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MECÂNICA
MATERIAIS MECÂNICOS
1- 1 -
SUPERVISOR DE MECÂNICA
MATERIAIS MECÂNICOS
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Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem
autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
34 p.:il.
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ÍNDICE
1 Diagrama ferro carbono............................................................................................................. 5
1.1 Definição de aço........................................................................................................................ 5
1.2 Estrutura cristalina do ferro ....................................................................................................... 5
1.3 Solubilidade do carbono no ferro............................................................................................... 6
1.4 Contornos de grãos ................................................................................................................... 7
1.5 Diagrama de equilíbrio ferro carbono ........................................................................................ 8
1.6 Constituintes nos aços .............................................................................................................. 9
1.7 Estrutura dos aços resfriados lentamente............................................................................... 10
1.8 Aço carbono e aço liga............................................................................................................ 13
1.9 Sistema de classificação dos aços ......................................................................................... 13
1.10 Aços para tubos....................................................................................................................... 16
1.11 Tipos de aço para tubo............................................................................................................ 16
1.12 Aços inoxidáveis...................................................................................................................... 18
1.12.1 Aços inox martensíticos .......................................................................................................... 18
1.12.2 Aços inox ferríticos .................................................................................................................. 19
1.12.3 Aços inox austeníticos............................................................................................................. 19
2 Corrosão .................................................................................................................................. 21
2.1 Conceitos de Corrosão ............................................................................................................ 21
2.2 Formas de corrosão................................................................................................................. 21
3 Revestimentos de superfície ................................................................................................... 24
3.1 Revestimento de superfície ..................................................................................................... 24
3.2 Revestimentos não metálicos inorgânicos .............................................................................. 25
3.3 Revestimento não metálicos orgânicos................................................................................... 27
4 Cerâmica e polímero ............................................................................................................... 29
4.1 Cerâmica ................................................................................................................................. 29
4.2 Polímero .................................................................................................................................. 29
4.2.1 Moléculas Gigantes ................................................................................................................. 29
4.2.2 Grupos de plásticos ................................................................................................................. 30
4.2.3 Principais tipos de plásticos .................................................................................................... 31
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CAPÍTULO I
Aços carbono são ligas Ferro-Carbono, com os teores de carbono variando entre 0,008% e
2,11% e impurezas: manganês (<1,5), silício (<0,4%), fósforo (<0,04%) e enxofre (<0,05%, além de
elementos residuais tais como Cromo, Níquel, Molibdênio, etc) limitados pelas normas técnicas.
O ferro caracteriza-se por apresentar a forma ou reticulado cúbico. Ele possui diferentes
formas cristalinas cúbicas: cúbico de corpo centrado (c.c.c.) e cúbico de face centrada (c.f.c.). A
estrutura cúbica de corpo centrado apresenta átomos nos vértices do cubo e um átomo no seu centro
enquanto a estrutura cúbica de face centrada apresenta átomos nos vértices do cubo um átomo no
centro de cada faces (Figuras 1.1 e 1.2).
5
O ferro apresenta as formas alotrópicas denominadas alfa (α), gama (γ) e delta (δ). A figura
1.3 mostra as transformações alotrópicas do ferro.
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1.4 Contornos de grãos
Neste local quando incide luz, existe divergência da mesma não refletindo para o olho do
observador e no microscópio aparece como região escura como mostram as figura 1.5 e 1.6.
7
Figura 1.6 - Observação dos contornos de grão do ferro
8
A figura 1.7 mostra o diagrama Ferro Carbono de forma simplificada, para efeito de estudo.
FERRITA
É representada pela letra grega alfa (α). É uma solução sólida de carbono no ferro alfa
(c.c.c.). A solubilidade do carbono no ferro é 0,025%C a 727oC e 0,008%C na temperatura ambiente.
A ferrita é uma fase tenaz e dúctil. Na temperatura ambiente apresenta limite de resistência
da ordem de 30 Kgf/cm2, 70% de redução de área na fratura e dureza entre 50 e 100 Brinell. É
ferromagnética a temperaturas inferiores à 770oC (Ponto Curie).
AUSTENITA
É representada pela letra grega gama (γ). É uma solução sólida de carbono no ferro gama
(C.F.C.). A solubilidade máxima do carbono é 2,11% C a 1148oC.
9
As propriedades mecânicas da austenita dependem da temperatura e da % de C em solução.
