvolvimento de preconceito, estigmas e discriminação (SANTOS,
2007). Então, quando surge o momento considerado certo pelo indivíduo para a revelação
da sua sexualidade, os pais tendem a procurar métodos para resistir, pois tendem a ver
esse tipo de mudança como algo que irá prejudicar a família (ALVES; MONIZ, 2015).
Quando se analisa as relações em que se tem aceitação plena da família, sobre a
sexualidade de seus filhos e outros integrantes que a compõem, Oksal (2008) ressalta que
os homossexuais conseguem lidar com mais facilidade com as questões que envolvem a

170
sexualidade. Partindo disso, percebe-se a importância que tem o apoio familiar para o
desenvolvimento de forma saudável dos indivíduos que compõem a comunidade
LGBTQIA+ (LOMANDO; WAGNER; GONÇALVES, 2011).
Vale ressaltar que, de acordo com Feinstein et al. (2014), quando se trata sobre o
apoio familiar para com os filhos além de ajudar na autoestima, na melhora da saúde
mental e física, acaba evitando que eles façam utilização de álcool, drogas e
desenvolvimento do quadro depressivo e ideação suicida. Partindo disso, os autores
Etengoff e Daiute (2013) ressaltam que tanto os sujeitos e seus familiares que encontram
apoio em sua família, amigos, religião e até mesmo psicológico conseguem lidar de forma
mais fácil com a dinâmica familiar e as mudanças em suas relações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final desta revisão sistemática sobre a revelação da orientação sexual dos
filhos e suas repercussões na dinâmica familiar, nota-se que os estudos publicados na
literatura estão voltados para os aspectos que envolvem o conhecimento dos conceitos e
das definições sobre sexualidade, orientação sexual e gênero.
Foi possível verificar como se dá o processo de comunicação sobre a sexualidade
no núcleo familiar, sendo visível que esse tipo de assunto está longe do diálogo e da
realidade de muitas famílias, o aprendizado e o conhecimento dos filhos sobre esse
assunto vêm por meio da internet, dos amigos e do aprendizado pessoal a partir das
vivências.
Ainda sobre o espaço para esse tipo de debate dentro do núcleo familiar, aos
poucos vem se tendo abertura para esse tipo de conversa, percebe-se que o avanço de
pesquisas científicas sobre esse assunto vem possibilitando em alguns contextos a
diminuição da discriminação e, principalmente, a visão negativa da homossexualidade
construída socialmente.
Contudo, ressalta-se a necessidade de elaboração de mais estudos e materiais
voltados para o diálogo familiar com os filhos, envolvendo as temáticas sobre a
sexualidade, a diversidade e a orientação sexual. Pesquisas que vão além da interpretação
dos termos e seus significados, mas também que possam ampliar, de forma saudável,
espaços e diálogos sobre essas pautas tão fundamentais.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Andréa Cristina Marques de. GOUVEIA, Luís Borges. UMA REVISÃO SOBRE OS
PRINCÍPIOS DA TEORIA GERAL DOS SISTEMAS. Estação Científica - Juiz de Fora, nº 16,
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ALARCÃO, M.; Relvas, A. Transformações na intervenção sistémica. Psychologica, 30, 57-


68, 2002.

171
ALARCÃO, M. (Des) Equilíbrios familiares: uma revisão sistémica Coimbra: Quarteto.
2006.

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