É não magnética.
CEMENTITA
É o carbono de ferro metaestável (Fe3C). Sua estrutura é ortorrômbica.
A cementita é extremamente dura (650 Brinell) e quebradiça, É ferromagnética a
temperaturas inferiores a 215oC.
FERRITA DELTA
Ocorre acima de 1394oC. É semelhante a ferrita alfa. Não ocorre normalmente na temperatura
ambiente.
PERLITA
A perlita não é uma fase, mas um constituinte formado por aproximadamente 12% de
cementita e 88% de ferrita. Apresenta limite de resistência de 50 Kgf/mm2 alongamento de
aproximadamente 10% em 2” e dureza de 250 a 300 Brinell.
AÇO HIPEREUTETÓIDE (0,77 – 2,11%c) – transformam-se em uma fina rede de cementita entre
Acm e A1 nos contornos de grão da austenita. Ao atingir a linha A1 a austenita remanescente tem a
composição do eutetóide e se transforma em perlita. Esses aços serão constituídos de perlita e rede
de cementita.
As quantidades dos constituintes dos aços (ferrita, perlita e cementita) podem ser
determinadas pela regra da alavanca. Por exemplo, para o aço com 0,4% tem-se:
10
0,008 0,4 0,77
|---------------|---------------|
100%Ferrita 100%Perlita
0,77 − 0,4
% Ferrita = x100 = 48,6%
0,77 − 0,008
0,4 − 0,008
% Perlita = x100 = 51,4%
0,77 − 0,008
As micrografias das figuras 1.8, 1.9 e 2.1 mostram os constituintes dos aços-carbono, quando
atacados com nital (ácido nítrico+Álcool)
A perlita quando observada em baixo aumento apresenta-se escura e em grandes aumentos
sob a forma lamelar. A ferrita apresenta-se sob a forma de grãos brancos e a cementita sob a forma
de rede branca quando atacados com Nital.
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Figura 1.9 – Aspecto micrográfico de um aço eutetóide
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1.8 Aço carbono e aço liga
AÇO-CARBONO
São ligas Fe-C, contendo geralmente 0,008% até cerca de 2,11% de carbono, além de
impurezas e certos elementos residuais resultantes do processo de fabricação.
São ligas Fe-C cujo teor total dos elementos de liga não ultrapassam um determinado valor (3
– 3,5%). Nestes aços nem a estrutura resultante e a natureza dos tratamentos térmicos são alteradas
profundamente.
São aços em que o teor total dos elementos de liga é no mínimo de 10 a 12%. Nestes aços a
estrutura pode ser profundamente alterada, com os tratamentos térmicos, exigindo técnicas e
cuidados especiais, assim como operações múltiplas.
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França : AFNOR – Association Française de Normalization;
(Associação Francesa de Normalização)
Além das associações nacionais, existem também associações de normalização que atuam
em áreas específicas do setor produtivo. Algumas das associações mais importantes são:
ASTM – American Society for Testing Materials ( Sociedade Americana para Teste de Materiais);
AISI – American Iron and Stell Institute ( Instituto Americano para Aço e Ferro);
VSM – Societé Suisse dês Contructeurs dês Machines (Sociedade Suíça dos Construtores de
Máquinas).
Algumas normas são elaboradas pelas próprias empresas. Têm por objetivo orientar a
elaboração de projetos e de seus componentes, a realização dos sistemas de compra e venda e
outras operações de interesse da empresa.
Embora de uso interno, as normas de empresas algumas vezes são utilizadas de maneira
mais ampla. As normas da Petrobrás, por exemplo, além do uso específico pela empresa, também
são seguidas por seus fornecedores.
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CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS SEGUNDO AS NORMAS ABNT, AISI E SAE
1 0 XX
Teor de Carbono
Tipo de Aço
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1.10 Aços para tubos
Esta é uma classe muito importante de aços em função da diversidade de aplicações que
encontra: encanamentos de água, oleodutos, gás, ar comprimido; poços de água e de petróleo; fins
estruturais mecânicos; fins estruturais e ornamentais em construção, arquitetura e aplicações
semelhantes; eletrodutos para fios elétricos e telefônicos, etc.
Pode-se considerar dois tipos fundamentais de aços para tubos:
Os tubos sem costura são fabricados a partir de tarugos cheios de aço por diversos
processos, geralmente perfuração, extrusão ou mandrilagem, podendo atingir diâmetros até cerca de
660 mm (26 polegadas).
Os tubos com costura são obtidos a partir de tiras de aço laminadas a quente. Os tubos são
aquecidos a elevada temperatura, correspondente à da soldagem do aço, e em seguida passadas
através de um matriz adequada que as dobra na forma de um cilindro, ao mesmo tempo que suas
extremidades são soldadas de modo a ficar constituído o tubo. Há vários métodos de soldagem de
tubos com costura, os quais podem atingir até 762 mm (30 polegadas) de diâmetro.
De um modo geral, os tubos de aço são produzidos em grande variedade de dimensões,
desde 1/8 de polegada de diâmetro interno até 96 polegadas de diâmetro externo. A espessura do
tubo também é variável, dando origem a classes diferentes de produtos, como de peso normal, extra
fortes, duplo extra forte, de acordo com seu peso ou sua resistência, de modo a permitir uma seleção
mais adequada e rigorosa tendo em vista a aplicação final, desde o eletroduto leve para fios elétricos
até tubos para perfuração de poços de petróleo.
Para aplicações mais comuns, o aço para tubos é o aço de baixo teor de carbono, com
carbono de 0,10% a 0,25%, possuindo uma resistência a tração variando de 35 a 59 Kgf/mm2. No
caso de aplicações de maior responsabilidade, usa-se aço de médio carbono, de 0,30% a 0,50%,
com resistência a tração de 50 a 60 Kgf/mm2.
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A composição química tradicional desta classe de material é:
No caso de se desejar usar tubos para aplicações a elevadas temperatura ou aplicações que
exijam resistência à corrosão, usam-se aços ligas.No caso de se desejar resistência ao calor,
adiciona-se molibdênio ou molibdênio e cromo em pequenos teores. Aumentando o teor de cromo,
melhora-se a resistência à corrosão do tubo.
Para serviços em altas temperaturas, em aplicações tais como tubos de fornos e fornalhas,
radiadores, para indústrias químicas e de refino de petróleo, em caldeiras, aquecedores de diversos
tipos e aplicações similares, há uma variedade grande de tipos de aços, todos eles apresentando
como elementos de ligas principais o cromo e o molibdênio, por possuírem os seguintes efeitos:
Normalmente, os dois elementos considerados estão associados, como se pode verificar pela
tabela 1.3, que mostra alguns tipos de aços para tubos sem costura para serviço a alta pressão e
temperatura. Como se vê, o carbono é mantido no máximo a 0,15% nos aços Cr-Mo e 0,20% nos
aços C-Mo.
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1.12 Aços inoxidáveis
A Tabela 1.4 a seguir relaciona o tipo de aço inox, como função do teor de Carbono, Cromo e
Níquel.
Tabela 1.4 – Tipos de Aço Inoxidável
São ligas Ferro-Carbono, contendo entre 11,5% e 18,0% Cromo, tornam-se martensíticos e
endurecem pela Têmpera.
Existem três classes de aços inox martensíticos:
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1.12.2 Aços inox ferríticos
• São aços de alta liga, onde o Cromo poderá atingir 27%, sendo que o teor de Carbono varia na
faixa entre 0,08% a 0,20%.
• Esta combinação, além da presença do alumínio, irá resultar num aço inoxidável não
endurecível pela têmpera, ou mesmo precipitação.
• Importante a ser observado, é que esta classe de material não poderá ser tratada por
cementação, uma vez que irá reduzir drasticamente sua capacidade de resistência a corrosão.
• O único tratamento termo-químico realizado é a Nitretação, onde se forma uma fina camada de
nitreto de ferro na superfície da peça, elevando sua dureza e resistência ao desgaste.
• Tipos 405 e 409 – apresentam adições de alumínio e titânio respectivamente, que geram o
desaparecimento completo do campo da austenita. São as principais ligas soldáveis, não sendo
necessário um recozimento posterior.
• Tipos 430 e 430F – São os mais utilizados devido a sua resistência aos ácidos e água do mar.
Esta classe pode ser levemente endurecida por têmpera em função do Molibdênio adicionado. A
adição de enxofre e fósforo, ou selênio melhora a usinabilidade destes aços tipo “F”.
• Tipo 442 – É a liga que apresenta melhor resistência à corrosão, em temperatura ambiente.
• Tipo 446 – É a liga de melhor performance em ambiente corrosivo, em altas temperaturas
(1.200oC).
Os aços inox austeníticos podem ser classificados em dois grupos básicos que são:
• A maior parte de ligas comerciais pertencem ao grupo do Cr - Ni, sendo o mais popular, o aço
18 – 8, com 18% Cromo e 8% Níquel.
• A substituição do ferro no aço, pelo níquel (elemento de liga), torna estes materiais mais
resistentes à corrosão em altas temperaturas, isto em função da formação de um filme fino de
óxido de níquel (NiO2), muito estável nestas condições.
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• Os aços cromo- manganês – níquel, foram desenvolvidos durante a segunda guerra mundial,
isto devido à falta de níquel no mercado mundial. Nestas ligas, parte do níquel (∼ 4%) é
substituído pelo manganês (∼7%), tendo ainda em sua composição nitrogênio até 0,25%.
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CAPÍTULO II
2 Corrosão
Corrosão pode ser definida como sendo a deterioração que ocorre quando um material,
normalmente um metal, reage com seu ambiente, levando à perda de suas propriedades.
O processo de corrosão pode ser visto como sendo o inverso da metalurgia extrativa. No
processo, siderúrgico, muita energia é gasta para transformar óxido de ferro em um produto final. O
minério de ferro no alto forno tanto na forma sinterizada quanto bitolada, e em conjunto com o coque
metalúrgico, fundentes e ar insuflado, forma uma liga impura conhecida como ferro gusa. O ferro gusa
é processado, em seguida, na aciaria, onde os teores de certos elementos químicos são reduzidos
(como o carbono, silício, fósforo e o enxofre) e outros elementos são adicionados, para conferir certas
propriedades ao aço. A liga é, em seguida, conformada em chapas, perfis, etc. A corrosão é o
processo inverso ao da siderurgia, ou seja, o ferro retorna de forma espontânea aos óxidos que lhe
deram origem.
O processo de corrosão leva o metal à sua forma oxidante:
A corrosão pode ocorrer sob diferentes formas, e o conhecimento dos mesmos é muito
importante no estudo de um processo corrosivo. A caracterização da forma de corrosão auxilia
bastante no esclarecimento do mecanismo e na aplicação de medidas adequadas de proteção, daí
serem apresentadas a seguir as características fundamentais das diferentes formas de corrosão.
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A corrosão pode ser:
UNIFORME
POR PLACA
ALVEOLAR
PUNTIFORME
INTERGRANULAR
A corrosão se processa entre os grãos da rede cristalina do material metálico, o qual perde
suas propriedades mecânicas e pode fraturar quando solicitado por esforços mecânicos, tendo-se
então corrosão sob tensão fraturante.
INTRAGRANULAR
A corrosão se processa nos grãos da rede cristalina do material metálico, o qual, perdendo
suas propriedades mecânicas poderá fraturar à menor solicitação mecânica, tendo-se também a
corrosão sob tensão fraturante.
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FILIFORME
ESFOLIAÇÃO
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CAPÍTULO III
3 Revestimentos de superfície
Os revestimentos metálicos são usados com diferentes finalidades como, por exemplo:
DECORATIVA: Ouro, Prata, etc.
RESISTÊNCIA AO ATRITO: Índio, etc.
ELÉTRICAS: Estanho, Prata, Ouro, etc
ENDURECIMENTO SUPERFICIAL: Cromo
RESISTÊNCIA À CORROSÃO: Cromo, Níquel, Alumínio, zinco, Cádmio, Estanho, etc.
É evidente que se pode ter a ação combinada dessas finalidades.
As técnicas mais freqüentemente usadas para aplicação de revestimentos metálicos são:
CLADIZAÇÃO
IMERSÃO A QUENTE
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forma-se uma camada aderente de liga de zinco e ferro na superfície do aço e, quando a peça é
retirada do banho, observa-se sobre a camada de liga zinco/ferro outra de zinco puro. Ambas as
camadas contribuem para a capacidade de resistência à corrosão e para a vida útil do revestimento
aplicado.
A galvanização é um sistema com boa resistência à corrosão, sendo essa a principal razão de
seu emprego, representando mais da metade do consumo mundial de zinco.
Para cada tipo de aplicação existem especificações nas quais são indicadas as espessuras
adequadas que devem ser usadas para se evitar problemas na utilização do aço galvanizado.
Quando as superfícies galvanizadas são colocadas em águas naturais ou são expostos às
condições atmosféricas normais apresentam um tempo de vida bastante longo, mas ele é
substancialmente reduzido e quando as superfícies estão expostas a ambientes mais agressivos,
como, por exemplo, atmosferas industriais.
METALIZAÇÃO
ESMALTES VITROSOS
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VIDROS
Devido à reconhecida resistência aos mais diferentes meios corrosivos são usados como
revestimento de tubulações e de reatores. Não resistem a ácido fluorídrico e soluções fortemente
alcalinas. São muito usados os vidros de borossilicato e de sílica fundida.
CIMENTOS E PORCELANAS
São usados como revestimento, por exemplo, de tanques e tubulações para condução de
água salgada. Os cimentos são, geralmente, mais resistentes aos meios básicos ou alcalinos, sendo
que existem cimentos especialmente formulados para resistirem a ácidos. São constituídos de um
agregado inerte (quartzo), solução de silicato de sódio ou potássio e fluorsilicato de sódio. Alguns
cimentos são formulados à base de resinas como, por exemplo, fenólica, epóxi e poliéster, a fim de se
atribuir ao cimento maior resistência a determinadas condições ambientais.
ÓXIDOS
São empregados para revestimentos que resistam às temperaturas elevadas. Alguns destes
revestimentos, como carbeto de Boro, B4C, e carbeto de titânio, TiC, além do aumento da resistência
à corrosão, em temperatura elevada, aumentam também a resistência ao desgaste por abrasão. Com
a finalidade de resistência à corrosão e à abrasão são usados revestimentos compostos de material
cerâmico e metal em pó. Estes revestimentos são conhecidos com o nome de Cermets, e alguns
deles são constituídos de Cr + ZrB2, Cr + HfO2 e Pt.Rh + ZrB2.
Entre os processos que são usados para obtenção de revestimentos inorgânicos estão a
anodização, cromatização e fosfatização.
ANODIZAÇÃO
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processo usado mais freqüentemente para alumínio, e em menor escala para magnésio, titânio,
zircônio, Tântalo e vanádio.
CROMATIZAÇÃO
FOSFATIZAÇÃO
TINTAS
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Impedir aderência de vida marinha ao casco de embarcações etc.
A película que se forma sobre a base ou substrato, superfície na qual a tinta foi aplicada, deve
ser considerada de grande importância, pois, em razão de suas características, um sistema de pintura
anticorrosiva pode ou não apresentar desempenho satisfatório.
Chama-se pintura a um conjunto de operações que visam a depositar, sobre uma superfície,
metálica ou não, uma película de viscosidade moderada, que tende a endurecer com o tempo ou com
a aplicação de meios auxiliares (por exemplo, aquecimento). Essa película pode ser formada de um
ou mais constituintes, podendo esses ser orgânicos ou inorgânicos.
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CAPÍTULO IV
4 Cerâmica e polímero
4.1 Cerâmica
O termo cerâmico é bastante familiar como um adjetivo que designa certos objetos de arte.
Para o engenheiro, entretanto, os materiais cerâmicos abrangem uma grande variedade de
substâncias, tais como vidro, tijolos, pedras, concreto, abrasivos, vernizes e esmaltes para porcelana,
isolantes dielétricos, materiais magnéticos não metálicos, refratários para altas temperaturas etc. A
característica comum destes materiais é que são constituídos de metais e não metais. Esses
componentes são unidos com ligações iônicas e ou covalentes. Por isto, suas propriedades diferem
das dos metais. São, geralmente, isolantes, transparentes, tipicamente não deformáveis e usualmente
estáveis sob condições ambientais severas.
O composto MgO é um exemplo típico de material cerâmico com uma relação de 1 para 1
entre átomos metálicos e não metálicos, alternadamente. É largamente empregado como refratário,
pois pode suportar temperaturas elevadas (1500oC a 2500oC), sem se dissociar ou fundir. A argila
também é um material cerâmico comum, só que mais complexo que o MgO. A argila mais simples é
Al2Si2O5(OH)4. Sua estrutura cristalina contém quatro unidades diferentes: Al, Si, O e o radical (OH).
Embora não sejam tão simples como os metais os materiais cerâmicos podem se classificados e
compreendidos a partir de suas estruturas internas. Além disso, é válido usar a estrutura de metais
simples como ponto de partida para tal classificação.
4.2 Polímero
A principal categoria de material após os metais é a dos sólidos moleculares. Estes são
compostos não metálicos que comumente se originam de materiais orgânicos. Substâncias orgânicas
têm servido como materiais de engenharia antes mesmo do surgimento do primeiro engenheiro. A
madeira é um material comum de construção, como também o são outras substâncias orgânicas
como o couro para a vedação, feltro para forração, cortiça para isolamento, óleos para lubrificação,
fibras para juntas e resinas para camadas de proteção intensamente recomendadas em aplicações
de engenharia.
29
Desde que começou a usar materiais orgânicos, muita atenção foi dedicada ao objetivo de
melhoria de suas propriedades. Por exemplo, as propriedades da madeira são altamente direcionais;
a resistência na direção paralela às fibras é muito maior que a da direção perpendicular. O
desenvolvimento da madeira compensada ajudou na superação dessa dificuldade e propriedades
físicas ainda melhores podem ser obtidas quando os poros da madeira são impregnados de resina
termofixa.
A atuação dos tecnologistas que trabalham com materiais orgânicos, em termos de pesquisa,
não tem-se limitado à busca da melhoria dos materiais orgânicos naturais; muitas substâncias
sintéticas têm sido desenvolvidas. Por exemplo, os plásticos, ou, mais adequadamente, os polímeros,
têm proporcionado aos engenheiros uma variedade cada vez maior de materiais para suas
aplicações. Grandes progressos foram e continuam a ser feitos na utilização dos mesmos.Quando o
engenheiro esta trabalhando com materiais orgânicos naturais ou artificiais, ele está, primeiramente,
lidando com a natureza e as propriedades de moléculas grandes. Nos materiais naturais, tais
moléculas são construídas pela natureza; nos artificiais, estas macromoléculas são construídas pela
junção deliberada de pequenas moléculas.
TERMOFIXOS
TERMOPLÁSTICOS
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4.2.3 Principais tipos de plásticos
TERMOPLÁSTICOS
ESTIRENO
ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno)
31
FAMÍLIA DOS OLEFÍNICOS
Entre eles, situam-se o polietileno e o polipropileno, obtidos a partir dos polímeros olefínicos
etileno e propileno. Possuem boa resistência à maioria dos solventes a temperatura ambiente.
Entretanto, envelhecem quando expostos à luz e ao ar e seus característicos se modificam.
Os polietilenos são utilizados para empacotamento, moldagem, tubulações, chapas, filmes
para indústria de embalagens, etc.
São termoplásticos à base de polímeros com flúor e carbono. São muito estáveis e possuem
notável resistência ao envelhecimento e à ação das intempéries.
O flúor e o carbono conferem grande estabilidade molecular ao material, o que melhora sua
resistência ao calor.
O fluoreto de polivinil (Tedlar da Dupont) retém sua resistência mecânica e sua tenacidade até
cerca de 150oC. Este material é empregado, face à sua durabilidade, como revestimento de madeira e
de metal.
Outro plástico deste grupo é o “Teflon”, que é um tetrafluoroetileno. É muito estável,
apresenta excelente resistência à oxidação e suporta temperaturas elevadas, da ordem de 250OC,
sem prejuízo para suas propriedades. Não é atacado pela maioria dos ácidos e solventes.
Esses plásticos são aplicados nas indústrias químicas, elétricas e mecânicas, e em
componentes como gaxetas, guarnições, assentos de válvulas, arruelas, tubos, juntas flexíveis, filtros,
etc.
NÁILON
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TERMOFIXOS
São igualmente chamados “fenólicos”. São plásticos com excelente resistência ao calor e a
estabilidade dimensional e de custo relativamente baixo, para moldar e conformar. Os polímeros
fenólicos, freqüentemente chamados de resinas, são de coloração escura.
POLIÉSTER
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BIBLIOGRAFIA
CALLISTER JR, William D. Ciência e Engenharia de materiais: Uma introdução. 5a edição. Rio de Janeiro: LTC.
2000.
CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros fundidos. 4a edição. São Paulo: ABM. 1981.
GENTIL, Vicente. Corrosão. 2a Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Dois S.A. 1982.
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